Jornal Cidade sem Barreiras - Edição 8

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Mostra de cinema no Centro Cultural Vergueiro tem como destaque filme sobre os 100 anos da primeira greve no Brasil e a morte do sapateiro espanhol José Martinez. Pág. 11

Pessoa com deficiência é destaque

Trata-se de Adriele Silva (foto) que teve que amputar as duas pernas abaixo do joelho por causa de uma infecção generalizada. Pág. 2 Edição 08 - 09 a 22 de fevereiro de 2018

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A escola de samba Vai Vai, da Bela Vista, região central, promete levantar o público com surpresas. Pela primeira vez na sua história, um dos destaques será uma pessoa com deficiência. Foto: Reprodução Facebook

Foto: Mostra Cinema Reprodução

Centro Cultural tem filmes paulistas

(11) 94538-2027

Fila pela vacina da febre amarela gera indignação

São Paulo Centro-Oeste (Perdizes, Pompeia, Lapa, Pinheiros, Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Higienópolis e Jardim Paulista) Centro-Sul (Aclimação, Água Funda, Cambuci, V. Clementino, Cerqueira Cesar, Cursino, Ipiranga, Jabaquara, Liberdade, Mirandópolis, Paraíso, Planalto Paulista, Praça da Árvore, Sacomã, Saúde, Vila das Mercês, Vila Mariana)

Foto: Agência Dmais

Passageiros correm riscos perto de pontos de ônibus

Incluídas às pressas na campanha de vacinação fracionada após a morte de um bugio por febre amarela no zoológico, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos distritos do Cursino, Sacomã, Jabaquara e Cidade Ademar, zona sul, não conseguem dar conta da demanda. Na madrugada, em frente às unidades, formam-se enormes filas à procura da vacina, provocando indignação nos moradores, como na UBS São Vicente de Paula, no Ipiranga (foto), reservada para aplicar a vacina em pessoas com viagens agendadas para o Brasil e exterior. Pág. 6

Minhocão poderá também ter os sábados livres Foto: Agência Dmais

Foto: Agência Dmais

Apesar de estarem equipadas com coberturas, bancos e informações sobre as linhas, paradas de ônibus da região central e oeste apresentam problemas que colocam em risco a segurança e até mesmo a saúde pública dos passageiros. Na Rua Senador Queiróz, nº 600, (foto), água parada com sujeira e restos de alimentos pode ser foco de leptospirose. Pág. 4

Após ter sido aprovado na Câmara Municipal em dezembro, o projeto de lei que amplia os horários de fechamento do Minhocão para trânsito de veículos aos sábados e feriados, aguarda a sanção do prefeito João Doria. Pág. 8


Acessibilidade

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EIS A QUESTÃO...

VAI VAI

VIAGENS INTERMUNICIPAIS

Pessoa com deficiência será destaque no desfile *Rúbem Soares

Samba com fé. Adriele Silva teve que amputar as duas pernas abaixo do joelho.

* Psicólogo, mestre e doutorando em Educação Especial pela Faculdade de Educação da USP

Foto: Reprodução Facebook

Alalaô-ôôô-ôôô... Folia para todos? Ainda é incipiente a discussão de um dos direitos essenciais a todo cidadão e, obviamente, às pessoas com deficiência: o lazer e (por que não?) a folia. É claro que, em uma sociedade que não prioriza a acessibilidade na vida cotidiana e não respeita a pessoa com deficiência nos seus mais básicos direitos, pode soar estranho exigir acessibilidade no lazer. Mas, entendo que devemos, sim, fazer tal exigência. Afinal, a pessoa com deficiência também tem direito ao ócio e, consequentemente, ao lazer. Chegou a hora de exigir responsabilidade das autoridades e promotores dos blocos de carnaval, das escolas de samba, de todas as demais atrações carnavalescas. Sem se preocupar com o público com deficiência e mobilidade reduzida, limita-se a participação na festa. Ou seja, mais uma vez, essa população se vê com seus direitos restritos. Ora, se a pessoa com deficiência vai cair na folia ou não, é uma opção exclusiva dela. Assim como sempre defendi o direito de acessibilidade total nos cultos e rituais religiosos. A sociedade não pode fazer juízo de valor sobre as opções de nenhum cidadão. Desse modo, deve-se proporcionar acessibilidade irrestrita às pessoas com deficiência, seja na escola, no trabalho, nos templos religiosos, no lazer e na folia de momo. E ela, de forma autônoma e soberana, escolha para onde quer ir passar o carnaval: na igreja, no Sambódromo, em Salvador ou em Curitiba. Quando a pessoa com deficiência poderá ter esse direito de escolha, sem se preocupar com a falta de acessibilidade? Alalaô-ôôô-ôôô... Eis a questão...

Idosos têm direito à gratuidade Foto: Divulgação

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Diretoria da Vai Vai apresenta Adriele como destaque em carro alegórico Maior vencedora do Carnaval paulistano, com 15 títulos, a escola de samba Vai Vai, da Bela Vista, região central, promete levantar o público com surpresas inusitadas em seu samba enredo em homenagem a Gilberto

Gil. Pela primeira vez na sua história, um dos destaques em cima de um dos carros alegóricos será uma pessoa com deficiência. Trata-se de Adriele Silva, 30 anos, que, em 2012, teve que amputar

as duas pernas abaixo do joelho por causa de uma infecção generalizada. Moradora de Jundiaí, a moça havia contraído infecção de urina e acusa o hospital de negligência médica. Após mais de dois meses internada, grande parte na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em coma induzido, ela recebeu próteses nas pernas. E hoje, tornou-se atleta de triatlo, que reúne provas de natação, ciclismo e corrida. Pouco antes do Natal, Adriele recebeu o convite da consagrada escola do bairro do Bixiga para desfilar. “É uma honra ter um papel especial neste carnaval! É uma atividade importante de inclusão poder representar as pessoas com deficiência”, declarou durante a sua apresentação pela direção da Vai Vai. “Vou sambar com fé”, em alusão à homenagem ao cantor e compositor baiano. A Vai Vai, que nasceu em 1930, entra na passarela no sábado, dia 10. ROSAS DE OURO – Com 7 títulos em sua trajetória no carnaval paulistano, a Sociedade Rosas de Ouro, do bairro do Limão, zona norte, contará no Sambódromo do Anhembi com 140 pessoas com deficiências física, auditiva, neurológica e visual. A Escola vai homenagear os caminhoneiros e as saudades que deixam nas suas famílias ao se aventurar pelas estradas no seu trabalho. A Rosas de Ouro, fundada em 1971, desfila na sexta, dia 9. CSB Por André Kuchar

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EXPEDIENTE

O jornal Cidade Sem Barreiras traz ao leitor informações de utilidade pública, lazer e entretenimento, promovendo a cidadania. Com uma atenção especial sobre as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, procura estimular políticas de inclusão e acessibilidade ao Poder Público e ações das empresas e da sociedade em geral. A publicação também traz para a sociedade uma nova visão sobre as pessoas com deficiência, colaborando com a quebra de antigos paradigmas e criando uma nova imagem para esse grupo na sociedade. Com distribuição gratuita, o jornal Cidade Sem Barreiras tem periodicidade quinzenal e circula na cidade de São Paulo. A circulação da edição Centro-Oeste se dá nos seguintes bairros: Perdizes, Pompeia, Lapa, Pinheiros, Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Higienópolis e Jardim Paulista, atingindo um público de mais de 360 mil pessoas. A distribuição é feita nas principais ruas da região e também nos órgãos públicos, nas escolas, universidades, associações, clínicas e nos consultórios médicos, parques, terminais de ônibus e em estações de trem e metrô.

Diretor Executivo: Rúbem Soares Editor: André Kuchar (MTB 15.513) Editor de Arte: Rodolfo L. Pereira Revisora: Eliza Padilha Diretor de Publicidade: Denílson Nalin Diretor Comercial: Luciano Cesar Guastaferro Circulação: Luciano Cesar Guastaferro Editado e distribuído por MAIS Editora (CNPJ 03.354.003/0001-11) em parceria com ADESO - Associação para o Desenvolvimento Educacional, Cultural, Social e de Apoio à Inclusão, Acessibilidade e Diferença

Gratuidade é garantida em lei Garantida pela Lei nº 15.179, de 2013, pessoas idosas com mais de 60 anos de idade têm direito à gratuidade nas viagens entre as cidades no Estado de São Paulo. Dois assentos ficam à disposição dos passageiros idosos em cada um dos ônibus que operam nas linhas rodoviárias de todo o estado. Para receber o benefício, é preciso reservar a passagem com 24 horas de antecedência na empresa de transporte e chegar à plataforma meia hora antes do embarque. No momento da reserva, o idoso deve fornecer o número do CPF e do RG. De acordo com a lei, as poltronas deverão estar em locais de fácil acesso para o embarque e desembarque e devidamente identificadas. A reserva precisa ser feita com no máximo cinco dias de antecedência nos canais de atendimento para venda de passagem disponibilizados pela viação. Decorrido o prazo para a reserva, a companhia pode vender os bilhetes correspondentes aos assentos, mas enquanto os lugares não forem vendidos, os idosos podem requerer a gratuidade, mesmo faltando menos de 24 horas da data de início da viagem. A lei prevê multa de R$ 4.028 em caso de seu descumprimento. A ação da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) integra o Programa São Paulo Amigo do Idoso, lançado em 2012. CSB

Rua da Contagem, 201 - Saúde CEP: 04146-100, São Paulo Telefone: (11) 5581-3182 Impressão: Folha Gráfica O jornal Cidade Sem Barreiras não se responsabiliza por opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados ou por quaisquer conteúdos publicitários e comerciais, sendo estes de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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BURACOS E SUJEIRAS

BOCA NO TROMBONE

Problemas em pontos de ônibus colocam passageiros em risco

Calçada de CDC vira depósito de entulhos

Foto: Agência Dmais

Região central e oeste. Passageiros enfrentam dificuldades para embarcar, desembarcar e até permanecer nas paradas.

Foto: Divulgação

Calçada cheia de entulhos e mato

Fotos: Agencia Dmais

Prefeitura realizou limpeza geral

Na Rua Heitor Penteado água suja é frequentemente lançada nos passageiros

Na Rua da Figueira, passageiro “dribla” bueiro com tampa quebrada: perigo

Apesar de estarem equipadas com coberturas, bancos e informações sobre as linhas que passam pelo local, paradas de ônibus da região central e oeste apresentam problemas que colocam em risco a segurança e até mesmo a saúde pública dos passageiros. No ponto da Rua da Figueira, altura do nº 215, no centro, a tampa do bueiro de captação de águas pluviais está destruída e com vãos abertos. Próximo da trilha de piso tátil, apresenta riscos não somente aos passageiros, mas também aos pedestres que caminham pela calçada. “É muito perigoso, principalmente para quem desembarca dos ônibus, pois não há como notar e, numa distração, a pessoa pode cair e se machucar”, comenta o corretor de imóveis

sandálias, por exemplo, pegar leptospirose?” Passageiros que utilizam a parada da Avenida Heitor Penteado, nº 1230, em frente à Estação Metrô Vila Madalena, zona oeste, também enfrentam dificuldades para embarcar enquanto aguardam as suas conduções. O motivo: um buraco perto da guia acumula e espalha água das chuvas com sujeiras quando os ônibus param no local. “Faz pouco mais de um mês que uso esse ponto e desde então o buraco continua aumentando de tamanho e recebendo cada vez mais água”, relata o supervisor de uma loja comercial, Jeferson R. de Souza. Ele aguarda a sua linha em direção à Vila Leopoldina, bairro onde trabalha. “Alguns motoristas não percebem o buraco e

aposentado Raul M. Fontes, morador do Tatuapé. “A Prefeitura deveria ter mais atenção com esses bueiros”. Não muito distante desse local, o problema é de outra natureza, mas expõe passageiros a riscos de contrair doenças. No ponto do canteiro central da Avenida Senador Queiroz, nº 600, perto do Mercado Paulistano, há um desnível no piso que circunda um poste de ferro dos tempos da Light, forma uma grande poça de água parada cheia de detritos. “Quem sai ou entra nos ônibus tem que desviar dessa sujeira toda”, observa o office boy Luiz D. da Silva, morador do Grajaú. “Quem garante que nessa sujeira, com restos de alimentos jogados, não possa ter urina de ratos misturada e aí uma mulher de

quando brecam jogam água nas pessoas, muitas delas estão distraídas no ponto e não se distanciam dele”. PROBLEMA DA SPTRANS – Acerca do problema na parada da Avenida Heitor Penteado, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Regional da Lapa informou que “como o buraco encontra-se em área de corredor de ônibus, a responsabilidade pelo reparo na via é da SPTrans”. Contatado, o órgão não se manifestou até a conclusão desta edição. Também procurada, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Regional Sé não encaminhou resposta sobre os problemas mencionados na região central. CSB Por André Kuchar

Casa de ferreiro, espeto de pau. Esse ditado popular se encaixa de maneira perfeita ao que ocorre na calçada da Rua Jamil Safady, em frente ao CDC (Clube Desportivo da Comunidade) Sérgio Souza Lopes, área municipal de administração indireta. O local é frequentemente utilizado para descarte clandestino de sacos de entulhos, abandono de móveis antigos, restos de madeira e até mesmo detritos. Para piorar a situação, o passeio público ainda está tomado por mato. Transitar nesse trecho da calçada é missão impossível para pedestres. “Com essa sujeira, não há como caminhar por ela”, conta a professora aposentada Regina Helena de Souza. Ela reside nessa rua. “É problema antigo. Sempre reclamo na prefeitura, mas também sempre demoram para limpar”. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura Regional Lapa informou que os “CDCs são áreas públicas municipais cedidas e responsáveis pela zeladoria, mas quando têm dificuldades as prefeituras regionais analisam caso a caso. E que no dia 30 de janeiro uma equipe esteve no local e realizou serviço de limpeza e poda do mato. Já as fiscalizações são feitas após denúncias recebidas pelo 156, praça de atendimento e site da prefeitura. E que a Polícia Ambiental da GCM (Guarda Civil Metropolitana) é o órgão responsável pelos flagrantes nos descartes clandestinos”. CSB


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FEBRE AMARELA

VOCÊ DECIDE

Postos de saúde da zona sul não conseguem atender à demanda

Asfalto novo beneficia ruas

Foto: Divulgação

Fracionada. Quatro distritos da zona sul foram incluídos na campanha de vacinação após morte de bugio.

Foto: Agência Dmais

Avenida Jabaquara com asfalto novo

Na entrada da UBS no bairro do Ipiranga usuários do SUS e viajantes atrás de informações e da vacina Incluídas às pressas na campanha de vacinação fracionada após a morte de um bugio por febre amarela no zoológico, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos distritos do Cursino, Sacomã, Jabaquara e Cidade Ademar, zona sul, não conseguem dar conta da demanda. De madrugada, em frente às unidades, formam-se enormes filas à procura da vacina, provocando indignação nos moradores. Inicialmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) havia anunciado 16 distritos do extremo leste e sul como prioritários para essa fase da vacinação, que termina em 24 de fevereiro. Novos distritos serão incluídos na campanha nos próximos meses, com a previsão de cobrir toda a cidade até o fim de maio. Hoje, 139 UBS estão participando da campanha. Em 17 unidades a dose é fracionada e para viajantes do território nacional. Em outros três, para as pessoas com via-

gem internacional a áreas que exijam a vacina; nesses casos, é administrada a dose completa. Antes de a situação ser deflagrada, o secretário da Saúde, Wilson Pollara, havia anunciado que as senhas para vacinação seriam entregues nas residências. No entanto, somente moradores cadastrados nas 87 unidades que possuem o programa ESF (Estratégia de Saúde da Família) recebem as senhas em casa. Nas demais 52 unidades os moradores devem retirar as senhas nos postos e ainda agendar a vacinação. Assustados com o crescente número de óbitos, que no intervalo de uma semana no fim de janeiro saltou de 52 para 61 no Estado de São Paulo, moradores têm encontrado dificuldades para receber a vacina. A UBS São Vicente de Paula, no Ipiranga, é referência para viajantes. Lá, a partir das 7h, são distribuídas 400 senhas que atendem também usuários do SUS. Desde

a madrugada, forma-se fila que dobra o quarteirão, provocando queixas. “Cheguei às 5h30 e fui uma das últimas a receber a senha”, disse a aposentada Renata Vigliar, moradora da Praça da Árvore. No dia 31 de janeiro, pouco antes das 10h ela esperava a sua vez para a vacina. “Tenho de viajar para o interior de São Paulo”. Na entrada da unidade, em meio à aglomeração de pessoas, o técnico de manutenção de aparelhos hospitalares, Roni de O. Carvalho, não continha a sua revolta. “Tenho de ir a trabalho depois de amanhã para Mairiporã, área de alto risco, e ainda não consegui ser vacinado”, revelou. “Estive em São Caetano do Sul, mas sem comprovante de residência, negaram. Moro em São Paulo. E no posto da Vila das Mercês não consegui. Vou passar repelente, mas se pegar a doença vou entrar com processo contra o governo”, desabafou. CSB

Confira os postos de vacinação Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a dose fracionada segue recomendação do Ministério da Saúde e os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS). A dose padrão poderá vacinar até cinco pessoas e tem a eficácia por, no mínimo, oito anos. Os endereços das unidades da campanha e os postos para viajantes podem ser conferidos no site ( http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Unidades%20para%20vacinacao%20 FASE%2002_29%2001.pdf ) E acesse http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ para saber qual a sua UBS de referência. Por André Kuchar

As avenidas Jabaquara e Ibirapuera, na zona sul, foram contempladas no Programa Asfalto Novo, da prefeitura, mas a Prefeitura Regional da Vila Mariana decidiu lançar enquete em seu site (https://pt.surveymonkey.com/r/ XC5D3MZ) para novas indicações dos moradores da região. De acordo com a Assessoria de Imprensa da Regional Vila Mariana, até 30 de janeiro, no topo das preferidas estava a Avenida Ricardo Jaffet/Abraão de Morais com 25 votos, seguida da Avenida Lins de Vasconcelos com 14 e Rua Loefgren com 9. O resultado será encaminhado à Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais para decisão sobre as próximas vias beneficiadas pelo programa. Pela primeira vez, os recursos do programa vêm do fundo de multas, com investimento total de R$ 350 milhões para melhorias em vias nas 32 prefeituras regionais. MAIS VIAS CONTEMPLADAS – A segunda fase do programa Asfalto Novo também vai beneficiar mais seis vias na região da Prefeitura Regional Vila Mariana: Avenida Lacerda Franco (entre Avenida Lins de Vasconcelos e Rua Coronel Diogo), Rua Afonso Braz (entre Avenidas República do Líbano e Santo Amaro), Rua Santa Cruz (entre Rua Domingos de Morais e Avenida Ricardo Jafet), Rua 11 de Junho (entre Rua Domingos de Morais e Avenida Rubem Berta), Avenida Lins de Vasconcelos (entre ruas Coronel Diogo e Domingos de Morais), Rua Vergueiro (entre ruas do Paraíso e Jan Breughel). As obras desta segunda parte têm previsão de início ainda neste semestre. A conclusão da Avenida Jabaquara está prevista para o final deste mês. Em seguida, começam as obras na Avenida Ibirapuera. Todas as guias e sarjetas das vias contempladas também serão reformadas. A segunda parte tem previsão de início ainda neste semestre. CSB


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VETADO PARA CARROS

EXPLORAÇÃO COMERCIAL

Minhocão poderá ter horário de fechamento ampliado

Parque Ibirapuera na privatização

Foto: Agência Dmais

Expectativa. Proposta estabelece desativação gradual com fechamento também aos sábados e feriados .

Foto: Agência Dmais

Ibirapuera: jóia da coroa das privatizações

Após seis meses, o fechamento ocorrerá durante as férias escolares. Após ter sido aprovado na Câmara Municipal em dezembro, o projeto de lei que amplia os horários de fechamento do Minhocão – o Elevado Presidente João Goulart – para trânsito de veículos aguarda a sanção do prefeito João Doria. De autoria do vereador Police Neto, a medida pode ser referendada na íntegra, ter parte vetada ou até mesmo ser rejeitada por completo. O projeto prevê a desativação gradual do Minhocão, principal ligação por carros entre as regiões leste e oeste da cidade. Inaugurado em 1971, pelos seus 3,4 quilômetros de extensão circulam 78 mil veículos por dia. A proposta estabelece cronograma de desativação do elevado. Até 30 dias a partir da sanção ele deverá ser fechado aos sábados, domingos e feriados. Após três meses da vigência da lei, o elevado passará a fechar às 20h. Hoje fecha às 21h30. Após seis meses, o fechamento ocorrerá durante

todos os meses de férias escolares, em janeiro e julho. A expectativa dos frequentadores pela aprovação do projeto é positiva. “Com a ampliação do fechamento aos sábados, terei mais tempo para passear com os filhos e até mesmo melhorar minha forma física”, conta o designer gráfico José Henrique P. Mendes. Ele mora na Santa Cecília e costuma ir ao Minhocão aos domingos com os filhos para passear de bicicleta. “Só pode ser contra essa medida quem tem pressa para cruzar a cidade de carro”. Pelo projeto, caberá à prefeitura promover eventos culturais, esportivos e de lazer na via e garantir a segurança do local. O Plano Diretor Estratégico (PDE), aprovado em 2014, determinou o desmonte do Minhocão em 20 anos. Essa medida, porém, ainda depende de fatores, como os custos da intervenção e dos impactos no trânsito. CSB

Minhocão causou degradação urbana Costa e Silva, em homenagem ao general presidente do Brasil. A obra dividiu opiniões. Se de um lado o elevado agradou aos que usam veículos para se locomover, de outro degradou a paisagem urbana e ignorou os efeitos sobre a qualidade de vida de moradores das avenidas São João, General Olímpio da Silveira e Amaral Gurgel, sob as quais foi erguido. Na sua inauguração funcionava todos os dias da semana, 24 horas. Somente em 1976, após reclaConstruído pelo prefeito Paulo Maluf mações, passou a ser fechado na no início dos anos 70, o Minhocão foi madrugada, entre meia noite e cinco considerado por ele como “a maior horas da manhã. Em 1989 o horário obra de concreto armado da América do fechamento foi adiantado para as Latina”. O projeto, porém, contrariou 21h30 e ainda a circulação vetada opiniões. para os automóveis aos domingos. Nomeado prefeito pelo regime militar, Maluf denominou a obra Elevado Por André Kuchar

O programa de desestatização da gestão Doria deve começar neste mês com a publicação dos editais de concessão à iniciativa privada do Parque do Ibirapuera e do Mercado Municipal de Santo Amaro, na zona sul. Inaugurado no ano do quarto centenário da cidade, o Parque do Ibirapuera tem área total de 1,58 milhão de m². Considerado cartão postal de São Paulo, o Ibirapuera é a jóia da coroa das privatizações. Por isso, faz parte de um pacote. O vencedor da licitação para explorar comercialmente o local deverá assumir outros parques da cidade, considerados menos rentáveis. A Prefeitura não informou quais são as áreas que farão parte desse pacote e os prazos de concessão. A empresa vencedora deverá ser conhecida no segundo semestre. Para atrair o interesse privado, o novo gestor ficará com a renda proveniente de restaurantes e lanchonetes, de taxas de estacionamento, das locações de bicicletas e do patrocínio de eventos ao ar livre, como shows musicais. Equipamentos do complexo do Ibirapuera, como, a Oca, o auditório, o Viveiro Manequinho Lopes, o Planetário e o Pavilhão das Culturas Brasileiras serão explorados pela empresa que passará a administrar o parque. Na contrapartida, a empresa vencedora assumirá a despesa de custeio que, segundo a Prefeitura, é de R$ 25 milhões por ano. Ela ainda deverá realizar investimentos como reforma da marquise e do viveiro. E não poderá cobrar para ingresso na área e nem pelo uso de sanitários. No Mercado de Santo Amaro a empresa vencedora deverá reformar a parte do prédio destruída por incêndio no ano passado. Em troca, poderá explorar restaurante e lanchonetes do mezanino. CSB


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BARRA FUNDA

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PINHEIROS

Usina de asfalto da prefeitura Carnaval registra para tapa-buracos é fechada confusões

Foto: Reprodução Facebook

Impacto ambiental. Cetesb interdita usina por falta de licença de funcionamento.

Foto: Agência Dmais

Com Vila Madalena fechada confusões foram para Pinheiros

A autorização para funcionamento venceu em dezembro passado e a renovação não foi requerida pela prefeitura. Responsável pela produção de massa asfáltica para as operações de tapa-buracos em toda a cidade, a Usina de Asfalto da prefeitura, situada na Barra Funda, zona oeste, foi fechada na sexta-feira, dia 2, pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O principal motivo da interdição foi a falta de licença de funcionamento. A autorização venceu em dezembro passado e a renovação não foi requerida pela prefeitura. Dois dias antes do fechamento, a usina recebeu duas multas no valor total de R$ 51.425,70 por funcionamento ilegal e emissão de cheiro, o que tem provocado reclamações de moradores do entorno. Conforme a Cetesb, a usina tem longo histórico de sanções. Desde 1990, ela recebeu 11 autos de advertência, 25 multas, além de oito multas diárias. As irregularidades são excesso de barulho, emissão de poluentes e contaminação de águas subterrâneas.

Em 2011, para acabar com o impacto dos problemas ambientais causados na vizinhança, foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público (MP) para a usina deixar esse endereço. O prazo para a transferência terminou, mas a fábrica continuou funcionando. A licença de operação venceu em dezembro do ano passado. A Cetesb informou que deve haver troca constante dos filtros e estabelecimento de limites sonoros, instalação de equipamento de controle dos odores, regularização administrativa, dentre outras medidas. Ainda segundo a Cetesb, a interdição é temporária, mas para voltar a funcionar a usina tem que cumprir as exigências. O operador de usina Pedro José deixou o seu local de trabalho na manhã de terça-feira, dia 6, pela interdição. “Estão mexendo para reabrir”, disse. E chamou a atenção para outro problema. “Os vizinhos reclamam muito do barulho e até tem multa

por esse motivo, mas dentro da usina não levam muito isso em conta”, observou. Ele trabalha há 14 anos na usina. “Poderia estar aposentado por insalubridade, mas quando medem o barulho os decibéis estão dentro do padrão”. PEDIDO RENOVADO – Em nota, a prefeitura afirmou que “a usina funciona no local desde 1954 e é exclusiva para fabricar massa asfáltica para as operações tapa-buracos, sem ligação com o Programa Asfalto Novo”. O texto ainda esclarece que a superintendência já solicitou a renovação da licença de funcionamento e aguarda orientações para dar sequência ao pedido; e que tem “tomado medidas para diminuir o impacto ambiental na vizinhança”. A nota também informa que “a Secretaria das Prefeituras Regionais estuda áreas na cidade e custos para transferir a usina”. CSB Por André Kuchar

Com 187 blocos nas ruas e o acesso ao bairro à Vila Madalena fechado para a folia pelo segundo ano consecutivo, os desfiles do fim de semana passado foram marcados por confusões, sobretudo na região de Pinheiros, entre o Largo da Batata e a Avenida Pedroso de Morais, zona oeste. No sábado, dia 3, devido à grande aglomeração de foliões nas estações do metrô, a Linha 4, Amarela, acionou esquema de emergência. Um dos acessos foi fechado e o outro controlado, causando empurra-empurra.

Em Pinheiros, grades e seguranças particulares paramentados como se fossem policiais militares não conseguiram conter os ânimos e houve empurrões e brigas. Foram registradas duas ocorrências fatais. Na noite de sábado, uma briga num posto de combustível da Avenida Rebouças deixou dois mortos e dois feridos. E na equina da Rua da Consolação coma Rua Matias Aires, região central, um estudante morreu eletrocutado após encistar um poste de sinalização que havia recebido duas câmeras de vigilância da Prefeitura. CSB

ORÇAMENTOS

Os desempenhos orçamentários SOBE Aprovado na Câmara Municipal, as previsões orçamentárias servem para aferir a importância conferida (ou não) a cada setor da prefeitura. Mais do que isso: o orçamento estima receitas e despesas e se torna lei. Do total de R$ 53,7 bilhões orçados para o ano passado, a prefeitura executou R$ 48,6, índice de 90% liquidado, com destaques para as Secretarias de Saúde e de Educação, que conseguiram executar perto ou até pouco além de 100%.

DESCE No entanto, nas prefeituras regionais Lapa, Pinheiros e Vila Mariana os índices médios ficaram em torno de 65%. Um dos piores cenários, porém, foi registrado na Secretaria Municipal de Pessoa com Deficiência (SMPED). Do valor estimado de R$19,8 milhões, somente R$ 6,7 milhões foram liquidados, ou seja 32%. Indagada, a SMPED, via assessoria de imprensa, informou que “do total aprovado, R$ 8,9 milhões foram contingenciados, ficando disponível R$ 10,8 milhões, representando assim execução de 62,9%”. CSB


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DIVIRTA-SE EM LIBRAS

ÓBITOS NO TRÂNSITO

Aumentam mortes nas Marginais

Cruzadas Você já fez uma cruzadinha em Língua Brasileira de Sinais, a Libras? Trata-se da língua oficial dos surdos no Brasil. Abaixo você pode aprender o alfabeto em Libras. Traduza para português, preenchendo a cruzadinha.

Foto: Agência Dmais

Mais de 34%. Pedestres, principalmente idosos, são as principais vítimas de atropelamentos.

Na Marginal Pinheiros em 2017 foram 13 acidentes fatais com 13 vítimas. E em 2016 foram 11 vítimas. Um ano após o prefeito João Doria cumprir a sua promessa de campanha ao aumentar a velocidade nas Marginais Pinheiros e Tietê, as duas importantes vias que cruzam a cidade registraram acréscimo de 23% no número de mortes. Dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na última semana de janeiro mostram que no ano passado foram registrados 32 óbitos, seis a mais do que em 2016. Os dados oficiais serão divulgados somente em abril. Na Marginal Pinheiros em 2017 foram 13 acidentes fatais com 13 vítimas; em 2016 foram 11 acidentes fatais com 11 vítimas. Já na Marginal Tietê, em 2017 foram 17 acidentes fatais com 19 vítimas, das quais 13 foram motociclistas; em 2016 foram 14 acidentes fatais com 15 vítimas.

Em janeiro de 2017, a atual gestão voltou a permitir que os veículos trafeguem nas marginais a 90km/h na pista expressa, 70 km/h na pista central e 60 km/na pista local. Segundo o presidente da CET, João Otaviano, porém, não há relação entre a elevação da velocidade e o crescimento do número de acidentes. “Não há nenhuma evidência de que a velocidade tenha interferido nesses acidentes registrados a mais em 2017”, afirmou. “Tivemos acidentes atípicos e até quatro mortes onde não houve aumento de velocidade”. Para o engenheiro de trânsito e ex-ombudsman da CET, Luiz Célio Bottura, há sim relação de óbitos com aumento de velocidade. “Na cidade inteira, o número de mortes diminuiu, mas a gestão alterou a velocidade so-

mente nas marginais”, argumentou. Ele citou dados do Infosiga, do governo do Estado e também divulgados em janeiro. INFOSIGA – Dados do Infosiga, site de estatísticas do governo paulista, mostram que na cidade de São Paulo, as mortes no trânsito também foram reduzidas. Com 883 óbitos no ano passado, o número representa diminuição de 7,1% em relação a 2016, quando 950 pessoas morreram. Os pedestres são as maiores vítimas. Ao todo, 395 pessoas sofreram acidentes fatais, ou 1,5% a mais do que no ano anterior. Pedestres, principalmente idosos com mais de 60 anos (34,4%), são as principais vítimas de atropelamentos, com 54,8% das ocorrências em vias municipais. CSB

Os resultados você confere acessando www.jornalcidadesembarreiras.com.br/ed8_divirta-seemlibras.


Cidade

Edição 08 - 09 a 22 de fevereiro de 2018

Sem barreiras

REGIÃO CENTRAL

Artes & Espetáculos

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ISOLAMENTO CULTURAL

Mostra de cinema no Centro Rostos haitianos Cultural com filmes paulistas

Temáticas abordam desde a ditadura militar até violência contra as mulheres Entre 16 e 28 de fevereiro, o Centro Cultural São Paulo recebe a mostra São Paulo – Cinema Anônimo. Com curadoria de João Campos e Rodrigo Pinto, longas e curtas-metragens paulistas independentes terão sessões seguidas de debates e entrada grátis. As temáticas dos longas abordam filhos desaparecidos na ditadura militar (Avanti Poppolo, de Michael Wahrman) e recordações de homens presos nesse regime (Os dias com ele, de Maria Clara Escobar). Em Escolas em luta (Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli) estudantes secundaristas reagem ao decreto contra o fechamento

de 94 escolas e em poucos dias organizam a Primavera Secundarista. Em Filme de aborto (Lincoln Péricles), casal jovem da periferia sem condições de criar uma criança decide pelo aborto. Em Jovens infelizes ou um homem que grita não é um urso que dança (Thiago B. Mendonça) artistas tentam criar arte revolucionária para libertá-los da opressão do governo. A luta vive (Coletivo Atos da Mooca) resgata a primeira grande greve da cidade, quando operários em protesto são atacados pela polícia, resultando na morte do sapateiro espanhol José Martinez.

Imigrante na cidade de São Paulo Até 24 de fevereiro, a Unibes Cultural, do bairro do Sumaré, zona oeste, exibirá a exposição Rostos Haitianos, com imagens, colhidas pelo fotógrafo inglês Lucca Messer, dos imigrantes

Unibes Cultural: Rua Oscar Freire, 2500 (ao lado do Metrô Sumaré). Visitas de segunda a sábado, das 10h às 19h. Acesso para pessoas com deficiência. Informações: 3065-4333 e http://unibescultural.org.br

ARTISTAS E OPRESSÃO

Exposição no Auditório Simón Bolivar do Memorial

Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, nº 1000. Telefone 3397-4002. Grátis, com bilheteria aberta uma hora antes da primeira sessão do dia (programação completa no site Circuito Spcine).

A exposição reúne 32 fotografias de artistas que se apresentaram no local

VISITA INESPERADA

Foto: Letícia Godoy

O Desmonte no Sesc Consolação

A peça trata de tempos tristes

Foto: Divulgação

Na cidade com arranha-céus, grupo de jovens de classe média se apropria dos espaços vazios e pratica sexo em lugares públicos em Nova Dubai (Gustavo Vinagre). Uma van-estúdio coleta depoimentos de mulheres vítimas de assédio em Precisamos falar do assédio (Paula Sacchetta). Técnico em informática desempregado é coagido a participar de plano para provar fraude nas eleições presidenciais de 2014 no Brasil em Proxy reverso (Roberto Winter e Guilherme Peters). O que se move (Caetano Gotardo) retrata três famílias que enfrentam a chegada ou a perda de um filho, mas o amor das mães sempre fala mais alto. Aprendiz de coveiro muda sua rotina quando Jaqueline surge no cemitério. A paixão o impede de pedir demissão em Sinfonia da necrópole (Juliana Rojas). O filme Videolência (Núcleo de Comunicação Alternativa) trata das disputas do conceito de “periferia” e seus desdobramentos políticos. CSB

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Temáticas variadas. Sessões de longas e curtas-metragens com ingressos gratuitos.

que vivem no bairro do Glicério. Durante quatro meses, o fotógrafo, que vive há 12 anos no Brasil, mirou suas lentes para a comunidade de imigrantes haitianos dessa região central, mostrando o isolamento cultural que eles sofrem no dia a dia. Lucca Messer é filho de mãe brasileira e pai inglês, começou sua carreira no sul da Inglaterra, foi assistente de diversos fotógrafos na Europa até decidir vir ao Brasil para desenvolver projetos culturais. CSB

Espetáculo da parceria entre Amarildo Felix (dramaturgia e direção) e Vitor Placca (atuação), O Desmonte continua em cartaz no Sesc Consolação, região central, até 27 de fevereiro, com apresentações às segundas e terças-feiras, exceto nos dias 12 e 13 de fevereiro. A peça trata de tempos tristes em decorrência do fim de um relacionamento amoroso. A melancolia domina um apartamento na cidade, onde um homem avesso a amigos e a visitas

vive só. Mas, numa madrugada solitária, ele recebe a visita inesperada: um rato surge para destruir tudo e dar novo sentido à sua vida. CSB Sesc Consolação: Rua Dr. Vilanova, 245, Vila Buarque. Telefone 32343000. Temporada até 27 de fevereiro, somente às segundas e terças, às 20h, exceto dias 12 e 13. Preços R$ 20,00/ R$ 10,00/R$6,00. Indicação de faixa etária: 14 anos. Não haverá apresentação nos dias 12 e 13.

Reformado e entregue à população em dezembro, após trágico incêndio há quatro anos, o Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste, ganhou exposições permanentes nas galerias laterais do auditório. O público poderá visitar gratuitamente as exposições, mas com agendamento prévio. A exposição Imagens em cena reúne 32 fotografias de grandes artistas que se apresentaram no palco do Simón Bolívar ao longo de mais de duas décadas. Entre as fotografias, estão ícones da música popular brasileira e da canção folclórica latino-americana, como Mercedes Sosa, Belchior, Ângela Maria e o Balé folclórico da Argentina.

A série Por um mundo melhor é composta por 24 serigrafias do arquiteto Oscar Niemeyer e do artista israelense-brasileiro Gershon Knispel, elaboradas entre 2003 e 2008. A mostra retrata a opressão e a violência na América Latina, na Europa, no Oriente Médio, como, o holocausto palestino em 1948, os vagões de Auschwitz, a expulsão dos beduínos do deserto e a ditadura militar no Brasil. CSB Memorial da América Latina: Av. Auro Soares de Moura Andrade, nº 664, Barra Funda. Telefone 3823-4604. De terça-feira a sábado, das 9h às 18h. Entrada franca com agendamento prévio pelo e-mail receptivo@memorial.org.br


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Cidade

Sem barreiras

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