EDIÇÃO 152
DIA DO PROFESSOR
PARABÉNS, MESTRES
DE OLHO NO ENEM
Santa Catarina Edição 152 2018 - R$9,50
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conteúdo 18 | DIA DO PROFESSOR
22 | CAPA
Quando eles estão à frente de uma sala de aula, até parece que já cresceram ali, com os conhecimentos e com o dom de ensinar. Mas eles, assim como você, que é estudante, também já foram alunos um dia e, certamente, devem ter professores que os inspiraram em escolher a educação como profissão.
O despertador do celular toca avisando que é hora de ir começar mais um dia. Ao se arrumar, a dura escolha de qual combinação de calça e tênis fica melhor com a camiseta da escola. Sai de casa na pressa para não perder o ônibus e deixa para comer na lanchonete que fica na frente da escola, já aproveita que comprou a coxinha e pega umas balas com o troco para ir comendo na aula.
30 | DE OLHO NO ENEM
34 | POPCORN
Amargurado e sofrido vestibulando, você que se prepara para os vestibulares do fim do ano, em especial para o ENEM. A redação é peça fundamental para a aprovação. E pode ser, sim, seu diferencial. Os vestibulandos de Medicina (aquelas criaturas que só estudam, que têm olhos fundos, sonolência e profundo estresse) devem ser ao máximo competitivos. Isso quer dizer que precisam de mais de 900 pontos na redação Enem.
Sabe aquele filme com um tom meio macabro em que um grupo de jovens com os hormônios à flor da pele começa a ser caçado e morto por um psicopata mascarado? Um a um, eles vão sendo eliminados e cabe à garota mais inteligente enfrentar o vilão para salvar a própria vida? Quem é fã de cinema de terror deve ter pensado em pelo menos dois ou três exemplos, mas o filme homenageado nesta coluna especial é aquele que começou tudo isso: Halloween, de John Carpenter.
4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli
EDITORIAL
Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ricsc.com.br
Salve, galera its!
Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br
RENATA BOMFIM
Quando eu estava na escola, educação financeira não era conteúdo de sala de aula. Eu até acredito que um professor ou outro até deve ter comentado sobre esse tema, mas de uma forma mais discreta. Lidar com esse assunto, dentro da minha realidade, nunca foi difícil: eu sempre penso duas, três e, se preciso for, quatro vezes antes de comprar algo. Confesso que até na hora em que eu vou comprar, ainda vem aquela perguntinha na mente: eu realmente preciso disso? Mas a gente sabe que nem todo mundo tem essa consciência. Prova disso foi a última pesquisa divulgada pelo SPC Brasil: cerca de 4.8 milhões de jovens, entre 18 e 24 anos, estão no grupo de consumidores inadimplentes, ou seja, já estão com o nome registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). É uma realidade que faz parte do nosso dia a dia e, por isso, achamos que este tema precisava ser destaque its deste mês. Fomos atrás de iniciativas na área e encontramos um professor, em Palhoça, que resolveu usar uma aula vaga para promover bate-papo com os alunos sobre o assunto e ajudá-los a ter uma consciência financeira e orientá-los a administrar os gastos. Bacana, não é mesmo? Espero que este tema de capa possa ajudá-lo nesta edição que preparamos para você! Com carinho, Renata Bomfim. #falhanossa Na edição 151, nas nossas páginas de distribuição da its, as fotos da EEB Germano Timm, de Joinville, saíram como EEB Governador Celso Ramos. Nesta edição, publicamos novamente com a devida correção.
Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 71.922 mil exemplares
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Marília Mendonça - Bem pior que eu Felipe Araújo e Ferrugem - Atrasadinha
Vitor Kley - Morena Melim - Meu abrigo
OS CULPADOS
NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026 Pontos de distribuição: Escolas Estaduais da Rede de Santa Catarina e colégios parceiros Florianópolis COC Floripa Energia Terceirão Colégio Bom Jesus Colégio Catarinense CEB (Centro Educacional Barreiros) Itajaí Energia BC Unificado BC Colégio São José Colégio Salesiano Joinville Colégio Cenecista José Elias Moreira Colégio dos Santos Anjos Blumenau Colégio Energia Colégio Barão do Rio Branco Chapecó/Xanxerê Colégio Trilingue Exponencial Colégio La Salle Criciúma Marista Criciúma
Lucas Inácio
MARIANA EMERIM
ANTÔNIO RUSSO
Vincent Sesering
GEORGE FRANÇA
Bruno Andrade
MATEUS PEREIRA
PRISCILA SOUZA REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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REDES SOCIAIS
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REALIDADE AUMENTADA
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Com 12 anos de circulação a gente entende do que faz e faz para motivar a educação catarinense, por isso este ano tem novidade! É a Realidade Aumentada, uma super tecnologia e proposta para estreitar laços entre a revista impressa e a tecnologia através da sua escola!
A partir deste ano, quando você encontrar esse símbolo nas páginas da revista its, saiba que você e a sua comunidade escolar contaram com uma experiência sensacional, com conteúdos que saem do papel e passam para áudio e vídeo do que de melhor acontece nas escolas do nosso estado.
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Você também pode participar, enviando vídeos e fotos do que acontece na sua escola através das nossas redes sociais para aparecer por aqui e fazer parte dos conteúdos mensais! Afinal de contas, todo mundo quer saber o que rola no pátio das outras escolas.
Basta baixar o aplicativo “ ddr ric - revista eletrônica” na Play Store ou “ddr ric”, na loja da Apple, posicionar o leitor sobre o código e curtir os conteúdos publicados.
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É fácil, é rápido e a gente acredita que você vai curtir! Mande conteúdo para dar visibilidade a projetos e iniciativas que acontecem aí na sua cidade Revista its: é na escola que a gente acontece
CULTURA POP
The Walking Dead além das telas da TV Você não leu errado, é isso mesmo: a emissora AMC pretende expandir o universo dos zumbis e levar The Walking Dead para o cinema. A história da série, que tem quase uma década na TV, não pretende terminar tão cedo e estuda ampliar o sucesso para outras telas e formatos. O CEO da AMC Networks, Josh Sapan, confirmou que os planos da emissora é manter a série ainda por mais dez anos. Alívio para os fãs, hein! Vamos torcer para que sejam feitas novas parcerias e garantir o sustento do vício para os próximos anos.
Mais uma na carreira solo? É, parece que a história do hiato do Fifth Harmony deve ser maior do que se imagina! Isso porque, desta vez, Lauren Jauregui anunciou que está produzindo seu primeiro álbum solo para o próximo ano. Ela, que ficou conhecida pelo mundo depois do sucesso da girl band, aposta nas novas músicas a influência cubana. Vamos esperar para ver este mais novo sucesso!
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Segura este forninho! Se você está aí começando a planejar as suas férias de 2019 e é fã de Game of Thrones, segura este forninho para a novidade do próximo ano: a HBO vai abrir os sets da série para gravação. A ideia é que os fãs que visitarem a Irlanda do Norte possam explorar o mundo fictício mais real da história: Westeros. “É a oportunidade de celebrar o importante papel do país na vida e legado da série e compartilhar sua cultura, beleza e calor que é também uma grande inspiração por trás desse projeto”, comenta o vice presidente de licenciamento do canal, Jeff Peters.
No caminho do sucesso
Por acaso, você não ficou aí pensando que o retorno do grupo Rouge ficaria apenas nos sucessos que marcou a carreira das meninas, né? Ah, bom! Porque se você pensou, já pode desconsiderar essa ideia, porque no mês de agosto elas lançaram uma música i-n-é-d-i-t-a: Dona da Minha Vida. O novo single carrega mensagem de empoderamento e foi feito pelas integrantes do grupo junto com o cantor Jão e outros parceiros. Já podemos ver o sucesso brilhando na esquina, mais uma vez?!
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Por Lucas Inácio
Trens a hidrogênio
O mundo está caminhando para tecnologias cada vez mais sustentáveis, eficientes e que poluem menos a natureza. Um dos países que mais contribuem para isso é a Alemanha, especialmente na área energética e, mais uma vez, eles mostraram que estão à frente ao inaugurar os primeiros trens movidos a hidrogênio do planeta. Duas unidades vão fazer mais de 100 quilômetros de trajeto na região de Hamburgo utilizando essa forma de energia sustentável que transforma hidrogênio e oxigênio em eletricidade. Além de ser mais silencioso (bem mais que aqueles ônibus barulhentos), o transporte tem autonomia de um quilômetros e alcança até 140 km/h. O objetivo é que a Alstom, empresa responsável pelo projeto, entregue mais 14 unidades nos próximos três anos.
MARAVILHAS DA
TeCnOLOgia Fique ligado nas dicas da equipe its
Quem dobra primeiro
Há algum tempo temos a expectativa para vermos o primeiro celular dobrável no mercado. Desde que os primeiros estudos foram anunciados, a curiosidade toma conta de quem é fanático pelos aparelhos e até mesmo de quem não liga tanto assim para esse tipo de tecnologia. Agora a empresa chinesa Huawei entra na corrida com a sul-coreana Samsung para ver quem lança primeiro. Ainda existem muitos rumores e poucas informações concretas quando se trata de novas tecnologias, mas a expectativa é de que em 2019 vamos matar a curiosidade para conhecer os celulares que dobram como uma carteira. A partir daí, a corrida vai ser para quem da galera compra primeiro. Que comecem a economia! 10 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
A rotina do mundo
Fim de ano é aquela correria de sempre: estudo, estudo e mais estudo – isso sem contar a galera que também trabalha. Em meio a tanta correria, porque não parar um tempo para observar o mundo? Assistir ursos pescando, ver o planeta do espaço ou até mesmo vídeo de gatinhos em suas casas. O Explore.org tem uma infinidade de transmissões ao vivo de lugares como sondas espaciais, paisagens, animais em florestas de diversas partes do mundo, apenas lugares com câmeras para observar, relaxar, pensar sobre a vida e assimilar conhecimentos.
Vídeos e mais vídeos
A tendência da internet continua sendo os vídeos e estima-se que 80% do conteúdo mais consumido no próximo ano seja neste formato, inclusive em vídeos na vertical por conta dos smartphones. Para se ambientar a essa forma de comunicação é necessário dominar os aspectos básicos de edição e vários aplicativos já trabalham com essa noção, iniciando as pessoas na produção de conteúdo nesse formato. Nossa dica é o Vishow, um app fácil de usar, com vários recursos de edição e efeitos, além de poder inserir músicas e áudios ao seu vídeo. Recursos à mão, agora a criatividade é com vocês.
Briga de tanque
Montar seu tanque, levá-lo para uma arena e fazer uma disputa de destruição com outros cinco tanques. Essa é a brincadeira do jogo para celulares Tanks a Lot, um trocadilho infame com a expressão “thanks a lot” (que significa “muito obrigado”), mas que vai fazer você passar um bom tempo se divertindo. São duas equipes 3x3 duelando entre si para ver quem termina o tempo com mais pontos ganhos e para isso é necessário destruir o adversário, sempre tentando tirar vantagens do cenário. Com um gráfico divertido e opções de customização, o legal é que você não precisa esperar a partida terminar caso seja destruído, mas perde pontos com isso. E aí, quem quer tentar a sorte? REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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LIÇÃO DE CASA
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Por Lucas Inácio
Assimilar conhecimento em pouco tempo é o grande desafio dos estudantes que estão com o foco no ENEM e nos vestibulares deste fim de ano. Muitos possuem jornada dupla de estudos com o terceirão e o cursinho; enquanto outros ainda conciliam isso com o trabalho. Por isso, aproveitar o tempo da melhor forma acaba sendo a chave do sucesso para ingressar em um curso superior. Mas como aprender em tanta coisa em tão pouco tempo? Para quem teve uma boa base de estudos é uma tarefa um pouco mais fácil, pois grande parte dos conteúdos que cairão nas provas já foram ensinados em séries anteriores e relembrar é mais tranquilo que reaprender. Mas como o tempo que passou não volta mais, a ciência e métodos alternativos de estudo podem dar uma força para assimilar mais conteúdo em menos tempo e um destes que está em alta é o estudo alternado. O método nada mais é que um cronograma em que os alunos e alunas revisam várias disciplinas em um mesmo dia ao invés de tentarem esgotar um único tema. A técnica é baseada em pesquisas do século 19 desenvolvidas pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus em que ele comprovou a existência da “curva do esquecimento”. O psicólogo mostrou que o processo de memorização é realizado em três fases: codificação, armazenamento e recuperação. A codificação é a transformação dos saberes adquiridos por estímulos externos à linguagem do nosso cérebro. O armazenamento é a fase onde se guarda isso nas memórias que podem ser de curto prazo (com segundos de duração) e longo prazo (durando a vida
toda). Por fim, a recuperação é quando a pessoa ativa a memória e coloca em prática o aprendizado adquirido. É nessa terceira fase que o cérebro consolida o novo conhecimento, por isso, fazer exercícios para aplicá-los é tão importante, mas não demore. A curva do esquecimento para conteúdos abstratos é muito mais acentuada que para conteúdos sensoriais, como traumas, por exemplo. Por isso aquela experiência de química é tão mais fácil de lembrar que exercícios feitos apenas no quadro. A estimativa de lembrança em casos “não-tangíveis” (como os estudos) é de 50% no primeiro dia, 30% no segundo e apenas 3% em uma semana e é aí que entra a importância de alternar entre as disciplinas. O primeiro grande motivo é que você sempre estará em contato com aquela matéria. Em um plano de estudo, o ideal é que um tema seja revisitado duas ou três vezes por semana até que ela firme em sua memória. O segundo motivo é que a mudança de tema estimula o cérebro a trabalhar em uma área diferente, evita o cansaço e ajuda na assimilação do conteúdo. Por fim, mantém o pique nos estudo e a “cuca fresca”. Vale destacar que cada caso é um caso e, às vezes, um método não vai funcionar para todos da mesma forma, mas é sempre importante entender que a ciência está aí para ser usada ao nosso favor. Então, para quem tiver dificuldades para estudar por longos períodos, um plano de estudo alternado pode ajudar. Peça ajuda aos professores, coordenadores da sua escola ou até mesmo procurar em sites especializados na internet, pois certamente alguma destas alternativas pode ajudar.
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DICAS DICASDADAMARI MARI
Por Mariana Emerim Por Mariana Emerim
VAMOS FAZER
CaseDEdePÁSCOA? celular OVOS 1
Oi, oi, tudo bem? Mari aqui outra vez e adivinha o motivo? É PÁSCOA! Aquela época mais doce no ano, quem não gosta? Como os ovos de páscoa estão custando nossos rins (quase Você vai precisar de uma literalmente), é preciso colocar a mão na massa e inventar capinha transparente, caneta maneiras de economizar e eu vou ajudar você a fazer ovinhos permanente, esmaltes recheados de amendoim ou com os docinhos que você mais coloridos, fita adesiva, gosta! Vamos nessa? tesoura e um desenho que você preferir. Eu escolhi Ooprimeiro você Pikachupasso (me éjulguem), guardar uma dúzia só com sempre amei Pokémon! as cascas dos ovos. Depois basta fazer um pequeno furo na parte de cima, deixe secar e mãos à obra. Agora você recorta o desenho
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(ele precisa ser do tamanho da capinha), cole-o com Faço uma base branca de a fita e copie o desenho tinta para quecom na hora de escolhido a caneta permanente! capinha pintar comComo outrasa cores é transparente fica super fácil! possa ficar vivo e colorido.
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Com os esmaltes coloridos Usandopinte tintasseu dedesenho. Capricha que o acabamento diferentes cores, você é por sua conta! vai deixar os ovos mais coloridos e divertidos!
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Oi, oi, tudo bem?
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Pode confessar, você é daquelas pessoas que passa horas no celular e depois fica chocada quando para e percebe como o tempo passou voando? Confesso que eu sou assim! Agora que os ovos estão coloridos, Mas para compensar todo esse você pode usar a criatividade paranas redes sociais, que tempo deixá-los personalizados. Se talvocê a gente customizar uma presentear sua família, comcapinha um gastando muito pouco? canetão você pode transformar seus ovos em cada pessoa, escrevendo e 4 colocando olhos e enfeites.
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Por último, encha os ovinhos com amendoim doce e cole uma forminha de brigadeiro para decorar!
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Prontinho! Seu presentinho de páscoa além de ser baratinho é personalizado! Tenho certeza que quem receber esse presente vai guardar pra sempre essa lembrança! Prontinho! Agora você tem uma capinha personalizada! podecanal escrever LáVocê no meu tem ofrases, passo desenhos, a passo emenfim, vídeo!seja Só procurar criativopor e tenha vários modelos para vai seuencontrar celular! essa e no YouTube Mariana Emerim que você outras dicas daquele jeito que a gente gosta: boa, bonita e barata! Quando fizer sua case que eu vou lá curtirtchau, e comentar! 3 personalizada publique uma foto com #diymariemerim Beijo, beijo, beijo! Tchau, tchau, tchau! Feliz Páscoa! Beijo, beijo, beijo. Tchau, tchau, tchau, tchau!
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DIÁRIO DE BORDO
EEB Professora Maria Solange Lopes de Borba • São João do Sul
EEB Imaculado Coração de Maria • Pedras Grandes A origem da palavra crônica remonta ao vocábulo grego que significa “tempo”, ou seja, estamos diante de um gênero textual para o qual a questão temporal é fundamental. As crônicas tratam dos acontecimentos triviais do cotidiano, com linguagem despretensiosa e simples. É como se o escritor conversasse espontaneamente com o leitor. “Trabalhar com esse gênero textual facilita o desenvolvimento linguístico-discursivo dos alunos, já que para escrever suas próprias crônicas, os alunos precisam conhecer o gênero por meio de leituras variadas, aprender a como desenvolver coesão e coerência textuais, bem como observar elementos da sua vivência pessoal”, conta a professora de Língua Portuguesa, Vaniele Medeiros da Luz. Nesse sentido, com o intuito de promover a aproximação dos alunos do nono ano do Ensino Fundamental com a sua realidade, para a posterior criação de crônicas, o projeto “Caçadores de Crônicas”, articulado durante as aulas de Língua Portuguesa e História, levou os alunos a conhecerem as comunidades do município de Pedras Grandes. Ao todo, oito comunidades foram visitadas: Ilhota, Sanga D’areia, Alto Pedrinhas, Pedrinhas, Cachoeira Feira, Santaninha, Canela Grande e Trempi. No último dia de visitação, os alunos aproveitaram para fazer um piquenique na casa do aluno Willian Ghisi. A diversão e o conhecimento foram garantidos!
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No mês de agosto, os alunos, professores, grupo pedagógico e gestor da Escola de Educação Básica Professora Maria Solange Lopes de Borba, da cidade de São João do Sul, realizaram a Mostra de trabalhos em que foram expostos os projetos realizados durante o ano letivo. Os alunos produziram diversos materiais e apresentaram para seus colegas e também para os estudantes das escolas municipais. Os projetos, a maioria interdisciplinares, foram realizados durante os últimos seis meses; outros produzidos, exclusivamente, para a Mostra, com os seguintes assuntos: o açúcar nos alimentos, períodos literários e artísticos (futurismo, cubismo, entre outros), Lego educacional, períodos históricos como a Era Mesopotâmica e a 1ª e 2ª Guerra mundial, o Brasil Colônia, expressões idiomáticas, a migração representada na Literatura regional brasileira, os elementos químicos e diversos outros temas trabalhados. Observou-se o empenho de todos para a realização desse evento na escola e a necessidade de valorizar as produções feitas pelos alunos.
EEB Professor Osni Paulino da Silva • Anchieta
Os alunos do segundo ano do Ensino Médio Inovador realizaram o passeio turístico pedagógico “Rota dos Cânions”. O projeto “Ar Livre Ecoturismo”, liderado por Anderson Cavasin, tem ganhado repercussão na região, sendo frequentemente veiculado e conhecido em âmbito nacional e até mesmo internacional. Durante o passeio foram visitados quatro locais da “Rota dos Cânions”. Nesses espaços, os educandos puderam observar as diversas belezas naturais do município, como matas e cachoeiras, uma grande plantação de jabuticabas nativas, uma caverna e o Morro do Sol, muito conhecido pelos voos de parapente ao qual tiveram apresentação ao vivo. Além do fomento ao turismo e lazer, o passeio teve como objetivo a valorização da cultura local e construção do conhecimento. Salientamos que para essa ação foram desenvolvidas questões de pesquisa planejadas interdisciplinarmente pelo corpo docente da escola.
EEB Rui Barbosa • São Lourenço do Oeste A EEB Rui Barbosa desenvolve todos os anos projetos educacionais voltados à área ambiental. Portanto, em seu planejamento, a professora de Biologia Ilizeide Mari Ioris desenvolveu um projeto para conhecer nossa biodiversidade, valorizando as plantas da região, cujo tema foi “O fantástico mundo das plantas e sua diversidade com ênfase nas Gimnospermas”. Primeiramente, os alunos das segundas séries puderam estudar nas aulas de Biologia a classificação, fisiologia e histologia das plantas, em especial as Gimnospermas. Com o intuito de despertar nos jovens o amor pela natureza e o desejo de conservá-la, finalizou-se o projeto com o apoio da equipe gestora, técnico-pedagógico e demais professores da unidade escolar com o passeio de estudo ao Parque das Araucárias, em São Domingos – Santa Catarina. A professora destaca que os alunos puderam perceber a importância das plantas para nossa sobrevivência e apreciar a natureza que nos rodeia.
Você quer ver a sua escola aqui no diário de bordo? Calma que é bem fácil: basta você contar a história da sua turma e nos mandar junto fotos para que possamos publicar! Você só precisa enviar para a Renata (renata.bomfim@portalits.com.br).
dia do professor
Por Renata Bomfim
PARABÉNS, mestres
Quando eles estão à frente de uma sala de aula, até parece que já cresceram ali, com os conhecimentos e com o dom de ensinar. Mas eles, assim como você, que é estudante, também já foram alunos um dia e, certamente, devem ter professores que os inspiraram em escolher a educação como profissão. Por isso, neste mês de outubro em que se comemora no dia 15 o Dia do Professor, convidamos alguns professores do nosso estado para nos responder: o que mais te orgulha na sua profissão? Parabéns, mestres, pelo dia de vocês e por fazerem da sala de aula um espaço de transformação do ensino, do aprendizado e da realidade dos alunos.
Apesar dos desafios que toda escola públ ica precisa enfrentar e superar diariamente, é um grande privilégio estar em sala de aula , contribuindo para a formação dos jovens. Esta r entre eles, compartilhando sonhos, alegrias, angú stias, conquistas e frustrações também me forta lece. O carinho e respeito que é construído nest es anos de convivência, jamais será superado pelo tempo”. Professora Juciney Goularte Nunes EEB Professora Maria Garcia Pessi, Araranguá Sinto-me orgulhosa e feliz por poder contribuir para a formação pessoal e profission al de cada aluno. É gratificante encontrá-los exer cendo suas profissões como cidadãos de bem e sabe r que recordam, com carinho, de nossas aulas. Afina l, ser professor não é apenas transmitir conhecim entos, mas também motivar, transformar e aprender . Professora Dora Cristina Canella Costa EEB Professora Maria Garcia Pessi, Araranguá
18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Lecionar é um exercício contínuo de intelectualidade e afeto. Um dos maiores orgulhos que tenho na minha profissão tem a ver com a satisfação pessoal. Como professor, a cada dia aparecem novos desafios e com eles novas conquistas e realizações. É gratificante poder contribuir para o desenvolvimento intelectual e humano dos estudantes. No ensino, nada é em vão: tudo que de bom fazemos por nossos alunos e alunas, será, uma hora ou outra, importante para a vida deles. Logo, meu maior orgulho é saber que minha profissão é a base para a construção de uma sociedade melhor. Professor Gil Karlos Ferri EEB Padre Antônio Vieira, Anita Garibaldi
Ser professora é extremamente gratificante para mim. A escola é o lugar onde posso transmitir conhecimentos, motivar, ensinar e aprender através da troca de experiências. Amo a demonstração espontânea de carinho dos alunos, os abraços, as cartinhas de declaração. Amo ver o brilho nos olhinhos das crianças a cada nova conquista. Orgulho-me de fazer parte de cada um e saber que no futuro ainda lembrarão de mim. Professora Eliana Bonatti EEB Elizabeth Konder Reis, Itajaí
Dar aulas para mim é fascinante eu amo o que faço. Sinto-me motivada quando vejo que com o que eu ensino , os alunos podem mudar de postura, mudar seu comportam ento, que eles conseguem emprego, quando vejo que meus alunos evoluem e enfrentam os desafios como um vestibular, por exemplo, e mudam completamente de vida. Eu adoro o que eu faço, sem dúvida nenhuma. Professora Carla Zampieri EEB América Dutra Machado, Florianópolis
por Em nossa profissão, geralmente, não somos valorizados ido escolh diversos fatores. Mas sinto-me orgulhosa, sim, por ter os tro encon essa nobre profissão. A satisfação é maior quando sauda ex-alunos (as) que correm me abraçar e relatam sentir ninho Cader des das minhas aulas, saudades, principalmente, do muito de Estudos Dirigidos. Orgulho-me ao ouvir eles dizer: o consig não Obrigada pelos conselhos, professora. Muitas vezes o mas lina, transmitir todo o conhecimento necessário da discip um em (a) simples fato de poder ajudar a transformar um aluno osa. ser humano melhor, isso me deixa completamente orgulh Professora Sandra Poletti EEB Rui Barbosa, São Lourenço do Oeste REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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tes da nossa sociedade. É de ensinar e também aprender. É poder contribuir com o desenvolvimento dos integran Professora Priscila Valentino Santos EEB Holando Marcellino Gonçalves, Jaraguá do Sul A escolha pela profissão nasceu há muitos anos, nos rincões da minha infância. Hoje, sinto que ser professor é viver no entremeio: entre o conhecimento e a alienação; a heterogeneidade e a padronização; o grito do fortes e o silêncio dos excluídos; a vida pulsante do aluno e o engessamento do currículo. Mas, mesmo no entremeio, ser professor é esticar os braços, dar as mãos, estreitar vínculos e apontar direções. Orgulho-me por acreditar no ser humano e por contribuir para a construção de um futuro próspero. Professora Vaniele Medeiros da Luz EEB Imaculado Coração de Maria, Pedras Grandes
Estabelecer um vínculo de proximidade, de confiança entre professores e alunos é, sem dúvida, um dos maiores desafios do magistério. O que me encanta nesse processo são os alunos, a prática do conhecimento e da sabedoria. Não haveria um porquê acordar todas as manhãs, um percorrer corredores e salas sem uma busca mais profunda naquilo que o ser humano tem de melhor: a sua humanidade. E o que haveria melhor do que o amor nas práticas escolares e nas relações? Nada, ao meu ver: uma porque é a partir dele que conseguimos penetrar num universo infantil, num universo adolescente e, por vezes adulto, com ensinamentos eficazes visando contribuir na construção de um ser mais conhecedor, mais atuante para com sua vida e com a sociedade que participa. Professora Izabel T. da Rosa EEB Professora Valesca Parizotto, Chapecó 20 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
O reconhecimento do trabalho por parte dos aluno s é o que mais me orgulha, tanto no cotidiano da sala de aula, quanto nos reencontros anos depois. Sabe r que através do seu trabalho, de alguma forma, fez a diferença na vida dos alunos, isso me orgulha muito . Professor Luther Vargas Jacques EEB Humberto de Campos, Criciúma
“Quando percebo que a minha contribuição como professora auxiliou no aprendizado dos meus alunos.” Professora Dilciani Amboni Saccon EEB Humberto de Campos, Criciúma
vê-los Os meus alunos no desafio de mudar o mundo, coraseus rgar enxe e nos huma crescerem como seres que o é or, melh o mund um de a ções pulsando na busc ! ssora profe ser são: profis linda tão mais me orgulha nesta k Brüs st Herb tiane Chris Professora Carla EEB Hercílio Buch, Mafra
Ser valorizada pelos alunos, respeitada pela comunidade escolar, alcançar o principal objetivo que é o aprendizado dos estudantes, além de um bom convívio entre aluno e professor faz com que nosso trabalho se torne gratificante e prazeroso. Professora Fabieli Grabin EEB Professor Osni Paulino Da Silva, Anchieta O que mais me orgulha é a gratidão em melhorar a vida dos meus alunos, promovendo a autonomia e a inclusão. A vida faz mais sentindo quando ajudamos os outros a crescer e crescemos juntos! Professora Francieli de Souza EEB Walter Fontana, Concórdia REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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Por Lucas Inรกcio
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Foto: Marcos Campos REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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Ariel está há um ano na unidade e aproveitou uma aula semanal que estava vaga para conversar com a galera do 1º e 2º ano e deixou em aberto o tema a ser abordado: foi quando pediram para tratar sobre educação financeira. Nas turmas há dois grandes grupos que são os que já têm emprego ou estágio e os que ainda não entraram no mercado de trabalho. “A grande dúvida destes que trabalham é que pensavam que a solução ia chegar com o primeiro salário, mas agora que eles recebem não sobra e eles ficam bravos. Já os que não trabalham têm muitas dúvidas do que vão fazer profissionalmente e tendem a sonhar com profissões que pagam melhor, muitas vezes em detrimento daquilo que gostam”, contou o professor. Dentro dessas duas condições, cada história é única e nós ouvimos algumas delas. Há quem vem de família humilde e trabalha desde cedo. Tem quem ainda não conseguiu emprego. Tem quem já trabalhou e hoje só estuda. Porém, todos conhecem alguém que, mesmo jovem, se enrolou com as contas e hoje faz parte daqueles 20%. “Eu sou freelancer e nem sempre tem trabalho, então eu tenho tudo contado e anotado para poder me organizar. Cresci com exemplos dos meus irmãos mais velhos que acabavam se enrolando com algumas contas, pensava que não era difícil administrar, mas quando eu passei a ter meu dinheiro eu vi que realmente não era tão fácil. Às vezes, dá vontade de comprar uma coisinha a mais, mas as aulas estão me ajudando bastante”, falou a Lais Severino, da turma 201. O mestre em economia e fundador da escola de educação financeira Alvoeduca, Álvaro da Luz, falou sobre a importância de projetos que orientem os jovens a utilizar melhor seus recursos. “Independente se os pais têm uma condição melhor ou pior, todo mundo lida com alguma restrição de recursos e a grande questão não é o tamanho do seu orçamento, mas como você lida com isso. É fundamental que a gente consiga disseminar isso para o público mais jovem, quanto mais cedo eles aprenderem a lidar com os recursos, como usar, como guardar, teremos adultos melhores nesse sentido para não chegar aos índices de endividamento como temos atualmente”, explicou o professor que pretende disponibilizar um curso online e gratuito para jovens no início de 2019.
Foto: Marcos Campos
despertador do celular toca avisando que é hora de ir começar mais um dia. Ao se arrumar, a dura escolha de qual combinação de calça e tênis fica melhor com a camiseta da escola. Sai de casa na pressa para não perder o ônibus e deixa para comer na lanchonete que fica na frente da escola, já aproveita que comprou a coxinha e pega umas balas com o troco para ir comendo na aula. Tira da mochila aquele caderno massa que você insistiu para comprar no início do ano e até empresta umas folhas para o colega que esqueceu o caderno. Acaba a aula, volta para a casa e se prepara para viver tudo de novo amanhã. Esse é um dia comum para qualquer aluno, com uma diferença aqui ou outra ali, mas a grande maioria dos alunos segue uma rotina parecida com essa. No automático, a gente nem se toca, mas cada elemento desses tem algo que une a todos. O celular, o tênis, a calça, o ônibus, a cozinha, as balas, o caderno, a mochila. Essas coisas são produtos e têm um custo. Independente da idade, você já nasce consumindo algo e, quanto mais velho fica, maiores são seus gastos. Por isso resolvemos falar de um assunto que deveria ser mais falado para os adolescentes, mas infelizmente não é: dinheiro. A todo momento somos bombardeados por ofertas de coisas que necessitamos e outras nem tanto, mas a grana é pouca e não dá para tudo. Os que não trabalham precisam da ajuda dos pais e os que trabalham ganham pouco, pois entraram no mercado de trabalho recentemente e quase ninguém ganha bem nessa idade. A conta não fecha e muitos acabam se perdendo nisso. Atualmente, 4,8 milhões de jovens entre 18 e 24 anos estão com dívidas e têm seu nome registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Os números foram divulgados pelo SPC Brasil em janeiro deste ano e correspondem a aproximadamente 20% da população com essa idade, ou seja, um a cada cinco jovens está no grupo dos chamados inadimplentes e na maioria dos casos são com os bancos. A região Sul é a segunda pior do país e corresponde a 7,4% desse total, atrás apenas do Centro-Oeste. É por essas e outras que um professor de matemática da Escola Estadual Básica Maria do Carmo de Souza, na Palhoça, resolveu fazer uma ação para orientar os alunos do Ensino Médio sobre educação financeira. Patrick
Sonhos e planejamentos Com poucas semanas, o projeto na EEB Maria do Carmo de Souza ainda dá seus primeiros passos e a primeira tarefa que o professor Patrick pediu foi que alunos que traçassem prioridades para poderem fazer um planejamento de curto e médio prazo. A Alexsandra da Silva, também da turma 201, aproveitou o dinheiro do primeiro emprego, em 2017, para se qualificar ainda mais. Começou um curso técnico em administração e outro de inglês. “Venho de uma família pobre e para conquistar as minhas coisas eu tive que trabalhar. Quando ganhei meu primeiro salário, resolvi investir em mim, comecei um curso o qual eu estudo até hoje e comprei um celular que eu precisava, mas senti dificuldade em segurar dinheiro, pois quando você está em uma família que precisa, não quer ser egoísta, você quer ajudar. Se eu tivesse essa aula antes, teria conseguido me planejar melhor.”
Assim como a Alexsandra, a Lais também faz curso e essa é uma boa decisão para quem quer entrar no mercado de trabalho. O colega de turma delas, Thiago de Almeida, tentou carreira no futebol, mas não conseguiu ir longe e hoje tem dificuldades em conseguir emprego por falta de formação e experiência. “Queria fazer um curso, mas preciso achar um emprego primeiro. Minha família não tem uma boa condição financeira, somos em seis, por isso não dá para me ajudar com algo extra e deixar de comer. Estou procurando trabalho, mas como não tenho diferencial no currículo, fica difícil. Quero encontrar logo para juntar dinheiro e poder fazer uma faculdade de engenharia química que é o que eu gosto”, falou o aluno que elogiou a iniciativa do professor Patrick e se sente mais confiante para buscar seus objetivos. Há outros objetivos comuns entre a galera, como tirar a carteira de
Não é só dinheiro
Quem trabalha ou já trabalhou geralmente tem apego àquele dinheiro suado que conquistou e isso acaba resultando em algumas piadas ou no famoso apelido “mão de vaca”, mas é desse foco que vem as conquistas como a do aluno da turma 201 Rodrigo Santana. “Eu trabalhei durante um tempo e aproveitei para comprar algumas coisas que eu queria, pois sou muito ligado em tecnologia. Juntei uma grana, fui chamado de mão de vaca várias vezes, mas consegui comprar meu celular à vista na época e sou assim até hoje, não gasto em excesso, criei essa consciência de valorizar o dinheiro.”
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Ele conta que gostou muito de ter trabalhado e conquistado as próprias coisas, mas a partir de um momento viu que seu desempenho na escola estava caindo. Com o sonho de fazer uma faculdade de direito, ele conversou com seus pais que passaram a ajudá-lo, parou de trabalhar e tem foco total nos estudos. Dar um passo atrás para priorizar outras coisas foi um dos aprendizados do próprio professor Patrick. Ele conta que trabalhou durante anos como gerente de um restaurante, mas trabalhou tanto que teve sérios problemas de saúde e perdeu qualidade de vida em busca do di-
motorista, comprar um celular, um videogame, um tênis ou entrar em uma faculdade e as pessoas devem ter em mente tudo isso para fazer o melhor planejamento. Mesmo quem quer entrar em uma universidade pública tem que saber que há passagem, gasto com alimentação, livros, materiais e outras demandas que um estágio universitário nem sempre cobre. Por isso, a organização conta muito. “Os alunos nessa faixa etária têm que começar a pensar onde eles estão e onde querem chegar. Por exemplo, quais os investimentos serão necessários para chegar em uma universidade. É sempre importante pensar dessa forma porque à medida que eles souberem para onde querem ir – e isso pode mudar, pois são muito jovens –, fica mais fácil fazerem as escolhas financeiras deles. A partir dessa escolha, se informar ao máximo e se familiarizar com o assunto”, falou Álvaro da Luz.
nheiro que queria. Após isso, pediu demissão e seguiu seu sonho de ser professor. Hoje recebe metade do salário de antes, mas com o dobro de satisfação pessoal. “Alguns alunos acham que precisam ganhar muito para ser bem de vida, mas essa é uma questão que eu pergunto para eles: ‘o que é ser bem de vida?’ Muitos pensam que é ser rico e ter dinheiro, mas será que é só isso? Não adianta ter um trabalho bom, ter as coisas que quiser, mas não ter tempo para usufruir aquilo. Não é questão de ser rico, mas sim de poder fazer escolhas e ser quem eles realmente querem ser.”
Foto: Marcos Campos REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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Educação financeira para o fundamental No fim de 2017, a educação financeira entrou na Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental com o objetivo de ser implementada até 2020. A nova disciplina entra classificada como transversal, ou seja, relacionada a vários conteúdos de matemática e história, apesar de não ser citada diretamente na segunda. As indicações são para as turmas de 5º, 6º, 7º e 9º ano. A medida não inclui a BNCC do Ensino Médio que é um outro documento. As escolas de todo o país, sejam públicas ou privadas, já buscam se adaptar à nova demanda que pode ser o início de uma mudança significativa no futuro do país. Com mais de 20 anos de experiência, o fundador do Alvoeduca, professor Álvaro da Luz comentou sobre as formas que a educação financeira pode ser trabalhada com os alunos do fundamental. “Essa área é algo que está presente na sua vida o tempo todo, então acredito que o melhor formato para esse ensino é casar isso com a prática mesmo, levar os alunos a tomar as melhores decisões e que tenham a ver com a vida dele, do contrário, é mais difícil as pessoas reterem este conteúdo, precisa fazer sentido no dia a dia para que as sinapses sejam reativadas em uma situação prática. A nossa visão é de que nos próximos dez, quinze anos, vai ser importante analisar o comportamento e as reações das pessoas para melhorar o aprendizado, juntando psicologia e educação financeira para alcançar esse público como já é feito com os adultos”, comentou o especialista. Além das áreas citadas no documento, outras disciplinas podem ser relacionadas ao tema, como geografia e biologia. Essas, inclusive, aparecem em temas abordados pelo professor Patrick Ariel em seu projeto junto com a EEB Maria do Carmo, com destaque para o consumo consciente. “Ao comprar uma camiseta é importante saber de onde vem esse produto, se alguém foi explorado nesse processo, se os impostos foram devidamente recolhidos. O cuidado com a natureza também é importante, alguns alunos questionam ‘se eu ficar pensando na natureza, não vou comprar nada’, mas não pensam, por exemplo, que, se a sacola plástica daquela embalagem entupir um bueiro e alagar sua casa, seu custo está ali”, explicou o professor.
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MoneyTube
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Foto: Marcos Campos
Para quem se interessa pelo mundo das finanças, mas não sabe por onde começar a aprender sobre isso, uma pesquisa no YouTube pode ser o primeiro passo para conhecer mais sobre investimentos, o funcionamento do mercado financeiro, conceitos e todas aquelas siglas que a gente ouve falar nos jornais mas que não entende muito. Existem vários canais para diversos públicos, dos iniciantes até os mais especializados. Aqui não vamos falar dos conteúdos para experts, porque é difícil até para nós entendermos, mas para quem está começando a juntar uma grana ou pretende fazer isso, aqui vão umas dicas. A primeira delas é a do Alvoeduca, canal do Álvaro da Luz que já foi professor da UFSC e da Udesc e hoje é professor de finanças. A mais conhecida é Nathália Arcuri, do canal Me Poupe. A jornalista fala de um jeito bem descontraído e leve sobre como e quais investimentos são possíveis fazer para diversos públicos, sobretudo para iniciantes. Tem até um vídeo que ela tira dúvidas de adolescentes, então fica a dica para procurar lá no YouTube. Outros canais com esse perfil mais divertido são o Primo Rico, que conta várias histórias dos chamados cases de sucesso, e cheio de participações de outros youtubers e com muitas listas. Assim como o Me Poupe, a Economirna também tem uma pegada mais leve com várias pautas voltadas a adolescentes, falando de educação financeira, dando dicas de aplicativos para ajudar no controle e até dicas para quem está se preparando para a universidade. Pesquisar nunca é demais, principalmente se for com quem entende.
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de olho no enem
Professor Russo
Como tirar MIL na REDAÇÃO DO ENEM
Antônio Ricardo Russo é professor de Redação e de Gramática em cursos pré-vestibulares e em concursos públicos. Também é jornalista e atualmente dá aulas de produção textual aos graduandos de Direito e de Jornalismo. Amargurado e sofrido vestibulando, você que se prepara para os vestibulares do fim do ano, em especial para o Enem: a redação é peça fundamental para a aprovação. E pode ser, sim, seu diferencial. Os vestibulandos de Medicina (aquelas criaturas que só estudam, que têm olhos fundos, sonolência e profundo estresse) devem ser ao máximo competitivos. Isso quer dizer que precisam de mais de 900 pontos na redação Enem. Tirar MIL no Enem virou competição: foram 77 almas em 2016 e apenas 53 no ano passado. Isso 30 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
mesmo, num universo de 4,5 milhões de candidatos em 2017, apenas 53 felizardos conseguiram este feito. Medalha de ouro. Há três anos faço palestras em escolas sobre isso e a prática mostra que alunos medianos (qualquer coisa em torno de 700 pontos) podem chegar a mais de 900. Ahhhh! Agora você está interessado, né?! Seus olhinhos vibraram de desejo? Tá legal! Por partes. Em primeiro lugar, é preciso seguir um roteiro de trabalho. Você está pronto?
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Treinar redação exige controle do temp o. Você não pode fazer a redação em casa , consultando o celular, conversando com os amigos. Cronometre uma hora contando tudo, inclusive passar a limpo. Não utiliz e corretores ortográficos, nem Google. Por quê? Porque você não vai poder usar essa s ferramentas no dia. Treinar é simular a situação. O resto é perda de tempo. Não enga ne você mesmo! A competência número um é a vilã dos MIL PONTOS. Aqui, para conquistar 200 pont os (pontuação máxima de cada uma das cinco competências) e entrar no paraíso, o ama rgurado vestibulando tem o direito de dois erros de gramática. Um terceiro erro impl ica a perda de 40 pontos. Portanto, os malucos que conseguem a nota máxima na competência um fazem hipercorreção. Faça o rascunho e dê um tempo para passar a limpo, a fim de encontrar errinhos escondidos.
A competência dois pede o tal REPERTÓR IO SOCIOCULTURAL. O que é isto, prezado professor? Bem simples: o candidato prec isa revelar um conteúdo, um repertório que vá além dos dados e informações dos texto s motivadores. Os desesperados candidato sà vaga em Medicina estão decorando frases de filósofos e sociólogos. Mas eu vou dar uma DICA DE OURO. Pensa comigo agora, vestibulando: todos os temas do Enem estã o ligados aos DIREITOS HUMANOS. Esse é o negócio da prova. Assim, existem vária s referências históricas (que vocês estudam ou estudaram com o professor de História) relacionadas aos DH. Falo da Revoluçã o Francesa, por exemplo. Isso quer dizer que, não importa o tema, você poderá faze r referência a essa Revolução. Somente o fato de fazer a referência pode jogar sua nota para 160 pontos na competência dois . O que mais? A queda do Muro de Berli m, outro episódio importante na história das conquistas dos DH. E outros tantos epis ódios históricos. Logo, mãos à obra.
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Meu problema, professor, é a intervenç ão! Esta é a afirmação que mais ouço entr e os vestibulandos. Ora, bolas! Essa é fácil de resolver. Você precisa propor uma inter venção objetiva e concreta (não me venha com papinho de consciência, isso não é inter venção). Um exemplo? Para praticamente todo s os temas, temos as ligadas à mudança s de comportamento/cultura. Isso mesmo, impl ementar aulas nos finais de semana em esco las públicas, por meio de palestras aber tas a todos os interessados, organizadas pelo MEC, em conjunto com as secretarias estaduai se municipais de educação. A finalidade dest a ação é instruir a população a mudança s de comportamento da sociedade. Sempre assinale que mudanças de comportamento se darão a longo prazo. Mas todo o mundo vai fazer a mesma intervenção? Paciência, o corretor do Enem não dá nota à criativida de. Difícil? Não, né! Barbadinha. Isso vale 200 pontos na Competência 5.
E os temas para 2018! Agora vem a mág ica. Na internet, tem gente falando de tudo. E um monte de bobagens. Tenho certeza de que você (que me lê até aqui) deve ter feito uma redação sobre FAKE NEWS. Grande dica! Se o negócio é Direitos Humanos, nada de FAKE NEWS. Isso não tem relação com DH. Sobr e isso, temos LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Agor a sim, ao tratar este assunto, você poderá fazer referências às FAKES. Mas antes se informe o que é FAKE NEWS para não escrever bobagens . Fake não tem nada a ver com ética da mídi a, das grandes empresas de comunicação. Leia sobre as notícias falsas nas eleições ame ricanas, que elegeram seu atual presidente. Ou ainda sobre a saída do Reino Unido da Uniã o Europeia (EU), apelidada de Brexit (pala vra valise resultante de Britain mais exit) . Foi feito um referendo com a influência de muit as notícias falsas. Se você chegou até aqui, parabéns, é um passo para conquistar a tão sonhada vaga em universidade.
Gostou das dicas e quer receber mais? Se liga no caminho do sucesso: e-mail: profrusso58@gmail.com Site: aularedacaoenem.wordpress.com YouTube: Professor Russo Redes sociais: professorrusso REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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ITSPORTS
Por Lucas Inácio
Foto: Heron Queiroz - Fesporte
Jasc com 121 cidades
Setembro foi o mês da maior competição do estado, os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Esta foi a 58ª edição do nosso evento esportivo mais tradicional e Caçador foi a sede que recebeu cerca de 4,5 mil pessoas envolvidas entre atletas, técnicos, árbitros e dirigentes. Blumenau ficou com o título geral, quebrando uma espera de cinco anos, com Itajaí (atual tricampeã) de vice e Chapecó em terceiro. Porém, em um evento como esse, atletas e equipes representando todas as regiões catarinenses se destacam, afinal, foram 121 municípios representados em 18 modalidades, um recorde de uma competição plural quem se fortalece é o nosso esporte. Então vamos a alguns destaques:
No Atletismo dos Jasc foram realizadas 50 provas somando masculino e feminino. Destes, 14 recordes foram quebrados em Caçador, incluindo os 100 e 200 metros dos dois naipes: Rodrigo Pereira do Nascimento (Chapecó) foi o Flash do masculino; enquanto Anny Caroline De Bassi (Balneário Camboriú) foi a Flash do feminino. Quem também está entre as campeãs e recordistas é a Micaela Rosa de Mello (São José), que participou da matéria de capa da Revista its de setembro, e levou o ouro nos 100 metros com barreiras. Mais um destaque do atletismo foi o Lucas Da Silva Catanhede que bateu o recorde da competição no Decatlo, a prova mais completa do atletismo, com 7.186 pontos.
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Foto: Alessandro Koizumi
Recordes nas pistas
Foto: Fom Conradi
Bola no pé delas
Foto: Heron Queiroz
Há anos Santa Catarina é destaque no futebol e futsal feminino e os Jasc foram mais uma demonstração da força das catarinenses com a bola no pé. Com Amandinha (a melhor atleta de futsal do mundo) no comando, Lages levou o bicampeonato vencendo Chapecó na final, equipe que também tem tradição na modalidade, incluindo o título mundial escolar deste ano. Foram 53 gols em seis jogos das Leoas da Serra, uma marca e tanto, mesmo para um time fortíssimo que vai representar o Brasil na Libertadores feminina. Já no campo, o troféu foi para as donas da casa. A equipe de Caçador foi representada pelo Kindermann, o representante catarinense na Série A do Brasileiro feminino. Apesar disso, a disputa foi acirrada na final também contra Chapecó por 1 a 0.
Os ouros de Jamile
Pelo segundo ano consecutivo, a blumenauense Jamile Bloedorn é destaque na ginástica artística feminina dos Jasc. A atleta de apenas 16 anos conquistou quatro ouros e uma prata, ficando com a primeira colocação geral entre as ginastas do feminino, título que ela já havia conquistado em 2017. Jamile deu show e foi uma das responsáveis por levar Blumenau ao lugar mais alto do pódio dos Jasc, o que indica que ainda tem muito mais pela frente na carreira desta pequena notável.
Recordes nas piscinas
Foto: Antônio Prado - Fesporte
A natação dos Jasc 2018 não foi realizada em Florianópolis e a piscina do Clube 12 de agosto também foi palco de muitos recordes: das 32 provas, nove tiveram suas melhores marcas em 2018. Destaque para Mauro Henrique Fernandes (Florianópolis) que teve três destes recordes nas provas de 200 e 400 metros medley, além dos 200 metros borboleta. No feminino, Júlia Volkmann (Blumenau) adicionou mais dois recordes dos Jasc a sua coleção: nos 100 e 200 metros costas, agora ela tem sete melhores marcas da competição. Os troféus ficaram com Florianópolis no masculino e Joinville no feminino.
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POPCORN
Por Vincent Sesering
O legado de
Halloween para o terror
Sabe aquele filme com um tom meio macabro em que um grupo de jovens com os hormônios à flor da pele começa a ser caçado e morto por um psicopata mascarado? Um a um, eles vão sendo eliminados e cabe à garota mais inteligente enfrentar o vilão para salvar a própria vida? Quem é fã de cinema de terror deve ter pensado em pelo menos dois ou três exemplos, mas o filme homenageado nesta coluna especial é aquele que começou tudo isso: Halloween, de John Carpenter. Este marco do cinema de horror, lançado em 1978 está fazendo quarenta anos neste mês e, de presente para os fãs tanto do assassino quanto dos chamados filmes “slasher” (este subgênero em que jovens são mortos por um fanático mascarado), vai ganhar mais uma continuação. Neste novo longa, o assassino mascarado Michael Meyers escapa da prisão e busca vingança contra Laurie, a jovem que o derrotou no filme original de 1978. Dirigido por David Gordon Green, ele não só
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traz a atriz Jamie Lee Curtis para reviver a personagem mais importante de sua carreira, como toma para si a responsabilidade de reintroduzir esse tipo de horror no cinema. Isso porque o original não foi só um sucesso de bilheteria, como também mudou diversos paradigmas culturais e do cinema como um todo. Revolucionário desde a sua primeira cena – em que uma câmera subjetiva (em primeira pessoa) mostra uma jovem sendo morta por uma criança – a história original é sobre Michael Meyers: um garoto comum, de uma vizinhança tranquila numa cidadezinha nos EUA, que mata a irmã e depois acaba internado em um sanatório. Quando adulto, ele escapa e parte para a matança. A narrativa também acompanha Laurie, uma babá que cuida do filho de um vizinho na noite do Dia das Bruxas e faz de tudo para sobreviver. Pode parecer um clichê ou uma história pouco original hoje em dia, mas é preciso ter ciência de que esta foi a primeira
vez que algo assim aconteceu no cinema americano. Muito além da história, vale notar o domínio de direção, que o então jovem John Carpenter tinha na época, construindo a tensão, utilizando a paranoia de Laurie e também enquadramentos criativos que, paulatinamente, aumentam a presença da ameaça do psicopata. Halloween influenciou diversos filmes de horror, mas notavelmente é tido como a principal inspiração para outras grandes franquias como os 12 (sim, eu disse doze!) Sexta-Feira 13: em que o assassino Jason Vorhees com sua máscara de hóquei assombra o acampamento Crystal Lake; A Hora do Pesadelo: onde Freddie Kruger ataca, literalmente, dentro dos sonhos de suas vítimas; e Pânico: onde o assassino Ghostface mata uma série de colegiais e que serve também como paródia para o gênero. O próprio Halloween possui outras sete continuações, além de duas refilmagens, mas é importante destacar que o filme novo só leva em consideração a história do original.
A Final Girl
Para além da estética, do estilo, da trilha sonora repetitiva, do assassino obstinado que nunca para e do senso de aventura que se infiltra dentro do gênero do horror, Halloween é um dos pioneiros mais emblemáticos de um tipo de clichê de roteiro muito querido por fãs de cine-
ma: o da Final Girl, ou “Garota Final”. O termo criado pela pesquisadora Carol J. Clover em um livro sobre o assunto dos anos 1990, refere-se à última sobrevivente do assassino em série. Normalmente é uma mulher mais esperta que o resto e que frequentemen-
te acaba entrando em conflito com o “monstro” em questão. Como qualquer clichê, ele pode ser usado e abusado de diversas formas e alguns filmes dos últimos anos são bons exemplos de como é possível se inspirar no clássico para explorar a criatividade.
Protagonistas femininas notáveis em filmes de terror recentes Corrente do mal (2014) O longa de 2015 de David Robert Mitchel também usa a ameaça principal à vida da protagonista – uma maldição contagiosa – para explorar a ideia de ser seguido por um vilão implacável. A protagonista poderia ser coadjuvante em qualquer um destes filmes, mas demonstra-se a única personagem capaz de perceber que é só enfrentando esta ameaça que é possível derrotá-la. Rua Cloverfield 10 (2016) A personagem de Mary Elizabeth Winstead neste filme é um bom exemplo de um uso clássico deste arquétipo em um ambiente criativo. Continuação do filme de monstro Cloverfield (de 2009), acompanha Michelle, uma mulher que se envolve em um acidente e acorda em um abrigo antibomba subterrâneo, onde terá que conviver com dois estranhos, pois o ar fora do bunker está contaminado. A partir daí a tensão se desenrola e a dúvida sobre no que ou em quem acreditar toma conta do filme. A morte te dá parabéns (2017) Tree Gelbman, uma universitária antipática de uma fraternidade, acorda de ressaca em um quarto estranho no dia do aniversário e, depois de um dia comum, é assassinada a caminho do próprio dormitório. Mas esta não é toda a história de A morte te dá parabéns, filme do ano passado dirigido por Christopher Landon. Isso porque depois de ser morta, Tree entra num ciclo, acordando sempre no mesmo dia como se nada tivesse acontecido e acaba percebendo que vai ter que reviver a própria morte até que descubra quem é seu assassino. O filme não só brinca com a ideia da última sobrevivente (que nesse caso quase nunca sobrevivente), como também explora diversos clichês dos filmes de terror. Um Lugar Silencioso (2018) Em um mundo tomado por alienígenas que atacam qualquer pessoa que emita um som maior que um sussurro, uma família aprendeu a viver com o silêncio. Por mais que comece como um filme que tenta contemplar o que é sobreviver sem fazer barulho nenhum, a história acumula tensões. Nenhum problema assusta mais, contudo, que o fato da mãe da família, interpretada por Emily Blunt, estar grávida e prestes a ter o bebê. E ainda que o filme fale muito das relações entre todos esses membros, é nela e na filha mais velha que cai a responsabilidade de tomar a frente da situação. O suspense que estreou no primeiro semestre está sendo cotado para alguns Oscars, inclusive de atriz.
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#KERO
Os nossos queridinhos do momento também podem ser o de vocês, né? Prestem atenção o que roubou os nossos corações nesta edição:
A estação mais quente do ano já está quase colocando a cara para jogo e você já deve estar sonhando com os dias de sol, piscina, praia e tudo o que tiver direito para aproveitar esse período, inclusive, uma boia de flamingo não seria nada mal para fazer foto e se sentir a #blogueirinha do Instagram. Valor: 149,90 Onde: ludi.com.br
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PAPO DE LEITOR
Por Mateus Pereira Silveira
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Doze lições da História Will e Ariel Durant
Nas terras da fantasia Outubro é conhecido como o mês das crianças. Além das brincadeiras e diversão, a infância é uma época propícia para o incentivo à leitura. Livros de colorir, quadrinhos e contos de fada clássicos já fizeram sucesso entre as crianças, que hoje se encantam por novas sagas. Contudo, existem obras, que embora escritas para o público jovem, já se tornaram clássicas para todas as faixas etárias. Por isso, separei três títulos que se encaixam nessa categoria e despertam a imaginação, não importa a idade do leitor.
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Frida Kahlo: uma biografia Maria Hesse
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Cidade das almas perdidas Cassandra Clare
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll Uma garota inteligente, que após ver um Coelho branco tirar um relógio do colete, decide segui-lo e acaba caindo em um buraco que a leva para um mundo inusitado, com animais falantes, um Chapeleiro Maluco e uma Rainha fanática por cortar cabeças. Essa é a história de Alice, criança com uma imaginação fértil que passa por situações inusitadas em um país diferente do seu. O livro, que contém diálogos incríveis e recheados de sarcasmo, foi escrito por um matemático que se inspirou em um menina próxima para criar sua personagem principal. Hoje, quase dois séculos depois, Alice foi transformada em uma das mais celebradas princesas da literatura.
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O poder do eu te amo Marcos Piangers
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Bela bagunça: bagunceira como você Isabela Castro
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Tudo o que nunca contei Celeste Ng
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As luas de Júpiter Alice Munro
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Quando você chegou Rita Ramos
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O livro do bem Ariane Freitas e Jéssica Grecco
destaques do mês
Peter Pan, de J.M.Barrie Mais uma aventura que tem como cenário um universo de fantasias. Conhecido como o garoto que se recusa a crescer, Peter Pan vive na Terra do Nunca, onde tem a companhia da Fada Sininho. A trama se desenvolve quando Peter leva os filhos da família Darling (Wendy, John e Michael) para sua terra, onde o tempo não passa. Entre as grandes emoções do livro está o embate de Peter com o Capitão Gancho, um dos vilões mais icônicos dos histórias infantis. Bônus: além de ser uma ótima história, rendeu um dos melhores filmes nostálgicos dos anos 90: Hook, a Volta do Capitão Gancho, com elenco que conta com Robin Williams, Dustin Hoffman e Julia Roberts. Vale a pena ler e assistir. O Hobbit, de J.R.R. Tolkien “Numa toca no chão, vivia um hobbit”. Foi dessa maneira simples que Tolkien iniciou a jornada de Bilbo Bolseiro e apresentou ao mundo a Terra Média. Como é sabido, Bilbo gostava da vida pacata e confortável em sua humilde e organizada toca quando recebe a visita do Mago Gandalf e parte na busca pelo tesouro guardado por Smaug, um terrível e inteligente dragão. Nessa aventura, são apresentadas outras criaturas, como os anões, os trolls, goblins e elfos, que depois viriam a fazer parte da saga de fantasia mais cultuada da literatura e cinema mundial: O Senhor dos Anéis. 38 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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Você acredita mesmo em amor à primeira vista? Fabi Santina
* A seleção dos livros deste mês foi feita com os lançamentos e os que estão na pré-venda da Saraiva.
LIVROS DO VESTIBULAR
É preciso variar
Por George França e Bruno Andrade
as histórias os Melhores contos, de Lygia Fagundes Telles
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“Rondava, rondava e ficava me observando reticente, saboreando o segredo até o momento em que não resistia mais e contava.” (p. 16). Esta é uma das falas do conto que abre a seleção e é uma excelente metáfora para a escrita de Lygia Fagundes Telles, homenageada com a indicação ao prêmio Nobel da Literatura em 2016. Detentora de uma incrível carreira, a autora teve sua primeira publicação em 1938 - aos 15 anos - e continua produzindo até hoje, no auge dos seus 92 anos. Na seleção indicada para o Vestibular UFSC 2019, feita por Eduardo Portella e lançada pela Global Editora em 2015, reúnem-se 16 dos melhores contos de uma vida inteira. Como mencionou Portella na apresentação do livro: “A narrativa de Lygia Fagundes Telles cresceu, sem necessitar se alongar. Cresceu por dentro. Embora tenha demonstrado indiscutível perícia no romance, é na história curta, no conto especificamente, que ela recorta o seu espaço muito especial”. Isso porque é no conto que a marca registrada de Lygia, a angústia, melhor se apresenta. O psicanalista Jacques Lacan dizia que a angústia é um afeto especial que tem estreita relação com o que é um sujeito: “É este corte que se abre e que deixa aparecer o inesperado, a visita, a novidade - pressentimento, pré-sentimento - antes do nascimento de um sentimento”. É no conto que se manifesta a capacidade de prender o leitor até o último momento, até o último segredo, até a última coisa que apareça como imagem da falta. Como se recebêssemos um tapa rápido que só dói algum tempo depois, os contos precisam de um momento de maturação para fazer sentido. É uma seleção curta com textos rápidos, mas que faz necessária uma pausa entre uma história e outra. Ousamos dizer também que a seleção feita talvez diga mais do que a própria obra, já que traça um caminho através das histórias de modo que se estabeleça um roteiro: há uma trilha entre os contos que é possível seguir se puder se atentar aos sinais. Os temas encontrados não diferem muito - a morte, a loucura, o medo, a solidão, o desespero, a culpa, a obsessão. O modo como esses temas são colocados e explorados é a forma como Lygia nos mostra sua habilidade. O desespero humano perpassa pelas “ficções” como uma corda, e é o leitor que decide se esta mesma corda será usada para escapar ou para se amarrar na obra. Um exemplo perfeito disso é o conto “Apenas um saxofone”, onde a narradora toma um porre e relembra um passado que não vai voltar, pontuando aspectos humanos tão comuns, como a futilidade, o ciúme e a ganância:
Fotos: Divulgação
“Queria vê-lo mais independente, mais ambicioso. Você não tem ambição? Não usa mais artista sem ambição, que futuro você pode ter assim? Era sempre o saxofone quem me respondia e a argumentação era tão definitiva que me envergonhava e me sentia miserável por estar exigindo mais. Contudo, exigia.” (p. 26).
Sobre a autora Advogada, romancista e contista, Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo em 1923, mudando-se depois para o interior paulista e para o Rio de Janeiro. Estreou em 1938 com o livro de contos Porão e sobrado, já bem recebido pela crítica. Frequentou a famosa Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e foi casada com Paulo Emilio Salles Gomes, um dos mais conhecidos críticos de cinema brasileiros e um dos fundadores da Cinemateca Brasileira. Foi vencedora da 17ª edição do Prêmio Camões em 2005, e também a primeira mulher brasileira a ser indicada ao Prêmio Nobel de Literatura. Segue viva e sendo a quarta ocupante da cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras.
A falta de um final definitivo para as histórias também é marca registrada da escrita de Lygia. Não que seja lacônica, longe disso, mas os finais abertos sempre dependem mais do leitor, mais astúcia, mais envolvimento. Ainda em Apenas um saxofone: “Se você me ama mesmo, eu disse, se você me ama mesmo então saia e se mate imediatamente.” (p. 27). Então: matou-se ou não? A eterna dúvida do que poderia ter sido é o que mais angustia quando da leitura desses contos. Entretanto, nem só de morte as histórias se sustentam. Em Pomba enamorada ou uma história de amor, Lygia explora os limites do desespero amoroso e do misticismo. Após se apaixonar à primeira vista, a personagem que se intitula “pomba enamorada” não mede esforços para conquistar o príncipe desencantado (o famoso “boy lixo”) e acaba até mesmo sendo atropelada em uma das tentativas. Mesmo que desesperadora, a história tem um toque de humor muito particular e próximo, como quando a personagem recorre a Santo Antônio para que a ajude na empreitada. Nenhum personagem de Lygia é realmente bom porque ninguém é totalmente bom na vida real. Todos os personagens estão perdidos e sozinhos e tomam atitudes erradas porque assim também somos nós, leitores. Mesmo assim, a autora nos faz ver que tudo vale a pena: seja em um caso de amor impossível ou em uma fuga louca da realidade, ainda existe uma centelha de esperança. E é justamente a tensão, o desafio e o erro que fazem com que a vida valha a pena. Afinal, “É preciso variar as histórias, Luisiana, o divertido é improvisar que para isso temos imaginação. É triste quando um caso fica a vida inteira igual…” (p. 25).
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PROFESSOR DO MÊS
Por Renata Bomfim
ESCOLAS VIRAM BASE PARA LANÇAMENTO DE QUEM É ELA NOME COMPLETO Larissa Esser IDADE 22 anos CIDADE DE NASCIMENTO Imbuia/SC GRADUAÇÃO Licenciatura em Física IFC Campus Rio do Sul ESCOLAS EEB Cacilda Guimarães e EEB Tancredo Neves MATÉRIA EM SALA DE AULA Física
FOGUETES? Não é segredo que alinhar teoria com a prática melhora o aprendizado e facilita a compreensão do conteúdo. Larissa Esse, professora de física, não precisou de muito tempo em sala de aula para saber disso: desde que entrou para o mundo da docência, em 2017, buscou ter um olhar atento para acompanhar o ritmo dos alunos e melhorar a forma de ensino aprendizagem dentro do processo de renovação que os métodos de ensino estão passando. Para conhecer melhor o trabalho da nossa professora do mês, acompanhe a entrevista que fizemos com ela:
REVISTA ITS: QUANDO VOCÊ AINDA ERA ESTUDANTE, O MAIS TE ENCANTAVA NA ESCOLA? As oportunidades e a diversidade. Quando se vive em uma cidade pequena e do interior, as relações sociais são construídas na escola, você conhece o “mundo” no âmbito escolar e isso me fascinava. Era onde eu podia matar minha curiosidade e sanar minhas dúvidas com os materiais oferecidos pela escola e com professores sempre muito prestativos. REVISTA ITS: O QUE LEVOU VOCÊ A ESCOLHER A EDUCAÇÃO COMO SEU TRABALHO? Desde pequena eu adorava brincar de “escolinha”, onde eu fazia o papel da professora. No colegial, eu me divertia explicando a matéria para os meus colegas dez minutos antes da prova ou ajudando-os com os cálculos. Ao terminar o ensino médio queria fazer jus à frase: “faça o que gostas e não trabalharás um dia sequer de sua vida” e é assim que me sinto quando estou em sala de aula, o tempo voa quando estou ali. Ser professor não é só uma profissão, é um dom. REVISTA ITS: NO MÊS EM QUE SE COMEMORA O DIA DO PROFESSOR, O QUE MAIS TE ORGULHA NESTA PROFISSÃO? A oportunidade de fazer diferente e melhor a cada dia, de mudar a vida de um estudante e de oferecer novos caminhos a ele. A sala de aula é um desafio diário, por mais bem preparado que você esteja, por mais que domine o seu conteúdo e tenha anos de experiência, sempre há uma situação nova e sempre há surpresas. O conhecimento é mutável e sem limites e ser professora oportuniza que eu aprenda constantemente, se existe algo mais incrível que isso, desconheço. REVISTA ITS: TEM ALGUMA BANDA/SÉRIE FAVORITA? Com certeza, Engenheiros do Hawaii (as músicas deles são incríveis). Minha série favorita é a série de histórias que minha avó de 91 anos conta sobre a sua juventude e sua vida. REVISTA ITS: O QUE VOCÊ FAZ NAS HORAS VAGAS? Adoro ficar em casa com minha família e meu namorado jogando conversa fora. Também gosto de ler, assistir um filme aleatório e dormir.
Fotos: Divulgação
REVISTA ITS: QUAL SEU LIVRO/AUTOR PREDILETO? A culpa é das Estrelas – John Green. Embora a história seja bem clichê, me envolveu muito e vinha ao encontro ao que estava passando no momento em que li. Esse livro trouxe duas lições que levo comigo: a felicidade está nas coisas simples e seja positivo, sempre. REVISTA ITS: SE PUDESSE TROCAR DE LUGAR COM ALGUÉM POR UM DIA, QUEM ESCOLHERIA? POR QUÊ? Nunca tinha me feito essa pergunta, mas se pudesse trocar de lugar com alguém por um dia seria um aluno cego. Sempre tive curiosidade e dificuldade de me colocar no lugar de um aluno com essa condição especial, saber e entender como um cego “vê” seria uma
oportunidade de encontrar alternativas e metodologias de ensino que favoreçam a aprendizagem nessas situações, além de enxergar o mundo sob uma nova perspectiva. REVISTA ITS: POR QUE LECIONAR FÍSICA? Eu sabia que queria ser professora e minha maior afinidade era com a área das exatas e, dentre as disciplinas, a Física sempre foi a mais linda. Encontrei nela a explicação de muitos dos meus questionamentos: oferece uma compreensão científica dos fenômenos da natureza que vão do micro ao macro. Então, nada mais justo do que mostrar aos estudantes o quanto essa disciplina é aplicada no nosso cotidiano e o quanto dependemos dela para desfrutar das maravilhas do mundo moderno. REVISTA ITS: QUANDO SURGIU A IDEIA DE CRIAR UM FOGUETE ALINHADO AOS CONTEÚDOS DA SUA DISCIPLINA? Desde a minha formação sempre busquei aliar teoria e prática, fui bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) durante três anos e meu foco era desenvolver atividades práticas que pudessem ser aplicadas em sala de aula. Dentre elas, o foguete de garrafa PET, um experimento demonstrativo simples, de baixo custo e que não toma muito tempo de aula para ser construído. Além do mais, a maioria dos estudantes possuem curiosidades sobre astronomia, espaço e os foguetes, o que facilitou a contextualização do conteúdo e aplicação da atividade. REVISTA ITS: QUAIS TURMAS PARTICIPARAM E QUAL O OBJETIVO DO TRABALHO? Participaram do trabalho cinco turmas de primeiro ano do ensino médio, quatro da EEB Cacilda Guimarães e uma da EEB Tancredo Neves. Ao todo, foram 100 estudantes envolvidos com a atividade. O objetivo foi de proporcionar o entendimento dos movimentos em duas dimensões (lançamento oblíquo), trabalhar a decomposição de vetores e propor uma resolução de exercícios que partisse da situação observada, o lançamento do foguete. REVISTA ITS: COMO FOI O ENGAJAMENTO DA TURMA? A atividade foi aceita e desenvolvida por 100% dos alunos, principalmente pelos que geralmente obtinham baixo rendimento na disciplina e/ou consideravam a Física chata. Foi nítido o trabalho em equipe entre as turmas, desde a partilha dos materiais como a ajuda na construção do foguete. REVISTA ITS: ALINHAR TEORIA E PRÁTICA FACILITA O ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS? Com certeza. Lidamos com estudantes que vivem em um contexto muito visual e instantâneo, onde aulas tradicionais e de resolução de exercícios e problemas tornam-se menos apreciadas e prazerosas. Oportunizar aos estudantes o desenvolvimento de atividade práticas, mesmo que sejam simples, instigam a curiosidade do educando e até mesmo o gosto pela disciplina.
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GALERIAS
EEB Arnaldo Moreira Douat - Joinville
EEB Professor Germano Timm - Joinville
EEB Marechal Bormann - Chapecó
CEB - Florianópolis
Colégio Marista - Chapecó
EEB Bom Pastor - Chapecó
SANTA CATARINA
DISTRIBUIÇÃO
EEB Professor Germano Timm - Joinville
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EEB Gustavo Augusto Gonzaga - Joinville
Fotos Fabricação Filmes | Top MKT | Promotes Eventos | Fernanda F L Silva
Instituto Estadual de Educação - Florianópolis
EEB Professor Germano Timm - Joinville
EEB. Giovani Pasqualini Faraco - Joinville
EEB Romildo Czepanhik - Xanxerê
EEB Professor Germano Timm - Joinville
EEB Irma Maria Tereza - Palhoça
Colégio Marista - Chapecó
Colégio Energia - Florianópolis
EEB Professor Germano Timm - Joinville
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GALERIAS
lição de casa
FLORIANÓPOLIS
COLÉGIO BOM JESUS
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FLORIANÓPOLIS
Fotos José Somensi Fotografia
COLÉGIO ideologia
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GALERIAS
Emanuella, Luiza, Julia, Beatriz e Rafael
Gabriela, Anna, Juliana e Maria Luiza
Laura, Isadora, Emanuella, Victor e Arthur
Alexandre e Arthur
FLORIANÓPOLIS
Colegio Bom Jesus
João Gabriel
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Isabela, Julia, Ana Luiza, Joao Victor, Lucca, Anelise, Joana e Luana
FLORIANÓPOLIS
Colegio Solução
Maria Eduarda Arcenio
João Arthur e Arthur Luis
Brenda e Lucas
Fotos DM Fotografias
Maria Eduarda e Tais
Terceirão do Colegio Solução
Lucas G., Gustavo,Ronan,João Vitor,Lucas R. e Lopasso
Daphne,Gabriela,Mariana,Leticia e Maria Eduarda
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GALERIAS
Beatriz, Emanuelle e Rafaela
Maria Vitoria e Tamile
Victoria, Emili, Isabelle, Andrei e Ana Lucia
ITAJAI
EEB PAULO BAUER Andressa, Alisson, Rafaela, Vitoria, Lucas, Suiane e Igor
Ludimila
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Beatriz e Ana Cristina
Andrey, Beatriz, Emanuelle, Talita, Aurora e Daniel
Gustavo, Willian, Adler, Manolo e Lucas
Isabela, Vivian e Ketlyn
Paulo e Maria Isabella
Maria Graziele, Joana e Juliana
Jessica e Davi
itajaí
Fotos Top MKT
EEB Victor Meirelles
Alexia, Maria Clara e Rodrigo
Samara e Danton
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GALERIAS
Adna, Camilla, Mel e Ana Carolina
Ricardo, Maria, Jessica, Carol, Lattifa e Daniel
Kamylle e Milena
Amanda e Ana Paula
Ana Beatriz
joinville
Eeb Governador Luiz Henrique da Silveira
Claudio
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Adna, Ana Clara, Ana Paula, Amanda, Milena e kamylle
JOINVILLE
Eeb doutor Paulo Medeiros
João Victor
Beatriz e Jeffer
Gabriela e Julia
Fotos Divulgação
Augusto e Lucas
Augusto, Lucas, Gabriela e Julia
Álvaro e Natan
Ketlyn,Brenda e Stephany
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GALERIAS
Ana Paula, Nicole, Mateus, Maria Luiza, Thalita, Luiza Eduarda e Camila
Bruna, Gabriela, Talita, Ana Paula e Natalia
Gabriele e Milena
Emanuely, Carlos e Sabrina
Larissa, Camila, Barbara e Maria Luiza
Blumenau
EEB Governador Celso Ramos
João, Ricardo, Amanda e Bruna
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Cleomar, Cristian, Isaias, William, Rafael e Laís
Maria Julia e Camila
Andrielly e Stefany
Maria Eduarda, Maiza e Pedro
Vinicius, Emily e Sidney
Bernardo e Beatriz
Fotos Promotes Eventos
BLUMENAU
SENAI
Vitor, Thiago, Peter e Alan
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AS MATÉRIAS QUE
NÃO ESTÃO NA ESCOLA,
ESTÃO AQUI.
TAMO JUNTO
na escola,
TAMO JUNTO
no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.
Por Priscila Andreza de Souza
SAIDEIRA
A felicidade de se ter uma
amiga de infância Esta crônica demorou para ser escrita, mas você nunca pediu. Porque amiga é assim, deixa a gente livre pra fazer o que quiser e sem julgamentos. Com você, eu sempre desfrutei da liberdade de dizer qualquer coisa sem nenhum pingo de receio, de virada de olho ou de cara feia. Você sempre ouviu meus dramas e não ridicularizou minhas bobagens. Depois de 20 anos, a mensagem de hoje via Whatsapp de “boa noite” seguida por “eu amo você” fez eu refletir. Primeiro respondi sem pensar duas vezes “eu também te amo”. Bem, a gente sabe que eu sou super cuidadosa com as palavras, porque odeio mentiras. Esse nosso amor é verdadeiro e relembrar o dia que a gente se conheceu é fascinante. Nossas mães eram colegas de profissão, professoras do ensino fundamental. Você me viu na escola e quis mostrar a sala de aula da sua mãe, se exibir com a lousa e o giz. Mal imaginava que a minha mãe também “tinha” uma sala de aula. Lembrar aquela cena de você me dizendo que sua mãe era muito importante por ser professora e blá blá blá é engraçado. A nossa parceria foi provada com tatuagens iguais de coração no dedinho depois do dedão (sempre esqueço o nome) no pé esquerdo, meu presente de aniversario de 2013. Eu estava me borrando de medo enquanto você dizia: “relaxa que é só um risquinho!”. A nossa conexão foi instantânea, logo uma não saía da casa da outra. Revezávamos um final de semana você na minha; o outro eu na sua. Claro que nos finais de semana que você passava na minha casa, eu fazia você levar um ursinho na missa de domingo. Você morria de vergonha de sair com um urso na rua. Afinal, você já tinha oito anos enquanto eu era uma pirralha de seis.
Veio meu primeiro namorado com aliança de prata e tudo mega brega. Eu lá com 14 anos namorando e me achando a madura. Depois veio a fase de eu ser a própria Britney Spears. Saímos para as baladinhas de 15 anos e o modelito era sempre o mesmo: mini blusa e calça jeans de cintura baixa. Você foi a primeira a fazer tatuagem, determinada e corajosa que é. Eu fiquei pensando por longos cinco anos. Eu contei para você quando passei no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e estava me mudando para Florianópolis, estava aterrorizada. Você me acolheu quando meus pais se separaram. Quando desisti de dois cursos e voltei para Joinville. E quando cortei meu cabelo bem baixinho. Oh, céus, que fase alternativa aquela! Sim, eu e você sabíamos que minhas bochechas não combinavam com aquele cabelo curto, mas nessa hora um: “tá bonita amiga”, vale. Comentamos esses dias que a rotina das nossas saídas mudaram. Antes era bar e chope, caipirinhas nas quintasfeiras e festa nas noites de comemoração. Agora rola aquele cafezinho da tarde com bolo e sorvete. Que é gostoso da mesma forma, porque é a nossa troca de vivência que faz nossa amizade forte. Eu ouço com frequência sobre o mito de que amizade entre mulheres sempre rola uma competição: quem é mais bonita, mais inteligente, mais não sei o quê. Com a gente nunca rolou, não precisamos competir uma com a outra e nem provar algo para alguém, deve ser por isso que nunca brigamos. Somos perfeitas juntas, amigas, irmãs e confidentes. Eu te amo, amiga. Vou estar ao seu lado para o que der e vier, não importa se as situações mudam ou se o nosso dia a dia é tão diferente uma da outra. Nossa parceria é de longa data, 20 anos de amizade não se acha em cada esquina.
Veio a fase de fãs inveteradas por bandas pops internacionais. Cada uma iria casar com um dos Backstreet Boys: eu com o Nick e você com o Brian. As bancas ficaram ricas somente com a quantidade de revistas e pôsteres que comprávamos. Outra coisa que colecionávamos eram adesivos. Usamos aparelhos nos dentes na mesma época, você adorava; eu odiava. A única graça era combinar as borrachinhas do aparelho com a cor da blusa. E a mania de usar uma borrachinha de cada cor? Que fase!
Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br
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“ANTES, EU SÓ CONSEGUIA ENTENDER O LÁ LÁ LÁ DA MÚSICA.” “AGORA EU APRENDO INGLÊS COM OS MELHORES PROFESSORES.”
SEM TAXA DE MATRÍCULA. Unidade Blumenau
Unidade Florianópolis
Rua Marechal Floriano Peixoto, 303 Centro - Blumenau/SC
R. Rafael Bandeira, 335 Centro - Florianópolis/SC
3326-7272
3224-2696
Unidade Itajaí
Unidade Joinville
Rua Camboriú, 1000 Fazenda - Itajaí/SC
Rua dos Ginásticos, 150 Joinville/SC
3349-0158
3417-6030
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