Revista expressão news 30

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A transformação do jornalismo

A

t r a n s f o r m a ção do jornalismo Os ‘Panamá Papers’ mostram que, para felicidade geral das nações, as notícias podem ser compartilhadas Numa época em que se discute a crise da imprensa, os “Panamá Papers” mostraram mais uma vez que o jornalismo é imortal. Durante seis meses, 376 repórteres de 109 redações em 76 países trabalharam em cima do banco de dados com 11,5 milhões de documentos da fábrica de “offshores” Mossack Fonseca e estremeceram a banca e a política mundiais com seus achados. Não houve qualquer vazamento, por mínimo que fosse. O jornalismo não acaba porque se transforma. Sabe-se lá quando ele começou. Talvez tenha sido quando um macaco fez sinal para outro avisando que havia um leão atrás do arbusto. Quando seu negócio é a notícia, torna-se imortal. Nos “Panamá Papers" a primeira mudança aconteceu quando uma fonte ainda desconhecida entregou ao jornal “Süddeutsche Zeitung" o arquivo de 2,5 terabytes com operações do escritório panamenho de 1977 a dezembro de 2015. O jornal não poderia digerir o material e procurou um parceiro. Achou-o no Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o Icij, um braço do Center for Public Integrity, organização sem fins lucrativos criada pelo repórter Charles Lewis em1989 e sediada em Washington. Ele trocou uma carreira bem sucedida nas redes de televisão pela de fiscal de malfeitorias. Ninguém dava nada pela ideia. Enquanto a crise da imprensa é acompanhada pelo noticiário econômico (um bilionário mexicano comprou uma pedaço do “New York Times", Jeff Bezos arrematou o

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“Washington Post", os japoneses levaram o “Financial Times"), no mundo da notícia abre-se um novo caminho, o dos consórcios de repórteres e publicações. Tem ao seu lado uma revolução tecnológica. Os documentos da Mossack Fonseca são de uma espécie que remonta aos famosos “Pentagon Papers", de 1971. Naquele episódio um analista do Departamento de Defesa passou meses copiando 47 volumes, gastou US$ 20 mil. Em 2009 um soldado americano enviou 750 mil telegramas oficiais ao site Wikileaks. Quatro anos depois, um ex-funcionário da CIA mandou ao repórter Glenn Greenwald (que mora na Gávea) os documentos que expuseram os grampos internacionais do governo americano. Tudo isso sem papel ou contato pessoal. A inovação adicional veio na forma de compartilhamento. Com os 2,5 terabytes dos “Panamá Papers", o ICIJ inovou em relação aos casos anteriores. Formou equipes em 76 países para destrinchar os dados e manteve a operação no seu plantel de colaboradores. Nessa fase todo o trabalho foi mediado por um fórum interno. Inteira novidade e assunto para algum debate. Em maio será divulgada uma parte da base de dados. Numa ironia geográfica, o escândalo do século XXI veio do Panamá. Durante anos, “panamá” foi sinônimo de roubalheira por causa de outra armação de políticos, bancos e empreiteiras na construção do seu canal, no século XIX. O caso explodiu a política francesa. Na origem, como hoje, havia um jornalista. É a seguinte a equipe brasileira que colabora com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos: Fernando Rodrigues (membro do conselho da instituição), José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte, Isabela Bonfim, André Shalders, Douglas Pereira, Mateus Netzel, Diego Vega e Mauro Tagliaferri.


ÍNDICE 08

Ex-ministro do STF, Eros Grau, defende legalidade do impeachment

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Tom Cavalcante volta para televisão com ‘late show’

O maior erro da presidente Dilma foi a mentira

13

Novos policiais militares para Arujá

14

Especialistas explicam o que muda nas vacinas este ano

15

Duplicação da Rodovia Mogi-Dutra pode sair do papel

16

Gente de Expressão

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Culinária

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Tom Cavalcante volta para televisão com late show

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Serginho Groisman traz para televisão assuntos de interesse coletivo

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A bela ou a fera? Depende do que você come

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Denise Fraga e Domingos Montagner em De Onde Te Veja

Tom Cavalcante voltou ao Multishow na quinta-feira, 7. O programa que o trouxe ao canal, no ano passado, Partiu Shopping, não virá junto. A direção do canal, em comum acordo com o humorista, reconheceu que a sitcom não tirou de Tom o que ele tem de melhor, e um novo formato foi elaborado, com múltiplas possibilidades, a começar pelo título, Multi Tom. Vem aí um late show em 20 episódios diários, de segunda a sábado, às 22h30, em que o protagonista se reveza em alguns de seus personagens.

Empresário recebe pré-candidatos em seu restaurante O grupo do PTN, liderado pelo jornailista Gil Borges, foi convidado pelo empresário Marcos de Mello para almoçar em seu restaurante, filial de Arujamérica. Página 17

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Arquivo/EN

Ex-ministro do STF, Eros Grau, defende legalidade do impeachment Em uma declaração assinada durante uma viagem pela Europa, o ex-ministro insiste que "quem não é criminoso enfrenta com dignidade o devido processo legal, exercendo o direito de provar não ter sido agente de comportamento delituoso"

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ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau alerta que qualificar o processo de impeachment de golpe é "uma agressão à Constituição brasileira" e defende a legalidade de um julgamento. Em uma declaração asExpressão News - Abril/2016 - 08

sinada, durante uma viagem pela Europa, o ex-ministro insiste que "quem não é criminoso enfrenta com dignidade o devido processo legal, exercendo o direito de provar não ter sido agente de comportamento delituoso". Em sua declaração enviada aos organizadores de um evento no Largo de São Francisco no dia 4 de abril, Grau explica o artigo 85 da Constituição,

indicando "crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra si, especificando sete espécies de ilícitos penais". Ele ainda aponta como o artigo 86 prevê que o chefe de Estado será submetido a julgamento perante o Senado Federal, caso a acusação seja aceita por dois terços da Câmara dos Deputados. “A afirmação de que a admissão de


acusação contra o presidente da República por dois terços da Câmara dos Deputados consubstancia um golpe é expressiva de desabrida agressão à Constituição, própria a quem tem plena consciência de que o Presidente da República delinquiu, tendo praticado crimes de responsabilidade”, declarou o ex-ministro nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004 e que ocupou o cargo até 2010. “Quem procedeu, procedeu corretamente e não teme enfrentar o julgamento do Senado Federal”, disse.

“Já o delinquente faz de tudo procurando escapar do julgamento. A simples adoção desse comportamento evidencia delinquência”, declarou. Em sua avaliação, “a conduta tendente a impedir o estrito e rigoroso cumprimento do que dispõe a Constituição do Brasil consubstancia desabrida confissão de prática de crime de responsabilidade pela Presidente da República”. “Cai como uma luva, no caso, a afirmação de que quem não deve não teme. Apenas o delinquente esbraveja, grita, buscando

encontrar apoio para evitar que a Constituição seja rigorosamente observada, escusando-se a submeter-se a julgamento perante o Senado Federal”, escreveu em uma carta assinada em Paris em 26 de março. “Aprendi no Largo de São Francisco que a regra do honeste vivere a todos vincula e não merece o privilégio de pisar o chão das arcadas e frequentar o Salão Nobre quem se disponha a investir contra regras expressas da Constituição do Brasil”, concluiu.

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Para Klein, empres叩rio que n達o pediu ajuda ao governo n達o tem culpa na crise

O maior erro da presidente Dilma foi a mentira Express達o News - Abril/2016 - 10


O

empresário Michael Klein, filho do fundador da Casas Bahia e atualmente dono de negócios no segmento de aviação, automóveis e imobiliário, diz já ter visto

o Brasil em crises econômicas piores. Ele admite, no entanto, que a incerteza política atrapalha o País e atravanca o investimento das empresas, especialmente daquelas que precisam de crédito. Para ele, seria melhor para o País que a presidente Dilma Rousseff saísse do governo. “Como ela não tem maioria no Congresso, acho melhor ela sair. Sem o apoio de deputados e senadores, nada é aprovado, e isso trava o mercado como um todo”, afirmou. Klein diz que o impeachment não é golpe. “Quando ela assumiu esse cargo, sabia que estaria sujeita a regras e que uma das penalidades poderia ser o impeachment.” O empresário considera que o maior erro de Dilma foi “mentir” durante a campanha para sua reeleição. “Ela disse que o País estava bem, que o preço da energia estava assegurado e que o combustível não ia subir. E fez exatamente o contrário. Ninguém gosta de ser enganado.” A seguir, trechos da entrevista. Como o sr. vê essa confusão toda na economia e na política? Desde que minha família veio para o Brasil, há mais de 60 anos, já passamos por diversas crises, troca de moeda, confisco, tablita, greves, anos de PIB negativo. Tivemos muitos altos e baixos. Eu, assim como outros empresários, estou olhando o longo prazo. Não sou um investidor imediatista, que abre uma empresa para ter lucro no primeiro ano. Por isso, o curto prazo me interessa menos que o longo prazo. Os economistas têm classificado essa crise como a pior da história do País. O sr. diz que já viu piores? Não que essa crise seja amena, mas, sim, acho que já passamos por situações piores. Quando a inflação estava em patamares altíssimos, ela corroía o salário das pessoas, que perdiam o poder de compra. Hoje, a inflação beira os 10% ao ano. Podia ser menor? Claro que podia, mas não está em 70% ao mês. Não vou discutir com economistas que têm uma série de dados sobre a situação econômica. Mas posso falar do que estou fazendo. Acabei de abrir

uma empresa (uma concessionária Mercedes-Benz) e contratei 25 pessoas. Em dois anos, minha empresa de táxi aéreo comprou 13 aeronaves para fazer fretamento de voos. Estou investindo para ter um negócio funcionando quando o Brasil voltar a crescer. O sr. parece bem otimista. Qual sua perspectiva para a economia neste ano? Imagino que no segundo semestre as coisas já estejam mais claras na economia e na política. Independentemente de a presidente (Dilma Rousseff) sair ou não, já teremos ao menos uma ideia de quem vai ditar as novas regras do jogo e que regras serão essas. Se ela ficar, terá de fazer alguma coisa. Se ela sair, quem entrar no lugar vai ter de apresentar uma definição. O sr. prefere que ela saia ou que ela fique? Como ela não tem maioria no Congresso, acho melhor ela sair. Sem o apoio de deputados e senadores nada é aprovado e isso trava o mercado como um todo. O vice-presidente Michel Temer tem condições de fazer essa amarração política? Acho que sim. Pelo que tenho visto, o Temer está tentando costurar o apoio de outros partidos e fazer uma composição para seguir até 2018. Como o sr. vê as manifestações a favor do impeachment? O sr. participaria delas? Mesmo no anonimato, eu não iria. Muitas das pessoas que estão nas ruas pedindo a saída da presidente votaram nela em 2014. Ela ganhou nas urnas para ficar quatro anos. Seria golpe, então? Não, não é golpe. Quando ela assumiu esse cargo, sabia que estaria sujeita a regras e que uma das penalidades poderia ser o impeachment. Sou a favor de que a Justiça determine se ela deve continuar ou não. O Supremo Tribunal Federal tem de decidir se ela é culpada ou não por algum ato. Aí, automaticamente, o Supremo decidindo, é o que deve valer. Isso está acima do Congresso. E por que eu defendo tanto o Supremo? Porque se não for assim, qualquer congressista pode negociar seu voto a favor ou contra por qualquer troca de cargo. Quem pode tirar um presidente do cargo é o Supremo, que é uma força maior do que o próprio presidente. Qual foi o maior erro de Dilma? O maior erro foi a mentira. Tem um ditado antigo de criança que diz que

mentira tem perna curta. Na campanha de reeleição, ela disse que o País estava bem, que o preço da energia estava assegurado, que o combustível não ia subir. E não cumpriu nada do que prometeu. Ninguém não gosta de ser enganado. Ela deveria ter dito que a inflação iria subir no ano seguinte, porque ela ia ter de fazer um ajuste no preço da energia, do combustível. Mas, se ela falasse a verdade, certamente não se elegeria. Muita gente votou na Dilma achando que estava tudo bem, que ia continuar trabalhando, colocando álcool ou gasolina no seu carro flex no fim de semana, e não foi o que aconteceu. Existe uma lição aí, não? A lição é essa. Entendo que o candidato não quer apresentar um dado catastrófico sobre o que vai acontecer, mas ele precisa dar uma sinalização realista do que é possível acontecer. Eu não sou político. Não sei se para ser político precisa mentir ou omitir. O Collor também caiu porque mentiu. No discurso, ele disse que não ia ter confisco da poupança. E o que fez? As pessoas se sentiram usadas e por isso se revoltaram. Com toda razão. É melhor não prometer nada do que prometer e não cumprir. O que pode acontecer com o País se a Dilma continuar? Depende se ela vai tomar as medidas necessárias para o País voltar a crescer ou, pelo menos, parar de cair. A nota de crédito do Brasil piorou porque lá fora estão vendo que tem alguma coisa errada. Nós temos, sim, que nos preocupar com o que os bancos internacionais falam, com o que o FMI fala. E precisamos agir para mostrar a eles que não estamos tão frágeis a ponto de dar um calote. O País não cresce porque fez uma aposta em commodities, em matéria-prima, que não gera tanto emprego. Agora, não consegue aumentar a exportação porque no mundo inteiro o preço das commodities caiu. Quais são as medidas mais urgentes para colocar o País nos eixos? O caminho é gerar emprego na indústria e no comércio. É preciso garantir uma estabilidade para que as pessoas tenham confiança para consumir. Ultrapassar 10 milhões de desempregados é algo muito negativo para o País. Além disso, os sindicatos estão mais preocupados em pedir reajuste do que em manter a estabilidade para os empregados. Tem gente sobrando na indústria, a produtividade é negativa e os sindicatos querem reajuste. Continua na próxima página

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Como a crise está afetando o varejo? O varejo sofre com o desemprego. Por enquanto, continuamos vendendo a prazo e oferecendo cartão de crédito para o pessoal. Em época de dificuldade, o varejo amplia o prazo para aumentar a venda. Se o desemprego crescer até o fim do ano, haverá inadimplência e a situação vai piorar. Mas já tem muita empresa fechando loja e pedindo recuperação judicial. Quem dependia de recurso bancário e não estava capitalizado, de fato, teve mais dificuldade, porque os bancos fecharam as linhas de crédito. Quem investiu e não consegue retorno do capital, vai acabar sofrendo mais. Que medidas fariam o empresário voltar a contratar? Redução de impostos. A parte fiscal é a que mais pesa no preço do produto. Precisamos de redução de IPI, de ICMS, alguma coisa para que pudesse manter o incentivo ao setor produtivo. Mas se você reduz imposto de um lado, tem de

subir em outro. Bem ou mal, uma coisa que pode ser feita é voltar com a CPMF. Eu entendo que ela é um mal necessário. Não é que eu seja a favor, mas é melhor do que onerar o setor produtivo. Sob críticas, o governo já tem buscado novas ações de estímulo ao crédito, mas não há demanda para isso. Não tem demanda porque as pessoas estão com receio de perder o emprego lá na frente. O caminho certo seria fazer algo para as indústrias gerarem emprego e estabilidade. O economista Marcos Lisboa costuma dizer os empresários brasileiros também têm sua parcela de culpa na crise econômica. O sr. concorda? Eu posso dizer que sou isento de responsabilidade, porque eu nunca pedi nada para o governo. Eu, particularmente, não sei nem qual é endereço do BNDES. O empresário que estava acostumado a receber as benesses do governo, a taxas de juro reduzidas, esse é responsável também. Mas quem não

pediu nada, não pode ser responsabilizado pela crise, porque ele não contribuiu para aumentar o déficit da Previdência ou alguma coisa nesse sentido. Por que o sr. nunca recorreu ao BNDES? É crédito barato, mas você tem de devolver esse dinheiro. Que seja o juro mais baixo, um dia você vai ter de pagar. Hoje é um luxo estar nessa posição de não depender e não ter feito negócio com governo? Eu, minhas empresas e a própria Casas Bahia nunca vendemos um liquidificador para o governo. Há 60 anos recebemos ofícios de prefeituras, com as promoções da Casas Bahia anunciadas no jornal, dizendo que querem comprar algum produto. Nunca respondemos. Meu pai dizia que construiu a Casas Bahia para vender para a Dona Maria. Uma empresa de varejo que vai trabalhar para o consumidor não pode misturar as coisas e fazer negócios com o governo.

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O delegado Sidney Muniz, o coronel Reinilde Oliveira e o prefeito Abel Larini

Novos policiais militares para Arujá

E

m reunião com o prefeito Abel larini, o comandante do 31° Batalhão da Polícia Militar, Durval Silvano Gasparini, anunciou que Arujá receberá novos policiais militares no final de abril. Também participaram do encontro o presidente da Câmara Municipal, Renato Bispo Caroba, o vereador Gabriel dos Santos, o delegado da Polícia Civil, Sidney Muniz, o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Benedito Souza Ferreira, um membro do órgão, Artur Souza Ferreira Neto, e a presidente da Associação de Moradores do Nova Arujá e do Jordanópolis, Reinilde Oliveira. De acordo com o coronel Gasparini, critérios técnicos que levam em conta os índices de criminalidade definirão o número de PMs que virá para o município. “A expectativa é redirecionar os soldados de segunda classe que terminam o estágio no fim de abril para Arujá, de forma a ter um combate da criminalidade mais efetivo na cidade. Vamos fazer isso com base em critérios

técnicos, de acordo com as necessidades do município”, afirmou o coronel. Segundo ele, atualmente a principal preocupação da cidade são os roubos diversos. “A Secretaria de Segurança Pública tem metas de combate ao crime que são avaliadas trimestralmente. Devemos alcançá-las neste trimestre, com queda em homicídios e roubos e furtos de veículos”, disse. Cobrança antiga do prefeito Abel Larini e do legislativo municipal, o aumento no efetivo policial arujaense também é importante para cobrir o déficit de homens que trabalham no município. Em fevereiro, durante a entrega do novo prédio da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, Abel reivindicou a vinda de novos PMs para Arujá ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes. “A segurança é uma das maiores preocupações da população e o aumento do efetivo é necessário porque inibe os criminosos e porque as pessoas ficam mais tranquilas quando veem uma viatura fazendo ronda no

seu bairro. Temos cobrado mais policiais diariamente”, afirmou o prefeito. Nova sede Abel também informou que a Prefeitura está disposta a doar a área da antiga Cooperativa de Reciclagem de Arujá (CORA) para a Secretaria de Segurança Pública do Estado construir uma sede nova para a 3ª Companhia da PM, no município, atendendo a um pedido elaborado pelo Conseg. Bastaria apenas o Estado demonstrar interesse e se comprometer com a obra. O coronel informou que submeterá a avaliação aos seus superiores. Ele também falou da possibilidade do compartilhamento das ferramentas de segurança utilizadas pela Prefeitura e pela PM, como, por exemplo, o sistema de monitoramento. “Sem dúvida, traria mais efetividade no combate à criminalidade”, disse. Avaliação Na avaliação do presidente do Conseg, Benedito Souza Ferreira, o Maguila, o aumento do efetivo é importante porque permitirá que o trabalho ostensivo da PM seja ampliado também no período noturno. “Há noites em que poucas viaturas estão rodando a cidade, que tem mais de 70 bairros”, afirmou. Ele também falou da importância de as pessoas registrarem boletins de ocorrência. “Se não houver registro, fica difícil cobrar o Estado porque quando a Secretaria puxa os dados, eles podem ser diferentes da realidade que conhecemos”, afirma. Expressão News - Abril/2016 - 13


Produção de vacina contra a gripe: composição das doses é alterada de acordo com os subtipos dos vírus mais encontrados em cada ano

Especialistas explicam o que muda nas vacinas este ano Há diferença entre as doses disponíveis nas redes pública e particular O Ministério da Saúde começou a distribuir as primeiras doses da vacina contra a gripe para alguns estados que pretendem adiantar a campanha de vacinação, marcada para começar oficialmente no dia 30. O que motivou a decisão foi a antecipação do surto da doença, que assusta principalmente São Paulo. Neste ano, foram confirmados, em todo o país, 444 casos de infecção pelo vírus H1N1. O total de mortes chega a mais de 70, incluindo Brasília. Os números assustam porque já são muito maiores que o total do ano passado, quando 141 pessoas tiveram a doença e 36 morreram no país. Com isso, muitos têm recorrido ao mercado privado para se proteger, em alguns casos comprando doses restantes da vacina de 2015. Algumas dúvidas, no entanto, surgem. Há diferença entre a imunizaExpressão News - Abril/2016 - 14

ção elaboradas este ano e a antecessora? E as doses encontradas na rede particular são as mesmas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? Quanto à primeira questão, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai, explica que a vacina oferecida pelo sistema público sofreu uma mudança este ano em relação a 2015. Ela oferece a mesma proteção contra o H1N1 que a anterior, mas combate subtipos diferentes dos vírus H3N2 e influenza B. Dessa forma, a dose antiga pode ser útil contra o surto atual — tanto que São Paulo a adotou de maneira emergencial. Mas esses pacientes que estão recebendo a vacina antiga agora deverão voltar aos postos para a dose atualizada. O intervalo recomendado entre uma e outra é de 30 dias.

Há essa necessidade porque, de um ano para outro, a vacina da gripe é alterada de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que leva em consideração os subtipos de vírus mais comuns em cada hemisfério no período. Professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, o pediatra e epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro lembra ainda que as vacinas de gripe têm eficácia de 6 meses a um ano, dependendo da reposta do indivíduo à imunização. “Mesmo que a vacina oferecida em 2016 fosse idêntica à de 2015, seria necessário repetir”, reforça. E quanto as imunizações encontradas no SUS e na rede particular, há diferença? Pode haver uma pequena distinção, esclarece Marilene Lucinda, coordenadora do Setor de Vacinas do Grupo Hermes Pardini, de Minas Gerais. Segundo ela, a rede pública oferecerá este ano uma dose trivalente para dois subtipos do vírus influenza A — o H1N1 Califórnia e o H3N2 Hong Kong — e um subtipo da influenza B, o Brisbane. No setor particular, é possível encontrar essa mesma vacina e uma alternativa tetravalente, que oferece ainda proteção para um segundo subtipo da influenza B, o Victoria.


Duarte Nogueira, Luiz Carlos Gondim e Marcos Damasio

Duplicação da Rodovia Mogi-Dutra pode sair do papel Técnicos da Secretaria Estadual de Logística e Transportes Metropolitanos e do Banco Mundial (Bird) estudam a viabilidade de um empréstimo para que a duplicação da Rodovia Mogi-Dutra, no trecho entre a Rodovia Ayrton Senna e Arujá, saia do papel. A informação foi passada pelo secretário da pasta, Duarte Nogueira, aos deputados estaduais Marcos Damasio (PR) e Luiz Carlos Gondim (SD). No entanto, Nogueira explicou que a palavra final sobre a tomada do empréstimo é do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Os parlamentares foram orientados a marcar uma audiência com o governador ainda este mês para tratar do assunto. De acordo com Noguei-

ra, este prazo é necessário para que os estudos sejam concluídos e encaminhados para análise prévia do governador. “A duplicação do trecho final da Mogi-Dutra é importante, pois vai impactar de forma positiva na economia da região, completando os bons argumentos que temos quanto à malha viária que serve o Alto Tietê. A obra tem valor estimado em R$ 165 milhões e esperamos que o governador acene positivamente ao empréstimo, já que esta é uma alternativa para tirar o projeto do papel”, disse Damasio. Gondim, que agendou o encontro com Nogueira, informou que está tratando deste assunto como se fosse uma Frente Parlamentar, buscando o

apoio dos deputados da região para lutar por esta obra. Segundo ele, sua equipe vai solicitar a audiência com o governador para tratar do tema. Damasio acrescentou que no encontro com Alckmin será tratado também o trevo de acesso na Rodovia Ayrton Senna ao Distrito Industrial do Taboão. Um estudo já está sendo feito pela Artesp e pela Ecopistas sobre este assunto. Mais pedidos Damasio aproveitou a ocasião para reforçar pedidos ao secretário. Ele entregou nas mãos de Nogueira cópias de três indicações de sua autoria, solicitando uma cobertura no ponto de ônibus na Rodovia Mogi-Bertioga (próximo à base da Polícia Rodoviária), uma ponte sobre o Rio Taboão, na Estrada do Davi, e outra ponte sobre o Rio Abaixo, em Jundiapeba. Expressão News - Abril/2016 - 15


Gente de Ex�ressão

Os donos das vozes mais marcantes do Brasil, Chitãozinho & Xororó e Bruno & Marrone, sobem ao palco para registrar a parceria que já é sucesso há três anos. O projeto, que ganhou o nome de “Clássico”, foi gravado nos dias 01, 02 e 03 de abril no Espaço das Américas e dará início a uma grande turnê.

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Eri Johnson esperou 54 anos para casar e não quer saber de economia. O ator desembolsou R$ 600 mil no seu casamento com a estudante Alice Souto. A lista inicial era de 350 convidados, mas os noivos resolveram crescê-la para um total de 500, tornando ainda mais caro o casório.


DEMELLOS RECEBE PRÉ-CANDIDATOS. O grupo, liderado pelo jornalista Gil Borges, foi convidado pelo empresário Marcos de Mello para almoçar em seu restaurante da filial Arujamérica. Na foto, Pastor Fausto Rangel (assessor), Marcos de Mello (empresário), Natalino Bisigati (pré-candidato a prefeito-PTN), o jornalista Gil Borges (pré-candidato a vereador-PTN) e José Martins, o Zezé (assessor).

Deborah Secco comemorou no dia 4/4, os 4 meses de vida de sua filha, Maria Flor. Ao lado do marido, Hugo Moura, a atriz postou uma foto em seu Instagram, com a garotinha no colo e as duas com coroa de princesa na cabeça. Expressão News - Abril/2016 - 17


Atum na crosta de gergelim com purê de banana Tempo de preparo: Até uma hora Rendimento: uma porção INGREDIENTES 1 posta média de atum 1 colher (sopa) de gergelim branco 1 colher (sopa) de gergelim preto 3 unidades bananas-prata

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1 colher (sopa) de creme de leite 1 colher (sopa) de azeite de oliva 1 colher (sopa) de molho tarê 1 unidade limão siciliano sal a gosto MODO DE PREPARO Para o purê, cozinhe as bananas com

casca em água fervente por cerca de 15 minutos até ficarem macias Descasque, amasse e tempere com creme de leite e sal Tempere o atum apenas com sal e sele a carne numa frigideira, em temperatura alta Passe o peixe na mistura do gergelim preto e branco. Fatie e sirva com molho tarê e limão siciliano.


Baby atum ao molho cremoso de Alcaparras Tempo de preparo: Até uma hora Rendimento: 6 porções INGREDIENTES 1kg baby atum 50ml azeite de oliva 30g açafrão em pó 60g alcaparras 120g manteiga 3 unidades limões 20g cebola picada 60ml creme de leite Sal e pimenta a gosto MODO DE PREPARO O Arroz: Cozinhe o arroz normalmente e depois acrescente a cebola, o creme de leite e o açafrão; Mexa até obter cremosidade. O Molho Cremoso de Alcaparras: Em uma panela coloque a alcaparra triturada com a faca e o suco dos limões; Em seguida, acrescente a manteiga e misture até obter uma consistência homogênea. Reserve.

O Peixe: Corte o peixe em medalhões grossos e tempere a gosto com sal e pimenta; Em uma frigideira pré-aquecida acrescente o azeite de oliva e disponha os

medalhões, selando a carne 2 minutos de cada lado. Ele ficará mal passado; Disponha em um prato o arroz e os medalhões de peixe, acrescente o molho ao peixe e sirva em seguida.

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Bacalhau ao forno à portuguesa Expressão News - Abril/2016 - 20

Tempo de preparo: Até uma hora Bacalhau ao forno à portuguesa, acompanhado por batatas, brócolis e ovo. INGREDIENTES 1 posta bacalhau dessalgado 1l água 1 unidade cebola média 3 unidades batatas cozidas 2 talos brócolis cozido 1 unidade ovo cozido 3 colheres (sopa) azeite 3 dentes alho laminado cebolinha, para decorar a gosto MODO DE PREPARO - Coloque em uma panela o bacalhau e a água e ferva por 10 minutos em fogo alto - Escorra a água e coloque o bacalhau, uma colher de azeite, a cebola picada e as batatas cortadas em rodelas em uma forma. Leve ao forno médio por cerca de 15 minutos - Na hora de servir, acrescente o brócolis e o ovo cozido e coloque um pouco de azeite, a cebola e alho laminado sobre bacalhau. Decore com cebolinha


Barra de limão-cravo

Tempo de preparo: Mais de uma hora Rendimento: 16 unidades Barrinhas de limãoi-cravo da The Cookie Shop, da doceira autodidata, Paula Cinini, que trabalha sob encomenda INGREDIENTES 1/2 xícara manteiga sem sal, derretida e fria 1 1/4 xícaras açúcar refinado 3/4 colher (chá) extrato de baunilha 1/4 colher (chá) sal 1 xícara farinha de trigo 3 colheres (sopa) farinha de trigo 2 colheres (sopa) açúcar refinado 3 unidades ovos 1/2 xícara de suco de limão-cravo coado 2 raspas de limões-cravo açúcar de confeiteiro para polvilhar (opcional) a gosto

MODO DE PREPARO MASSA Misture a manteiga com 1/4 de xícara de açúcar, a baunilha e o sal. Junte 1 xícara de farinha e misture bem até obter uma massa cremosa Unte com manteiga uma assadeira quadrada de 20 cm e forre com papel-alumínio, deixando uma sobra para fora. Unte o papel com manteiga Passe a massa para a assadeira e pressione-a, preenchendo toda a superfície Asse de 25 a 30 minutos em forno preaquecido a 180ºC ou até dourar nas bordas

COBERTURA Enquanto a massa estiver assando, misture as 3 colheres de farinha e 1 xícara somada a duas colheres de sopa de açúcar. Junte os ovos e misture bem, depois acrescente as raspas e o suco de limão FINALIZAÇÃO Quando a massa estiver pronta, reduza o forno para 150°C, derrame a cobertura sobre a massa sem tirar a assadeira do forno e asse por mais 25 minutos ou até firmar Deixe esfriar e desenforme. Corte os quadrados sobre uma tábua, polvilhe açúcar de confeiteiro e sirva Expressão News - Abril/2016 - 21


S

Louro José. Ana Maria Bela (Tom) recebeu Rafinha Bastos

Tom Cavalcante

volta para televisão com ‘late show’

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ó Tom Cavalcante voltou ao Multishow na quinta-feira, 7. O programa que o trouxe ao canal, no ano passado, Partiu Shopping, não virá junto. A direção do canal, em comum acordo com

o humorista, reconheceu que a sitcom não tirou de Tom o que ele tem de melhor, e um novo formato foi elaborado, com múltiplas possibilidades, a começar pelo título, Multi Tom. Vem aí um late show em 20 episódios diários, de segunda a sábado, às 22h30, em que o protagonista se reveza em alguns de seus personagens – Pit Bicha, Ana Maria Bela e Ribamar – entrevistando convidados de um talk-show. Sátiras dos mais populares reality shows também entram em cena. São A Casa dos Políticos (referência à Casa dos Artistas, que remete ao Big Brother) e The Foice, paródia do The Voice. A reportagem acompanhou a gravação da entrevista de Ana Maria Bela com Rafinha Bastos, a princípio com receio de que a linguagem de humor de ambos não desse muita liga. Pois deu. Tom soube rir de si e desconstruir Rafinha, que não se acanhou e cortou todas as bolas levantadas pelo outro. Quando o entrevistado admitiu que já fez “coisas terríveis” na TV, Ana Maria Bela interveio: “Você foi stripper?”. “Não, pior, fiz pegadinhas para o João Kléber”, respondeu o entrevistado. “Depois saí de lá”, emendou. “Você foi inteligente”, aprovou a entrevistadora, naquele tom docemente afetado da Ana Maria original. Ela, então, lhe pergunta sobre o “fracasso” na RedeTV!, onde Rafinha apresentou uma versão do Saturday Night Live. E, antes que ele pudesse responder, a entrevistadora completa: “Até parece aquele Partiu Shopping, feito no Multishow”, diz, debochando de si. “O meu era melhor”, rebate o entrevistado. “As entrevistas estão muito descontraídas”, atesta Tom, em conversa com a reportagem.“O entrevistado chega sacando que é humor, não tem obrigação de dar uma entrevista séria, fica bem à vontade.” Zeca Pagodinho, assim como Rafinha, foi entrevistado por Ana Maria Bela. Danilo Gentili foi sabatinado por Pit Bicha, personagem que justifica um cenário repleto de plumas e balões rosa, além da presença de Pit Bitoca,


vivido por Heitor Martins. “Tiago Abravanel rendeu muito”, diz Tom, que se vestiu de Gal Costa para fazer um dueto com Abravanel em Um Dia de Domingo, hit de Tim Maia, vivido pelo ator no musical sobre a trajetória do cantor. Tom se divertiu ainda com outras imitações no dueto com Tiago. Só não encarnou o avô do convidado, Silvio Santos, que proibiu na Justiça as imitações que o humorista fazia de Senor Abravanel nos idos da Record. Silvio alegou que as imitações de Tom confundiam o público. Pelo talk-show da galeria de personagens de Tom passam ainda Ratinho, Durval Lelys, Fafá de Belém, Fagner, Kaká e Rio Negro & Solimões. Mas o quadro que rendeu um spin-off (série derivada) do programa já está gravada e será exibida assim que os 20 episódios de Multi Tom se encerrarem. No quadro, Tom faz o mediador, Pedro Miau, e FHC, que visita Dilma e Lula por duas vezes para jogar baralho com eles. O deputado Eduardo Cunha também visita a casa, onde aparece para tocar bateria. Confinados por lá estão ainda Jair Bolsonaro, Marina Silva, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Sarney, que chega a ir três vezes para o paredão, sacando sempre uma liminar do bolso, o que o livra de deixar a casa. O que está em jogo na premiação é a própria faixa presidencial. Na versão solo, um novo personagem, muito presente no noticiário dos últimos meses, vai se juntar ao grupo: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. É ele quem vai desvendar o mistério do sumiço da coroa de Dilma, num momento em que a casa tiver adotado a Monarquia como regime. No elenco, estão os humoristas Antônio Klemer, Pedro Manso, Mila Ribeiro, Rodrigo Cáceres, Rudy Landucci e Vinicius Vieira. “É um assunto que acabou entrando no imaginário das pessoas, quase como uma novela”, diz Tom. Até por isso, A Casa dos Políticos usará como gancho para o episódio seguinte o suspense em torno do próximo a ir para o paredão, no dia seguinte. Outro reality traduzido em paródia é o The Foice, em que uma foice se encarrega de eliminar o candidato preterido. A cada dia, um convidado especial encerra o programa com um show, dentro de um time que inclui Claudia Leitte, Michel Teló, Bruno & Marrone e Dudu Nobre.

Serginho Groisman traz para televisão assuntos de interesse coletivo Apresentador do Altas horas há 15 anos, Serginho Groisman mantém a atenção do público jovem com debates e atrações musicais Arquivo/EN

Após 15 anos de programa, o Altas horas ainda tem a atenção do público. O motivo: a descontração do apresentador Serginho Groisman que, aos 65 anos, mantém a jovialidade com que comanda o programa de auditório e atrai os jovens telespectadores. Entre atrações musicais e debates sobre temas como sexo e política, o programa é um dos poucos na tevê aberta brasileira a dar — literalmente — voz ao jovem. A facilidade do apresentador com esse formato não vem apenas dos 15 anos de experiência no Altas horas. Serginho estreou na televisão no fim da década de 1980, apresentando o Mix, na Rede Gazeta. Em 1990, conquistou o público e a crítica com o Matéria-prima, na TV Cultura, conhecido pela interação da plateia com os entrevistados. No Programa livre, do SBT, em 1991, Serginho entrevistou líderes políticos do país e, num programa especial sobre a Casa de Detenção de São Paulo, teve na plateia 2 mil detentos. Todos os programas do início da carreira de Groisman tinham estilo semelhante ao do Altas horas, onde estreou em 2000 com shows, entrevistas, programação voltada ao público jovem e a famosa banda formada somente por mulheres, que este ano foi substituída.

Na Globo desde o fim da década de 1990, o apresentador comandou também programas como Ação e Globo cidadania, que tinham como principal ideal a responsabilidade social. Nos palcos Além de jornalista, apresentador e diretor, Serginho Groisman também atuou durante sua carreira. Em 2006, sob direção de Gerald Thomas, o apresentador estrelou o espetáculo Brasas no congelador, ao lado do diretor e de Edson Montenegro, Anna Américo, Fábio Pinheiro e Gerson Steves, da Cia. Ópera Seca. A peça faz parte de um trabalho de Gerald Thomas chamado Asfaltaram a terra, que reunia mais três espetáculos apresentados durante a mesma temporada. Na peça, Serginho interpreta um sujeito em crise que se une a um grupo de caça a terroristas. FAMÍLIA Filho de judeus imigrantes que vieram ao Brasil para fugir da 2ª Guerra Mundial, Groisman nasceu em São Paulo e formou-se em jornalismo em 1977. Aos 65 anos, o apresentador teve, ano passado, o primeiro filho, Thomas Groisman, fruto do casamento com Fernanda Molina. Expressão News - Abril/2016 - 23


Bela ou fera? Depende do que você come

Você sabia que o que você come influencia não apenas a sua saúde como um todo, mas também sua pele e a qualidade do seu cabelo? A boa alimentação pode sim dar um empurrãozinho para deixar cabelos mais brilhantes e a pele mais saudável. Por isso, pedimos ao conceituado nutricionista Júlio Aquino, formado pela Universidade de Brasília (UnB) e membro do American College of Sport Medicine (ACSM) e do Institute of Functional Medicine (IFM), dicas de alimentos que podem ajudar não só na saúde, mas também na beleza. EVITAR QUEDA DE CABELO A queda de cabelo pode estar relacionada a vários fatores, como problemas na tiroide, falta das vitaminas biotina e B5 ou dos minerais iodo, cobre e zinco. Por isso, invista em alimentos como peixes do mar, produtos integrais, banana e água de coco Expressão News - Abril/2016 - 24

MELHORAR A PELE Os alimentos que deixam a pele mais macia são os ricos em colágeno, como tutano de boi, com vitamina C, como laranja e kiwi, e os que têm bastante vitamina A, como abóbora, cenoura e mamão. TER MAIS DISPOSIÇÃO Nesse caso é preciso investir em alimentos que ajudam na produção de dopamina, neurotransmissor que nos deixa em estado de alerta. Aposte em frutas fontes de vitamina C, como laranja, acerola, limão e tangerina, em pães integrais que tem vitamina B1 e em alimentos ricos em potássio, como água de coco. DORMIR BEM Cacau, clara de ovo, banana, leite e alface são alimentos que liberam serotonina ou relaxam a musculatura. Podem ajudar. CURAR RESSACA Para quem exagerou na bebida no dia

anterior, a dica para curar a ressaca são os alimentos ricos em enxofre, que detoxificam o corpo, e os que promovem a digestão. Entram na lista: mamão, abacaxi, suco de laranja, aipo, clara de ovo, tomate, água de coco e todos os alimentos verdes escuros. DAR MAIS BRILHO AOS CABELOS Os aliados neste caso são os alimentos ricos em zinco e arginina, como aveia, cacau, pães integrais, castanha de caju e castanha do pará. MELHORAR A VISTA As folhas de cor verde escura são ricas em luteína e podem ajudar. EVITAR MAU HÁLITO O mau hálito pode estar associado a problemas estomacais, no dente ou na amídala. Seria importante ir a um otorrino e verificar se existe algum tipo de hipertrofia da amídala. Mas é possível melhorar com chá de gengibre, chá verde, abacaxi e mamão.


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Crise. No filme, o casal está separado, mas não consegue se desgrudar

Denise Fraga e Domingos Montagner em ‘De Onde Eu Te veja’ Longa estreiou no dia 7/4, nas salas de todo o Brasil

Q

uando conversou com o repórter, na tarde de terça, 29/3, Domingos Montagner já estava de mala pronta para ir a Petrolina, onde, no dia seguinte, começava sua participação na novela Velho Chico, da Globo. Já estava imerso em seu personagem, Santo. “Fizemos muito trabalho de mesa, pesquisa para os personagens. Com o Luiz Fernando é sempre assim. Muita preparação. Foram meses.” Montagner fala do diretor Luiz Fernando Carvalho, cujo método é único na TV brasileira e resulta em trabalhos invariavelmente ótimos. Foram meses de preparação para Velho Chico, a novela de Benedito Ruy Barbosa. E De Onde Eu Te Vejo, o novo longa de Luiz Villaça, que estreiou no Expressão News - Abril/2016 - 26

dia 7, em salas de todo o Brasil? Agora, quem conta é Denise Fraga, que, além de protagonista, com Montagner, é mulher do diretor. “O Luiz já vem com esse projeto há uns cinco anos. É tempo para caramba, mas eu gosto. Acompanhar o processo todo, desde que o filme é só uma ideia, que depois vai para o papel, passa pela escrita, a realização, a montagem, até chegar a esse momento de encontro com o público. Estou muito orgulhosa do De Onde Eu Te Vejo. Muito orgulhosa de estar no melhor filme do Luiz, que é um diretor que eu amo.” Por ‘amo’ entenda-se não o afeto que uma atriz pode ter por seu diretor, mas o sentimento da mulher Denise pelo homem de sua vida. Há 21 anos estão juntos. Conheceram-se no set de um curta-metragem, foi “frechada do teu olhar”, como cantava Elis Regina. Apaixonaram-se e estão juntos até

hoje, muitos filmes, peças e programas de televisão, depois. O novo filme, há cinco anos, já foi concebido para Denise Fraga e Domingos Montagner. “O Luiz foi fazer um Retrato Falado no meu circo, nos aproximamos, ele começou a falar desse filme sobre um casal e aqui estamos, cinco anos depois.” Na trama de De Onde Eu Te Vejo, Denise e Montagner formam o casal em processo de separação. Ele sai de casa e vai para um apartamento em frente. Janela com janela. Um acompanha a vida do outro sozinho. Originalmente jornalistas, ela trocou de profissão e agora trabalha com arquitetura. Ele permanece jornalista, e a crise come seu emprego. Para complicar, os sentimentos, que já andam vulneráveis, sofrem outro baque. A filha vai estudar em outra cidade. Pai e mãe sentem-se órfãos. Paulistano de carteirinha, Luiz Villa


ça quis retratar, por meio das transformações de um casal, as transformações da cidade. “A geografia do filme é muito a da cidade. Amo São Paulo. Temos cenas em Higienópolis, que é o nosso bairro, no qual moramos, no Bexiga, mas principalmente no centro.” A cantina que virou garagem, o cinema que fechou – mas o PlayArte Marabá, que fornece a paisagem, segue firme e forte no centro. “Eles (a empresa proprietária PlayArte) foram muito bacanas. Fecharam o cinema um dia para que a gente preparasse a fachada.” Foi há um ano e meio. Desde então, muita coisa – tudo? – mudou no País. Esse casal separado que não desgruda é uma metáfora do Brasil atual? “O filme não nasceu com esse olhar, até porque é muito anterior a tudo o que está ocorrendo, mas essa metáfora que você vê me agrada”, diz o diretor. “Pode ser utopia, mas é tanta gente querendo ver o circo pegar fogo sem ligar para as consequências... O Brasil está dividido. Eu tenho esse sonho. Gostaria de ver o País unido contra a crise.” Sem cultura e educação, não há salvação. Foram muitos anos de dedicação ao projeto de De Onde Eu Te Vejo. Denise Fraga pode estar comprometida – Villaça é seu marido –, mas o repórter, que não tem compromisso, concorda com ela. É o melhor filme de Luiz Villaça. A surpresa é que, por mais que esteja encravado na vida da cidade, De Onde Eu Te Vejo foi feito... em estúdio. “Ficava muito complicado filmar os dois apartamentos. Construímos no estúdio da Quanta, com rua no meio e tudo. Tivemos uma pós-produção longa por isso, mas valeu a pena. Ninguém percebe.” Outro risco era o elenco. Sem os atores certos, o filme não funcionaria. Villaça confiava na sua escolha, Denise e Montagner, mas havia a filha. Manoela Alperti é quem faz o papel. A primeira cena foi com os três, quando pai e mãe se despedem da garota na república em que ela vai morar, em outra cidade. “Temos uma família”, pensou Villaça. O filme beneficia-se disso enormemente. Ela volta às novelas e segue fazendo o público rir com Brecht Teatro, cinema... Denise Fraga está temporariamente afastada da televisão. “Temos sempre muitos projetos de programas”, ela conta e o plural engloba, automaticamente, o marido. Luiz Villaça é parceiro, na arte e na vida. Há 21 anos. “Temos alguns projetos que estão bem encaminhados e até acho que

Chance. Retrato das transformações da cidade e de casal

saem, mas ainda não tem nada definido. É prematuro falar”, ela diz. Mas volta com certeza à TV, e à Globo, fazendo uma participação na próxima novela de Maria Adelaide Amaral, Lobo do Amor (parceria com Vincent Vilari), que vai substituir Velho Chico, na faixa das 9. Desde que a novela foi transferida, no ano passado, muitas histórias têm rolado nas redes sociais. Lobo do Amor já se chamou Sagrada Família. “Serão apenas quatro capítulos, no começo, mas já vamos começar a gravar em maio.” Denise vai fazer a mãe de Isabelle Drummond, e a personagem, posteriormente, será interpretada por Claudia Abreu. Desde Uga Uga, em 2000, Denise não faz novela. A participação é tanto mais bem-vinda porque ela adora os folhetins de Maria Adelaide. “Ela escreve superbem, suas personagens são humanas. Adoro.” Mas a atenção, admite, está voltada para De Onde Eu Te Vejo, que estreia na quinta, 7, em salas de todo o Brasil. E, claro, Denise permanece ligada a Galileo Galilei. A montagem de Bertolt Brecht segue até dia 11, no Tuca. E não para depois disso. “Vamos viajar pelo Brasil”, anuncia. Denise está feliz da vida com o sucesso de Galileo, que Villaça e ela produzem. Galileu Galilei foi o filme que um grande diretor, Joseph Losey, perseguiu durante décadas. Ligado ao próprio Brecht, Losey dirigiu a peça no teatro. Sua inclusão na lista negra do macarthismo o levou ao exílio. Ele abandonou os EUA, foi viver na Europa. Quando fez seu Galileo, com Topol, nos anos 1990, a repercussão foi mínima. “Vimos o filme, durante a preparação com (a diretora) Cibele Forjaz.” O repórter conta o que o próprio Losey revelou numa en-

trevista (a Tom Milne). Brecht admirava o cinema de Losey, mas duvidava que ele pudesse fazer uma boa adaptação, porque dizia que o diretor “não tinha humor”. O Galileo de Denise e Cibele é muito engraçado. “Trabalho com humor há muito tempo e percebo esse humor do Brecht, que a Cibele realçou tão bem. A fala tem um tempo, que é o do riso da plateia. É muito legal de fazer.” O sucesso de Galileu e, antes, de outro Brecht - A Alma Boa de Setsuan - a convenceram, em definitivo, de que o público “quer coisa boa”. “Há um movimento de subestimar o público, como se ele só quisesse comédia tola. Eu não acredito. Nunca quis fazer Brecht para iniciados. Quero fazer para a galera. É muito interessante ver como as pessoas podem se divertir pensando. Gosto de falar com o público depois da peça e me fazem cada observação que eu digo para mim mesma - ‘Conseguimos!’ E, quando o público me surpreende, indo além, aí eu fico nas nuvens.” É onde ela está com o novo filme do companheiro. “Fico superfeliz de estar no melhor filme do Luiz.” Uma história de amor, de família. “E o Luiz é superantenado. É um filme sobre São Paulo, sobre as transformações na cidade e na vida de um casal. Qual é o tema mais discutido da cidade, atualmente? A mobilidade urbana. Ele (Luiz) põe a bicicleta em cena sem chamar a atenção nem fazer discurso.” O repórter intervém - faz isso criando (o diretor) o ‘chato da bicicleta’. Denise estoura de rir. “Adorei a definição.” Agora, é esperar pelo público. No teatro, ela conseguiu - 200 mil espectadores no teatro, com Galileu. Quantos serão no cinema? Expressão News - Abril/2016 - 27


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