Express達o News - Maio/2015 - 03
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Tem que ter serenidade no Congresso É inconcebível que até mesmo a oposição se deixe usar, neste momento de esgarçamento da base parlamentar do governo, em ações de Cunha e Renan contra o Planalto
O
ministro Mário Henrique Simonsen, também conhecido por ser competente frasista, costumava dizer que em economia não há fundo do poço. Ou seja, ela pode descer a ladeira de uma recessão indefinidamente. O Brasil já passou por várias crises e sempre se recuperou. Mas, desta vez, adiciona-se aos percalços econômicos, decorrentes dos erros cometidos a partir do segundo mandato do presidente Lula, um imbróglio político desafiador. Não é sempre que, enquanto a economia entra em pane, transcorre uma investigação do porte da Lava-Jato, em que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça mapeiam, com provas, um esquema de drenagem de dinheiro público por meio da Petrobras, com a participação de partidos no poder (PT, PMDB e PP) e diretores da empresa. E ainda com o envolvimento de mais um tesoureiro do PT — João Vaccari Neto, o Delúbio da vez, e também encarcerado —, com estilhaços sendo lançados na direção do ex-presidente Lula, por sua proximidade com a empreiteira Norberto Odebrecht. Como os presidentes da Câmara e do Senado, os peemedebistas Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL), também são citados na Lava-Jato, a crise política que acompanha a crise econômica, e se alimentam entre si, cresce em gravidade. Eis por que o Congresso, no segundo semestre, será fator essencial na estabilização do
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país. Cunha e Renan já demonstraram ter uma agenda própria, destinada a denunciar uma suposta perseguição de que estariam sendo vítimas do Planalto. Uma tese que não fica em pé, pela impossibilidade de o Executivo impor algo ao Ministério Público e à própria PF, sem que a manobra vire estrondoso escândalo. Tampouco à Justiça. Buscam, ainda, atemorizar o Planalto, como faz Cunha ao anunciar uma tal agenda-bomba, contra os interesses do próprio país. O deputado fluminense subiu o tom quando foi divulgado o depoimento em vídeo do lobista Júlio Camargo, no qual o parlamentar é denunciado por cobrar US$ 5 milhões em propinas do esquema do petrolão. Por identificar, de maneira fantasiosa, a mão do governo por trás do depoimento, Cunha se declarou em oposição ao Planalto e passou a preparar uma agenda de votações tóxicas para o programa de ajuste fiscal, sem o quê não haverá perspectiva real de recuperação da economia. Trabalhar para que os vetos presidenciais ao aumento delirante de salários no Judiciário e ao fim do fator previdenciário, por exemplo, sejam derrubados significa desestabilizar ainda mais a economia, depois que as próprias metas do ajuste tiveram de ser revistas. Cobra-se dos partidos, nesta hora, serenidade. É inconcebível que até mesmo legendas de oposição se deixem usar neste momento de esgarçamento da base do governo. A irresponsabilidade gerada na luta político-partidária não pode chegar ao ponto de dar razão à ironia de Simonsen.
ÍNDICE 8
Dilma tenta impedir propostas de impeachment
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Alckmin entrega obra no Sistema Alto Tietê e volta a descartar rodízio
Aprenda a fazer a deliciosa abóbora grelhada com molho de alho
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Crise econômica continuará e terá pior momento em dezembro de 2016
14
Brasil realiza 3,7 casamentos entre pessoas do mesmo sexo
15
Estacionamento em Arujá vai custar R$ 1,50 por hora
16
Saiba quais são as sobremesas mais caras de São Paulo
18
Abóbora grelhada com molho de alho
24
As mulheres que vão comandar o império de Silvio Santos
As mulheres que vão comandar o império de Silvio Santos
Página 18 Em breve o SBT vai deixar de ser o canal do patrão e passará a atender por canal das patroas. Com a reestruturação que descentralizará as decisões na rede de TV e nas 30 empresas do grupo Silvio Santos, a companhia será comandada por um conselho formado pelas filhas e mais três profissionais ainda não definidos.
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Dilma tenta impedir propostas de impeachment Planalto reage ao movimento do presidente da Câmara, que anuncia disposição de analisar pedidos de impedimento na Casa Arquivo/EN
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presidente Dilma Rousseff cobrou de 12 ministros que mobilizem as bancadas de seus partidos para impedir que propostas pedindo o seu afastamento do cargo contaminem a pauta do Congresso assim que terminar o recesso parlamentar. Com receio de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admita a tramitação dos pedidos de impeachment antes mesmo dos protestos marcados para 16 de agosto, o governo iniciou uma estratégia para pôr um freio de arrumação na base aliada. Em reunião com o vice-presidente Michel Temer e os ministros, Dilma pediu ajuda para garantir apoio político no Congresso e evitar as manobras de Cunha, que rompeu com o governo após o lobista Júlio Camargo, delator da Operação Lava Jato, acusá-lo de receber US$ 5 milhões em propina. Dilma disse no encontro que o caso de corrupção na Petrobrás, revelado pela Lava Jato, provocou instabiExpressão News - Agosto/2015 - 08
lidade política e econômica. Segundo dois ministros ouvidos pelo Estado, a presidente observou que, por causa da sucessão de escândalos, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu um ponto. A preocupação de Dilma é com o agravamento da crise em agosto, quando o Congresso retoma suas atividades, e com os protestos de rua pelo impeachment convocados em todo o País que ganharam o apoio formal do PSDB, principal partido de oposição. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os tucanos vão utilizar inserções partidárias de TV para estimular a participação popular nos atos pró-impeachment. Ao falar sobre os planos do governo para superar dificuldades, Dilma reforçou o pedido para que ministros conversem com deputados e senadores dos partidos aliados com o objetivo de impedir, também, a votação da chamada “pauta-bomba”, que aumenta as despesas e coloca sob risco o ajuste fiscal. Ela chegou a citar o projeto que foi obrigada a vetar, aumentado os salários do Judiciário em até 78,5%. Dilma se reuniu com 27 governa-
dores, em mais uma tentativa de obter sustentação política. “Se esperar só da União, não há solução. Eu acho que os governadores serão bons articuladores, especialmente em benefício dos Estados”, comentou Temer, após a reunião de ontem. “Quando se tem aumento de despesas na área federal, isso repercute em cascata nos Estados. De modo que eles serão bons aliados.” Novo tom. Dez dias depois de romper formalmente com o governo, Cunha disse, durante um almoço com empresários em São Paulo, que vai tratar “de forma técnica e jurídica” os pedidos de impeachment que foram protocolados na Câmara e que, nos casos em que houver fundamento, os pareceres serão acolhidos. O discurso do peemedebista aos empresários reunidos pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) marca uma mudança de tom em relação às suas intervenções sobre o tema. Durante um evento organizado pelo mesmo grupo em abril, na Bahia, Cunha rechaçou prontamente a ideia de acolher os pedidos de impeachment contra a presidente. Naquela ocasião, o PSDB ensaiava apresentar um pedido em conjunto com as demais siglas de oposição. “O que vocês chamam de pedalada é a má prática de se adiar investimento para fazer superávit primário. Isso vem sendo praticado nos últimos 15 anos sem nenhuma punição”, afirmou. Na outra semana, diante da mesma plateia, o discurso foi outro. “Vamos tratar tudo e todos de forma técnica e jurídica. Havendo fundamento, o processo será analisado.” Em um sinal de que poderia usar o impeachment como mais uma forma de desgastar o governo, Cunha encaminhou ofício para que todos os responsáveis pelos pedidos apresentados até o começo do recesso adequassem seus documentos às normas do regimento. O procedimento não é usual. Normalmente, os pedidos fora do formato exigido são imediatamente arquivados. Aos empresários, entretanto, o deputado afirmou que não pretende “incendiar” o cenário político. “Eu vou separar muito bem isso. Vou ter até uma cautela, para não antecipar meu julgamento, ou parecer que qualquer tipo de posicionamento tem a ver com a mudança do meu posicionamento político, que eu anunciei publicamente”, disse. “O impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral”, concluiu.
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Reprodução/EN
Alckmin entrega obra no Sistema Alto Tietê e volta a descartar rodízio 9 quilômetros de adutoras foram construídos para captar água do Rio Guaió. Segundo companhia, vazão do Sistema Alto Tietê vai aumentar mil litros.
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governador Geraldo Alckmin entregou no dia 29/7 uma nova obra para ampliar a vazão do Sistema Alto Tietê e voltou a descartar o rodízio. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado e São Paulo (Sabesp) foram feitos 9 quilômetros de adutoras para ligar o Rio Guaió, no trecho de Suzano, ao Sistema Alto Tietê. A vazão vai ser ampliada em mil litros. Esta é uma das medidas do pacote de intervenções do Estado na tentativa de garantir o abastecimento durante a crise hídrica. Alckmin voltou a decartar o rodízio, mas alertou que o uso racional deve ser mantido. “Podemos sim descartar o rodízio. Nós não estamos contando com chuvas do período de julho, Expressão News - Agosto/2015 - 10
agosto e setembro, porque entendemos que é período seco, de inverno. Nós queremos conseguir chegar próximo a afluência de água do consumo. Como a gente sabe que a afluência lá no Cantareira é em torno de 13 [metros cúbicos por segundo], a afluência pode cair, e vamos imaginar um quadro bem seco: cair para 7, faltariam 6 metros cúbicos por segundo: 1 do Guaió, 1 do Guarapiranga, 4 do Rio Grande." As obras do Sistema Rio Grande estão previstas para setembro, mas para o governador está "perfeitamente dentro do necessário, porque se você tiver problema é a partir de setembro". Obras no Rio Guaió Os trabalhos para captar água do Rio Guaió foram feitos em Suzano, perto do limite com Ferraz de Vasconcelos com mão de obra própria. São 9 quilômetros de adutoras para levar 1 m³/s
para o Ribeirão dos Moraes, afluente do Rio Taiaçupeba/Mirim, que, por sua vez, deságua na Represa Taiaçupeba. De acordo com a companhia, as intervenções vão beneficiar 300 mil moradores de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes, além de parte de Guarulhos, na Grande São Paulo, e uma parcela da zona leste da capital. O Rio Guaió nasce em Mauá, na região do ABC, e tem cerca de 20 quilômetros de extensão, passando por Ribeirão Pires, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Poá. De acordo com a Sabesp, foram investidos R$ 28,9 milhões para ligar o rio ao sistema. Além da tubulação, foi construída uma estação elevatória para bombeamento. Sistema Alto Tietê O Sistema Alto Tietê é composto por cinco represas (Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba, alimentadas pela chuva direta sobre elas e pelos rios que as abastecem. Segundo a companhia, a entrada do Rio Guaió vai ampliar o nível de todo o sistema e a medida é essencial para garantir o abastecimento no período de estiagem, que segue até setembro. O Sistema Alto Tietê tem capacidade para tratar 15 mil litros por segundo, mas suas represas estão com nível baixo.
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Paulo é professor de estratégia da Fundação Dom Cabral
Crise econômica continuará e terá pior momento em dezembro de 2016, analisa Paulo Vicente dos Santos Para ele, crise brasileira atual é culpa de políticas de governo que não priorizam planejamento de longo prazo
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m uma análise ampla da economia e retrospectiva das crises históricas durante a Expogestão, o professor de estratégia da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente dos Santos, afirmou que a crise brasileira atual não é culpa deste governo apenas, mas fruto de uma política que se mantém há 30 anos sem resultado porque não prioriza um plano de longo prazo para o País. “A tirania do curto prazo impede o pensamento de longo prazo e a solução não virá em quatro anos”, afirmou. O professor enfatizou que, no cenário atual, ganha aquele que tiver liquidez, já que na crise é preciso faExpressão News - Agosto/2015 - 12
zer caixa para pagar os compromissos e os ativos são vendidos abaixo do valor. Ele acredita que nos próximos 18 meses haverá oportunidades interessantes no mercado para aquisições e fusões, por exemplo. O pior momento da crise, prevê, será em dezembro de 2016. Segundo ele, as empresas ainda vão continuar apertando o cinto, algumas vão falir no caminho e, no final, a economia vai terminar no zero a zero ou encolher de 1% a 2% no ano que vem. Para ele, o mundo todo está entrando em crise e ela será pior lá fora. Sobre o ajuste fiscal, Santos diz que a presidente Dilma Rousseff fez metade do trabalho ao diminuir be-
nefícios e aumentar impostos sem um planejamento para redução de custos. Ele criticou o corte de recursos para investimentos porque compromete o crescimento de longo prazo. Empresas No curto prazo, o professor aconselha maior atenção das empresas nas áreas de finanças e de gestão de pessoas, investindo com moderação e mantendo o caixa. Como contratar e demitir custa caro, sugere estudar opções como reduzir a carga de trabalho ou negociar com o funcionário para que ele se torne pessoa jurídica, tudo isto para manter os profissionais para o período pós-crise. Nas micro e pequenas empresas, o cuidado com as
finanças é vital para sobrevivência. “O risco de o caixa matar uma micro e pequena empresa é grande. Protecionismo Santos é defensor da redução do protecionismo. Para ele, o Brasil ficou isolado demais, fazendo um caminho inverso ao da China desde o final dos anos 70. Os investidores querem colocar muito dinheiro no Brasil porque o País está longe das zonas de conflito no mundo. Não estão vindo por causa do protecionismo exagerado “O modelo mental do Brasil é de uma ilha, está de costas para a América do Sul e tem medo do investimento estrangeiro. A pressão pela redução do protecionismo deve aumentar, afirma, e ele prevê que o Brasil se tornará um porto seguro para os investidores daqui a cinco, 10 anos. O protecionismo é um dos muitos gargalos do Brasil apontados pelo professor, ao lado da infraestrutura em transporte, educação, impostos altos, falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento, em energia, entre outros. A saída, acredita, está no planejamento e na tecnologia e defende
um olhar atento à inovação em mercados, não apenas em produtos. Classe média Para ele, os partidos brasileiros não estão preparados para lidar com as demandas da nova classe média, que quer que o Estado funcione, com educação, segurança e saúde. A classe política, diz, insiste em falar para uma classe popular que não existe mais. Estratégias O professor também mostrou estratégias de países importantes. Em relação à China, a necessidade por recursos naturais a fez investir na Indonésia, África e América do Sul. Na África há 10 anos, os chineses colocaram recursos quando o continente necessitava e têm desenvolvido o agronegócio. Movimento que merece atenção por parte do Brasil, alerta. Enquanto isso, observa que o Brasil está se desindustrializando nos últimos 25 anos e, quando isto acontece, vê um retorno ao século 19, exportando commodities. O mundo caminha para formação de grandes blocos nas próximas décadas, em um processo não linear. Os Estados Unidos também investem de
US$ 70 bilhões a US$ 80 bilhões em várias tecnologias, em áreas como nanotecnologia, biotecnologia e medicina avançada para elevar a produtividade, parte da estratégia para levar de volta a manufatura para os Estados Unidos. A meta é que, em 10 anos, os produtos norte-americanos tenham a qualidade americana com o preço chinês. Por fim, Santos prevê que entre 2065 e 2095 haverá uma nova guerra mundial, de transição hegemônica no mundo. Educação Nos próximos 30 anos, a educação vai mudar radicalmente, diz o professor da Fundação Dom Cabral. As aulas virtuais vão fazer desaparecer as salas de aula no formato atual, haverá a fusão homem-máquina. Na educação executiva, o papel do professor será mais de facilitador. Muito conhecimento nos moldes de hoje vai desaparecer e a necessidade de professores vai cair sensivelmente. “Os professores são os menos preparados para isso, o aluno está mais preparado, hoje ele já pergunta qual será o game para jogar a matéria.
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Gil Ferreira/Agencia CNJ
Brasil realizou 3,7 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo Resolução nº 175 do Conselho Nacional de Justiça, que impede cartórios brasileiros de se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil, completou dois anos
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os últimos dois anos, o Brasil registrou a realização de 3,7 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que impede os cartórios brasileiros de se recusarem a converter uniões estáveis homoafeExpressão News - Agosto/2015 - 14
tivas em casamento civil, completou dois anos. A medida foi aprovada em 14 de maio de 2013 e entrou em vigor dois dias depois, em 16 de maio. “A sociedade brasileira requisitava essa equiparação entre casais homossexuais e heterossexuais, direito reconhecido pelo próprio Supremo Tribunal Federal, mas as resistências ainda eram muitas, sobretudo para celebração de casamento en-
tre pessoas do mesmo sexo perante cartórios de todo o Brasil. O tema, hoje, é uma página virada no Brasil”, disse o conselheiro Rubens Curado. A equiparação do casamento entre homossexuais e heterossexuais permite os mesmos direitos do casamento, estabelecidos pelo Código Civil, como inclusão em plano de saúde e seguro de vida, pensão alimentícia, direito sucessório e divisão dos bens
adquiridos. Antes da resolução do CNJ, a união de pessoas do mesmo sexo era reconhecida como estável, desde que fosse pública, contínua, duradoura e com o objetivo de constituir família. Entretanto, os casais precisavam ingressar na Justiça para que suas uniões fossem reconhecidas. De acordo com dados da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), o Distrito Federal registrou, nos últimos 24 meses, 245 casamentos entre pessoas do mesmo sexo. No primeiro ano, foram registrados 122 casamentos. No segundo ano, os últimos números confirmaram a média local: foram 123 registros. Na Região Norte, a média anual chega a 10 casamentos desde a aprovação da resolução. Fora a inexistência de registros no Acre, Roraima apresentou dois casamentos; Amazonas, sete; e Rondônia, 10 legalizações de união estável. Já a Região Sudeste lidera, com São Paulo em primeiro lugar no ranking nacional (1.945 uniões), seguido pelo Rio de Janeiro, com 211 casamentos, e Minas Gerais, com 209. As informações foram divulgadas pelo CNJ. Dados divulgados em dezembro de 2014 pelas estatísticas de registro civil do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) apontaram São Paulo em liderança com 1.945 registros de casamento. Desse número, 897 uniões ocorreram entre homens e 1.048, entre mulheres. O Acre foi o único estado a não registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. Entretanto, os cartórios de todo o Brasil só passaram a ser obrigados a registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo em maio de 2013, após resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Aprovada durante a 169ª Sessão Ordinária do CNJ, realizada em 14 de maio de 2013, entrou em vigor dois dias depois. Diante da recusa da realização da união entre pessoas do mesmo sexo pelos cartórios, passou a caber recurso ao juiz corregedor da respectiva comarca e até mesmo ao CNJ para o cumprimento da medida.
Estacionamento em Arujá vai custar R$ 1,50 por hora Prefeitura de Arujá vai abrir terceira licitação do ano para Zona Azul. Serão 825 vagas e o valor definido é de R$ 1,50 por hora. Medida divide opiniões de comerciantes da área central da cidade. Arquivo/EN
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rujá vai abrir a terceira licitação para implantar o sistema de estacionamento rotativo na cidade. O sistema está fora de operação na cidade desde fevereiro, de acordo com a Prefeitura. Para a abertura da licitação, vai ser preciso primeiro que uma lei municipal seja promulgada. Para o diretor de Transportes, Thiago Silva, a Zona Azul deve entrar em funcionamento em outubro. “Eu acredito que se tudo acontecer da maneira que estamos esperando, sendo promulgada essa lei, se a licitação for aberta e não houver recurso, em três meses a zona azul deve estar funcionando na cidade”, afirma. Thiago explica que a maioria das vagas será no Centro, mas haverá espaços também na região do centro gastronômico, por exemplo. Segundo o diretor de Transportes, a licitação vai determinar que a cobrança seja eletrônica. “Pelo o que nós colocamos na licitação, a cobrança será feita através de um computador por-
tátil, como um tablet. Pode haver fiscais nas áreas de estacionamento ou a empresa vencedora também poderá fazer um convênio com o comércio para que a validação do estacionamento seja feita pelos próprios comerciantes. É um sistema on-line e não haverá talões nem parquímetro”, explica. Outras Tentativas A Prefeitura tinha aberto uma licitação no mês de janeiro e, na ocasião, não houve nenhuma empresa interessada. Em março, a segunda licitação foi questionada pelas empresas que participariam da licitação por causa de uma determinação do edital que tratava do estacionamento rotativo com contrato de dois anos. De acordo com a Prefeitura, a licitação vai ser alterada para o modelo de concessão, com duração de dez anos e por isso há a necessidade de promulgação de uma lei municipal. De acordo com a Prefeitura, o edital ainda não foi publicado. “Nós tínhamos uma lei que falava sobre estacionamento rotativo e essa mudança no projeto de lei sobre zona azul precisa ser promulgada para que a licitação seja aberta”, comenta Thiago. Expressão News - Agosto/2015 - 15
Adriano Vizoni/Divulgação
O tiramisù do Fasano (R$ 53), no topo do ranking das sobremesas mais caras de SP
Saiba quais são as sobremesas mais caras de São Paulo Provalvelmente algumas pessoas ficariam surpresas com os preços de sobremesas servidas em São Paulo –as duas mais caras custam R$ 53, segundo pesquisa do Datafolha em 1.336 restaurantes da cidade. O instituto questionou, neste mês, qual a receita de preço mais alto no cardápio. Entre as campeãs há frutas flambadas, marrom-glacê, cremes de mascarpone e tiramisù -as duas últimas receitas, que levam o queijo fresco italiano, aparecem Expressão News - Agosto/2015 - 16
em cinco versões. "O mascarpone é o novo chocolate belga", diz o confeiteiro Flavio Federico, sobre o ingrediente em alta nas receitas doces desses tempos. Segundo o chef do Fasano, Luca Gozzani, é o queijo fresco que joga o preço do tiramisù para cima -o quilo do produto importado comprado pela casa custa R$ 80. "O ingrediente brasileiro tem gosto de gordura. O italiano é delicado, lembra leite." "Eu até poderia baratear com um chocolate mais simples, mas
isso também faria diferença no gosto." Especialistas afirmam que, apesar do alto preço em algumas casas, no geral investe-se pouco nessa parte do menu. Com base em sua experiência no mercado, Concetta Marcelina, professora do Senac, diz que o brasileiro ainda pede pouco receitas doces. "O cliente não associa que a casa terá sobremesas com a mesma categoria. Além disso, elas encarecem a conta." Para o coordenador do curso de gas
Marrons mont-blanc do Freddy (R$ 53)
Eis um respeitável tiramisù: o mascarpone tem textura cremosa, leveza, frescor e, melhor, gosto do queijo –mas suave, quase do leite. O biscoito, mesmo combinado ao café, conserva crocância e é neutro o bastante para não abafar a atração principal. O chocolate aparece em pó (com reforço de cacau) e em pedacinhos (que estalam nos dentes) Restaurante Fasano. Rua Vitório Fasano, 88, Cerqueira César; tel. (11) 3062-4000
tronomia da Estácio, Gustavo Toledo, o objetivo pode ser justamente esse. "Muitos empresários ainda pensam na sobremesa como uma possibilidade de aumentar a margem de lucro. Afinal, é mais difícil saber o valor do chocolate do que o da carne." O sociólogo Carlos Alberto Dória defende que elas precisam ganhar sofisticação. "A pâtisserie é um departamento com lógica própria, e os cozinheiros em geral não dominam as técnicas", afirma. "Os bons profissionais da confeitaria ainda estão fora dos restaurantes." Para Dória, uma boa saída para restaurateurs driblarem os preços altos é terceirizar o serviço: investir em boas receitas produzidas fora de suas casas.
Adriano Vizoni/Divulgação
Ao morder as castanhas portuguesas em calda de açúcar, vem à boca um nostálgico e delicioso gosto de casa de avó. Em seguida, a colher descobre um purê das mesmas castanhas, macio, mas muito doce. Fere o conjunto da obra o sorvete de creme cristalizado e pesado. Por esse valor, não dá pé Restaurante Freddy. Rua Pedroso Alvarenga, 1.170, Itaim Bibi; tel. (11) 3167-0977
Creme de mascarpone do Tre, no shopping JK Iguatemi (R$ 47) Eduardo Knapp/Divulgação
Tem uma cremosidade surpreendente graças à sua base: um mascarpone delicado e, ao mesmo tempo, denso. Sobre a porção bem servida do queijo, uma calda de laranja encorpada. O chocolate branco que a enriquece, no entanto, reforça demais a doçura e ameniza a acidez, que, se fosse mais evidente, criaria melhor equilíbrio Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição; tel. (11) 31674004 Expressão News - Agosto/2015 - 17
Abóbora grelhada com molho de alho INGREDIENTES 300g de abóbora japonesa sem casca 90g de queijo de cabra tipo boursin 1 cabeça (100g) de alho picado 2 colheres (sopa) de cebolinha branca picada 300ml de creme de leite fresco 40ml de vinho branco 40g de manteiga sem sal Expressão News - Agosto/2015 - 18
MODO DE PREPARO Molho de alho Em uma panela, doure na manteiga lentamente o alho e a cebolinha, mas sem queimar. Adicione o vinho branco e o creme de leite fresco e deixe reduzir até ficar com textura de molho, bata no liquidificador e acerte o sal. Abóbora Em uma panela média, cozinhe a
Divulgação
abóbora descascada em água com sal até ficar macia. Escorra a água e reserve. Antes de servir, doure na manteiga em fogo alto e finalize com sal e pimenta. Montagem Coloque no prato porções do queijo de cabra. Arrume por cima os pedaços de abóbora grelhados. Finalize com o molho de alho e pedaços de cebolinha picada.
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Fábio Guinalz
Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos
As mulheres que vão comandar o império de Silvio Santos Em breve o SBT vai deixar de ser o canal do patrão e passará a atender por canal das patroas. Com a reestruturação que descentralizará as decisões na rede de TV e nas 30 empresas do grupo Silvio Santos, a companhia será comandada por um conselho formado pelas filhas e mais três profissionais ainda não definidos. Os planos são contados por Patricia Abravanel, 35, que apresenta "Máquina da Fama" e o "Programa Silvio Santos" quando o titular não está disponível. Comanda programas há apenas quatro anos e já é uma das cinco maiores audiências da casa. Expressão News - Agosto/2015 - 24
A filha número quatro —Silvio chama as herdeiras por números— contemporiza: "O carro-chefe são as novelas da minha mãe. A segunda maior audiência é o Silvio Santos. Eu estou entre as cinco mais. Mas um dia chego lá". Isso se não for ultrapassada por uma irmã. Nas últimas semanas, duas delas foram para a frente das câmeras: Silvia por um revés judicial e Rebeca por uma piada paterna. "Somos muito unidas. É tipo as Kardashians, mas mais certinhas e menos fúteis. Todo mundo trabalha", diz, gargalhando. Ela mesma começou a estagiar nas empresas do
grupo aos 20 anos, após ser expulsa de duas escolas e ter começado três faculdades antes de se formar. "Quando entrei, assumi: estou aqui porque sou filha do dono. Adiantei o que poderiam dizer." Diz ter temido críticas, mas só recebeu "carinho do público que ama o Silvio". Estreou em 2011 com o programa "Cante Se Puder", em que famosos passavam perrengue. A cena: a ex-deputada Havanir Nimtz tentando cantar "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tchá" embaixo de uma árvore cenográfica enquanto recebia bombas de fumaça em formato de maçã. "Não gosta
Cintia Abravanel
Silvia Abravanel
Daniela Abravanel
va. Não assistia." Para se redimir, ela fez uma lista com todos que foram à atração e os convidará para se apresentarem no "Máquina da Fama". CARISMA NO SEQUESTRO Descobriu que era uma pessoa carismática em um momento insólito. "Foi com a repercussão do que eu falei na varanda, depois do meu sequestro [em 2001]. Eu fui tão sincera que as pessoas achavam que eu estava com síndrome de Estocolmo", conta. "Tava nada! Logo depois disso, fui ao shopping, e crianças vieram falar comigo. Foi ali que eu percebi que tinha habilidade para me comunicar." Desde então, é o que faz. Em alguns dias, termina às 22h e acorda cedo para ver o filho Pedro, de dez meses, com o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN). Ainda terá pique para tocar negócios? "Me sobra tempo!" Patricia temeu por algum tempo que o SBT virasse "uma padaria", com cada membro trabalhando em uma função. "Mas percebi que é um diferencial. Um dos nossos pilares é a família." Conheça as 7 mulheres Abravanel Não se espante se um e-mail de Íris Abravanel, 65, pipocar na caixa de entrada às duas da manhã, como relatam funcionários do SBT. "Espero meu marido dormir para trabalhar no silêncio", disse ela no lançamento do seu novo folhetim, o infantojuvenil "Cúmplices de Um Resgate". Na trama, a autora das novelas "Revelação" (2008) e "Vende-se um Véu de Noiva" (2009) abordará atritos entre católicos e evangélicos (sua religião), mas Íris promete um final feliz. Antes de integrar a folha de pagamentos do canal, teve uma grife de roupas de baixo nos anos 2000. Começou a escrever "pela dificuldade que meu marido encontrava para trazer autores globais". Cíntia, 52, a filha número 1 Para encontrar Cíntia Abravanel, 52, vá ao teatro. A filha número um do patrão pertence mais às artes cênicas do que à teledramaturgia. Cíntia, que administrou o teatro Imprensa por anos, agora toca uma produtora que realiza espetáculos e administra a carreira do filho, o cantor e ator Tiago Abravanel. Em 2014, ela se aproximou dos negócios familiares: foi a responsável por adaptar a novela "Carrossel" para o teatro. "A maturidade traz isso para todos. Inclusive para mim. A gente tem a oportunidade de se descobrir, cada uma na sua maneira". Expressão News - Agosto/2015 - 25
Patrícia Abravanel e seu filho Pedro
Silvia, 45, a filha número 2 Em vez de Matheus Ueta, 11, e Ana Julia, 9, foi Silvia Abravanel, 45, que apareceu à frente do "Bom Dia e Cia." em 15 de julho. Uma determinação judicial proibira as crianças de gravarem, argumentando que sua jornada de trabalho era inadequada. A diretora do matinal assumiu a função em cima da hora. "Ela ficou bem assustada de ter de encarar esse desafio", diz a madrasta Íris, "mas está preparada para enfrentar o que vier". Como o nó na Justiça ainda não foi desfeito, a veterinária por formação ficará no posto por tempo indeterminado, ensinando lições de cavalheirismo aos meninos, como deixar as damas escolherem o prêmio antes. Se Silvio dará alguma dica? "Provavelmente, algo de roupa, de figurino", aposta Silvia. Daniela, 39, a filha número 3 A terceira filha, de 39 anos, é a "dona da grade" do SBT. Entre as suas atribuições como diretora artística e de Expressão News - Agosto/2015 - 26
programação estão contratar apresentadores e escolher novos projetos. Foi ela quem trouxe Eliana de volta para o canal e teve a ideia de reviver "Chiquititas", o maior sucesso de audiência da emissora nos últimos tempos. Pode ser vista com os filhos no trabalho e costuma ter longas conversas com os artistas do SBT. "Ela brinca comigo de vez em quando, diz que estou artista demais e que preciso ir para a igreja", diz Daniela. Patrícia, 35, a filha número 4 Quarta filha de Silvio Santos, Patricia herdou o carisma e talento do pai para trabalhar em frente às câmeras. "Eu adoro gravar com plateia", diz ela, contrariando a máxima de que filmar com um auditório dá dois trabalhos: o de divertir o espectador e o de divertir as colegas de trabalho, termo que o pai cunhou para a claque. É em Silvio e sua "sensibilidade incrível" que ela se escora para evoluir na apresentação. "Atualmente, tento ficar mais solta
com o teleprompter e ter mais controle das entrevistas gravadas, como se elas fossem ao vivo." A filha número quatro não tem medo do público ao vivo fora do set: diz se emocionar com fãs e freqüenta "cada vez uma igreja" evangélica, para nenhum pastor pensar "que sou ovelha dele". A carreira, diz, está só começando. "Ninguém sabe quanto tempo ficarei na TV, então vou indo." "Vim com a caravana do Roque", disse a filha número cinco quando dividiu o palco com o pai, cinco anos atrás. Tinha na verdade vindo de uma escola bilíngue e cursos nos EUA e na Suíça, que a levaram para a direção da Jequiti, empresa de cosméticos com vendas anuais na casa dos R$ 450 milhões. Foi para explicar os produtos da companhia que Rebeca voltou ao programa do pai, no início do mês. Mas, de repente, Silvio a deixou sozinha: "Enquanto você continua, eu vou mijar". Rebeca, 34, então bateu palmas e se embananou
Reprodução/EN
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A caçulinha Renata e Silvio Santos
Com consultoria, Silvio quer fazer de filhas 'superexecutivas' de seu império O Grupo Silvio Santos, que tem como carros-chefes o SBT e a rede de cosméticos Jequiti, contratou a consultoria americana McKinsey para reestruturar seu comando. Enquanto empresas familiares afastam parentes e filhos ou elegem um único sucessor, Silvio Santos quer que a própria família esteja à frente do negócio. Com a contratação da consultoria, ele quer que as filhas se tornem superexecutivas" capazes de, um dia, tocarem sozinhas o negócio —o SBT ou qualquer outra companhia. Internamente, no entanto, o assunto virou um tabu. Ao mesmo tempo
em que se discute maior autonomia das filhas dentro da empresa, as pessoas envolvidas buscam amenizar o processo. "Não tem essa de sucessão. Meu pai é insubstituível," diz Cintia Abravanel, 52, a filha mais velha. Os funcionários sequer foram informados do processo. Só os executivos tomaram parte do trabalho de reestruturação junto com as filhas. A consultoria começou a atuar nas últimas semanas e não há data para a conclusão. No final do processo, um conselho será montado para comandar o grupo. Hoje o comando está na mão do presidente, Guilherme Stoliar. Mas quem realmente dá as cartas é o apresentador.
com prêmios da atração. Teria sido um ensaio de apresentadora? "Foi só uma brincadeira", assegura a irmã Cíntia. Renata, 29, a filha número 6 "A caçula é um Golias", disse Íris Abravanel, em 2014, referindo-se à mais nova (e mais misteriosa) filha. Renata, 29, é a vice-presidente do grupo Silvio Santos. Discreta, raramente aparece em público, geralmente em funções corporativas como as convenções de empregados da Jequiti. "Ela é firme, mas muito gentil", diz um funcionário nos corredores do SBT. Numa das raras vezes em que deu entrevista, à Rede TV!, em 2013, falou sobre o ofício: "Eu estou amando, tem sido um privilégio trabalhar mais próxima dele [Silvio Santos]." Renata só se mostra um pouco nas redes sociais. Publica fotos do clã e cria hashtags como #abravafamily (família Abrava) e #sistersbychance friendsbychoice (irmãs por acaso, amigas por escolha). Expressão News - Agosto/2015 - 27
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