o Brasil que desejo: informações limpas, tolerância e democracia
Escrevo este editorial antes do segundo turno das eleições e, ao longo deste período pré-eleitoral, tenho visto toda sorte de questões que me preocupam bastante.
neWton mendonÇa Presidente da CipaPara começar, gostaria de citar a manipulação de informações pe los veículos de comunicação. Para as pessoas com mais discernimento, isso fica claro e obviamente gera revolta na medida em que sabemos que muitos se deixam contaminar por notícias tendenciosas conta das de acordo com os interesses de quem as divulga.
No mesmo caminho desse tipo de notícias ainda temos as fake news, que prestam um grande des serviço à população. Graças à inter net podemos buscar as informações verdadeiras e desmascarar certas situações. Porém, poucas pessoas ainda se dão ao trabalho de fazer isso, afinal, é mais cômodo consumir notícias prontas.
E, com isso, vemos casos de ódio e intolerância crescendo, que, na maior parte das vezes, nascem com base em informações inverídicas. Pessoas brigando, se ferindo física e emocionalmente. Amigos e famílias se desentendem e rompem relações. Houve casos de morte também. Ve jam o ponto absurdo a que chegamos por conta da intolerância política.
Ora, o ponto primordial é que es tamos numa democracia e um de seus pilares é a liberdade de pensamento
e de escolhas. Em que momento dei xamos de respeitar as escolhas do outro?! Até muito pouco tempo atrás, estávamos todos pedindo liberdade nesse sentido e agora nós mesmos não toleramos as escolhas dos ou tros. Uma grande incoerência.
Ser de esquerda ou de direita não é o ponto. Essa eleição é muito mais do que isso, é sobre fazer uma escolha para um país diferente. Os dois candidatos já têm uma série de amostras de seus governos. Precisa mos avaliar tudo isso e não guardar ódio por ser de direita ou de esquer da. Não votar não acho que seja uma boa opção, mesmo que não se goste dos dois. Dentro daquilo que seria melhor para o Brasil, vote! É preciso avaliar o algo a mais que um ou outro tenha.
Agora, às vésperas do segundo turno, eu, como um grande otimis ta, desejo e espero o melhor para o Brasil. Sei que temos muitas dificul dades a enfrentar, independente mente do candidato escolhido, mas precisamos, antes de mais nada, fazer a nossa parte como cidadãos, não só votando, mas fazendo esco lhas de vida coerentes com o que desejamos. E isso não é fácil. Mas por um Brasil melhor para todos de vemos nos esforçar.
Aproveito esta última edição de 2022 de nossa revista para desejar um ano novo muito positivo e com muitas realizações para todos.
Redação e Edição: vivien Bezerra de meLLo Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com
Marketing: danieL QUaGLiani marketing@cipa.com.br
Revisão: andrea Bivar andreabivar@gmail.com
Design: cLeBer SoareS
Fotografia: arieL SUBirá iStockpHoto
Colaboraram neste número: iSaBeLa maSi Leticia rio Branco
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A Revista Condomínio etc. esclarece que:
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Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.
Sumário
28
| capa
Um novo conceito de segurança urbana Síndicos e empresas apostam em tecnologia, vigias e treinamento. Nesta matéria exclusiva, mostramos como o tema segurança vem mobilizando síndicos e moradores.
| condomínio ar-condicionado em dia Fixação, rede elétrica e qualidade do ar devem ser observados para cum prir a lei e evitar problemas. Saiba como agir lendo esta reportagem.
| Sustentabilidade
Sistemas de reúso de água ganham espaço em condomínios residenciais Implementar soluções para um consumo mais consciente para pre servar a água no planeta não é só uma tendência mundial. É uma necessidade. Leia esta matéria exclusiva e entenda um pouco mais sobre o assunto.
32
| reforma
Fique bem longe da sobrecarga elétrica PCs de luz antigos merecem atenção, especialmente às vésperas do verão, quando a sobrecarga nas redes de energia é comum. Leia a matéria e veja como agir para evitar problemas.
| reforma
Qual é a hora de trocar o barrilete?
Riscos de rompimento de tubulação são iminentes se não houver ma nutenção. Leia esta matéria e veja o que fazer para evitar problemas.
| manutenção
Fachadas merecem atenção especial para evitar acidentes
A manutenção preventiva e corretiva deve estar em dia para que rebocos e pastilhas não se soltem, causando acidentes. Leia esta matéria para ver o que deve ser feito.
| Sustentabilidade
eletromobilidade em alta
Cresce a procura por condomínios equipados com carregador de veículos elétricos. Já sabe como adequar seu condomínio? Leia a matéria e se atualize!
| atualidade
dengue preocupa o rio
Síndicos devem estar atentos para evitar a proliferação de mosquitos em seus condomínios. Veja alguns cuidados básicos nesta matéria.
informe
c aFé expo Síndico
Palestras, negócios e networking
A última edição de 2022 do Café Expo Síndico ocorre no Rio Othon Pala ce, Copacabana, no dia 16 de novembro. Depois de um supercafé da manhã, os síndicos vão assistir a palestras pro feridas por profissionais de renome no mercado imobiliário e fazer networking
Participe! Esta é mais uma opor tunidade de atualização e de troca de ideias com pessoas que têm os mesmos interesses.
Boas-festas!
2022 chega em sua reta final com eleições e ânimos exaltados. a cipa deseja que o Brasil seja entregue nas melhores mãos para nos governar nos próximos anos e que a paz, a harmonia e a tolerância prevaleçam.
Que 2023 venha trazendo boas novidades e muitas realizações positivas para cada um de nós. Boas-festas!
minimercado no condomínio com o SancaSHop
Você já conhece os minimercados para condomínios, não é? Mas você ainda não sabia que a Cipa buscou um novo par ceiro para atender a um número maior de condomínios. Esse parceiro é o SancaShop!
Baseado no conceito de honest market, o SancaShop instala e gere mini mercados, com custo zero para o condo
mínio, sem atendentes no local e com a possibilidade e a comodidade de ofere cer os mais variados itens de supermer cado no conforto e na segurança do lar, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Agora aquela compra de emergên cia pode ser feita dentro do próprio condomínio!
cipa e condoLivre emPréstimo consignado Para funcionários
A Cipa e a CondoLivre estão juntas para ajudar os funcionários de seu condomínio.
Sabemos que todos podem ter difi culdades financeiras ou sonham com a aquisição de um bem para trazer mais bem-estar para a família. Isso não é dife rente para seus funcionários.
Essa parceria busca oferecer alter
nativas de crédito além do cheque espe cial, do rotativo do cartão de crédito e dos juros altos de outros empréstimos. Ademais, um funcionário tranquilo fi nanceiramente pode ser muito mais produtivo e comprometido.
Mais uma excelente solução que a Cipa traz para seus clientes!
cipa reúne SíndicoS no centro do rio
Networking, soluções disponíveis e esfera digital foram alguns dos as suntos debatidos em 23 de setembro, no encontro promovido pela Cipa, que recebeu síndicos e parceiros para uma tarde cheia de troca relevante para o ramo condominial.
A abertura do evento foi feita por Daniel Quagliani, gerente de Marketing da Cipa, na qual ele apresentou a pales tra “Somos todos digitais”. Na ocasião, Quagliani abordou os pontos importan tes do conhecimento digital por parte de todos, citando filmes antigos como Fuga do Século 23 (1976), Stars Wars (1977) e Blade Runner (1982). Foi con textualizado como, desde os tempos antigos, a sociedade demonstra que a tecnologia seria uma grande auxiliadora de serviços e como hoje em dia é uma importante aliada na vida do síndico.
Ferramentas tecnológicas da Cipa que entregam soluções rápidas e efi cientes foram apresentadas: Cipa Fá
cil e o app Cipa Condomínios. O game desenvolvido pela Cipa, o WhatsCipa, foi apresentado como um recurso des contraído para aqueles que querem ver como pode ser o dia a dia de um síndico. Com mais de 80 mil partidas jogadas, o app tem como intuito conscientizar a população das obrigações condominiais e proporcionar a valorização da gestão de um condomínio e dos síndicos.
Bruno Queiroz, gerente de Ope rações e Negócios da Cipa, falou sobre soluções que a empresa desenvolve que estão ao alcance do condomínio. Atual
mente, a Cipa tem vários parceiros para levar soluções completas para os condo mínios, sempre baseadas no tripé sus tentabilidade, economia e bem-estar.
Representantes de alguns grupos parceiros estiveram presentes para fa lar sobre suas soluções de forma rápida e sucinta. Gabriel, Helloo, Tel Aviv, Omo Lavanderia e Vivo Empresas mostraram, de forma prática, os diversos benefícios e comodidade que seus serviços podem agregar aos condomínios.
Ricardo Vieira, do grupo AG Capi tal, apresentou soluções diante de tec nologia tributária e aproveitamento de oportunidade ligado à operação na le gislação, recuperando créditos de con tribuintes previdenciários.
Marlon Rosalvos, gerente da Cipa Corretora, falou sobre as vantagens de manter um imóvel seguro, a diferença entre seguro do condomínio e seguro do imóvel e as maneiras de realizar uma contratação eficiente.
conHeÇa oS parceiroS da cipa
omo Lavanderia TECNoLoGIA E PRATICIDADE
Em parceria com a Cipa, OMO La vanderia Compartilhada leva a solução completa para seu condomínio quando o assunto é cuidar das roupas, unindo expertise, tecnologia, cuidado profis sional e mais praticidade no dia a dia.
Por meio do app OMO Lavande ria, você gerencia as máquinas profis sionais instaladas em seu condomínio para lavar e secar suas roupas com a tecnologia de dosagem automática OMO e a delicadeza de Comfort.
Vantagens:
• Economia de até 70 litros de água por ciclo;
Economia de energia elétrica que corresponde a 50% de redução;
Controle de utilização por meio de relatório de ciclos mensais;
Projeto personalizado de acor do com cada necessidade, sem trabalho algum para o síndico.
ter mais estabilidade para acessar a in ternet de vários dispositivos ao mesmo tempo. Tudo isso está esperando você.
Escolha agora o melhor plano para seu condomínio e receba um pa cote de vantagens nesse mundo cada vez mais conectado!
vivo FiBra ULTRAVELoCIDADE DE INTERNET
A Vivo Fibra é parceira da Cipa e oferece a seu condomínio conexão de ultravelocidade. Vivo Fibra é sinôni mo de confiança também, algo muito importante para o funcionamento de diversos sistemas de segurança em condomínios, como monitoramento de câmeras de vigilância, sensores, alarmes, circuitos internos de TV e portaria virtual.
Mais qualidade para baixar arqui vos, assistir a vídeos em alta definição, jogar on-line, compartilhar fotos e víde os com velocidade máxima de upload e
HeLLo CoMUNICAção EM sEU CoNDoMíNIo
Uma comunicação eficiente com os moradores pode ser um fator de safiador para síndicos e gestores, le vando em conta a correria do dia a dia.
Simplificar esse quesito é a especia lidade da helloo, a visionária plataforma de mídia digital que firmou uma impor tante parceria com a Cipa para oferecer informações valiosas em um local bem conhecido por todos: os elevadores.
Com postagens simples e efi cazes, por meio de telas dentro dos elevadores, a hello une tecnologia e informação para levar, de forma ob jetiva, as mensagens cruciais do sín dico para os usuários.
Ser-Tel TECNoLoGIA E sEGURANçA
A evolução tecnológica nunca para, e alinhar esse universo ao fator segurança é ter em mãos as ferramen tas mais poderosas em prol de prote ção, conforto e bem-estar.
Observando essa nova geração, a Cipa firmou uma parceria com a Ser -Tel, pioneira no setor de segurança eletrônica e que, atualmente, é líder no segmento de tecnologia em segu rança para condomínios.
A parceria chega com uma gama completa de serviços para o mercado imobiliário que vai muito além da segu rança e oferece também produtos para manutenção, automatização e monito ramento, com a qualidade reconhecida por grandes empresas desse segmento, como Cyrela e Mozak.
GaBrieL PRoTEção PARA VoCê E A VIzINhANçA
Um sistema completo de videomo nitoramento da parte externa de seu condomínio e de todo o bairro. Dessa forma, a Gabriel ajuda a prevenir crimes na vizinhança, como também dá mais eficiência e agilidade na solução de pro blemas de segurança.
As câmeras da Gabriel, que têm tec nologia própria, são apontadas para a rua e gravam tudo o que acontece ali. Essas câmeras são chamadas de camaleão e já estão ajudando a polícia a determinar as manchas criminais da cidade, o que cul mina no aumento do policiamento.
Os camaleões atravessam os limi tes convencionais de câmeras de vigi lância, pois fornecem imagens de alta resolução e até mesmo transmissão direta para o celular.
As câmeras são instaladas de forma estratégica em seu condomínio, assim, você usufruirá de tecnologia moderna,
confiável e sempre com foco para a rua. Porque é lá onde nasce a maior parte dos problemas.
Os camaleões por si só já inibem a ação de bandidos, porém fazem também os moradores sentirem-se mais seguros.
energia solar para seu condomínio sem a necessidade de investimento.
A Hum é referência em desenvol vimento, materialização e operação no setor de energia limpa e renovável, com redução de até 15% nas despesas com eletricidade para os condomínios.
teL aviv sEGURANçA CoM qUALIDADE E EFICIêNCIA
Propiciar bem-estar para sua famí lia em um condomínio seguro é um dos quesitos mais importantes.
Para garantir a proteção que você merece, a Cipa é parceira do Grupo Tel Aviv e conta com a visão estratégica e o foco em excelência da empresa de se gurança que é referência no mercado de condomínios.
Visando à máxima eficiência e asser tividade, a Tel Aviv trabalha com profis sionais constantemente treinados para oferecer o nível mais alto de qualidade e satisfação dos clientes.
HUm ECoNoMIA DE ENERGIA
Economia, sustentabilidade e au tonomia. Você só tem a ganhar com a parceria da Cipa com a Hum, que leva
Seu condomínio será conectado com a fazenda solar remota da Hum, dispensando obras, gastos e problemas de instalação.
É a solução ideal para evitar sustos com a conta de energia de seu condomínio.
SancaSHop MINIMERCADo No CoNDoMíNIo
Todo mundo já conhece o conceito de minimercado para condomínios, mas ago ra a Cipa buscou um novo parceiro para atender um número maior de clientes.
O SancaShop é baseado no conceito de honest market. A empresa instala e gere minimercados com custo zero para o con domínio, sem atendentes no local e que oferece aos moradores a comodidade de encontrar os mais variados itens de super mercado no conforto e segurança do lar, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Poder fazer aquela compra de emer gência dentro do próprio condomínio re presenta bem-estar de verdade.
Um novo conceito de segurança urbana síNDICos E EMPREsAs APosTAM EM TECNoLoGIA, VIGIAs E TREINAMENTo
Uma pesquisa da Genial/Quaest feita no Rio de Janeiro e divulgada em agosto de 2022 indica que, para 38% dos moradores, a violência é o princi pal problema do estado. E os dados refletem isso por meio do aumento da procura por equipamentos e sistemas de segurança pelos condomínios. Um levantamento inédito realizado pela Cipa, uma das maiores administradoras de condomínios do país, aponta que, so mente no primeiro semestre deste ano,
foram investidos mais de 12 milhões de reais em segurança. Os bairros da zona oeste concentraram 72% desse volume de investimento.
“O levantamento da Cipa abrange os mais de 1.300 condomínios que a em presa administra e dá uma amostra do quanto a questão da segurança vem mo bilizando síndicos e moradores em toda a cidade. Isso demonstra também o quan to o poder público deve voltar sua aten ção para o tema”, avalia o gerente de
Novos Negócios da Cipa, Bruno Queiroz. De acordo com Patrick Polisuk, CEO do Grupo Tel Aviv, “segurança é um as sunto sério e faz parte do bem-estar social. Tudo que você quer é chegar em sua residência e ter o sentimento de que está seguro. Para isso, quanto mais itens puderem ser agregados aos condomínios, mais aumentaremos a ca pacidade de efetividade das operações, trazendo maior sensação de segurança a todos os moradores presentes”. O
CEO da Tel Aviv afirma que o setor de segurança eletrônica, por exemplo, au mentou suas vendas, em média, 15% nos últimos dois anos. E, neste ano de 2022, a expectativa é que o crescimento seja ainda maior, chegando a 18%.
E os síndicos sabem que seguran ça é item de primeira necessidade nos condomínios. Segundo o síndico profis sional Fernando Canejo, o investimento ainda ajuda a preservar o patrimônio de todos. Formado em engenharia, Canejo administra três grandes condomínios na zona norte do Rio de Janeiro. “Hoje todos os nossos condomínios são ge renciados por meio de um aplicativo que tem ferramentas tecnológicas atu ais de mercado, o que faz com que os moradores interajam de forma dinâmi ca e on-line, modernizando a dinâmica de trabalho com base em uma gestão de alta performance. As câmeras e um bom controle de acesso se tornaram instrumentos muito importantes para
a segurança dos condomínios, pois são capazes de coibir as ações maliciosas de pessoas mal-intencionadas e ajudam a administração a controlar e regular o comportamento dos moradores.”
Mas nem só de equipamentos, câ meras e tags é feita a segurança. Muito condomínios têm inovado e passaram a fazer parcerias com empresas de con sultoria para ensinar funcionários e mo radores como agir na prevenção de inci dentes e em casos de emergência. João Alberto Britto é diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamen to e Investigação Privada. Segundo ele, não basta investir em alta tecnologia se os funcionários estão despreparados ou desatentos em seus postos de trabalho. “Capacitação é investimento e deve ser realizada a cada seis meses. Nossa em presa disponibiliza treinamentos de alta qualidade e ministramos cursos e pa lestras no local do cliente com o uso de projetor e a emissão de certificado de participação.”
Antes de fazer o trabalho, a empre sa vai até o condomínio e realiza uma análise profunda de todos os ambien tes, identificando os problemas e os ris
cos. “Depois de reunir todos os dados, elaboramos o laudo técnico de segu rança, no qual constam todas as infor mações ilustradas com fotos. De posse desse documento, o síndico pode tomar as melhores decisões sobre segurança com embasamento técnico e de acordo com condições adequadas de prazo e valor”, detalha João Alberto Britto.
Além dos funcionários, os morado res são convidados para participar de palestras. De acordo com o diretor exe cutivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada, não adianta “o condomínio investir em tecno logia, treinar funcionários periodicamen te, mas o morador segurar a porta para uma pessoa estranha que vem logo atrás dele. Esse e outros exemplos acontecem diariamente e fragilizam qualquer proto colo de segurança em função de os mo radores não serem treinados”.
Ana Carla Duarte é síndica profis sional de vários condomínios nas zonas sul e norte da cidade. Ela contratou a empresa J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada e percebeu uma mudança gigantesca na postura e no jeito de agir de funcioná rios e moradores. “Os funcionários fi caram mais seguros para evitar certos golpes, como o do crachá falso e do uni forme falso, não se sentem mais intimi dados. Isso, de cara, já inibe os golpistas. Além disso, o diretor da J A participa
das assembleias e orienta os morado res. Ele personaliza o treinamento, fala de maneira particular para cada público específico, para cada tipo de condomí nio, para cada morador. Percebemos que pequenas ações podem evitar situa ções mais graves e começamos a prestar atenção como cada um pode contribuir para a segurança do local onde vive.”
Ana Carla ressalta que, durante a pandemia e no pós-pandemia, os gol pes, como o do falso entregador, por exemplo, aumentaram muito. Por isso mesmo, essas palestras e cursos ajudam a mostrar como lidar quando se descon fia de uma pessoa. O síndico Fernando Canejo também investe na capacitação
dos funcionários. “Todos os nossos cola boradores são treinados para priorizar a segurança na hora de dar uma informa ção, no controle de acessos e na entrega de encomendas para os moradores, en tre outras tarefas. Somente com a ajuda de uma empresa especializada e uma equipe bem treinada os condomínios conseguem garantir a segurança dos moradores e a proteção do patrimônio de todos.”
“Muitas vezes, o porteiro ou o mora dor se deparam com situações que perce bem que são estranhas e acabam agindo com base em crenças pessoais, tomando medidas precipitadas. É importante que os condomínios tenham seu plano de se
gurança com normas e procedimentos bem definidos para que os moradores se adaptem a tais regras e auxiliem nas operações de segurança, de forma a saber o que fazer e ficar mais seguro ao entrar no condomínio”, explica Patrick Polisuk, da Tel Aviv.
SeGUranÇa patrimoniaL UrBana
Outro projeto vem sendo desenvol vido pelas empresas Tel Aviv e J A Consul toria de Segurança, Treinamento e Inves tigação Privada: a segurança patrimonial urbana. A ideia é ter profissionais trei nados circulando pelas ruas para tentar inibir os casos de roubo e furto. Segundo o CEO da Tel Aviv, é possível, seguindo as regras das convenções coletivas, operar um serviço desses com mão de obra de vigia. “Nossos profissionais possuem no ções de defesa pessoal, além de terem treinamento de orientação e abordagem em situações que oferecem risco aos mo radores da região na qual realizamos a se gurança. São profissionais de segurança que estão ali para cuidar da vida de todos naquela região.” O vigia patrimonial urba no usa uniforme e anda desarmado.
Esse tour de force, denominado Pro jeto Vizinhança Segura, já vem sendo aplicado em várias ruas e, segundo João Alberto, da J A Consultoria de Seguran
ça, Treinamento e Investigação Privada, está sendo uma parceria de sucesso, já que cada empresa usa o conhecimento de sua especialidade. “Essa junção de forças e conhecimento tem gerado um novo conceito de segurança urbana e, consequentemente, um atendimento diferenciado ao cliente. Somos duas em presas idôneas no mercado e com apeti te de entregar uma vigilância urbana de alta qualidade.”
Além disso, segundo Britto, o Projeto Vizinhança Segura treina não somente os profissionais da Tel Aviv, mas também os porteiros dos condo mínios participantes e os representan tes do comércio local. “O objetivo não é somente colocar o segurança na rua, mas inseri-lo no ambiente operacional. Com o passar do tempo, o profissional vai conhecendo os moradores e co merciantes do trecho vigiado, assim, consegue detectar uma pessoa estra nha àquele ambiente. Mais ou menos o que ocorre nas pequenas cidades do interior, que possuem índices baixos de criminalidade, pois ali todos se conhe cem. Um estranho que esteja esperan do o melhor momento para agir é iden tificado e monitorado imediatamente, não só pela segurança local, mas pelos moradores também.”
O investimento em tecnologia de ponta, treinamento estratégico e in teligência faz parte dos mecanismos utilizados pelas empresas e pelos con domínios para aumentar a sensação de segurança. Para o diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamen to e Investigação Privada, a segurança pública no Brasil já não dá conta de aten der a toda a demanda. “Da porta para dentro do condomínio, a segurança é responsabilidade do próprio empreen dimento. Sendo assim, investimento em equipamentos torna-se peça importan te na engrenagem da segurança. Hoje existem câmeras de altíssima qualidade com inteligência embarcada que detec ta se um intruso entra com um veículo do morador ou se o visitante manuseia um objeto com formato de arma de
fogo. Entretanto, precisamos associar, ao parque de equipamentos, capacitação e procedimentos claros.”
Eduardo Furtado é sócio-proprietá rio da Rentel. A empresa trabalha com sistemas de interfones digitais, de segu rança, automação de portas e portões e controle de acesso veicular e de pedes tre. Para Furtado, treinar os porteiros para usar os equipamentos e identificar quem entra e sai do prédio é fundamen tal. “Muitas vezes, na zona sul do Rio, por exemplo, em prédios menores, as pessoas entram e saem sem serem iden tificadas. Isso é um perigo. O condomí nio precisa ter um banco de dados com os entregadores do bairro cadastrados, um controle dos veículos que entram. É importante que, além dos equipamen tos, as pessoas sejam ensinadas a ter ati tudes que visem à segurança de todos.”
Outra dica do sócio-proprietário da Rentel é com a manutenção dos siste mas de segurança. Para ele, não adian
ta instalar e não cuidar. Acaba que os equipamentos estragam ou ficam de fasados, e aí é necessário instalar novos itens. “O síndico precisa gerir esse siste ma. Por isso, muitas vezes, o aluguel de equipamentos é mais vantajoso. O con trato já inclui a manutenção do sistema
e a troca dos itens que apresentarem problema. E é necessário que isso seja feito com uma empresa especializada.”
Muitas empresas são procuradas de pois de passarem por situações de violên cia. A gerente da Arte Fone Ltda., Cláudia Cícero, por exemplo, afirma que já houve
um caso de procura após um ato de vandalismo, furto e violência. “A situa ção mais recente foi no centro de saú de mental que é vizinho de uma creche no bairro da Tijuca, que foi invadido vá rias vezes no período da noite; depois disso, nós reforçamos a segurança com câmeras e cerca elétrica.”
De acordo com a gerente da Arte Fone, hoje o que é mais vendido é o sistema de câmera com monitora mento a distância pelos usuários e moradores. “As fechaduras digitais também estão sendo bem divulga das nesse período. Por dispensarem a chave mecânica em alguns casos, elas proporcionam aos usuários o aciona mento da fechadura por meio de uma tag simples e que não é de conheci mento de pessoas mal-intencionadas. A tag dispensa aquela procura infinita pelo molho de chaves dentro da bol sa. A fechadura digital é simples, dis creta e funcional.”
Como podemos ver, há um leque de possibilidades de artefatos de se gurança para os condomínios. E todas essas opções ainda funcionam melhor quando o poder público é incluído no assunto. Cláudia Cícero, gerente da Arte Fone, acredita que é necessário que haja uma parceria entre o poder
público e privado para combater a vio lência. “Em um momento de grande crise mundial, é importante, sim, que todos estejam engajados e unidos em uma rede de segurança presente e contínua.” A síndica profissional Ana Carla Duarte participa, mensalmente, das reuniões com o Conselho Comu nitário de Segurança e coloca as de mandas dos moradores. “É importante sinalizar, tanto para a Polícia Militar quanto para a Prefeitura, os locais que estão sem iluminação, onde tem gran des índices de roubo e furto. Isso ajuda a polícia a se planejar.”
João Alberto Britto também acre dita nessa união. Ele é vice-presidente da Associação Empresarial e de Mora dores da Grande Tijuca e do Conselho Comunitário de Segurança da Grande Tijuca. “Sem dúvida alguma, a segu rança é dever do Estado e responsabi lidade de todos, está na Constituição, artigo 144. Existem várias maneiras de participação da sociedade, uma das principais é exatamente a presença nos Conselhos Comunitários de Segu rança Regionais, nos quais a sociedade civil organizada pode cobrar ações, mas também propor soluções diretamente ao poder público. Temos que cobrar das autoridades índices aceitáveis de
aLGUmaS dicaS para SeGUranÇ a peSSoaL UrBana
A pé, ônibus ou metrô – não dê conversa a pessoas estranhas, não acredite em histórias tristes porque, na esmagadora maioria das vezes, trata-se de algum tipo de golpe. Não empreste celular na rua, guarde seus pertences com atenção e não fique usando o celular de forma que não perceba o ambiente a sua volta.
O motorista de aplicativo ou táxi não é uma pessoa para você contar sua vida pessoal. Não aceite balas, veja a classificação do motorista, re pare se o condutor é o mesmo que está na foto do aplicativo, preste mui ta atenção no caminho e não aceite trafegar por local já conhecido como de risco mesmo que seja mais rápido. Em caso de “sentir” algo estranho na conduta, siga sua intuição e, se for preciso, desça do veículo. Evite pagar a corrida com cartão, mas, se o fizer, fique atento ao valor digitado. Ao efetuar o pagamento em dinheiro, deixe claro o valor da cédula que está sendo entregue ao motorista.
Quando estacionar, utilize es tacionamentos pagos, que emitam nota fiscal. Não deixe as chaves com
terceiros e dê uma rápida vistoriada no veículo quando retornar.
Na chegada ao condomínio a pé tenha a chave ou a tag já na mão para uso; jamais deixe para procurá-la na frente do portão. Não fique conver sando com ninguém na rua e, se for chamado por estranhos, não pare para ver o que ele quer. No caso de o condomínio ter porteiro, tenha senha e contrassenha verbal de pânico com ele para situações de perigo.
Na chegada ao condomínio de veículo, entre o mais rápido possí vel; se tiver pessoas não conhecidas paradas próximo à entrada da gara gem, não pare, dê outra volta e avise algum parente ou o porteiro.
Invista em portões com rápida abertura e tenha veículos cadastrados.
violência urbana compatíveis com a popu lação e os problemas de uma grande cida de, porém também precisamos participar não somente com reclamações, mas com projetos e sugestões de melhoria.”
O diretor executivo da J A Consulto ria de Segurança, Treinamento e Investi gação Privada acredita que “essa integra ção entre segurança pública, segurança privada e sociedade civil organizada é a única solução para combater a crescente criminalidade”. Segundo Patrick Polisuk, do Grupo Tel Aviv, “é um caminho natural, e já vem acontecendo a parceria entre o poder público e as empresas de seguran ça privada. Portanto, é importante que haja cada vez mais interlocução entre as empresas e a polícia. Porém, é essencial que as escolhas passem por empresas corretas e licenciadas, que possuem alva rá da Polícia Federal para operar mão de obra de vigilante, além de agregar tecno logia ao recurso humano para trazer mais eficácia e, por consequência, a sensação de segurança aos condomínios”.
ServiÇo arte Fone Ltda. (21) 3071-7704 artefonerj.negocio.site Grupo tel aviv (21) 3199-0300/97279-4395 telaviv.com.br J a consultoria de Segurança, treinamento e investigação privada (21) 99926-5838 www.jaconsultoriaseg.com.br rentel (21) 2547-27282/98228-9854 rentel.com.br
ar-condicionado em dia
FIx AçãO, REDE ELÉTRICA E QUALIDADE DO AR DEVEM SER OBSERVADOS
Com as altas temperaturas do ve rão, existe um item essencial que ajuda a aguentar o calor: o ar-condicionado. O aparelho, que deixa o ambiente refrigera do, passa a ficar ligado por mais tempo e, com isso, sofre mais desgaste. Ou seja, es tar com a manutenção em dia é essencial para que ninguém fique na mão. Portan to, todos os síndicos devem estar atentos. E não esperar a estação mais quente do ano chegar para começar a se preparar.
Segundo o síndico Marco Antônio
Figueiredo Lopez, do Condomínio Va randa das Rosas, situado na zona oeste carioca, antes de a estação realmente
chegar, o ideal é manter tudo sob con trole para não ter de lidar com possíveis imprevistos. “Temos de prever para pro ver. Isso é feito contratando uma em presa credenciada pela Light, que fará a análise da carga de cada unidade, por meio de um formulário, no qual indicará os aparelhos existentes em cada uma delas”, afirma.
Um dos problemas que podem ocorrer diz respeito justamente ao au mento de carga. Isso é notado por causa do uso do ar-condicionado de cada uni dade, que passa a ser bem mais inten so, sobrecarregando a rede de energia
do prédio. “Sim, com certeza, esse aumento da carga pode acontecer. Por isso, recomendo que todos os sín dicos solicitem essa análise. Além do mais, devemos ter atenção à reforma do PC de energia, que é fundamental não só para a segurança do prédio, mas, principalmente, para que todos os condôminos estejam também se guros”, diz o síndico, que está à frente do prédio de um bloco, 252 unidades e 1.009 moradores.
Daniele Sampaio, diretora adminis trativa da Ar e Ambiente, explica que a manutenção deve estar sempre em dia para evitar problemas. “A manutenção preventiva e corretiva para equipamen tos residenciais deve ser feita em prazos determinados. A limpeza de filtros deve ocorrer quinzenalmente; a higienização da evaporadora (parte interna) deve ser feita a cada semestre; já a manutenção corretiva, com revisão da evaporadora e da condensadora (parte externa), deve ser realizada anualmente. É obrigação do síndico manter os equipamentos das áreas comuns em estado salutar, de forma a cuidar da saúde dos moradores e da segurança de todos e aumentar a durabilidade dos aparelhos”, diz.
Cláudio de Paula Araújo, proprie tário da Prest Service Soluções Tec nológicas, alerta para o fato de que a
questão da manutenção vai além da segurança pessoal do cidadão. “Tem o quesito principal, que é a saúde. Seja em área comercial, seja particular, um ar-condicionado que não recebe a de vida manutenção e higienização ten de a criar uma série de problemas que podem causar ou agravar quadros de doenças respiratórias. Sem contar a segurança, pois o risco de queda existe. Por isso, trata-se de uma reali dade que não pode ser descartada. A autenticação é necessária para que as pessoas se conscientizem em relação a acidentes e à extrema importância da manutenção.”
lei nº 13.589/2018 exiGe manUtenÇão
Entretanto, além de pensar no bem comum de todos os moradores dos condomínios, é importante que os síndicos saibam que existe uma lei que discorre sobre o tema. De acordo com a Lei nº 13.589/2018, “todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior cli matizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Opera ção e Controle (PMOC) dos respecti vos sistemas de climatização, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes”.
no verão, pode haver aumento da carga de energia. Por isso, manutenção e certificação devem ser feitas anteriormente.
“Sendo assim, é importante que os síndicos tenham a manutenção regu lar realizada por empresas regulamen tadas, visto que o certificado emitido aponta que foram executadas as devi das revisões pelo período mínimo de três meses. É de fundamental importân cia ter em operação o chamado PMOC”, observa Daniele, da Ar e Ambiente.
Para Cláudio, da Prest Service So luções Tecnológicas, o bem-estar fala mais alto: “Não precisa haver uma lei para que isso seja empregado no âmbi to comercial; é uma necessidade de saú de pública. É bom que haja um comuni cado dos fornecedores para lembrar o cidadão da necessidade real de manu tenção”, opina.
Além disso, o síndico Marco atenta para o fato de que a conscientização seja feita de forma constante. “Deve
mos sempre conscientizar todos os en volvidos, por meio de informativos peri ódicos, para que os condôminos façam sua parte.”
As instalações não devem ser dei xadas de lado no quesito manutenção. Por ficarem na parte externa dos aparta mentos, nem sempre recebem a devida atenção. E isso pode representar risco de graves acidentes, a exemplo do que ocor reu no Leme, Rio de Janeiro, em agosto de 2022. Um aparelho caiu de um prédio e feriu uma pessoa na rua. Síndicos e mo radores devem ficar atentos para evitar acidentes dessa natureza.
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Sistemas de reúso de água ganham espaço em condomínios residenciais
IMóVEL SUSTENTáVEL GERA ECONOMIA E É VALORIZADO
Entre 23 de agosto e 1º de setem bro, aconteceu a Semana Mundial da água de 2022, em Estocolmo, na Suécia. O encontro foi realizado on-line e con tou com participantes do mundo inteiro, que discutiram soluções para um con sumo mais consciente para preservar a água no planeta. A conferência propôs uma reflexão: apesar de a água cobrir 71% da superfície da Terra, apenas 3% da água do mundo é doce. Desse per centual, 2,5% estão congelados nas ge leiras e a humanidade conta apenas com 0,5% para todas as suas necessidades e as dos ecossistemas.
Mesmo o Brasil apresentando uma das maiores reservas de água do mun do, 70% da água doce disponível no país se encontra na Bacia Amazônica, onde menos de 5% da população está concen trada. Enquanto isso, as cidades mais po pulosas são altamente dependentes das chuvas. Por todas essas questões e em um
momento em que a crise hídrica é cada vez mais frequente, precisamos pensar em soluções baseadas na natureza.
O biólogo Ricardo Nehrer, diretor da empresa Nehrer Sustentabilidade, diz que, mesmo a passos lentos, esta mos avançando para pensar soluções para essa questão. “Desde a Conferên
cia das Nações Unidas sobre Meio Am biente e Desenvolvimento, a Rio 92, a gestão das águas vem tomando uma força cada vez maior. A cada década, no vos mecanismos e políticas públicas vêm se sucedendo para um melhor uso das águas, mas a velocidade ainda é menor do que o estrago feito.”
Nas próximas décadas, a escassez de água pode afetar dois terços da po pulação do mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Na opinião de Ricardo, a instala ção de sistemas que fazem o controle e o monitoramento da água nos condomí nios é um movimento significativo para o melhor uso desse líquido fundamental para a humanidade. “Como diz o provér bio chinês, para uma longa caminhada é necessário o primeiro passo. Para um melhor gerenciamento, para um melhor uso, um melhor relacionamento do ser humano com essas águas é necessário
o primeiro passo. Os condomínios preci sam ser mais ousados, mais destemidos em investir, educar e incentivar os mo radores e funcionários a terem melhor atitude em relação às águas.”
No Brasil, apesar de as indústrias já terem colocado em prática esses meca nismos, o país reutiliza menos de 1% da água. A boa notícia é que as novas edi ficações já executam o projeto da obra com o sistema de captação pluvial e, em alguns casos, até com estações de tra tamento de esgoto interno. Entretanto, os condomínios mais antigos também podem implementar o sistema.
Fernanda Barcelos é síndica profis sional da empresa Síndico Rio. Ela admi nistra, pelo menos, 2.500 unidades em vários condomínios de diferentes bair ros no Rio de Janeiro. Quatro imóveis geridos por ela têm sistema se reúso de água. Dois deles já foram construídos na planta e nos outros dois ela adaptou.
“Foram feitas calhas nos telhados dos prédios que levam a água até uma cis terna de 50 mil litros, que já existia na garagem e estava desativada. Essa água é bombeada até as torneiras e é usada para a limpeza das áreas comuns e nos
jardins. Cada síndico precisa analisar as necessidades do condomínio, pensar nas demandas. A construção dessas obras exige investimento relevante, como compra de bombas e manuten ção. Mas o gasto vale a pena.”
Allyne Duque Ramos, diretora da empresa Nova Saturno, afirma que o re úso de água se tornou uma boa opção para condomínios residenciais. “Nos úl timos anos, a demanda para a implanta ção de sistemas de captação pluvial em condomínios cresceu muito; com isso, as grandes empresas hoje fabricam produtos que nos ajudam a realizar pro jetos muito melhores. Em alguns casos, a economia de água é de quase 30%.”
Em um dos condomínios adminis trados por Fernanda Barcelos, a eco nomia ficou bem acima disso. Mas não foi só com o reúso de água. A síndica foi responsável por implantar gestão hídri ca no imóvel. Ela contratou uma empre sa para fazer uma varredura em todos os apartamentos para checar a situação das instalações de água e se não havia vazamento nas unidades. “A gente gas tava muita água com a limpeza das áre as comuns. Com o aproveitamento de água da chuva e essas atitudes de pre venção e manutenção, conseguimos gerar uma enorme economia. A conta de água passou de R$ 72 mil para R$ 29 mil. Com o valor que economizamos, pudemos pagar rapidamente as obras do sistema de reúso e aplicar o restante em melhorias para o condomínio.”
Outro ponto a se levar em conta é que os condomínios com reúso de água raramente têm problemas com a racionalização de água. “Mesmo em
meses em que quase não chove ou quando a empresa de abastecimento precisa fazer algum tipo de manuten ção, não sofremos com a falta de água. Isso porque podemos fazer o contro le do abastecimento da água potável para o consumo dos moradores e da água de reúso para a limpeza e as de mais necessidades do condomínio”, explica Fernanda.
É importante ressaltar também que a água fornecida pelo estado tem de seguir o padrão de potabilidade. A água coletada da chuva não, ou seja, não é potável. Mesmo que tratada e que pareça limpa, ela não tem qualida de garantida para consumo. Por isso, não serve para beber nem cozinhar. Mesmo assim, os reservatórios devem ser limpos com frequência para evitar o acúmulo de resíduos que podem da nificar as bombas. De acordo com Ally ne, da Nova Saturno, “todas as caixas receptoras de alvenaria ou polietileno devem ser higienizadas de seis em seis meses conforme determinação do Ins tituto Estadual do Ambiente (Inea). Hoje em dia, já temos diversos tipos de elementos filtrantes e filtros para que a sujeira não fique acumulada nos re servatórios, prejudicando o funciona mento das eletrobombas”.
A Desentupidora J. Costa também faz a manutenção e limpeza desses re servatórios. Joel Rodrigues, gerente da
empresa, afirma que “uma das formas de limpeza é pelo serviço de hidrojet (água pressurizada), que lava as paredes das cisternas ou caixas coletoras. Mas para que tudo funcione da forma adequada, é importante chamar uma empresa es pecializada e já aproveitar e fazer uma limpeza geral nas caixas de gordura, nos poços e nas caixas de reúso”.
Fernanda afirma que está sempre atenta à limpeza da cisterna. “Às vezes, quando a chuva é muito forte, observa mos se a água não vem muito suja. Caso seja necessário, antecipamos a limpeza. Além disso, temos bomba reserva e con trato de manutenção de todas as bombas do condomínio com uma empresa muito parceira que está disponível 24 horas para qualquer problema que aconteça.”
E essa é a recomendação de espe cialistas no assunto. Allyne, da Nova Saturno, diz que é fundamental que o condomínio tenha sempre dois conjun tos de bombas para que, em uma pos sível falha do sistema de eletrobomba, o funcionamento do reúso não fique inoperante. E, claro, um contrato com uma empresa que tenha experiência no mercado. A Nova Saturno, por exemplo, é especializada em sistemas de capta ção pluvial. Para a diretora da empresa, “a sustentabilidade em diversas áreas é uma grande aposta para o futuro”.
E nesse futuro mais responsável, Fernanda investe em soluções ecológi cas. Além do sistema de reúso de água, no Condomínio Sunset, na Barra da Tiju ca, ela começou uma horta comunitária.
A ideia é colher os alimentos e organizar um almoço para todos os condôminos. Além disso, a síndica ainda tem um pro jeto de água cinza, que é o reaproveita mento da água do banho e da máquina de lavar roupa, por exemplo. “Esse pla no ainda está em estudo. Precisa de um investimento maior porque é necessá rio construir um sistema de tratamento dentro do condomínio. Todos esses sis temas de reúso de água, reciclagem de lixo, economia de eletricidade ajudam a cuidar do meio ambiente e geram eco nomia no bolso do morador e valoriza ção do imóvel.”
E para quem acha que mudar de ati tude em um condomínio não vai conter o avanço da destruição do meio ambiente no planeta, Fernanda deixa um recado que nos faz refletir sobre o assunto: “Acre dito que a mudança começa em casa. As famílias veem que essas atitudes geram resultado concreto e passam adiante para amigos e parentes, que também vão pro pagar esse conhecimento. Essas ações pontuais acabam se transformando em ações coletivas. É necessário que a gente faça nossa parte. Informação e esclareci mento são fundamentais para a mudança que queremos no mundo.”
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Fique bem longe da sobrecarga elétrica
PCS DE LUZ ANTIGOS MERECEM ATENçãO
O verão se aproxima, e um dos principais problemas enfrentados pe los condomínios é a sobrecarga da rede de energia justamente na época mais quente do ano. Por isso, o PC de luz dos prédios acaba sofrendo proble mas, pois é natural que os moradores passem a ligar os aparelhos de ar-con dicionado com maior frequência, para tentar se refrescar do calor.
Rodrigo Lessa, engenheiro civil e de segurança da Innovare Engenharia, avisa: “Muitas vezes, a rede elétrica é antiga e pode não suportar a demanda de novos aparelhos. O recomendável é realizar uma inspeção na rede elétrica residencial por profissionais habilita dos. E, se houver necessidade, ela de verá ser modernizada, evitando, assim, acidentes e incêndios. Redes antigas, com disjuntores e fiação já gasta pelo tempo, apresentam um grande risco de curto-circuito, pois as que têm até 40 anos não são compatíveis com os novos equipamentos elétricos, o que sobrecarrega todo o sistema do con domínio”, afirma ele, acrescentando que as inspeções devem ser feitas a cada cinco anos. “A modernização do
PC é um serviço caro, mas necessário para dar segurança a todos.”
Renata Rangel Palma, gestora da Eletro Palma Serviços Elétricos, concorda, dizendo que a manuten ção preventiva evita danos futuros à instalação, diminui substancialmente interrupções indesejadas sem aviso prévio e mitiga acidentes graves. “O custo de um reparo emergencial ou corretivo, sem planejamento, é muito alto. Isso vai além da questão financei ra diretamente, pois causa transtorno e incômodo aos usuários da instalação elétrica, de modo que pode acarretar indenizações por lucros cessantes em razão da falta de manutenção ou até mesmo risco à vida”, explica.
Outro ponto que deve ser obser vado é o aumento de carga perante a Light, que pode ser necessário caso a rede esteja sobrecarregada. Para Re nata Palma, isso se deve ao fato de que o consumo de energia elétrica teve um grande salto nos últimos anos. “Pas samos a adquirir novos aparelhos ele troeletrônicos, o que excede a capaci dade dos PCs de luz, que não estavam preparados para essa carga tão alta.
Portanto, a unidade consumidora deve contratar uma empresa especializada e capacitada para fazer essa solicitação à concessionária, adequando as insta lações. Ela deverá avaliar se o projeto atende às normas técnicas para aprová -lo e, em seguida, a empresa contrata da deverá implantar o novo padrão no condomínio. É muito importante que o síndico busque empresas com boas re ferências no mercado para não cair em ciladas”, observa.
Segundo Rodrigo Lessa, da Inno vare Engenharia, as instalações antigas fazem com que a rede elétrica fique no limite, necessitando de um aumento de carga elétrica, o que deverá ser feito por um engenheiro eletricista ou uma empresa especializada. “É muito impor tante enfatizar que a Light não creden cia profissionais. É comum ouvir profis sionais que alegam ser credenciados por lá. Isso é mentira e pode até colocar em
risco a instalação elétrica”, avisa.
A síndica profissional Marcia Montal vão concorda: “A maioria das instalações antigas de relógios tem madeira, que é inflamável. Além disso, tem a fiação, que, dependendo da idade do condomínio, não contemplava, à época, a quantidade
de itens de que a sociedade faz uso atual mente. Por isso, as instalações precisam ser modernizadas, para prover seguran ça às unidades e ao condomínio.”
E se o problema se instaurar, o que fazer? Quais medidas devem ser toma das? Renata Palma responde, dizendo
que deve ser feita a contratação ime diata de uma empresa capacitada para avaliar e adequar as instalações confor me as normas técnicas e de segurança. “Se a instalação elétrica na área do PC se encontrar fora das especificações técnicas de construção e proteção exigi das e normatizadas pelos órgãos oficiais (NR 10 – Ministério do Trabalho, Defesa Civil – Corpo de Bombeiros, ABNT 5410, CREA-RJ), poderá haver, em casos extre mos, a interdição do prédio com even tual desocupação. O risco de incêndio, nesses casos, é muito alto. Recentemen te, vimos alguns incêndios provenientes de problemas em instalações elétricas: no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na subestação da Light e no Hos pital Federal de Bonsucesso.”
Já Rodrigo Lessa alerta, afirmando que o ideal é não deixar chegar ao ponto crítico. “Um curto-circuito, muitas vezes, é interno, e não pode ser observado, de modo que pode causar incêndio e perda de vidas. Por isso, é muito importante o condomínio solicitar inspeções. O síndi co tem o dever de zelar pela segurança e exigir o mesmo dos condôminos, por meio de inspeções periódicas e apre sentação de laudos técnicos a cada cin co anos. E, em caso de irregularidade e risco, o síndico tem que agir, notificando o morador e até aplicando multa.”
para não haver sobrecarga de energia, os síndicos devem fazer a manutenção periódica, além de consultar a Light caso haja necessidade de aumentar a carga da rede elétrica res, na estação anterior (primavera), a importância de limpar e revisar pre ventivamente os aparelhos de ar-condi cionado para melhor rendimento com menor custo de energia, além de pror rogar a vida útil do equipamento. Quan do verificamos no relógio da unidade que a carga não é compatível, indicamos o aumento dela”, diz ela, que já mandou executar alguns projetos de moderniza ção elétrica.
Renata Palma diz que o síndico deve se informar com o engenheiro que faz o laudo da autovistoria do condomínio so bre as reais condições da instalação elé trica do edifício. “É preciso fazer constar do laudo a escala de risco do PC de luz, os quadros elétricos de bombas, os quadros elétricos dos elevadores, do apartamen to funcional dos porteiros e de tudo que conduza energia elétrica. Depois desse laudo, o síndico deve compartilhar as ne cessidades de atualização/conserto com os condôminos”, avalia.
Para Márcia Montalvão, os equipa mentos do condomínio devem ser inclu ídos no planejamento de manutenção preventiva, com execução das ações necessárias. “Quanto aos instalados nas unidades, lembramos aos morado
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Qual é a hora de trocar o barrilete?
RISCOS DE ROMPIMENTO DE TUBULAçãO SãO IMINENTES SE NãO HOUVER MANUTENçãO
Instalado geralmente no alto dos prédios, o barrilete é um conjunto de tubulações e registros que capta a água dos reservatórios e a distribui para as colunas que vão abastecer todo o con domínio. Invisível à maioria dos mora dores, é um sistema essencial para o bom funcionamento de um prédio. É nele que também se encontram os re gistros que permitem as manobras para a limpeza dos reservatórios e manuten ção dos canos. Por isso mesmo é funda mental que ele não seja esquecido pela administração do imóvel. Muitas vezes, os síndicos só tomam providência quan do aparece uma emergência.
Para que isso não aconteça, empre sas especializadas no assunto afirmam que a manutenção é essencial. Antonio Versailles, diretor da Versailles do Brasil Engenharia, faz um alerta. “Não sabe mos a hora exata que uma ocorrência pode aparecer. Os riscos são imensurá veis. Podemos ter inundações, infiltra ções e danos na estrutura do edifício, entre outras coisas. A manutenção é fundamental para evitar esse tipo de susto e gastos extras.” E para demons trar isso, o diretor da Versailles do Brasil Engenharia faz um cálculo. “Conforme a Lei de Sitter (a lei de evolução de cus tos, também conhecida como Regra dos 5, que demonstra em seus estudos
o impacto econômico resultante da negligência em se adotarem ações pre ventivas), o custo da falta de manuten ção preventiva fica cinco vezes maior na manutenção corretiva.”
O engenheiro José Correia, dire tor técnico da Engefec Engenharia, e o arquiteto Fernando Santos, sócio-di retor da Santos Projetos, concordam com essa visão. “O custo da manu tenção, se for feita com regularidade, será distribuído ao longo da vida útil do sistema, diferentemente do custo de modernização, que é concentrado num momento específico e, se for cau sado por uma emergência, tem grande possibilidade de sofrer um sobrepreço pela natureza emergencial da obra. Um sistema não dura para sempre e, ao final de sua vida útil, deverá ser modernizado, mas, no cenário de uma estrutura com manutenção regular, é uma obra planejada, em que o admi nistrador pode se organizar financeira mente para tal.”
Luiz Otávio Gomes Ribeiro, enge nheiro responsável pela empresa Ricel Engenharia de Manutenção Predial, faz coro com os demais e é enfático ao dizer que a falta de manutenção adequada pode causar “colapso nas tubulações, provocando infiltrações, aumento do consumo de água, degra
dação da estrutura, da alvenaria, dos revestimentos, de móveis e assim por diante”. Outro problema corriqueiro nos canos de ferro é a ferrugem. “A oxi dação nas tubulações de ferro galvani zado é o que faz com que ela degrade. Quando esse transtorno aparece, a tro ca tem que ser feita imediatamente por tubulação de PVC, que é um material mais durável.”
Márcia Pedrosa é síndica profissio nal e administra 24 condomínios na zona sul do Rio de Janeiro. “Eu já fiz essa tro ca em muitos prédios que administro. A ferrugem pode causar vazamentos por furos na tubulação. É prejudicial não só para o funcionamento do barrilete, mas para a qualidade da água que é distribu ída no condomínio. A ferrugem também causa a diminuição da vazão da água, prejudicando o funcionamento de apa relhos, como as bombas, por exemplo.”
Para Márcia, as obras preventivas e a manutenção evitam gastos mais al
o síndico precisa estar com a manutenção em dia e atento a sinais de problemas
tos com as obras de emergência e ainda transtornos como mudança na rotina dos moradores. “Além de estar com a manu tenção em dia, estou sempre observando se há algum sinal de infiltração ou vaza mento para evitar que haja um problema maior. Uma parede molhada ou a dificul
dade de fechar o registro de uma coluna já nos mostra que algo está errado.”
Os condomínios, além da manuten ção, também podem contar com a tec nologia para identificar vazamentos sem a necessidade de quebrar paredes. As empresas Engefec Engenharia e Santos Projetos fazem um trabalho conjunto nas obras de construção, manutenção, reforma de barriletes e outras obras na construção civil. Para o diretor técnico da Engefec Engenharia e o sócio-diretor da Santos Projetos, “nesses casos, podem ser usados equipamentos eletrônicos baseados em ultrassom, scanners por radiofrequência, câmeras e sensores ter mográficos, inspeção endoscópica, siste ma de manômetros, detectores por in dução magnética etc., bem como utilizar traçadores químicos luminescentes para testes pontuais de carga hidráulica. Mas o importante não é o equipamento em si, e, sim, quem faz a investigação, pois somente profissionais experientes no as
sunto podem interpretar corretamente a leitura dos equipamentos e gerar con clusões coerentes para o cliente”.
Outras medidas simples podem fa zer com que a vida útil do sistema seja muito maior. Por exemplo, no local onde fica o barrilete, é necessário que haja um ralo ou tubo para, se houver va zamento, a água escoar. Não se pode ca minhar em cima das tubulações. Então, se não tiver espaço para a passagem de uma pessoa, é necessário construir uma passarela em cima dos canos para que possa ser feita a manutenção de forma correta. Tubos apoiados em estruturas que não são adequadas também fazem com que a tubulação tenha vida útil di minuída. Os registros precisam estar identificados para que, em um momen to de emergência, cada um possa ser fa cilmente acionado.
Isso porque toda essa estrutura é fun damental não só pelo abastecimento de água, mas para a segurança. Nessas tubu lações, além de estarem contidos todos os registros que controlam o abastecimento de água do condomínio, está também o barrilete, que faz parte do sistema de hi drantes, que é o da reserva de incêndio. A tubulação é facilmente identificada por que é vermelha e, segundo uma norma do Corpo de Bombeiros, tem que ser de ferro. Por isso mesmo que só empresas creden ciadas à corporação, que também fazem a vistoria anual dos hidrantes e das manguei ras, que mexem nessa tubulação.
Como é uma área muito sensível e que demanda atenção o ano inteiro, os serviços em sistemas hidráulicos pre diais precisam ser executados com em presas que tenham experiência nesse ramo. “A vivência dos profissionais para captar o que está escondido e propor soluções eficazes faz muita diferença no custo da obra. Além disso, uma em presa especializada tem capacidade de enxergar os desdobramentos dos pro blemas do sistema hidráulico em outros sistemas prediais, alertando para as demandas de manutenção ou moderni zação. Obviamente, a autovistoria é um momento importante em que se podem identificar diversos problemas, mas o intervalo de cinco anos, especialmen te em prédios antigos, pode ser muito longo, visto que o grau de degradação normalmente já está avançado”, afirma José Correia da Engefec Engenharia.
A síndica Márcia está atenta para isso e sempre escolhe uma empresa de con fiança, estável e conhecida no mercado. “Dá mais tranquilidade na hora da execu ção dos serviços. Sabemos que não vai ter problema com a garantia, por exemplo. Além disso, essas empresas usam produ tos de qualidade que têm um tempo de vida maior.” O diretor da Versailles do Bra sil Engenharia é enfático ao afirmar que essas empresas precisam ser “registradas nos conselhos de classe e que precisam ter mão de obra qualificada e registrada”.
O barrilete em perfeito estado ain
Barrilete em perfeito estado é sinônimo de economia no consumo de água do prédio
da é sinônimo de economia no consumo de água do prédio, pois evita acidentes que desperdiçam esse recurso. “O prin cipal benefício para os moradores é a re gularidade do abastecimento, que é um atributo ‘invisível’, pois o que se espera ao abrir a torneira ou o chuveiro de casa é ver água saindo. Porém, em prédios com sistemas hidráulicos degradados, isso nem sempre é uma rotina, pois as interrupções do abastecimento para serviços emergenciais são mais frequen tes”, alertam o engenheiro José Correia e o arquiteto Fernando Santos.
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Fachadas merecem atenção especial para evitar acidentes
MANUTENçãO PREVENTIVA E CORRETIVA DEVE ESTAR EM DIA PARA QUE REBOCOS E PASTILHAS NãO SE SOLTEM
Um dos principais problemas a que todo prédio precisa estar atento é, sem dúvida, em relação à fachada. O síndi co pode até não perceber, mas a ques tão da manutenção vai muito além da estética: a fachada deve estar sempre com a conservação em dia para evitar acidentes. Queda de rebocos e de par tes da construção, bem como pastilhas que se soltam e até mesmo aparelhos de ar-condicionado que despencam, podem ocorrer. E ninguém quer passar por isso, certo?
Para evitar esses e outros proble mas, Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-presidente da RJ Construfort, aler ta: se o prédio não faz manutenção pre ventiva e corretiva a cada cinco anos, o reboco pode cair, sim, atingindo pessoas e carros, por exemplo. “Em todas as nos sas obras, fazemos o teste de percussão da fachada. Com o passar do tempo, é natural que essa parte do prédio apre sente manchas, rachaduras e buracos. Esse teste permite que, por meio de um martelo metálico ou de nylon, seja verifi cado o diagnóstico das fachadas. Assim,
se o barulho for muito cavo, por exem plo, indica que o revestimento não está bem aderido, o que pode causar fissuras e infiltrações”, afirma.
Para a síndica Ângela Du Bocage Alves, que está à frente do Solar da Marquesa, com 108 apartamentos, um bloco e situado na zona sul carioca, os prédios devem sempre estar em bom estado de conservação. “Nunca tivemos
acidentes. Em nosso caso, ocorreria queda de pastilha, pois o prédio é reves tido dessa forma. Mas nossa manuten ção é feita pela empresa RJ Construfort, que nos atende há oito anos. Mas refor ço que, para evitar acidentes, é preciso prestar atenção à manutenção tanto de fachada, toldos, rebocos e restauração estrutural quanto de ferragens estru turais, para não causar infiltrações nos apartamentos”, observa ela, que faz ma nutenção de dois em dois anos.
Paulo Rafael explica que o trabalho requer o mesmo cuidado com fachadas de granito ou de mármore. “Não impor ta o material em si. No caso, depois de fazer o teste de emboço, é preciso fazer um novo em toda a parede externa. Um detalhe que deve ser observado é que, caso o emboço apresente a tinta em péssimo estado de conservação, quan do chover, é inevitável infiltrar água nos apartamentos”, comenta.
Assim, o síndico deve estar atento a outros problemas que podem surgir, como rejunte e pastilhas desgastados, pastilhas estufadas, oxidação nas ferra
gens. De acordo com Paulo Rafael, os condomínios devem se precaver fazen do manutenção preventiva e corretiva. “Alguns síndicos deixam passar muito tempo até chegar ao ponto de mexer na viga, quando ela pode até mesmo estourar. Isso ocorre quando a parede começa a descascar, quando o rejunte já está desgastado. Não é indicado es perar ficar desse jeito para fazer a ma nutenção”, diz ele, acrescentando que a impermeabilização também é necessá ria para evitar a oxidação das ferragens. “É essencial para prevenir esse tipo de situação, porque, com o material cor reto, o concreto vai estar sempre seco.
Também usamos tintas da linha pre mium, que são antifumo e antimaresia, que evita que haja tração de água, che gando à parte de ferro.”
aLteraÇão de FacHadaS
A Lei nº 4.591/64, conhecida como Lei dos Condomínios, proíbe de manei ra expressa “alterar a forma externa da fachada”, condicionando qualquer modificação à aprovação dos condô minos. Ângela Du Bocage Alves diz não ter passado pela experiência, visto que, em seu condomínio, a convenção não permite mudanças na fachada. Paulo Rafael explica que, caso seja necessária alguma alteração na fachada, é preciso seguir uma série de trâmites. “Isso já envolve a Prefeitura, pois o engenheiro deve aprovar a mudança de característi
a síndica Ângela du Bocage alves diz que os prédios devem sempre estar em bom estado de conservação. “para evitar acidentes, é preciso prestar atenção à manutenção tanto de fachada, toldos, rebocos e restauração estrutural quanto de ferragens estruturais”
ca. E esse procedimento ocorre quando o condomínio quer e, às vezes, pode de morar dois anos”, afirma.
O especialista diz ainda que é im prescindível conscientizar os condômi nos da importância da manutenção da fachada, mesmo que a obra cause incô modo. “É um transtorno momentâneo que vai valorizar o imóvel. Quem conse gue vender um apartamento com o em boço caindo, o prédio todo quebrado, cota extra? Isso é ruim para todos”, ob serva ele, acrescentando que todos os acessos devem estar disponíveis para a realização da obra. “As coberturas que fecham sua área externa com vidro, por exemplo, atrapalham o acesso à facha da, ocasionando um custo extra, pois temos de colocar o andaime numa altu ra ainda maior e fazer a ancoragem do equipamento”, completa.
Além disso, o síndico e o zelador devem ter atenção especial aos toldos, que podem estar muito velhos e, por isso, desprender-se. “Mesmo sendo res ponsabilidade do morador, quem verifi ca isso é quem cuida do prédio”, indica Paulo Rafael, sem deixar de alertar que obras relativas a fachadas devem ter registro no Conselho Regional de Enge nharia e Agronomia (Crea). “O síndico tem sempre de contratar empresas que possuam engenheiros registrados no ór gão, pois, como toda obra, tem de ter a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que indica um responsável pelo trabalho em andamento”, finaliza.
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eletromobilidade em alta
CRESCE A PROCURA POR CONDOMíNIOS EQUIPADOS COM CARREGADOR DE VEíCULOS ELÉTRICOS
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Elétricos, a Anfavea, até 2035, 62% da frota de veículos no Brasil poderá ser de auto móveis elétricos. Esse mercado é pro missor, e mais de 100 mil eletrificados leves já circulam no país.
As vendas por aqui, nos sete pri meiros meses de 2022, já somaram mais de 23 mil veículos, 31% a mais do que no mesmo período de 2021. No mundo, são 16 milhões de auto móveis e comerciais leves elétricos circulando, além de 600 mil ônibus do tipo, segundo informações da As sociação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A opção por transporte limpo, de propulsão elétrica, é um caminho sem volta, em substituição ao motor a combustão, altamente poluente.
Diante desse quadro, a procura por casas e condomínios com equipamento para recarregar veículos elétricos, não
somente carros, mas também bicicletas, motos e patinetes, está cada vez maior.
Segundo Fernando Bacellar, da Empório Bacellar, sediada no Rio de Ja neiro e que é representante da Inchar ge – a primeira empresa a desenvolver e fabricar carregadores de veículos elétricos no país –, o Rio é um merca do promissor, e muitos condomínios já estão se equipando de acordo com o contexto da eletromobilidade.
A fábrica da Incharge fica em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, e trabalha com soluções inovadoras para ajudar a desenvolver o mercado de mobilidade elétrica no Brasil. Ao disponibilizar infraestrutura adequa da para carregamento de veículos, a Incharge torna a mobilidade elétrica simples, fácil e acessível, trazendo o futuro para os dias de hoje.
São Paulo saiu na frente e já tem até uma lei específica. Quem explica
é Reinaldo Andrade, da Incharge: “A lei orgânica do município de São Paulo (Lei nº 17.336 de 31/3/2020) dispõe que os novos empreendimentos da rede priva da já têm que ter a infraestrutura para os carregadores. Algumas incorporado ras já entregam a construção até com os carregadores instalados. Sem dúvida, um grande diferencial.”
Andrade explica que os prédios já construídos que queiram disponibilizar os carregadores elétricos precisam fa zer uma adequação em sua infraestru tura. “Não dá para fazer de improviso. Para instalar os carregadores de forma segura, é preciso preparar o prédio para evitar sobrecarga, curto-circuito e incên dio. O improviso não vale a pena.”
Bacellar comenta que, normalmen te, tudo começa com um morador que comprou um carro elétrico ou mesmo híbrido (que pode ser abastecido tanto com gasolina como com eletricidade) e que pede para o condomínio instalar um eletroponto. “A tendência é aumentar a necessidade, porque a eletromobilida de é um caminho sem volta”, avalia.
Segundo a experiência da Incharge, em geral, os condomínios aprovam a adequação de forma muito rápida: “Em três ou quatro assembleias, no máximo, resolve-se a instalação, que é feita de pois de uma vistoria técnica e a elabo ração do projeto de um engenheiro ele tricista ou mesmo um técnico eletricista registrado no Crea que tenha empresa
e que emita uma Anotação de Respon sabilidade Técnica (ART). Podemos fazer uma instalação faseada para atender a uma demanda imediata e aumentá-la de acordo com a necessidade. Mas mesmo para um eletroponto, é necessário ade quar”, ressalta o especialista.
O diretor da Empório Bacellar res salta que “a valorização do patrimônio é notório”, por isso o investimento tem sido feito pelos condomínios. “As pesso as estão começando a comprar carros elétricos, então quem pensa na frente já está valorizando o patrimônio, pre parando o condomínio para um futuro muito próximo que, na verdade, já che gou em alguns condomínios.”
Prédios de alto padrão que estão sendo construídos já têm, no mínimo, a infraestrutura para a instalação dos carregadores. “Nestes normalmente é oferecido um carregador por vaga de apartamento. Tudo depende do padrão do prédio”, ressalta Andrade.
Quanto ao pagamento da energia utilizada, é simples: já há tecnologia de ponta que permite controlar o acesso e identificar o morador que recarrega o veículo. E isso possibilita que o custo da recarga seja destinado de imediato ao apartamento que usou o equipamento.
A realidade é que os carros elétri cos não são moda. Eles vieram para fi car, estão cada dia mais eficientes e a tendência é que sejam cada vez mais acessíveis também. Prova disso é que, na Europa, na China e, mais recen temente, nos Estados Unidos, estão sendo implantadas medidas públicas com mais incentivos para o segmento. Em São Paulo, o governo do estado já decretou a diminuição da alíquota do ICMS para o desenvolvimento do seg mento desde janeiro de 2022.
Muito bom do ponto de vista sus tentável, não é mesmo? A questão é que vamos precisar ter carregadores elétri cos nos condomínios para não sermos pegos de surpresa por um aumento do número de moradores que precisam de um carregador na garagem. Para isso, é preciso planejamento por parte dos ad ministradores de condomínios que ain da não estão preparados para receber pontos de carregamento.
ServiÇo empório Bacellar (21) 3872-0748/97452-9513 Incharge.eco.br
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nossa empresa anuncia há anos na revista Condomínio etc., e o re torno sempre foi muito bom. não fico de fora de nenhuma edição! o fato de a revista ser da cipa, uma empresa sólida, que tem uma postura responsável e é reconhecida no mercado, é muito importante, porque, dessa forma, minha empresa ganha também em credibilida de e visibilidade. eu também me sinto seguro em fazer negócios com a cipa, pois trata-se de uma empresa estável. inclusive, este ano, optei por fazer um contrato anual, que é mais interessante financeiramente e, assim, já garanto meu espaço na revista! anunciar em apenas uma edição do periódico e sumir não é indicado. é preciso perseverar ali e, dessa forma, ganhar destaque. a rJ construfort anunciar direto na revista mostra, para o cliente, que é uma empresa forte também.
criptomoedas podem pagar iptU
Empresas especializadas em ope rações com criptomoedas vão poder se cadastrar no município para oferecer a seus clientes a possibilidade de pagar o IPTU 2023 com moeda digital. Com a iniciativa, lançada por meio de decreto, o Rio de Janeiro passa a ser a primeira cidade do Brasil a dar aos contribuintes a possibilidade de quitar o tributo por meio de criptoativos.
Para viabilizar a operação, o municí pio vai contratar essas empresas e elas farão a conversão dos ativos criptos em reais. Dessa forma, a Prefeitura rece berá 100% do valor em reais, sem cus to adicional para os cofres públicos. A iniciativa coloca a cidade numa posição de vanguarda ao estimular a circulação
dessas moedas na economia e oferecer ao contribuinte carioca mais uma forma de pagamento do tributo.
“O Rio de Janeiro é uma cidade glo bal. Por isso, estamos acompanhando os avanços tecnológicos e econômicos do universo dos ativos financeiros digitais. Temos um olhar para o futuro e quere mos contribuir para que se torne a ca pital da inovação e tecnologia do país. E já saímos na frente. Somos a primeira cidade do Brasil a oferecer esse tipo de pagamento ao contribuinte”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
As empresas interessadas nessa transação devem, entre outras obriga ções, estar credenciadas no município, ter CNPJ, manter o cadastro de seus
clientes atualizado de forma similar às determinações do Banco Central para as instituições financeiras e possuir contra to de prestação de serviço com um dos bancos arrecadadores da Prefeitura.
“No primeiro momento, o uso das criptomoedas como meio de pagamento será apenas para IPTU. Queremos avaliar como a cidade irá se comportar com essa nova modalidade de pagamento para, futuramente, incluirmos outros tribu tos”, comentou a secretária de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko.
A lista de empresas credenciadas fi cará na página do Tesouro Municipal, no site da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento.
Fernanda Barcelos
SíNDICA PROFISSIONAL POR ACASO, SUCESSO PLANEJADO E MERECIDO
Esta coluna da revista Condomínio etc. inicia nesta edição para que síndicas de sucesso mostrem sua história e inspi rem outras mulheres nessa empreitada.
Há muito pouco tempo (historica mente falando), as mulheres não po diam aprender a ler, votar e muito me nos trabalhar. Ah... mas quando as coisas começaram a se transformar – pela for ça e determinação de muitas pioneiras –, os tempos realmente mudaram.
Por essas mulheres e por tantas outras que a Cipa abre esta coluna em homenagem às síndicas que vêm se des tacando no mercado condominial.
Nossa primeira convidada é Fernan da Barcelos, 37 anos. Antes de ser síndi ca profissional, ela atuava como estilis ta. Não que não atue mais, até porque sua organização e determinação fazem o tempo dela render.
Fernanda faz um excelente traba lho, mas não abre mão de uma adminis tradora, até porque, com esse suporte, ela e seu sócio, Paulo Viggiani, conse guem estar à frente de 15 condomínios. Vamos saber um pouco mais sobre a Fernanda?!
condomínio etc.: Quando entrou para essa área de atuação? Foi por acaso?
Fernanda Barcelos: Foi em 2018. Sem pre fui ativa nas assembleias do con domínio onde moro e sempre tive um carinho enorme pela síndica que atu ava fazia três anos. Em dado momen to, ela convocou uma assembleia para renunciar, pois estava cansada. Como eu sempre revisava e acompanhava os balancetes, decidi me candidatar na hora. Não esperava que fosse me candi datar, mas realmente queria lutar pelo condomínio, queria continuar com um bom trabalho; assim, levantei a mão e apresentei, na mesma hora, de cabeça, o que poderia fazer com a previsão orça mentária, como se fosse uma proposta. Quando vi, estava eleita.
Realmente, uma coisa é você acom panhar o balancete como morador, outra é conhecer as engrenagens que fazem um condomínio girar. São muitos deta lhes impressionantes. Todas as manu tenções, o contato físico e virtual com os moradores, as demandas surpresa que aparecem, você começa a observar onde pode economizar mais, o que precisa de
sucesso
investimento para valorizar o imóvel… São detalhes que não constam do balan cete; estamos falando de pessoas, não somente de números, estamos falando da responsabilidade de um patrimônio. É um trabalho realmente apaixonante!
cetc.: Em que momento resolveu se tornar síndica profissional?
FB: Nosso condomínio estava em obras de fachada, e o síndico profissional Pau lo Viggiani, que atuava no prédio ao lado, veio até nós perguntar detalhes da obra. Conversamos bastante, e ele gos tou do trabalho que eu estava desenvol vendo ali. Então, me chamou para ser sócia, o que deu muito certo. Inclusive, nos 15 prédios que administramos, atu amos em dupla, ou seja, o condomínio nunca fica sem síndico, mesmo que por doença. Esse tipo de gestão começou com a pandemia e deu tão certo que mantivemos o sistema.
cetc.: Acha que as mulheres ainda sofrem algum tipo de preconceito nessa área?
FB: Confesso que já sofri muito precon ceito no início; hoje, as pessoas veem com outros olhos. A mulher, por natu reza, cuida, consegue abraçar mais as questões que necessitam de zelo, seja um problema, um conflito entre mora dores, seja o olhar observador da estru tura, da estética, do comportamento. Principalmente, o comportamento. Por
exemplo, minha gestão trouxe, pela pri meira vez, mulheres para trabalhar no condomínio. Sempre tivemos homens trabalhando na limpeza, na portaria. Quando eu propus colocar mulheres na limpeza e na recepção, muitos disse ram que não ia dar certo, mas implantei um conceito moderno no condomínio. A responsável pela recepção, hoje, é uma mulher. Ela recebeu treinamento de comunicação não violenta, treina mento para crises (porque sempre pode acontecer alguma coisa), está à frente do controle de encomendas, ou seja, responsabilidades que ouvimos no iní cio de que uma mulher não daria conta. Hoje, recebemos elogios de moradores, visitantes e prestadores de serviço so bre esse atendimento personalizado. Mulheres são capazes de exercer todos os cargos. Acho que as pessoas têm cer to receio da mulher que é líder, mas a liderança feminina traz um trabalho competente, traz sensibilidade e força. Todos os dias, nós nos provamos e nos
superamos. É muito bom ver que todos os que tiveram preconceito no início de minha gestão me apoiam e reconhecem meu trabalho.
cetc.: Quantos condomínios você atende?
FB: No momento, a Síndico Rio atende 15 condomínios e damos suporte a dois prédios.
cetc.: Enfrentou muitas dificuldades?
FB: Nossa, muitas! Eu passei, no início da gestão, por um movimento de muita re sistência por parte dos moradores, que me viam como uma mulher jovem, sem experiência. Tive que agir com muita firmeza. O que me ajudou foi conhecer bem a convenção e o regimento inter no, saber sobre cobranças, irregularida des, principalmente de fachada, e esta mos falando não somente da externa, mas da interna também, como os cor redores. Então, ter esse conhecimento me ajudou. Depois, fui conhecendo as exigências do Corpo de Bombeiros so bre rotas de fuga, o que me ajudou mais ainda a cobrar a padronização dos corre dores. Não foi mole. Notifiquei, multei. Mas sempre antes de tomar qualquer medida de punição exploro muito a comunicação. Quando os condôminos perceberam que eu não estava perdida, que eu sabia o que estava fazendo, os ânimos foram ficando mais leves. Tive ajuda dos porteiros, que viram meu cronograma de trabalho, que investiu
de sucesso
em uma rotina harmoniosa que trouxe ergonomia nos instrumentos de traba lho (que oferece segurança e conforto), então, essas pequenas, mas significati vas, mudanças fizeram toda a diferença para que tanto a equipe de funcionários quanto os moradores percebessem que eu estava no caminho certo.
cetc.: Fez algum curso de especialização?
FB: Sim, além de fazer o curso de síndico profissional, fiz outros, como comunicação não violenta e comunicação visual (que ajuda a chamar mais atenção nos comuni cados), além de ser técnica em edificações, o que auxilia muito no trabalho com a equi pe de manutenção do condomínio.
cetc.: Qual foi seu maior desafio?
FB: Tive dois grandes desafios. O primei ro foi, poucos meses depois de assumir o condomínio, perceber que o edifício precisava de uma obra de fachada. Real mente estávamos com urgência. Então, foi um processo bem difícil. Organizar a obra sem interferir (muito) na rotina dos moradores foi complicado, além da ques tão financeira, claro. O segundo foi tra zer modernidade para um condomínio em que 80% dos moradores são idosos. Então, adotamos o WhatsApp, criamos o cadastro digital (tudo no condomínio era em papel, então o custo era absurdo com papelaria, e não fazia sentido porque vivemos uma era digital), elaboramos programas de vizinhos voluntários na
pandemia, época em que todos estavam reclusos, poucos saíam de casa, então o nível de moradores com depressão au mentou. Fizemos shows na quadra para eles verem da varanda, campanhas de conversas por vídeo… Trazer a tecnolo gia para quem geralmente tem medo de tecnologia foi bem difícil. Hoje eles me dão aula, se bobear!
cetc.: A mesma receita (solução) serve para qualquer condomínio?
FB: Cada condomínio é um organismo, é preciso ter sensibilidade para captar as necessidades mais urgentes, mas o primordial é estar ciente da convenção e do regimento. Ajuda muito ter um óti mo relacionamento com o conselho fis cal e interação com os moradores.
cetc.: Dá para agradar a todos os mo radores? Como você lida com as dife renças?
FB: Não, não dá para agradar a todos. Jesus não conseguiu agradar a todos… Mas o importante é entender que cada pessoa tem sua personalidade, um jeito de se comunicar, seja ele difícil, seja ele mais maleável, o importante é compre ender essa identidade, entendendo o perfil. Você precisa saber colocar seu plano de ação conforme a compreensão da pessoa e assim você vai lidando.
cetc.: Você dispensaria o uso de uma administradora? Qual a importância delas em uma boa gestão?
FB: Não! A administradora tem que ser aliada do síndico! O síndico possui muitas responsabilidades, imagina ele ignorar a importância da administradora? Não vai dar certo. Vai haver uma sobrecarga, a qualidade vai cair. Sem contar que a ad ministradora é uma parceira na comuni cação e transparência das finanças. E se não fossem as administradoras que tra balham comigo, eu não teria tempo de investir em minha profissão de estilista, pois ainda desenho coleções de moda!
cetc.: Alguma curiosidade sobre o as sunto que queira compartilhar?
FB: Sim. A população brasileira está en velhecendo cada vez mais. O público “da melhor idade” geralmente não é muito incentivado a viver as questões admi nistrativas do condomínio. Explorem a oportunidade de comunicação com esse público. Porque são pessoas que viveram muitas situações, que possuem conhecimento em múltiplas áreas. Elas podem somar muito na gestão. Aprendi a ser uma síndica melhor quando enten di que os idosos são grandes parceiros nas assembleias, nos eventos; quando incluídos, são bastante participativos.
cetc.: Algum comentário sobre como ser síndica nos dias atuais?
FB: É um desafio diário. É bom ter par ceiros. Um bom síndico está sempre cer cado de bons profissionais. Isso ajuda nas emergências. Hoje em dia, comunicação é a chave para abrir grandes portas.
dengue preocupa o rio
SíNDICOS DEVEM ESTAR ATENTOS PARA EVITAR A PROLIFERAçãO DE MOSQUITOS
Com o verão batendo à porta, o Rio de Janeiro já registra aumento dos casos de dengue. A estação mais quente e chu vosa do ano por si só já reúne as condições propícias para a proliferação do mosquito da dengue, o famoso Aedes aegypti
A doença causa febre alta com início súbito, dor de cabeça e atrás dos olhos e perda do apetite. Podem surgir man chas e erupções na pele semelhantes às do sarampo, principalmente no tórax e nos membros superiores. Também ocor rem náuseas e vômitos, cansaço, moleza e dor no corpo. A orientação para quem tiver esses sintomas é procurar atendi mento médico imediatamente.
E o que anda preocupando as autori dades é que o verão ainda nem chegou e os dados já apontam uma situação alarmante. Dados do Observatório Epidemiológico (Epi-Rio) da Prefeitura mostram que, de janeiro a setembro de 2022, a quantidade de infectados já supera em 451% o total de diagnósticos feitos em todo o ano passado. Fora da capital, as regiões com maior inci dência são o Noroeste e o Norte Fluminen se, com taxas de 371,94 e 147,13 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
A menor taxa no estado – 9,18 – foi observada na Região Metropolitana II,
A síndica profissional Angela Cardoso não dorme no ponto: “nos vasos de plantas das áreas comuns, colocamos areia; nos ralos nas garagens, colocamos cloro semanalmente; também não deixamos acumular água de chuva nesses locais”
que concentra os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bo nito, Silva Jardim e Tanguá. Embora os números comparados com os de 2021 preocupem, Márcio Garcia, superinten dente de Vigilância em Saúde da Secre taria Municipal de Saúde do Rio, explica que os registros hoje não se aproximam dos que a capital já enfrentou. A cidade teve epidemias de dengue em 1986, 1991, 2002, 2008 e 2012. “Temos 4.377 casos no município até agora em 2022.
O que se observa é que ocorreu um pe queno incremento entre 4 e 24 de se tembro, principalmente na zona oeste, mas está sob controle. Quando se anali sa a série histórica, os números de agora seguem abaixo do limite máximo.”
Além de mais casos, a doença vol tou a provocar mortes no município. Este ano, foram quatro; no ano passado, duas. Durante cinco anos, entre abril de 2016 e março de 2021, nenhum óbito causado pela doença havia sido registra do na cidade. No estado, foram 12 mor tos. Já em todo o país, de acordo com o Ministério da Saúde, 504 pessoas mor reram de dengue no primeiro semestre deste ano, mais que o dobro de 2021.
Na cidade, a área de Planejamen to 5.3, que abrange o bairro de Santa Cruz, apresenta o maior número de ca sos: 1.047. A taxa de incidência está em 248 a cada 100 mil moradores, o que no mapa de risco da Prefeitura faz a região receber a cor laranja-escura, o segundo pior nível. A área de Planejamento 5.2, referente a Campo Grande e Guaratiba, tem a segunda pior taxa: 156 casos a cada 100 mil habitantes, diante do total de 1.043 infectados. A zona oeste con centra mais da metade dos casos deste
ano. Foram 2.730, uma média de dez por dia. Em relação a todo o ano passado, o crescimento já é de 300%. Do outro lado da cidade, na região central – que inclui Santa Teresa, Rio Comprido, Paquetá, São Cristóvão e a Zona Portuária –, hou ve apenas 152 exames positivos para dengue. No ano anterior, tinham sido 55. Os bairros da Tijuca e de Vila Isabel apa recem em seguida, com 180 registros, contra apenas 20 em 2021. O crescimen to também foi acentuado na zona sul: de 54, em 2021, para 369 casos nos primei ros nove meses deste ano. Em relação à faixa etária, a população entre 20 e 29 anos foi a mais atingida pela doença.
Márcio Garcia ressalta que os nú meros da dengue no ano passado foram impactados pela pandemia de Covid-19.
A subsíndica Angela Cardoso, do Condomínio Espaço São Clemente, zona sul da cidade, diz que lá eles não dormem no ponto durante o ano. O condomínio é
grande, e a responsabilidade, maior ainda. São dois blocos, 18 andares cada um, 391 apartamentos e quatro andares de gara gem. No total, estamos falando de 17 ele vadores e uma área de lazer extensa que precisa ser vista com olhos bem atentos.
Angela, que é síndica profissional, não vacila e afirma que fazem constante mente revisão nos poços de elevadores: “Eles não podem armazenar água em hi pótese alguma; o local é úmido e escuro,
ou seja, perfeito para a proliferação de mosquitos”, afirma. Outros cuidados pa recem básicos, mas poucos síndicos são tão criteriosos quanto ela: “Nos vasos de plantas das áreas comuns, colocamos areia; nos ralos nas garagens, colocamos cloro semanalmente; também não dei xamos acumular água de chuva nesses locais.” A gestora conta ainda: “Nossas lixeiras centrais são lavadas diariamente e o lixo reciclável, que fica em local espe cífico, é armazenado em embalagens fe chadas que são retiradas a cada 15 dias.”
A boa comunicação com os moradores é fundamental na opinião de Angela, por isso ela aposta na ação preventiva com o máximo de informações: “Colocamos sem pre lembretes nos quadros de aviso para que os moradores também façam sua par te e tenham cuidado em suas residências com os pratinhos dos vasos de plantas.”
Ponto para Angela e para o condomí nio dela que estão longe da dengue!
Seguro obrigatório de condomínio × seguro das unidades
É IMPORTANTE SABER A DIFERENç A ENTRE ELES
Entre os deveres de um síndico está o de contratar o seguro obrigatório. Isso todo síndico sabe, até porque a não con tratação representa falta grave e o sín dico responde por isso legalmente.
A Lei nº 4.591, bem como o Novo Código Civil, estabelecem a obrigato riedade da contratação de seguro que cubra toda a edificação contra o risco de incêndio ou outro evento qualquer que possa causar destruição total ou parcial das instalações seguradas. Normalmen te, os seguros são anuais e devem ser renovados sem interrupção.
A Cipa recomenda, entretanto, que cada novo síndico reveja valores e coberturas a cada renovação, pois o se guro básico escolhido por um síndico anterior nem sempre deixa o prédio to talmente garantido contra sinistros. Isso se dá porque alguns condomínios estão em áreas mais sujeitas a eventos como raios, explosões, quedas de aeronaves, vendavais, impacto de veículos, roubo.
Uma análise abrangente é necessá ria para verificar que outras coberturas o síndico deve fazer, até porque a lei não determina quais outros eventos devem ser segurados além de incêndio. Contratar só o seguro básico para cum prir a lei pode ser um grande problema lá na frente.
Por isso a Cipa Corretora disponi biliza uma análise completa para cada condomínio ao contratar o seguro obri gatório. As coberturas opcionais fazem muita diferença na hora de um sinistro. Por ter grande representatividade entre as melhores seguradoras do mercado, a Cipa oferece preços bastante acessíveis.
SeGUroS daS UnidadeS
É importante que os moradores sai bam que o seguro de condomínio não cobre danos em bens materiais das uni dades. Para isso, o indicado é fazer um seguro de conteúdo – que a Cipa tam bém oferece.
O seguro de condomínio contrata do pelo síndico cobre danos decorren tes de incêndios, raios, explosões de qualquer causa e origem, quedas de aeronaves e desmoronamentos ou ruí nas decorrentes de incêndios nas áreas comuns, unidades autônomas (estrutu ra) e em equipamentos pertencentes ao condomínio. Trocando em miúdos, o que está coberto nas unidades autôno mas são somente os danos à estrutura. O conteúdo das unidades pode ser ga rantido por meio da contratação de co bertura acessória na apólice do seguro de condomínio ou separadamente, no seguro residencial. Ainda que o seguro residencial não seja obrigatório, é im portante que o síndico alerte os pro prietários para a contratação do seguro das unidades autônomas que proteja de possíveis danos ao imóvel e ao que está dentro dele, que garanta responsa bilidade civil familiar, além dos serviços úteis oferecidos na assistência 24 horas.
conHeÇa aLGUmaS coBertUraS para o condomínio
Básica
Abrange os danos materiais causados ao imóvel por incêndio e explosão, fu maça e queda de aeronaves.
ampla
Cobre quaisquer eventos que possam causar danos materiais ao imóvel segura
do, exceto os expressamente excluídos nas condições gerais, assim como os que envolvem responsabilidade civil, para os quais deverão ser contratadas cobertu ras adicionais.
responsabilidade civil do condomínio
Inclui danos corporais ou materiais de responsabilidade do condomínio causa dos a condôminos e visitantes.
responsabilidade civil (Portões)
Cobre os prejuízos causados por acidentes comuns com portões, desde que sejam de responsabilidade do condomínio.
responsabilidade civil (Guarda de Veículos)
Incêndio; subtração de veículos mediante ameaça ou violência contra o segurado.
responsabilidade civil do Síndico Abrange danos involuntários, corporais
e/ou materiais causados a terceiros de correntes de falhas na gestão no exercí cio da função de síndico.
Quebra de vidros
Garante vidros instalados em janelas, balcões, prateleiras e revestimentos, es pelhos planos etc.
danos elétricos
Assegura danos a aparelhos e instala ções elétricas ou eletrônicas causados por curto-circuito ou variação de tensão.
vendaval e impacto de veículos
Cobre danos materiais causados por vendaval, furacão, ciclone, tornado, im pacto de veículos etc.
ServiÇo
cipa corretora (21) 2196-5115 cipacorretora.com.br