Revista Condomínio. Edição 84

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Segurança Estrutural

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As fundações dos prédios merecem atenção especial mesmo que não esteja em época de autovistoria Em busca da beleza Síndicos investem em decoração e paisagismo para tornar seus condomínios mais bonitos e agradáveis de morar

Terceirização: uma boa empresa é fundamental Muitos condomínios optam pela terceirização de mão de obra e os resultados podem ser muito bons




Editorial

Coisas boas aconteceram em 2019 e 2020 certamente será melhor Depois de mais de uma década de governo de esquerda, elegeu-se um novo governo, que pode ser classificado como neoliberal. Costumo dizer que o liberalismo, que prega a propriedade privada, direitos privados e liberdade de mercado, se não conseguir equilibrar a riqueza para diminuir a pobreza, não terá sucesso. Neste ano, ressalto como coisas boas: a Reforma da Previdência - isso foi inédito, haja vista que a França luta por isso há anos e até hoje não conseguiu. Essa reforma foi a base principal para o equilíbrio orçamentário do país pelos próximos dez anos. As demais reformas necessárias parecem mais viáveis, ou seja, menos difíceis de serem feitas. Para a Reforma Tributária, Senado e Câmara aceitaram se juntar ao Governo para fazê-la em conjunto, o que é um sinal positivo. Redução dos juros - nunca em tempo algum tivemos um nível tão baixo, 4,5% ao ano, e uma inflação também baixa e controlada. Descontada a inflação dos juros, temos uma taxa que se equipara à de países desenvolvidos. Privatizações - no ano que passou, fizemos perto de cem e há uma previsão de 200, para o próximo ano, de uma lista de mais de 600. Bolsa - bate recordes a cada mês, e o capital externo ainda não entrou. BNDES - voltado para saneamento, financiando estados e municípios. Empregos - indicadores favoráveis. Governo muito direcionado a diminuir os encargos sobre os empregadores na área trabalhista, in-

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NEWTON MENDONÇA Presidente da CIPA

dispensável para incentivar contratações. Existe um clima otimista no país, com índices positivos em vários setores da economia. Vamos agora a nossa CIPA, cujo ano de 2019 foi de muito trabalho, mas com excelentes resultados: empresa digital - entramos 2020 como CIPA Digital. Inovações - criamos várias ferramentas (processos digitais), como o Robots e o Smart Ged, que dão agilidade e segurança a nossos serviços. Layout - começando pela portaria do prédio, que foi completamente modernizada, em colaboração com o síndico. Na CIPA, no segundo andar, onde está o Setor de Condomínios, foram criadas salas individuais para atendimento digital para o síndico e um coworking para síndicos profissionais. Construímos um moderno auditório de 40 lugares, onde, em 2020, teremos eventos frequentes como cursos, palestras, treinamentos e atualizações para síndicos e outros públicos.

Startup inovadora - surgiu, na área imobiliária, uma startup disruptiva – como se diz no mercado, isto é, que criou condições completamente inovadoras para administrar o aluguel de imóveis – chamada Quinto Andar, que já atua em outros estados com muito sucesso. Aluga muito rápido (às vezes, em 24 horas), não precisa de fiador, paga o aluguel no dia certo, independentemente de o inquilino ter pago, e garante R$ 50 mil para reparos no imóvel, tudo isso a preços muitas vezes menores que os das outras imobiliárias. A CIPA tornou-se parceira exclusiva, no Rio de Janeiro, do Quinto Andar. Essa parceria, que trouxe vantagens para nossos clientes e nos deixou à frente das demais imobiliárias, foi conseguida graças a nossa tradição como empresa sólida, correta e reconhecida, em seus 65 anos de atuação. Dando continuidade às inovações, modernizamos nossa logomarca, que representa o momento da empresa e reflete nosso rumo ao que há de mais moderno, seguro e eficiente. Nessa edição da revista nossos leitores também podem apreciar nosso novo projeto gráfico, pensado para oferecer nosso conteúdo de forma leve e agradável aos olhos. Nós da CIPA estamos muito satisfeitos com o ano de 2019 e temos grandes planos para 2020, sempre contando com o apoio de nossos queridos clientes, colaboradores internos e externos, que são nossa base e a razão da existência de nossa empresa. Desejamos a todos um próspero e feliz 2020!


Sumário

Uma publicação:

Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449

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Presidente: Newton Mendonça

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2196-5176 16 mil exemplares

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Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com

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Design: CLEBER SOARES

Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa. A Revista Condomínio etc. esclarece que:

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Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

Bombas

[Condomínio]

Férias escolares × organização no condomínio

[Atualidade]

Condomínios precisam estar preparados para as chuvas de verão Tempestades e raios podem causar sérios transtornos para os moradores. Síndicos não podem ser pegos de surpresa. Saiba como se prevenir lendo esta matéria.

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• Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens. • Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes.

[Manutenção]

Planejamento é a palavra-chave para evitar transtornos durante as tão esperadas férias. Para os síndicos, é momento de atenção redobrada. Veja algumas dicas nesta matéria para tornar o período mais tranquilo.

Fotografia: Ariel Subirá FREEIMAGES.COM istockphoto Mariza Lima Colaboraram neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Renata Fernandes STELLA MARIS C. MENDONÇA

Em busca da beleza

Só com manutenção preventiva e periódica os condomínios estão livres de preocupação.

Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br

[Condomínio]

Síndicos investem em decoração e paisagismo para tornar seus condomínios mais bonitos e agradáveis de morar. Quer entrar nessa? Leia nossa matéria especial sobre o tema!

PARA ANUNCIAR LIGUE

www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br

Segurança estrutural As fundações dos prédios merecem atenção especial, mesmo que não esteja em época de autovistoria. A estrutura de um prédio é coisa muito séria e deve ser encarada como tal por síndicos, moradores e empresas de engenharia. Saiba como agir lendo esta reportagem.

DIRETORIA

Vice-presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS

[Capa]

[Condomínio]

Terceirização é opcional; escolher uma boa empresa é fundamental Muitos condomínios optam pela terceirização de mão de obra e os resultados podem ser muito bons. Quer saber um pouco mais? Leia a matéria!

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[Sustentabilidade]

Desperdício de água: além de não ser sustentável, ainda deixa as contas mais altas Sistema de coleta de água de chuva e controle de vazamentos são a solução para economizar.

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informe

Projetos de lei que tramitavam desde 2015 na Câmara dos Deputados foram arquivados em caráter definitivo em outubro último. As proposições alteravam aspectos da organização condominial. Desde sua apresentação até o resultado definitivo, que teve como consequência o arquivamento, os projetos foram acompanhados e combatidos pelo Secovi Rio. São eles: PL 4045/2015 - que pretendia alterar a redação do art. 1.351, do Código Civil, estabelecendo alteração do quórum para as convenções de condomínio. PL 4060/2015 - que dispunha sobre coleta, escoamento e aproveitamento da água proveniente do processo de condensação de aparelhos de ar-condicionado. PL 4108/2015 - que alteraria o caput e o parágrafo único do art. 7º, da Lei 10.098/2000, que pretendia instituir a obrigatoriedade da reserva de vagas de estacionamento em condomínios para pessoas com deficiência que implique dificuldade de locomoção.

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O compromisso do Secovi Rio em afastar as preocupações dos condôminos, reduzir os gastos e a intromissão do estado na vida condominial direciona sua atuação legislativa, proporcionando segurança jurídica para os condomínios e empresas do setor imobiliário.

A Airbnb e o condomínio A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça começou a analisar, em outubro de 2019, um processo com origem em Porto Alegre que envolve a locação de quartos e apartamentos, por meio de aplicativos como o Airbnb, que conecta, direta e virtualmente, anfitriões e hóspedes. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Raul Araújo. Até o momento, votou apenas o relator, o ministro Luís Felipe Salomão, e para derrubar a proibição de locações e sublocações por meio do aplicativo Airbnb. “Na minha opinião, considero que afronta o direito de propriedade garantido na Constituição proibir a exploração econômica do próprio imóvel. As instâncias ordinárias, nesse passo, acabaram por conferir interpretação restritiva de maneira desarrazoada e sem previsão legal, a meu juízo, em evidente

afronta aos poderes inerentes ao exercício do direito de propriedade dos recorrentes”, disse. O ministro afirmou ainda ser ilícita a prática de privar o condômino do regular exercício do direito de propriedade em exploração econômica. “Logo, o argumento de que a locação prejudica a segurança dos outros moradores, dado pelo próprio condomínio e aceito pelas instâncias inferiores, não ficou comprovado”, defendeu. Os ministros discutem se a locação ou sublocação de imóveis pelo período de até 90 dias, a chamada locação temporária, prevista em lei, retira a característica residencial do imóvel, se há limite para o direito de propriedade e se há diferenças entre a hospedagem comercial e a locação temporária de imóvel residencial para fins de hospedagem.

freeimages.com/Joseph Firman

Projetos de lei que afetavam os condomínios foram arquivados definitivamente na Câmara dos Deputados


Acidente no trajeto não é mais enquadrado como acidente de trabalho Acidentes de percurso não são mais enquadrados como acidentes de trabalho, porque a MP 905, que criou o Programa Verde e Amarelo, além de alterar diversos pontos da CLT, também mudou alguns itens da Lei 8.213/1991, que dispõe sobre planos de benefícios da Previdência. Isso mudou desde meados de novembro de 2019. O governo de Jair Bolsonaro revogou a alínea “d” do inciso IV do caput do artigo 21. Esse artigo determinava o que era equiparado a acidente de trabalho, e o trecho revogado mencionava acidentes ocorridos “no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado”. Como a MP tem força de lei, a alteração já está em vigor. Ainda assim, esse texto será submetido à análise do Congresso Nacional, que pode fazer modificações na MP. A validade da medida é de 120 dias. Se não for votada até lá, perde a validade e as normas antigas voltam a valer.

Cipa presenteia síndicos com 10 livros Obras e reformas não são brincadeira e podem comprometer toda uma edificação se não forem feitas com responsabilidade. Pensando assim o engenheiro mecânico e técnico em máquinas Alberto Krebs elaborou o livro Reformas no apartamento - sem dor de cabeça para síndicos e proprietários, pela Editora Albatroz. O livro deve ser considerado técnico-didático. Nele, o autor busca estimular, de forma didática, o entendimento da linguagem técnica utilizada no documento e torna o aprendizado mais acessível ao público leigo. O livro disseca a Norma NBR 16.280 desde a primeira letra até o último

ponto, explicando em linguagem leiga e dando exemplos do dia a dia do condomínio. O volume mostra os cuidados e as ações a serem tomadas pelos envolvidos, proprietários e síndicos, e explica também a diferença entre obra de reforma e obra de manutenção ou reparo. Alberto Krebs é brasileiro, natural de Porto Alegre, RS. É formado na Escola Técnica Parobé (Porto Alegre, RS), na capacitação técnico de máquinas e motores, e graduado em engenharia mecânica pela Fundação Souza Marques, Rio de Janeiro, RJ, na especialização Projeto e Fabricação.

Você, síndico CIPA, escreva um e-mail para revista@condominioetc.com.br dizendo, em poucas palavras, por que a CIPA é fundamental para o seu condomínio. As 10 melhores frases serão escolhidas e seus autores ganharão uma edição do livro. As frases devem ser enviadas até o dia 10 de março de 2020.

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Segurança Estrutural As fundações dos prédios merecem atenção especial mesmo que não esteja em época de autovistoria

Bem que nós tentamos não falar constantemente do tema, mas não tem jeito. Volta e meia um acontecimento – muitas vezes fatal – nos faz voltar ao assunto das autovistorias prediais. Previstas por lei, elas ainda são negligenciadas e vidas são perdidas em meio ao pó do descaso. A Lei nº 6.400 (5 de março de 2013) determina a realização periódica de autovistoria nos prédios públicos, residenciais, comerciais etc. e cria o Laudo Técnico de Vistoria Predial (LTVP) no estado do Rio de Janeiro.

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A queda do Edifício Andrea, recentemente, em Fortaleza, ligou o alerta para muita gente que antes não achava que prédios fora de comunidades pudessem desabar. Não que isso não tenha acontecido antes, quem não se lembra do Palace II, na Barra da Tijuca? No Andrea, a perícia ainda não foi concluída. O fato é que a tragédia matou nove pessoas e sete foram resgatadas com vida. A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), por meio do Núcleo de Perícia e Engenharia Legal e Meio Ambiente (Nupelm), revelou que “ainda não é possível estabelecer um prazo para a conclusão do laudo”, que deve apontar os motivos da queda. A edificação tinha sete andares e desabou no dia 15 de outubro de 2019. O prédio, onde residiam 11 famílias, tinha começado a passar por reparos estruturais um dia antes da queda, segundo moradores relataram em depoimento à Polícia Civil. Um sobrevivente, inclusive, disse que a construção teria chacoalhado três vezes antes de cair. Já o Palace II começou muito mal, não tinha nem habite-se. Foi erigido pela construtora Sersan, de Sérgio Naya, em 1990, e desabou em 1998, matando oito pessoas. A estrutura de um prédio não é brincadeira, pelo contrário, é coisa muito séria e deve ser encarada como tal por síndicos, moradores e empresas de engenharia. O síndico deve estar mais atento do que todos, pois ele é o responsável legal pelo condomínio – qualquer negligência de sua parte pode acarretar até responsabilidade criminal para ele.

Já a empresa de engenharia deve cumprir sua missão de deixar o prédio seguro, qualquer que seja a questão que o envolva. E por que moradores devem levar a sério? Simplesmente porque, muitas vezes, não querem dar o aval para se investir em reformas dispendiosas e não dão seu parecer favorável na hora de aprovar um orçamento em assembleia. A síndica Clarisse Motta está à frente do Condomínio do Edifício Barbacena, localizado na zona sul do Rio, que é composto por 96 unidades e tem cerca de 300 moradores. Poucas síndicas são tão dedicadas e atentas como ela, que faz questão de verificar pessoalmente cada detalhe do Barbacena. Sua maior aliada ali, além da subsíndica Marília Barreiros, é a CIPA, que oferece todo o suporte necessário para uma boa administração. Clarisse passou por uma experiência recente que envolveu reforma de pilares e nos conta: “Iniciamos um reparo no playground com uma empresa muito séria, a SCM Engenharia, que logo apontou que havia algo errado num pilar. Como a obra era para impermeabilizar a laje, o contrapiso estava sendo todo removido. Entretanto, ao tirar a parte junto ao pilar, foi detectado que ele estava comprometido”, lembra ela, que acionou rapidamente o engenheiro civil André Bokel, que acompanha o prédio e sempre fica à frente das autovistorias do Barbacena. André Bokel, como ele mesmo diz, é o “clínico geral” da edificação. Segundo ele, a entrada de umidade no concreto, que geralmente se dá por pequenas fissuras ou mesmo rachaduras, pode

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A síndica do Condomínio do Edifício Barbacena, Clarisse Motta, e sua maior aliada, a subsíndica Marília Barreiros. Ambas contam com a CIPA para todo o suporte necessário a uma boa administração

enferrujar e oxidar o aço. Daí ele se expande e rompe o concreto, o que pode comprometer a estrutura do prédio. “É preciso estar atento e sempre observar pilares, vigas e lajes. Eles têm que estar bem conservados”, alerta ele, explicando que em nenhum momento o Barbacena esteve em risco de desabar. “Nós detectamos o início de uma deterioração e agimos rápido. Chamei o especialista para esse tipo de caso, o engenheiro calculista Leonardo César.” Leonardo César verificou todos os pilares do Barbacena e atestou a necessidade de uma restauração maior em dois deles; os outros cinco receberiam uma manutenção menos incisiva. Laudo pronto, restava à síndica pedir orçamentos a empresas especializadas no serviço. Não foi fácil, afinal, a obra não seria algo barato, e nem sempre os moradores percebem sua real necessidade. Clarisse lembra que, em seguida, o prédio de Fortaleza desabou. “Foi um choque para todos. Embora nossa situação não tivesse absolutamente nada a ver com o que ocorreu lá, certamente, muitos moradores que estavam relutantes em aprovar uma obra desse porte mudaram a forma de pensar rapidamente”, recorda ela. 10

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Orçamento aprovado, lá estava nosso clínico geral acompanhando tudo, dia após dia, orientando e verificando todos os passos da obra. “Eu ajudo o síndico a fazer um contrato seguro e fiscalizo a obra até o final. É importante que nada seja negligenciado, pois um erro que envolva estrutura pode ceifar muitas vidas”, avalia ele, lembrando que no Barbacena não houve afundamento do imóvel, o que poderia indicar desestabilização do solo ou mesmo problemas na fundação. “Quando, num prédio, as portas passam a não fechar ou rachaduras aparecem nas paredes de alvenaria estrutural pode ser sinal de perigo”, avisa.

Manutenção de revestimento A manutenção dos revestimentos das fachadas e a pintura devem estar sempre em dia, pois contribui para minimizar a entrada de umidade nas estruturas da edificação. A Modal Construções, empresa especializada em manutenção predial e fundada em 1992, oferece serviço como impermeabilização, recuperação estrutural, restauração de fachadas e telhados, além de realizar a autovistoria


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propriamente dita. A empresa está apta a executar todo o conjunto de intervenções que visam ao restabelecimento total de uma edificação, em prol da segurança e da valorização das edificações. O diretor da Modal, o engenheiro civil Wagner Montoro Jr., diz que “vigas e pilares, em conjunto com lajes, sapatas e outros itens, fazem parte dos elementos que compõem os projetos estruturais das construções, sendo responsáveis pelo suporte delas. Por isso, alterações nos projetos estruturais devem ser evitadas, uma vez que podem causar graves consequências na estabilidade da edificação. Ademais, obras internas nas unidades do condomínio que possam interferir na estrutura do prédio deverão ser prévia e obrigatoriamente licenciadas e informadas ao responsável pelo prédio, com a identificação do responsável técnico por sua execução. Na autovistoria predial, tais alterações devem ser verificadas”, afirma. É bom tocar nesse assunto, já que algumas empresas contratadas para fazer a autovistoria quinquenal, obrigatória por lei, sequer entram nas unidades autônomas para verificar eventuais alterações na estrutura do prédio. “Sem dúvida, o acesso às unidades torna o laudo técnico mais

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Os pilares do condomínio foram reformados logo nos primeiros sinais de desgaste, por uma equipe comprometida e atenta

abrangente e criterioso, razão pela qual o síndico, sempre que possível, deve buscar a inclusão dessas áreas na hora de fazer a autovistoria”, afirma o diretor da Modal. Em relação ao que não pode deixar de ser vistoriado, Montoro considera que “isso deve ser definido pelo responsável contratado. Ele, como profissional qualificado e legalmente habilitado, saberá definir o que terá de vistoriar para atestar as condições da edificação no que diz respeito à conservação, estabilidade e segurança”, finaliza ele, que costuma praticar preços acessíveis e parcelamentos em até 24 meses, de forma a causar o menor impacto possível no fluxo de caixa dos recursos dos condomínios. José Carneiro de Vasconcelos Neto, engenheiro civil responsável pela Eldorado Engenharia e Construções, empresa com mais de 50

anos de experiência em construção civil em geral e que executa serviços como recuperação e pintura; troca de pastilhas e revestimentos; impermeabilização; laudos técnicos e recuperação estrutural, entre outras coisas, não acompanhou de perto a queda do prédio em Fortaleza, mas observa: “Até onde sei, por leitura de jornais, a recuperação estrutural do prédio estava sendo feita. Seus executores começaram a melhoria dos pilares todos de uma só vez, sem nenhum escoramento da estrutura do prédio. Meu professor de estrutura dizia que em pilar não se mexe nem com agulha. Os pilares (colunas) são as ‘pernas’ do prédio. Se quebrássemos uma perna, logo iríamos ao chão. A ordem de importância, na estrutura de um prédio, é, além das fundações, pilar, viga e laje. No caso específico, deveriam


Vivien Bezerra de Mello

A sequência de fotos mostra a evolução do serviço de recuperação de um pilar no Condomínio Barbacena

ter escorado todo o local de trabalho, feito cada recuperação por vez, e, somente após o término, retirado o escoramento, pois, em algumas fotos de jornal, os pilares estavam com sua seção comprometida.”. Para evitar problemas de grandes proporções, o engenheiro recomenda: “É preciso fazer, com frequência, vistorias para detecção de anomalias

e prevenção ou conserto do que estiver com problemas existentes ou em vias de acontecer. Há danos visíveis a olho nu, outros são sorrateiros e escondidos – como vazamentos de caixas de esgoto e águas pluviais –, que, às vezes, apresentam carreamento dos materiais finos (como areia), descalçamento dos alicerces (as fundações) do prédio e despren-

dimento de revestimento de fachadas, que podem causar sérios acidentes, inclusive a morte de pessoas, como tem acontecido comumente. No caso das estruturas, elas vão se mostrando, sobretudo, por meio dos descascamentos do revestimento e do aparecimento das ferragens. Esse descascamento se dá pela oxidação do ferro, que, ao descamar, começa

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a expulsar o revestimento em volta dele que, consequentemente, entra em contato com o ar e a água, aumentando, assim, sua oxidação e perda de seção (bitola do ferro).”. Para o engenheiro da Modal, a autovistoria pode ser comparada com uma ida ao médico: “É como fazer um check-up. É preciso verificar coração, pulmões, fígado etc. O profissional que executa uma autovistoria tem que analisar tudo no prédio, inclusive, as partes dinâmicas (elétrica, hidráulica, itens de prevenção de incêndio) e, principalmente, a estrutural. Alerto que, para isso, o profissional tem que ser atuante, isto é, tem que exercer a profissão, para ter conhecimento do que faz e como faz. Lamentavelmente, alguns profissionais leem a literatura existente e a colocam nos laudos, o que não é suficiente. É como um cirurgião que nunca fez uma cirurgia. Aproveito para relatar um fato curioso. Meu pai, além de engenheiro, era fazendeiro e possuía algumas fazendas. Um dia, uma vaca de pedigree foi picada por uma cobra e estava convalescendo. Como ela estava prenhe, resolvemos tentar salvar o bezerro. Quando o veterinário que nos foi indicado abriu o animal, ficou muito surpreso e disse que a vaca não estava prenhe, pois não estava vendo o bezerro, que estava escon-

dido atrás das vísceras e dos órgãos do animal. O vaqueiro, acostumado a ver aquilo, afastou os órgãos e pegou o bezerro, o que causou um grande espanto no dito veterinário, que, na realidade, nunca tinha visto um animal por dentro”, compara. Vasconcelos já passou por situações inusitadas ao alertar síndicos sobre problemas iminentes e que precisavam de solução imediata em seus condomínios. “Alguns acham que você está querendo criar serviço onde não há necessidade. Na maioria das vezes, os síndicos acatam, mas alguns ficam em dúvida porque foram orientados por maus profissionais que querem arrumar serviço ou desconhecem o problema”, diz ele, afirmando que “além de tudo, em vários condomínios, existe um morador que é engenheiro, para confundir ainda mais a cabeça dos condôminos”, o que acaba por acarretar mais dúvidas do que acertos. O diretor da Eldorado finaliza aconselhando os síndicos que precisam de algum serviço de engenharia: “Procurem empresas/profissionais gabaritados, pois engenharia é uma ciência exata, e não admite achismos, ou é, ou não é. E digo mais, muitas vezes, o muito barato pode sair caro, por isso, é recomendável, ao fazer a concorrência, dar uma olhada na média dos preços, pois não existe milagre.”.

A Lei nº 6.400 (5 de março de 2013) determina a realização periódica de autovistoria nos prédios públicos, residenciais, comerciais etc. e cria o Laudo Técnico de Vistoria Predial (LTVP) no estado do Rio de Janeiro. Edificações com vistoria obrigatória: • edificações com três ou mais pavimentos; • edificações com área igual ou superior a mil metros quadrados; • fachadas com marquise ou varanda projetadas no passeio público. A periodicidade em que essas vistorias devem ser realizadas: • decenal para as edificações com menos de 25 anos; • quinquenal para as edificações com mais de 25 anos; • as edificações com menos de cinco anos ainda estão com a garantia do incorporador/construtor.

Serviço Eldorado Engenharia

Tel.: (21) 2262-6073 www.eldoradoengenharia.com.br Modal Predial

Tels.: (21) 2549-8014/2236-7392 www.modalpredial.com.br

Bokel Engenharia

Tel.: (21) 99998-7700 www.bokelengenharia.com.br

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Condomínio | Por Leticia Rio Branco

Em busca da beleza Síndicos investem em decoração e paisagismo para tornar seus condomínios mais bonitos e agradáveis de morar Não é de hoje que os condomínios investem cada vez mais em embelezamento. Seja nos jardins, nas portarias ou até mesmo nos corredores, os síndicos saem em busca de novidades para deixar as áreas comuns – cobertas ou descobertas – mais belas e funcionais para seus moradores. E, vamos combinar: quem não gosta de um ambiente bonito e bem decorado? Especializada em decorar os mais variados condomínios, Alessandra Busto, diretora comercial da Organne Vasos Decor, uma da maiores importadoras de vasos vietnamitas do Brasil e que possui um showroom de 300 metros quadrados num dos principais 16

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shoppings cariocas, o CasaShopping, na zona oeste do Rio de Janeiro, diz o que o síndico deve levar em consideração na hora de deixar o condomínio mais agradável para os olhos de quem o vê. “O hall de entrada merece destaque, com certeza, pois é o cartão de visita do condomínio. Para isso, indico vasos imponentes e um mobiliário que se faça presente. Sem contar que uma iluminação adequada e plantas que ornem com o ambiente em questão são fundamentais para dar bossa ao local”, ensina. Pedro Barros, síndico do Condomínio Joia da Barra, que possui 20 anos e fica localizado na zona oeste, aposta em portarias com


mobiliário com direito a poltronas de vime, quadros, espelhos, orquídeas e até mesmo piso cerâmico, além de jardinagem nos blocos e no pátio. “Uma decoração valoriza muito o condomínio, auxiliando ainda mais na limpeza, organização e conservação de todos os ambientes”, explica ele, que acaba por usá-la nos mais diversos locais divididos entre os cinco blocos: brinquedoteca, espaço teen, quadra de esporte, parquinho, churrasqueiras, salões de festa, salão gourmet, bar, piscina, sala de leitura, academia, salão de beleza, sauna e até no home office, que ainda está em implantação. Síndico do Condomínio Liberty Place, Vander Botelho também investe na decoração para que seu prédio seja notado no quesito beleza. “Aqui temos jardinagem na área externa, halls sociais bem iluminados e com estofados, plantas e quadros, corredores limpos e bem cuidados, lixeiras limpas, além de garagem bem iluminada. Trabalho eventualmente com um arquiteto e tenho uma paisagista contratada. Busco identificar os bons profissionais do ramo e dou a eles total apoio”, explica ele, que está à frente do residencial com serviços que possui 252 apartamentos, dois andares e 40 funcionários, situado na zona sul. Outro ponto que deve estar na mira dos síndicos é o paisagismo. De acordo com Alessandra, investir num ambiente verde é saudável para os moradores, além de ser politicamente correto. “O paisagismo virou, hoje, sinônimo de qualidade de vida. Portanto, o verde nesses locais proporciona acolhimento, contribuindo para o bem-estar das pessoas que vivem e frequentam o condomínio”, diz ela, atentando para a importância da escolha de um paisagista experiente. “Existem plantas ideais para cada ambiente, e isso depende, sobretudo, de condições que

Pedro Barros, síndico do Joia da Barra, aposta na decoração para dar mais beleza ao condomínio que comanda, na zona oeste

somente um especialista pode avaliar. A quantidade de luz recebida no local, por exemplo, é um dos principais fatores que determinam qual planta se adapta melhor”, completa. Pedro investe em jardinagem e pintura temática em seu condomínio. “Usamos material e mão de obra externa pontual, excluindo mão de obra fixa, como jardineiros, auxiliares de limpeza, porteiros, brigadistas e operadores de estação de tratamento de esgoto”, afirma.

Menos é sempre mais: como evitar o exagero na hora de decorar o condomínio Por outro lado, exageros devem ser limados na hora de decorar o condomínio. A diretora comercial da Organne Vasos Decor alerta: “Menos é sempre mais. Um condomínio deve manter a leveza até mesmo na hora da decoração, pois a presença de muitos objetos causa desconforto visual. Por isso, é essencial que

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Condomínio | Em busca da beleza

O síndico do Condomínio Liberty Place, Vander Botelho, investe na decoração para que seu prédio seja notado no quesito beleza

se contrate um bom profissional da área que poderá atender o síndico – dentro do planejamento financeiro previsto – no sentido de aliar a decoração ao objetivo dos condôminos e buscar, sempre, investir no mobiliário, nos jardins e na ornamentação para trazer harmonia ao ambiente”, avalia Alessandra, adiantando que as principais tendências são as cores Atlantis e Blow Clay, além da decoração sustentável e da valorização da beleza do imperfeito. Mesmo assim existe um assunto polêmico: e quando o morador doa objetos para a decoração? “Acredito que o condomínio deve ter regras referentes a doações”, opina Alessandra, enquanto o síndico do Joia da Barra, que cuida pessoalmente da decoração pelo fato de ter experiência em gestão de facilities e escolhe empresas prestadoras de serviço através de cotações, revela que existem regras que impõem limites aos moradores. “Eles não colocam nada na área comum sem a permissão e o conhecimento da administração”, explica ele, que

comanda um condomínio grande, com 488 apartamentos. De acordo com Vander Botelho, o tema exige cautela. “Não dá para encher o depósito de tralha, o que pode oferecer risco de incêndio, provocar o aparecimento de ratos, insetos e baratas. Aqui, no Liberty, tenho esvaziado tudo e converso com os acumuladores, sempre cobrando limpeza e higiene, já que isso está muito ligado à segurança de todos. Um ambiente de trabalho limpo e bem iluminado faz uma grande diferença, inclusive na produtividade”, opina. Pedro ressalta, ainda, que o principal risco da decoração é perder o controle rígido da conservação, colocando a segurança de moradores e funcionários em risco. “Cuidamos para que o foco na segurança seja total, já que sou oriundo da vida industrial, que preconiza qualidade total e experiência em implantação de ISO 9001, ISO 14000, ISO 18000 e OSAS 8000, sendo auditado e auditando instalações. O fato é: não existe 99% de segurança ou é 0 ou 100%. Por isso, tudo é con

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Condomínio | Em busca da beleza

O síndico Vander Botelho trabalha eventualmente com um arquiteto, tem uma paisagista contratada e dá a eles total apoio

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trolado por meio do monitoramento das normas da convenção e do regulamento interno. As áreas demarcadas com extintores não podem ficar obstruídas, por exemplo”, explica ele, que conta com brigadistas 24 horas por dia especialistas no gerenciamento operacional do condomínio para prestar socorro em caso de emergência. “Tem que ter experiência em gestão, senão o condomínio vira uma quitanda mal controlada. Menos às vezes pode ser mais, só não pode é perder a qualidade”, observa. Vander Botelho alerta também para a existência de objetos de decoração em locais que podem colocar em risco a vida de moradores e funcionários. “O ideal é investir, sempre, em conscientização e treinamento em segurança. Por isso, os funcionários são constantemente alertados

e até capacitados”, adianta ele, que pretende inserir, em breve, uma ferramenta chamada de Diálogo Diário de Segurança (DDS), em que os líderes, no início do dia, reúnem o pessoal para uma conversa de cinco a dez minutos que fala sobre os riscos aos quais todos estão expostos. “Converso muito com todos os funcionários e procuro mostrar que nossa imagem deve ser a melhor possível. Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado, incluindo os uniformes que eles usam, é um grande diferencial. É essencial trabalhar em equipe. Todos devem trabalhar como um time de futebol”, finaliza. Serviço Organne Vasos Decor

www.organne.com.br Tel.: (21) 3030 – 2831


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Manutenção | Por Isabela Masi

Bombas Só com uma manutenção preventiva e periódica os condomínios estão livres de preocupação

Paulo Roberto, do Condomínio Red Bali: “O síndico investe em manutenção e em tecnologia para reduzir custos”

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Se tem uma coisa que pode dar muita dor de cabeça para um síndico são as bombas que existem nos condomínios. Um pequeno defeito e, de repente, todos os moradores podem ficar sem água. Ou pior, em um momento de emergência, como em uma tempestade que cause enchentes, se as bombas não estiverem a todo vapor, os prejuízos podem ser enormes. Então, se você é síndico e quer dormir tranquilo, veja algumas dicas de como manter seu condomínio seguro.


A palavra-chave para quase todos os problemas relacionados com bombas é manutenção. “Com uma boa manutenção, uma bomba pode durar até 20 anos. Além disso, um contrato mensal não é muito caro e é um conforto para o síndico. A mensalidade pode incluir, por exemplo, a conservação dos equipamentos, um plantão de 24 horas, inclusive domingos e feriados, a troca de peças ou o empréstimo de equipamentos por até 30 dias. Se uma bomba pifa no ano-novo, no carnaval ou em qualquer outro dia de festa, o pagamento de um serviço em regime de urgência vai ser muito caro e o prestador de serviço pode ter a procedência duvidosa. Por isso, a opção pelo contrato é um conforto para o síndico e para os moradores”, explica o diretor da empresa Rei das Bombas, Eduardo Pinho.

Dentro de um único condomínio interagem, no mínimo, três tipos de bomba. Bombas de recalque, para o abastecimento de água; bombas submersíveis, para esgotamento e drenagem; e bombas centrífugas, para o sistema de combate a incêndio. Se o prédio tiver piscina, aí também precisa ter bomba autoaspirante. “Os maiores condomínios acrescentam sistemas como Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), reúso de água, irrigação e pressurização. O importante para o síndico é saber a função de cada uma e suas particularidades. Assim, entenderá melhor os cuidados e as medidas preventivas para a manutenção de todo o sistema”, afirma Cláudio Carvalho, diretor de Operações da empresa Hidroluz. Para Cláudio, “a manutenção preventiva, por meio de inspeção

periódica, bem como a execução dos reparos necessários, são fundamentais para prevenir interrupções nos sistemas, pois a maioria dos problemas é causada por falha dos componentes relacionados, quando ocorrem entrada de ar no sistema hidráulico, falhas elétricas e rompi-

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Manutenção | Bombas

mentos, entre outros defeitos”. Segundo ele, além da conservação, as bombas de abastecimento, esgotamento e pressurização precisam ter uma bomba reserva, pois se o sistema parar pode haver falta d’água ou inundações. Paulo Roberto é síndico há quatro anos e meio do Condomínio Red Bali, que fica na zona oeste do Rio de Janeiro. No local, circulam cerca de mil pessoas diariamente. Segundo ele, um problema de falta d’água, ainda mais no verão, poderia causar “uma guerra” no condomínio. Para que isso não aconteça, ele tem um contrato com uma empresa que realiza manutenção periódica e conserto do equipamento e também possui bombas reservas. “Com o contrato, muitas vezes, as bombas são revisadas antes mesmo de apresentarem algum problema e os moradores

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não são incomodados. A gente não faz exame preventivo para cuidar da saúde? Com o condomínio é a mesma coisa. É como um corpo humano. Para não ficar na mão, tem que cuidar. As bombas são como o coração pulsando dentro do condomínio, levando água para todos os apartamentos”, afirma. É importante lembrar, portanto, que algumas máquinas trabalham o

dia inteiro no condomínio, como as bombas de recalque. Em contrapartida, outras raramente são usadas, como as bombas de incêndio. Por essa razão, a conservação mensal é importante também para prevenir a quebra do equipamento. As empresas especializadas fazem medição do nível de ruído; avaliação da corrente do motor elétrico; verificação das válvulas; medição de amperagem, voltagem e temperatura; teste no sistema automático (que é o responsável por ligar e desligar as bombas) etc. O condomínio administrado por Paulo Roberto, por exemplo, tem 280 apartamentos e conta com duas bombas de abastecimento, uma usada como reserva da outra. Mas o síndico conta que, mesmo com o orçamento justo, pensa em comprar uma terceira bomba de


recalque para ser a reserva das outras duas, garantindo que não haja nenhuma surpresa desagradável para os moradores. No condomínio, funcionam duas piscinas de adulto e uma infantil. São de quatro a seis bombas para atender só a demanda das piscinas e uma sala de comando controlando o funcionamento. Para Paulo Roberto, o desafio do síndico é economizar nos gastos, mas prestar um ótimo serviço para quem vive no prédio. Nesse ponto, tanto Eduardo como Cláudio concordam que trabalhar com equipamentos dimensionados adequadamente para o sistema e também utilizar novos dispositivos gera economia. Mas o outro ponto muito importante é a conscientização dos moradores em tentar economizar água. O menor consumo significa que as bombas também vão trabalhar menos, proporcionando economia de energia de forma indireta. As novas tecnologias também ajudam na redução de gastos. A automação está, a cada dia, mais presente no maquinário de bombeamento. De acordo com Cláudio, da Hidroluz, “os sistemas possuem regulagens de partida e desligamento bem mais suaves, que proporcionam aumento da vida útil dos itens. Além disso, programar o equipamento para trabalhar somente

Hidroluz: “Contratar uma empresa especializada é fundamental para o funcionamento do sistema”

para atender a demanda necessária proporciona uma economia tanto de energia quanto da máquina, pois não utiliza a potência total do motor em todos os momentos.”. Paulo Roberto tem um medidor digital na recepção do condomínio, por meio do qual ele pode acompanhar, on-line, todas as informações sobre a água que entra nas duas cisternas. O monitor digital vai acompanhando a entrada e a saída da água e tem um alarme que toca direto no celular e avisa quando a água está abaixo do nível. Assim, ele nunca é pego de surpresa.

E se faltar luz?! Mas mesmo com toda a modernidade e tecnologia, o maior problema para o uso desse sistema de bombas ainda é a falta de luz. Se o condomínio tiver um gerador, as bombas funcionam normalmente. Mas se não tiver, o recomendado pelos especialistas é aguardar o retorno da energia elétrica para retomar o funcionamento das máquinas, já que os componentes elétricos voltam a funcionar automaticamente. Se houver qualquer problema nessa volta, é necessário

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Manutenção | Bombas

chamar uma empresa especializada. O importante é não mexer para evitar acidentes. Portanto, as empresas habilitadas oferecem uma gama de serviço variada. O importante é cada síndico saber das necessidades do condomínio que administra e contratar uma empresa que as atenda. O diretor da Hidroluz explica que o essencial é “ver se a empresa escolhida dá conta das urgências do condomínio. Depois, vale checar a capacitação e o histórico de atendimento e as soluções realizadas por ela e, em seguida, conhecer como procede cada suporte. Mas, acima de tudo, o fundamental é o administrador entender a importância da manutenção dos sistemas, seus riscos e benefícios para todos”, completa.

Quais as funções dos diversos tipos de bomba e para que servem Bomba de recalque – basicamente é usada para levar água limpa aos moradores. Pode ser usada para puxar a água do reservatório inferior para abastecer a caixa d’água, que fica no topo do prédio. Ou, em construções mais recentes, o sistema de abastecimento é pressurizado, de baixo para cima, diretamente para as unidades, não possuindo mais o reservatório superior. Bomba de drenagem de água – drena a água limpa, removendo o líquido acumulado inadequadamente em algum lugar do prédio. Equipamento essencial para condomínios que enfrentam problemas com inundação no subsolo. Bomba de drenagem de água servida – tem as mesmas características das bombas de dre26

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Rei das Bombas: “Com o serviço de conservação mensal, as bombas podem durar muito mais tempo”

nagem de água limpa, porém, permite o escoamento de águas sujas que estejam acompanhadas de resíduos sólidos. Bomba de incêndio – sistema pressurizado que liga automaticamente em caso da abertura de um hidrante ou sprinkler. A bomba de incêndio deve funcionar de maneira independente em relação à rede elétrica geral do prédio. Bomba de pressurização – é responsável por garantir o aumento da pressão da água nos apartamentos, principalmente nas coberturas e últimas unidades. Bomba de piscina – é usada no tratamento da água da piscina. Ela faz a água circular o tempo inteiro, o que reduz o acúmulo de bactérias e outras impurezas. Também é utilizada para alimentar pontos de lazer e decoração do condomínio, como cascatas e chafarizes. Serviço Rei das Bombas

Tel.: (21) 2560-0707 www.reidasbombas.com Hidroluz

Tel.: (21) 2199-9999 www.hidroluz.com.br


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| Sustentabilidade

Preços de carros elétricos chineses prometem arrasar na Europa A Aiways é a primeira fabricante chinesa de veículos elétricos autorizada a vender seus modelos na Europa e vai garantir preços competitivos: seu SUV elétrico midsize, o Aiways U5, vem pela metade do valor dos concorrentes. Na China, as vendas do Aiways U5 dispararam no final de 2019. E o modelo entrou para o livro dos recordes, pois foi o primeiro veículo 100% elétrico de marca chinesa comercializado na Europa. A Aiways tem três anos de vida e é uma startup que nasceu em Xangai e obteve, pela TÜV Rheinland, a cer-

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tificação necessária para comercializar seu SUV U5 em qualquer parte da União Europeia. Esse modelo vem, assim, rivalizar com o Kia e-Niro e o Hyundai Kauai e, para isso, passou no ECWVTA, o teste de aprovações para a Comunidade Europeia de veículos elétricos. Isso significa que as autoridades competentes consideram que esse SUV cumpre com todas as normas e requisitos legais em matéria de segurança e ambiente, sendo assim passível de ser comercializado na Europa. Será maior que os modelos atuais comercializados lá e custa a metade do preço.

Carro elétrico chinês: o trajeto da Aiways Alex Klose, vice-presidente de Operações no Exterior e Estratégia de Produto da Aiways, surpreendeu ao dizer que, inicialmente, nem era esse o objetivo, mas que eles não podiam ignorar a oportunidade de comercializar seu SUV 100% elétrico a preços acessíveis e livres das restrições dos fabricantes europeus. Os motivos não se prenderam apenas à vontade de responder à procura europeia de veículos elétricos mais baratos, mas, sim, por


to) – e 1.880 mm de largura e 1.680 mm de altura. O preço base tem avançado nos mercados internacionais de cerca de 25.000 €, ou seja, não é apenas uma ameaça aos concorrentes de veículos elétricos, também compete com os combustíveis convencionais.

Quanto vai custar o Aiways U5?

Outras características do Aiways U5

Tendo como base os atuais veículos elétricos, o Aiways U5 tem como rivais o Hyundai Kauai Electric e o Kia e-Niro, mas pretende atacar o segmento de mercado com preços baixos e boa relação qualidade-preço. O modelo é maior que a concorrência: possui 4.680mm de comprimento contra 4.375mm do e-Niro e 4.180 do Kauai – é maior que um Audi Q5 (4.663mm de comprimen-

Possui autonomia de 460km, que podem chegar a 560km se forem alugados módulos de baterias adicionais (não se sabe qual o protocolo de medição usado). No site da empresa, fala-se de 503km, o que corresponde a menos de 400km com o ciclo NEDC. Mas ainda assim estamos falando de um elétrico com boa autonomia, mesmo se no ciclo WLTP tiver autonomia superior a 320km –

freeimages/Maira Kouvara

compensar, fora do país, a queda das vendas no mercado doméstico. É que, no último ano, as vendas na China caíram muito por causa dos cortes dos benefícios pela aquisição de veículos elétricos e, assim, a aposta no mercado europeu foi vista com bons olhos.

se comparar com o novo Zoe, que custa 32.000 € e tem autonomia de 313km no ciclo WLPT, motor 110 CV e bateria limitada a 41kWh. O U5 tem uma bateria de 65kWh de capacidade e densidade de 181Wh/kg, podendo carregar em apenas 27 minutos entre 30% e 80% de sua capacidade com um carregador rápido de 50kW DC. O motor desse elétrico gera uma potência máxima de 125kW (170CV) nas rodas da frente, mas a Autocar diz que tem 190CV, coincidindo com o binário de 315NM. Fonte: Portal energias renováveis.

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Cipa Solidária | Por Stella Maris C. Mendonça smarismendonca@gmail.com

Lacre Solidário e Rodando com Tampinhas: ecologia & solidariedade No ano novo, esta coluna, a “Cipa Solidária”, segue sua missão de fomentar ajuda ao próximo divulgando ações, ONGs e projetos que promovem o crescimento da sociedade e a busca de soluções para problemas importantes. Portanto, se você, leitor(a), quiser propor uma pauta, escreva para o e-mail da coluna e consideraremos, com carinho, sua ideia. Hoje vamos falar de gente que trabalha de forma sustentável e ainda doa cadeira de rodas. Entrevistamos o administrador Maiko Pedroso Arpino (no voluntariado é chamado de tio Maiko), responsável por diversas iniciativas na Casa de Padre Pio e pelo projeto Lacre Solidário, que coleta e recicla tampas plásticas e lacres de latinhas, para adquirir cadeiras de rodas. Maiko criou uma página no Facebook (www.facebook.com/TioMaikoHumorEspiritualidadeVoluntariado) para “falar de voluntariado e espiritualidade com humor, não necessariamente nessa ordem. Vamos dar sugestões de trabalhos voluntários, atividades e eventos beneficentes, assuntos de ordem espiritualista, entre muitos outros assuntos. Tudo com leveza e carinho”. Síndicos, condôminos e colaboradores! Esperamos que a matéria os inspire a entrar nessa roda! 30

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Condomínio etc. – Maiko, por favor, fale sobre seus projetos sociais e sobre o Lacre Solidário. Maiko Arpino – Na Casa de Padre Pio, mensalmente, atendemos cerca de cem famílias, muitas delas com necessidades especiais, e lhes oferecemos cestas básicas, medicamentos, leites especiais e vestuário, entre outros benefícios. O projeto Lacre Solidário, que já acontece em várias instituições e que teve início nessa casa em 2019, nos permite reciclar e ainda atender os pedidos recorrentes de cadeiras de rodas. Soube dessa ação nas redes sociais e decidi desenvolvê-la também. Faço todo o processo – dos lacres às cadeiras, inclusive, definindo as pessoas elegíveis para recebê-las. Cetc. – Como é o passo a passo da coleta de tampinhas e lacres? MA – Fazemos campanha em nossas redes sociais e recebemos os itens na Casa de Padre Pio (Rua Assunção, 297, Botafogo), de segunda a quinta, das 9h às 20h, e sextas, das 9h às 13h. Muitos frequentadores também fazem campanhas em suas empresas e condomínios para sensibilizar vizinhos e colaboradores. As pessoas que conhecem meu trabalho em diversas instituições juntam tampinhas


plásticas e lacres e os levam à Casa de Padre Pio, onde são armazenados até termos uma boa quantidade, isto é, cerca de 100kg. Não separamos tampinhas por cor ou tipo. Depois, levo tudo para o ferro-velho e postos de reciclagem, onde são convertidos em dinheiro para adquirirmos as cadeiras de rodas. Conseguimos cerca de R$ 4 pelo quilo de lacre e R$ 0,50 o quilo do plástico duro. Por isso, a preferência pelo lacre. Cetc. – O trabalho se dá apenas na cidade do Rio de Janeiro ou já se espalhou pela Baixada e pelo interior? MA – Nosso foco é a cidade do Rio de Janeiro. Cetc. – Qual a quantidade de material coletado mensalmente? MA – De 5 a 10kg de lacres e 10 a 20kg de tampas plásticas. Cetc. – Quantas cadeiras de rodas foram geradas pela reciclagem desses itens? MA – Duas cadeiras. E conseguimos diminuir bastante o tempo de espera por elas! Cetc. – Como é a evolução da atitude das pessoas que doam as tampas e os lacres? Sentiu aumento de consciência desde que começou a se dedicar ao projeto?

MA – Há pessoas bem engajadas, cuja atitude e exemplo são referência para outras pessoas. Ou seja, muita gente, por extensão, acaba ficando mais atenta ao que pode reciclar, reutilizar e reaproveitar. Em alguns casos, essa consciência se mostra mais desperta; em outros, há o comprometimento e a solidariedade com a causa da Casa de Padre Pio. Cada ser humano que entra nessa campanha tem motivação e entusiasmo próprios, mas, com cer-

teza, todos estão preocupados com a qualidade de vida e a consciência ambiental do mundo em que vivemos ou sobrevivemos. Vale visitar a página oficial da Casa de Padre Pio no Facebook (www.facebook. com/CasaDePadrePio/) e no Instagram (@Casa de Padre Pio) e as ações do tio Maiko no @tiomaikocastro.

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| Cipa Solidária

Rodando com Tampinhas: outro projeto solidário

Em 10 meses, o projeto Rodando com Tampinhas coletou 40 toneladas, ou seja, 20 milhões de tampinhas plásticas em todo o estado do Rio, já que a ideia se espalhou por muitas cidades. A venda para a reciclagem permite a compra de cadeiras de rodas para pessoas carentes que aguardam na fila da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Uma prova de solidariedade da qual muita gente duvida, mas que persiste e está viva nesta cidade e estado maravilhosos. Por aliar o cuidado com o meio ambiente ao desejo de ajudar o próximo – e sem exigir quase nada de quem participa, apenas que guarde tampinhas –, o projeto conquistou os corações. O primeiro aliado foi o Padre Omar, da Paróquia São 32

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José, da Lagoa. Ele permitiu, desde o início, que as tampinhas doadas ficassem na igreja como ponto central da coleta. A fila por uma cadeira de rodas só aumenta, pois não é preciso ser paciente da ABBR para se candidatar. Porém, apesar de a fila crescer em número, já caiu o tempo de espera. A fila é grande, mas anda. Solidariedade gera solidariedade! Muita gente fina resolveu doar diretamente as cadeiras. Que essa energia se expanda. Amém! Os pontos de coleta estão listados na página do Rodando com Tampinhas. Segue o link: www.instagram.com/ rodandocomtampinhas/.


| Atualidade

Síndico isento de condomínio não deve pagar Imposto de Renda sobre valor, diz STJ A Receita Federal não poderá cobrar Imposto de Renda (IR) de síndicos que têm isenção da taxa de condomínio. Esse foi o entendimento da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 5 de dezembro, por unanimidade. A discussão foi motivada pelo pedido de um advogado do Rio de Janeiro, que tentava reverter, na Justiça, a cobrança feita pela Receita Federal. O advogado argumentou que havia aceitado, em 2005, ser síndico do condomínio do prédio de seu escritório em troca de não pagar o condomínio, mas sem receber dinheiro por isso. A Receita Federal, por sua vez, avaliou que houve omissão de renda por ele não ter declarado o valor correspondente à taxa

de condomínio. Por isso, gerou a cobrança do crédito e o notificou. Inicialmente, a Justiça suspendeu a cobrança, mas, depois, decidiu que o advogado deveria pagar taxa sobre o valor do condomínio do qual era isento. O processo chegou, então, ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que compreendeu que, mesmo que a atividade envolva remuneração indireta, é sujeita à tributação do Imposto de Renda. O advogado recorreu ao STJ, afirmando ser um abuso cobrar imposto sobre uma isenção, visto que isso não se enquadra na definição de renda. Os ministros entenderam que, por não se tratar de um valor recebido efetivamente e por não haver aumento de patrimônio, não se pode-

ria cobrar imposto como rendimento tributável. Embora a decisão tenha sido referente a um caso específico, servirá de base para julgamentos futuros de situações semelhantes. A União ainda pode recorrer ao STJ e também ao STF para tentar modificar a decisão, já que esta pode impactar as contas públicas, pois outros síndicos poderão pedir a devolução de impostos cobrados nos últimos cinco anos – prazo máximo determinado por lei. Napoleão Nunes Maia, ministro relator da Primeira Turma do STJ, ratificou que a cota condominial é uma despesa imposta aos condôminos, e sua isenção não pode ser considerada rendimento.

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Condomínio | Por Renata Fernandes

Férias escolares × organização no condomínio Planejamento é a palavra-chave para evitar transtornos nas áreas de lazer As tão esperadas férias chegaram. Para os pequenos moradores dos condomínios, estar longe dos bancos das escolas durante o verão é sinônimo de aproveitar, se divertir, sem preocupação com provas, estudos e horários definidos. As piscinas dos edifícios e bairros fechados costumam ficar cheias nesse período, independentemente do dia da semana, assim como os parquinhos e as demais áreas de lazer. Para os síndicos, é momento de atenção redobrada. Como as instalações são muito utilizadas durante o período das férias escolares, quando chega essa época, já devem ter passado por vistoria e manutenção e ter os reparos feitos. Síndico no Condomínio Le Parc, na zona oeste, há oito anos, Pedro Cantisano garante que a receita para

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uma boa administração está em não limitar o cuidado e a atenção aos meses de verão. Com 766 apartamentos e cerca de 2.500 moradores, o condomínio conta com minigolfe,

quadras de esportes, salões de jogos, brinquedoteca, piscinas e cinco parquinhos. Crianças e adolescentes não faltam nas dependências do bairro planejado. “São muitas crianças lá dentro. Tem dias que tem até engarrafamento de carrinhos de bebê. Com essa estrutura, o planejamento é feito o ano inteiro. Não podemos ficar com um esquema especial só no verão. Temos um trabalho permanente”, conta Cantisano. Durante as férias, as piscinas continuam fechando uma vez por semana, em esquema de revezamento. A diferença é que há um horário de uso estendido, com cerca de cinco horas a mais, e os parquinhos passam por vistorias periódicas. Mesmo assim, o síndico se preocupa com a grande circulação de pessoas, já que os moradores costumam trazer mui-


tos convidados no período. Por isso, há um controle maior da segurança e os guardiões das piscinas têm que ficar mais ligados. O bom relacionamento com moradores e funcionários também ajuda no funcionamento do condomínio. “Como já estou lá há oito anos e tenho uma equipe de funcionários muito boa, nosso relacionamento com as crianças é ótimo. Eles têm um jeito especial de lidar com elas. Já conhecemos os mais afoitos, os mais distraídos... Acredito que, por isso, não temos problemas. Quando acontece alguma coisa errada, são casos muito isolados”, diz. Cantisano tem razão. Os síndicos precisam mesmo prestar atenção à manutenção e estar sempre cuidando das áreas de lazer de edifícios e condomínios. Segundo a advogada Camila dos Santos, especializada em direito civil e direito do consumidor, cabe a ele manter a conservação e a guarda das partes comuns. Ou seja, se houver algum acidente causado por negligência na conservação, o síndico será responsabilizado se a pessoa acidentada quiser levar a questão à Justiça. Camila, porém, deixa claro que a obrigação de cuidar da criança é inteiramente dos pais. O condomínio só deve se responsabilizar se ocorrer algum acidente no espaço comum e, mesmo assim, se for comprovado que não houve manutenção no local.

O síndico Pedro Cantisano, do Le Parc, aposta em manutenção e vistorias constantes

Nessa situação, a ação será contra o condomínio, mas este pode entrar com uma ação contra o síndico. “Toda manutenção do espaço deve ser observada de acordo com as normas técnicas de cada brinquedo. O síndico é responsável pela averiguação da conservação dos brinquedos, visando à segurança das crianças, e só será responsabilizado caso ocorra negligência”, explica. Eliomar Borges, diretor da MK Play Brasil, empresa responsável pela venda de brinquedos, instalação e manutenção de parquinhos,

defende que vistorias e trocas de peças devem ser permanentes. O próprio porteiro ou zelador do condomínio pode se responsabilizar pela função e fazer inspeções periódicas, à procura de rachaduras, parafusos soltos ou peças mal encaixadas. “Hoje em dia, há normas de segurança em playgrounds que estabelecem uma série de obrigações com o parquinho. Não é uma lei, ainda. Mas já há projetos de lei. Se forem aprovados, aí, sim, ocorrerá a obrigação de uma inspeção anual”, afirma o diretor, lembrando que a própria empresa examina os brinquedos, quando acionada, e os troca no caso de estarem fora de condições. A MK Play também fornece consultorias para a montagem dos parquinhos, indicando, por exemplo, a distância ideal entre um brinquedo e outro e a altura em que devem ser instalados. Borges aconselha, ainda, a colocação de placas de sinalização, para mostrar a idade ideal de utilização de cada espaço. Afinal, há os que são especialmente feitos para as crianças pequenas e os desenvolvidos para os grandinhos. “Isso evita acidentes, que os maiores machuquem os bebês, por exemplo”, afirma. Outra opção para entreter os pequenos de forma segura durante o período de recesso é a realização de colônias de férias. Há empresas especializadas em organizar atividades para as crianças dentro de

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| Condomínio

A advogada Camila Santos explica que o síndico pode ser responsabilizado se for negligente

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condomínios e clubes. Este ano, o Condomínio Nova Ipanema, na zona oeste, por exemplo, vai contar com uma colônia organizada pela SQA Esportes. A empresa já é responsável por promover escolinhas esportivas, como de futebol, futevôlei, natação e basquete, no Nova Ipanema e em condomínios de Laranjeiras. Durante o mês de janeiro, eles vão organizar atividades recreativas, esportivas e brincadeiras, nas áreas das quadras, no parquinho e nas piscinas. “Para os pais, é uma tranquilidade saber que os filhos estão próximos de casa e em um local seguro. Além disso, utilizamos espaços do condomínio que nem sempre estão ocupados e ainda promovemos a integração entre os moradores”, afirma Alexandre Tito, professor e coordenador de educação esportiva. A intenção da colônia de férias não

é desenvolver técnicas, mas gastar energia e promover momentos de muita diversão. Para integrar os pequenos moradores e deixar as crianças brincando sob a supervisão de adultos, investir em uma colônia de férias no período do verão pode ser uma boa opção. Mas se o síndico for precavido, isso nem é necessário. Manter as áreas de lazer sempre em bom estado, reforçar a segurança e contar com funcionários e guarda-vidas bem orientados e treinados é pré-requisito básico para tudo dar certo o ano inteiro. O período de verão promete ser de pura diversão! Serviço SQA Esportes

www.sqaesportes.com.br Mk Play Brasil

Tels.: (21) 3117-0004/99076-4969 mkplaybrasil.com.br


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Atualidade | Por Isabela Masi

Condomínios precisam estar preparados para as chuvas de verão Tempestades e raios podem causar sérios transtornos para os moradores Sol a pino, praias lotadas, temperatura lá no alto. O verão é uma das estações mais esperadas pelos cariocas. E também uma das mais temidas. De repente, vem aquele temporal, acompanhado de raios e trovões. Em pouco tempo, ruas alagadas, desabamentos, acidentes e quedas de árvores. O caos completo que o carioca precisa enfrentar toda vez que chove forte na cidade. Nos meses de fevereiro a abril de 2019, quase 20 pessoas morreram em decorrência das chuvas no Rio de Janeiro. Um dado triste e assustador. O poder público, que deveria investir na infraestrutura da cidade, com ações preventivas e contínuas de zeladoria – como operações de limpeza e desobstrução de vias e bueiros –, pouco faz.

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No ambiente privado, do mesmo modo que no público, os temporais não podem pegar os moradores de surpresa. É importante que a manutenção dos condomínios esteja sempre em dia para impedir os transtor-

nos causados pela chuva. Carros flutuando em garagens inundadas, equipamento eletrônico queimado, sujeira, prejuízo e dor de cabeça podem e devem ser evitados. Já é mais do que sabido que o período entre dezembro e meados de abril é o mais chuvoso do ano. Então, é melhor prevenir do que remediar. O síndico precisa estar atento para manter a estrutura do prédio organizada. As redes de água e esgoto, por exemplo, devem estar sempre limpas, para evitar problemas nos apartamentos mais baixos ou na área comum do prédio. Joel Costa é gerente da Desentupidora J. Costa, especializada em diversos tipos de desobstrução, como de colunas de gordura e de água potável, esgoto, tanques e águas plu-


viais, e também em limpeza de fossa. De acordo com ele, “as caixas coletoras inferiores devem ser limpas de seis em seis meses, para dar saúde às bombas e ajudar no escoamento da água. Se isso não for feito, começa a juntar resíduos, o que acaba por entupir ralos e tubulação”. Mas atenção deve ser dada também a outros ambientes do prédio, como o terraço e os elevadores, que também acumulam água. É necessário, inclusive, fazer a limpeza do poço do elevador, revisando se não há infiltração ou água empoçada. Geise Pereira Quinhões, engenheira e responsável técnica da empresa A. Q. Saneamento, afirma que a limpeza também deve ser realizada não só na rede pluvial e de esgoto, mas também na caixa de gordura. “Os equipamentos utilizados são de alta tecnologia e conseguem desobstruir todos os tipos de caixa, manilhas e

tubulação, por meio de sucção a vácuo e jateamento de água, sem danificar as estruturas”, afirma. Valéria Soresini é síndica do Condomínio Viva Lagoa, na zona sul. Responsabilidade e ética são duas palavras fundamentais para ela na administração de um imóvel. “Muitas vezes, vemos condomínios sendo administrados de forma caseira. É importante agir profissionalmente, porque ser síndico é cuidar do coletivo. Então, ao zelar pelo imóvel, estamos preservando a saúde das pessoas.” O Condomínio Viva Lagoa tem dois blocos com 110 apartamentos. Valéria acredita também na eficiência da manutenção periódica. Bombas, redes de água e esgoto e caixa de gordura estão sempre com a assistência em dia. “Na administração de um condomínio, você está afetando a vida de muitas pessoas. O serviço preventivo e a limpeza constante

Marcelo Cumplido: depois de a bomba não funcionar no temporal, o síndico optou por um gerador de energia

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Condomínio | Chuvas de verão

colaboram para que todos tenham uma vida saudável. Além disso, é extremamente necessário para evitar danos materiais e gastos com obras emergenciais.” Outro ponto positivo para quem aposta na prevenção é estar à frente do problema. As empresas especializadas alertam os responsáveis do condomínio quando há algum tipo de dano e aconselham que haja um reparo antes que aconteça um contratempo. A manutenção preventiva também é muito importante para que as pessoas não entrem em contato com água contaminada, que pode causar doenças como erisipela e hepatite. Geise, da A. Q. Saneamento, ressalta, no entanto, que os serviços de manutenção devem estar aliados ao uso consciente dos moradores. “A educação dos condôminos é fundamental para o bom funcionamento do prédio. Não se deve jogar fio dental, absorvente ou cotonete no vaso sanitário, por exemplo. Esses objetos geram entupimento da tubulação. A rede de esgoto foi feita para receber dejetos humanos, não plástico. Outro ponto importante é não jogar alimentos sólidos ou óleo de cozinha direto na pia. No caso da comida, não temos triturador no Brasil e o alimento entope a rede. No caso do óleo, o ideal é separar para não

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O síndico Marcelo Cumplido conta que, apesar de ter uma bomba para drenar a água da garagem subterrânea, faltou luz num fatídico temporal. Agora o condomínio tem também uma bomba que funciona com um gerador e foi instalada uma comporta na garagem

poluir os rios”, explica a engenheira. Redes de água e esgoto sem manutenção também prejudicam o desempenho das bombas dos condomínios, principalmente as usadas para retirar a água acumulada nas áreas subterrâneas. Para os síndicos que têm esse tipo de problema, muitos especialistas recomendam que se instale um sistema de drenagem nesses prédios. “É necessário que o imóvel seja equipado com bombas submersas, filtros de captação e reservatório de água de chuva”, indica Leopoldino Francisco Zimmermann, diretor da Orteb, empresa especia-

lizada em diversos tipos de bomba, motores, barriletes e colunas e também em impermeabilização. A bomba submersível é fabricada com material resistente e precisa trabalhar dentro d’água. No caso das garagens subterrâneas, como é usada raramente, é necessário que o síndico cuide para ela não travar na hora em que realmente precisar acioná-la. O ideal, segundo o especialista, é programar um painel de comando para ativar o equipamento pelo menos uma vez por semana. “Os quadros de comando eletroeletrônicos são fundamentais no dia


a dia de uma edificação, pois permitem automação na utilização de bombas e motores sem a necessidade de comando manual ou manobra de registros”, afirma ele. O síndico Marcelo Cumplido passou por maus bocados nas chuvas de abril do ano passado. De acordo com o Sistema Alerta Rio, a chuva que caiu nos dias 8 e 9 foi a mais volumosa em 22 anos. Os bairros da zona sul foram os mais afetados. A garagem subterrânea do Condomínio Cumplido de Sant´anna, administrado por Marcelo, alagou e os três carros que estavam estacionados tiveram perda total. O apartamento do porteiro, que fica no primeiro andar, também foi inundado. Marcelo estava em dia com a manutenção das redes de água e esgoto e da caixa de gordura. O prédio tinha uma bomba submersível para drenar a água, que funcionava perfeitamente. Mas nesse dia a luz acabou e o equipamento não funcionou. Depois do susto, Marcelo resolveu se precaver ainda mais. O prédio de três andares, com apenas seis apartamentos, passou a ter também um gerador a gasolina e foi instalada uma comporta na garagem. Os raios também preocupam durante os temporais. A responsabilidade pela manutenção dos para-raios, igualmente, é tarefa do síndico. De

A síndica Valéria Soresini acredita que a manutenção preventiva é importante para evitar problemas

acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), no Brasil caem, em média, 78 milhões de raios por ano. No Rio de Janeiro foi registrada, de janeiro a novembro de 2019, a incidência de 370 mil raios. O estado ocupa a 13ª posição no ranking nacional de densidade de raios. Nos últimos nove anos, 45 pessoas morreram atingidas por raios só no Rio. Para evitar uma tragédia, “é fundamental que todos os elementos metálicos da cobertura do condomínio, como tampas de caixas-d’água, porta de metal, antenas de TV e grades de proteção, estejam abaixo do sistema de captação das descargas atmosféricas, para que não façam o papel de captador de descargas”, explica Jefferson Leal, sócio da Hidratec.

Jefferson, da Hidratec, orienta ainda: “Durante as tempestades, deve-se evitar usar o telefone, ficar próximo de tomadas, canos metálicos, janelas e portas metálicas e tocar em qualquer equipamento elétrico ligado à rede elétrica. A implantação e a manutenção dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas SPDA (para-raios) contribuem para a preservação dos equipamentos elétricos que operam na edificação.”. A manutenção também precisa estar em dia e deve ser feita por profissionais especializados. Todos os anos, precisamos aprender a conviver com os temporais de verão e as “águas de março”. O ideal é que os administradores de condomínios residenciais e comerciais estejam atentos para a chegada desse período, cuidando para manter os imóveis seguros para todos. Fonte de dados sobre raios: ELAT/INPE.

Serviço Desentupidora J. Costa

WhatsApp: (21) 96464-4277 Tel.: (21) 2568-1000/3478-1000 www.desentupidorajcosta.com.br A. Q. Saneamento

WhatsApp: (21) 96438-1082 Tel.: (21) 2597-8000 www.aqsanemamento.com.br Orteb

Tels.: (21) 2543-9000/2493-7433 http://www.orteb.com.br/ Hidratec

Tels.: (21) 3161-1943/97968-4393

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| Atualidade

Hospedagem em cápsulas já é realidade em São Paulo Principal incorporadora de referência no segmento de compactos, a Vitacon se inspirou nos hotéis-cápsula do Japão e está oferecendo hospedagem de curta permanência em cabines de dois metros quadrados, nas proximidades da Avenida Faria Lima, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. A proposta do projeto, denominado On Pod, é disponibilizar espaço para demandas de uma hora a até alguns dias. Ainda neste ano, será inaugurada unidade de cápsulas na Avenida Paulista, na região do Paraíso. Segundo Alexandre Frankel, fundador da Vitacon, esse modelo de hospedagem se mostra uma solução para situações específicas. É o caso de quem virou a noite na balada ou no trabalho, mora longe e quer descansar algumas horas. “Pessoas que vêm a São Paulo de última hora são outro exemplo, assim como quem trabalha em uma startup e vai participar de evento no Cubo Itaú, por exemplo, a uma quadra do Pod”, acrescenta o empresário.

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Os preços de locação das cápsulas variam conforme o pacote escolhido, a opção desejada – continuamente ou de forma fracionada – e o período contratado. Um pernoite de 12 horas custa R$ 150. “É um quinto da diária de um hotel da região”, compara Frankel. O custo por 12 horas passa a ser de R$ 300 caso a opção seja por um plano de 12 horas a ser utilizado pouco a pouco, em dias diferentes, por exemplo, por alguém que queira descansar uma hora até que o congestionamento no trânsito da cidade fique menos intenso. Os valores incluem vestiário com chuveiros. Dependendo do pacote escolhido, toalhas são emprestadas ou alugadas. Não há café da manhã, mas alguns produtos estão disponíveis no sistema grab and go, ou seja, a pessoa compra e leva o item para consumir em outro lugar. Sem aquisição de pacote, a contratação da cápsula por uma hora tem o custo de R$ 40. As cápsulas não estão à venda, mas investidores podem participar

do capital desses projetos da Vitacon por meio de sociedades de cotas de participação (SCPs) ou outros produtos financeiros. A incorporadora avalia ter, futuramente, empreendimentos com mix de unidades residenciais para locação e alguns andares destinados ao On Pod. “Temos feito prédios com 600 unidades, e existe sinergia entre os produtos”, conta Frankel, acrescentando que os amigos e familiares dos moradores dos compactos desses projetos poderão ficar nas cápsulas, por exemplo. Nesse modelo de hospedagem de curta permanência, há predominância, entre os moradores dos empreendimentos da Vitacon, de pessoas da faixa etária de 25 a 40 anos, com destaque para as mulheres. A presença de estudantes de 18 a 25 anos e de pessoas com mais de 60 anos vem crescendo, segundo o empresário. Em dez anos de atuação, a incorporadora reduziu a área média das unidades lançadas de 38 metros quadrados para 21 metros quadrados.


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Condomínio | Terceirização

Terceirização é opcional; escolher uma boa empresa é fundamental Muitos condomínios optam pela terceirização de mão de obra e os resultados podem ser muito bons Uma coisa é certa: todo síndico quer mostrar um bom trabalho, mas de preferência sem precisar se estressar com infinitas funções que podem ser muito desgastantes. Justamente por isso a CIPA oferece a seus clientes uma variedade de serviços para que os condomínios escolham o que pode fazer toda a diferença no resultado final. Entre eles estão CIPA Síndica, Gestão Administrativa e Financeira, Gestão Operacional e CIPA Essencial, direcionado para condomínios que optaram pela autogestão. Para saber mais sobre esses serviços, ligue para a CIPA. Algo que tem feito a cabeça de muitos síndicos é a terceirização de serviços. Marcello Brandão é diretor operacional da Biosíndico, empresa fundada em 2013 e especializada em

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terceirização de diversos tipos de serviço, entre eles limpeza, portaria, jardinagem e guardiões de piscina. Ele diz que, antigamente, o serviço mais procurado era o de portaria. “Entretanto, com o aumento das

portarias virtuais, especialmente em prédios pequenos, esse quadro mudou. Hoje a valorização da limpeza representa muito. Atualmente, ninguém se contenta mais com a velha e boa faxineira do vizinho: a grande maioria dos síndicos quer uma limpeza de qualidade, com produtos profissionais e pessoas que saibam usá-los. Na Biosíndico, treinamos os funcionários para isso, com o aval das indústrias de produtos de limpeza, já que elas fornecem profissionais que vêm até minha empresa treinar meus funcionários”, explica ele. O diretor da Biosíndico explica que “condomínios não são iguais a outros estabelecimentos como comércio ou indústria. Eles funcionam 24 horas, 365 dias por ano. Não tem hora para dar problema, toda hora é


hora. A portaria é 24 horas, um cano pode estourar a qualquer momento. Trabalhar para um condomínio é diferente de atender um hospital, por exemplo. É mais complicado, tem muitas particularidades”, afirma ele, ressaltando que as empresas que não são especializadas na área têm poucas chances de prestar um bom atendimento. “Os síndicos que optaram pela terceirização de serviços sabem que nós representamos o maior custo do condomínio, por isso, eles estão sempre presentes e atuantes. É o primeiro custo que ele vai olhar. Por exemplo, uma alteração de 5% nesse serviço representa muita coisa”, ressalta Brandão.

Especificidades típicas de condomínios Ainda segundo o diretor da Biosíndico, algumas situações só ocorrem em condomínios: “Por exemplo, os problemas podem acontecer a qualquer momento. Os síndicos necessitam de atendimento em horários especiais. Nos condomínios, a segurança é o foco principal de todo serviço. A importância dobra na reposição de faltas ou férias, pois podem afetar o dia a dia do prédio. Em nossos serviços, a disciplina nos procedimentos deve ser constantemente checada, pois é como o elo

Rafael Tavares Martins, síndico do Condomínio Bossa Norte Residencial, é um entusiasta da terceirização

de uma corrente. Integração e comunicação são temas primordiais na rotina”, assinala o diretor, explicando que na Biosíndico há um cronograma de limpeza estabelecido por um supervisor, que vai, semanalmente, ao condomínio verificar tudo e acompanhar o trabalho de perto. “Nossos processos estão sempre em observação e em melhoria contínua, por isso, são constantemente aprimorados. Por exemplo, se foi inaugurado um playground, o supervisor já determina seu processo de limpeza e

qual será o funcionário encarregado dessa função”, avisa. A Biosíndico se preocupa com o bem-estar de seus funcionários: “Eles têm seguro de vida, vale-alimentação de R$ 18/dia, treinamento, cursos e outras vantagens”, conta ele, que faz questão de mandar, mensalmente, para seus síndicos, junto com a nota fiscal, um kit que contém, entre outras coisas, as guias de recolhimento do FGTS e do INSS, folha de pagamento, contracheque e folha de ponto. E ressalta: “Cons-

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Condomínio | Terceirização

ta inclusive do contrato que temos que mostrar esses documentos para os síndicos. Tudo é fiscalizado. Sabemos que representa uma segurança para o condomínio.”. Brandão finaliza assegurando que a terceirização sai mais em conta do que manter funcionários orgânicos. “Se colocar na ponta do lápis, sai mais barato. O uso do material de limpeza cai, pois deixa de existir desperdício, não tem estoque desnecessário, férias são cobertas por profissionais qualificados, enfim, os resultados são superiores. Às vezes, se usam até menos funcionários do que o síndico acha que precisa. Muitos condomínios superdimensionam e contratam mais do que realmente necessitam”, sentencia.

Opção por terceirização Rafael Tavares Martins é um entusiasta da terceirização. Ele é gestor de TI e síndico pela primeira vez, desde agosto de 2017, do Condomínio Bossa Norte Residencial, na zona norte. O empreendimento tem seis anos de vida, aproximadamente, e sempre optou pela terceirização de serviços. O Bossa Norte tem dois blocos com 10 andares cada um totalizando 240 apartamentos. O síndico conta que a empresa que atendia o condomínio praticamente desde a ins-

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Todos os cargos num condomínio podem ser terceirizados, mas também é possível ter funcionários orgânicos

talação faliu e precisou ser trocada. “Fizemos vários orçamentos e acabamos fechando com a Biosíndico, que nos mandou um portfólio abrangente que oferecia um bom serviço que se enquadrava em nossas necessidades e possibilidades. Além de serem muito transparentes e honestos.” O síndico conta que, antes, eles tinham 13 funcionários no condomínio. “A Biosíndico encaminhou um profissional de Recursos Humanos (RH) ao condomínio que, junto com a supervisora de serviços gerais, reavaliou a equipe. Nessa reformulação, que é a parte mais sensível do condomínio, chegou-se à conclusão que apenas 11

funcionários seriam suficientes para nossa demanda”, lembra. O Bossa Norte tem uma área de lazer de 5 mil metros quadrados, duas piscinas, duas churrasqueiras, salão de festas, salão de jogos, brinquedoteca e academia. Ou seja, não se pode brincar em serviço, a limpeza e a organização de tarefas têm que ser muito bem-feitas. Rafael relata que o condomínio teve que resolver questões de obras por problemas deixados pela construtora, e que a diminuição de gastos era uma necessidade iminente. “Sabemos que 50% da arrecadação do condomínio é destinada à terceirização, mas, com a reformulação, reduzimos de cara R$ 800 por mês. De 2018 para 2019, dispensamos dois funcionários, mas sem perder a qualidade dos serviços, muito pelo contrário, otimizamos as tarefas. A única diferença – e boa – foi a economia”, comemora. O lado ruim? Segundo Rafael, toda empresa terceirizada tem problemas com folguistas de portaria, principalmente: “Ele chega ao condomínio cru, não conhece nada sobre a rotina, sobre os moradores.”. Mas essa queixa já está com os dias contados. A Biosíndico, sempre em busca de soluções para melhorar os serviços oferecidos, resolveu treinar um funcionário de portaria e outro


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Condomínio | Terceirização

de zeladoria justamente para esse fim. Isso porque esses postos de trabalho lidam diretamente com colaboradores, terceirizados, visitantes, entregadores, convidados… Tem que ter treinamento para cada prédio especificamente. Assim, o síndico Rafael já pode ficar tranquilo. Seus folguistas sempre estarão preparados.

A melhor solução é aquela que funciona para você A Cisflex Facilidades é uma empresa de terceirização de mão de obra com cerca de sete anos de vida e que acredita e investe em ambientes positivos e harmônicos, em que o respeito, a escuta e o desejo de servir ao próximo são os pilares que norteiam suas ações. E isso vale tanto para os funcionários e clientes quanto para os fornecedores. Raphael Illidio é o CEO da empresa e diz que “independentemente da estratégia operacional do condomínio – orgânico ou terceirizado –, é importante que se crie um ambiente positivo, harmônico, com profissionais que escutem mais os colaboradores, pois, muitas vezes, eles possuem a solução do problema, já que estão de frente para a situação, e raramente são ouvidos. O acolhimento, a escuta e a valorização profissional resultam em serviços prestados com qualidade, que geram neles um alto grau de satisfação em trabalhar para o condomínio. “Sugiro que os síndicos adotem métricas de retenção de funcionários para avaliar seu desempenho como empregador; se tem muita demissão, tem coisa errada por aí. Problema de funcionário é problema de chefe, os empregadores precisam adotar essa responsabilidade”, sentencia Raphael Illidio. 48

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A Cisflex oferece os principais serviços para um condomínio: portaria, limpeza, manutenção, cargos administrativos e de jardinagem. O treinamento dessa vasta equipe é levado a sério. A empresa acredita que profissionais bem treinados, valorizados por meio do acolhimento, realizam serviços de qualidade, com alto grau de satisfação do cliente, tendo como consequência uma parceria sólida e de longo prazo. “Essa crença aplicada no dia a dia desperta, em nossos funcionários, um desejo constante de permanecer em nosso quadro de colaboradores. O efeito desse fenômeno é baixa taxa de rotatividade, uma das menores do mercado. Garantimos um atendimento ágil e flexível para solucionar os maiores desafios de cada condomínio”, diz Raphael.

Vantagens da terceirização Para o CEO da Cisflex, os benefícios da terceirização são muitos: “O síndico fica livre de ter que providenciar admissões, demissões, encargos, processos trabalhistas, substituições por doenças, licença-maternidade… Controle, planejamento e execução das atividades ficam a cargo da empresa, ou seja, o síndico solicita o que deseja e a empresa contratada atende suas necessidades. O valor da nota não oscila durante o ano, o que facilita a vida financeira do condomínio. E, principalmente, não gera passivos com funcionários, ou seja, o condomínio sabe que tem aquela despesa e não terá surpresas no futuro ou demissões onerosas para outras gestões”, afirma ele, lembrando que o síndico fica livre de certas tarefas burocráticas, como controlar o uso de uniformes e de EPI, providenciar a folha de ponto e de pagamento e o material de limpeza, entre outras responsabilidades.


Por que optar pela terceirização? Alguns problemas são clássicos na hora de fazer um síndico optar pela terceirização, mas, na opinião de Raphael, “síndicos e condomínios, geralmente, possuem vocação para a parte administrativa, financeira, legislativa e até estrutural do condomínio. A vida do síndico não é fácil, ele tem que estar à frente de muitas questões importantes para o bom funcionamento da coletividade, além de ter que se relacionar com os condôminos. Por outro lado, possui certa dificuldade na gestão da mão de obra, no controle das atividades, pela falta de um departamento de RH”. Mas os contratempos vão além, de acordo com o experiente Raphael Illidio: “Na verdade, o síndico não tem tempo, nem estrutura para capacitar o funcionário, criar cronogramas para cada colaborador, aplicar treinamento, desenvolver processos para todos os cargos; faltam ferramentas de recrutamento e seleção para contratar os profissionais certos, como testes de conhecimento, dinâmicas de grupo, pesquisa completa sobre seus históricos profissionais, testes psicológicos. Tudo isso faz com o condomínio tenha dificuldade em contratar, controlar, executar, faz com que ele gaste muito com demissões, a folha salarial oscila bastante

Funcionários treinados por empresas especializadas otimizam o serviço e o uso de produtos

por conta disso, o que dificulta uma previsão orçamentária. E o síndico, com todo esse trabalho para gerir, vai comprometer a gestão das questões administrativas e financeiras do condomínio. O papel de uma empresa terceirizada é deixar o síndico livre para focar 100% de seu tempo na administração do condomínio.”. Em relação a terceirizar parte de uma equipe, apenas, Raphael não vê muito sentido: “Ao terceirizar tudo, ele centraliza a gestão de mão de obra somente com uma empresa, ou com mais de uma, se for o caso.”. Há síndicos que optam por implementar a terceirização aos poucos. “Existem condomínios que têm funcionários antigos, então, alguns síndicos preferem mantê-los. Nesses casos, a terceirização se dá gradativamente”, explica o CEO da Cisflex. Para a Cisflex não há um cargo mais difícil de treinar, o que há é a

diferença entre os condomínios: “O que varia é o perfil do condomínio. Há aqueles em que a portaria é mais exigente, tem mais processos. O mesmo acontece com a limpeza ou outros cargos”, explica. Raphael finaliza: “A verdade é que, nesse ramo, não tem uma regra, cada condomínio é um universo complemente diferente do outro, são estruturas distintas, comportamentos únicos, tem condomínio-clube, condomínios mais simples, condomínios comerciais, o que diferencia a maneira pela qual vamos desenvolver nossa estratégia e treinamento de pessoal.”. Serviço Biosíndico

Tels.: (21) 2263-3168/98333-083 www.biosindico.com.br Cisflex

Tel.: (21) 4042-0049 www.cisflex.com.br

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| Mercado

Fundos imobiliários têm ano histórico O ano de 2019 representou um marco para o segmento de fundos imobiliários (FII), aplicação que combina a distribuição de dividendos com a possibilidade de ganho com a variação das cotas em bolsa. No pano de fundo, está o juro na mínima histórica, que tem levado cada vez mais investidores a assumir riscos e a buscar diversificação nessa classe de ativos. Além disso, o aquecimento do mercado imobiliário é favorável ao setor, alimentando expectativas de ganhos. O volume de novas emissões é o maior da história, com R$ 32,5 bilhões captados até novembro, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). A cifra, que inclui fundos listados e aqueles não negociados em bolsa, é mais que o dobro do recorde anterior, de R$ 16,1 bilhões, em 2011, ou ainda dos R$ 15,6 bilhões de todo o período de 2018. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem mais R$ 2,9 bilhões de 13 ofertas em análise. A liquidez do mercado secundário também aumentou exponencialmente em 2019. Em relação a janeiro de 2019, os dados da B3 mostram que os fundos listados negociaram volu-

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me financeiro quatro vezes maior em outubro. O giro mensal saiu de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões no período. No ano de 2019, o volume negociado alcançou R$ 21 bilhões. Em dez meses, o fluxo também quase dobrou, com aumento de 94,64% em relação ao visto em 2018, segundo a B3. O patrimônio líquido dos 200 fundos listados em bolsa alcançou R$ 74,4 bilhões em outubro, com alta de 35,8% no ano. Em apenas um mês, entre setembro e outubro, os ativos dos fundos cresceram 11%. Em valor de mercado, no acumulado do ano até outubro, essas carteiras registraram aumento também de 35,8%, a R$ 75,5 bilhões, em relação a setembro, quando o segmento chegou ao topo histórico de R$ 78,4 bilhões, o valor representa pequeno recuo.

Outro destaque, a quantidade de investidores em fundos listados apresentou um salto. Boletim da B3 de outubro mostra que em dez meses o número saiu de 230 mil para 517 mil, ou seja, mais do que dobrou. A base de investidores ganhou cerca de 32 mil novos cotistas por mês na média de 2019 até outubro. No ritmo atual, a barreira psicológica de 1 milhão de investidores do segmento na B3 seria alcançada no primeiro trimestre de 2021. Mas vários gestores apostam que a marca já será atingida no ano de 2020. “Em dois anos, a quantidade de investidores se multiplicou por cinco, então, acho que a gente vai chegar a 1 milhão nos FII já em 2020”, afirma Ricardo Almendra, CEO da RBR Asset. “Acredito que em 2020 vamos chegar a 1 milhão de investidores, tem muita gente ingressando no mercado”, diz André Catrocchio, sócio da Hectare Capital. A mesma opinião é compartilhada por Vítor Bidetti, CEO da Integral Brei. “A marca de 1 milhão de investidores de FII na bolsa vamos ver já no segundo trimestre de 2020”, afirma. Fonte: Valor Econômico.


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Sustentabilidade | Por Isabela Masi

Desperdício de água:

além de não ser sustentável, ainda deixa as contas mais altas Sistema de coleta de água de chuva e controle de vazamentos são a solução para economizar Nessa época de calor intenso e férias escolares, o consumo de água costuma ser maior. Os banhos mais longos, os parentes e amigos que vêm passar uns dias em nossas casas, tudo isso faz o gasto de água aumentar muito. Além disso, usamos a água de forma descontrolada. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Serviço Nacional de Informações sobre Saneamento (SIS), os moradores do estado do Rio de Janeiro são os que mais gastam água no Brasil. O último relatório, de 2017, mostrou que cada morador do estado utiliza, em média, quase 295 litros de água por dia, enquanto a média nacional é de cerca de 154 litros por pessoa. A escassez de água é um problema que afeta todo o planeta. Reduzir o consumo e pensar em soluções sus-

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Fernando Canejo cuida para que não haja desperdício de água no condomínio

tentáveis é um dever de todos, não só para ajudar o meio ambiente, mas também para economizar nas contas. Muitas dessas alternativas estão próximas de nós e podemos tentar mudar. Por exemplo, durante o verão, chove muito, e essa água, em vez de causar danos aos moradores, pode ser aproveitada nos condomínios. O uso de sistemas da captação de água da chuva pode trazer uma economia estimada em até 30% da água utilizada nos imóveis. O engenheiro e síndico do Condomínio Carioca Residencial, na zona norte, Fernando Canejo, afirma que “além da economia no consumo de água para o asseio e a conservação das áreas comuns, esse sistema ajuda ao meio ambiente. Ele também é importante no retardo do escoamento


da água da chuva para as redes de drenagem do sistema público, evitando alagamentos e enchentes”. Com o crescimento das cidades e, consequentemente, das áreas asfaltadas, a grande quantidade de água da chuva pode provocar alagamentos nas ruas e dentro dos prédios. “O asfalto é impermeável, então, a água vai direto para a rede, que não tem como escoar um volume tão grande de líquido, o que provoca inundações. A construção dessas cisternas ou de telhados ecológicos, por exemplo, tende a reter essa água, o que ajuda a reduzir os estragos”, explica o engenheiro Luiz Otávio Gomes Ribeiro, da Ricel Ribeiro Construtora e Empreendimentos. É bom ressaltar que todos os prédios, em princípio, podem construir um sistema de captação de água da chuva. De acordo com o especialista da Ricel, “essa obra, no entanto, não é uma receita de bolo que já vem pronta. É necessário que o síndico entre em contato com uma empresa especializada e solicite um projeto que se adapte a seu condomínio”. O síndico Canejo concorda com ele e alerta ainda que “a empresa contratada para a execução do projeto tem que oferecer o acompanhamento técnico de um engenheiro para a verificação das necessidades da construção”.

Os sistemas de captação de água diminuem o consumo do líquido

Quando Canejo assumiu a sindicatura no Condomínio Carioca Residencial, a obra da cisterna já estava pronta. Como essa água captada não é potável, ela é utilizada no condomínio para irrigação de plantas e jardins e limpeza das áreas comuns. Segundo Canejo, “o custo médio para a construção pode variar conforme cada empreendimento, mas o payback (o tempo de retorno de um investimento) estimado de um sistema novo costuma ser entre 18 e 24 meses, dependendo do caso. Existem soluções

viáveis, desde sistemas compactos até grandes reservatórios, além de adaptação nas calhas para o novo sistema de captação das chuvas, assim como de tubulação e instalação”. Além desses sistemas, é necessário que os moradores também estejam atentos ao que acontece em seus imóveis. “É importante verificar constantemente se existem vazamentos nos banheiros, na cozinha ou na área de serviço e fazer um controle do consumo de água de forma consciente. Os síndicos

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| Sustentabilidade

Outro modo de tentar conter o desperdício é fazendo a individualização do consumo de água

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também precisam fazer esse trabalho na área comum do condomínio”, afirma Luiz Otávio. Canejo está atento para que não haja desperdício de água no condomínio que administra. O trabalho é árduo. “Como temos um consumo de água diário estimado pela concessionária de 0,5 metro cúbico e temos um total de 732 unidades, incluindo as áreas comuns, nossa meta é não ultrapassar os 366 metros cúbicos por dia. Para isso, temos o acompanhamento do consumo diário a cada três horas para atuação imediata, caso o limite de consumo seja ultrapassado. Alguns moradores ajudam a administração informando vazamentos e pedindo auxílio em caso de ocorrência nas unidades. Outro item importante é a limpeza semestral dos reservatórios de água potável, quando buscamos utilizar toda a

água para que não ter aumento do consumo”, ensina o síndico. A participação dos moradores nesse projeto de uso consciente da água é fundamental. Gisele Veras é diretora comercial da empresa AcquaX. Ela faz um trabalho com os moradores e administradores dos condomínios, orientando sobre a importância da redução do consumo de água. “Nas palestras, mostro quem são os grandes vilões do desperdício, ensino como identificar vazamentos e falo sobre como deve ser feita a manutenção de descargas e aquecedores. Tudo é uma questão de cultura, e esse tipo de reparo pode diminuir as contas de água entre 30% e 40%. Devemos pensar, por exemplo, quantas vezes ligamos a máquina de lavar por semana. Dá para reduzir?” Outro modo de tentar conter o consumo é fazendo a individualização do consumo de água. De acordo


com a especialista da AcquaX, a primeira vantagem em pensar nessa individualização é a questão de justiça, já que cada morador vai pagar apenas o que consumir. Além disso, os próprios condôminos, para reduzir suas contas, vão ficar mais atentos com a questão dos vazamentos. “Um condomínio com dez apartamentos que fez a obra de individualização dos hidrômetros baixou as contas de R$ 3 mil reais para R$ 1 mil. Em condomínios maiores, a redução é ainda mais considerável”, afirma ela. Em 2016, o ex-presidente da República Michel Temer sancionou a Lei nº 13.312, que vai tornar obrigatório, a partir de 2021, a medição individual de todos os condomínios novos que forem construídos no Brasil. Essa medida fez com que dobrasse a quantidade de solicitações desse tipo de reforma também nos imóveis mais

antigos. De acordo com a diretora comercial da AcquaX, “os moradores vêm os resultados em outros condomínios e querem fazer a reforma. A obra custa, em média, R$ 4 mil por apartamento, no caso de um prédio pequeno, de 10 unidades, mas gera uma economia muito grande”. Pensando em fatores econômicos e no cuidado com o meio ambiente, gastar menos água e pensar em maneiras de usar o recurso de forma sustentável é benéfico não só para os moradores, mas para toda a sociedade. E o planeta agradece. Serviço AcquaX

Tel.: (21) 4003-5214 WhatsApp: (21) 99750-0020 www.acquaxrio.com.br Ricel

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freeimages.com/Mariana Figueroa

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Prefeitura do Rio lança o Sisbicho, plataforma digital que cria cadastro on-line gratuito de animais O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, lançou, em setembro de 2019, a plataforma digital Sisbicho, que cria um cadastro on-line gratuito de cães, gatos e outros animais domésticos com microchip, dando direito à carteira oficial de identificação com foto e tudo. Inédita no estado, a medida permitirá uma série de avanços na prevenção de riscos à saúde pública e viabilizará a implantação do Registro Geral de Animais (RGA). Com o novo programa, a microchipagem passou a ser obrigatória para os casos de comercialização e doação de bichos e recomendada a todos os proprietários de animais de estimação. “Para que a posse do animal seja responsável, estamos criando esse sistema de registro de nossos bichos. No chip vão constar toda a vida do animal, suas intervenções cirúrgicas e tratamentos”, afirmou Crivella. 56

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Dados como nome, raça, data de nascimento e o número do chip – que facilita o embarque dos bichos em voos e auxilia a identificação dos que fugirem, estiverem perdidos ou forem roubados – estarão disponíveis no novo sistema. O acesso é pelo portal da Prefeitura ou pelo endereço sisbicho.rio. Entre outras vantagens, o município poderá dimensionar a quantidade de animais existentes em cada região, o que ajudará na definição de ações de saúde pública, como campanhas de vacinação contra raiva em massa e castrações. “O RGA é único e permanente, como nossa carteira de identidade. Construímos uma ferramenta que permite o registro do microchip, adotado em muitos países, já exigido para o embarque em voos internacionais e essencial para o funcionamento pleno do


Como ter acesso ao Sisbicho

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sistema, pois possibilita a identificação do animal e sua vinculação a seu responsável. Estamos implantando, no município, um programa de trabalho especial para o combate ao abandono de animais, de estímulo à posse responsável e de auxílio para avançarmos com as políticas públicas de prevenção aos riscos da saúde de todos”, explica a médica veterinária Márcia Rolim, subsecretária de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa), pasta vinculada à Secretaria Municipal de Saúde. O Sisbicho é resultado de mais uma parceria da Subvisa com a Empresa Municipal de Informática do Município do Rio de Janeiro (IplanRio). O cadastro de dados será feito por profissionais de clínicas e consultórios veterinários, petshops, banho e tosa, hotéis para animais de companhia, canis, abrigos e sociedades protetoras. Para isso, os estabeleci-

mentos precisam ser credenciados pela Subvisa e estar em dia com o licenciamento sanitário. O sistema possibilita a alteração de informações em casos de adoção, venda ou troca de dono ou tutor e mesmo morte do animal. As informações só podem ser visualizadas por quem fez o cadastro e por profissionais da vigilância. Mas o proprietário pode optar por não disponibilizar nenhum dos dados, aparecendo apenas o e-mail fornecido durante o cadastro.

Para terem acesso ao Sisbicho, clínicas, consultórios, canis, gatis, hotéis para animais de companhia e demais estabelecimentos pets devem se credenciar presencialmente na Coordenação de Vigilância em Zoonoses, na Rua do Lavradio, 180/4º andar, na Lapa, sede da Subvisa, órgão gestor do novo sistema. O processo é feito pelo representante legal ou procurador da empresa a ser credenciada, mediante apresentação do original ou da cópia do alvará do estabelecimento e do contrato social; licença sanitária impressa; comprovante de responsabilidade técnica do médico veterinário; ficha de solicitação de credenciamento preenchida e assinada e procuração para o profissional que não esteja no contrato social da empresa. “O registro é o primeiro passo para resolver a causa animal, as

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ações de abandono e de violência. Espero que ele seja o início de um processo maior. Estou feliz porque sempre defendi a microchipagem como fundamental para a prevenção de riscos à saúde. Tanto que venho acompanhando o processo e fui o primeiro a ser credenciado pela vigilância”, comemora o médico veterinário Francisco José Lima de Sá, sócio da Veterinária Ribeira, na Ilha do Governador.

RGA carioca Primeiro dos 92 municípios fluminenses a implantar o Registro Geral de Animais, o Rio está entre as dez capitais brasileiras a ter esse serviço. Instituído pelo Decreto Rio 46.485, publicado no Diário Oficial de 16 de setembro de 2019, o Sisbicho viabiliza o RGA, criado em dezembro de 2018, pela Lei 6.435, que tornou obrigatório a todos os canis e gatis comerciais o licenciamento sanitário anual, exigido também para o acesso ao novo serviço de cadastro de animais da Prefeitura. A chamada Lei do RGA foi regulamentada pelo Decreto Rio 46.237 no último dia 15 de julho, tornando obrigatória a chipagem de animais para comercialização (clínicas, consultórios, pets, canis, gatis, hotéis para animais de companhia e outros estabelecimentos) e doação. O Rio de Janeiro conta com uma plataforma digital que permite a cria-

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ção de um Cadastro Geral de Animais (RGA). O cadastro on-line é gratuito, e para isso os animais precisarão receber um microchip. Veja aqui perguntas e respostas sobre o Sisbicho: 1. O que é Sisbicho? É uma plataforma digital criada pela Prefeitura do Rio para viabilizar o Registro Geral de Animais (RGA). Consiste na castração e na chipagem de animais, com o cadastro on-line. Esse processo é mais um avanço nas ações de prevenção de risco à saúde pública e só pode ser feito nas unidades da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa) e ainda em estabelecimentos credenciados pela Subvisa. 2. O Sisbicho é exclusivo para o cadastro de cães e gatos? Não. É possível cadastrar qualquer animal doméstico, como equídeos, bovinos, caprinos, ovinos e suínos. 3. Qualquer pessoa pode cadastrar um animal no Sisbicho? Não. O cadastro no Sisbicho é feito apenas por médicos veterinários da Subvisa ou de estabelecimentos credenciados pela Subvisa. 4. A aplicação do chip é gratuita? A Vigilância oferece a chipagem gratuita para os animais castrados ou em tratamento da esporotricose em suas duas unidades de zoonoses:

no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (o IJV, na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1.120, em São Cristóvão) e no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (o CCZ, no Largo do Bodegão, 150, em Santa Cruz). Para os demais casos, há uma taxa de R$ 25 na aplicação do chip nessas duas unidades. Já os estabelecimentos credenciados podem definir os valores dos procedimentos. 5. Quando é feita a chipagem? Nas duas unidades de zoonoses da Vigilância, a microchipagem é feita por agendamento (por enquanto, presencial), de segunda a sexta-feira, a partir das 8h, mediante apresentação do CPF do dono ou tutor. 6. É necessário inserir outro microchip nos animais já chipados? Não. O chip antigo pode ser aproveitado para o cadastro. 7. Quais as vantagens da castração e chipagem do animal de estimação? As vantagens são diversas. Uma delas é que o Sisbicho vai auxiliar no avanço de ações de controle e diminuição de zoonoses, tanto em animais como em humanos. Uma dessas zoonoses é a esporotricose, doença provocada por um fungo que se manifesta, em especial, em gatos e pode ser transmitida ao homem. O sistema ajudará, por


exemplo, a identificar as áreas com concentração de casos de esporotricose, servindo de base para mais políticas de saúde pública. Outra vantagem é que, se o animal se perder, fugir ou mesmo for roubado, o chip permite que seu dono seja identificado por profissionais da unidade em que foi feito o cadastro no sistema, ferramenta de combate ao abandono de animais, contribuindo para a posse responsável. O chip no animal que sofrer maus-tratos ou for abandonado (mais comum do que a gente imagina) possibilita a identificação de seu dono ou tutor, que poderá ser multado e sofrer outras sanções previstas na nova lei do Código de Proteção Animal. 8. É preciso que o animal tenha chip para viajar? O chip facilita o embarque de animais em ônibus, aviões e outros transportes, e é exigido em voos internacionais para muitos países que há anos adotam o sistema. 9. Ao cadastrar um animal, os dados do dono ficam expostos na internet para consulta? Não. Apenas os técnicos do estabelecimento que fez o cadastro e das unidades da Subvisa têm acesso aos dados do proprietário, que pode optar por não disponibilizar as informações. Nesse caso, aparecerá apenas o e-mail fornecido durante o cadastro.

10. Após o cadastro, o proprietário recebe algum documento? Sim. É a carteira de identificação do animal, com direito até a foto. 11. Se a carteira for perdida, é possível retirar segunda via? Sim. Um link para a impressão da segunda via será enviado para o e-mail fornecido pelo proprietário do animal durante o cadastro. 12. No caso de doação ou venda do animal, é possível a transferência de propriedade? Sim. Basta comparecer à unidade que fez o cadastro e solicitar a troca de proprietário do animal. 13. Em caso de óbito do animal, o cadastro permanece indefinidamente? Sim. Por isso é muito importante que o dono procure o estabelecimento em que fez o cadastro e informe sobre o falecimento para a baixa no sistema ser providenciada. 14. Quem pode se credenciar no Sisbicho? Todos os estabelecimentos e profissionais listados a seguir, desde que tenham alvará de funcionamento, licença sanitária e responsável técnico (RT) homologado perante o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro (CRMVRJ), que é o responsável pela implantação do microchip:

• clínicas e serviços veterinários em geral; • serviços assistenciais em medicina veterinária, de apoio diagnóstico e terapêutico; • consultórios veterinários: profissional veterinário autônomo que exerça suas atividades em consultório; • Profissional veterinário autônomo que exerça suas atividades em domicílio e tenha Alvará de simples escritório ou de ponto de referência e Licença Sanitária; • Profissional veterinário autônomo (outorgado): profissional que está outorgado por licenciamento sanitário, no mesmo endereço; • Pet Shops: local onde ocorrem venda de rações, artigos e medicamentos para animais e, em alguns casos, comercialização de animais (cães, gatos, coelhos, hamsters etc); • Serviços de banho e tosa: serviços de estética para animais de estimação; • Canis e Gatis: criação comercial de cães ou gatos • Hospedagem para animais: locais para hospedagem, adestramento e “day care”; • Organizações Não Governamentais (ONGs) de Proteção Animal.

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Legislação | Por Leticia Rio Branco

Vantagens do voto eletrônico: menos burocracia e mais agilidade na hora das assembleias Saiba mais sobre a nova modalidade, que virou projeto de lei e promete dar fim a problemas enfrentados pelas assembleias de condomínios que exigem quórum mínimo e presença física dos moradores Não é de hoje que a tecnologia faz parte do dia a dia dos condomínios. Além dos elevadores e das câmeras de segurança de última geração, a bola da vez é o voto eletrônico. No dia 14 de agosto de 2019, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei (PL) 548/2019, que permite o uso do voto eletrônico nas assembleias de condomínios. O projeto foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) e oferece uma alternativa à dificuldade em se obter a presença mínima de votantes nas reuniões de condomínio. Segundo o projeto, a coleta eletrônica de votos poderá ocorrer pela internet ou outro meio idôneo que permita a contagem individualizada dos votos dos ausentes, sempre que o Código Civil

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Gabriel Francisco, síndico que comanda o Condomínio Portais do Méier, situado na zona norte, diz que o voto eletrônico pode facilitar a vida de síndicos e moradores

ou a lei dos condomínios estabelecer quórum especial para deliberação. Segundo o advogado e consultor da CIPA André Junqueira, o voto ele-

trônico traz algumas vantagens para os condomínios: “A principal é, sem dúvida, que a pessoa poderá votar através do sistema que o condomínio permitir, a distância, por plataformas como Skype, WhatsApp ou qualquer outra definida previamente pela coletividade. Ou seja, a pessoa pode estar em outra cidade ou país, já que não será necessária sua presença física na assembleia. Outro benefício é que o condomínio poderá fazer a chamada coleta individualizada, mesmo em caso de não utilizar o voto eletrônico: é só ir até a casa da pessoa, onde ela vai assinar um documento e votar. Dessa forma, a vantagem é que o morador não vai precisar estar fisicamente ali presente, que é algo ruim para a pessoa, que às vezes quer participar, mas, por algum motivo, não


consegue. E, para o condomínio, vai facilitar, porque as deliberações que exigem quórum especial sempre se tornam uma questão para os síndicos: algumas assembleias, como as alterações de convenção, por exemplo, precisam de quórum de dois terços dos moradores, o que, nos dias de hoje, se torna inviável.”.

Vantagens do voto eletrônico saem na frente: menos burocracia e mais agilidade na hora das assembleias Agnaldo Teixeira faz coro. Para o gerente da Unidade de Negócios Condominiais da CIPA, o voto eletrônico vem para somar. “Uma vantagem significativa é a maior presença de condôminos nas decisões tomadas, pois a realidade, atualmente, é que poucas pessoas possuem dispo-

nibilidade de tempo para participar das reuniões”, avalia ele, que atenta para uma possível desvantagem: “O que preocupa é a possibilidade de fraude se não for contratado um sistema confiável, bem como a necessidade de um treinamento de inclusão para as pessoas de mais idade com dificuldade com as novas tecnologias”, acrescenta. Por outro lado, Junqueira acredita que o voto eletrônico não oferece nenhuma desvantagem. Ele observa: “Há quem diga que não é bom por se perderem o calor humano e a oportunidade de interagir com outras pessoas. Mas vejo isso como um ponto positivo, pois a assembleia termina sendo um local em que toda essa diversidade gera conflito, e o voto eletrônico pode minimizar isso, mas não acabar. O debate natural e saudável deve continuar ocorrendo”, diz. Teixeira também defende que o voto eletrônico oferece a possibi-

Edson Rebelo dos Santos Júnior, advogado e morador do Condomínio Parque das Rosas, também defende a nova modalidade, que prevê votação a distância

lidade de dar um prazo longo para que todos tomem ciência dos assuntos que serão debatidos e possam votar até uma data pré-estipulada. “Isso na assembleia presencial não

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Legislação | Voto eletrônico

é possível, pois todos os itens precisam ser debatidos naquele dia. Mas, de fato, haverá maior objetividade e melhoria na convivência dos condôminos”, explica ele, alertando que, mesmo tendo em vista a mudança de perfil dos condôminos, cada vez mais tecnológicos, ainda existe a resistência de algumas pessoas mais idosas que não possuem facilidade com as novas tecnologias. Outro fator que deve ser levantado é a necessidade de os síndicos ficarem com tantas procurações. O consultor da CIPA não recomenda tal atitude. “Embora isso não seja ilegal, é algo realmente antipático para quem está presente, gera certo desconforto. É como se o síndico estivesse dominando aquela coletividade. A meu ver, se o síndico pegava dos moradores essas procurações para obter quórum em situações especiais, como alteração de convenção, obra de embelezamento e obra útil, por exemplo, ele passa a não ter essa necessidade porque, justamente, a pessoa pode votar a distância”, esclarece o especialista. Agnaldo concorda: “Entendo que alguns condôminos ainda serão representados. Porém, esse número deverá cair consideravelmente, se comparado com os dias atuais.”. O síndico Gabriel Francisco, que comanda o Condomínio Portais do Méier, situado na zona norte, e que conta com dois blocos de 10 e 14 an-

noite, quando as pessoas estão cansadas do dia de trabalho e normalmente faltam. E fim de semana elas querem viajar, descansar. Com certeza, vai ficar muito melhor”, opina.

Advogado e consultor da CIPA defende ajustes no projeto de lei dares, ainda não sabia da novidade. “Confesso que é a primeira vez que estou ouvindo falar sobre o tema. Acho essa inovação interessante, mas um pouco perigosa, pois penso que pode haver alguma manipulação do resultado da votação. É algo que deve ser estudado para que fraudes não aconteçam”, opina. Porém, ele também vislumbra que o voto eletrônico pode facilitar, e muito, a vida de síndicos e moradores. “Meu condomínio possui 206 unidades. Portanto, dependendo da pauta, preciso de quórum mínimo de dois terços dos moradores, ou seja, mais de 150 pessoas. Pode, sim, ser algo muito válido”, entrega. Edson Rebelo dos Santos Júnior, advogado e morador do Condomínio Parque das Rosas, que fica na zona oeste, costuma participar de todas as assembleias. E mesmo assim ele acha muito válido o voto eletrônico. “No meu prédio, por exemplo, são 252 apartamentos, e, no máximo, vão 45 moradores à assembleia. Esse tipo de voto vai melhorar a qualidade dessas reuniões, pois elas são realizadas de

Mesmo ainda em processo de tramitação, o projeto de lei do voto eletrônico, segundo André Junqueira, precisa passar por algumas alterações. “A matéria do PL dá a entender que o voto eletrônico só pode ser utilizado para os quóruns previstos em lei, excluindo as convenções, por exemplo. Também não deixa claro se o voto eletrônico pode ser usado para itens que não precisam de quórum, como previsão orçamentária, prestação de contas, eleição de síndico, que acontecem todo ano. Isso deveria ser aperfeiçoado, inclusive, algumas entidades até mandaram uma nota técnica para que tais temas fossem ampliados”, diz. Outro ponto observado por André é a importância de o condomínio investir num formato de votação que dê certo. “Esse tipo de assembleia não pode ser feito de improviso. O condomínio, juntamente com seu TI e jurídico, deve decidir, em conjunto, o sistema que será usado. Juridicamente, deve ser escolhido um método que não gere brechas”, finaliza.

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Mariza Lima

| Nota

IPTU em Niterói

Contribuintes em dia podem ter desconto de até 13% Os contribuintes que estiverem em dia com o pagamento do IPTU em 2019 já receberão o carnê de 2020 com o desconto de 5% sobre o valor total, garantidos pelo projeto Bom Pagador. Quem optar por quitar o tributo em cota única ainda terá uma dedução de 8,5%, podendo acumular uma redução de até 13% sobre o valor total do IPTU. Conforme o calendário divulgado pela Prefeitura, também será possível pagar o imposto em até 11 parcelas, de janeiro até novembro. O pagamento deverá ser feito até o dia 10 nos meses de janeiro a março, de junho a setembro e em novembro. Em abril e outubro, o boleto vence no dia 13. E em maio, no dia 11. Quem não receber o carnê do IPTU

2020 em casa ou no estabelecimento até 17 de dezembro, poderá baixá-lo no site bit.ly/36FH2Gw. O desconto de 5% para os bons pagadores é restrito aos anos de 2020 e 2021, conforme lei sancionada em 12 de setembro pelo prefeito Rodrigo Neves. Segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, há 63.046 matrículas sem débitos na cidade, aptas a receber o benefício: a estimativa é que a medida desonere o bolso desses contribuintes em R$ 8 milhões, em 2020, e em R$ 8,3 milhões, em 2021. O desconto será aplicado automaticamente nos carnês, independentemente da forma de pagamento, à vista ou parcelado. Para ter direito ao benefício, o contribuinte não pode ter nenhuma dívida na matrícula do imóvel,

incluindo cobranças administrativas, parcelamento de dívida de outros anos em vigor ou inscrição na dívida ativa municipal. O projeto Bom Pagador, que dá desconto de 5% aos cidadãos sem dívidas, foi sancionado pela Câmara Municipal em 10 de setembro. Emendas apresentadas pelo vereador Bruno Lessa (PSDB) visavam tornar a medida válida por tempo indeterminado, mas foi rejeitada pela maioria. Apenas Casota (PSDB), Paulo Eduardo Gomes e Renatinho (ambos do PSOL) votaram a favor da proposta. Serviço Consulta Simples

Basta acessar o site bit.ly/2NZ7qCT para saber se o proprietário do imóvel tem direito a desconto de IPTU em 2020.

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| Cidade

Novo Código de Obras ainda gera dúvidas tos, por exemplo, também sofrerá mudanças: o novo código não tem mais a restrição de que as varandas só poderão ter 20% da área útil do apartamento.

O Novo Código de Obras foi sancionado há praticamente um ano, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que foi alterado e o que pode ou não ser feito. Nós da revista Condomínio etc. vamos dar algumas orientações para os síndicos cariocas sobre como o novo código basicamente alterou as regras para varandas e marquises. Segundo a Prefeitura, o objetivo da elaboração de um novo código é tornar certas regras mais modernas e simples para quem deseja realizar obras e construir novos empreendimentos na cidade. Veja algumas das mudanças: • Marquises - a construção de marquises estava proibida desde 2007, segundo a Prefeitura. O novo código, de acordo com a Secretaria de Urbanismo, entende que é importante a volta da construção de marquises sem restrição em relação ao material e à forma, desde que obedeça a algumas regras. • Varandas - a regra para a construção de varandas em apartamen-

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• Área mínima útil de apartamentos - a secretaria determina, com o novo código, a redução da área mínima útil de apartamentos para 25 metros quadrados, com exceção das construções na Barra da Tijuca, nas Vargens Grande e Pequena, na zona sul, na Ilha do Governador e na Tijuca. Essas regiões deverão ter área mínima útil de 35 metros quadrados. • Estacionamento - será obrigatória apenas uma vaga de estacionamento a cada quatro apartamentos em prédios no raio de 800 metros de estações de metrô, trem, BRT e VLT.

O síndico Paulo Dinubila esteve à frente do Condomínio Firenze quando decidiram demolir a marquise do prédio

• Elevadores - prédios com quatro ou cinco pavimentos não precisarão de elevador, mas devem reservar um espaço para sua possível instalação.


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Cidade | Novo Código de Obras

• Vilas - o código sancionado viabiliza a construção de vilas em áreas, por exemplo, que antes estavam restritas. João Maria Monteiro, arquiteto responsável pela Riomam Engenharia, empresa com mais de 30 anos de experiência em manutenção predial; reforma de marquises, telhados e caixas-d’água; recuperação estrutural; perícias judiciais e autovistorias, entre outros serviços, explica que, apesar de o novo código ser mais direcionado às novas construções, os síndicos devem estar sempre atentos ao que pode ou não ser feito. Por isso mesmo, devem consultar empresas do ramo sérias antes de iniciar qualquer tipo de obra ou reforma. O empresário sabe do que está falando, pois, além de ser do segmento que realiza obras, foi síndico por 10 anos: “Faltam informações

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aos síndicos, sim. E as alterações nas normas são importantes para mudar atitudes nem sempre positivas”, diz ele, afirmando que não pode haver negligência em nome da economia. Calçadas e marquises, por exemplo, têm leis específicas. “Mas todos os detalhes devem ser vistos durante a autovistoria. Uma empresa séria vai verificar se tudo está nos conformes e mostrar ao síndico o que precisa ser adaptado”, diz ele, lembrando que os prédios que têm marquise precisam fazer um laudo técnico delas a cada três anos. Vários prédios já eliminaram suas marquises, e o especialista da Riomam acha difícil que queiram voltar a colocá-las: “Acho que ninguém vai querer reconstruir. O laudo é caro para fazer a cada três anos. É mais fácil e barato demolir a marquise que dá problema e recuperar a fachada onde ela estava. Vai ficar pratica-

mente o mesmo preço do laudo. O conforto que uma marquise oferece também é importante, mas é preciso avaliar se o condomínio fica melhor com ou sem ela. Outro problema comum é servir de abrigo para mendigos. Tudo tem que ser discutido em assembleia para saber o que a maioria quer”, completa Monteiro. O síndico Paulo Dinubila esteve à frente do Condomínio Firenze quando decidiram demolir a marquise do prédio, que fica numa esquina. O prédio foi construído em 1994, tem oito andares de apartamentos e mais quatro de garagem. Eles contabilizaram alguns problemas em relação à marquise até o dia em que decidiram removê-la. “A marquise era bem grande. A construtora usou placas de mármore em sua beirada, era um revestimento. Numa madrugada de chuva, uma das placas caiu, mas não machucou


ninguém. Chamamos uma empresa especializada e escoramos as placas. Outra síndica pensou em tirar a marquise, até porque já havia exigência de vistoria. Tivemos também problemas de roubo numa das lojas, os bandidos subiram na marquise para entrar numa loja. E em outro momento também tentaram entrar na garagem para roubar os carros, mas não obtiveram êxito. Isso sem falar nos problemas de infiltração e gesso, que eram frequentes”, enumera. Quando Dinubila foi síndico, a marquise foi por água abaixo: “Comigo o advento da autovistoria ajudou, pois os moradores tiveram que acatar as necessidades de obras. Não é vontade do síndico, é a lei”, explica. O síndico conta que contratou a Riomam e que não foi fácil retirar a estrutura: “Ela era bem forte. Mas o trabalho ficou muito bom, não me arrependo”, finaliza.

Atenção com as obras Monteiro, da Riomam, alerta para a importância da responsabilidade com as obras: “Qualquer acréscimo de área deve ser submetido à Prefeitura com projeto específico. É preciso recorrer a um engenheiro calculista, inclusive. Aliás, qualquer trâmite que envolva obras deve obter o aval da Gerência de Licenciamento e Fiscalização (GLF). Pelo menos uma con-

Quando Paulo Dinubila foi síndico do Condomínio Firenze, a marquise foi por água abaixo: “Ela era bem forte. Mas o trabalho ficou muito bom, não me arrependo”

sulta deve ser feita antes, para evitar prejuízos. Uma obra irregular pode ser denunciada pelo vizinho, e pode ser necessário demolir tudo. Aí perdem-se tempo e dinheiro e ainda se briga com o vizinho”, avisa. O arquiteto explica que obras são podem ser feitas por curiosos, os famosos “faz-tudo”: “No meio das paredes, passam tubulações de água, gás, elétricas. Um ‘peão’ não pode fazer isso, não tem conhecimento técnico. Há risco de vida, inclusive, além da própria estrutura da construção. Por exemplo, numa reforma de apartamento, se alguém quer eliminar o quarto de empregada para aumentar a sala ou outro cômodo, precisa saber se aquela parede pode ser derrubada. Paredes de fechamento podem ser eliminadas,

porque não interferem na estrutura. Já as que têm instalações, vigas ou pilares não podem, em hipótese alguma, ser demolidas”, considera. Outra observação de Monteiro: “Lajes de último andar, na zona sul, são mais comuns do que se pensa. O proprietário chama um faz-tudo e faz um puxadinho com outro andar: quarto, banheiro, academia, sala de jogos… Já vi de tudo. Normalmente, alguém denuncia a obra e aí o síndico deve se posicionar e tomar as providências. Direito a uso da laje não significa que pode fazer o que quiser, do jeito que quiser. Pode colocar em risco todo o prédio”, sentencia. Serviço Riomam Engenharia

Tels.: (21) 2233-1558/98392-6042

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| Notas

Prefeitura do Rio diz que já concluiu as obras emergenciais na Niemeyer A Procuradoria-geral do Município do Rio de Janeiro vai recorrer da decisão da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que manteve a interdição da Avenida Niemeyer, na zona sul da cidade. Ao contrário do que afirmaram os desembargadores, a Prefeitura do Rio de Janeiro avalia que os trabalhos emergenciais já estão concluídos. A avenida é uma importante ligação entre São Conrado, Leblon e Vidigal e está interditada desde o dia 27 de maio de 2019, quando a Justiça determinou seu fechamento após um temporal que atingiu a cidade e provocou deslizamentos de terra na via. Em fevereiro, outro temporal já havia causado deslizamentos, e duas pessoas morreram soterradas dentro de um ônibus que foi atingido por uma árvore que desceu da encosta. Os desembargadores da 13ª Câmara Cível do TJ-RJ decidiram, no dia 18 de dezembro, de forma unânime, que a via não poderia ser reaberta por apresentar riscos a motoristas e pedestres. O relator 72

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do processo, o desembargador Agostinho Teixeira, chegou a dizer, em seu voto, que somente metade das obras emergenciais havia sido concluída, embora a Prefeitura tivesse se comprometido a terminar a intervenção até novembro. “Essa informação, por si só, seria suficiente para atestar a ausência de segurança necessária para a circulação na Niemeyer”, julgou ele, que considera que liberar a circulação de veículos “retardaria ainda mais a finalização das intervenções”. A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação ressaltou que a Prefeitura concluiu o projeto e as obras emergenciais e disse que não houve nenhuma ocorrência na via nas chuvas registradas neste mês. “A via, no entanto, permanece fechada por determinação judicial”, disse o órgão, que afirmou que o canteiro de obra já está sendo desmobilizado.

Witzel quer assumir a Cobal do Leblon e de Botafogo Wilson Witzel está pedindo à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o repasse para o estado, a título de cessão ou doação, da Cobal do Leblon e de Botafogo. No ofício,


o governador promete “retomar as características originais” dos imóveis, “disponibilizando excelentes espaços para a comercialização de produtos do agricultor familiar”. No caso da do Leblon, a Fecomércio já tem um projeto pronto de revitalização.

PIB fica em 1,16% em 2019, revela Focus Divulgado pelo Banco Central (BC), em 23 de dezembro, o boletim Focus apontou divergências na projeção dos analistas do mercado financeiro para o desempenho da economia brasileira em 2019 e 2020. Com isso, na medição, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para 2019 avançou para 1,16%. Já para 2020, o prognóstico do PIB ficou em 2,28%. Contudo, a aposta para a Taxa Selic, em 2019, permaneceu em 4,50% e, para 2020, a taxa ficou em 4,50%. A estimativa de inflação de 2019 (IPCA) subiu para 3,98%. Já para 2020, a taxa registrou 3,60%. A expectativa para o crescimento da produção industrial, em 2019, ficou em -0,72%. Para o ano seguinte, ficou em 2,02%. A previsão para a taxa de câmbio, em 2019, ficou em R$ 4,10. Para 2020, a taxa ficou em R$ 4,10. A aposta para o saldo da balança co-

mercial em 2019 ficou em US$ 43,25 bilhões. Para 2020, ficou em US$ 39 bilhões. Para as transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior), a projeção de déficit ficou em US$ 50 bilhões. Para 2020, a previsão ficou em um déficit de US$ 53,70 bilhões. Já a projeção para o Investimento Estrangeiro Direto (IED) de 2019 (caracterizado pelo interesse duradouro do investimento na economia) ficou em US$ 76,10 bilhões. E a expectativa para 2020 ficou em US$ 80 bilhões.

Tarifa branca na conta de luz será ampliada para novos consumidores em janeiro Desde o dia 1º de janeiro, a maior parte dos consumidores de energia em todo o Brasil já pode aderir à chamada tarifa branca, que reduz o preço da luz quando consumida fora do horário de pico. A medida passou a valer para todas as unidades consumidoras de energia na baixa tensão do país, incluindo residências, comércios e pequenas indústrias. A exceção é para as unidades consumidoras de moradores de baixa renda, que têm direito a descontos em suas tarifas, previstos em lei.

A tarifa branca sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Para Juliana Rios, da CAS Tecnologia, antes de aderir ao sistema de cobrança é importante o consumidor conhecer seu perfil de consumo. Quanto mais o cliente deslocar seu consumo para o período fora de pico, maiores serão os benefícios dessa modalidade. A tarifa branca, porém, não é recomendada se o consumo for maior nos períodos de pico e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Nessas situações, o valor da fatura pode subir. O horário de pico pode variar de uma região para outra e será preciso consultar a concessionária local de energia. O modelo existe desde 2018, mas, no início, estava disponível apenas para quem tinha consumo superior a 500kW/h. Em 2019, em sua segunda fase, foi liberada para quem fazia uso a partir de 250kW/h. Em janeiro de 2020, será disponibilizada para os demais consumidores Para aderir à tarifa branca, o cliente precisa, a partir de janeiro, formalizar a opção perante a distribuidora, que instalará, então, um novo tipo de medidor.

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| Jurisprudências

OBRAS URGENTES/NECESSÁRIAS Des(a). Horácio dos Santos Ribeiro Neto – julgamento: 12/12/2011 – Décima Quinta Câmara Cível – 011112587.2008.8.19.0001 – apelação Direito civil. Condomínio. Obras urgentes. Ausência de nulidade da assembleia. Apelação desprovida. 1. Ante a interdição e o laudo elaborado pela Defesa Civil, revelavam-se urgentes as obras necessárias realizadas. 2. Em sendo as obras necessárias e urgentes, autoriza o CC que o síndico as faça, independentemente de autorização assemblear. 3. No entanto, se se revelarem custosas, deve o síndico dar ciência à assembleia, convocando- a. 4. No entanto, ante o fato de que as obras já foram realizadas, o poder da assembleia fica inegavelmente restrito. 5. Assim, decorridos mais de três anos da realização das obras, não cabe anular agora a assembleia por vício na con-

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vocação. 6. O tempo, inegavelmente, purgou o defeito. 7. Apelação a que se nega provimento. Des(a). JDS João Batista Damasceno – julgamento: 14/8/2019 – Vigésima Sétima Câmara Cível – 026320351.2017.8.19.0001 – apelação Dano área comum. Apelação cível. Ação de cobrança de cotas condominiais c/c indenização por danos materiais. Inadimplência verificada. Infiltração oriunda do imóvel do réu, que danificou a área comum. Convocação para assembleia geral extraordinária para deliberação sobre o ressarcimento das despesas, em que foi aprovada a cobrança do valor de R$ 2 mil em 4 parcelas. Apelação da parte ré. Impugnação ao valor da causa. Não acolhimento. Valor retificado pelo juízo a quo na forma dos arts. 292, § 2º, e 323, ambos do Código Civil. A responsabilidade pelo débito condominial é do proprietário do imóvel ou

de quem detiver a posse do bem em caráter definitivo, uma vez tratar-se de obrigação propter rem. Obrigação solidária. A obrigação de pagamento das cotas condominiais pelos condôminos decorre de expressa disposição legal, nos termos do artigo 12, da Lei 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e artigo 1.336, inciso I, do Código Civil. O devedor não comprova a recusa do credor em receber, mesmo que tenha se utilizado de mecanismos legais para alcançar sua pretensão no sentido do cumprimento de sua obrigação. Convocado para assembleia, não compareceu o condômino/réu, deixando também de impugnar a decisão contida na ata. Comprovado, apenas, o pagamento das cotas condominiais de 12/2016 e 1/2017, excetuando-se as parcelas referentes à cobrança dos reparos na área comum do condomínio. Dano moral alegado pelo réu não configurado. Conhecido e parcialmente provido o recurso.


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| Manutenção

Painéis solares brilhando Em meio à discussão sobre se a utilização de energia solar vai ser taxada ou não, seu uso é uma realidade e certamente um caminho sem volta: energia sustentável que gera, a curto prazo, o retorno do valor investido e muita economia na conta de luz. O PL (projeto de lei) que trata de novas regras para a cobrança de tarifas sobre a autoprodução de energia solar estabelece isenção permanente para quem já colocou ou vai adotar placas fotovoltaicas até o fim de 2021. “Para quem já tem [as placas], está instalando ou tem parecer de acesso, não muda nada. Para sempre, porque essas pessoas fizeram o contrato quando as regras não pre-

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divulgação usesol

O equipamento precisa ser limpo para garantir a eficiência

viam as tarifas”, afirmou o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos - MG). Entre outras coisas, na proposta, além da manutenção eterna da isenção para quem já possui o sistema, está prevista uma tarifa mais branda

do que a proposta pela Aneel em seu relatório em 2019. A ideia é cobrar apenas o serviço da distribuição, que equivale a 28% da tarifa cheia e de forma gradativa. O relatório da agência de 2019 propunha, além do pagamento da distribuição, a cobrança da transmissão, bem como de encargos e perdas do sistema elétrico, o que representaria 62% da tarifa cheia. Segundo Andrada, no caso da geração distribuída local (quem tem placa no próprio telhado), a proposta é que o pagamento da tarifa comece a partir de 2022, quando os donos dessas placas pagarão 10% da tarifa da distribuição. De forma escalonada,


Manutenção e limpeza em dia Para quem já tem seus painéis fotovoltaicos instalados, é importante saber que a manutenção e a limpeza deles devem ser feitas para que sua eficiência não seja comprometida. A revista Condomínio etc. ouviu um especialista no assunto, Adwilson Dias Raposo, diretor da Solforu Energia, empresa pioneira em sistemas conectados à rede no Brasil, com foco 100% em energia solar fotovoltaica. A Solforu tem mais de 1.300 sistemas comercializados e instalados pelo Brasil, 2.500 parceiros cadastrados e mais de 13 mil alunos formados. São mais de 14 MWp de potência instalados. A empresa, ao apresentar uma proposta a um cliente, além de dirimir todas as dúvidas existentes no que tange à legislação brasileira para o setor, gera um relatório que demonstra o investimento feito pelo usuário, que contém o desembolso mês a mês e o retorno em função

néis criam uma película protetora dos raios solares, e o que precisamos, para que os painéis ofereçam performance, é que os painéis estejam livres dessas micropartículas.

divulgação usesol

a cada dois anos, a alíquota crescerá 20 pontos percentuais, chegando a 100% em 2032. A expectativa é que o projeto seja apresentado ao Congresso já no início de fevereiro. Vamos aguardar as novidades.

da instalação do sistema. A seguir, alguns esclarecimentos: Condomínio etc. – De quanto em quanto tempo um painel deve ser limpo? Isso varia de acordo com o local em que ele está instalado? Exemplo: área urbana ou área mais arborizada? Solforu Energia – Não existe uma regra específica quanto à limpeza dos painéis. Há quem diga, por exemplo, que não há necessidade de limpeza, que a água da chuva se encarrega de fazê-lo. Mas o que observamos é que, quando ocorrem faxinas periódicas nos painéis, seu rendimento tende a ser maior em comparação com os que não são limpos. Incentivamos nossos clientes a lavarem seus painéis pelos menos três vezes ao ano. Cetc. – A sujeira pode reduzir a eficiência dos painéis? SE – Sim. As micropartículas de sujeira acumuladas em cima dos pai-

Cetc. – O proprietário pode limpar seu painel sozinho ou uma empresa deve ser chamada? Que tipo de produto se usa? SE – Não aconselhamos que o proprietário a limpe sozinho. Geralmente, por não estar familiarizado com o risco de subir em um telhado, por exemplo, acaba negligenciando o quesito segurança. Somente por esse fato não indicamos que o usuário faça a limpeza, que em si é simples. Cetc. – Deve-se evitar o horário com muito sol para proceder à limpeza? SE – Sim, evitamos os horários de pico do sol para limpar os painéis. Não para sua proteção, mas pela segurança da pessoa que vai fazer a limpeza. Cetc. – O cloro presente na água pode danificar os painéis? SE – Não. O que deverá ser evitado é o uso de produtos abrasivos.

Serviço Solforu Energia

Tels.: (21) 99490-7229/3620-8406 www.solucionae.com.br

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Legislação | Por André Luiz Junqueira

Considerações sobre expulsão de ocupante antissocial do condomínio Fugindo um pouco da abordagem científica que costumo utilizar em meus textos, farei algumas considerações e um breve histórico sobre o assunto, mas sem abandonar a técnica jurídica, que é pertinente. No ano de 2007, publiquei meu primeiro artigo sobre o tema, sob o nome de “Possibilidade de exclusão de condômino antissocial” (o artigo pode ser encontrado facilmente em periódicos jurídicos da época e na internet). Inspirado pelos professores Martinho Miranda (coordenador e professor da pós-graduação de direito imobiliário da Abadi) e, principalmente, pelo hoje desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo sustentei que: (1) antissocial é todo condômino ou ocupante que desrespeita alguma norma do condomínio; (2) nem todo antissocial gera incompatibilidade de convivência; (3) se o comportamento nocivo do antissocial for tamanho, ele poderá ser removido do convívio do condomínio, permanecendo seu direito de alugar ou vender seu imóvel se for

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André Luiz Junqueira Sócio titular da Coelho, Junqueira e Roque Advogados. Autor do livro Condomínios – Direitos & Deveres. Membro da Comissão de Direito Urbanístico e Imobiliário da OAB-RJ e consultor da revista Condomínio etc.

proprietário; (4) a lei não adotou o provérbio “os incomodados que se mudem”, pelo contrário, o direito de vizinhança, sob determinados aspectos, tem mais força do que o direito de propriedade ou de alguns de seus poderes inerentes (especialmente o uso). Tese que repeti no meu livro, publicado em 2013. O artigo que publiquei foi útil para, pelo menos, dois casos de expulsão de condôminos no país: um casal que se agredia mutuamente em São Paulo, em 2009 (TJSP – processo cautelar nº 583.00.2009.174935-9) e um proprietário que escravizava e abusava de mulheres em seu apartamento no Paraná, em 2012 (TJPR – AC – 957743-1). Em uma rápida análise, é possível indicar dois motivos principais para que não sejam tão comuns termos decisões judiciais que determinem a exclusão de determinado morador de seu condomínio. O primeiro é a falta de convicção dos juízes de que há possibilidade jurídica de um pedido que culmine na remoção do indivíduo do condomínio – algo to-


talmente natural e compreensível, pois nossa legislação não é clara o suficiente. O segundo motivo, e mais lamentável, é a falta de critério na propositura de ações que visam a tal exclusão, tanto por erro de julgamento do condomínio quanto pela ausência de avaliação rigorosa do advogado do condomínio. Como dizia o saudoso advogado Sobral Pinto: “O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da Justiça. Só depois de que eu me convenço de que a Justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição.”. Uma das responsabilidades do advogado do condomínio é ser o primeiro a questionar o direito alegado pelo condomínio, colocando-o à prova, como se fosse o juiz da causa. Apesar de o advogado ser contratado e remunerado pelo seu cliente, seu compromisso principal é para com a Justiça. Ao longo de quase 15 anos de advocacia, foram apenas três as ações que propus representando condomínios que tinham interesse em excluir moradores da edificação. Casos tão sérios que, se não fossem combatidos, obrigaria os demais moradores a mudarem de domicílio, pois não

aguentavam mais viver no mesmo condomínio que o antissocial. O primeiro caso que julguei ser digno de um pedido judicial de exclusão foi em um condomínio no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. O proprietário do imóvel e seus visitantes faziam algazarras praticamente diárias e graves. Contudo, a ação foi extinta sem julgamento do mérito, pois o condômino faleceu antes da sentença, vítima de sua vida complicada, que lhe era tão nociva ou mais do que para os vizinhos. Outra situação ocorreu em um condomínio no Humaitá, também no Rio de Janeiro. O proprietário antissocial agrediu dois porteiros noturnos com spray de gengibre nos olhos, bem como ameaçava frequentemente outros condôminos. Apesar de liminar concedida a favor do condomínio para que ele não frequentasse mais nenhuma área comum (assembleias, inclusive) e não se dirigisse a ninguém, a ação também foi extinta sem julgamento do mérito, pois o condômino tirou a própria vida antes do término da ação. Maior prova do perigo que esse morador representava para ele ou os demais não há. Por fim, agora em novembro de 2019, em um condomínio em Ipanema, Rio de Janeiro, houve sentença para determinar o afastamento do proprietário antissocial do condomínio (TJRJ – 0183751-55.2018.8.19.0001), tendo

em vista as ameaças e perturbações que causava aos demais moradores. Nas situações mencionadas, sequer houve tentativa de se aplicar multa ou convocar assembleia para julgar a conduta nociva do indivíduo, ante o justificado receio de agressão, caso tentassem tomar uma medida extrajudicial. A saída foi criar um abaixo-assinado para demonstrar a reprovação dos demais e produzir provas (vídeos e fotos, pois ninguém testemunharia com tal risco) para convencer o juiz da justiça da medida solicitada. Pela experiência que tive, todas as ações tiveram efeitos positivos para, pelo menos, reduzir os distúrbios causados pelo antissocial, pois, assim que propostas, o morador passou a não mais importunar os demais – com o temor de ser condenado pelo juiz. No entanto, em todos os casos, o Poder Judiciário poderia ter sido mais veloz nas decisões definitivas, algo que ainda é um grande desafio, diante da quantidade impressionante de ações que são propostas todos os dias. Infelizmente, viver ou trabalhar em condomínio pode se tornar complicado e perigoso. No entanto, se o comportamento de determinado morador, seja proprietário ou não, gerar incompatibilidade de convivência grave, dependendo da intensidade, da repetição e das provas das transgressões, o condomínio pode e deve avaliar medidas para sua exclusão.

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| Atualidade

Governo Bolsonaro acaba com multa de 10% paga pelo empregador em demissão sem justa causa O presidente Jair Bolsonaro acabou com a multa de 10% do FGTS paga pelo empregador ao governo em caso de demissão sem justa causa. A Lei nº 13.932, que trata do assunto, foi publicada em 12 de dezembro último no Diário Oficial da União e passou a valer em 1° de janeiro de 2020, e não interfere nos 40% que devem ser pagos ao trabalhador dispensado. De acordo com Bolsonaro, a medida provisória convertida em lei reduzirá o custo do trabalhador para a

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empresa, porque vai abrir uma folga de R$ 6,1 bilhões no orçamento, sem afetar o valor que deve ser recebido em caso de demissão. A multa de 10% foi implementada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em 2001, pela compensação e reparação de perdas históricas, incluindo a era Collor. Ainda que a fatura já estivesse liquidada, o governo brasileiro manteve a cobrança ao empregador. O governo espera que a redução de encargos trabalhistas possa

servir de estímulo para reaquecer a economia e amenizar o desemprego. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo IBGE no fim de novembro, a taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar: em outubro, caiu para 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Os dados do IBGE mostram que o resultado do desemprego foi influenciado pelo aumento do trabalho informal ou por conta própria e do número de pessoas que trabalham menos horas do que gostariam.


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| Bem dita! – a coluna de boas notícias Por Stella Maris Cermeño Mendonça (smarismendonca@gmail.com)

Até aqui chegamos vencendo obstáculos e encontrando sentidos, graças a Deus! Que esta coluna Bem Dita!, nascida da necessidade de veicular e divulgar o que de bom há, traga, neste novo ano, sempre com sua participação, leitor(a), notícias inspiradoras. Paramahansa Yogananda disse: “Atravesse os portais do Ano Novo com renovada esperança. Lembre-se de que é um filho de Deus. Aquilo em que você se tornará depende de você mesmo. (…) Ele o ama eternamente. Pense nisso. Acredite nisso. Saiba isso.”. A primeira e boa notícia do ano é que está em formação um espaço de leitura na CIPA. Como já foi noticiado aqui, uma das bibliotecas comunitárias da zona rural de Petrópolis, montada e premiada ao longo de muitos anos, foi fechada por falta de apoio.

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Parte de seu acervo estará disponível na CIPA, que reconhece a importância da leitura e espera formar, junto a seus funcionários e colaboradores, um público desejoso da troca de ideias e do desfrute literário. Em breve, noticiaremos a inauguração e seu pleno funcionamento.

Os órfãos “Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a

mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. (…) Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade; não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois frequentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que equivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos (um espírito familiar, Paris, 1860).”


Suipa lança calendário 2020 para apoiar a sobrevivência dos animais Com 76 anos de existência (fundada em 27 de abril de 1943), a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) é uma associação particular, não eutanásica, sem fins lucrativos e de utilidade pública. O calendário da Suipa já é uma tradição que marca o ano novo quando, provavelmente, persistirá a dura realidade dos animais que vivem o abandono, os maus-tratos e crueldades. Sylvia Rocha, diretora social da instituição, diz: “Junto com o nascer de 2020, vêm a esperança, a fé e a coragem para transformar essa triste realidade. No Brasil, vivem hoje cerca de 30 milhões de animais abandonados. Parece difícil reverter esse índice assustador, mas acreditem que podemos fazer a diferença na vida de alguns deles quando são adotados, acolhidos, quando suas vidas são salvas! A cada vitória, nossos corações vibram de alegria. Coração suipano é azul e forte! Deliciem-se com lindos corações azuis que enriquecem nosso calendário de 2020 cujo lema é: Coração suipano vibran-

do dentro do peito.”. As fotos são de autoria de Leo Castro, que presenteou o lindo trabalho. Toda a renda obtida com a venda do calendário é revertida para ajudar a manter vivo o trabalho da Suipa. Graças à dedicação de voluntários e apoiadores, há dois abrigos operantes: um santuário na zona rural do estado do Rio de Janeiro, que abriga animais de grande porte, como cavalos, porcos, bodes, vacas e bois, e uma sede central, em Benfica, composta por abrigo e ambulatório, com assistência veterinária a preços populares para que todos possam garantir a saúde de seus animais de estimação.

A Suipa trabalha incessantemente para transformar a realidade dos animais abandonados, por meio de ações sólidas de resgate, recuperação, esterilização e reintegração à sociedade, com a ajuda de campanhas de adoção, tanto em sua sede quanto em campanhas itinerantes, com o nome “Adote um Focinho Carente”, que ocorrem em diversos bairros da cidade. Essas campanhas promovem a adoção responsável e, nelas, estão à venda produtos com a marca Suipa, cuja renda integral é revertida à associação. Também são promovidas ações sociais, como palestras em instituições de ensino, que apresentam a realidade dos maus-tratos e promovem a conscientização do respeito aos animais “não humanos”. Outra ação é a chamada “Rabinho Feliz”, que fomenta a visita de cães a abrigos de idosos e de crianças. O resultado dessa troca de afeto é a melhoria da qualidade da vida dessas pessoas, que passam por momentos de grande fragilidade.

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| Bem dita!

sos emergenciais. Por não receber nenhum insumo ou apoio do poder público, seja federal, estadual ou municipal, a instituição precisa muito da ajuda da sociedade. O calendário pode ser adquirido na sede da Suipa, nos eventos de rua (divulgados no site e nas mídias sociais) e na loja virtual, no site www.suipa.org. br, pelo valor de R$ 20.

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A leitura e/é chocolate Além de delicioso, o ato de ler é um bem para a saúde do indivíduo e do tecido social. Vários países do mundo pesquisam o assunto. Superando o ato de ouvir música, fazer caminhadas e tomar uma xícara de chá, a leitura pode reduzir radicalmente o estresse que suga nossa energia, desregula a libido e deixa a pessoa mais vulnerável a doenças. A leitura estimula também regiões neurológicas do cérebro, fazendo com que se viva a experiência lida. Uma palavra que expresse odor ativa regiões cerebrais olfativas, responsáveis pelo cheiro. Leituras sobre ações estimulam o córtex motor, a seção de movimento do cérebro. Um estudo

Stella Maris C. Mendonça

Nos abrigos da Suipa (sede e santuário) são acolhidos cerca de 4 mil animais, que consomem uma imensa quantidade de ração diariamente. Há 130 funcionários – entre veterinários, enfermeiros, alimentadores, faxineiros e administrativos – com os direitos trabalhistas garantidos. A instituição sobrevive unicamente com as contribuições de seus quase 6 mil associados e colaboradores em todo o país, que, periodicamente, promovem ações de ajuda por entender a vital importância dessa associação na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, por causa da grande carência de políticas públicas para assistência veterinária, a população recorre à Suipa em ca-

da Universidade do Norte do Texas descobriu que leitores idosos estão mais satisfeitos com a vida. Além de tudo isso, um bom livro defende sua memória. Estudos neurológicos já verificaram que atividades mentais preservam a cognição e afugentam o temido Alzheimer. Vale lembrar nosso Ziraldo: “Ler é mais importante que estudar.”.

La lectura es el viaje de los que no pueden tomar el tren. La Boca, Buenos Aires.


Felisberto Leo, sempre otimista, contribui com uma aclamação à cidade do Rio de Janeiro. Em meio ao caos, estejamos sempre sensíveis à beleza, às artes, ao vigor de nossa gente. “Descubra a cidade do Rio de Janeiro. Não precisa de correria. A cidade, bem como o mundo, não vai acabar hoje. Portanto, muita calma nessa minha proposta. Mas sempre devemos considerar que viver e saber das coisas, exclusivamente, com base na opinião dos outros pode fazer falhar nossa avaliação. Precisamos ir lá e ver. Tirar nossas conclusões a respeito do Rio de Janeiro. Afinal de contas, uma boa caminhada pelos espaços do Jardim Botânico é uma forma inteligente de conhecer a diversidade de nossa botânica. E mais: exposições, livros (incluindo um setor de obras raras), moedas, obras de arte e coisas semelhantes – reserve um dia inteiro para andar pelo Centro Cultural Banco do Brasil, Correios e Justiça Federal; pela Casa França Brasil; pela Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes, com sua riquíssima pinacoteca. Antes de sair da Região do Porto Maravilha, aprecie o jeito carioca de ser no Museu de Arte do Rio: um maravilhoso prédio com anexo e cobertura esvoaçante, como se estivesse sendo balançada pelo vento. Siga em diagonal e vá ao Museu do Amanhã. Deite-se no chão, cabeça nos almofadões, olhe para o teto e viaje até ao cosmos, onde tudo começa e onde tudo termi-

na. São oito minutos numa espetacular experiência tecnológica. Descanse um pouco, mate a sede e caminhe até o Mosteiro de São Bento, ali perto, e que pode ser visto lá do Museu do Amanhã. Mas não basta ver: tem que entrar e visitar. Muito rico, muitas histórias, tradição e demonstração de fé, esperança e caridade. Embarque no VLT e siga para o Centro da cidade. Bem no coração do Largo da Carioca, dos pujantes edifícios e da Estação Carioca do metrô. Salte na estação do Catete e caminhe pelos jardins do Palácio do Catete, investigue e viva o clima do Rio de Janeiro, capital do Brasil, sonhe com o presidente Getúlio Vargas saindo a pé para ir almoçar ou tomar café com amigos nos arredores. Entre no Museu da República, viva seus salões e salas, o quarto do presidente e seu momento derradeiro. Voltando-se para a Praia do Flamengo, aprecie o Bondinho do Pão de Açúcar e a orla da Baía da Guanabara. Siga em frente. Agora você já está no bairro do Cosme Velho, onde, na estação de acesso ao Cristo Redentor, pode tomar um trem moderníssimo e, numa viagem maravilhosa pela Floresta da Tijuca, chegar ao topo. Lá no alto será possível descortinar toda a cidade, prédios famosos, uma privilegiada visão da

zona sul e da famosa Praia de Copacabana. Ao voltar ao bairro do Cosme Velho, não deixe de visitar a Casa Roberto Marinho, um centro cultural com exposições permanentes de artistas renomados e jardins maravilhosos, muito bem cuidados. Receba gratuitamente crônicas. Basta solicitá-las pelo cronicaquinzenal@gmail.com

Dia de 2 de fevereiro de 1988 – a Plenária da Constituinte aprova a emenda, de autoria do deputado federal Carlos Alberto Caó Oliveira, que estabelece o racismo como crime inafiançável e imprescritível. “Se alguém varre ruas para viver, deve varrê-las como Michelangelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia.” Martin Luther King Jr.

“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar, motivos para ficar.” Dalai Lama

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| Estatísticas

Imóveis Ofertados Rio de Janeiro

VENDA

Cobertura 14,7% Casa10,4% Flat 1,6% Quitinetes 1,3% Apartamento 72%

VENDA Tipo de Imóvel

1 Qt

2 Qts

3 Qts

4 Qts

TOTAL

%

Apartamento

8.096

33.800

30.767

11.559

84.222

72

Casa

321

3.505

6.384

7.024

17.234

14,7

Cobertura

210

2.036

5.999

3.913

12.158

10,4

Quitinete

1.910

**

**

**

1.910

1,6

Flat

TOTAL

884

586

23

**

1.493

1,3

11.421

39.927

43.173

22.496

117.017

100

Locação Cobertura 9,6% Casa 6,7% Flat 3,1% Quitinete 2%

Apartamento 78,6%

LOCAÇÃO Tipo de Imóvel

1 Qt

2 Qts

3 Qts

4 Qts

TOTAL

%

Apartamento

2.284

6.203

4.377

1.630

14.494

78,6

258

504

383

620

1.765

9,6

Cobertura

37

247

510

442

1.236

6,7

Quitinete

579

**

**

**

579

3,1

Casa

Flat

TOTAL

228

143

4

**

375

2,0

3.386

7.097

5.274

2.692

18.449

100

fonte: SECOVI RJ.

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