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Dilma: pouco importa
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ilma Rousseff, efetivamente, já era. Pouco importa, portanto, saber se vai ou não divulgar a tal Carta aos Senadores e aos Brasileiros, na qual deposita suas últimas esperanças vãs de não perder o mandato de presidente da República. Tampouco se vai ou não excluir daquele documento o termo “golpe”, que foi aconselhada a abandonar para não ferir as suscetibilidades dos senadores que ela espera que revertam votos a seu favor no julgamento final. Nesse quadro patético, Dilma só poderá continuar contando com o apoio da brancaleônica tropa de choque de senadores – e senadoras, é claro – que têm usado e abusado em proveito próprio de cada segundo de valiosa exposição diante das câmeras de televisão, como também de seu fiel e eloquente advogado, que igualmente tem sabido aproveitar a preciosa oportunidade de se redimir, perante seus companheiros petistas, das acusações de ter sido um ministro da Justiça “frouxo” no controle da Operação Lava Jato. A Dilma, portanto, só resta decidir como passar a longa vilegiatura que terá à sua frente. Já Lula da Silva parece disposto a seguir em frente, administrando como puder aqueles dois desafios impostos a seus seguidores. Um deles, o de voltar a fazer oposição, é mais fácil, porque corresponde à verdadeira vocação do lulopetismo. Manter vivo o legado do PT é um pouco mais complicado, até porque implica, para começar, chegar a um acordo sobre o que vale a pena trombetear como resultado positivo dos governos Lula e Dilma. Os petistas jamais se preocuparam em ofender a inteligência e o discernimento dos eleitores. Essa é uma característica comum ao populismo, qualquer que seja. Por isso, não será problema, tanto para
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fazer oposição quanto para polir a imagem de 13 anos de poder, usar os velhos recursos de apregoar feitos extraordinários, não necessariamente verdadeiros, e de transferir para terceiros a responsabilidade pelo que não deu certo. E também, obviamente, prometer o que não têm intenção de, ou capacidade para, cumprir. Um governo se julga pelos resultados concretos que apresenta, não por suas maravilhosas intenções. Diante do verdadeiro legado do lulopetismo com o qual o País terá que se haver agora – finanças públicas arrombadas, inflação, recessão, desemprego, corrupção generalizada no governo e em certos meios empresariais, etc. – não há margem, mesmo com muita boa vontade, para uma avaliação positiva de resultados. E não é por outra razão que o impeachment vem aí, apoiado pela existência de crimes de responsabilidade que representam, em última análise, o modus operandi de um governo arrogante e incompetente. É óbvio que nos últimos 13 anos – descontados todos os exageros do marketing político – houve conquistas que fizeram o Brasil andar para a frente. Mas são avanços naturalmente resultantes de uma dinâmica social que, em boa parte, independe de governos. O que poderia ser um legado do qual se orgulhar – o resgate de milhões de brasileiros da pobreza e sua ascensão à classe média – provou-se, em grande parte, demagogia de efeito efêmero. O mais desalentador, contudo, na perspectiva de ação definida por Lula para o futuro imediato de seu agonizante partido, é a inexistência de pelo menos um aceno em direção à urgente necessidade de se tentar um entendimento amplo, suprapartidário, capaz de favorecer o trabalho de tirar o País do buraco. Lula prefere continuar cultivando o ambiente em que se sente à vontade: de um lado, “nós”, de outro, “eles”. De novo.
ÍNDICE Deixar o bebê chorando no quarto pode ensinar a dormir, diz estudo 06
Agora é pra valer!
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Não sabe mais o que fazer para que a hora de pôr as crianças na cama deixe de ser um tormento? Não se desespere, há uma luz no fim do túnel. Segundo um novo estudo, deixar o filho chorando no quarto durante intervalos curtos por noites seguidas ou atrasar a hora de ir para a cama não apenas funciona como não deixa a criança estressada nem prejudica o vínculo com os pais. A designer Audrey Vargas Lustig, 36, com a filha Corina, 5; combinação de técnicas ajudou na hora de ir dormir. Página 26 Raquel Cunha
Campanhas para prefeitos do Alto Tietê podem custar até R$ 6,3 milhões
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Eleitores podem denunciar propaganda eleitoral pela internet
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Basta da velha política, Arujá quer renovação
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Perspectiva de estabilização da econômia no curto prazo
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RECEITA. Bacalhau com miga de espinafre e pinolos
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Economia. Parcelamento em 12, 14, 18 vezes sem juros?! Pare de se enganar
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Comércio aposta em promoção em dia de semana para atrair clientes
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Analistas melhoram previsão de inflação deste ano e do próximo
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Baixo custo leva empreendedores a criar negócio em casa
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Guardas de Itaquaquecetuba, Mogi e Suzano fazem curso para usar armas
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Deixar o bebê chorando no quarto pode ensinar a dormir, diz estudo
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E foi dada a largada Foi dada a largada à corrida pela Prefeitura de Arujá. A campanha promete ser uma das mais quentes da história, já que colocará em lados opostos os principais caciques políticos do Município.
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pouco menos de dois meses das eleições municipais, a corrida eleitoral à Prefeitura de Arujá começou a entrar no ritmo de campanha. Cinco pré-candidatos foram homologados pelos seus partidos nas chamadas convenções partidárias, onde também foram anunciados os vices e os candidatos a vereador, todos já começam a se posicionar no grid de largada. Uns com mais chances, outros com menos. Mas o fato é que esta deverá ser uma das eleições mais quentes
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Info: Gil Borges/EN
do município. “O desfecho é imprevisível. Por enquanto, só é previsível que será uma eleição muito disputada”, resume o jornalista Gil Borges. CANDIDATOS Luis Camargo (PSD) O advogado Luis Camargo é um dos postulantes mais fortes, com larga diferença entre seus concorrentes. Seu nome aparece no topo das pesquisas. Seu vice é o pastor Natalino Bisigati (PTN), que pode encrementar ainda mais a candidatura trazendo uma quantidade expressiva de votos dos evengélicos. Coligação: “Renovação Já” - PSD, PDT, PPS, PTN, PPL, PP José Luis Monteiro (PMDB)
Apadrinhado pelo prefeito Abel Larini (PR), o médico José Luis Monteiro, é também, um dos postulantes fortes. Seu vice é o advogado Márcio de Oliveira (PRB) que, até o mês passado, era pré-candidato à Prefeitura. Coligação: “Um Novo Coração Bate Forte Por Uma Nova Arujá” - PMDB, PRB, PTB, PSDB, PMB, PTC, PRTB, PSC, PT. Gilberto Daniel (DEM) Corria o boato que o empresário Gilberto Daniel, o Gil do Gás, iria desistir da campanha, mas ele continua firme e promete dividir bastante os votos nas urnas, fazendo com que as eleições de 2016 seja a mais concorrida da história de Arujá. Coligação: “Juntos Por
uma Nova Arujá” - DEM, PROS, PHS. Genésio Severino da Silva (Solidariedade – SD) O engenheiro Genésio Severino da Silva, ex-preefeito de Arujá também não deixa a desejar. Seu vice é o advogado Márcio Batista (Solidariedade – SD). Apesar que não está descartado que Genésio poderá ficar de fora das eleições, por estar sendo acusado de falsificação em documento de uma juíza do Município. Ele já foi condenado por mais de uma corte, mas ainda
cabe recurso em última instância. A Lei de Ficha Limpa proíbe qualquer cidadão que seja condenado por um colegiado ou mais, quando se torna impedido de concorrer ao cargo. Quando perguntado sobre isso, ele disse que pode sim, sair como candidato. “Meus procuradores jurídicos estão trabalhando e dizem que posso sair candidato. Quando eu registrar minha candidatura e se forem feitas as impugnações, nós entraremos com os recursos pertinentes. Nunca
me senti tão motivado, disse confiante. Coligação: “Arujá Mais Humana” - PEN, PSDC, PV e PC do B. Wilson Ferreira (PSB) O vereador Dr. Wilson Ferreira diz que está muito feliz e tranquilo com o trabalho que está sendo realizado em torno de sua candidatura. Devido a coligação “Gente da Gente” sua campanha reúne 46 candidatos a vereador. Seu vice é o vereador José Sidnei Schaide (PSB), o Coceira Cabelo. Coligação: “Gente da Gente” - PSL, PRP e PMN.
CANDIDATOS E SEUS VICES
O candidato Dr. Luis Camargo e o seu vice, pastor Natalino
Na foto acima, o candidato a vice, Dr. Márcio de Oliveira e o candidato Zé Antonio Luis. Na foto abaixo, o candidato Genésio da Silva e o seu vice Dr. Márcio Batista
O candidato Gil do Gás e o seu vice, pastor Marcio Fernandes. Abaixo, o vice Coceira Cabelo e o candidato Dr. Wison
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Campanhas para prefeitos do Alto Tietê podem custar até R$ 6,3 milhões TSE divulgou valor máximo das campanhas municipais para 2016. Suzano, Itaquaquecetuba e Mogi têm os maiores tetos da região. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os valores limites máximos de gastos nas campanhas de outubro de acordo com as atualizações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE). Com isso, juntos os candidatos ao cargo de prefeito das dez cidades do Alto Tietê poderão gastar até R$ 6,3 milhões na campanha do primeiro turno. Já as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba, onde há possibilidade de 2º turno, o valor máximo a ser gasto, caso necessário, é de R$ 1,4 milhão, na soma das três cidades. Suzano poderá ter a campanha de maior custo: até R$ 1,8 milhão. Segundo o TSE, na região, há 1.117.898 eleitores aptos a participar das eleições em outubro. Em janeiro o TSE já havia divulgado uma lista prévia com o valor máximo das campanhas. Agora, o TSE atualizou os valores de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE. O índice de atualização dos limites máximos de gastos foi de 33,8%, o que corresponde ao INPC acumulado de outubro de 2012 a junho de 2016. Cada candidato a prefeito de Suzano poderá gastar até R$ 1,8 milhão na campanha eleitoral, seguindo limite de gastos estabelecido pela Justiça Eleitoral. Este é o valor mais alto do Alto Tietê. Logo depois está Mogi das Cruzes, com R$ 1,5 milhão. O terceiro maior gasto permitido é em Itaquaquecetuba, com R$ 1,3 milhão.
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Nestes três municípios, onde há possibilidade de segundo turno, também há tetos estabelecidos para segunda etapa de campanha, se houver. Em Suzano, os candidatos à prefeito poderão gastar até R$ 551.926,11. Em Mogi, R$ 457.186,70 e em Itaquaquecetuba R$ 417.384,29. A regulamentação foi estabelecida pela Resolução Nº 23.459, de 15 de dezembro de 2015, na recente minirreforma eleitoral. As cidades da região com os menores tetos para as campanhas de prefeito são Biritiba-Mirim, Poá, Salesópolis e Santa Isabel, onde os candidatos poderão gastar até R$ 108.039,06, nas campanhas. Já em Arujá, o teto é de R$ 627.779,34 e Ferraz de Vasconcelos R$ 308.801,53. A ordem dos municípios com maior limite de gastos (veja na tabela abaixo) corresponde ao ranking das campanhas mais caras de 2012. A minirreforma eleitoral definiu os atuais limites com base nos maiores gastos realizados em cada cidade na eleição passada. A nova lei estabeleceu que o teto para cada candidato gastar no primeiro turno em 2016 será de 70% do gasto total do candidato que mais gastou em 2012. No caso dos pleitos que tiverem dois turnos, o limite será de 50% da campanha mais cara. Para o segundo turno deste ano, o limite será de 30% do teto estabelecido para o primeiro turno. Nos municípios com até 10 mil eleitores, o limite será único: até R$ 100
mil para candidatos a prefeito e até R$ 10 mil para vereador. Nenhuma das cidades do Alto Tietê tem esse perfil. O limite de gastos para candidatos a prefeito e vereador em cada um dos 5.570 municípios brasileiros foi divulgado no último dia 28 de dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em uma lei de setembro que fixou os tetos para as despesas das campanhas. Esses limites, porém, ainda deverão subir cerca de 30% por causa da inflação acumulada entre outubro de 2012 a junho deste ano (levando em conta as projeções do mercado). Campanhas mais baratas Antes da minirreforma eleitoral, eram os próprios candidatos que definiam o quanto iam gastar, sem limite fixo, e só informavam o valor à Justiça para posterior verificação com as receitas captadas. O objetivo da nova lei foi reduzir o custo das campanhas, impondo também um tempo menor de campanha, cujo período caiu pela metade. Se antes as campanhas iam de julho a outubro (ou novembro, em caso de segundo turno), agora começam em 16 de agosto. Outra mudança -- promovida, porém, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -- foi a proibição das doações de empresas para partidos e candidatos. Com isso, a arrecadação virá somente do Fundo Partidário (dinheiro público repassado às legendas) e de doações de pessoas físicas.
Eleitores podem denunciar propaganda eleitoral pela internet Cartórios do Alto Tietê também terão plantão específico para o serviço. Sistema online do TSE já recebe denúncias para eleições municipais. Reprodução
REGRAS DAS PROPAGANDAS ELEITORAIS
Site do TSE permite que eleitor faça denúncia online de propagandas supostamente irregulares
O Tribunal Superior Eleitoral já disponibilizou aos eleitores uma ferramenta que possibilita a realização de denúncia on-line de propaganda eleitoral antecipada ou irregular. Em todo o País, os cartórios eleitorais também terão plantões de atendimento para receber as denúncias. No Alto Tietê os horários de atendimento ainda estão sendo definidos. Como os dados do denunciante são mantidos em sigilo, não são aceitas denúncias anônimas. No sistema Denúncia On-line podem ser denunciadas: propagandas que ocorram em vias públicas, bens públicos, cinemas, centros comerciais, templos, ginásios, pontos de ônibus etc, ou aquelas feitas em bens particulares que contrariem a legislação. Serão averiguadas as denúncias que forem veiculadas por meio de outdoor, placas, cartazes, banners, faixas, pichações e inscrições a tinta e assemelhados, devendo ser anexada fotografia.
No formulário a ser preenchido, o denunciante indica o endereço da propaganda, o conteúdo e os nomes dos candidatos, com foto. É obrigatória a identificação do denunciante. Para tanto, deverá ser informado o número de sua inscrição eleitoral. Contudo, seus dados ficarão restritos à Justiça Eleitoral e não constarão do expediente instaurado para constatação. O sistema não aceita denúncias de propagandas supostamente irregulares realizadas nos meios de comunicação em massa, como rádio, televisão, jornais, revistas e demais periódicos, bem como internet, panfletos, carros, ônibus e veículos em geral, uma vez que dependem de representação proposta por parte legítima (candidatos, partidos, coligações e Ministério Público Eleitoral), a ser apresentada perante a autoridade judicial competente. Estas propagandas devem ser encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral.
Propaganda permitida a partir de 16 de agosto: Em bens particulares, de forma gratuita e mediante autorização do proprietário, desde que seja feita em adesivo ou em papel, não exceda a meio metro quadrado e não contrarie a legislação eleitoral. Colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. A mobilidade estará caracterizada com a colocação e retirada destes meios de propaganda entre as 6h e as 22h. Propaganda proibida: A veiculação de propaganda eleitoral, em qualquer de suas formas, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação e colagem de placas, faixas, cartazes e assemelhados em: bens públicos, ou seja, bens cujo uso depende de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam; bens de uso comum, por exemplo, estabelecimentos comerciais, shopping centers, templos e igrejas, cinemas, teatros, estádios esportivos, clubes e assemelhados, salões de eventos e exposições etc; tapumes de obras ou prédios públicos; postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes; árvores e jardins localizados em áreas públicas; ônibus, abrigos e postes de pontos de ônibus, rodoviárias, estações de trem e metrô, táxis etc. Fonte: TSE Expressão News - Agosto/2016 - 09
O candidato à Prefeitura de Arujá, Dr. Luis Camargo. Promessa de uma boa administração
“Basta da velha política, Arujá quer renovação” O advogado Luis Camargo diz que muita coisa deixou de ser feita em Arujá. “No passado, tivemos hospital público, cinema, teatro, ginástica olímpica.” Expressão News - Agosto/2016 - 10
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om a proposta de renovação, o professor, advogado e candidato a prefeito de Arujá, Dr Luis Camargo (PSD), desponta como “sangue novo” no cenário político do município. Residente há 30 anos na cidade e primeiro presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Arujá, por dois mandatos, ele disputará o Executivo Municipal com os dois principais grupos que estão no poder há mais de 20 anos. Além da ampla experiência e da vontade de marcar uma
Dr. Luis Camargo, seus filhos e o vice pastor Natalino Bisigati
nova era em Arujá, Camargo tem um vice carismático e voltado para o social, o pastor Natalino Bisigati (PTN). Fundador do Instituto VIVARUJÁ, que atendeu em dois anos cerca de 4 mil crianças nos segmentos da cultura, lazer e esportes. Como presidente da OAB de Arujá, trouxe para a cidade a Justiça do Trabalho, facilitando a vida dos trabalhadores, e atuou na criação do Juizado de Pequenas Causas, da 2a Vara Judicial e conseguiu o fechamento da cadeia feminina no município. Agora, pela primeira vez candidato a prefeito de Arujá, ele defende que a cidade pode crescer e desenvolver-se muito mais, se tiver uma administração eficiente. “Muita coisa deixou de ser feita. No passado, tivemos hospital público, cinema, teatro, ginástica olímpica e tantas coisas que deixaram de existir. Muita coisa deixou de ser feita. No pas-
sado, tivemos hospital público, cinema, teatro, ginástica olímpica e tantas coisas que deixaram de existir. Arujá poderia ter progredido mais. Por isso, meu objetivo é ser um gestor do município e não um político burocrata”, pontua. O candidato pretende ainda se espelhar em alguns exemplos da cidade vizinha Mogi das Cruzes, que teve ações bem-sucedidas nos governos dos correligionários Junji Abe e Marco Bertaiolli. “Prestei assessoria jurídica para a prefeitura mogiana e conto com o apoio dos amigos no projeto de implementar um ‘choque de gestão’ em Arujá. Sabemos que é possível. Para 2017, a prefeitura arujaense estima arrecadar cerca de R$ 274,2 milhões, o que garante atender as necessidades básicas da nossa população. Basta trabalho sério e vontade política”, assegura. Dentre as prioridades, Camargo destaca a área da saúde, com a criação de um Centro de Especialidades, com 20 médicos contratados nas áreas de maior demanda. “A saúde tem pressa e não pode esperar. Também lutaremos, junto ao Estado, para que seja construído um Hospital Regional no terreno que a prefeitura tem para a obra há quase 30 anos”, antecipa.
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Na educação, o candidato vê como prioritário implantar período integral em todas as creches e, na área de emprego e renda, desburocratizar a abertura de empresas e desenvolver uma política de incentivos fiscais, para atrair novas indústrias e fomentar o comércio com a contratação de mão de obra local. Já na segurança, fazer funcionar a Central de Monitoramento, bem como aumentar o efetivo da Guarda Municipal. Construir um Centro Esportivo completo e um Espaço Multi-cultural, assim como estruturar o Parque Ecológico do São Bento - para o município fazer jus ao título de “Cidade Natureza”, são outras metas. “Temos de crescer de forma sustentável. É preciso renovar e estou preparado para administrar Arujá e fazermos uma cidade melhor”, garante. PERFIL Nome: Luis Camargo Idade: 52 anos, Partido: PSD Experiência: Primeiro presidente da OAB de Arujá, cargo que exerceu por dois mandatos. Foi consultor do SEBRAE na Prefeitura de São Paulo, é especialista em Direito Público. Há dois anos fundou o Instituto VIVARUJÁ, para contribuir com a cultura e esporte das crianças e pré-adolescentes da cidade. Expressão News - Agosto/2016 - 11
Perspectiva de estabilização da econômia no curto prazo Documento indica que, sem ajuste, brasileiros sofrerá mais com inflação Expressão News - Agosto/2016 - 12
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om recados claros para o mercado financeiro, governo e Congresso Nacional, o Banco Central (BC) afirmou que não pode cortar juros neste momento, apesar da recessão econômica. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta para um período maior de taxa básica em 14,25% ao ano. Nela, os dirigentes da autoridade monetária disseram que não há espaço para um alívio na política de controle inflacionário porque as expectativas para os preços — feita pelos analistas — ainda estão muito longe da meta de 4,5%. Frisaram também que a velocidade do processo de desinflação depende da aprovação das medidas de contro
le de gastos enviadas ao Legislativo. Os membros do Copom concordam que houve melhora perceptível do cenário macroeconômico e que indicadores recentes mostram perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Houve progressos também no controle da inflação, principalmente por causa das quedas das estimativas para os próximos dois anos, mas numa velocidade aquém da almejada. O BC falou claramente que a sua política depende das projeções do mercado: “O Comitê deve procurar conduzir a política monetária de modo que suas projeções de inflação, inclusive no cenário de mercado, apontem inflação na meta nos horizontes relevantes”. A aposta do mercado está em IPCA de 7,25% para este ano. Está mais alta que as previsões feitas nos modelos do
BC. Tanto no chamado cenário de referência (quando o Copom faz a conta com juros e câmbio estáveis), quanto no cenário de mercado (quando usa as estimativas dos analistas para fazer as projeções), os cálculos apontam para inflação em torno de 6,75%. O BC observa que contempla desinflação na economia brasileira nos próximos anos, mas aponta que as expectativas do mercado ainda não convergiram. “Para 2017, a desinflação até a meta ocorre sob as hipóteses do cenário de referência. Entretanto, no cenário de mercado, a desinflação ocorre em velocidade aquém da perseguida pelo Comitê”, alerta o Copom, que explica que sob as hipóteses do cenário de mercado, a inflação para 2017 situa-se em torno de 5,3%. O BC ainda diminuiu o peso do reajuste das tarifas públicas — o grande vilão da inflação nos últimos anos — para 2016. A aposta caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 6,6%, abaixo do valor projetado na reunião do Copom de junho. Por outro lado, para 2017, a alta deve ser de 5,3%: 0,3 ponto percentual acima do valor projetado na última reunião. RISCOS PARA A INFLAÇÃO Segundo a ata do Copom, há riscos de curto prazo para a inflação no Brasil. A elevação recente nos preços de alimentos pode se mostrar persistente por causa da transmissão dos preços do atacado para o varejo. Em contrapartida, o período sazonalmente favorável — por causa da safra — pode contribuir para uma reversão rápida desses preços. O Copom alerta para o fato de a experiência brasileira mostrar que períodos prolongados de inflação alta e expectativas acima da meta reforçam mecanismos inerciais e tornar o processo de desinflação mais lento e custoso. “Nesse contexto, uma maior persistência inflacionária requer uma persistência maior da política monetária. Por outro lado, o processo contínuo de distensão do mercado de trabalho e a desaceleração significativa da atividade econômica podem, a princípio, produzir uma desinflação mais rápida (por exemplo, no setor de serviços) do que a refletida nas expectativas de inflação medidas pela pesquisa Focus e nas projeções condicionais produzidas pelo Copom.” Sobre a recente surpresa dos índices de preços, o BC diz que foram causadas pela alta de alimentos e “talvez” pela maior persistência da inflação. No debate sobre o tema, o Copom fo-
cou, ainda, no grau de confiança na desinflação em curso. De acordo com a ata, alguns membros ponderaram que, diante da desaceleração econômica observada até aqui, esperava-se uma queda maior da inflação. Outros esperam que os efeitos desinflacionários do nível de ociosidade na economia ainda possam vir mais intensamente. “Todos os membros do Comitê reconheceram progressos em relação às perspectivas de desinflação da economia brasileira, mas demonstraram preocupação com medidas de expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus acima da meta para 2017 e com projeções do Comitê para a inflação que se situam acima da meta em horizontes de 18 ou mais meses, sob as hipóteses do cenário de mercado.” FISCAL Segundo o BC, os ajustes necessários na economia, inclusive de natureza fiscal, apresentam-se “como um risco e uma oportunidade” para o processo desinflacionário. O perigo é se os agentes financeiros perceberem que esses ajustes seriam abandonados, ou postergados significativamente. “Nesse cenário, o processo desinflacionário tenderia a ser mais lento, aumentando os custos de levar a inflação para a meta.” A oportunidade é a possibilidade de acelerar a queda de inflação. Isso, segundo o Copom, permitiria ganhos de confiança e queda das expectativas de inflação. A redução de incertezas potencializaria os efeitos do ajuste monetário em curso. “Todos os membros do Comitê enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação. Não houve consenso sobre a velocidade desses ajustes, o que sugere que constituem, ao mesmo tempo, um risco e uma oportunidade”, ressaltaram os diretores que entendem não haver apenas impactos de confiança no curto prazo, mas há necessidade de melhora da dinâmica das contas públicas no médio e longo prazos. “Os membros do Comitê ressaltaram que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação, e que esse é um risco a ser monitorado”, mas não detalharam quais seriam. CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA
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ATIVIDADE Para o Copom, há perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Há sinais o investimento e a produção industrial pararam de cair. São vistos alguns sinais “incipientes” de melhora nas perspectivas da atividade econômica apesar de a economia seguir com nível elevado de ociosidade tanto na estrutura das indústria quanto no desemprego. CENÁRIO EXTERNO Sobre a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (Brexit), o Copom ressaltou que a ação dos BCs com sinais de estímulos conseguiram acalmar os mercados financeiros e criar um ambiente de curto prazo “relativamente benigno” para economias emergentes. No entanto, o Copom ressaltou que o cenário permanece frágil por causa das incertezas sobre o crescimento
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global e a possibilidade de aumento de juros em economias desenvolvidas. “Os possíveis desdobramentos econômicos do Brexit contribuíram para um aumento das incertezas de médio e longo prazos e produziram revisões negativas das projeções de crescimento para o Reino Unido e para a Zona do Euro”, diz a ata. O documento lembra ainda que os Estados Unidos têm sinalizado que deverão aumentar os juros de forma mais gradual, entretanto, as trajetórias de juros sinalizadas pelos membros do Comitê de Política Monetária de lá estão acima da trajetória prevista e negociada nos instrumentos financeiros. O BC brasileiro faz um alerta: “O que pode levar a correções adiante”. APOSTA PARA OS JUROS O tom mais pesado da ata do Copom fez o economista-chefe da corretora
Gradual, André Perfeito, alterar sua aposta para o início dos cortes de juros. Ele previa o início das quedas em outubro. Após ler o — Por sinal essa ata nova parece uma mulher que resolve cortar o cabelo curto para mudar de vida ou um homem que deixa a barba crescer para mudar de cara. Ele faz referência à toda a mudança na comunicação do BC. Para tentar recuperar a credibilidade perdida pelo ex-presidente Alexandre Tombini, o novo presidente da autarquia, Ilan Goldfajn, reformulou todos os instrumentos de comunicação. Com a ata não foi diferente. O texto foi mais conciso e claro. Deixou de lado os vários números de indicadores, um trecho que era ignorado pelos analistas do mercado. Passou a focar na análise e deu mais informações para os economistas trabalharem.
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Mauro Holanda
Bacalhau com miga de espinafre e pinoles Tempo de preparo: Até uma hora Rendimento: 1 porção Receita da chef Ilda Vinagre, do restaurante A Bela Sintra (São Paulo) INGREDIENTES 1 posta bacalhau 2 1/2ml azeite de oliva 2 dentes alho 1 xícara migalhas de pão 500g espinafre cozido e picado
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1 unidade gema de ovo 1 colher (chá) pinoles 1 colher (chá) vinagre de Jerez 1/2 unidade alho-poró cortado em fatias finas e frito MODO DE PREPARO - Grelhe o bacalhau com azeite e o alho picado e frito. Reserve. - Em uma frigideira, toste os pinoles em fogo baixo. Reserve.
- Junte o espinafre picado e refogue em azeite, juntamente com as migas do pão, o vinagre e a gema de ovo. - Misture tudo como se fosse fazer um pão, em formato de baguete, até ficar firme. - Em um prato, monte o bacalhau regado com azeite e os pinoles por cima. - A miga de espinafre é servida junto como acompanhamento.
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Parcelamento em 12, 14, 18 vezes sem juros?! Pare de se enganar Juro zero é lenda, não se engane: peça desconto à vista
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Parcelamento sem juros é lenda; veja dicas de como barganhar desconto no pagamento à vista
erá que alguém acredita, de verdade, que pode comprar e pagar em 12, 14, 18 vezes sem juros? Em uma economia como a brasileira, que pratica a taxa de juros mais alta do planeta, que cobra absurdos juros de 15% ao mês dos desafortunados que parcelam a fatura do cartão de crédito? Será que existe o bom samaritano que faz o favor de te emprestar dinheiro para comprar à vista e parcelar em 12 vezes ou mais, correndo o risco de não receber todas as parcelas, sem cobrar nada por isso? É evidente que existe uma taxa de juros embutida no preço parcelado a perder de vista. Ela não é aparente, não é declarada, mas está lá, sorrateiramente embutida nas parcelas que o consumidor acredita será capaz de pagar. O consumidor que não tem dinheiro para comprar à vista, por um preço menor, se agarra a essa oferta enganosa para realizar seu sonho de consumo. Afinal ele não pode esperar, precisa comprar mais uma peça de roupa hoje. Precisa comprar outro par de sapatos, de que não está precisanExpressão News - Agosto/2016 - 18
do, só porque está em liquidação. Ou a versão mais recente do smartphone. Quem está enganando quem aqui nesta história? O comerciante engana o consumidor dizendo que ele pode comprar um produto pelo mesmo preço do pagamento à vista. Dessa forma, aumenta muito a probabilidade da venda. Omite o preço da venda à vista porque, se assim o fizer, sua história de juro zero será desmascarada. Teima em dizer que o preço é o mesmo apesar de sabermos que isso é impossível em uma economia como a nossa. O consumidor engana a si mesmo porque acredita nessa história e acha que está fazendo um ótimo negócio. Ele nem tenta negociar um preço melhor para pagar à vista porque não tem dinheiro e assim acaba por validar a estratégia dos comerciantes. Entrei no site de um grande varejista e encontrei diversos produtos sendo oferecidos com pagamento parcelado, sem juros. Escolhi um eletrodoméstico cujo preço acaba de ser reduzido, vejam só, de R$ 2.229 para R$ 1.928. E o mais incrível é que você pode pagar em nove parcelas, sem juros, de R$ 214! Avanço mais um passo e o site informa que o preço cai para R$ 1.832,
desconto de 5%, se o pagamento for feito em uma vez no cartão ou boleto bancário. É isso, desconto de 5% que você nem pediu nem precisou negociar. Com um pouco de resistência da sua parte, se o comerciante perceber que você vai escapar, vai olhar outras lojas antes de decidir, prepare-se para receber um desconto melhor, de 10% ou mais, dependendo do produto e do valor da compra. Minha estratégia é pesquisar muito na internet antes de comprar. Pesquisa feita, sei quanto vale o produto e quem tem o melhor preço. Vou à loja para ver o produto de perto, comparar com outras marcas. Separo a negociação em duas partes. Na primeira demonstro incerteza, relutância se quero mesmo comprar, digo que vi o produto por preço melhor em outra loja, que a mesma loja vende o produto mais barato pela internet, enfim, faço o comerciante reduzir o preço para conseguir o negócio. Depois de conseguir um desconto e deixar o vendedor contente, inicio a segunda negociação, que diz respeito à forma de pagamento. Eu não pergunto se tem desconto para pagar à vis
Comércio aposta em promoção em dias de semana para atrair clientes Em Mogi das Cruzes, hamburgueria tem preço menor às terças-feiras. Clientes passaram a comer fora em dias de promoções.
Mário Bittencourt
ta. Pergunto de quanto é o desconto para pagar à vista. Parto do princípio de que existe um desconto que será maior ou menor dependendo da forma de pagamento. Assim, consigo ampliar o desconto e reduzir o preço final. O comerciante não cede, insiste em que o preço à vista é igual ao preço em dez vezes sem juros? Diga que desistiu da compra e saia da loja. Nessa hora o vendedor provavelmente vai tirar a ultima carta da manga para não perder a venda. Se o comerciante não ceder, não faz mal. O mercado está cheio de concorrentes vendendo o produto pelo mesmo preço ou até melhor. Não tem nada de errado em comprar a prazo. Tudo bem financiar a compra de itens necessários e parcelar o pagamento ao longo do tempo, devidamente planejado no orçamento. O que não pode é fazer isso acreditando que não existe juro embutido nessa transação. O que está errado é comprar só porque uma atraente (e falsa) oferta de financiamento sem juros induz o consumidor ao erro de comprar o que ele não precisa, no lugar errado, na hora errada, pelo preço errado. Fique atento!
Comprar comida e bebida hoje já está 18% mais caro do que em janeiro do ano passado, segundo o IBGE. A alta atinge diretamente os bares e restaurantes. Para aliviar a conta dos clientes e conseguir mais movimento, muitos comerciantes apostam nos dias que, até então, eram os de menor movimento. Dia de promoção é casa cheia na certa!! Nesta hamburgueria, o principal lanche da casa, as terças-feiras, sai pela metade do preço:
Mônica Pereira da Silva e sua filha
Esta família fica de olho nos descontos. “Usamos a internet como meio de pesuisa. Acho que hoje vale” disse a diretora Mônica Pereira da Silva. Em um bar e restaurante o público aumentou 50% depois que as promoções começaram. “Além de conseguir trazer mais clientes, agradamos aque-
de R$ 18,50 por R$ 9,25. A conta de uma das mesa daria quase R$ 170 num dia comum, deve ficar na casa dos R$ 80. “É a oportunidade de comer alguma coisa diferença, que não é sempre que dá” disse Erick Minoro Nosiyama. Estratégia que atrai a clientela, garante o gerente William Domingues. “68% das nossas vendas, na terça-feira, é equivalente as promoções. Os clientes procuram a casa por causa das promoções”.
les que já temos”, disse o comerciante Marcelo Eduardo de Faria. O desconto no prato mais tradicional é de 50%. A unidade para três pessoas sai de R$ 65,10 por R$32,55. O motivo que levou o grupo de amigos para o local em plena terça-feira. ”Eu já sabia que tinha promoção as terças-feiras. Viemos por isso mesmo”. garantiu o empresário Marcelo de Souza.
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Analistas melhoram previsão de inflação deste ano e do próximo
Daniel Marenco
Projeção para PIB piora; juros seguem inalterados e dólar melhora s analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) melhoraram a expectativa para a inflação deste ano e do próximo. A previsão é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2016 em 7,21% e chegue ao fim de 2017 e 5,29%. Já a previsão para o PIB deste ano piorou, para queda de 3,27%. De acordo com o relatório Focus divulgado no mês passado, a inflação oficial do país deve ficar em 7,21% em vez de 7,26%, como previsto na pesquisa anterior. Apesar da melhora, o resultado ainda está acima da meta de inflação do governo, que é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Para o ano que vem, os analistas Expressão News - Agosto/2016 - 20
do mercado financeiro melhoraram levemente a previsão para o IPCA, que passou de 5,30% para 5,29%. A taxa esperada para 2017 está um pouco acima da meta do governo, que também é de 4,5%, mas está abaixo de seu limite superior, que é de 6%, já que o BC determinou que a margem de tolerância no ano que vem varia em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já projeção da taxa básica de juros, a Selic, ficou inalterada pela quarta semana seguida tanto para este ano quanto para o próximo. A previsão é que os juros básicos encerrem este ano em 13,25%. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa em 14,25% ao ano. A Selic está neste patamar des-
de julho do ano passado. Para 2017, a expectativa ficou em 11% ao ano. Por outro lado, a pesquisa piorou a previsão para o desempenho da economia neste ano. Em vez de retração de 3,25%, como indicado na semana passada, a expectativa é de uma retração um pouco mais intensa, de 3,27%. Para 2017, os analistas mantiveram a perspectiva de que o Produto Interno Bruto (PIB) vai registrar uma expansão de 1,10%. Já a cotação do dólar prevista para o fim deste ano registrou melhora pela quarta semana consecutiva, passando de R$ 3,39 para R$ 3,34. Para o fim do ano que vem, o câmbio foi mantido no mesmo valor da semana passada, em R$ 3,50.
ExpressĂŁo News - Agosto/2016 - 21
Gabriela Leite Rodrigues, 30, tem uma loja virtual de decoração em casa
Baixo custo leva empreendedores a criar negócios em casa
G
anhe dinheiro trabalhando em casa. A proposta é atraente, mas especialistas alertam que manter um negócio "caseiro" exige cuidados -e longa carga horáriapara que dê resultado. A designer Gabi Rodrigues, 30, abriu em setembro de 2015 um e-commerce homônimo de produtos de decoração, com quadros, bordados e luminárias, em seu
Expressão News - Agosto/2016 - 24
apartamento de 50 m² em São Paulo. O investimento foi baixo: cerca de R$ 1.000 em material, pequenos equipamentos para a confecção das peças e a abertura da empresa. O lucro também é pequeno, cerca de R$ 500 mensais. Por isso, após 11 meses, a loja ainda não se tornou sua fonte exclusiva de renda. A maior dificuldade dela é divulgar a empresa. Além do site, Rodrigues anuncia em plataformas como Mercado Livre, Olx e Enjoei. "Embalo e despacho as peças e me disponho a encontrar o cliente numa estação de metrô para fazer uma entrega." Rodrigues, contudo, é otimista
Avener Prado
com o futuro. "Já estou em fase final de negociação com grandes sites que vendem produtos de designers." Fazer um negócio de estrutura pequena deslanchar é o maior desafio de quem escolhe a própria casa como sede. Um erro comum desses microempreendedores é misturar as contas de pessoa física e de pessoa jurídica, o que dificulta a identificação do gasto e do faturamento efetivo, o que pode ameaçar a renda doméstica. A consultora de negócios Ana Vecchi orienta empreendedores caseiros a abrir contas separadas não só no banco, mas também de telefonia e internet para uso pessoal e profissional. Já o consultor do Sebrae Fábio Gerlach recomenda cuidado extra com a rotina de trabalho. Muitos empreendedores têm dificuldade de separar as horas necessárias de dedicação aos negócios das demandas domésticas. "Às vezes, a família não entende que a pessoa está ali, mas não pode sair da frente do computador para lavar a louça, por exemplo." Por isso, diz Gerlach, um dos primeiros passos para empreender em casa deve ser conversar com quem mora junto -e fechar a porta do escritório.
FIRMA PRONTA
Muitos empreendedores novatos apelam às microfranquias para ter a estrutura básica da empresa. É o caso de Kátia Weigland, 39, que buscava um negócio para complementar sua renda como agente de turismo. Ela investiu cerca de R$ 25 mil em uma franquia da Quinta Valentina, de sapatos, e recebeu um estoque de 80 pares, que armazena em casa. "Apostei porque o investimento era baixo. Na pior das hipóteses, ficaria com os sapatos", diz. Weigland usa as redes sociais para receber pedidos e identificar perfis das clientes. Para as vendas, o contato é mais pessoal. "Vou até as clientes, faço bazares e até as recebo em casa para um café e para apresentar as novidades", afirma.
Weigland lucra cerca de R$ 2.000 mensais e calcula que sua franquia caseira cresça 20% por mês.] Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), os negócios de "home office" correspondem a 4% do total das franquias. Nesses casos, os consultores recomendam atenção redobrada para propostas milagrosas, que prometem faturamentos altos com pouca carga horária ou negócios em que a operação pareça fácil demais. Para isso, o interessado deve checar a fonte das informações passadas pela franquia, como perspectivas de venda do setor e rentabilidade, e conversar com franqueados da marca para saber se a empresa oferece apoio. "Além disso, é indispensável se formalizar e contratar um conta-
dor, com referências ou indicação de colegas", afirma Gerlach, do Sebrae. Ex-proprietário de um lava-rápido, o empresário Alexandre Martin, 44, comprou há dois anos uma microfranquia de lavagem a seco delivery, a Auto Spa. O escritório fica em seu quarto, o que evita alguns gastos, como aluguel. A praticidade, contudo, não tornou sua rotina menos agitada. A carteira de 90 clientes exigiu visitas porta a porta e promoções, como lavagens grátis a clientes que indicassem o serviço. Para conciliar as cerca de dez lavagens por dia, ele faz os agendamentos através do Whatsapp. O faturamento mensal é de R$ 7.000. "Não existe fórmula mágica", diz a consultora Vecchi. "Ser dono, trabalhar pouco e ganhar muito não existe." Karine Xavier
Alexandre Martin toca uma microfranquia de lavagem de carro de dentro do quarto
Expressão News - Agosto/2016 - 23
Guardas de Itaquaquecetuba, Mogi e Suzano fazem curso para usar armas No Alto Tietê, as Guardas Municipais já são armadas em Poá e Ferraz. Guararema e Santa Isabel não contam com Guarda
Ney Sarmento
Guardas de Mogi das Cruzes estão se preparando para portarem armas de fogo Expressão News - Agosto/2016 - 24
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07 guardas municipais de Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba estão frequentando curso de treinamento de tiro para obter o porte de arma. O maior efetivo de guardas em preparação é de Itaquaquecetuba: 262 homens. Segundo a Prefeitura, porém, o número de GCMs armados pode ser menor, uma vez que, para a obtenção do porte de armas é preciso que o guarda seja aprovado em exames psicotécnicos e outras avaliações que ainda serão feitas. Desde 2009, a Prefeitura de Itaquaquecetuba planeja o armamento dos guardas, mas até o momento o processo não foi concluído. O custo da Prefeitura para preparar os guardas de Itaquaquecetuba é de R$ 47 mil somente para os exames psicotécnicos e laudos necessários. Segundo o secretário de Segurança do município, Alexandre Siqueira, depois dos laudos psicotécnicos, é preciso que os guardas façam aulas práticas de tiro. O próprio secretário é quem dará o curso a. "Existem duas formas de treinarmos os guardas. A primeira é pela contratação de uma empresa específica para dar as aulas teóricas e práticas para o manuseio da arma. Outra opção é que uma profissional credenciado pela Polícia Federal dê o curso. Aqui, por exemplo, sou eu quem vou habilitar os nossos guardas porque eu tenho o credenciamento de armamento e tiro pela Polícia Federal e sou habilitado pelo exército." Depois dos cursos, haverá ainda os gastos com a compra de armamento e munição. "Nós temos 28 armas já. A Guarda Municipal de Campinas já se prontificou a nos fornecer 17 armas, mas esse número pode chegar a 50. O custo médio de uma arma é de R$ 3,5 mil", afirma o secretário.
Mogi das Cruzes Em Mogi das Cruzes, 30 GCMs já estão frequentando o curso e mais 170 deverão iniciar as aulas que duram seis meses, com um total de 900 horas. Segundo a Prefeitura de Mogi, os guardas já são autorizados para andarem armados, mas até o momento, nenhum GCM porta arma de fogo. Segundo a Prefeitura de Mogi, a guarda foi alvo de disparos em duas ocorrências: na primeira vez, a bala atingiu o colete do GCM e, na segunda vez, nenhum guarda foi alvo de tiros, mas a viatura foi danificada. Suzano Os guardas de Suzano passam por cursos e provas para iniciar os treinamentos de tiro para serem credenciados pela Polícia Federal para a obtenção do porte de arma. Segundo a Prefeitura, os convênios necessários que possibilitarão o armamento da guarda foram realizados e concluídos junto ao Exército e a Polícia Federal. Guarda já armada Entre as dez cidades do Alto Tietê, Poá e Ferraz de Vasconcelos já contam com a guarda armada. Dos 98 guardas de Poá, apenas 30 homens estão armados. O armamento começou a valer em 2013 e, desde então, a Prefeitura informa que houve quatro intervenções policiais seguidas de lesão corporal, sem detalhar quem foi ferido. Em Ferraz de Vasconcelos todos os 83 GCMs possuem a autorização para andar armados desde 2007. De acordo com a Prefeitura, em 2008, no bairro do Cambiri, dois assaltantes de carga renderam as vítimas e trocaram tiros com a GCM. Os guardas teriam revidado e um dos suspeitos foi morto. As cidades de Guararema e Santa Isabel não possuem Guarda Municipal e disseram também que não há planos para estruturar uma equipe.
Expressão News - Agosto/2016 - 25
Deixar o bebê chorando no quarto pode ensinar a dormir, diz estudo Não sabe mais o que fazer para que a hora de pôr as crianças na cama deixe de ser um tormento? Não se desespere, há uma luz no fim do túnel. Segundo um novo estudo, deixar o filho chorando no quarto durante intervalos curtos por noites seguidas ou atrasar a hora de ir para a cama não apenas funciona como não deixa a criança estressada nem prejudica o vínculo com os pais. Mas há um porém. Segundo especialistas, técnicas comportamentais – disseminadas no Brasil em livros como "Nana, nenê" e "A Encantadora de bebês"– são métodos importados que combinam muito mais com sociedades rígidas na educação dos filhos, como as de alguns países europeus e dos Estados Unidos (de onde vem a maioria das pesquisas sobre o assunto), do que com o estilo liberal das famílias brasileiras. "De modo geral, todas as técnicas comExpressão News - Agosto/2016 - 26
portamentais trazem uma melhoria do sono, mas, na prática, os pais chegam ao consultório dizendo que leram tudo sobre elas na internet e que não vão fazer nada disso", conta a neurologista infantil Magda Lahorgue Nunes, coordenadora do grupo de estudos do sono da Sociedade Brasileira de Pediatria. Assim, diz a médica, o melhor método para "ensinar" a criança a dormir é aquele que os pais se comprometem a seguir. Além de considerar a rotina da família e a personalidade de cada filho antes de definir uma estratégia, eles precisam ter paciência e resiliência para suportar muito choro e protesto. A psicóloga Sabrina Grunwald Forte, 37, mãe de Marina, 4, e Felipe, 2, deixou cada um deles sozinho no berço por períodos diferentes. Mesmo assim, recebeu "olhares tortos" da família. "Foi ainda mais difícil com a babá, que mor-
ria de pena de ver a criança chorando." PESQUISA O estudo, publicado no periódico "Pediatrics", dividiu 43 crianças australianas de 6 a 16 meses de idade, todas saudáveis, mas com problemas de sono, em três grupos. Em um deles, os pais tentaram a extinção gradual, técnica na qual se permite que o bebê chore por intervalos curtos regulares durante várias noites. O outro tentou atrasar o momento de ir para a cama gradualmente. O terceiro funcionou como controle. Um ano depois, foi observado que as duas técnicas reduziram o tempo que as crianças demoravam para dormir e que a extinção gradual também diminuiu o número de despertares noturnos em comparação ao grupo controle. Os níveis de cortisol, hormônio que mede o estresse, estavam normais nos
-los por perto na hora de dormir", diz a pediatra Anete Colucci, da Unifesp. Até um ano e meio de idade, a filha mais velha de Audrey Vargas Lustig, 36, Corina, hoje com 5 anos, acordava toda noite devido ao "vício" de mamar. A designer, que também é mãe de Oliver, de dois meses e meio, diz que mesmo com uma rotina estruturada e horário para dormir a filha acordava muito. "Quando chegou num ponto insustentável, tentamos o 'Nana, nenê' algumas vezes, mas não aguentamos porque ela chorava muito. O que funcionou foi misturar as técnicas e tirar o vício do mamá e do colo de madrugada. O treino durou um mês e pouco e ela passou a virar a noite dormindo." PROBLEMA NOVO O sono dos filhos passou a ser um problema para os pais há poucas gerações. Mudanças sociais, como mães que trabalham fora em tempo integral e ficam
Raquel Cunha
bebês dos três grupos, e não houve diferença nas medidas de bem-estar emocional e comportamental das crianças. CRÍTICAS Uma das principais críticas às técnicas que deixam o bebê chorando até pegar no sono é que elas prejudicam a ligação entre mãe e filho e "ensinam" tão somente o sentimento de abandono. Mas estudos anteriores –nenhum foi realizado no Brasil até agora– já haviam sugerido que não há danos à criança. "Os nossos ancestrais botavam limites e ninguém ficava traumatizado", afirma a neurologista infantil Rosana Cardoso Alves, do departamento de sono da Sociedade de Pediatria de São Paulo. A médica diz que entre os seis meses e o primeiro ano de vida do bebê o mais importante é estabelecer uma rotina –incluindo preparar a casa e a criança para o sono– em vez de apelar para uma técnica comportamental. Os seis meses são um marco importante porque nessa época o bebê saudável não precisa mais acordar para mamar. Mesmo assim, é normal que as crianças despertem durante a noite e voltem a dormir espontaneamente, desde que ninguém interfira. "Os pais não devem achar que todo resmungo ou agitação significa que o bebê precisa deles, porque sua presença interfere no sono e acostuma a tê-
pouco com as crianças, geralmente à noite, e avanços na medicina que mostraram a importância do sono e as consequências negativas da privação contribuíram para a preocupação com o tema. "Os pais vivem a angústia de que os filhos estão sendo terceirizados e passam uma dupla mensagem à criança: estão cansados, mas culpados por passarem tanto tempo longe. Eles trocam a leitura, a companhia e a conversa com o filho por um vídeo, um programa, e esperam que seja possível desligar a criança junto com a TV", resume Colucci. Anos atrás, continua Nunes, não havia discussão: "os pais mandavam dormir e todo mundo ia". "Agora eles estão um pouco perdidos, todo mundo chega tarde e o momento de encontro da família acaba sendo à noite. Essa mudança social influenciou o hábito de sono", completa.
TÉCNICAS PARA DORMIR Melhor método depende de cada família FAÇA 1 - Mantenha uma rotina consistente antes de dormir 2 - Desligue a TV, o tablet ou o celular de 2h a 1h antes do horário de dormir 3 - Diante de um resmungo ou agitação durante a noite, fique em silêncio, não olhe o relógio e dê tempo para que a criança volte a dormir NÃO FAÇA 1 - Evite atividades físicas vigorosas antes de dormir, programas de TV ou histórias que possam atemorizar a criança 2 - Evite o toque e a manipulação desnecessários durante a noite 3 - A partir dos 6 meses, não acorde a criança para mamar 1. EXTINÇÃO GRADUAL Coloque a criança na cama e saia do quarto, mas se ela chorar volte após um intervalo curto (1 a 3 minutos), passe a mão na cabeça ou cubra-a e saia novamente, aumentando os intervalos de retorno. A técnica visa promover a capacidade de se acalmar sozinho e voltar a dormir sem associações indesejáveis nem a interferência dos pais
EXTINÇÃO SISTEMÁTICA Após a rotina pré-sono, coloque o bebê no berço em um horário pré-estabelecido, saia do quarto e ignore seus chamados até a manhã seguinte, assegurando-se de que ele não se machuque. Objetivo é eliminar atitudes que reforçam certos comportamentos (como chorar ou acordar) REORGANIZAÇÃO DO HORÁRIO Observe o horário médio em que a criança dorme espontaneamente e tente reduzi-lo em 15 minutos. Quando o novo horário estiver consolidado, antecipe-o em mais 15 minutos, até que esteja de acordo com a rotina da família. É importante ter um horário fixo para acordá-la de manhã ROTINA POSITIVA Estabeleça um ritual com atividades relaxantes e prazerosas: dê o banho, diminua ruídos e luzes da casa, promova alguma atividade calma e prazerosa, como leitura ou música suave, e avise a criança que é hora de dormir. É importante que os horários de dormir e acordar sejam consistentes e regulares. Pode ser empregada junto com outra técnica
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