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Portaria de alto padrão Segurança, modernidade e beleza Condomínios miram em reformas e tecnologia Vida nova aos jardins
Limpeza de alta pressão
Revitalizar com baixo custo é possível
O hidrojateamento é uma técnica segura e duradoura
Editorial
O mundo precisa de paz
MARIA TERESA MENDONÇA DIAS Presidente da Cipa
Os últimos acontecimentos mundiais me levaram a refletir sobre a necessidade de paz. Não só em nível global, mas também em nossos pequenos mundos: nosso país, nossa cidade, nossa moradia, nossa família, nossos vizinhos. Situações conflitantes sempre vão existir, isso é fato. Ninguém consegue agradar a todos em 100% das ações. Mas é preciso saber ceder, é preciso saber falar e também calar quando necessário. Inteligência emocional nunca foi tão necessária como nos dias atuais. Até porque, mesmo quando o outro não estiver num bom dia, se tivermos a sabedoria necessária para não entrar nessa frequência, muito provavelmente conseguiremos evitar atritos. A boa comunicação é um desafio, porém é algo muito necessário, já que ela pode evitar conflitos graves em vá-
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rios âmbitos da sociedade. Precisamos nos conscientizar cada vez mais disso. Nossa linguagem corporal também diz muito sobre nós. Observe a importância de um sorriso; mesmo quando as palavras não conseguem traduzir um sentimento, ele é primordial. Um sorriso pode ajudar muito. E um sorriso que se expressa nos olhos, mais ainda. E quanto às atitudes diárias, nosso saudoso profeta Gentileza já dizia: “gentileza gera gentileza.” Eu concordo e vou um pouco além: alegria gera alegria, amor gera amor! Acredito que o ser humano é, por natureza, bom, e que sempre podemos fazer algo por alguém, e por menor que possa parecer essa atitude, ela pode fazer a diferença e reverberar para o mundo. Se buscarmos ter mais amor dentro de nós e iniciarmos uma corrente de boas ações, isso certamente vai extrapolar as áreas comuns de nossos condomínios e, quem sabe, virar exemplo para outros condomínios, bairros, cidades, país e, porque não, para o mundo?! Creio que nos tornamos utopia se não acreditarmos que nossas ações não têm força para mudar o outro, e elas por si sós realmente não têm. Só podemos mudar a nós mesmos, mas o outro pode mudar em função de nossas ações… Em nossos condomínios, há diversas situações que podem gerar atrito, não é mesmo? É o carro parado na vaga errada, é o cocô do cachorro no caminho, é o ar-condicionado pingando em sua janela… Reclamações podem e de-
vem ser feitas para ajustar as situações, mas sempre com gentileza. Cientes de que viver em condomínio é estar com outras famílias numa mesma comunidade, devemos nos apropriar de nossas responsabilidades e indagar o que podemos fazer para trazer mais paz para nós mesmos e para todos à nossa volta. Podemos ser mais gentis, solidários e ter mais empatia? Deixo essas perguntas como um convite à reflexão. Lembrando que o papel da Cipa no universo condominial é garantir bem-estar e valor. Nós nos empenhamos em compartilhar as melhores práticas e experiências de vida em condomínio, sempre atuando como facilitadores para que você viva com alegria e paz com sua família e amigos, desfrutando do bom convívio em seu condomínio. Um novo ano está próximo, mas não precisamos esperar por ele para estabelecer algumas metas e hoje mesmo iniciar ações para começarmos um movimento pela paz ao nosso redor. Quanto à paz mundial, não podemos perder a esperança de que os líderes envolvidos diretamente nos conflitos atuais, assim como os demais líderes no mundo, se sensibilizem e cheguem a um acordo em prol da humanidade, mas, enquanto isso não acontece, podemos e devemos fazer nossa parte ajudando aos que mais sofrem, pois, por menor que possa parecer, toda ajuda faz diferença. Desejo boas-festas a todos e um 2024 de muita paz para nós.
Uma publicação:
Sumário Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449
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DIRETORIA Presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS Vice-presidente: Mauro Lopes
| Paisagismo
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| Condomínio
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| Síndicas de sucesso
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| Manutenção
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| Condomínio
2196-5176 www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br 12 mil exemplares
Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com Design: CLEBER SOARES Fotografia: Ariel Subirá istockphoto FREEPIK.COM Colabora neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa. A Revista Condomínio etc. esclarece que: • Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens. • Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes. Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.
Portaria de alto padrão: segurança, modernidade e beleza É por ali que passam moradores, visitantes, funcionários e prestadores de serviço. Com certeza, é uma das partes mais importantes do condomínio, portanto, nada mais natural do que investir em segurança, modernidade e beleza. Leia dicas preciosas em nossa matéria de capa!
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Renata Bastos (21) 99191-0522
| Capa
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Vida nova aos jardins Sim, revitalizar jardins investindo pouco é possível e vale muito a pena. Além de dar cara nova ao espaço, valoriza muito o patrimônio comum. Nesta matéria, há dicas bem interessantes.
Por dentro do prédio A manutenção preventiva da estrutura de um prédio evita problemas e tragédias, especialmente se a edificação for mais antiga. O síndico deve contar com uma boa empresa de engenharia para se antecipar aos problemas e garantir a segurança de todos. Entenda mais o assunto nesta reportagem.
Do mundo corporativo para a sindicatura Lucia Helena Mello é a síndica desta edição em nossa coluna especial dedicada às síndicas. Sua experiência no mundo corporativo a transformou numa síndica de sucesso, com perfil claro, objetivo e transparente. Saiba um pouco mais sobre ela nesta matéria.
Quando o depois importa A limpeza de reservatórios de água é obrigatória, mas o pós-limpeza evita contaminação e cheiro ruim. Entenda um pouco mais o assunto lendo esta reportagem.
Limpeza, sim, intoxicação, não! Síndicos devem estar atentos para não cometerem erros fatais. Animais e pessoas têm sido afetados por produtos de limpeza fortes, e as notícias têm sido frequentes. Leia esta matéria e esteja atento! | Condomínio Limpeza de alta pressão O hidrojateamento é uma técnica avançada de limpeza que utiliza um jato de água de alta pressão para remover todo tipo de sujeira. Pode ser utilizado para várias finalidades, como na reforma da fachada dos prédios ou na desobstrução de resíduos em tubulações. Quer saber mais? Leia esta matéria!
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informe
Imagem: freepik.com
Boas-festas! Mais um ano se aproxima do fim, e a Cipa segue firme no propósito de levar bem-estar a seus clientes. Estamos trabalhando dia a dia, investindo na melhoria de nossos serviços, em tecnologia, relacionamento com o cliente e em nosso time de colaboradores. Agradecemos a nossos clientes a confiança em nossos serviços e desejamos a todos boas-festas e um ano novo de paz no mundo.
*** Dengue é sempre motivo de preocupação Com o clima esquentando, sabemos que os casos de dengue aumentam se a população for negligente ao fazer sua parte. As condições climáticas de calor e umidade são propícias para a proliferação do mosquito da dengue, o famoso Aedes aegypti. Agora é a hora de evitar o acúmulo de água exposta. Faça sua parte, mantenha a dengue longe de seu condomínio e de nossa cidade!
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O Café Expo Síndico foi mais um sucesso! Nosso Café Expo Síndico, realizado no dia 15 de setembro, no Hotel Pestana, Copacabana, foi um sucesso. Auditório lotado para palestras e muito aprendizado. O bufê do café da manhã estava incrível, e várias personalidades do mercado condominial marcaram presença. Tivemos palestras da Dra. Camila Prado sobre os direitos dos animais em condomínios e da Dra. Marcia Manhães, que falou sobre a aplicação da justa causa na demissão de
funcionários, um tema bem controverso. Tivemos palestras de nossos parceiros AG Capital, Garantiza e Condolivre, com soluções de inovação e estratégias financeiras. O Café Expo Síndico tem o patrocínio da Cipa e a presença de fornecedores de primeira linha. O evento é sempre uma grande oportunidade para fazer negócios. Em dezembro, teremos nosso último café do ano na Barra da Tijuca. Não perca!
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Workshop de Síndicos da Nova Tijuca
No dia 28 de setembro, a Cipa participou do 3º Workshop de Síndicos da Nova Tijuca, promovido pela Associação Nova Tijuca, que segue firme com o propósito de ajudar nas demandas e nos anseios dos empresários e moradores da região da Grande Tijuca. O evento contou com palestras incríveis e patrocinadores renomados. Entre os temas abordados estavam “Desafios da gestão profissional em condomínios” e
“Condomínios resilientes na proteção contra incêndio e pânico e tecnologia de segurança – formas de aumentar a segurança”. O evento contou com muitos expositores, brindes e sorteios. Gustavo Faria, controller da Cipa, apresentou a palestra “Equilíbrio financeiro para condomínios”, tema superatual e que desperta sempre muito interesse do público. Que venham mais eventos produtivos como esse!
Vazamentos têm solução Cipa oferece seguro em casos de vazamento Os moradores do condomínio não precisam mais ter dor de cabeça com os prejuízos causados a seu imóvel – nem nos de seus vizinhos – em função de ruptura do encanamento. A Cipa oferece o Seguro Incêndio Conteúdo + Ruptura de Encanamentos, que assegura o morador e seu imóvel contra danos causados por: • Ruptura de tubulações hidráulicas da unidade – R$ 5 mil para a unidade + R$ 20 mil para danos a vizinhos, inclusive elevadores; • Incêndio – queda de raio – explosão – R$ 150 mil; • Perda de aluguel em caso de incêndio – R$ 10 mil de custos com aluguel.
Além dessas excelentes coberturas, o morador ainda conta com benefícios exclusivos, já incluídos no seguro, com destaque para o serviço Faz Tudo Lar: • Serviço Faz Tudo Lar – conserto de eletrodomésticos e eletrônicos, filtros de água e muito mais. Assistência 24 horas VIP com atendimento agendado; • Assistência 24 horas – serviços de eletricista, chaveiro e encanador a qualquer hora do dia; • Clube de descontos – descontos em mais de 10 mil estabelecimentos, entre restaurantes, cinemas, lojas, passeios e muito mais. Despesas não previstas no orçamento podem ser evitadas. Proteção e benefícios por apenas R$ 1,09 por dia (R$ 32,90 mensais).
Economia de água Campanhas de conscientização sempre são bem-vindas Com a proximidade do verão, o consumo de água costuma aumentar nos condomínios e, dessa forma, a conta também apresenta valores mais expressivos, afinal, a água é uma despesa significativa num condomínio, até para quem tem hidrômetro individual. Portanto, sua economia é necessária e bem-vinda. O uso consciente da água é algo que deve ser lembrado a todos os moradores com frequência, por isso a Cipa recomenda que os síndicos façam campanhas de conscientização.
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Capa | Portaria Por Isabela Masi
Portaria de alto padrão Segurança, modernidade e beleza
Condomínios miram em reformas e tecnologia Ela é uma das partes mais importantes dos condomínios. É por onde circulam não só os moradores, mas visitantes, funcionários e prestadores de serviço. Das mais simples às mais rebuscadas, as portarias precisam estar conectadas com o que há de mais moderno para dar segurança, conforto e tranquilidade para quem vive no local. E os síndicos já prestaram atenção nessa necessidade, assim, estão investindo cada vez mais em reformas. Marco Lopez é síndico profissional. Ele administra o Condomínio Varanda das Rosas, na zona oeste da cidade, há três anos e meio. O imóvel tem 21 andares, 252 unidades e mais de 1.120 moradores. Quando assumiu a administração, encontrou um espaço parado no tempo. E já chegou revolucionando e revitalizando tudo.
“É um condomínio de 1989 que estava há mais de 35 anos sem nenhuma mudança. Não tinha controle de acesso, muitas câmeras não funcionavam, funcionários não trabalhavam de forma eficiente…” Para convencer os moradores da necessidade das obras, ele fez uma pergunta rápida e direta: “Queremos nos atualizar perante os outros prédios que estão sendo lançados ou queremos ficar parados no tempo?” A resposta foi quase unânime, todos quiseram apostar na renovação. Com o consentimento dos condôminos, ele fez um levantamento de empresas, apresentou o orçamento e deu início a uma grande transformação. A primeira área a vir abaixo foi a guarita de entrada. Marcos precisou alugar um contêiner para os porteiros ficarem. OUT_NOV_DEZ 2023
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Capa | Portaria
“Arranquei toda a grade de ferro e coloquei vidro, está um prédio moderno. Instalei um portal enorme, com portão fechado. A guarita agora tem insulfilm e câmeras de monitoramento de alta qualidade. Os moradores entram com reconhecimento facial por um portão só deles.” O outro portão fica para os visitantes e prestadores de serviço. “Agora conseguimos monitorar o passo a passo de cada pessoa que entra no condomínio. Um entregador, por exemplo, tem um tempo para ficar no imóvel. Se, porventura, demorar, vai aparecer uma alerta no sistema. Aí o porteiro interfona para o morador para ver se está tudo bem, se o entregador já desceu. Se já tiver descido, pode estar perdido. Aí, pelas câmeras, conseguimos localizá-lo e ajudá-lo a sair.” Além da guarita, várias obras foram acontecendo ao mesmo tempo, inclusive na estrutura do prédio, tão importante para o bom funcionamento do condomínio. “Mudei toda a tubulação por baixo da calçada, coloquei a fiação e os dutos de água por dentro das colunas. Também mudei os portões eletrônicos. Aumentei a calçada para os idosos – afinal, todos vamos envelhecer –, fiz rampa de acesso e ampliei as portas para os cadeirantes. Fiz tudo isso com suporte das empresas contratadas, que foram me orientando.” Na parte estética, Marcos contratou uma empresa para instalar um grande letreiro luminoso, de sete metros de altura, com o nome do condomínio. “Essas mudanças geraram orgulho no morador e valorização do imóvel. Reformei o jardim, comprei até palmeiras, fiz um projeto de paisagismo com uma empresa especializada. Os moradores começaram a chamar o prédio de Taj Mahal de tão bonito que ficou. Fiz todas as mudanças com projeto, com especialistas no assunto. Engenheiros, arquitetos, paisagistas. E nada disso seria possível sem a ajuda do subsíndico, Eduardo Elael.” 10 www.condominioetc.com.br
Marco Lopez, síndico profissional: “Quanto vale sua segurança? Quanto mais demorar para reformar, mas risco se corre”
De acordo com Renan Gondim, diretor e engenheiro responsável da Deutsch Engenharia, “atualmente, os síndicos têm apostado bastante na reforma da portaria. Antigamente ela era vista apenas como entrada, só para chegar e subir. Agora as pessoas tentam investir para valorizar mais o imóvel e dar mais segurança. Além disso, veem a importância de tornar o condomínio mais acessível, com a instalação de rampas de acesso, pisos antiderrapantes e corrimãos. A fachada que a pessoa vê de fora e a entrada são a primeira impressão que fica”. A Deutsch Engenharia acabou de fazer uma reforma na portaria de um condomínio na zona norte da cidade. “Trocamos o piso, criamos uma rampa, impermeabilizamos a escada e construímos uma guarita. Depois de tudo pronto, os moradores contrataram uma empresa para fazer a blindagem. Agora os porteiros conseguem enxergar quem está do lado de fora, mas quem está do lado de fora não vê quem está dentro”, contou Renan. Além da acessibilidade e da beleza, a segurança é um dos pontos principais nessas obras. Não há dúvida de que todo o esquema preventivo começa no controle de acesso. Por isso mesmo, o mercado de tecnologia evoluiu e agora oferece inúmeras opções de
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vigilância para condomínios. Desde as câmeras de monitoramento e alarmes até o acesso biométrico, não faltam aparatos que estão com preços cada vez mais acessíveis. Eduardo Furtado, sócio da empresa Rentel, explica que cada condomínio tem seu perfil. “Alguns parecem mais um clube, com entrada e saída de muita gente, outros são menores, com menos movimento. O ideal é o síndico conversar com a empresa, trocar uma ideia e, em cima disso, fazer um projeto para o condomínio. A adoção de tags, por exemplo, é muito rápida e tranquila e já dá uma boa segurança. Além disso, ajuda na gestão das vagas, não sobrecarregando tanto a guarita, que fica responsável apenas por fazer uma identificação individual e liberar as visitas e os prestadores.”
Para o sócio da Rentel, além dos equipamentos, é importante que os funcionários sejam bem treinados. “Não dá para abrir o portão para qualquer um sem antes identificar a pessoa. Às vezes, chego a uma portaria e o porteiro logo abre a porta, sem nem saber quem sou. Muitos moradores não fecham direito o portão. Isso é um perigo. Por isso, é importante a fechadura eletromagnética, que fecha sozinha.” Outra dica do sócio-fundador da Rentel é que as câmeras de monitoramento devem gravar as imagens. “Porque, se tiver algum problema, já se sabe onde começar a investigar. Muitos moradores reclamam de câmeras no hall e nos elevadores. Dizem que são áreas de privacidade, mas para mim não são, não. Tem pessoas que entram nos condomínios e levam bicos de mangueira e lâm-
padas, e isso é prejuízo. Nesses pontos, acontecem muitas coisas, não só assaltos, mas briga entre vizinhos, por exemplo, depredação… E essas gravações são importantes para o dia a dia do condomínio e para a gestão do síndico: na via principal onde passam os carros e onde eles estacionam; nos elevadores de aces-
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so etc., para o síndico ver se está tudo correndo como ele programou.” Para o síndico Marcos Lopez, o próximo e último passo da reforma que ele está fazendo é a garagem. “Tive a ideia, durante a obra, de ativar o subsolo dois, que fica no nível mais baixo. Com o piso que retirei da obra vou construir boxes para os moradores guardarem seus pertences. Era um espaço que estava parado e que agora vai ser mais bem aproveitado. Além disso, a parte de sinalização e iluminação da garagem também vai ficar em dia.” Para uma obra desse porte, Marcos Lopez contou com a ajuda de profissionais competentes e empresas de renome. “A primeira coisa que o síndico deve fazer é procurar profissionais qualificados, não aventureiros. Cercar-se desses profissionais é o primeiro passo, e depois tem que ter disposição. Tem que ver os problemas como desafios a serem vencidos, e não se desviar de suas metas. Qualquer obra vai ter problemas, mas vai ser possível vencê-los com a ajuda de profissionais especializados. O síndico não tem todas as formações, mas tem que estar cercado de profissionais competentes, que vão auxiliá-lo nessas demandas. E, depois, quando tudo
dá certo, é muito bom ver realizado o que você planejou.” O diretor e engenheiro responsável pela Deutsch Engenharia ainda acrescenta que “tem que ser uma empresa de engenharia que tenha ART, quando for para reforma; tem que ser uma empresa renomada, com certificado ISO, se for para blindar os vidros contra tiros. A mesma coisa vale para a demarcação de vagas de garagem. É necessário contratar uma empresa de pintura especializada”. A Rentel foi fundada em 1990 e trabalha com todo tipo de sistemas de interfonia digital, sistema de telefonia, segurança, automação de portas e portões, controle de acesso de veículos e pedestres. Para Eduardo Furtado, seu sócio, quando o síndico contrata uma empresa, ele deve estar atento a outros detalhes além da instalação propriamente dita, por exemplo, como é o pós-venda, que garantia a empresa dá. A Rentel faz todo o serviço desde o início. Assessora por onde vão passar os dutos, pensa em uma estrutura pronta para que os fios não fiquem aparentes, o que deixa a portaria moderna e aprazível. “O legal é fazer um contrato com a empresa para continuar revisando o equipamento. Tem que ter manutenção OUT_NOV_DEZ 2023
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constante e suporte. Nós damos a garantia Rentel. Deu problema, substituímos o equipamento enquanto o outro está na manutenção. Hoje em dia, muita gente faz o orçamento, leva o cliente a comprar o material e só faz a instalação. Se quebra alguma coisa, o condomínio fica na mão. Isso é uma complicação, porque toda a instalação malfeita funciona, o problema é que não dura.” Para Marcos Lopez, o principal benefício do serviço de qualidade é a segurança do prédio. “Hoje o morador do Varanda das Rosas pode andar dentro do condomínio tranquilo não só por segurança, mas porque ele sabe que tudo está funcionando. Isso gera felicidade entre os moradores e valoriza o imóvel deles. A procura por apartamentos ficou muito grande. Muita gente liga querendo alugar, comprar. Teve um morador que tinha vendido sua unidade e voltou a comprar. Ele veio falar comigo que voltou porque viu que o prédio mudou. A filha de uma condômina mora no exterior e, quando veio visitar a mãe, não reconheceu o prédio. Além disso, usei tecnologia de ponta. O Varanda das Rosas é o primeiro condomínio do complexo Parque das Rosas a ter energia solar, com redução da conta de energia de, aproximadamente, 30%, o que faz dele um imóvel mais tecnológico e, ao mes-
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mo tempo, mais sustentável. Trouxe o prédio do século XX para o século XXI.” Para Eduardo Furtado, da Rentel, hoje em dia, as pessoas não querem mais morar em locais nos quais não se sintam seguras. “Modernidade também tem relação com sustentabilidade. Quem tem telhado deve usar energia solar, por exemplo. Faz o prédio ficar clean e sustentável e ainda gera economia de luz. É uma energia limpa que também valoriza muito o imóvel.” Depois de todas as obras realizadas no Varanda das Rosas, Marcos Lopez diz que não está cansado, pelo contrário, está animado e cheio de vontade de fazer ainda muito mais pelo condomínio. “Minha inconformidade é ver as coisas estagnadas. Detesto estagnação.
Parto do princípio de que tudo dá trabalho. Eu me dedico às coisas que faço e as quero bem-feitas. Por isso resolvi contratar empresas muito boas para fazer as obras e consegui profissionais que trouxeram soluções que somaram a meu trabalho. Sei que sou exigente, que quero o melhor. Preciso de empresas parceiras, que trabalhem junto comigo para que, assim, eu possa atender à demanda dos moradores da melhor forma possível.” Serviço Deutsch Engenharia deuengenharia.com.br (21) 99998-9200 Rentel Soluções Inteligentes rentel.com.br (21) 2547-2728
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| Paisagismo
Vida nova aos jardins Revitalizar jardins com baixo custo é possível Dar vida nova a um jardim sem gastar muito é o sonho de muitos síndicos. E, sim, isso é possível. Restaurar esses espaços, muitas vezes, consiste em tentar recuperar um projeto antigo que se perdeu por causa de alterações ou da falta de cuidado. Segundo Katia Neves, da Katia Neves Paisagismo, “se o objetivo é fazer uma boa reforma/revitalização sem muito custo, o ideal é tentar aproveitar ao máximo as plantas existentes, fazer mudas daquelas que estão disponíveis e procurar usar espécies mais baratas e de menor porte. Muitas vezes, um jardim pode ser totalmente reformulado com a criação de novos canteiros, em que as plantas são trocadas de lugar e o agrupamento das espécies existentes é feito de forma diferente, usando e abusando da criatividade. Plantas com menor porte sempre são mais baratas e, quando usadas, nos permite observar melhor o desenvolvimento do jardim, o que é muito relaxante e interessante, pois cada etapa nos mostra uma visão diferente, em que podemos acompanhar com calma todas as fases do processo de seu amadurecimento”.
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Jardins bem cuidados valorizam muito um condomínio
Para a paisagista, um jardim deve ser funcional. “Todo o planejamento vai depender do uso dele. Alguns condomínios preferem um jardim contemplativo, outros querem que seja usado no dia a dia, com churrasqueira, áreas de convivência. Outros ainda desejam que seja para o uso de crianças e até de animais. Cada qual requer um planejamento diferente: na escolha das espécies, do tipo
de piso para ser usado nos caminhos e nas áreas de convivência, na determinação de mobiliários e acessórios. Cada detalhe deve ser minuciosamente analisado, pois um pequeno deslize pode criar problemas futuramente, como a escolha de piso escorregadio onde haverá circulação de pessoas, com o risco de ocorrerem acidentes; a opção por um tipo de grama que não aguente piso-
teio em um lugar em que o movimento de pessoas é grande e pode gerar desgaste, sendo logo necessário substituí-la. Outro fator importante, que não deve ser deixado de lado, é a entrada de luz solar no ambiente. Dependendo da incidência do sol no espaço, as plantas que serão selecionadas mudam completamente. O vento e a maresia também não podem ser esquecidos, pois muitas plantas não se adaptam a locais com essas características. Katia explica como o processo começa a tomar forma: “Ao iniciar o planejamento da revitalização/recuperação de um jardim, a primeira coisa a se fazer é definir o que será aproveitado. Em seguida, a área deve ser limpa e preparada para receber terra nova e as novas e antigas espécies. Procuramos aproveitar ao máximo o que for possível, remanejando de lugar, criando novas formas de canteiro, fazendo novos arranjos com as espécies. Se o espaço tiver espécies em vaso, vale dar uma repaginada neles pintando com cores diferentes, mais modernas. Uma textura diferenciada em um muro. Outra opção é um desenho novo dos caminhos de acesso, com material variado, como deques de madeira, pedriscos, seixos rolados, casca de pinus, de modo que os usuários andem pelo local sem comprometer a manutenção do espaço. Todas essas ideias podem melhorar a aparência do espaço”, explica.
Elizângela Jesus é administradora do Condomínio Beach & Golf e decidiu por uma revitalização aproveitando a maioria das plantas existentes ali
Iluminação Um item muito importante que não deve ser esquecido é a iluminação do jardim. Com a diversidade de acessórios para iluminação que se tem atualmente no mercado, não se pode pensar em repaginar o jardim sem incluir a iluminação. A luz tem um efeito muito especial nas plantas; um projeto bem planejado pode dar um toque diferenciado no jardim. Detalhes como o tipo de lâmpada e o direcionamento e espalhamento do foco de luz são importantes nesse planejamento, que deve ser feito por um
profissional qualificado. Com o jardim iluminado, o tempo de permanência nele pelos condôminos aumenta, de maneira que ele passa a ser contemplado também à noite, em que a luz proporcionará um espetáculo à parte no ambiente, tornando-o mais agradável e disputado, principalmente nas noites mais quentes. Elizângela Jesus é administradora do Condomínio Beach & Golf, na zona sul carioca, desde 2000. São 48 unidades e 12 andares. O condomínio foi instalado em 1995 e o projeto original dos jardins não foi mantido. Desde que Elizângela está lá, foi feita uma intervenção nos jardins que data de 2002. Porém, recentemente, eles sentiram novamente necessidade de revitalizar o espaço: “Nosso cartão de visitas estava bem prejudicado. Já estava muito mexido e não acompanhava os prédios do entorno, que estavam todos modernizados. A subsíndica levou o assunto para a assembleia e foi fazer orçamentos para iniciarmos a revitalização”, conta a administradora. A empresa escolhida foi a Katia Neves Paisagismo: “Já falo com a Katia há 10 anos, pois ela cuida de vários prédios perto do nosso, e nos parecia a pessoa adequada para revitalizar nosso jardim. Foi a decisão acertada, todos ficaram satisfeitos. Não tentamos voltar ao projeto antigo, usamos algo bem mais moderno,
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por sugestão da própria Katia. E ficou maravilhoso. Os moradores até me pediram o contato dela para fazer projetos em suas varandas ou mesmo em casas de veraneio. Atualmente, todos os que passam pelos jardins sempre comentam, até com o jardineiro, que estão gostando muito”, comemora Elizângela. Segundo a administradora, o condomínio considerou o custo apresentado superacessível e dentro das condições do orçamento. “Parcelamos em algumas vezes, pois a Katia é bem aberta a negociações.” Quanto à manutenção dos jardins, o condomínio antes fazia por conta própria, com a ajuda de um funcionário. “Agora, optamos por ter um colaborador da Katia, uma vez por semana, para manter o projeto em dia. A rega diária é feita por nosso funcionário orgânico, mas sempre de acordo com a orienta-
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ção da empresa”, explica Elizângela, lembrando que o pulo do gato nessa revitalização foi que a Katia Neves Paisagismo aproveitou muitas plantas do jardim, o que minimizou os gastos. “Foi muito importante o aproveitamento do que tínhamos. Ela utilizou quase tudo, só descartamos o que realmente não dava para aproveitar.” A iluminação também foi repaginada, o que valorizou muito o resultado
final. Agora, nos jardins, há refletores de led focados nas plantas e spots de chão (balizadores spot led de embutir) embaixo de cada árvore. “Usamos uma nova tecnologia, que gasta até menos luz, além de luminárias solares para marcar os caminhos dos jardins”, conta. “A Katia avalia muito bem todos os fatores: sol, vento, rega, iluminação… Melhor opção que fizemos foi contratá-la, pois já gastamos muito dinheiro com plantas em vasos ornamentais que não duravam nem uma semana e morriam”, conclui a administradora.
Áreas verdes são essenciais Alessandro Silveira, gerente comercial da Nature Serviços, aposta na valorização das áreas verdes nos empreendimentos: “Um espaço verde em um condomínio desempenha um papel
crucial na hora de proporcionar um ambiente mais saudável e agradável para os moradores. Além de oferecer um local de lazer e relaxamento, contribui para a melhoria da qualidade do ar, redução do estresse e valorização do imóvel.” E para proporcionar tudo isso a seus clientes, a Nature oferece uma gama abrangente de serviços de paisagismo e reformas de jardim. Os especialistas da empresa trabalham em estreita colaboração com os condomínios para criar espaços verdes funcionais e esteticamente agradáveis, oferecendo desde o design inicial até a implementação e manutenção contínua. Quanto à decisão de fazer um novo projeto ou mesmo dar aquela repaginada no existente, ele opina: “Isso depende de diversos fatores, incluindo o estado atual do espaço, o orçamento disponível e as necessidades específicas do condomínio. Um projeto novo pode proporcionar uma abordagem fresca e adaptada, enquanto a revitalização pode ser uma opção mais econômica se a estrutura existente for utilizável.” Na visão do especialista, uma coisa é certa: devem ser evitados a seleção de espécies invasivas e o plantio desordenado. “Isso é fundamental.
Além disso, deve-se também evitar a negligência na manutenção, o que pode levar à degradação do espaço e ao aumento dos custos de restauração.” Em função disso, Alessandro sempre recomenda o acompanhamento profissional. “Considero esse fator crucial para manter a vitalidade e a beleza do projeto ao longo do tempo. Isso inclui podas regulares, controle de pragas, fertilização adequada e outras práticas de manutenção.” O gerente da Nature alerta também para a presença de pragas, que podem colocar tudo a perder. “Elas podem representar uma ameaça ao projeto. Para lidar com elas de forma eficaz e segura, é recomendável contar com um profissional qualificado em controle de pragas. Nem todas as pessoas estão habilitadas para isso, pois envolve o uso correto de produtos e técnicas específicas”, conclui ele, lembrando que a Nature tem o compromisso de transformar espaços e criar ambientes que refletem a beleza e a harmonia da natureza. Serviço Nature Serviços nature.rio.br (21) 3596-1737 Katia Neves Jardins (21) 98191-4972/98677-0701 OUT_NOV_DEZ 2023
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| Condomínio Por Leticia Rio Branco
Por dentro do prédio Manutenção preventiva estrutural evita problemas e tragédias Por fora, o prédio chama atenção pelo cuidado e beleza. Mas, por dentro, como está sua estrutura? Será que segue os mesmos padrões externos? Essas são perguntas que devem ser feitas por todos os síndicos de maneira periódica. Afinal, a estrutura é a principal responsável por manter a integridade do edifício em dia, garantindo sua durabilidade ao longo do tempo. E justamente os problemas causados por danos na estrutura dos prédios podem gerar muita dor de cabeça para os condomínios, principalmente os mais antigos, que acabaram não recebendo
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a atenção devida durante a vida. O resultado: obras emergenciais que podem sair muito mais caras caso a manutenção correta tivesse sido feita antes. E pior: há o risco de se colocar a integridade do edifício e de seus moradores em risco. Segundo Daniel dos Santos Barbosa, da Stanley Engenharia, cabe ao síndico fazer uma inspeção visual minuciosa da estrutura, procurando rachaduras, fissuras, desalinhamentos e sinais de deterioração. Ele diz que, em caso de qualquer suspeita, deve ser contratado um engenheiro civil com experiência em estrutura para avaliação imediata. “Caso
seja constatado algum problema, medidas imediatas devem ser tomadas, o que inclui isolar as áreas de risco. A longo prazo, é necessário desenvolver um plano de manutenção preventiva, priorizando intervenções conforme a gravidade. Por isso, o orçamento e a contratação de profissionais qualificados são cruciais”, alerta. No entanto, Daniel detalha que alguns pontos merecem atenção especial. Rachaduras e fissuras são sinais de estresse na estrutura oriundas de fatores como movimentação do solo, variações climáticas, excesso de carga, má quali-
Rachaduras e fissuras são sinais de estresse na estrutura por causa de fatores como movimentação do solo, variações climáticas, excesso de carga, má qualidade de materiais, erros na construção e envelhecimento da construção
dade de material, erros na construção e envelhecimento. “Essas condições criam tensões que resultam em rachaduras que comprometem a estabilidade. Já a deterioração do concreto ocorre em razão de fatores como exposição a ambientes agressivos, variações climáticas e má qualidade de material, enquanto as infiltrações e os agentes corrosivos causam degradação das armaduras, que enfraquece o aço e provoca sua expansão, gerando rachaduras e desprendimento do concreto. O cobrimento inadequado das armaduras permite a penetração de umidade, agravando a corrosão. Esse processo debilita a estrutura, reduzindo sua capacidade de
suportar cargas e levando a problemas estruturais graves”, observa. Além disso, problemas na fundação, como danos ou inadequações, podem causar desalinhamentos, rachaduras e instabilidade em toda a estrutura do edifício. “Isso resulta em risco à segurança dos ocupantes e à integridade do prédio. Para evitá-lo, é essencial uma construção adequada das fundações, incluindo estudos de solo e engenharia detalhados. O síndico também deve estar atento à instabilidade de colunas e pilares, o que pode ser causada por fatores como sobrecarga, movimentações do solo e corrosão das armaduras. É essencial avaliar sinais visíveis de ra-
chaduras, deslocamentos ou inclinações anormais. Ruídos estranhos, vibrações e irregularidades na estrutura também podem indicar danos”, acrescenta o sócio da Stanley Engenharia. Sobre as vibrações excessivas, como as causadas por tráfego intenso ou maquinário próximo, todo cuidado é pouco. Elas podem causar problemas na estrutura de um prédio e comprometê-la ao longo do tempo. “Elas geram fadiga nos materiais, levando a rachaduras, deslocamentos e danos estruturais. Essa vibração constante enfraquece a estabilidade dos elementos e pode acelerar o desgaste das partes. Além disso, pode impactar o conforto dos morado-
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| Condomínio
res e causar danos aos sistemas internos”, detalha. A síndica profissional Bianca Sukman, da Dbkaller Síndico Profissional, está acostumada a lidar com obras estruturais. Ela cita como exemplo uma obra de fachada que está sendo realizada em um dos prédios que administra. “É um problema que ocorre por conta do tempo, e não há prevenção para isso. O importante é que a manutenção necessária seja feita”, diz ela, que levou a obra para ser discutida na assembleia do condomínio e não encontrou resistência. “O orçamento foi aprovado, pois se tratava de uma necessidade urgente, e todos os prazos estão sendo cumpridos.” A obra está sendo realizada pela Stanley Engenharia. “Já fizemos muitos trabalhos com eles, e posso dizer que a execução e negociação sempre foram muito boas, atendendo a nossas expectativas e dos moradores.” Daniel, da Stanley, cita dois casos em que a obra na estrutura foi feita a tempo de evitar problemas maiores. “Era um vão de janela com mais de 10m de comprimento, cuja viga cedeu por falta de manutenção predial na fachada. Houve uma rachadura e a água da chuva penetrou, atingiu o aço da viga, que se oxidou e selou a viga. Se o condomínio não tivesse contratado uma firma experiente, poderia ter acontecido uma tragédia. Quando começamos a fazer a percussão do concreto, uma grande
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Manutenção preventiva é fundamental
A síndica Bianca Sukman prioriza as obras estruturais para não ter prejuízo no futuro
parte da viga soltou, perdendo completamente a finalidade. Se não tivéssemos escorado a laje, as consequências teriam sido imprevisíveis”, detalha ele, completando que o outro caso foi em relação a um pilar de uma garagem, no qual o aço estava completamente oxidado, independentemente da escora. “Usamos, por questão de segurança, um sistema temporário de vigas.”
Quando a manutenção preventiva é negligenciada, problemas estruturais e de segurança podem se agravar, com risco de vida para os ocupantes e custo de reparo mais alto. A frequência da manutenção preventiva está na Norma da ABNT 5.674, segundo Daniel, sócio da Stanley Engenharia. “Costumo sempre dizer que, em serviços de restauração de fachadas e estrutura de prédio, não se pode economizar na hora de contratar uma empresa, tem que ser competente. Quanto vale uma vida? Não tem preço! Vou citar um exemplo de um prédio que desabou. Aconteceu em 15 de outubro de 2019, em Fortaleza, edifício Andrea. Isso ocorreu quando estavam fazendo a reforma. A firma, no lugar de restaurar cada pilar por vez, executou tudo ao mesmo tempo. E, pior, sem um sistema temporário de segurança. Infelizmente, nove pessoas morreram”, recorda. Outro ponto que deve ser levado em consideração são as alterações estruturais inadequadas que incluem adição de andares, varandas, tudo feito sem reforço adequado, além de instalação de piscinas sem análise de carga ou modificações internas sem avaliação estrutural. “É vital consultar um engenheiro civil estrutural antes de qualquer alteração, para garantir a análise de carga e reforço, se necessá-
rio. Como exemplo, cito o prédio no Centro da cidade, edifício Liberdade, que desabou em 2012, matando 22 pessoas. O perito, entre outras causas, disse que isso ocorreu por conta “da ampliação de andares no coroamento do prédio”, revela Daniel, acrescentando que, para evitar tragédias anunciadas, o condomínio deve estabelecer diretrizes para modificações, exigindo a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Crea, aprovação e projeto estrutural. “Vale destacar que deficiências no projeto estrutural, como erros de cálculo ou dimensionamento inadequado, podem comprometer a segurança do edifício. Revisões técnicas feitas por profissionais especializados e simulações computacionais podem identificar potenciais problemas. A colaboração entre arquitetos e engenheiros durante o projeto é fundamental para garantir que as cargas sejam consideradas corretamente”, completa. Por isso, ele reforça que a manutenção proativa é uma medida crítica para evitar danos estruturais e aumentar a vida útil do edifício. “Investir em avaliação profissional regular e
intervenção de manutenção adequada é crucial para mitigar riscos e assegurar a segurança do edifício e de seus ocupantes.” A Stanley Engenharia é especializada em estrutura e restauração de fachadas de prédios. "São mais de 40 anos executando esses serviços, independentemente de todos os engenheiros terem experiência, principalmente porque eles têm seu 'mestre', o ‘dr.’ Stanley. Eu e meu irmão, Stanley Filho, temos o privilégio de, desde os 18 anos, acompanhar nosso pai nas obras. Outro diferencial é que nossos profissionais estão conosco há mais de 20 anos e seus filhos trabalham na empresa. Na prática, principalmente em serviços estruturais em fachadas, não são os engenheiros que estão no andaime o tempo todo, são nossos funcionários, então, a responsabilidade é deles. Se eles não tiverem essa relação com a firma, podem pular etapas e a restauração estrutural ficar inoperante”, finaliza. Serviço Stanley Engenharia (21) 2432-1700/98490-3950 stanleyengenharia.com.br OUT_NOV_DEZ 2023
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| Síndicas de sucesso
Lucia Helena Mello Do mundo corporativo para a sindicatura A entrevistada desta edição da revista Condomínio etc. é Lucia Helena Mello, síndica e moradora do Condomínio Barra Family. Essa geminiana que adora uma boa conversa acredita que todos os pontos de vista são legítimos. “Se você me disser que algo é assim ou assado, eu vou ouvir, mas tem que me convencer. Nada ‘é porque é’, sempre tem que haver uma razão.” Ela adora estudar e, como toda pessoa curiosa, está sempre atenta ao que acontece a sua volta. Lucia vem ocupando posições de liderança na vida há muitos anos. Sua extensa jornada no mundo
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corporativo trouxe uma bagagem significativa para que ela se tornasse uma síndica de sucesso. “Tenho um perfil claro, objetivo e transparente.” Lucia já foi síndica em dois prédios em que morou e está no quarto mandato consecutivo no condomínio onde reside atualmente, o Barra Family, localizado na zona oeste carioca. O empreendimento tem cinco prédios e 440 unidades. Ter parceiros estratégicos para fornecer serviços de qualidade é uma das ferramentas de que ela não abre mão. A Cipa é um deles. Vamos saber um pouco mais sobre ela.
Revista Condomínio etc. – Qual sua formação e experiência profissional? Lucia Helena Mello – Sou formada em administração de empresas, com longo tempo de atuação em cargos executivos, de gestão e em consultoria empresarial. Também fui professora universitária, quando lecionei as disciplinas planejamento estratégico, processos organizacionais e gestão de pessoas, além de orientar a elaboração de planos de negócios. Minha vivência em condomínios começou como membro do Conselho Fiscal do Edifício Solar de Itamarati por dois mandatos consecutivos. Depois, fui síndica do Edifício Tour de Sant’Etienne também por dois mandatos consecutivos e estou no quarto mandato consecutivo como síndica do Condomínio Barra Family, totalizando dez anos de experiência. Cetc. – Você acha que sua formação e experiência profissional fazem diferença para o sucesso de sua gestão? LHM – Com toda a certeza. Acredito que este seja meu diferencial: poder aplicar as técnicas e ferramentas de gestão, levando à visão dinâmica e proativa que o gestor condominial precisa desenvolver. Cetc. – Enfrentou desafios ao longo da vida profissional e como síndica por ser mulher? Você acha que as mulheres ainda sofrem algum tipo de preconceito?
Cetc. – Você é síndica moradora e vem sendo reeleita há alguns anos em seu condomínio. Essa experiência trouxe oportunidades profissionais para você? LHM – Estou buscando ampliar minha atuação, levando para outros condomínios uma nova visão em termos de gestão condominial, de forma a proporcionar uma administração mais dinâmica, em que o síndico passa a ter um papel mais proativo e à frente dos acontecimentos.
Lucia Helena Mello, uma síndica clara, objetiva e transparente
LHM – Os desafios sempre aparecem, principalmente por sermos mulheres, mas me considero uma pioneira e privilegiada por ter aproveitado todas as oportunidades que tive na vida profissional, quebrando barreiras e buscando espaço nas organizações. Por gostar de estar em movimento e ter facilidade de relacionamento interpessoal, não tive dificuldades para atuar em condomínios. A experiência em consultoria empresarial me proporcionou desenvoltura para lidar com os mais diversos tipos de problema, bem como lidar com gente.
Cetc. – Qual a importância da Cipa em sua gestão? LHM – A Cipa tem sido uma parceira estratégica fundamental, pois atua em conjunto comigo desde meu primeiro mandato e me dá o suporte técnico necessário e importante para a recuperação do condomínio, além de, pessoalmente, ter me proporcionado inúmeras oportunidades para a ampliação de meu conhecimento no segmento de gestão condominial. Cetc. – Você pretende entrar no mercado das síndicas profissionais? LHM – Já estou prestando consultoria a síndicos e tenho recebido algumas ofertas para atuar como síndica profissional. Cetc. – Sobre sua gestão, você se considera uma pessoa aberta à colaboração dos moradores? Acha que é uma pessoa acessível?
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| Síndicas de sucesso LHM – Sim, estou sempre aberta ao diálogo e disponível para receber qualquer morador. Pratico o que chamo administração “portas abertas”: é só agendar um horário. Estou sempre conversando com os moradores, uma vez que, por ser moradora, frequento as áreas de convivência do condomínio, como piscina, academia, play etc. Além disso, usamos um e-mail oficial também. A comunicação eficaz é algo importantíssimo; aqui usamos, inclusive, telas eletrônicas nos elevadores para garantir a divulgação de todas as informações necessárias. Cetc. – Costuma delegar funções à sua equipe? LHM – Claro! Selecionar, treinar, orientar, motivar… Formar a equipe é fundamental. Todos têm suas responsabilidades claramente definidas, e sempre nos reunimos para tratar de assuntos do dia a dia, problemas operacionais, para planejar nossas atividades etc. Minha equipe tem acesso livre a mim e temos a ajuda do WhatsApp para contato 24 horas com nossos supervisores. Cetc. – E como você lida com as diferenças de opinião no condomínio? LHM – Tenho muito claro que não vou conseguir agradar a todos. Estou sempre aberta a conversar e ouvir sugestões, mas que seja algo profícuo para a coletividade e que seja fundamentado em argumentos lógicos e viáveis.
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e treinar equipes; implementar um processo contínuo de gestão da inadimplência; buscar e manter parcerias estratégicas com fornecedores e prestadores de serviço, de forma a permitir um trabalho em rede integrado e, principalmente, abrir um canal de comunicação com moradores, funcionários, fornecedores e terceirizados, utilizando várias mídias e com a prática da política de “portas abertas’, foi desafiador. Outra grande dificuldade foi o período da pandemia, em que o síndico, o subsíndico e os membros do conselho consultivo passaram a atuar como grupo gestor, participando ativamente e cada vez mais da administração do condomínio.
. Cetc. – Cite um desafio que você tenha enfrentado como síndica e como o resolveu. LHM – O maior desafio foi o próprio Condomínio Barra Family quando assumi. Ele estava numa situação crítica, com graves problemas, tanto de ordem financeira, operacional e financeira como de ordem estrutural, pela própria deterioração do empreendimento em seu todo causada pela falta de manutenção e conservação. Recuperar a saúde financeira; organizar as rotinas de trabalho; formar
Cetc. – Tem alguma recomendação para os síndicos que queira compartilhar? LHM – Mantenham a saúde financeira, por meio de uma gestão efetiva e dinâmica; organizem as rotinas de trabalho de forma lógica e racional; formem e treinem a equipe, orientando, motivando e realizando os ajustes necessários; busquem parcerias estratégicas com fornecedores e prestadores de serviços, ampliando as fronteiras para fora dos muros do condomínio; e aproveitem a agilidade dos canais de comunicação e mantenham um canal direto com moradores, funcionários, fornecedores etc., por meio das mídias disponíveis, com o intuito de ter sempre um diálogo franco e positivo.
| Opinião
Vinicius Valle
Kor Construção e Manutenção Predial Anuncio na revista Condomínio etc. há mais de dez anos, e a Kor está no mercado desde 2012. Acho muito importante divulgar meu trabalho nesta publicação, pois ela é direcionada para meu público específico, que são os síndicos. Aqui tenho retorno certo do investimento realizado. Minha propaganda vai estar sempre aqui! E não é só isso. Ao anunciar na Condomínio etc., me alio a uma empresa do porte da Cipa, que é a dona da publicação e tem uma estrutura sólida, considerável. Isso faz toda a diferença. Gosto das reportagens publicadas, especialmente daquelas que abordam minha especialidade, que é a manutenção predial. É o que minha empresa faz, e fazemos isso muito bem. Temos diver-
kor-engenharia@outlook.com
sos clientes que sempre voltam, e esse retorno por si só já diz muito. Costumo participar das matérias por meio de entrevistas em que falo sobre a importância da manutenção dos diversos tipos de fachada e da recuperação estrutural. Considero essas reportagens extremamente úteis para os síndicos, pois elas esclarecem temas complexos e os ajudam muito na tomada de decisão, especialmente escolher uma boa empresa para fazer suas obras. Parabenizo toda a equipe da revista, que está prestes a completar 25 anos de mercado. Sempre fui muito bem atendido em todos os setores que contatei. Meus parabéns especialmente à editora Vivien Bezerra de Mello!
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| Manutenção Por Leticia Rio Branco
Quando o depois importa Pós-limpeza de reservatórios de água evita contaminação e cheiro ruim Os síndicos de condomínios sabem: uma das principais responsabilidades da administração de um edifício é manter as cisternas e os reservatórios de água extremamente limpos. No entanto, de nada adianta fazer a limpeza das caixas-d’água e deixar que os resíduos removidos terminem na torneira dos moradores. Para evitar isso, é necessário ter bastante cautela no pós-limpeza e agir corretamente, já que água contaminada pode causar prejuízos, incluindo até mesmo problemas de saúde. Segundo Alex George Lino Ambrósio, diretor da AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações, muitas doenças podem ser causadas pela água com resíduos oriundos da limpeza dos reservatórios. Caso seja usado pouco cloro, por exemplo, o risco para os moradores é a contaminação por doenças transmitidas por vírus, bactérias, fungos, parasitas e diversos micro-organismos. “Eles se misturam à água e podem causar verdadeiros estragos na saúde de moradores e funcionários. Entre as principais doenças estão cóle-
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ra, amebíase, hepatite A, leptospirose e giardíase”, cita. A superdosagem de cloro, por sua vez, também pode causar danos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso da substância no organismo humano pode gerar complicações como acidose metabólica, quadros intensos de dor de cabeça, confusão
mental e hiperventilação. “É exatamente por isso que são estipuladas doses diárias seguras de ingestão de cloro por diferentes indivíduos – homens, mulheres e crianças –, para evitar consequências indesejadas”, alerta Alex George, acrescentando que é necessário que a empresa prestadora de serviço, depois da limpeza, adicione uma solução de hipoclorito de sódio de 2% a 2,5%, recomendada pelos órgãos ambientais e diferente da água sanitária comprada na esquina. “O local deve ser pulverizado com um equipamento adequado nas laterais e no fundo para que o residual de cloro não dê odor na água. Não é só dosar o cloro no balde, é necessário um pulverizador. Depois dessa etapa, esgota-se o restante da solução que ficou no fundo”, completa o diretor da AcquaLimp. De acordo com a norma para a limpeza de caixa-d’água estabelecida na Lei nº 1.893, de 20 de novembro de 1991, a higienização e a desinfecção devem ser feitas semestralmente. “Mesmo que a legislação não culpabilize o síndico, o condomínio pode sofrer com doenças
Gleyson Assis, síndico profissional: “Empresas de qualidade oferecem testes para verificar a qualidade da água”
vinculadas ao consumo de água inapropriada para o consumo. Também poderá haver multa dos órgãos competentes – o condomínio poderá ser autuado pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) ou pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Assim, contrate uma empresa especializada em limpeza de caixa-d’água que utiliza os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e seja licenciada”, observa Alex George. De acordo com Gleyson Assis, síndico profissional e CEO da Anjos & Assis Gestão Condominial, a limpeza deve estar prevista na revisão orçamentária do condomínio. “Se isso não acontece, acaba gerando um reservatório sujo, contaminado, que faz com que a água não seja própria para consumo. O síndico pode ser acionado judicialmente por isso, logo, precisa fazer as manutenções corretivas e preventivas necessárias”, observa. Portanto, cabe ao síndico se atentar para não perder o prazo e buscar empresas de qualidade, que fazem a desinfecção das caixas depois da limpeza. “Quando você tem uma empresa séria a seu lado, consegue mensurar todas as características do pós-limpeza de cisternas e caixas-d’água. No meu caso, todo fornecedor que contrato exijo que o trabalho seja bem-feito e que tenha um pós-serviço que venha com análise biológica da
água. Temos que saber como está a qualidade dessa água por meio de testes, bem como sua potabilidade. Isso inclui o odor e se ela está incolor”, reforça o síndico profissional Gleyson.
A importância da vedação dos canos e das caixas-d’água Outro ponto que merece total atenção é a vedação dos canos que dão acesso aos reservatórios de água. Somente assim é possível evitar que ratos, baratas e pombos contaminem o líquido, além de impedir que os resíduos dos canos sigam para as torneiras dos condôminos. “Na hora da limpeza, os canos devem ser tampados para evitar que a sujeira das paredes e do fundo do reservatório não siga para os apartamentos. Muitas vezes, quando não é feito esse procedimento, a lama vai para os apartamentos, que é confundida com ferrugem da tubulação. É necessário substituir a tubulação quando ela estiver comprometida por processos de oxidação. Existem algumas empresas que fazem tratamento para diminuir o processo corrosivo dos canos, porém o ideal é trocá-los pelos de PVC, pois o custo é menor e o resultado é melhor”, explica Alex George Lino Ambrósio, diretor da AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações. OUT_NOV_DEZ 2023
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| Manutenção
As caixas também devem ser tampadas (vedadas), pois existe o risco de entrarem pombos, ratos, baratas… “Já tivemos casos de encontrar, no reservatório, rato morto, gambá e cobra. A descoberta só ocorreu por causa da reclamação de alguns condôminos sobre odor e sabor na água. Ainda existe o caso de vetores, como os mosquitos transmissores da dengue, zika e chikungunya, em que o risco é a proliferação desses hospedeiros”, afirma Alex George. O síndico profissional Gleyson Assis encontrou uma solução para resolver esse problema dos pombos, que invadiam os reservatórios de água de um condomínio que administra. “Fizemos um trabalho de barreiras com garrafas pet debaixo dos telhados, que impedem que eles entrem, se reproduzam e urinem ali. Paralelamente, também sempre dedetizamos o local. Por isso os reservatórios devem estar muito bem vedados, especialmente as caixas-d’água acima dos blocos, pois isso gera uma atração para os pombos, o que pode ocasionar uma contaminação perigosa”, conta. Sobre a água que vem com gosto de ferro, caso muitas vezes relatado por moradores depois da limpeza, Gleyson diz que, nesse caso, é necessária uma mudança mais drástica. “Sou síndico de um prédio antigo, dos anos 1970, cujas conexões dos canos são de ferro. Então, é natural que elas comecem a descamar, gerando entupimentos. O resultado: fragmentos de ferrugem caem na água de consumo, o que dá aquele gosto ruim nela. Para resolver isso, abrimos as paredes e substituímos as conexões. Não é um trabalho fácil, e é preciso que essas conexões sejam de material que não oxide, para proteger a água da ferrugem”, pontua. Por fim, vale destacar que, depois do procedimento de limpeza dos reservatórios de água, é essencial que os moradores do condomínio não abram as torneiras, nem usem as descargas por um curto período de tempo. “Isso previne a entrada de ar nos canos. Com 32 www.condominioetc.com.br
Num dos condomínios que administra, Gleyson diz que a solução contra a invasão dos pombos foi colocar garrafas pet como barreira
o trabalho terminado, deve-se aguardar cerca de 30 minutos. A empresa contratada tem que avisar o síndico e este notificar os condôminos, pois, no dia da limpeza, pode faltar água no prédio e os moradores não devem abrir as torneiras para evitar a entrada de ar na tubulação. Sem contar que, se o síndico não fechar o registro de água em um tempo hábil e programado, vai se jogar muita água fora, gerando desperdício”, comenta Alex George. Gleyson concorda e diz que o síndico deve estabelecer um plano estratégico, pois a probabilidade de faltar água é grande. “Se avisar os moradores, você não pega ninguém de surpresa. Além disso, indico que o morador tenha um filtro de água em casa, porque, além de a água vir para nosso sistema, ela passa pelo encanamento para a casa do condômino. Isso dá um arremate final na água que está sendo entregue na unidade”, finaliza. Serviço AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações (21) 4102-7522/99549-2565 dedetizadoraacqualimp.com.br
| Condomínio Por Leticia Rio Branco
Limpeza, sim, intoxicação, não!
Animais e pessoas são afetados por produtos de limpeza fortes A cena tem se tornado comum em condomínios do Rio de Janeiro. Depois de levar seus cachorros para passear pela área comum do local, moradores percebem que os animais passam mal depois de terem contato com algum produto químico. Recentemente, em um condomínio na Vila do Pan, situado na zona oeste carioca, 20 cachorros passaram por isso, inclusive um não resistiu
e morreu. Os sintomas eram os mesmos: convulsões, contrações das patas e vômitos. Apesar de o caso ainda estar sob investigação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), muitos condomínios podem oferecer riscos aos animais de estimação. A situação é preocupante. Segundo informações do Instituto Pet Brasil, no Brasil, há, pelo menos, 141,6 milhões de
bichinhos de estimação: 55,1 milhões são cachorros e 24,7 milhões, gatos, o que demonstra um novo contexto social que se reflete nos condomínios, ou seja, o crescente aumento de animais que vivem com seus tutores. Segundo a advogada Camila Prado dos Santos, que também é consultora da revista da Cipa, com o crescimento da chamada família multiespécie, formada por animais e humanos,
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| Condomínio toda atenção é necessária. “É de suma importância o uso criterioso dos produtos de limpeza, principalmente aqueles aplicados nas áreas comuns dos edifícios, por onde os animais de estimação circulam, já que, além de intoxicação e alergia pelo cheiro forte, sua ingestão acidental pelo animal pode ocasionar a morte dele”, alerta ela, que é mestra em Direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, especialista em Direito Animal, membro da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ e presidente da Comissão de Direito Animal da Associação Brasileira de Advogados. Para o síndico profissional Armando Lardosa, à frente do Condomínio do Edifício Mont Serrat, localizado na zona norte carioca, com cerca de 40 moradores e administrado pela Cipa, o perigo está justamente no desconhecimento dos produtos de limpeza e em sua forma de uso. “Isso não aconteceu em nenhum condomínio que administro durante minha gestão. Mas é o que sempre reforço: todas as vezes que o condomínio usar qualquer produto que possa causar mal a outra pessoa, até mesmo ao funcionário que o manuseia, além dos pets, é necessária a aplicação de procedimentos adequados para evitar ou, pelo menos, mitigar ao máximo os riscos de intoxicação que ele oferece”, ensina. Ele diz que utiliza os serviços de empresas especializadas, principalmente em relação a produtos mais fortes. “Isso faz toda a diferença. Outro ponto im-
Armando Lardosa diz que o condomínio deve apostar em treinamento de equipe e ter fornecedores que conheçam os produtos usados
portante é investir em treinamento da equipe para evitar problemas”, pontua ele, que ainda não enfrentou questões relativas à intoxicação de animais pelo uso irresponsável de produtos. Nesse cenário, um dos principais vilões é a creolina, desinfetante e germicida muito adotada na limpeza de condomínios. No entanto, por ser altamente tóxica, tem sido abolida em muitos prédios. A encarregada Jarlene Alves da Silva, da Nature, empresa especializada em terceirização de serviços, diz preferir outros produtos. “Não uso a creolina justamente porque sabemos que seus riscos para a saúde são altos. É um produto que possui alto poder corrosivo. Ou seja, em contato com a pele de pessoas ou animais, pode
causar queimaduras graves e outras complicações. Recomendo produtos qualificados, além de detergente e desinfetante, álcool 70% e limpa pedra. Não indico produtos de alta concentração ácida, pois, ao aplicá-los em pisos mais delicados, como porcelanato esmaltado, polido e madeira, podem acabar ‘queimando’ e manchando a superfície”, explica. Ela afirma que o conhecimento do produto e da sujeira a ser removida é princípio fundamental na definição dos procedimentos de limpeza para otimização dos resultados, visando à economia de tempo, produto e trabalho. “Para cada superfície e tipo de sujidade, há uma etapa do procedimento de higienização. Por isso existe, no mercado, uma gama de produ-
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tos de limpeza específicos. Sem contar a adoção de tecnologia na limpeza, como a máquina robotizada, além do purificador e aromatizador de ar”, completa. A advogada Camila Prado dos Santos alerta que, para evitar problemas associados a possíveis intoxicações, os condôminos devem ser devidamente orientados sobre os efeitos colaterais de todo produto de limpeza usado, além dos adotados na dedetização. “Uma vez que o cheiro de um produto ou da própria dedetização pode causar danos à saúde do animal, é importante saber que eles podem provocar intoxicação e, consequentemente, a morte do pet. A supressão de informações aos condôminos implica conduta irregular do síndico, o que afronta o direito à informação de todos os moradores”, alerta ela, que indica que produtos de limpeza mais fortes sejam diluídos em água. “A água deve se fazer presente nesses casos. Lembrando que a limpeza precisa ser realizada nas áreas comuns para oferecer segurança a crianças, idosos e animais, e não causar lesões”, complementa.
Condomínio pode ser culpado e penalizado por maus-tratos a animais Em casos de intoxicação causada a animais por produtos de limpeza usados nas áreas comuns, o condomínio pode ser responsabilizado e processado por maus-tratos, o que pode ocasionar de dois a cinco anos de reclusão, segundo a Lei nº 14.064/2020. E quem responde por isso é o síndico. De acordo com Armando Lardosa, é essencial saber o que causou o problema: “Tem que ser descoberto o dolo do usuário do produto, se não houve omissão em relação à informação sobre o uso dele, se ele realmente coloca em risco a saúde do morador ou de seu pet. São várias possibilidades que devem ser analisadas antes de se responsabilizar alguém pelo ocorrido”, orienta. 36 www.condominioetc.com.br
Segundo Camila Prado dos Santos, advogada e consultora da Cipa, o condomínio deve avisar os moradores sobre os produtos de limpeza usados e a data da dedetização. Assim, evitam-se intoxicação e outros problemas causados pelo contato com agentes químicos
Já a advogada Camila Santos avisa que o síndico deve diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns, zelando pela prestação dos serviços que interessem aos condôminos, tutores ou não. “Os gestores condominiais devem garantir a segurança, a higiene das áreas comuns, a saúde humana e o bem-estar dos animais que vivem na coletividade, sob pena de responsabilização por ação ou omissão. E caso ocorra algum tipo de intoxicação, alergia ou outro sintoma em animais, crianças e idosos em razão da utilização de determinado produto, sem que tenha ocorrido a divulgação da utilização de determinado agente de limpeza, o condomínio pode ser responsabilizado civil e criminalmente”, diz ela, destacando que o síndico deve informar, tanto nas assembleias quanto nos meios de comunicação mais utilizados, como e-mails ou cartazes, sobre a utilização de certos produtos de limpeza e dedetização que possam causar prejuízo. “Assim, evita-se que haja danos à saúde de moradores e seus animais”, finaliza.
Serviço Nature (21) 3596-1737 nature.rio.br
informe
O papel de uma administradora no condomínio Administrar um condomínio é sempre muito complexo, e o síndico tem papel fundamental no sucesso desse trabalho. Porém, para dar conta das funções cotidianas inerentes à gestão administrativa, ele precisa contar com uma boa administradora – a escolha assertiva da empresa vai conferir o suporte necessário a uma boa gestão. Dessa forma, ele tem a segurança de que precisa para dedicar tempo apenas às questões estratégicas e do dia a dia do condomínio. O síndico é insubstituível, até porque ele tem atribuições definidas por lei. Ele é o representante legal do condomínio. E a obrigatoriedade de os condomínios terem CNPJ praticamente os equiparam a empresas. Portanto, eles estão inseridos num contexto que envolve diversas situações burocráticas que exigem atualização permanente e o olhar atento de quem é especializado na área. Legislação, área financeira, questões trabalhistas, fiscais, tributárias e de pessoal estão entre as mais importantes. Pensando sob esse aspecto, nada mais natural que se preocupar em es-
Veja as principais atribuições de uma administradora 1 Emitir boletos de cota condominial 1. mensalmente. 2. 2 Apresentar a pasta de prestação de contas mensal. 3. 3 Gerenciar encargos previdenciários e tributários mensais de pessoal. 4. 4 Elaborar e realizar o pagamento da folha de pagamento e de benefícios mensais dos funcionários, além de realizar todas as rotinas, como férias, contratação e desligamento (veja um detalhamento e mais atividades no Setor de Pessoal, logo a seguir). tar muito bem assessorado para obter os melhores resultados. Síndicos e moradores devem saber o que podem e devem esperar de uma administradora, portanto, seguem aqui algumas dicas da Cipa nesse sentido.
5. 5 Fazer a gestão de obrigações fiscais e tributárias, como: a) emitir e recolher tributos federais, como Imposto sobre Renda Retido na Fonte (IRRF) e Contribuições Sociais Retidas na Fonte (CSRF): PIS, Cofins e CSLL;
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informe b) emitir e recolher tributos municipais; c) enviar a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), que é uma obrigação fiscal que se refere às informações sobre serviços terceirizados, como limpeza, manutenção (jardinagem, piscinas etc.), serviço de portaria, construção civil e segurança, entre outros, sendo obrigatória sua declaração desde 2021. 6 Gerenciar o fundo de reserva do con6. domínio e outros fundos, se existirem. 7 Realizar o pagamento de todas as 7. contas do condomínio mensalmente – dependendo do porte, pode ter entre 25 e 50 pagamentos mensais, o que, em valores, representa quantias entre R$ 45 mil e R$ 100 mil. 8. 8 Mensalmente, prestar contas com transparência, organizar e apresentar balancetes de receitas e despesas e enviar a pasta de prestação de contas.
9. 9 Ajudar a organizar as assembleias, desde a convocação e preparação da documentação até a elaboração da previsão orçamentária e da prestação de contas anual, com a demonstração de orçado × realizado, com participação efetiva no evento, apresentação da ata e seu registro em cartório. 10 • Disponibilizar a organização e o arquivamento de documentos do condomínio. 11 • Fazer e manter o cadastro dos condôminos respeitando as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 12 • Gerir a Certificação Digital para o condomínio. Veja algumas possíveis infrações e valores de multas a que os condomínios estão sujeitos no caso da ausência de certificação: A. Evento segurança do trabalho – multa conforme o evento não transmitido para o eSocial;
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B. Evento comunicação de acidente de trabalho – pode variar de acordo com o salário de contribuição, que hoje é entre R$ 1.320 (mínimo) e R$ 7.507,49 (teto máximo do INSS); C. Evento monitoramento da saúde do trabalhador – multa entre R$ 1.080,06 e R$ 3.146,54 por funcionário afetado; D. Evento condições ambientais do trabalho – punições com valores que variam de R$ 3.100,06 a R$ 310.004,70; E. Evento folha de pagamento – multas a partir de R$ 1.812,87; F. Reinf – multa de 2% ao mês/calendário ou fração, limitada a 20%; e de R$ 20 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas; G. DCTFWeb ou MAED – o valor da multa pelo atraso é de 2% ao mês sobre
o total de contribuições informadas, mesmo que tenham sido pagas, limitado a 20% desse montante. A multa mínima é de R$ 200 para DCTFWeb sem movimento (quando não há fato gerador de tributos) e de R$ 500 nos demais casos.
A administração relativa aos funcionários dos condomínios merece muita atenção. Esse setor do condomínio sofre alterações legais constantemente, sendo o condomínio o principal responsável. A administradora deve estar muito atenta para assessorar o síndico especialmente nos seguintes itens:
13 • Controlar a inadimplência do condomínio.
Admissão e demissão de funcionários;
14 • Estar atualizada, dar informações precisas ao condomínio e promover adequações referentes à legislação vigente.
Exames admissionais, demissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e para cumprir leis específicas;
15 • Disponibilizar recursos digitais, como aplicativo de celular e área do cliente no site da empresa, com funcionalidades que facilitem o dia a dia de síndicos e moradores.
Férias; Benefícios; Folha de pagamento e 13º salário;
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Recolhimento de encargos sociais;
A seguir, também listamos ações de atendimento e suporte técnico que uma administradora oferece e que fazem toda a diferença:
Orientação quanto a horas extras e outros assuntos da Legislação Trabalhista e Tributária;
Prestar consultoria e sanar dúvidas e solicitações de síndicos;
Cumprimento do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR); Programa de Controle Médico de Saúde do Trabalhador (PCMSO); Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP); Laudo Técnico das Condições do Ambiente do Trabalho (LTCAT); Laudo Técnico de Insalubridade (LTI) e Laudo Técnico de Periculosidade (LTP) relativos às normas de saúde e segurança do trabalho; Elaboração e validação, na Receita Federal, do Manual Normativo de Arquivos Digitais (Manad); Execução da Declaração de Imposto Retido na Fonte (Dirf); Realização do Sistema de Escrituração Digital das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas (eSocial); Efetuação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFweb);
Atender os condôminos em suas solicitações ligadas à administradora; Dar assessoria na elaboração ou alteração da convenção e do regimento interno do condomínio; Dar suporte à contratação de seguros para o condomínio (obrigatórios e outros); Treinamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, atendendo à Norma Regulamentadora (NR 5); Acompanhamento da assinatura da Convenção Coletiva do Trabalho e elaboração dos ajustes anualmente; Atualização do síndico com relação à legislação; Cumprimento das obrigações de manter os documentos legais trabalhistas e previdenciários arquivados.
Aplicar e cobrar advertências e multas – a pedido do síndico; Oferecer suporte na avaliação de contratos eventuais; Oferecer assessoria jurídica, por meio de um escritório de advocacia, se for necessário; Disponibilizar recursos digitais (aplicativo de celular e site) para que os síndicos possam consultar on-line informações financeiras a qualquer
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tempo, bem como delegar tarefas no condomínio para sua equipe e acompanhá-las; Oferecer recursos digitais (aplicativo de celular, site) para os moradores para que possam obter segunda via de boletos e usufruir de diversas outras funcionalidades voltadas para a parte social do condomínio, como reserva de áreas comuns; Dispor, a síndicos e moradores, atendimento por meio de assistente virtual (pelo WhatsApp) que possa, entre outras coisas, oferecer segunda via de boleto e sanar dúvidas pontuais a qualquer hora, gerando agilidade e praticidade no atendimento.
Cipa: tradição, transparência e segurança financeira na administração condominial O síndico deve ter em mente que, ao escolher uma administradora, ele está confiando o patrimônio da coletividade a uma empresa. Por isso é fundamental ter a certeza de que está optando por uma organização que tenha confiabilidade e que seja reconhecida dessa forma no mercado. A Cipa reúne as principais características necessárias para administrar um condomínio e deixar síndicos e moradores tranquilos. Somos uma empresa com tradição, solidez e a tão desejada segurança financeira. Investimos constantemente em tecnologia para assegurar assertividade em todos os nossos processos internos, até porque são milhares de dados processados diariamente. A evolução tecnológica aliada à nossa visão de mercado nos impulsionou a desenvolver mecanismos digitais para auxiliar síndicos e condôminos a resol-
ver questões do dia a dia com extrema facilidade. Hoje em dia, eles têm à disposição site e app, que oferecem várias funcionalidades, além de atendente virtual pelo WhatsApp, a Maria. A Cipa se orgulha de ter uma longa história de comprometimento e construção de uma empresa sólida, feita por todos os colaboradores que vestem literalmente a camisa e fazem dessa companhia uma das principais e mais reconhecidas do mercado imobiliário. Acreditamos que as pessoas são nosso maior patrimônio, o principal pilar de toda a nossa consistente trajetória. Na Cipa, a transparência nos processos é uma realidade, e nossa prioridade é a prestação de serviços de excelência aliada ao bom relacionamento. Tudo isso nos impulsiona a avançar cada vez mais em iniciativas que gerem conforto e bem-estar para nossos clientes.
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| Condomínio Por Isabela Masi
Limpeza de alta pressão O hidrojateamento é uma técnica segura e duradoura O hidrojateamento é uma técnica avançada de limpeza que utiliza um jato de água de alta pressão para remover todo tipo de sujeira. Pode ser utilizado para várias finalidades, como na reforma da fachada dos prédios ou na desobstrução de resíduos em tubulações. O trabalho é feito com uma máquina chamada hidrojateadora, que pressuriza a água em diferentes intensidades, permitindo uma limpeza profunda e duradoura, sem danificar a superfície e os canos. Mas, atenção, o trabalho tem que ser feito por uma empresa que tenha técnicos especializados e bem treinados para garantir a segurança de quem está operando a máquina e das instalações do prédio. “Não tem como ter essa máquina – do porte da que usamos nas empresas – no condomínio, nem fazer um uso caseiro, porque tem que ter a técnica. Além disso, é um equipamento muito caro, não existe um modelo doméstico para esse tipo de trabalho. No caso de ser usada no desentupimento de canos, a máquina é instalada sobre o chassi de um caminhão e o veículo vai até o condomínio. Por isso, é fundamental ter pessoas especializadas que saibam manipular o equipamento. Se errar
na hora de ajustar a pressão da água, por exemplo, o jato pode bater na pele de alguém e cortá-la ou até causar ferimento pior. Se for mal utilizado, ainda pode danificar a tubulação”, explica Joel Costa, sócio-gerente da empresa Desentupidora J Costa. Rodrigo Seco é síndico profissional. Ele administra oito condomínios nas zonas norte e oeste do Rio de Ja-
neiro e em Niterói. Está fazendo obra na fachada em dois deles, em Jacarepaguá e na Tijuca. No de Jacarepaguá, aconteceu uma situação bem grave. Um apartamento pegou fogo, e as chamas se expandiram para a fachada do imóvel, que ficou bastante danificada. “Não dava para simplesmente raspar e pintar por cima, era necessário preparar a base antes de aplicar a tinta. Com o hidrojateamento, foi possível limpar toda a área e deixar a fachada do prédio como nova.” A decisão de usar o equipamento, tanto na fachada como nas tubulações, tem que ser tomada com base na análise de uma empresa especializada. De acordo com Rodrigo, no caso da fachada, depois de fazer o teste de percussão, a empresa produziu um relatório de boa qualidade, consistente, que ajudou a trazer novos diagnósticos. Ali estava indicado que era necessário fazer o uso do hidrojateamento. “Por exemplo, em fachadas muito detonadas, que vão sofrer uma reforma na estrutura, não é necessário fazer o hidrojato. Outras podem ter algum ponto que seja interessante fazer. Por isso é importante conversar com uma empresa especializada, para não trazer consequências para o prédio.”
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A empresa Fetec Reformas de Fachadas Prediais está há 22 anos no mercado e há 15 faz o hidrojateamento. Felipe Reinaldo é seu diretor. Para ele, o hidrojateamento é uma das melhores soluções. “Primeiro, a gente faz o teste de percussão para ver se está tudo ok. Ali identificamos os pontos que têm que ser removidos, se a fachada está firme. Se tiver tudo certo, a gente indica o hidrojato porque ele é capaz de limpar profundamente poluição, poeira, fungos, bactérias, limo, de forma muito eficiente. A estrutura limpa fica pronta para receber a massa seladora, o reboco, o que faz o trabalho durar muito mais tempo. Se você não lavar, a aderência não fica 100%. Os prédios com pastilha, mármore, granito também podem receber o hidrojateamento. A pressão é regulável, por isso não tem como estragar a fachada.” O diretor da Fetec diz que está sempre procurando novos produtos e equipa-
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mento para usar nas obras, para oferecer sempre o melhor para o cliente. Hoje ele tem oito equipes completas, cada uma com uma máquina de hidrojateamento e funcionários treinados e credenciados para o serviço. “O conhecimento que tenho hoje é resultado de muito trabalho e muita pesquisa. Por isso sempre indico para os síndicos que, além do hidrojateamento, é importante, quando for fazer o serviço, trabalhar com material de qualidade e sempre da mesma marca. Isso porque o componente químico das empresas é diferente. Um cliente satisfeito gera outros clientes.” Felipe Reinaldo ainda afirma que todo o processo é ecologicamente correto. “Há uma preocupação com o meio ambiente. As máquinas são econômicas e não há gasto excessivo de água porque ela fica concentrada. Usamos quase sempre apenas água e cloro, justamente para eliminar as bactérias.”
No caso de Rodrigo, o condomínio de Jacarepaguá tem reúso de água. Então, não houve custo adicional na conta. “Além disso, se você pensar bem, com o hidrojato, há economia, já que, com o prédio limpo, há menos camadas de tinta e a pintura dura muito mais.” Outro ponto importante é o descarte adequado da água utilizada no processo para evitar a contaminação ambiental. No caso da desobstrução de encanamentos, é importante se certificar de que a empresa contratada possui a documentação exigida pelos órgãos competentes e realiza o descarte dos resíduos em local seguro. Para não entupir e causar transtornos para os moradores, principalmente dos andares mais baixos, o síndico deve estar atento para deixar a manutenção da tubulação de esgoto e gordura sempre em dia. O descarte incorreto de lixo feito por moradores em ralos e pias pode aumen-
tar o problema. Por isso, a prevenção é o melhor remédio. Joel, da Desentupidora J Costa, explica: “Todos os condomínios que têm garagem subterrânea têm uma rede de tubulação na área de água servida, esgoto primário e rotas de gordura. Por trabalharem na horizontal, esses locais armazenam muitos detritos, causando um bloqueio de esgoto e gordura. E isso começa a retornar para os apartamentos dos andares mais baixos, o que gera uma grande dor de cabeça e traz um prejuízo enorme para o condomínio.” Para evitar esse problema, de acordo com o sócio-gerente da Desentupidora J Costa, o hidrojateamento é uma ótima solução. “É um jato de água muito forte que faz uma limpeza nas laterais dos tubos e deixa a tubulação limpinha. Dependendo do número de moradores, o ideal é fazer a limpeza, pelo menos, de seis em seis meses, o que evita, inclusive, a proliferação de insetos e ratos, além de acabar com os entupimentos. A manutenção é muito importante sempre.” Vale ressaltar que a empresa faz contratos anuais, o que facilita a rotina de limpeza. E, a cada dia, a tecnologia de hidrojateamento vai se aprimorando. A Desentupidora J Costa trabalha com o Sewer Jet, um caminhão que tem o equipamento com mangueiras de até 170 metros de comprimento para a realização de desentupimentos. Ainda tem a opção de outro caminhão combinado, com hidrojateamento e vácuo. “Nossa
Síndico Rodrigo Seco: “Com o hidrojateamento, foi possível fazer uma limpeza profunda e deixar a fachada do prédio como nova”
empresa ainda faz o recolhimento dos resíduos para não sobrecarregar a rede pública e não usa água do condomínio.” Para o síndico Rodrigo, quando for a hora de reformar a fachada ou contratar uma empresa para a limpeza dos canos, o mais importante é encontrar uma parceira especializada e de confiança. “O síndico tem que ser técnico de tudo, mas, infelizmente, não somos especialistas em todos os assuntos. Por isso, precisamos ter pessoas de confiança ao nosso lado. Até porque somos nós que assumimos a responsabilidade de qualquer problema que venha a acontecer e temos que dar satisfação de nosso trabalho para os moradores. O morador elege alguém com quem tem uma relação de confiança, e
isso deve ser mútuo. E com as empresas não pode ser diferente.” O diretor da Fetec afirma ainda que é importante a empresa ter idoneidade. “Você não tem que escolher o menor preço, mas o melhor preço. O melhor preço da melhor empresa. Tem que ter referência, ver se é certificada, se respeita todas as normas, se tem seguro e todas as licenças. Na questão da fachada, é fundamental que a empresa escolhida seja registrada no Crea, tenha engenheiro formado, funcionários com carteira assinada. Uma pessoa que não está qualificada não vai oferecer um bom serviço. Uma das dicas que já dou é a seguinte: existe um checklist de documentos necessários, de coisas essenciais. As empresas profissionais já estão acostumadas a fornecer todos os documentos e têm isso pronto. Se a empresa não está acostumada, fique alerta, de repente, vale a pena pegar uma que já esteja. Durante as obras, os transtornos passam e os benefícios ficam. Os moradores têm que pensar que eles não estão gastando, mas investindo no imóvel, no patrimônio. Até o valor aumenta. Já fiz reforma que os moradores esperaram acabar para vender o apartamento.” Serviço Fetec Reformas de Fachadas Prediais fetecrj.com.br (21) 99122-3299 Desentupidora J. Costa desentupidorajcosta.com.br (21) 2568-1000
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| Parceiros Cipa
Cipa e Garantiza asseguram contas em dia Para mais informações, acesse o QR Code
Você pode planejar sua obra e ter a certeza das cotas condominiais pagas
A síndica Eliane Oliveira e o subsíndico Eduardo Figueiredo não têm mais preocupação com novas inadimplências
Entre as atribuições de um síndico está a de fazer o condomínio funcionar com o dinheiro disponível em caixa. Definitivamente, essa tarefa gera preocupação. Quando falamos de inadimplência, o problema pode se agravar. Falta de previsibilidade financeira e dificuldade para pagar contas e funcionários e realizar as manutenções necessárias são algumas consequências. Se pagar as despesas mensais representa um desafio em alguns condomínios, imagine quando uma despesa maior se faz necessária. Algo como uma obra
emergencial ou mesmo adequações para cumprir obrigatoriedades exigidas por lei. Para ajudar os síndicos nessas situações, a Cipa se uniu à Garantiza, uma empresa especializada em antecipação de receita para condomínios que ajuda a garantir a arrecadação mensal completa. Veja o que está ao alcance de seu condomínio: • Garantia completa de 100% da receita mensal; • Cobrança judicial; • Compra de taxas antigas; • Antecipação para obras; • Emissão e entrega de boletos; • Cobrança especializada; • Segunda via on-line; • Previsibilidade financeira. Eliane Maria Lima de Oliveira é síndica do Condomínio Solar Bela Vista, na zona norte carioca. Moradora dali há 44 anos, ela conta com a Cipa na administração de seu condomínio e com a ajuda do subsíndico Eduardo Figueiredo em sua gestão. Nesse condomínio de 66 unidades, há um caso crítico de inadimplência e outros menos problemáticos. “Inadimplência
sempre tem, infelizmente. Alguns casos conseguimos resolver, outros, ainda não”, conta ela, que está sendo auxiliada pela Garantiza em um dos casos. “A Garantiza ‘comprou’ a dívida de determinada unidade e nos adiantou o valor. Agora o morador vai ter que pagar para a Garantiza”, explica. Há poucos meses, por sugestão do subsíndico Eduardo, o condomínio resolveu contratar a Garantiza. “Temos uma grande obra pela frente por exigência da autovistoria e vamos precisar de cotas extras por três anos. E para dar início a todo esse processo, precisávamos de caixa certo, sem nenhuma inadimplência”, conta Eliane. A síndica explica que agora quem vai emitir os boletos de condomínio é a Garantiza. “Ela nos paga o valor total no início do mês, independentemente de os moradores terem pago ou não. Se alguém não pagar, terá uma dívida com a Garantiza, não mais com o condomínio”, conta ela, que está aliviada porque não vai ter mais preocupação com novos casos de inadimplência. “Este é o sonho de qualquer síndico, zero inadimplência! Estou rindo à toa!”, finaliza.
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| Sustentabilidade
Energia solar a seu alcance Sustentabilidade e economia sem complicações e sem investimento Há muito tempo se ouve falar de energia solar, porém, há anos, isso era algo impensável por exigir um investimento alto. A diferença é que, agora, ela é uma realidade ao alcance de todos. Pelo menos com a Hum Engenharia. Por isso a Cipa firmou parceria com a Hum. Agora os condomínios já podem contar com soluções completas que unem sustentabilidade, autonomia e economia. Para tanto, a empresa oferece dois tipos de contrato para os clientes: o tradicional, em que as placas fotovoltaicas são instaladas no prédio ou no condomínio, e outro modelo, por meio do aluguel de usinas de energia solar da empresa. Esse último é um modelo inovador para disponibilizar energia solar até mesmo para quem não tem espaço para instalar as placas fotovoltaicas. Nas grandes cidades, é natural que a maioria dos prédios não tenha tanto espaço disponível para instalar uma quantidade suficiente de placas, por isso a Hum se utiliza do aluguel das fazendas remotas. As fazendas estão localizadas em regiões rurais do estado do Rio de Janeiro (sempre em áreas de concessão da Light) e, dessa forma, podem compartilhar a energia gerada com os imóveis que pagam pelo serviço de aluguel à Hum. Resumindo, essas fazendas produzem energia para ser convertida em créditos e atender aos imóveis que contratam a empresa. Esse sistema é legalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a Hum Engenharia atende
Breno Osthoff, síndico do Condomínio Pio Correa
a todas as cidades do estado do Rio de Janeiro que têm abastecimento de luz pela concessionária Light. Por meio de estrutura instalada estrategicamente e operada pela Hum, o condomínio se conecta diretamente a essas fontes de energia limpa e renovável, sem a necessidade de obras ou investimentos adicionais. Mas o melhor mesmo é que o condomínio não precisa investir nem um centavo em placas, nem se preocupar com a manutenção delas. Quando a Hum é contratada, ela faz uma análise do tamanho da fazenda solar que vai precisar ser utilizada e, a partir daí, calcula o valor do aluguel. O contrato é de dez anos e, durante esse período, a empresa asOUT_NOV_DEZ 2023
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A energia solar é a energia do futuro
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sume o compromisso de entregar um desconto anual de, no mínimo, 10% do valor da conta de luz do condomínio. E, o melhor, o condomínio não precisa sair da Light e não tem que colocar nenhum medidor de energia. Não precisa de nenhuma obra física. Toda a manutenção está embutida no valor do aluguel. As vantagens não param por aí. Em 2023, o Governo Federal incluiu o segmento de painéis fotovoltaicos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), o que zera a cobrança dos tributos federais IPI e PIS/Cofins até dezembro de 2026. Antes, as alíquotas cobradas eram de 6,5% de IPI, 9,65% de Cofins e 6% de Imposto de Importação. Com menos impostos e a diminuição dos custos de produção, o preço do produto final também diminui. Breno Osthoff, síndico do Condomínio Pio Correa, na zona sul carioca,
aderiu ao formato de aluguel das fazendas remotas da Hum e está otimista. “Escolhi essa empresa basicamente pela proposta de não precisar de investimento para conseguir redução na conta de luz e transformar nossa matriz em uma matriz limpa. Não precisaremos instalar nada aqui no terraço e não teremos problemas nem com sombra. Muito mais simples o processo. Conseguimos, ao mesmo tempo, ficar amigos do meio ambiente e gerar economia que pode ser revertida em outras melhorias para o condomínio”, comemora. Você também pode se beneficiar! Entre em contato com a Hum Engenharia e gere economia para seu condomínio.
Serviço Hum Energia humenergia.com.br (21) 3443-5328
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