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Lições a seguir na redução dos crimes em São Paulo Relação de assassinatos por grupos de cem mil habitantes ficou abaixo da referência internacional, resultado da política de prender mais e aprimorar ação da polícia
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or mais polêmica que tenha sido a decisão do governador Geraldo Alckmin de adotar nova metodologia para estabelecer os indicadores de criminalidade em São Paulo, é fora de questão que o estado começa o ano com um perfil positivo na sua política contra a violência. Os números levantados pela Secretaria de Segurança Pública mostram que todas as rubricas apresentaram algum nível de queda. É particularmente importante que a taxa de assassinatos (homicídios dolosos, com intenção de matar) tenha ficado abaixo da relação de dez óbitos por grupo de cem mil habitantes, o patamar a partir do qual a ONU considera a violência criminal fora de controle, epidêmica. São Paulo fechou 2015 com a marca de 8,73/100 mil. A polêmica se concentra neste indicador. Para efeitos estatísticos, em vez de quantificar a rubrica pelo número de mortos, metodologia geralmente adotada no Brasil, o governo passou a levar em conta os episódios em si, o registro de cada caso nas delegacias, independentemente do total de vítimas. Dessa forma, uma chacina ganhou o mesmo peso de um homicídio isolado. Se tivesse mantido a antiga metodologia, os indicadores seriam outros, mas ainda assim não muito mais altos. A relação subiria para menos de 11 mortos/100 mil habitantes, ligeiramente superior ao índice de referência internacional, mas bem abaixo da média nacional de assassinatos,
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25,2/100 mil no ano passado. Sob qualquer viés, em 2015 São Paulo registrou positivas taxas de contenção da criminalidade. Vale ressalvar, no entanto, que a violência da criminalidade não está totalmente contida no estado. Ali ainda opera, com desenvoltura preocupante, a maior facção do crime organizado do país, o PCC. A quadrilha, articulada nos presídios, é responsável por surtos de crimes no submundo do tráfico de drogas, guerras por controle de áreas e uma deletéria influência sobre a população carcerária e não apenas em São Paulo. Mas, de qualquer forma, a curva descendente dos indicadores criminais evidencia que as autoridades de segurança parecem ter optado por ações que sinalizam caminhos para outras unidades da Federação enfrentarem o banditismo local. Há indicações claras de que algumas das iniciativas que São Paulo vem tomando se revelam acertadas opções estratégicas. Foi o caso do esforço de construção de novos presídios por Mario Covas, quando esteve à frente do governo, entre 1995 e 2001. Aqui, deu-se uma extensão lógica de um princípio de combate ao banditismo, o mesmo que embasou a bem-sucedida política de tolerância zero em Nova York — prender como pressuposto de inibição de crimes. Embora haja reparos a fazer na questão das drogas A polícia paulista também melhorou a produtividade, com aperfeiçoamentos técnicos na sua operação. Os demais estados têm lições a tirar no esforço paulista por melhorar o combate ao crime.
ÍNDICE 10
Gilmar Mendes vai comandar eleições municipais
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JULIANA PAES: ‘UM POUQUINHO DE MALHO, JÁ TENHO RESULTADO’
Planalto acha que Lava Jato fará devassa na vida de Lula
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Este ano será tão difícil como 2015
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Gastronomia: Attimo decai, mas mantém preços altos, um descompasso
17
Receita: Saiba como praparar em casa o crocante bolovo
19
Estacionamento rotativo em Arujá vai custar R$ 1,50
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Donos de cachorros são mais felizes do que os de gatos, diz estudo
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Juliana Paes: Um pouquinho de malho, já tenho resultado
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Islâmicos atropelam jovens cristãs que negaram sexo
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Imigração de cidadãos brasileiros para Israel cresce 58% em 2015
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Maquiagem agora junta pele natural e cores explosivas nos olhos e na boca
Juliana Paes está numa fase fashion. Em “Totalmente demais”, novela das 19h, ela interpreta uma diretora de revista feminina e está aparecendo no vídeo com looks sofisticados, com influência da francesa Carine Roitfeld e dizem que até de Kim Kardashian. PÁGINA 22
MAQUIAGEM AGORA JUNTA PELE ‘NATURAL’ E CORES EXPLOSIVAS NOS OLHOS E NA BOCA
O que é bom para o verão europeu deve ser bom para o inverno brasileiro. Poucos dias antes dos desfiles da São Paulo Fashion Week, os destaques das semanas de moda internacionais deram as pistas do que promete vingar no país. Independentemente da estação, a palavra que ecoa é naturalidade. Pele fresca e cabelo com textura natural são a base para looks que vão do romântico ao grunge.
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O ministro do STF Gilmar Mendes durante entrevista exclusiva em seu gabinete
Gilmar Mendes vai comandar eleições municipais Reconduzido ao TSE ministro vai comandar eleições municipais
O
s ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmaram nno dia 3 a recondução do colega Gilmar Mendes para o
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TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em maio, Gilmar assume a presidência do TSE e vai comandar as eleições municipais deste ano, a primeira em que as empresas estão proibidas de fazerem doações para candidatos e partidos. Essa será a segunda
presidência de Gilmar no TSE, que chefiou a Justiça Eleitoral em 2006. O mandato no TSE é de dois anos. O tribunal é formado por três ministros do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois advogados indicados pelo Supremo e esco
lhidos pela Presidência da República. Gilmar Mendes tem dito que pretende deixar como marca de sua passagem no TSE maior rigor no exame das contas de campanha eleitoral. Segundo dados do TSE, mais de 400 mil candidaturas concorrerão ao pleito municipal, quando serão disputados os cargos de prefeitos,
vice-prefeitos e vereadores em todo o país, envolvendo a análise de registro de candidaturas, disputas eleitorais e prestações de contas. CASSAÇÃO Se até maio o TSE não avançar com as quatro ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, os casos também
serão concluídos na gestão de Gilmar, que tem feito fortes críticas aos escândalos de corrupção no governo do PT. A oposição acusa Dilma e seu vice de abuso de abuso de poder econômico e político e apontam ainda suspeitas de que recursos desviados da Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição.
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O sítio em Atibaia, frequentado por Lula e familiares
Planalto acha que Lava Jato fará ‘devassa’ na vida de Lula
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om o avanço da Operação Lava Jato sobre o apartamento tríplex no Guarujá (SP) ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a revelação de que a
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Odebrecht, segundo fornecedores, teria pago a reforma de um sítio usado por ele e sua família, o Palácio do Planalto já espera uma espécie de devassa na vida do petista de agora em diante. Assessores próximos à presidente Dilma Rousseff afirmam ter a impres-
são de que as investigações da Polícia Federal devem se perpetuar até as eleições de 2018. Se tal hipótese se concretizar, avaliam que o cenário é positivo para a oposição, que já possui como trunfos a própria investigação, o péssimo cenário econômico e o des
dobramento de CPI (Comissões Parlamentares de Inquérito) no Congresso. Em mensagem publicada nno dia 29/1 em sua página no Facebook, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou, sem citar nomes, que "estão tentando derreter o Lula para destruir o PT". "Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência [da República]. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão", escreveu Falcão em sua nota. O jornal Folha revelou que a ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço de Atibaia (SP) afirmaram ao jornal que a empreiteira Odebrecht realizou a maior parte das obras de reforma em um sítio frequentado por Lula e seus familiares. A reforma teve início em outubro de 2010, quando Lula estava no fim de seu segundo mandato como presidente. A Odebrecht disse que, após apuração preliminar, não identi-
ficou relação da empresa com as obras. Lula não quis comentar. A propriedade rural, de 173 mil m² (o equivalente a 24 campos de futebol), está dividida em duas partes. Uma delas está registrada em nome de Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, amigo que fundou o PT com Lula. A outra pertence formalmente ao empresário Jonas Suassuna, sócio, assim como Bittar, de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. A Odebrecht gastou nas obras cerca de R$ 500 mil só em materiais, estima Patrícia Fabiana Melo Nunes, 34, na época proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma no sítio. APARTAMENTO NA PRAIA Já a operação Triplo X, deflagrada pela Polícia Federal no dia 27/1, mira um apartamento tríplex ligado a Lula no Guarujá, no litoral paulista. O objetivo da força-tarefa é descobrir se outra empreiteira, a OAS –acusada de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras– buscou beneficiar ilegalmente o ex-presidente por
meio do imóvel. É a primeira vez que a operação investiga um negócio diretamente ligado a Lula e seus parentes. A mulher de Lula, Marisa Letícia, adquiriu a opção de compra do imóvel em 2005 por meio da cooperativa habitacional Bancoop, a antiga titular do prédio. Em 2014, o tríplex foi totalmente reformado pela OAS. Porém, em novembro de 2015, a assessoria de Lula informou que a família havia desistido de ficar com o imóvel. O recuo ocorreu após as informações sobre o apartamento ganharem visibilidade na imprensa e a Lava Jato levar à prisão o ex-presidente da Bancoop e ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e de executivos da OAS. No dia 29/1, o ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia, foram intimados pelo Ministério Público de São Paulo a depor sobre o tríplex na condição de investigados. SÍTIO EM ATIBAIA Frederico Barbosa, engenheiro da Odebrecht, admitiu ter atuado na reforma no sítio. Diz ter trabalhado nas férias e não ter cobrado pelo serviço
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‘Este ano será tão difícil como 2015’ Terceira geração da família, Frederico Trajano assume Magazine Luiza em momento crítico; setor caiu 14% no ano passado. ‘Não esperava desaceleração tão brusca em 2015. E 2016 vai ser tão difícil quanto’
Em sua 1ª entrevista no cargo, Trajano diz que tem uma visão complementar à da sua mãe e que quer ajudar loja física a continuar relevante
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rederico Trajano, de 39 anos, esta à frente do Magazine Luiza desde o início deste ano, com a árdua missão de expandir os domínios da varejista de móveis e eletrodomésticos em um dos momentos mais críticos da economia brasileira. O varejo como um todo teve um tombo em 2015 e deve enfrentar um período difícil neste ano. Trajano começou a ser preparado no início de 2014 para suceder sua mãe, Luiza Helena Trajano, que agora faz parte da presidência do conselho de
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administração do grupo. Ele diz estar preparado para atravessar as turbulências. “Não esperávamos uma desaceleração tão brusca em 2015. Este ano será tão difícil como 2015 foi.” Para enfrentar esse período, a varejista, cujas ações custam hoje pouco mais de 10% do que valiam em sua abertura de capital, em 2011, passa por um processo de reestruturação desde o ano passado. Em setembro, a rede contratou a Galeazzi & Associados para rever despesas e custos, e, em outubro, recorreu à McKinsey para tentar avançar em participação de mercado durante a crise. O empresário, da
terceira geração da família fundadora, quer perpetuar a empresa e avançar no projeto de comércio eletrônico. A seguir, os principais trechos da entrevista. O Magazine Luiza está preparado para enfrentar 2016? A visão da empresa é que 2016 será um ano tão difícil como 2015 foi. O nosso setor é cíclico. Quando economia vai bem, o setor vai bem. Estamos há 58 anos nesse segmento (a empresa foi fundada em novembro de 1957) e passamos por vários momentos de crise. Não será a primeira nem a última vez. Em 2015, o setor caiu 14% e o PIB 3,7% (última previsão do Fo
cus). A probabilidade é que em 2016 ocorra o mesmo que no ano passado. O sr. assumiu a companhia em um dos períodos mais críticos para o varejo. Comecei no dia 4 de janeiro. Combinamos que o Marcelo Silva (ex-presidente e nomeado vice-presidente do conselho de administração) ficaria para um período de transição de 40 dias. Ele deve ir para o conselho efetivamente depois do Carnaval. Ele tem ajudado em projetos que começaram na gestão dele, como o da Galeazzi, e que deverá ser concluído nesta semana. Por que a consultoria Galeazzi foi contratada? Para uma reestruturação financeira? Não. Será uma reestruturação no quadro administrativo e em despesas em geral. A consultoria foi contratada em setembro do ano passado, quando criou um modelo de orçamento zero, sem considerar o histórico anterior, e definiu quais os projetos essenciais para a companhia. Mas tudo é submetido aos diretores. Haverá cortes de funcionários? A reestruturação não está sendo feita a partir de cortes de pessoal. Não acredito que encarar uma crise seja apenas reduzindo custo com pessoal. Esse é o erro da maioria das empresas. Quando há uma crise, vão lá e passam o facão.
Mas a Galeazzi é famosa por fazer cortes por onde passa... É uma maneira burra. Acho que é porque muitas empresas utilizam a mal consultoria. O orçamento base zero tem como perspectiva ganho de eficiência e eliminação de atividades improdutivas. Então o grupo não está demitindo? Não. O que fazemos é a não reposição de vagas. Esse setor tem um “turnover” grande, de 30% por ano, em alguns casos. Como foi feito o processo de sucessão? A sucessão começou há dois anos. Até um pouco antes, com a chegada de Marcelo (Silva, ex-Pernambucanas). Contamos com profissionais competentes para fazer o trabalho de coach para a sucessão e liderança do conselho. O professor José Rosseti, um dos maiores especialistas em governança corporativa, foi um dos que ajudaram nesse processo. Estamos em processo de definir os nomes do conselho e comitês da empresa. Quais são os resultados práticos da reestruturação? Houve redução no quadro de pessoal em escritórios. Negociamos com todos os sindicatos um teto para dissídio. Até R$ 10 mil, terá aplicação de dissídio integral. Acima disso, será um valor fixo. Foi uma negociação pesada, mas teve
98% da adesão. Executivos não viajam mais com passagem executiva. Mesmo eu. Se quiser ir de executiva, tem de pagar do bolso. Tivemos outros cortes de despesas, como a renegociação de aluguel dos imóveis. Estamos renegociando mais de 300 contratos. Além de redução de frete, revisão de transportadoras. Temos hoje mais de 900 transportadoras, cada uma em uma cidade. Estou usando a malha multicanal para reduzir o custo de frete do e-commerce. Estamos revendo custos de energia elétrica. O segundo ponto é o caixa. Renovamos em dezembro com BNP Paribas Cardif Brasil parceria na comercialização exclusiva de produtos de seguros. Com isso, o grupo recebeu uma injeção de R$ 330 milhões. O Magazine Luiza está limitando o crédito? Sobre a questão de crédito, a LuizaCred (joint venture entre o Magazine Luiza e o Itaú) vem reduzindo a taxa de aprovação (de crédito). Há três anos estamos divulgando isso (no balanço). O modelo de crédito é do Itaú, que está mais exigente. Com isso, agregamos a Losango, que tem uma lista com 40 milhões de CPFs, que podem ter outro critério de liberação de crédito. Mas o risco não é nosso. O sr. se incomoda de ser comparado à sua mãe, que é uma figura pública e com bom trânsito no governo? Estou há 15 anos no grupo. A minha visão é complementar. Não vou acabar com lojas físicas. Estou ajudando loja física a continuar relevante. Não tenho problema interno em relação a isso. Eu tive a oportunidade de começar do zero uma start-up em um grupo com mais de 50 anos de idade. Então, eu consigo desenvolver uma identidade própria complementar à da minha mãe. Como vai ser a expansão do comércio eletrônico do grupo? A visão que tenho é virar uma empresa digital, com pontos físicos e calor humano. Essa é a transformação digital. Hoje somos uma empresa tradicional, com uma área digital. Até o 3º trimestre, a receita do e-commerce era 22% do total. Temos um trabalho de inclusão não só dos consumidores, mas também de nossos vendedores. Cerca de 2 mil (de um total de 8 mil) já vendem com smartphones. A expectativa é de que até o fim do ano todos estejam com o aparelho. Expressão News - Fevereiro/2016 - 15
Attimo decai, mas mantém preços altos, um descompasso Foto1 Arroz de linguiça servido no Attimo Foto2 GulaMia/Divulgação Peixe com legumes, do Attimo O italiano Attimo perdeu boa chance de se renovar. A saída
GulaMia/Divulgação
Arroz de linguiça servido no Attimo
Attimo decai, mas mantém preços altos, um descompasso O italiano Attimo perdeu boa chance de se renovar. A saída do chef Jefferson Rueda, em 2015, poderia ter valido de impulso para uma mudança para além do cardápio. Bem, a cozinha mudou. Passou a flertar menos com o caipira, ganhou certa pompa e saiu perdendo. E os preços, que poderiam estar mais sintonizados com a tendência dos novos restaurantes (que andam fazendo o diabo para cortar custos e praticar valores camaradas), continuam altos –e agora desconectados da estatura da casa. Num passeio pelo cardápio, nota-se que o carbonara custa R$ 74 –e não vale o quanto pesa. E pesa: a massa vem em bom ponto, firme, mas a mistura de queijos é intensa demais, a combinação Expressão News - Fevereiro/2016 - 16
de pancetta, bacon e lardo (este, defumado e temperado), idem. A sensação é a de que um ingrediente mata a potência do outro –tem até queijo trufado. O dourado (R$ 79), alto e suculento, bronzeado no forno de carvão, chega à mesa encoberto por uma espuma insossa, de cogumelo e limão-siciliano. Mais valem os legumes que acompanham o peixe, viçosos e al dente. Mas a cozinha de Francisco Pinheiro tem momentos de acerto: o fusilli ganha companhia de um ragu de javali encorpado, saboroso, denso (R$ 63). Também mostra personalidade o risoto com linguiça, vinho tinto e legumes (estes, de novo se saem muito bem; R$ 79), mas o cardápio erra ao anunciar que a linguiça é feita ali. Não é.
A fruta da estação até cairia bem neste calor, mas R$ 21 por uma porção? Mais elaborado, perde-se em pretensão o trio de pudins (pistache, doce de leite e Nutella), a R$ 35. No mesmo pacote, garçons confusos nas explicações ao cliente acerca do que é novo ali e sem firmeza para ajudar na escolha do vinho. A propósito, a taça pinçada de uma carta relevante, com garrafas de até R$ 4.200 (como os 375 ml do Château d'Yquem), foi servida de uma vez só, sem que o cliente provasse. Attimo QUANDO: TER. A QUI., DAS 12h ÀS 15h E DAS 19h30 ÀS 23h30; SEX., DAS 12h ÀS 15h E DAS 19h30 À 0h; SÁB., DAS 12h ÀS 16h E DAS 19h30 À 0h; DOM., DAS 12h30 ÀS 17h ONDE: R. DIOGO JÁCOME, 341, V.N. Conceição; TEL. (11) 5054-9999
Saiba como preparar em casa o crocante bolovo Crocante por fora e macio por dentro, o bolovo é um dos petiscos preferidos dos botequeiros mais assíduos. Trata-se de um bolinho de carne recheado com um ovo inteiro. Abaixo, veja a receita do chef Ivan Achar servida no boteco Alma Esquina. RENDIMENTO: 12 porções INGREDIENTES • 1 kg de carne (coxão mole) moída • 2 cebolas picadas • 2 cabeças de alho picadas • 1 xícara de chá de coentro picado • 2 ovos crus • 12 ovos cozidos • 2 xícaras de farinha de trigo • farinha de rosca (para empanar) MODO DE PREPARO • Separe os ovos e a farinha. • Refogue cebola e alho e misture os demais ingredientes na panela e coloque sal a gosto. • Depois de refogar por sete
Wellington Nemeth/Divulgação
minutos, desligue o fogo e acrescente um ovo inteiro cru e a farinha, mexendo bem. • Cozinhe os ovos para fazer o aperitivo. Quando prontos, descasque
e cubra-os com a massa. • Empane os ovos já montados em farinha de rosca e ovo cru e frite em óleo a 180º. Deixe fritar bem para que o bolovo não fique frio por dentro.
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Estacionamento rotativo em Arujá vai custar R$ 1,50
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esde 01/02 os motoristas que trafegam pela região central de Arujá podem notar as mudanças nas placas de sinalização do estacionamento rotativo, que já apresentam as informações do novo sistema digital implantado na cidade. A adaptação da sinalização vertical é uma das etapas da retomada do serviço, que ocorre em caráter de demonstração até o próximo dia 15, quando começam de fato a cobrança e a fiscalização. A mudança mais importante, em virtude da extinção dos parquímetros, é a inclusão do endereço do site www.
estacionamentodigital.com.br, por onde poderá ser adquirido o tempo de permanência nas vagas demarcadas, respeitado o limite máximo de duas horas. A sinalização horizontal também será atualizada com a pintura de todas as vagas destinadas ao rotativo. O rotativo Com custo de R$ 1,50 por hora, o novo estacionamento rotativo de Arujá funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 13 horas. Além do site, serão opções de compra do ticket os estabelecimentos comerciais cadastrados, que estarão identificados com placas; os monitores da concessionária Serbet que atuarão nas vias públicas; e o aplicativo “Estacionamento
Ass. Imprensa P.M Arujá/Divulgação
Digital”, disponível para downloads por smartphones e tablets equipados com o sistema operacional Android ou iOS. Com possibilidade de ampliação prevista no contrato de concessão, o sistema operará com 825 vagas distribuídas em 26 ruas e avenidas. Para garantir o pleno funcionamento do serviço, a fiscalização também será integrada digitalmente pela concessionária e o Departamento Municipal de Trânsito. Desta forma, ao identificar um veículo irregular, o monitor fará uma fotografia do automóvel e acionará o sistema, que emitirá uma notificação para que os agentes de trânsito se dirijam à vaga e façam a autuação. Outras informações podem ser obtidas no site www.estacionamentodigital.com.br ou junto ao Departamento de Trânsito, no 4653 1899. Expressão News - Fevereiro/2016 - 19
Donos de cachorros são mais felizes do que os de gatos, diz estudo
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onos de cachorros são mais felizes, conscientes e menos neuróticos do que os donos de gatos, segundo um estudo conduzido pelo Mahattanvil-
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College, em Nova York. Na pesquisa, cujo título em português seria algo como “Seu filhote é amoroso? Examinando o relacionamento entre bichos de estimação e bem-estar”, os cientistas analisaram a relação de 263 pessoas com seus mascotes.
Cães também demonstram nível de satisfação maior após brincadeiras
Os resultados indicam que não há uma diferença significativa nos níveis de felicidade, traços de personalidade e emoções positivas e negativas entre donos de bichos de estimação e pessoas que não têm animais em casa. No entanto, os donos de animais
estariam mais satisfeitos com a vida — e as pessoas que têm cachorros marcaram notas mais altas em todos os quesitos de bem-estar do que os entrevistados que possuem gatos. Outra pesquisa, transmitida em um documentário chamado “Gatos x cachorros”, na emissora britânica "BBC", indicou que os cachorros amam mais os seus donos do que os outros. “Temos grandes provas de que os cachorros amam mais os humanos”, assegura o neurocienta Paul Zak, que conduziu o levantamento. — Alguns estudos já mostraram que, quando os donos de cachorros interagem com eles, ambos liberam oxitocina, um hormônio ligado ao prazer. Por exemplo, quando vemos nossa mulher ou
filhos, o seu nível em nossa corrente sanguínea aumenta de 40% para 60%. Zak conferiu o índice de oxitocina em gatos e cachorros ao interagirem com seus donos. O cientista coletou amostras de salivas de dez felinos e dez caninos em duas ocasiões — dez minutos antes dos jogos e depois do fim das brincadeiras. O nível do hormônio, um indicador de felicidade, cresceu, em média, 57,2% nos cachorros, e apenas 12% nos gatos. “Isso mostra como os cachorros realmente se importam com seus donos”, atesta Zak. — Também foi uma boa surpresa descobrir que os gatos produzem algum nível de oxitocina. Pelo menos sabemos que, em algum momento, eles ligam para os humanos. Expressão News - Fevereiro/2016 - 21
Divulgação
Juliana Paes: corpão na campanha da Mr. Cat
‘Um pouquinho que malho, já tenho resultado’
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uliana Paes está numa fase fashion. Em “Totalmente demais”, novela das 19h, ela interpreta uma diretora de revista feminina e está aparecendo no vídeo com looks sofisticados, com influência da francesa Carine Roitfeld e dizem que até de Kim Kardashian. Fora do
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Projac, ela acaba de fotografar a campanha de inverno 2016 da Mr.Cat, ao lado de Cauã Reymond. Na sessão de fotos para a marca de calçados, Juliana usou um look minimalista — mas bem sexy, que mostrava suas pernas torneadas e barriga sarada. Ela conta que ficou completamente à vontade diante da câmera e que não treinou poses e caras e bocas em frente ao espelho.
“Treino mais os textos”, comenta a atriz. — Quando uma marca me chama para ser o seu rosto na estação, sei o que preciso fazer e eles sabem como é o meu corpo e o meu jeito. Normalmente, eles esperam que eu seja natural. Não fico apreensiva. Com o perfil típico da brasileira, Juliana sabe o que fica bom em sua silhueta: “Como tenho o corpo cheio de cur
vas e a cintura muito fina, as peças que marcam a cintura me valorizam. E acho que me deixam mais bonita. E o que você não usa de maneira alguma? “Botas Ugg. As pessoas falam que roupa tem que ser confortável, mas tem um limite. Se fosse assim, todo mundo sairia na rua de pijama e não é o caso. Você tem que manter uma certa postura. Não dá para ficar 100% confortável. Tem que se aliar conforto e design. Pode me chamar de perua, mas não uso aquelas botas”, diverte-se a estrela, que confessa ser louca por sapatos. — Fiz um bazar no final de 2015 e tirei metade dos meus calçados para doação. Hoje em dia, devo ter uns 100 pares. O comentado e elogiado corpão — as fotos desta página não nos deixam mentir —, ela, em tom de brincadeira, entrega que não é só obra do acaso. E muito menos milagre: “Metade é genética. Tenho uma genética privilegiada, porque o que eu como de besteira... Mas não vivo só de besteira. Permito-me porque faço muita atividade física. Malho para poder comer o que quero. Não existe milagre. Meu corpo responde muito bem aos exercícios. Agora que estou mais dedicada aos treinos, as pesso-
as começam a ver meu corpo mudar e comentam: Juliana, você está malhando muito. Não é isso. Um pouquinho que malho, já tenho resultado. Toco no assunto idade. Juliana está com 36. Para a atriz, tudo mudou depois dos 30. Algumas coisas ficaram melhores, outras, não. Mas jura que está se sentindo bem: “O que acontece com nosso corpo é algo extraordinário, ele se deteriora, mas a mente vai ficando tão mais sagaz e esperta para entender esses ciclos da vida. A pele já não está tão enrijecida, mas em compensação a “cuca” está. A mulher melhora muito com a idade. A gente passa a não se cobrar tanto e a entender que não teremos a pele dos 20, mas a cabeça estará bem melhor. Juliana revela que a parte favorita de seu corpo é o colo. E acabamos caindo no tema sensualidade. Ela é apontada como uma das mulheres mais sexy do Brasil. “Sensualidade é você ser confortável na própria pele, é não precisar representar outra figura. Sensualidade tem a ver com espontaneidade. Tem a ver com bom humor, uma pessoa que não sabe rir de si mesmo e das situações adversas, acaba perdendo o charme. E acho que tenho essas características.
Sou genuinamente bem-humorada e circulo livremente por todos os ambientes, tenho facilidade de quebrar o gelo nos lugares e essas características são associadas à sensualidade. Casada com Carlos Eduardo Baptista, Juliana é mãe de dois meninos: Pedro e Antônio. “Os dois são super “chamenguentos” (risos). O Pedro é mais o menininho da mamãe e o Antônio é o Shrek. Sou como qualquer outra mãe, o único diferencial talvez seja que, por ser atriz e viver esse mundo de personagens, tenho facilidade de emular o lúdico. Estou o tempo todo inventando uma história, fazendo uma dancinha diferente, uma brincadeira boba, imitando os personagens, trocando de voz. O meu jeito de brincar com eles é demais, faço a voz de bruxa, do Bob Esponja. O Dudu, meu marido, que fica me chamando a atenção: “Olha, você vai estragar essas crianças”. Sou uma mãe “palhaça”. Termino perguntando o que as pessoas ficaram surpresas de saber sobre ela: “As pessoas não sabem que eu desenho muito bem. Tenho quadros lindos em casa e bordo também! Acho que ninguém sabia disso!
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Islâmicos atropelam jovens cristãs que negaram sexo
Reprodução
Cerca de 700 cristãs são sequestradas, violentadas e forçadas a se casarem a cada ano no Paquistão
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ecentemente no Paquistão três meninas cristãs foram espancadas por terem rejeitado as investidas de jovens muçulmanos. Uma delas veio a falecer. O incidente ocorreu em janeiro, na capital Lahore. As três adolescentes tinham 17, 18 e 20 anos
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e estavam voltando a pé para casa após mais um dia de trabalho. Quatro jovens muçulmanos em um carro começaram a seguir e assediar as meninas. Os rapazes insistiam para que elas entrassem no carro deles para “se divertirem”. Elas recusaram o “convite”, explicando que eram cristãs e não se relacionavam sexualmente fora do casamento. Eles insistiram e elas correram. Um dos muçulmanos gritou com elas,
dizendo: “como vocês ousam fugir de nós, meninas cristãs servem apenas para uma coisa: satisfazer os desejos sexuais dos homens muçulmanos”. Os rapazes tentaram atropelar as meninas. Duas caíram no chão e tiveram fraturas. Uma quebrou o quadril a outra, as costelas. A mais nova, Kiran Masih, foi arremessada para o alto e caiu sobre o para-brisa do carro que continuava acelerando.
Segundo testemunhas, os muçulmanos riram e aceleraram ainda mais o veículo. Logo em seguida, o motorista pisou no freio com toda força. A menina de 17 anos caiu ao chão e faleceu, em consequência da fratura exposta no crânio e esmagamento dos ossos. A denúncia desse caso é feito por Wilson Chowdhry, presidente da Associação Britânica dos Cristãos Paquistaneses (BPCA) e ativista dos direitos humanos. Ele conta que o caso das meninas foi tratado por desdém pelas autoridades paquistanesas. “A violência contra cristãos é raramente investigada e ainda que seja, é altamente improvável que a justiça seja feita. As mulheres sofrem de uma condição social muito baixa no Paquistão, mas nada se compara às mulheres cristãs, que estão apavoradas, principalmente depois desse ataque”, assevera Chowdhry.
A ONG “Movimento de Solidariedade e Paz”, que apresenta dados alarmantes. Cerca de 700 mulheres cristãs são sequestradas, violentadas e forçadas a se casarem a cada ano no Paquistão, ou seja, praticamente duas por dia. A menina mais nova tinha apenas 9 anos. Quando foi detido, o paquistanês afirmou que não entendia pois já tinha feito “a mesma coisa com outras meninas cristãs”. Ele foi ouvido, mas não foi preso. A justificativa para esses atos é o entendimento que os islâmicos possuem que podem estuprar mulheres “infiéis” (não muçulmanas) sem que precisem temer uma punição divina. O conceito islâmico de “espólio” é explicado por uma das maiores autoridades em lei e jurisprudência islâmica, o falecido Majid Khadduri. Em seus livros ele reiterava que: “O termo espólio (ghanima) é aplicado especificamente à
propriedade adquirida por meio da força de não-muçulmanos. Entretanto, isso inclui não apenas propriedades (móveis ou imóveis), mas também pessoas, seja na qualidade da asra (prisioneiros de guerra) ou sabi (mulheres e crianças)”. Esse é o entendimento dos militantes do Estado Islâmico, cujo comércio de escravas sexuais tem chocado o mundo. Mesmo quando vivem nas nações ocidentais, muitos muçulmanos acreditam ter direito de estuprar e abusar sexualmente de mulheres “infiéis” ou até mesmo de mulheres muçulmanas se estiverem desacompanhadas à noite ou se não estiverem usando um véu. Isso tornou-se notório para o mundo quando uma série de estupros realizado por muçulmanos ocorreu na Alemanha no início do ano. Na ocasião, a mídia mundial não deu atenção ao fato de que a motivação era religiosa.
Imigração de cidadãos brasileiros para Israel cresce 58% em 2015 Funcionários e voluntários do Beit Brasil (Casa do Brasil), ONG que há quase dois anos auxilia imigrantes do país em Israel, sentiram o ritmo de trabalho. Em 2015, o número oficial de brasileiros que se mudaram para Israel chegou 486, um recorde desde a criação do país, em 1948. Trata-se de um salto de 58% sobre 2014 e de 132,5% sobre 2013. E a tendência ganha força: em 2016, a ONG prevê receber mil imigrantes brasileiros. "Nossa expectativa é um aumento significativo, de 100%, em 2016", diz Gládis Berezowsky, diretora-executiva do Beit Brasil. Para Berezowsky, o número oficial de 2015 é subestimado, e o total chegaria a 506 brasileiros, contando quem havia voltado ao Brasil depois de uma imigração frustrada, mas que, no ano passado, retornou de vez a Israel. Há também aumento no total de casais e famílias. Foram 240 em 2015, enquanto os solteiros foram 148. "Muita gente vem porque se identifica com Israel, sua religião e cultura. Mas há cada vez mais famílias buscando qualidade de vida e fugindo da crise econômica", diz. "Israel é, hoje, um país desenvolvido,
ponta de lança de tecnologia. Os brasileiros pensam no futuro dos filhos." Em São Paulo, Revital Poleg, representante da Agência Judaica no Brasil, também sente aumentar o interesse em emigrar para Israel. "Não diria que a crise é o único motivo, mas ela ajuda as pessoas a tomarem uma decisão que já vinha sendo pensada", diz Revital. A grande maioria dos brasileiros que emigram para Israel (ou fazem "aliá", "subida", em hebraico) são judeus beneficiados pela Lei do Retorno, de 1950, que dá a judeus do mundo todo o direito de serem recebidos imediatamente como cidadãos de Israel se o quiserem. Recebem uma pequena ajuda financeira, moradia por alguns meses e curso de hebraico. A onda brasileira atual lembra a de 2000 entre os argentinos. Com a crise econômica no país, de 2000 a 2002 10 mil pessoas emigraram para Israel. Desses, cerca de 15% voltaram à Argentina alguns anos depois, mesmo percentual médio dos brasileiros. O aumento da presença brasileira em israel já é sentido no maior número de bares e restauran-
tes brasileiros na área de Tel Aviv. Mas as cifras não chegam ao patamar da imigração francesa (quase 8.000 pessoas em 2015), que teve impulso da maior sensação de antissemitismo no país, ou ucraniana (7.000), motivada pela intervenção russa. Israel recebeu, ao todo, 29,5 mil imigrantes no ano passado. Com 4% do total, o Brasil não ocupa as primeiras posições do ranking. "Em números absolutos ainda não é um fenômeno. Mas estamos acompanhando", disse o porta-voz da Agência Judaica, Yigal Palmor. "A crise econômica é um fato, já que o Brasil não está em guerra e a comunidade judaica brasileira não enfrenta ataques antissemitas." A economista carioca Cláudia Lazkani, 38, desembarcou há cinco meses em Israel com o marido Charles, 38, e os filhos de 7 e 3 anos. No último dia 13, nasceu no país a terceira filha do casal. "A decisão foi tomada antes da crise, mas ganhou força com os últimos acontecimentos. Sou economista do setor de petróleo e gás, vi o país afundando. Queria vir para um lugar em que tivesse gosto de viver. A roubalheira estava me fazendo mal." Expressão News - Fevereiro/2016 - 25
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Maquiagem agora junta pele ‘natural’ e cores explosivas nos olhos e na boca O que é bom para o verão europeu deve ser bom para o inverno brasileiro. Poucos dias antes dos desfiles da São Paulo Fashion Week, os destaques das semanas de moda internacionais deram as pistas do que promete vingar no país. Independentemente da estação, Expressão News - Fevereiro/2016 - 26
a palavra que ecoa é naturalidade. Pele fresca e cabelo com textura natural são a base para looks que vão do romântico ao grunge. Em momentos de naturalidade em alta, a meta é maquiar sem deixar vestígios. Segundo a maquiadora Fa-
biana Gomes, o que muda é o acabamento da pele: nas passarelas de verão, mais brilhante; no inverno, semiopaco, iluminado nas laterais. No terreno da naturalidade, sobrancelhas acham solo fértil para se desenvolverem. Espessas, surgem com novo
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formato. "São retas, sem arco definido, têm jeito de menino", diz Fabiana. Tendo a pele saudável como pano de fundo, lábios e olhos entram no foco. "A tendência de frescor vem com um ponto único de destaque, um tom forte no olho ou na boca", diz o maquiador e cabeleireiro Lau Neves. Nos lábios, as apostas são cores explosivas e inusitadas, como o ocre meio dourado, da Prada, o ameixa da Burberry Prorsum ou os vermelhos de Céline e Nina Ricci. "São cores pontuais, nada rebuscado", diz o cabeleireiro e maquiador Robert Estevão. TRAÇO LIVRE Nos olhos, o traço é livre e criativo, com borrões coloridos, construídos com pincéis ou com a ponta dos dedos. Na paleta de cores estão azul, amarelo, rosa, verde, pink, laranja e os tons metalizados. "O olho é borrado, como uma pincelada numa tela, ou é gráfico, com um desenho que desafia o formato natural dos olhos. Tem um traço forte, que geralmente não se usa na rua", diz Lau Neves. Os novos grafismos produzidos por lápis e delineador e a volta dos cílios postiços deixam para trás o gatinho tradicional. "A linha pode ser construída longe dos cílios, entre a pálpebra móvel e a sobrancelha, ou pode ser mais curta, indo do meio da pálpebra para o canto externo do olho ou ainda feita com dois tons de 'eyeliner' ao mesmo tempo", diz o cabeleireiro e maquiador Celso Kamura. A textura natural do cabelo também aparece nas passarelas. Um mesmo penteado ganha volume, balanço ou desenho personalizado, dependendo do tipo de fio. "As meninas da Gucci, por exemplo, eram todas da mesma turma, um pouco nerds, mas cada uma do seu jeito", diz o cabeleireiro e maquiador Daniel Hernandez. Menos minimalistas que em temporadas anteriores, os penteados são coroados por tiaras e tranças. "A trança virou um acessório", diz o cabeleireiro Ricardo Rodrigues. A tesoura afiada ensaia um retorno. "No desfile da Lanvin, os cabelos foram presos para parecer que eram bem curtos", diz Estevão. Outra novidade é o corte de fio reto, no ombro, com ou sem franja. "São cabelos com desenho mais quadrado. A franja é longa, de pontas desfiadas quase entrando nos olhos", diz o cabeleireiro e maquiador Wilson Eliodório. Expressão News - Fevereiro/2016 - 27
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