its 136 - Abril by Revista its

EDIÇÃO 136

WI-FI

MARAVILHAS DA TECNOLOGIA

LIÇÃO DE CASA

Santa Catarina Março - 2017 R$9,50

DETERMINAÇÃO X ORGANIZAÇÃO

Alunos e professores da EEB Lauro Müller participam do projeto “Sementes árabes germinando em Língua Portuguesa do Brasil”, iniciativa que começou em 2016 para acolher os refugiados vindos para a capital

conteúdo 20

GALERIAS

MATÉRIA DE CAPA

WI-FI

PROFISSÕES

LIÇÃO DE CASA

CULTURA POP

MARÇO 2017

8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

12 | LIÇÃO DE CASA

Uma década desde que Rihanna nos presentou com Umbrella, Avril se assumia full-pop em Girlfriend e Britney passava por seus anos de queda que, futuramente, seriam superados gloriosamente. O ano de 2017 tem tudo para ser um ano bombástico para a cultura pop.

Tudo indicava que os celulares dobráveis estariam entre as principais novidades para o público já em 2017, mas parece que ficou mesmo para o ano que vem. As informações são de que a Samsung (que tem a patente da tecnologia) pode apresentar o aparelho em mostras tecnológicas ao longo do ano. Confira mais no Wi-fi deste mês.

16 | PROFISSÕES

20 | CAPA

42 | GALERIAS

Quando você vê um vídeo pronto na internet, é difícil imaginar todo o processo de construção que se passou: discussão do tema, escolha do lugar, boa iluminação, câmeras posicionadas, edição, edição e edição.... até que ufa! foi para o ar. Trabalhar com vídeos é um dos meios que mais vêm crescendo e se popularizando, principalmente entre aqueles que buscam ter o seu canal no YouTube.

Porque se não for para fazer fotos lacradoras, a gente nem faz. Confere só os rostinhos que estamparam a nossa galeria nesta edição!

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Designer Gráfico Eduardo Motta | www.edumotta.com Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br

O sinal já soou, as salas de aula já estão definidas com suas respectivas turmas. Os professores já circulam pelos corredores motivados, cheios de energia e com muito conteúdo para repassar. A tia da merenda já anda arrasando nos lanches e a galera da secretaria organizando tudo para que o ano escolar aconteça da melhor maneira possível. Os diretores e diretoras estão dando duro para representar ideias, criar projetos e fazer da sua escola ainda melhor. Tudo pronto, tudo organizado, tudo conduzido, mas… faltava algo. Faltava a gente circulando, andando pelos pátios, conhecendo e contado histórias que inspiram, motivam e por vezes parecem de outro mundo! Não falta mais, estamos aqui por mais um ano contando com você, a sua escola e comunidade. Não brincamos em serviço, mas nos divertimos a cada nova edição, a cada nova entre-

Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br

vista, a cada nova amizade criada.

Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Chapecó Jorge Furtado | jorge.furtado@ricsc.com.br

um lugar inesquecível.

Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Gondil Kurtz | gondil@ricsc.com.br Gerente Comercial Xanxerê Matheus Henrique Stefanoski matheus.stefanoski@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Marciel Juvencio | marciel.juvencio@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br

JÉSSICA STIERLE

Tamo junto, 2017 promete e a gente só tem uma certeza: nossa objetivo é fazer da sua escola Seja bem vindo a primeira @revistaits do ano |õ|

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Ed Sheeran - Galway Girl Henrique & Diego ft. Dennis Dj - Malbec Luan Santana - Mesmo Sem Estar ft Sandy Matheus & Kauan - Te Assumi Pro Brasil Nego do Borel ft. Anitta, Wesley Safadão - Você Partiu Meu Coração

OS CULPADOS

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 71.922 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026 Pontos de distribuição: Escolas Estaduais da Rede de Santa Catarina e colégios parceiros Florianópolis COC Floripa Energia Terceirão Colégio Bom Jesus Colégio Catarinense CEB (Centro Educacional Barreiros) Itajaí Energia BC Unificado BC Colégio São José Colégio Salesiano Joinville Elias Moreira Colégio Santos Anjos Blumenau Colégio Energia Colégio Barão do Rio Branco Chapecó/Xanxerê Colégio Trilingue Exponencial Colégio La Salle Criciúma Marista Criciúma

EDINÉIA RAUTA

MATEUS SILVEIRA

HAZIEL SCHNEIDER

PRISCILA SOUZA

RENATA BOMFIM

LUCAS INÁCIO

VINCENT SESRING

REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

REDES SOCIAIS

Quer aparecer com a galera aqui na seção Instagram? Mande a sua foto pra gente por inbox: facebook.com/revistaits

EEB Professor Ar gemiro Gonçalves Campo

kowski nio Blas EEB Antô

Alegre

MEME NOSSO DE CADA MÊS AI, MISERICÓRDIA

Quem ainda não viu circulando na internet o viral “ai, misericórdia”, já pode ir digitando nos buscadores porque vai ser um dos vídeos mais engraçados que você vai ver este ano… que mal começou e já consideramos. No vídeo, as duas primas resolveram filmar a mágica que faziam ao virar cambalhota no suporte da televisão. “Olha a mágica dela”, começa a contar a suposta apresentadora… mas não deu muito certo. “Ai, misericórdia! E agora? Eu estou presa! Chama a minha mãe, chama a minha mãe. Chama a mamãããããe, Ketilly”, grita a menina que ficou pendurada. O novo viral da internet já ultrapassou mais de cem mil visualizações e até chegou a ser chamado como o novo “eita, Giovana”. Essas crianças andam com a criatividade a flor da pele, não é mesmo?!

Itaiópolis

REVISTA ITS NA BOCA DA GALERA

EEB Mater Dolor um

s a Borge de Souz EEB Ary uim

“Parabéns a Revista Its! Trabalho super legal, estimulando a leitura nas escolas com uma linguagem super agradável. Estou muito orgulhosa pela minha filha, ainda mais orgulhosa agora nas páginas da Its”

Capinzal

São Joaq

Resposta da redação: Valeu, Silvana Stein! Ficamos felizes pelo reconhecimento!

Angelina

Silvana é mãe da Kauany Stein, uma das nossas entrevistadas na edição de dezembro da Its Teens Florianópolis EEB João Tolentin o

EEB Padre Miguel Giacca

Presidente Nereu

Criciúma

EEB Nossa Senh ora

CMY

Júnior Tolentino EEB João Nereu Presidente

Júnior

VOU XINGAR MUITO NO TWITTER

#FORÇAVITÓRIA

No twitter a Vitória (@reignstylinson) piou nos fazendo chorar também. #força, amada

facebook.com/revistaits

HMMMM

Contatinhos são sempre bem vindos, né, miga!

@revista_its

Primeiramente: Perdão, Ana! Segundamente: Não seja por isso, Ana! Terceiramente: Seu objetivo foi alcançado com sucesso. Hehe!

instagram.com/revistaits

REALIDADE AUMENTADA

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Com 12 anos de circulação a gente entende do que faz e faz para motivar a educação catarinense, por isso este ano tem novidade! É a Realidade Aumentada, uma super tecnologia e proposta para estreitar laços entre a revista impressa e a tecnologia através da sua escola!

A partir deste ano, quando você encontrar esse símbolo nas páginas da revista its, saiba que você e a sua comunidade escolar contaram com uma experiência sensacional, com conteúdos que saem do papel e passam para áudio e vídeo do que de melhor acontece nas escolas do nosso estado.

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Você também pode participar, enviando vídeos e fotos do que acontece na sua escola através das nossas redes sociais para aparecer por aqui e fazer parte dos conteúdos mensais! Afinal de contas, todo mundo quer saber o que rola no pátio das outras escolas.

Basta baixar o aplicativo “ ddr ric - revista eletrônica” na Play Store ou “ddr ric”, na loja da Apple, posicionar o leitor sobre o código e curtir os conteúdos publicados.

É fácil, é rápido e a gente acredita que você vai curtir! Mande conteúdo para dar visibilidade a projetos e iniciativas que acontecem aí na sua cidade Revista its: é na escola que a gente acontece

CULTURA POP Por Haziel Schneider

2017

EFEITO MISS UNIVERSO O karma (intencional ou não?) do Miss Universo se repete na premiação do Oscar. O prêmio de Filme do Ano, de Moonlight, foi indevidamente anunciado como La La Land. E até tudo voltar ao seu lugar, a internet já caiu em cima.

TOUCHDOWN!

Nossa cantora sertaneja favorita, Lady Gaga, mostrou em doze minutos o porquê de o show do intervalo no Superbowl ser mais aguardado que o próprio jogo e provou mais uma vez seu talento e valor para a música pop, performando os maiores hits de sua carreira que nos fazem dançar desde 2008.

ESQUADRÃO SUICIDA VENCEDOR DE... UM OSCAR?! É isso mesmo. O filme da Harley Quinn, do Esquadrão Suicida, que não agradou nem a crítica e nem aos fãs, tem a mesma quantia de Oscars que o Leo DiCaprio em toda sua carreira. Mas calma: foi em uma categoria técnica, de maquiagem.

50 TONS DE HITS Quem não sai do Top 5 do iTunes é a dupla Zayn & Taylor, com I Don’t Wanna Live Forever, trilha sonora de 50 Tons Mais Escuros.

8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

FALANDO EM GRAMMY... DIVIDE AÊ

O Grammy 2017 teve uma disputa entre duas artistas que a gente ama na categoria principal, álbum do ano. Adele foi a grande vencedora com 25, superando o “Lemonade” da Beyoncé. Mas é como sensata e fã da Queen B, fez um belo discurso e dividiu o prêmio, parecendo até a cena do baile em Mean Girls.

Ed Sheeran resolveu morar no #1 com “Shape Of You”, primeira canção de trabalho de seu novo CD, Divide (÷), que sucede Multiply (x) e Plus (+). Ou o Ed gosta muito de matemática, ou quer deixar a gente igual o gif da Nazaré calculando.

#MILITEI Katy Perry loiríssima e toda engajada no primeiro single. Chained To The Ryhthm marca a volta da cantora que mais vendeu singles na era digital e ainda traz Skip Marley, uma melodia disco oitentista e faz crítica ao governo dos Estados Unidos e o modo de viver dos americanos. THEY WOKE UP, THEY WOKE UP THE LIONS! A cantora já performou no Grammy e lançou um clipe do jeitinho “Katy Perry” que a gente ama. O novo álbum será lançado ainda este ano e, segundo rumores, tem até uma parceria com a perigosa Ariana Grande.

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE Para quem estava com saudade das migas alternativas do rolê, Lorde está de volta fazendo um som meio diferente do que estamos acostumados, porém igualmente maravilhoso. Um pouco mais pop “Green Light” marca o comeback da nossa (ex?) gótica preferida. Sentimental que só ela, Lana Del Rey aparece sorrindo, jovem e apaixonada no clipe de “Love”, uma balada maravilhosa e que soa como trilha sonora de um românce dos anos 70.

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WI-FI Por Lucas Inácio

O CONTROLE ESTÁ NAS MÃOS

Testes já estão sendo realizados para trocar controles por luvas nos jogos de realidade virtual. O dispositivo está sendo desenvolvido por algumas empresas dos Estados Unidos, inclusive com aval de Mark Zuckerberg. O dono do Facebook postou em suas redes sociais um texto com algumas fotos da visita que fez ao laboratório da empresa Oculus, inclusive lançando teias como o Homem Aranha. Pelo jeito, logo faremos magia como o Doutor Estranho ou daremos socos superpoderosos como o Hulk.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

ESPADACHIM NO TOUCH SCREEN

Para quem gosta de jogos que unem missões com luta de espada dentro de um cenário 3D, o jogo Into the Badlands Blade Battle, disponível para Android e iOS, é uma ótima opção. Divertido e intenso, você começa com o personagem Sunny, especialista em espadas, e vai acumulando pontos ao longo das fases para destravar outros personagens com habilidades diferentes e isso será importante para completar o jogo. A história é baseada em um seriado de mesmo nome, mas se você não conhece a série, a diversão é a mesma – até porque eu também não a conhecia. Os comandos são fáceis, os cenários têm boa qualidade e dá para se divertir bastante, mas ATENÇÃO: é para quem tem mais de 16 anos.

REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

VITROLA HIGH TECH Mesmo com desenvolvimento exponencial da tecnologia nas últimas décadas, o número de pessoas que ouvem disco de vinil aumenta a cada ano, tanto que vários artistas estão lançando álbuns também nesse formato. Desde o surgimento do CD nos anos 80, o “bolachão”, como era conhecido, parecia com os dias contados, mas passaram DVD, mp3, iPod, serviços de streaming e o disco continua cotado entre os amantes da música. Por isso, as novas vitrolas unem o toca discos à entrada USB e ao Bluetooth. Além disso, deixa qualquer ambiente mais estiloso. Para os interessados, o aparelho está saindo a partir de R$ 640 em algumas lojas da internet.

CELULAR QUE DOBRA SÓ NO ANO QUE VEM Tudo indicava que os celulares dobráveis estariam entre as principais novidades para o público já em 2017, mas parece que ficou mesmo para o ano que vem. As informações são de que a Samsung (que tem a patente da tecnologia) pode apresentar o aparelho em mostras tecnológicas ao longo do ano, mas só produzirá em larga escala apenas em 2018. Mas há esperança para os fãs de tecnologia, já que as informações ainda não foram confirmadas pela empresa sul-coreana.

FAÇA FOTOS ANIMADAS E CRIE DESENHOS O PicsArt Animation é um aplicativo que está em alta na gringa e começa a ganhar popularidade aqui no Brasil (e não é para menos), porque é muito massa. Você pode fazer desenhos sobre uma foto ou em uma tela em branco (como no Snapchat), mas nesse caso você vai desenhando quadro a quadro, como era feito antigamente. Além disso, dá para incluir trilha sonora ou narração à animação. Dá até para compartilhar em todas as redes sociais em forma de vídeo ou GIFs. É um programa leve, sem anúncios e gratuito. A ferramenta está na mão, agora a criatividade é com vocês.

LIÇÃO DE CASA Por Renata Bomfim

DETERMINAÇÃO X ORGANIZAÇÃO O alerta para o modo estudante.2017 já foi acionado e é hora de se dobrar nos estudos

Parece que o clima de férias já começou a dar saudades, não é mesmo? O alerta para o foco já está mais que acionado e os professores estão em sala de aula passando todos os conteúdos que vão ajudar você nesta maratona que, acredite: tem fim. Mas se a sua determinação não está conseguindo se alinhar com organização, o professor do COC Florianópolis, Adriano Oesterreich, pode ajudar você com cinco dicas valiosas e que podem até, quem sabe, salvar o ano de estudos.

Professor Adriano Oesterreich

TÉCNICAS DE MEMORIZAÇÃO Durante a semana, além de reservar as horas de estudo, busque trabalhar técnicas de memorização, com um estudo mais focado no conteúdo que você sinta mais dificuldades. E se você além de ser vestibulando ainda tem que trabalhar, busque resolver as questões que sente mais dificuldades, intercalando as de nível médio e fácil.

XÔ, PREGUIÇA Se você não trabalha e acaba tendo mais tempo para se dedicar aos estudos, não vacila! Principalmente, se você busca uma vaga numa universidade onde o curso é muito concorrido. Tenha sempre uma rotina para cada atividade e busque aproveitar ao máximo seu tempo. Lembre-se daquela máxima: enquanto você procrastina, a concorrência passa na frente!

NÃO DISPUTE COM O RELÓGIO Que o tempo não para você já sabe, pelo contrário, parece que voa quando você precisa que ele passe bem devagar. Construa a sua rotina de cursinho, trabalho (caso tenha) e as horas de estudo em casa incluindo as paradas para o café, almoço e janta. Feito isso, você planeja a ordem das matérias que vai estudar. O ideal é deixar isso exposto em algum lugar, assim como a sua grade de horários de aula.

REVISAR, REVISAR E REVISAR Já diria Arnaldo: A regra é clara! Ao chegar em casa, revise todo o conteúdo que aprendeu em sala de aula e não esqueça de colocar as matérias em dia nos finais de semana... isso mesmo, final de semana. Quem falou que seria fácil encarar o vestibular, ou passar de ano naquela matéria com maior dificuldade? Para quem encara uma vaguinha na universidade, vale a pena a dica: faça resoluções de provas de diferentes vestibulares para praticar. Exercício nunca é demais, não é mesmo?

Organize as matérias Para você deixar as suas horas de estudo mais agradável, opte por sempre começar pela matéria que tem mais facilidade, para criar o ritmo e depois com as que aumentam o grau de dificuldade. Vale lembrar que para facilitar todo esse processo, é bom sempre escolher lugares limpos, arejados e com boa iluminação. Não esqueça daquela garrafinha de água e o celular em modo avião/em Nárnia. Ou você quer manter os contatinhos até na hora dos estudos? Agora que você já está por dentro de como se organizar, a bola está com você. É hora de se concentrar e mandar muito este ano deixando a preguiça de lado!

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

Escolas BEM VINDOS

Mais um ano de estudo se inicia. Que bom voltar para a sala de aula. Encontrar os amigos, os professores. Aprender mais. Fazer trabalhos em grupo. Estudar para as provas e tirar boas notas. E quando ver é o quarto bimestre e o ano acabou. A vida é assim. Cada um na sua fase, com as suas responsabilidades. E ali na frente um futuro brilhante nos esperando. Vamos com tudo para mais um ano de muito aprendizado. Que assim seja!

INÍCIO DAS AULAS O ponta pé inicial do ano letivo para os mais de 530 mil estudantes da rede estadual de ensino em Santa Catarina foi dado pelo governador Raimundo Colombo e secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, na EEB Dom Jaime de Barros Câmara, no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.

Por Edinéia Rauta edineiarauta@sed.sc.gov.br

VOCÊ SABIA A rede estadual de ensino de Santa Catarina conta com:

1.080 escolas Cerca de 530 mil estudantes 30 mil professores INSCRIÇÕES ABERTAS 1 Alunos dos ensinos fundamental e médio já podem se inscrever na 20ª edição da Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que será realizada no dia 19 de maio. As inscrições vão até o dia 19 de março pelo www.oba.org.br. Os melhores classificados irão representar o Brasil nas Olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2018. Já os participantes irão concorrer a vagas nas Jornadas Espaciais de São José dos Campos, em São Paulo. Os vencedores do ensino médio participarão da Jornada de Foguetes, na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.

INCLUSÃO CULTURAL Que tal sair da escola em um dia de aula para ir ao cinema? Na EEB Baldicero Filomeno, de Florianópolis, é possível por meio do Projeto Pipoca. A 4ª edição permitiu que cerca de 200 alunos, professores e familiares assistissem Moana: uma aventura em alto mar. O Projeto Pipoca é fruto de uma parceria entre a escola com o Instituto Bem Possível e está entre as ações do plano de Gestão da diretora. A iniciativa visa levar estudantes ao cinema e oportunizar o contato com a cultura cinematográfica. Como atividade extracurricular, os professores ao longo da semana abordaram em sala de aula de modo reflexivo a atividade feita e debateram com os estudantes sobre o filme. Uma ótima ideia para ser seguida!

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PROGRAMA DE ESTÁGIO Estudantes do ensino médio e superior que estão na busca pela inclusão no mercado de trabalho e empenhados para colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, já podem se inscrever no programa de estágio Novos Valores 2017. Para concorrer às vagas, o aluno deve ter, no mínimo, 16 anos e a instituição que estuda estar cadastrada na Secretaria de Estado da Educação (SED). Para garantir a inscrição é necessário o aluno ir até a secretaria da escola, fazer a inscrição no programa e aguardar a análise do perfil para as vagas abertas. A carga horária é de 20 horas semanais e o valor da bolsa pode variar entre R$ 380,00 para estudantes do ensino médio, R$ 430,00 para estagiários de educação profissional e R$ 500,00 para alunos de graduação, tendo o auxílio transporte de R$ 5,00 ao dia. Uma bela e enriquecedora oportunidade de ampliar o conhecimento e se inserir no mundo do trabalho.

INSCRIÇÕES ABERTAS 2 As inscrições para a 13ª edição da Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) estão abertas até o dia 31 de março pelo www.obmep.org.br. Podem participar estudantes a partir do sexto ano até o ensino médio. Em 2016, foram 17,8 milhões de inscritos. As provas são divididas em três níveis e são duas fases de competição: a primeira etapa será dia 6 de junho e a segunda 16 de setembro. Serão distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze e menções honrosas. Vale a pena participar!

UMA BOA LEITURA Coisa bem boa pegar um livro para ler! Pois na EEB Cecília Vivan, de Salto Veloso, esta prática é sempre bem-vinda por meio do projeto que visa difundir a cultura da leitura. Com decoração temática, utilizando os mais de cinco mil exemplares de livros disponíveis no acervo da escola e frases alertando o benefício dessa prática, os alunos puderam se familiarizar com os títulos, escolher, reservar seus livros favoritos e agendar as leituras. O projeto é realizado anualmente e durante uma aula por semana os alunos se dedicam aos livros de história. Ao final, uma ficha de leitura é produzida e avaliada pela professora de língua portuguesa e orientadora de leitura Marli Schregele. Curti! Que tal você também mergulhar no mundo mágico da leitura?

APROVADOS O curso preparatório Pró Universidade é destaque novamente pelos índices de aprovação. Oferecido desde 2007 pela Secretaria de Estado da Educação em parceira com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU/UFSC), o curso alcançou 64% de aprovação. Foram contabilizados mais de 1.200 aprovados em vestibulares por todo o Estado (1ª chamada). Entre os vestibulares mais cotados pelos participantes do programa está o da Universidade do Estado de Santa Catarina (UFSC), em que a cada dois alunos do Pró Universidade inscritos no vestibular da UFSC, um foi aprovado. Basta acreditar e estudar que os resultados aparecem!

ESTUDANTES EM BRASÍLIA

Estudantes e professores da EEB Ivo Silveira, de Palhoça, e do Instituto Estadual de Educação, de Florianópolis, estiveram no Palácio do Planalto, em Brasília, juntamente com o Secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, para participar da cerimônia de sanção da lei do Novo Ensino Médio. Na oportunidade visitaram pontos turísticos e fizeram muitos registros fotográficos, inclusive com o ministro da Educação, Mendonça Filho. O passeio valeu mesmo a pena!

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PROFISSÕES Por Renata Bomfim

PROFISSÃO: Pá-pum Com mais de um milhão de seguidores atingidos no canal Depois das Onze em novembro do ano passado, Gabriela Fernandes e Thalita Meneghim, é um dos canais catarinenses de reconhecimento nacional. As meninas apostam em conteúdos para o público adolescente e este ano avançam para os palcos do teatro com uma peça que busca falar da amizade das duas e a produção de vídeos para o canal.

16 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

YOUTUBER

Quando você vê um vídeo pronto na internet, é difícil imaginar todo o processo de construção que passou: discussão do tema, escolha do lugar, boa iluminação, câmeras posicionadas, edição, edição e edição.... até que ufa! foi para o ar. Trabalhar com vídeos é um dos meios que mais vem crescendo e se popularizando, principalmente entre aqueles que buscam ter o seu canal no YouTube. Rafa Dia, 31, diretor geral da Dia Estúdio – rede de contéudo criativo com 40 canais agenciados que atinge, mensalmente, cerca de 70 milhões de visualizações no YouTube –, descobriu o seu gosto pelo audiovisual desde os 15 anos, quando produziu seu primeiro filme levado para o Festival de Cinema de Gramado. “A gente sempre está ligado no novo e no que está acontecendo”, comenta Rafa. “A Dia Estúdio é um pouco disso aí: o que é novo a gente está se metendo.” Com 15 anos de bagagem no mercado audiovisual, Rafa resolveu abrir o seu próprio negócio há cerca de três anos, mas trabalhando só para a internet a cinco, quando criou o canal “Programa de um cara só”. A ideia de ter o espaço da rede mundial de computadores veio quando percebeu que a televisão que comprou não tinha função dentro de casa, já que tudo o que ele via era por meio do laptop. Apaixonado por programas de entrevista, Rafa aposta que para dar certo na internet é preciso fazer aquilo que se tem conhecimento. “Eu sempre fui uma pessoa que assistia muita entrevista. Por isso, eu queria fazer um canal assim, eu também queria fazer os meus questionamentos para os meus entrevistados.” Mas para que o seu canal possa começar a ter rentabilidade e visualizações, Rafa acredita que é preciso alcançar o marco dos cem mil. “A partir do momento que ele já passa dos cem mil assinantes, ele se torna um youtuber relevante e já passa a entrar dentro de propostas e campanhas”, destaca. “O negócio vira de fato ,e pode ser profissão e ter uma equipe, depois do primeiro um milhão de assinantes do canal, porque o fluxo de trabalho é muito maior e as coisas passam a ser muito mais constantes. A média de valor não existe, porque cada youtuber tem o seu valor agregado.” Entre a rede de youtubers que gerencia, a Dia Estúdio conta com o Canal Depois das Onze, apresentado pela Gabriela Fernandes e Thalita Meneghim, além de cuidar do canal do youtuber de Tubarão, Luba.

A R TI N

TÔ

Á A TÔ N

“Meu canal começou sem a pretensão de virar um trabalho, eu deixava meus vídeos da escola por lá para ser mais fácil na hora de apresentar em sala. Anos depois, descobri que estavam se profissionalizando e trabalhando apenas com isso - imagina só, trabalhar com o que eu amo fazer - foi então que comecei a me dedicar e logo meu canal completa três anos! Ainda não trabalho apenas com ele, mas levo com a mesma seriedade e comprometimento! Costumo dizer que é um diário virtual, pois compartilho com minhas amigas - e leitoras - um pouco de tudo que vivo!” MARIANA EMERIM, 25

“Tenho canal no YouTube há quase três anos e viver de vídeos na internet é uma coisa muito louca! Apesar de parecer uma brincadeira por ser divertido e nada formal, dá muito trabalho. Divido a minha rotina entre criação de roteiros, gravação dos vídeos e, por último, a edição. Para criar um vídeo legal, preciso de uma semana de muita produção, mas é incrível! Dá para usar muito a criatividade e testar formatos diferentes de conteúdo, já que a internet permite explorar o novo.” CAMILA VALGAS, 21

QUEM DOMINA O YOUTUBE NO BRASIL Os cinco canais mais visualizados da internet: Whindersson Nunes, mais de 17 milhões de seguidores

Porta dos Fundos, mais de 13 milhões de seguidores

Kéfera, com o canal 5minutos, com mais de 10 milhões de seguidores

Júlio Cocielo, do Canal Canalha, mais de 11 milhões de seguidores

Um bom roteiro para a internet é simples: é aquele que no começo você já sabe exatamente o que vai ser e vai soltando as coisas ao longo do vídeo. Você não pode ter uma introdução muito longa, toda a tua cereja do bolo está num momento só do vídeo, senão as pessoas passam rápido só para ver isso e acabou. RAFA DIAS, 31

Rezende Evil, mais de 10 milhões de seguidores

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DIÁRIO DE BORDO

EEB WALTER FONTANA | CONCÓRDIA Lá em 2013, depois de participar da Conferência Escolar sobre o Meio Ambiente, a EEB Walter Fontana, em Concórdia, resolveu unir forças e começar uma proposta nova na escola: trabalho de conscientização e revitalização dos espaços. O projeto não só deu certo que ainda ganha vida até hoje! Com o apoio da comunidade escolar e parcerias que deram certo ao longo do processo, é possível perceber os resultados tanto no aspecto físico/visual quanto na postura dos alunos em relação aos cuidados com o patrimônio e a diminuição significativa da depredação. De acordo com o diretor da escola, Valmor Luiz Bernart, toda a comunidade escolar reconhece os resultados positivos desse projeto, inclusive dos moradores do bairro. “É gratificante ver o empenho dos profissionais, pais e alunos. Entendemos que patrimônio público, construído pela sociedade ao longo dos anos é parte da nossa história e a conscientização em preservá-lo deve ser baseada no esforço coletivo.”

Eeb Elidia Maria Biezus | Concórdia Larissa Grando Lorenzetti O último ano na escola é marcado por acontecimentos bons e ruins. A formatura, viagens, passeios e as lembranças do tempo que passamos juntos, pois são quatro anos que fazemos parte da mesma turma. Mas por outro lado, tem a despedida de amigos e professores que levaremos para toda vida. Todos os ensinamentos permanecerão conosco. Ano que vem iremos nos separar e cada um seguirá um caminho diferente: rumo aos seus sonhos. 18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

EEB DRUZIANA SARTORI | CHAPECÓ Turma 301 - Ensino médio - matutino Ufa! Quase! Essa é a sensação de toda a turma. Depois de longos anos de escola, estamos quase ali para alçar novos caminhos. Muitos de nós convivemos por anos, laços se formaram e agora temos de alimentar a ideia de que cada um vai seguir por caminhos, profissões e vidas diferentes. Nossa meta em comum acaba aqui, este é o momento de estabelecer e organizar novos objetivos. Somos amigos, colegas, companheiros (depende do ponto de vista e da discussão), mas independente da forma como nos relacionamos, vamos sentir saudades. Saudades dos trabalhos em grupo, das agitações, do intervalo, das conquistas e decepções, dos professores e até mesmo da rotina chata de muitos dias. Entre tantas lembranças que marcaram nosso ensino médio, a mais dolorosa foi o dia em que todos choraram e tudo ficou escuro, até o céu derramava lágrimas de dor: o trágico dia do acidente aéreo com a nossa Chapecoense. A cidade se uniu ao mundo em uma mistura de perda, solidariedade e amor, por uma grande família chamada Chape.

O tempo passa e a dor ameniza, mas seguimos com a certeza de que nossos guerreiros jamais serão esquecidos. Estamos naquele momento em que não vemos a hora de ter 18 anos, terminar o ensino médio, tirar a habilitação, comprar um carro, conseguir um trabalho (que não seja mais de aprendiz), ter dinheiro para balada, passar no vestibular, conquistar o “crush” e o mais importante: não chegar atrasado no Enem. A partir de agora novas portas se abrem repletas de responsabilidades e expectativas. Que venha o futuro! Como vai ser? Não temos muita ideia, apenas a certeza de que vamos em busca dos nossos sonhos.

VOCÊ QUER VER A SUA ESCOLA AQUI NO DIÁRIO DE BORDO? Calma que é bem fácil: basta você contar a história da sua turma e nos mandar junto fotos para que possamos publicar! Você só precisa enviar para a Renata (renata.bomfim@portalits.com.br) ou para a Jéssica (jessica.stierle@portalits.com.br)

CAPA

Fotos: Marcos Campos

Por Lucas Inรกcio

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REVISTA ITS | Ã&#x2030; NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

com a necessidade de uma atenção especial para acolhê-los. A língua, a cultura e até a forma de escrever no caderno (em árabe se escreve da direita para a esquerda) são diferentes da brasileira, mas o esforço dos envolvidos ajuda a diminuir a distância que antes parecia enorme.

Estudantes do projeto “Sementes árabes germinando em língua portuguesa no Brasil”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assumiu o cargo no dia 20 de janeiro de 2017 e, uma semana depois, assinou um decreto proibindo a entrada de imigrantes e refugiados muçulmanos de sete países: Irã, Sudão, Líbia, Somália, Iêmen, Iraque e Síria. Eleito em novembro de 2016 com um discurso agressivo contra os estrangeiros – lembrando que sua proposta mais famosa é a de erguer um muro na fronteira com o México – a atitude do presidente, infelizmente, não surpreendeu, mas trouxe à tona a discussão sobre xenofobia, em que ele é o protagonista. “Isso é triste porque não aceitam a família de minha irmã, o marido dela não consegue emprego, pois não liberam os documentos e eles não podem fazer nada”. A fala, em um português com sotaque carregado, é do sírio Billy Yasin, ao contar a condição atual de sua irmã mais velha, que mora há oito anos nos EUA. Billy tem 20 anos de idade e desde os 16 está longe de seu país. Ele, seus pais e quatro irmãos saíram da capital Damasco devido à guerra. Da sua antiga casa, restou apenas uma parede. A família morou durante dois anos no Líbano antes de decidir vir para o Brasil. Se instalaram no município de Barra

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do Garças (Mato Grosso) e há um ano estão em Florianópolis a convite de outros familiares que já viviam na capital catarinense. “A vida aqui é muito boa, fomos bem-vindos.” A família Yasin faz parte dos 8.950 refugiados de 81 nacionalidades que vivem no Brasil atualmente, de acordo com o Ministério da Justiça. Desses, 2.480 são sírios, a maior comunidade, seguidos por angolanos (cerca de 1.500) e congolenses (cerca de 1.100). Pela lei internacional, qualquer cidadão estrangeiro pode pedir refúgio caso seja alvo de perseguição por motivos de raça, religião, opinião pública, nacionalidade ou violação generalizada de direitos humanos. Nesse caso, a violação é a guerra da Síria, que completou seis anos no dia 15 de março e parece longe de uma resolução. Billy segue sua vida em Florianópolis como estudante do 3º ano da na EEB Lauro Müller. Ele e mais oito sírios estão matriculados na unidade e lá encontraram um lugar de acolhimento e aprendizado a partir do projeto Sementes árabes germinando em Língua Portuguesa do Brasil. A iniciativa das professoras Ed-Fátima Teixeira (língua portuguesa) e Maria Alice Hoss (história) surgiu em 2016

“Eles têm uma postura bem diferente em relação ao ensino, são muito dedicados, valorizam o estudo e sempre nos agradecem, mas na verdade nós é que somos gratas a eles, pois esse projeto trouxe um novo ânimo para continuarmos trabalhando”, conta a professora Ed. Os alunos mais velhos têm mais dificuldades. Eles começaram o ano letivo com atividades separadas dos brasileiros e gradualmente serão inseridos nas turmas. Já os mais jovens se viram muito bem, como Judy, irmã mais nova de Billy. Com 13 anos de idade e frequentando o 6º ano do ensino fundamental, ela já está superentrosada com a escola e as amigas. “No começo me perguntavam muito sobre meu hijab (o véu islâmico), as roupas, o meu país, mas agora a gente fala sobre várias coisas diferentes: música, aula, comida...”, conta a sorridente Judy, com um português quase perfeito. Além disso, ela também nos contou que é fã de One Direction e da cantora Larissa Manoela.

Fotos: Marcos Campos Judy

CONHECER E RESPEITAR Judy quase sempre está alegre, porém, uma coisa que a entristece é lembrar de sua terra natal. Perguntada do que mais sente saudades da Síria, a resposta é curta e cortante: “de tudo”. O sorriso que estava presente some e o olhar se perde. Ela tinha apenas oito anos quando sua família fugiu da guerra em direção ao Líbano e, desde então, não tem notícias de suas amigas ou de sua escola. Uma realidade inimaginável para nós, mas inesquecível para eles. Com a intenção de informar e sensibilizar os alunos da EEB Lauro Müller sobre a situação dos sírios, as professoras promoveram uma atividade no último dia 9 de março com a pesquisadora e trabalhadora humanitária Bruna Kadletz. A resistência inicial dos alunos brasileiros à palestra foi vencida conforme os dados chocantes da guerra da Síria foram sendo apresentados. Em seis anos, são 500 mil mortos, 11 milhões de pessoas desabrigadas e 5 milhões de refugiados. Somando todas as guerras atuais, são 65 milhões de desabrigados e 20 milhões de refugiados. Em Florianópolis, Kadletz coordena projetos de integração social e oferece aulas de português para as mulheres sírias e escreve para uma revista internacional, além de dar palestras em vários países falando sobre as realidades que conheceu na África do Sul, Turquia, Gré-

cia, França, Alemanha, Hungria, Sérvia e Brasil. “No Brasil, a situação não é a ideal, mas dentro de várias realidades que eu vi, não é a pior. Eles chegam e têm direito a trabalhar, estudar, a ter moradia, apesar de não termos programas e uma estrutura para recebê-los, como acontece na Alemanha, onde dão todo o suporte e recebem aula de alemão. Por outro lado, países como a França, Sérvia e Hungria estão se fechando, tanto que estão criminalizando ações humanitárias. Em algumas cidades, se você entregar roupas ou comida, pode acabar preso”, conta a pesquisadora. O trabalho de conscientização realizado na escola é tido como modelo, mas mesmo com esse apoio, casos de preconceito já fizeram parte da unidade. No último ano, N. (preservamos a identidade a pedido da família) foi alvo de xingamentos de alguns colegas de turma que o chamaram de “terrorista”, “homem-bomba”, entre outras coisas. O caso foi resolvido com ajuda das professoras Ed e Maria Alice, mas na época abalou profundamente o aluno, que chegou a ficar três anos longe do pai até se reencontrarem no Brasil. Bruna Kadletz conta que esse é um dos principais desafios para os refugiados em todo o mundo. “Hoje eles são representados na mídia de diversos países

como uma ameaça à segurança nacional, principalmente os que vêm do Oriente Médio, e isso é muito utilizado pelos políticos para fabricar o medo e se elegerem. Eles são sérios, vêm para trabalhar, tanto que a criminalidade entre os refugiados é baixíssima, mas enquanto refugiados forem vistos como problemas, nunca serão vistos como seres humanos.” Com apenas 14 anos, N. estuda e trabalha para ajudar a família. Ele sonha em ser farmacêutico. Chaimaa quer ser jornalista. Seu primo Billy quer trabalhar com tecnologia, e Judy quer ser médica. Ao conhecermos histórias como essas, vemos que, mesmo com todas as diferenças culturais, eles têm sonhos e gostos como nós. Por isso é importante respeitar e acolher bem quem chega ao país, assim mantemos ao máximo o sorrisão da Judy e de tantas outras pessoas que só querem uma chance de recomeçar sua vida.

Bruna Kadletz - palestra sírios

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O Haiti também é aqui No dia 12 de janeiro de 2010, o maior terremoto da história do Haiti deixou o país devastado. Cerca de 200 mil pessoas morreram, 250 mil ficaram feridas e 1,5 milhão perderam suas casas. Com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América, os habitantes do país encontraram no Brasil um dos principais parceiros. Diferente dos sírios, os haitianos não chegam em terras brasileiras na condição de refugiados, já que o re-

fúgio é voltado para as pessoas que deixam seu país por causa de conflitos armados ou perseguição. Para atender as vítimas do terremoto, o governo brasileiro criou o visto humanitário em 2012 e, desde então, cerca de 79 mil haitianos já se registraram no país, de acordo com dados da Polícia Federal. No ano passado, por exemplo, 42 mil haitianos regularizaram sua situação. De todos os registros já realizados no país, cerca de 16 mil foram em

Santa Catarina (21%). Porém, este número não significa que todos ainda vivem no Estado, já que muitos acabam viajando para outros lugares em busca de emprego, a principal motivação para virem ao país. São padeiros, pedreiros, mecânicos, professores, vendedores, cozinheiros, economistas, gerentes... a maioria com uma profissão definida, sem contar a língua. Além de falarem o creole e o francês (línguas oficiais), muitos haitianos também falam inglês e espanhol, devido à proximidade com outros países da América Central. Infelizmente, com a crise econômica brasileira, muitos acabam partindo para outros Estados ou outros países, mas sempre com esperança de fugir da miséria de seu país.

JOVENS EMBAIXADORES Falamos bastante sobre a vinda de pessoas de todo o mundo para Santa Catarina, mas como é quando um dos nossos vai para fora? Essa foi a experiência vivida por Maria Eduarda Gaspar, de Imbituba, no início deste ano. A ex-aluna da EEB João Guimarães Cabral foi uma dos 50 estudantes da rede pública que conheceram os Estados Unidos por meio do programa Jovens Embaixadores. Lucas dos Santos da Silva Cunha, de Navegantes, foi outro catarinense que participou da viagem. Recém-formada no ensino médio, Maria Eduarda é caloura no curso de Relações Internacionais, uma escolha inevitável depois da viagem. Foram

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DANÇA

MIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO PELA

24 dias de viagens e muitas atividades na área de RI. Tudo começou em Brasília, depois o grupo partiu para os EUA, onde conheceram mais quatro cidades, incluindo São Francisco e a capital Washington. Porém, nem tudo foram flores. Ela conta que, ao entrar em uma loja do aeroporto em Miami, foi recebida pelo dono com um “você é brasileira? Estou de olho em você!”. Apesar disso, Maria Eduarda diz que foi o único caso em toda a viagem, mesmo com a recepção dos estrangeiros sendo um assunto em alta, já que a comitiva estava nos EUA durante a posse de Donald Trump. “Os Estados Unidos realmente estavam no ápice de um momento complicado. Senti que as pessoas são muito bem informadas, e o que me deixou impressionada foi a maneira como são pacíficos, mesmo reivindicando seus direitos em manifestações”. Sempre muito empolgada quando fala sobre essa experiência, a futura bacharela em Relações Internacionais ainda explicou como é bom conhecer pessoas de diferentes lugares e abrir ainda mais seus horizontes. “Um mês de viagem pareceu cinco anos, de tanto crescimento que obtive. Aprendi a respeitar mais e ser mais prestativa. Entender a situação do outro, ser empática e não me deixar levar por estereótipos.”

Não é só de imigrantes que nosso Estado é composto. Em uma sala de dança praticamente vazia, ouvíamos o tocar incessante de uma tecla de piano. Aos ouvidos menos treinados, a nota parece a mesma, mas ela muda gradualmente até que o pianista encontre a frequência perfeita daquela onda sonora. Essa é a “música de fundo” que embala boa parte da nossa conversa com Davi Gabriel Franco, bailarino e estudante da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville. Fazer parte de uma das mais renomadas instituições de dança no mundo é o objetivo de muitos bailarinos e bailarinas do país, um sonho que traz a Santa Catarina gente dos quatro cantos. No caso de Davi, esse canto é Belém (PA), que ele deixou há cerca de dois anos para buscar seu objetivo de ser um profissional da dança. De 500 participantes que fizeram a audição em junho de 2014, apenas 12 passaram. Um deles era o adolescente paraense, que viria em definitivo no início do ano seguinte. Davi é um entre tantos brasileiros que vieram de outros Estados morar aqui, um fenômeno frequente nos últimos dez anos e que trouxe milhares de migrantes para terras catarinenses. Ele conta que, desde que chegou, não sentiu preconceito e foi bem acolhido pelos joinvilenses, tanto no Bolshoi quanto na EEB Prof. Germano Timm, onde cursa o 2º ano. “Aqui em Joinville não sofri preconceito pelas pessoas conhecerem o projeto, mas na minha cidade sofri por pensarem que é coisa de menina, que menino que faz isso quer ser menina. Nesse caso, meus pais me deram força, me ensinaram a superar e eu nunca liguei muito para isso.” Durante sua puxada rotina de cinco horas e meia de ensaios por dia, Davi conta com as lições de professoras que vieram de um lugar um pouco mais distante que Belém, mais exatamente da Rússia. Liudmila Siwel’nikova tem 66 anos e, praticamente, atravessou meio mundo para ser professora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. O sotaque ainda é carregado, mas ela consegue se comunicar bem em português, uma situação diferente de quando desembarcou em terras tupiniquins há dez anos sem saber uma palavra do nosso idioma. Mesmo assim, contou com o acolhimento dos brasileiros. “Sempre fui muito respeitada, nunca sofri preconceito. As pessoas brincam com nosso sotaque na rua, perguntam se somos alemãs ou da Polônia. Mas teve uma vez que outra professora russa estava comigo em uma loja e conversávamos em russo quando a vendedora perguntou ‘vocês são argentinas?’”, conta, às gargalhadas. Liudmila é uma entre oito profissionais estrangeiros que trabalham na unidade, sendo sete russos e um ucraniano. Davi é um dos cerca de 250 alunos matriculados na escola vindos de vários Estados e até países da América do Sul. O mosaico cultural é uma realidade na instituição - e era de se esperar, até porque é uma escola russa de uma dança italiana que foi popularizada pela França e está instalada no Brasil. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

SANTA CATARINA O nosso Estado em termos de expansão, pode ser pequeno, mas grande é a nossa diversidade étnica e cultural. Por aqui encontramos sotaques, festas, gastronomia e arquiteturas de diversos locais do mundo, provando que nos tornamos um coração de mãe, onde sempre cabe mais um. *Com colaboração do professor Guilherme “Big” Vieira

ÍNDIOS Os primeiros catarinenses foram, obviamente, os índios, que estão no território há, pelo menos, 5.000 anos, sendo que três grandes tribos habitavam estas terras, de acordo com as regiões: Kaingangs (do Extremo-Oeste à região serrana, incluindo parte do Planalto Norte); Xoklengs (Vale do Itajaí); e Guarani (ocupavam todo o Estado, mas com presença forte no litoral, onde eram chamados de Carijós). De acordo com o censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16 mil índios vivem em Santa Catarina atualmente, sendo que 10 mil estão em terras indígenas

ESLAVOS No fim do século 19, vieram os primeiros habitantes do leste europeu. Os eslavos (poloneses e russos, principalmente) chegaram ao Estado em cidades já constituídas no Vale do Itajaí e no Sul, mas foi no Planalto Norte, próximo ao Paraná, onde mais se concentraram em municípios como Mafra, Rio Negrinho, Canoinhas, Porto União e Itaiópolis, entre outros.

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CORAÇÃO DE MÃE

PORTUGUESES Os primeiros portugueses chegaram ao Estado no século 16, mas povoaram o litoral catarinense apenas em meados do século 17 em locais que hoje são Florianópolis, São Francisco do Sul e Laguna. Cem anos mais tarde, portugueses das ilhas dos Açores e da Madeira habitaram massivamente nosso litoral, influenciando diretamente na nossa cultura.

GAÚCHOS Coube aos gaúchos descendentes de italianos, alemães e poloneses povoarem de vez o Oeste catarinense no início do século 20. A Serra ainda era uma barreira para a população litorânea, e só a partir do surgimento das novas cidades é que luso-brasileiros rumaram para a região. Descendentes de africanos também fizeram parte da colonização local e, claro, os índios que lá estavam há milhares de anos.

AFRICANOS Também foi no século 16 que os primeiros africanos e afrodescendentes vieram para Santa Catarina, trazidos à força pelos portugueses, com aumento significativo da população no fim do século 18. Paralelamente, na Serra Catarinense os escravos também eram utilizados pelos tropeiros. A população era trazida pelo tráfico de várias regiões da África, que ainda não era dividida em países, mas hoje são Angola, Guiné, Costa do Marfim, Serra Leoa, Congo, Gabão e Moçambique (o único desses países localizados na costa leste do continente).

ÁRABES Os primeiros árabes chegaram ao Sudeste brasileiro no fim do século 19, por conta do domínio do império Turco-Otomano. De nacionalidade sírio-libanesa, principalmente, as décadas seguintes à chegada foram de movimentação pelo país com muitas famílias vindo para diversas regiões de Santa Catarina.

PAULISTAS Em meados do século 18, os “caminhos de gado” trilhados por paulistas deram origem a pousos sobre o planalto que se tornaram povoações e cidades, como Lages, São Joaquim e Mafra.

JAPONESES Após a Segunda Guerra Mundial, na metade do século 20 os japoneses também vieram ao Estado e se instalaram na região central, em Frei Rogério (uma das maiores colônias do Sul do Brasil), Caçador e São Joaquim.

ALEMÃES Na primeira metade do século 19, foi a vez dos alemães povoarem Santa Catarina. Vale destacar que a Alemanha ainda não era um país e seu território ainda era dividido em 39 estados que formavam a Confederação Germânica (a unificação ocorreu só em 1871). Ao chegarem em 1828, fundaram São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. Em 1850, foram fundadas as cidades de Blumenau, Joinville e outros povoados no Vale do Itajaí. Dez anos mais tarde, foi a vez de Brusque.

BRASILEIROS Já no século 21, o censo de 2010 do IBGE apontou novas ondas migratórias em Santa Catarina, a começar por gaúchos e paranaenses. Entre 2000 e 2010, eles totalizaram 67% dos novos habitantes, sendo mais de 210 mil do Paraná e outros 165 mil do Rio Grande do Sul. A migração paulista e nordestina também foi destaque no período. De São Paulo, vieram cerca de 68 mil pessoas. Já dos nove Estados do Nordeste foram aproximadamente 60 mil.

ITALIANOS Os italianos vieram um pouco mais tarde, no século 19, para Santa Catarina, também em processo de unificação em sua terra natal. Em 1829, chegaram os primeiros imigrantes na região de Tijucas, mas só em 1875 vieram em grande número para formar diversos povoados no Vale do Itajaí. Até o fim daquele século, novos imigrantes fundaram cidades no Sul do Estado, como Urussanga, Nova Veneza e São Ludgero, e povoaram outras existentes, como Tubarão e Criciúma.

DÉCADA ATUAL Na década atual, Santa Catarina recebeu vários imigrantes vindos de países com conflitos internos na África (senegaleses e ganeses) e no Oriente Médio (sírios), ou buscando sair da miséria (haitianos). Os números são imprecisos e variam de acordo com a fonte, mas estima-se que mais de 40 mil novos imigrantes vieram para SC nos últimos anos, embora muitos já tenham deixado o Estado devido à crise econômica.

SANTA CATARINA: COLONIZAÇÃO TERRITÓRIO HISTÓRICO DOS POVOS INDÍGENAS

GUARANI - Terra Indigena M’Biguaçu KAINGÁNG - Terra Indigena Xapecó XOKLENG / LAKLÂNO Terra Indigena Laklâno

Alemã Alemã e outros Italiana e Alemã It, Alemã e outros Italiana Italiana e outros Eslava, It e Alemã Eslava e Outros

Portuguesa Port e outros It, Port e outros Russa, Ale e outros Francesa e outros Belga Austríaca

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ITS RETRÔ

its

retrÔ

A ERA DO STREAMING

Meus amigos, nesses mais de 12 anos de Revista its, muito assunto já foi publicado! E como diz o ditado: recordar é viver, não é mesmo?!

2005

Se em 2005 iPod era a sensação do momento por suportar em uma finura de aparelho mais de dez mil músicas, o que dizer de um Spotfy? Jamais se imaginaria a probabilidade de termos smartphones - ainda mais com essa funcionalidade - que nos deixa escutar o que quiser, na hora que quiser, tudo, claro, sem precisar se dar ao trabalho de baixar.

PARA A NOOOOOSSA ALEGRIA

5MINUTOS DEPOIS...

ONDE ESTÃO OS MONSTRINHOS, GAGA?

2012

Gaga, miga! Há 5 anos estamos nessa Perfect Illusion. Gaga tem lacrado em suas últimas apresentações e é presença confirmada no Festival de Música Rock in Rio ainda este ano. Não temos baby monster, mas temos Gaga no Brasil, irmãos. 28

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2012

Por onde anda essa família, Brasil?! Para a nooooooooosa alegria, um dos vídeos mais engraçados de 2012, fez muita galera rolar de rir com essa pérola da internet gravada em casa por esse trio. Vale a pena procurar na internet e rever, é muito engraçado. PS: dizem que eles estão cantando melhor. Confirma isso, produção?!

2013

A maior youtuber que você respeita, em 2013, comemorava os mais de 1 milhão de seguidores no canal 5minutos no YouTube. Acontece que quatro anos depois, ela já bateu a marca dos dez milhões de inscritos com o mesmo carisma de quando começou a se lançar no mundo da web. Miga, ensina a gente como fazer isso, por favor.

/GRUPORICSC

ITSPORTS Por Lucas Inácio

ItspOrts

No primeiro Itsports deste ano, vamos falar sobre atletas que podem se destacar em 2017. Numa região com tantos talentos no esporte como Santa Catarina, foi bem difícil escolher quem está nessa lista e, inevitavelmente, muita gente boa ficou de fora. Mas vale destacar que, só em novembro do ano passado, 47 medalhas foram conquistadas nos Jogos Escolares da Juventude para alunos entre 15 a 17 anos, uma competição com delegações de todo o país e organizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Por isso, vale lembrar que os destaques não desrespeita os atletas não selecionados, mas uma forma de representar todos aqueles que fazem do nosso estado uma força no esporte de base. Que 2017 seja de muitas conquistas para todos!

VÔLEI TIPO EXPORTAÇÃO O voleibol de Santa Catarina é um dos mais tradicionais do país e muito dessa força está na revelação de talentos nas categorias de base. Com isso, muitos clubes de tradição de centros maiores estão de olho nos nossos campeonatos e muitos atletas acabam saindo do estado bem cedo, como o caso de duas jogadoras que contaremos agora. A primeira é Daniela Cechetto de apenas 16 anos. Formada na EEB Francisco Mazzola, de Nova Trento. Daniela foi para o município de Santo André (SP) onde jogará pelo Sesi. Ela fez parte do elenco que conquistou o Sul-Americano sub-18, no Peru, em 2016, e neste ano quer continuar na seleção em busca de um título ainda maior. “Minha perspectiva para 2017 é fazer uma ótima temporada aqui, conquistar o título do paulista e ser convocada de novo para poder defender o Brasil no mundial sub-18 na Argentina.” Outro destaque foi Caroline Moreira, também de 16 anos e agora ponteira do time de Taubaté (também no estado de São Paulo). A ponteira dona de um ataque forte ganhou tudo em 2016 com o time do Colégio Amplo, de Brusque: Jogos Escolares de Santa Catarina, Jogos Escolares da Juventude e a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), no final do ano. O último título foi acompanhado de muito choro, já que era a despedida da atleta depois de três anos com o grupo. “Difícil a despedida, mas elas vão tentar superar isso e vão vencer tudo no ano que vem de novo, mas com certeza vou levar muita lembrança boa e das zoeiras também”, destaca a menina.

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ALERTA: guardem bem esses nomes, pois quando elas fizerem sucesso vocês vão se lembrar que um dia leram sobre a Dani e a Carol aqui na Its.

RAFAELA IARVOSKI (15 anos, salto em distância) Não é sempre que dá para falar de carreira meteórica, mas no caso de Rafaela Iavorski podemos usar a expressão tranquilamente. A atleta do salto em distância tem apenas 15 anos de idade e compete apenas há dois, mas já foi campeã escolar catarinense sub-14, em 2015, e sub-17, em 2016. Atualmente ela é a 5ª colocada do ranking nacional sub-18, mesmo disputando com atletas muito mais velhas. A joinvilense estudante da EEB Plácido Olímpio de Oliveira está treinando desde janeiro e tem tudo para alcançar feitos ainda maiores neste ano. “Estou empenhada e focada em meus objetivos, treinando bastante, pois pretendo participar dos mundiais que haverá este ano e trazer bons resultados.”

LUCAS PACHECO (16 anos, salto em altura) Extrovertido, engraçado e, acima de tudo, talentoso. Lucas Pacheco é um nome que pode chegar ainda mais longe em 2017, mas vai ser difícil superar os feitos do ano passado. O atleta do salto em altura foi campeão escolar brasileiro sub-17, da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e vice dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, competição com atletas de até 19 anos. Mas vale registrar que ele conquistou tudo isso com apenas 16 anos. Agora experiente e mais próximo do seu ápice físico, o atleta da escola EEB Prof. Júlio Scheidemantel, em Timbó, tem tudo para chegar ainda mais longe na modalidade.

COLÉGIO INDUSTRIAL DE LAGES (HANDEBOL MASCULINO) Nos esportes coletivos tem muito time bom em várias modalidades, mas como não dá para citar todos, nossa escolha veio da Serra Catarinense. O time de handebol masculino de Lages tem tudo para fazer bonito em 2017. A base da equipe estuda no Colégio Industrial do município e fizeram bonito em uma categoria marcada pelo equilíbrio. A maioria dos atletas tem menos de 16 anos e, mesmo assim, o time foi campeão dos Jogos Escolares de Santa Catarina (15 a 17 anos) e bronze na Olesc (sub-16). O elenco é quase todo formado por lageanos, o que valoriza ainda mais o trabalho desenvolvido no município e garante um time unido, entrosado e bom de bola.

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POPCORN

POR QUE O NOVO FILME DO

Wolverine tem um clima de faroeste moderno?

Estreou em março Logan, o terceiro filme do Wolverine e o nono filme do universo X-Men nos cinemas (décimo se você contar com Deadpool). Criado na década de 1970 por Len Wein e John Romita, o mutante que tem o poder de se regenerar de qualquer ferimento ficou mais famoso mesmo pelas garras de adamantium, o metal mais forte do universo Marvel.

Em Hollywood, ele estreou no ano 2000, com o professor X, Vampira, Jean Grey, Tempestade e outros mutantes no filme que mudou para sempre o cinema de heróis. O sucesso foi tanto que X-Men é conhecido por ser o primeiro filme da onda de adaptações de histórias em quadrinhos que dominou os blockbusters nos últimos anos. Só em 2017, seis filmes do tipo chega-

rão ao cinema. Logan é o primeiro deles. Mas quem viu o trailer percebe que o filme parece ter um clima diferente dos outros. O trailer dá a noção não só de ser mais violento e mais dramático. As cores parecem ter algo especial, a expressão dos atores, a música. A impressão é de que ele é mais semelhante a um faroeste moderno do que

Por Vincent Sesering

aos outros filmes dos X-Men. Isso não é por acaso. O diretor James Mangold já afirmou em diversas entrevistas que as suas influências cinematográficas vêm desde o cinema japonês até diversos filmes de western nas décadas de 1950 e 1960. Como ele fez pra trazer esse clima diferenciado? Por meio de um negócio chamado estética cinematográfica. Estamos acostumados a só percebermos o trabalho do roteirista e dos atores, talvez do diretor de vez em quando, mas o cinema é uma forma de arte coletiva. O roteirista escreve; o diretor de fotografia escolhe as câmeras, os ângulos e a iluminação das cenas; o figurinista escolhe as roupas e o cabelo; o maquiador a maquiagem; o designer de produção os cenários, objetos e toda a parte visual que não são os atores; o designer de som edita e mixa os efeitos sonoros e o montador define a ordem de cada tomada com base no roteiro. Tudo pra contar a mesma história E o diretor é o maestro que faz tudo isso funcionar. Quando o cineasta tem liberdade para isso, trabalha com todos esses profissionais em busca de um clima específico. O resultado pode ser mais próximo da ação, do drama, da comédia e até do romance. Logan é um bom exemplo de como a estética pode ser diversificada dentro de um tipo de filme. Então, na próxima vez que você for ver um filme de super-herói, se pergunte: mas é um filme de super-heróis de que gênero?

DIFERENTÕES

Logan não é o primeiro a explorar uma estética diferente dentro do padrão de super-heróis. Existem alguns exemplos interessantes que brincaram com esse tipo.

O Cavaleiro das Trevas (2008) Continuação de Batman Begins, que havia reiniciado os filmes do homem-morcego no cinema, O Cavaleiro das Trevas segue a história mas expande o conceito do filme de herói. O diretor e roteirista Christopher Nolan optou por contar uma história sobre máfia, política e corrupção. A estética se inspira muito em filmes noir - um subgênero da era de ouro do cinema que contava histórias da perspectiva de personagens que não são nem bons nem completamente maus, mas algo entre os dois, o que se reflete principalmente na fotografia. E o Coringa do filme é considerado um dos maiores vilões da história do cinema, porque é construído como um terrorista e tem objetivos muito mais complexos que derrotar o herói.

Deadpool (2016)

Corpo Fechado (2000)

Uma das grandes surpresas do ano passado, Deadpool adapta o mercenário e anti-herói da Marvel ao cinema mas com uma pegada completamente diferenciada. O filme é mais violento que a maioria das adaptações da Marvel e é uma comédia escrachada sobre a origem do personagem. Mas o que mais chama a atenção mesmo é a quebra da quarta parede, ou seja, o fato do protagonista falar com os espectadores ao longo da história. Ele, literalmente, olha para câmera o tempo todo e faz diversas piadas metalinguísticas. Deadpool foi um dos indicados a melhor comédia no Globo de Ouro 2017.

Se Logan, Deadpool e Cavaleiro das Trevas falam de heróis de maneira a se distanciar de outras adaptações, Corpo Fechado brinca com a mitologia das histórias em quadrinhos, mesmo não sendo baseado em uma. A partir de uma história de drama de um sobrevivente de um acidente de trem, o diretor M. Night Shyamalan faz um estudo do que é ser um herói e do que é ser um vilão a partir do relacionamento dos personagens de Bruce Willis e Samuel L. Jackson.

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PAPO DE LEITOR Por Mateus Pereira Silveira

QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO W. BRUCE CAMERON

COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ – JOJO MOYES

OS SUPERHERÓIS

DE VOLTA NAS LIVRARIAS Assim como nos cinemas, os super-herois voltam a garantir espaço nas livrarias. Além das clássicas HQ’s, os personagens da Marvel também tiveram suas aventuras adaptadas para os livros, o que sem dúvida abrange um maior número de leitores. Um desses exemplos é “Guerra Civil”, escrito por Stuart Moore. Como na história original, uma missão envolvendo o grupo dos “Novos Guerreiros”, jovem aspirante a heróis acaba em uma grande de uma tragédia resultando na morte de centenas de estudantes. A partir disso, o governo americano decide pelo controle das ações dos heróis, atitude que divide os tradicionais personagens entre apoiadores da medida, liderados pelo Homem de Ferro, e por aqueles que enxergam a propostas como um perigo para a liberdade, como o Capitão América. Entre os aspectos que diferenciam livro e filme, estão as estratégias dos grupos, e as identidades que antes eram secretas, passam a ser reveladas, o que é um perigo quando se trata de combater o crime. E os heróis se deparam com uma crise de ideias, mostram uma outra faceta de suas personalidades, o que oferece um maior drama, porém também mais suspense e aventura. Decisão Acertada O autor do livro, Stuart Moore possui longo convívio com o universo dos quadrinhos, e conseguiu com êxitos transformar os traços da história original em um texto que envolve o leitor com facilidade. Aliás, a ideia de transformar a narrativa das HQ’s para a prosa é perfeita. Afinal, com um novo formato, aquela galera que já curtia os heróis, mas não era acostumada com o estilo das graphic novels (como eu), pode conhecer as principais histórias desse universo e até se arriscar a ler os tradicionais quadrinhos. O bom é que a parceria da Marvel com a Editora Novo Século oferece títulos variados, como “Homem Aranha – Entre Trovões” e “X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido”, o que garante boas aventuras para todos os fãs!

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWELL

O LAR DA SRTA PEREGRINE PARA CRIANÇAS PECULIARES RANSOM RIGGS

O DIÁRIO DE ANNE FRANK - MIRJAM PRESSLER / OTTO H FRANK

A HISTÓRIA DO MUNDO PARA QUEM TEM PRESSA EMMA MARRIOT

HARRY POTTER E A CRIANÇA AMALDIÇOADA J K ROWLING

AUTHENTICGAMES - A BATALHA DA TORRE DIÁRIO DE UM BANANA 11 JEFF KINNEY

ISOLADOS - O ENGIMA - BIBI TATTO *A seleção dos top dez contou com o apoio das Livrarias Catarinense

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Fotos: Edu Moraes R7.COM/LEGENDARIOS

*Horário de Brasília.

O LEGENDÁRIOS MUDOU. CALMA, É SÓ DE DIA E HORÁRIO. Apresentação: Marcos Mion

toda sexta,

22H*

às

ESCOLA ABERTA

ALIMENTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

UM GRANDE DESAFIO Como está a minha alimentação? Será que estou comendo demais? Será que me alimento direito? Não ligo para a balança, mas qual perigo para a minha saúde comer hambúrguer, salgadinho e doces demais?

Essas e muitas outras dúvidas estão na cabeça dos jovens hoje em dia. Sabemos que a alimentação é uma necessidade básica de todo ser humano e para que se consiga suprir as necessidades nutricionais que o organismo precisa para ter saúde, ela deve ser correta e equilibrada, proporcionando prazer e satisfação. Mas como fazer isso? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os adolescentes, de 10 a 19 anos, estão em profundas transformações físicas, morfológicas, psicológicas e sociais. Segundo a nutricionista da Secretaria de Estado da Educação, Ane

Silvia Brandini, estas transformações interferem diretamente no comportamento alimentar por meio de diferentes fatores: a influência do círculo de amigos e da mídia, preocupação com a aparência, pouco conhecimento do valor nutricional dos alimentos, horário irregular das refeições, consumo frequente de lanches, dietas “da moda e transtornos alimentares. “Estes fatores merecem atenção, pois expõem os adolescentes a comportamentos de risco, como alimentação inadequada, prejudicando a saúde e elevando ao sedentarismo. Os hábitos alimentares dos adolescentes são caracterizados pelo consumo de

alimentos ricos em gordura, açúcar, sódio e alimentos de alta densidade energética, como lanches do tipo fast-food, biscoitos recheados, salgadinhos, balas e chicletes, refrigerantes e bebidas adoçadas”, explica. Além disso, há um baixo consumo de fibras e grãos integrais, frutas, verduras, legumes e leite. Também é frequente a substituição das refeições tradicionais como o almoço e o jantar por lanches.” Devido a má alimentação, os adolescentes podem apresentar deficiências nutricionais, como falta de cálcio, ferro, fibras e das vitaminas A, C e E, o que atrapalha o desempenho na escola.

Fonte de pesquisa: livro Nutrição da Gestação ao Envelhecimento, Márcia Regina Vitolo.

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Por Edinéia Rauta edineiarauta@sed.sc.gov.br

CÁLCIO

FERRO

Devido ao acelerado desenvolvimento muscular, esquelético e endócrino, a necessidade de cálcio é maior durante este período da vida. Atividade física também é importante no desenvolvimento do esqueleto, mas falta de cálcio diminui o desempenho nos esportes e facilita as fraturas. Para melhorar isso é necessário consumir diariamente dois copos de leite ou dois potes de iogurte ou um copo de leite + 30g de queijo ou um copo de leite + um copo de iogurte.

Na adolescência, a necessidade de ferro aumenta para ambos os sexos devido ao crescimento da massa muscular e o volume sanguíneo. O ferro também é fundamental para o rendimento escolar e de trabalho e no combate ao cansaço. A falta de ferro leva a anemia e as meninas têm maior risco, pois apresentam perda de ferro na menstruação. É importante consumir diariamente 200 g de carne vermelha ou branca. O consumo de vitamina C também auxilia na absorção do ferro.

Reflete na visão, atua na secreção do hormônio de crescimento e dos hormônios sexuais. Por isso, a ingestão de vitamina A durante esta fase irá garantir o crescimento dentro dos padrões genéticos esperados e a adequada liberação hormonal dos órgãos sexuais. Nas meninas a vitamina A melhora a beleza dos cabelos e da pele. Recomenda-se uma porção de alimentos como mamão, cenoura, abóbora e folhosos verdes pelo menos três vezes por semana.

Também é primordial na adolescência porque atua na prevenção e no tratamento da obesidade, redução do colesterol sanguíneo, regulação da glicemia após as refeições e diminui o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Alimentos fontes de fibra são: frutas, verduras e legumes.

VITAMINA A

FIBRA ALIMENTAR

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA ADOLESCENTES:

· Consumir diariamente alimentos como: cereais integrais, feijões, frutas, legumes e verduras, leite e derivados e carnes magras, aves ou peixes. · Diminuir o consumo de frituras e alimentos que contenham elevada quantidade de açúcares, gorduras e sal. · Não consumir mais que uma porção de açúcares e doces por dia. (= uma colher de sopa de doces) · Fazer pelo menos três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas por pequenos lanches.

Na rede pública estadual, as crianças e os adolescentes das escolas recebem atenção especial. Ao realizar a refeição, o estudante encontra uma variedade de alimentos selecionados e preparados para possibilitar tanto a satisfação das suas necessidades nutricionais do período, quanto para permitir exercer seu direito de escolha. E ainda, quem toma café da manhã tende a prestar mais atenção nas aulas e, consequentemente, apresentam melhor rendimento escolar. Uma refeição saudável deve conter alimentos variados adequados a cada fase da vida. A resistência a muitos alimentos, entre eles as frutas e hortaliças, pode levar o adolescente a diferentes problemas de saúde. E aí, se convenceu da importância de uma alimentação saudável?

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GALERIAS

Momentos de descontração

Gestora com aluna Carol

Turma do Trilíngue Inovação

Fotos: Lucas Daga dos Santos

Momento Divino

CHAPECÓ

COLÉGIO TRILÍNGUE INOVAÇÃO Zumba

Time Trilíngue Inovação

40 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Zumba

Bruna, Giorgia, Débora e Maria Luiza

Gestora com alunos Milena, Giovane, Ana Laura e Estela

Igor, Diogo e João Artur

Gincana

Momentos de descontração

Gestora com alunos Vin

ícius e Maria Eduarda REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

GALERIAS

Giovana

lli

e Gabrie

Glenda, Tainara e Maria lia

e Ju

Fotos: Promotores Eventos

ly Kel

BLUMENAU

EEB ELZA PACHECO Maria, Leticia, Bianca e Eduarda

Turma do 2ยบ ano

REVISTA ITS | ร NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Jennifer e Jessica

Jully e Jennife

Fotos: Promotores Eventos

Terceirão

BLUMENAU

Natália G, Amanda, Natália C, Camila, Bianca e Thais

Maria Eduarda e Aline

Leonardo, Bruno e Evelyn

EEB PADRE JOSÉ MAURÍCIO

Kauane, Felipe, Karina, Pamela, Alan, Joel, Sidimar, Juliana, Henrique e Gean

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GALERIAS

Emily

Stéfany e Marrhay

Fotos: Estudio BEND

Larissa e Eliara

ITAJAÍ

EEB VICTOR MEIRELLES Karolina, Marcela e Cristiane

Mathias, Marcos, Ariana, Narlan, Franciele, Quesia, Liann, Claiton, Camila, Amanda, Kauany, Fernanda e Claryce

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Diogo, Suellen e Camila

Bianca, Thallia, Gabrielle, Ana , Jenifer.

Marcela, Virginia e Eliana

Karla Eduarda e Danillo Rangel

Gabriel, Juan e Gabriela

Bruna Francini e Ana Claudia

Daniela, Igor, Gustavo e Natalia

Esther, Selen e Isabella

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GALERIAS

Rhayssa e Pamela

Luiza, Aline e Iris

Yuri, Juan, Juan Carlos e Lawan

Polyana, Sara e Larissa

Fotos: DM Fotografias

Amanda,Alanis,Bianca e Gabriela

FLORIANÓPOLIS

EEB PADRE ANCHIETA Marcio

Turma do 8º ano C

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Maiara

Marley e Isadora

Fotos: DM Fotografias

Sabrinna, Laryssa, Maria Vitoria, Diego, Shai e Marcelo

FLORIANÓPOLIS

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Brendha, Ailton, Emanuele e Isabela

Lais, Fernanda, Etiane e Cindy

Pedro, João e Guilherme

Sabrinn

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Sara Helena e Isabela

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GALERIAS

Maria Eduarda, Celine, Renata e Leticia

Coord. Angelita, Larissa, Willian e Elizangela

Fotos: Danielle Labandera

Sidineia, Suzana, Jaqueline, Michele e Simone

JOINVILLE

EEB JORGE LACERDA Thais, Ana Paula, Viviane e Rafaela

Ivanilde, Tainara, Elaine, Simone e Jessica

Rafaela, Leticia e Larissa

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Arine, Hemilli, Vaness

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Pamela, Coord. Angelita, Savio,Thainara, Ana Clara e Rafaela

Emillyn, Aline, Sarah, Larissa e Poliana

Wendel, Matheus, Gabriel, Lucas, Daniel e Davi

Marcos, Mauri, Bruno, Fabricio e Willian

Vinicius, Everton e Matheus

Turma Magistério Noturno 3-2

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GALERIAS

FLORIANÓPOLIS

GEREDS SC

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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza

RELACIONAMENTO ESCOLAR Ele era baixo, com uma barriguinha saliente, usava óculos de aros pretos e tinha cabelos ondulados escuros com um topete na frente ajeitado com gel. Possuía pés pequenos e calçava sapatos brilhantes, enquanto nós todos ainda usávamos all star. Como se não bastasse, todo dia aparecia com uma história nova para contar e um sorriso torto que me deixava estonteada, pois possuía o que qualquer um da escola gostaria de ter: uma biblioteca particular em casa. Eu aguardava ansiosamente a hora da leitura, ele sempre começava com uma piada e terminava com uma lição surpreendente. Era impossível não fechar os olhos para imaginar melhor a cena e no fim rir de contentamento. Eu me deliciava com sua voz macia, como se fosse aquele moletom de soft de usar em casa. Ele era a minha novidade, meu anseio e a minha salvação do tédio de cada dia. Os finais de semana eram terríveis, porque sem sua presença minhas histórias não tinham o mesmo tempero. Até que chegou o meu aniversário e há quase um ano eu planejava nossa conversa, mas não tinha coragem de tomar uma atitude. O que uma menina desastrada, tímida e achatada poderia oferecer? Mas naquele dia eu poderia dar-lhe um pedaço de bolo e, no mais, todos da sala compareceriam a festa. No final da aula, respirei profundamente e convidei-

-o para ir à minha casa, às 17 horas, para o singelo cafezinho. E ele aceitou. Quase no horário do evento, meu coração não parava de saltitar e não conseguia me concentrar nos guardanapos que colocava na mesa. Recebi vários beijos estalados na bochecha, cartões coloridos dos colegas e, além disso, ele foi! Quando me abraçou pude sentir o cheiro de colônia barata e sanduíche de atum e, com surpresa, recebi de presente a coleção de livros da Agatha Christie. Depois daquele dia nossa história mudou, eu não o amava apenas platonicamente, desenvolvi um namoro sustentado por breves conversas depois das aulas. Na manhã seguinte devorei o primeiro livro e já era perita em desvendar enigmas, praticamente uma detetive particular de primeira. Logo depois da aula fui correndo comentar o que achei da história e como eu suspeitava da viúva, do jardineiro e do policial. Ele sorriu e disse para mim: “Tenho muito orgulho de você, Priscila”. Entendem? Significou mais do que um eu te amo: “orgulho de você”. Era praticamente um pedido de namoro! Nossas conversas eram diárias e sustentadas pela leitura dos livros que ele me deu. Eu não era mais a mesma. Quando iniciei o último livro da coleção presumi que assim que o finalizasse não teria mais assunto para debater com ele. Ah! Como demorei a lê-lo. Era um

livro grosso, com páginas amareladas e capa dura. Cada dia eu comentava uma cena do livro para puxar conversa e ele me ouvia atentamente com olhos esbugalhados de jabuticaba. Eu chegava em casa e fingia não encontrar o livro, lia um parágrafo e parava, cheirava-o e o escondia de novo. Criava as mais falsas dificuldades para não acabar de ler. No fundo, eu sabia que era uma questão de relacionamento. Às vezes dormia abraçada com o livro imaginando ser o meu namorado. Decorava-o com desenhos de corações e lia em voz alta como se fosse gaga. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Até o dia que ele desconfiou da minha real intenção e começou a dar desculpas para não conversarmos mais depois das aulas. Seus passos agora eram apressados, as histórias breves e as piadas esporádicas. Eu entendia perfeitamente seus gestos, mas meu amor só aumentava a cada dia. Não me importava que ele não conversasse comigo frequentemente, ou não olhasse mais diretamente para mim. Eu me contentava somente em apreciá-lo e ouvir seu chamar matinal: Priscila Andreza de Souza? Eu sempre respondia com um sorriso no canto dos lábios e uma piscadinha rápida: presente. E lia atentamente a dedicatória (ou uma promessa, por que não?) nos livros recebidos: Com amor, seu professor Cleber.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

Endereรงo da loja, Piso XX, Loja XX