Its 133 - Outubro

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www.portalits.com.br | edição 133

CULTURA POP

Santa Catarina Outubro - 2016 R$9,50

SERTANEJO GIRL POWER

GALERIAS

SÓ CLOSE CERTO

Os alunos da EEB Dom Jaime de Barros Câmara abrem o jogo sobre a expectativa para o Exame Nacional do Ensino Médio




editorial

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:

Salve galera!

Anavitória – Singular Maiara e Maraisa - “Medo Bobo” Beyoncé - End Of Time Closer - The Chainsmokers feat. Halsey

Confesso que a prova do Enem foi uma das mais cansativas e longas que eu já presenciei. Lembro de encarar o exame com um certo desinteresse, e depois ficar na bad, pensativa com o nível de conhecimento que eu ainda precisava buscar. A minha experiência em 2011 me proporciono muito além de um momento de autorreflexão. Hoje curso a penúltima – graças ao bom Deus – fase de Jornalismo em uma instituição privada por conta do Enem. Vi amigos meus embarcando para New York, Canadá e Alemanha com o auxílio dos pontos obtidos na prova. Conheci pessoas mais velhas e adolescentes que depois de muito esforço conquistaram o diploma do ensino médio graças ao exame. Vejo e presencio uma galera – assim como você, eu espero – dando duro para obter uma boa pontuação, e vou te afirmar: vale a pena! Faça o seu melhor, aproveite a oportunidade. Encare o desafio. Enem não é um bicho de sete cabeças, mas pode te fazer voar para os quatro cantos do mundo – nem que seja pelos mundos do conhecimento, afinal de contas, ele é o principal. Boa prova, nós aqui da @revistaits estamos torcendo por você! #gotime Jéssica

TÁ NA MODA

ESCOLA ABERTA

ESCOLA ABERTA

LIVROS DO VESTIBULAR

CAMILA VALGAS

CAUÊ ANDREOSI

EDINÉIA RAUTA

GEORGE FRANÇA

OS CULPADOS

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

CULTURA POP

MATÉRIA DE CAPA

COLABORADORA DE MATÉRIA DE CAPA

SAIDEIRA

HAZIEL SCHNEIDER

LUCAS INÁCIO

LUCIANA PAULA

VANESSA ESTEVES


conteúdo OUTUBRO 2016

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10

ESCOLA ABERTA

CULTURA POP

22

GALERIA

MATÉRIA DE CAPA

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10 | CULTURA POP

14 | WIFI

12 | ESCOLA ABERTA

Sertanejo é pop! Não, não estamos falando (ainda) sobre o próximo álbum da Taylor Swift, mas podemos conferir como o poder feminino tem crescido junto com o gênero no Brasil e afirmando mais uma vez que preconceito musical é besteira e que música é para todos os públicos <3

Galvão Bueno ficaria orgulhoso ao saber que duas artistas brasileiras vão representar o país na próxima edição do jogo de dança mais vendido no mundo. O Just Dance 2017 vai contar com a música “Bang” de Anitta e “Te Dominar” da cantora pop Daya Luz. Essas loucuras e outras novidades no wifi desse mês

Dos dias 21 a 25 de setembro, o evento mundialmente conhecido Youth World Peace Forum, no português Fórum Mundial dos Jovens Pela Paz, foi realizado em Florianópolis e recebeu cerca de 1.000 alunos de escolas públicas e privadas da capital e região. Vem ver!

18 | LIVROS DO VESTIBULAR

22 | CAPA

34 | PROFESSOR DO MÊS

Não foram poucas vezes que vimos em novelas irmãos gêmeos de personalidade oposta – em geral, um é o “bom” e o outro, o “mau”. A lista é grande, mas também pudera: o tema da rivalidade entre irmãos, de tão antigo, é bíblico e esse ano, aparece na prova da Federal

O Enem está chegando e, para te ajudar a encarar essa, nós fomos até o bairro do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, para descobrir o segredo de uma escola que vem conquistando um desempenho destaque na prova.

Dos 11 professores brasileiros classificados para um programa na gringa, Rodrigo é o único catarinense que fará parte do time Brasil. O mestre tem motivos de sobra para comemorar o mês dos professores com esse presentão, fruto do seu trabalho e dedicação com a comunidade escolar. #GORODRIGO

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Colégio Marcos Ko nder

driguês da Silva Escola Marcolina Ro

imento o José do Nasc Escola Celestin

Amanda e Elielson do Colégio Marcos Konder - Ilhota ola Marcolina Amanda da Silva Esc có ape Rodriguês da Silva - Ch Haro Escola Martinho De

Escola Ivo Silveira

Escola Olavo Bi lac

anda da Escola Ana Laura, Letícia é Am quim Joa São Martinho de Haro

da Escola Amanda Pagnoncelli mento sci Na do é Jos Celestino Ouro Verde

As meninas da Escola Olavo Bilac, Joinville com o prof. de Educação Física

Eeb Nereu Ramo s-

Ana Júlia Queiroga e Gu Zeferino - Eeb Nereu ilherme de Almeida Ramos - Itapoá

Escola Maria Terez inha

da Escola Ivo Daniel Coelho e Ana ça lho Pa Silveira,

Itapoá

Garcia

Ester Rodrigues e Joã o da Escola Maria Terezi Lucas Waltrick nha Garcia

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19OPÇÕES DE CURSOS Vagas pelo Enem Intercâmbios Bolsas de Estudo Financiamento Estudantil

unifebe.edu.br


Por Haziel Schneider,

CULTURA POP

18 aninhos punindo malfeitores em nome da Lua, estudante de Publicidade e Propaganda, fissurado por cultura pop

O Sertanejo é

Pop! O estilo costumava ser dominado por homens, com um público bem específico e letras até bem... limitadas. Como eu disse, costumava! A mulherada tem conquistado cada vez mais espaço e agitado os festivais, provando que não, não é preciso ser um “cabra macho” pra fazer um bom trabalho. Essa questão de representatividade é muito importante. Além de tornar o gênero mais acessível, nos faz perceber que a música é de todos e para todos, e que apesar de ter raízes, o sertanejo ainda é “jovem” e que sim, é possível ser uma diva com camisa xadrez e botas de cowgirl. É lindo ver como a maioria dos artistas presentes é unida trabalha entre si, sempre apoiando o crescimento uns dos outros. No sertanejo contemporâneo, sempre tivemos Paula Fernandes como um ícone solo; e agora, para “temperar” ainda mais a cena, as duplas femininas chegam em peso.

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Não, não estamos falando (ainda) sobre o próximo álbum da Taylor Swift, mas podemos conferir como o poder feminino tem crescido junto com o gênero no Brasil e afirmando mais uma vez que preconceito musical é besteira e que música é para todos os públicos <3

Marília Mendonça, a RA-

INHA da sofrência, dona de hinos como “Infiel” e “Sentimento Louco”, é um dos fortes nomes da atualidade. Com aquela pegada sofrência Cristiano Araújo e um carisma que conquista qualquer um, a moça, além de escrever as próprias músicas, já fez participação em álbuns de outras artistas, como Maiara & Maraísa.


#PLAYLIST DO HAZI

Se é para sofrer, vamos sofrer com estilo:

Naiara Azevedo - 50 Reais

Maiara & Maraísa,

as irmãs gêmeas donas do hit “10%”, ganharam notoriedade com lançamento do álbum visual “Medo Bobo” e a canção de mesmo nome, em 2016. Choquem: elas já eram conhecidas por compor canções para artistas já consagrados como Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e Cristiano Araújo.

Simone & Simaria

– Desde 2012 em atividade, a dupla, também de irmãs, já coleciona mais de 34 mil fã clubes espalhados pelo país. São popularmente conhecidas pelo “Bar das coleguinhas” (que, pessoalmente, é o nome mais divertido e criativo de todos. Eu frequentaria esse bar).

Para terminar, não podemos esquecer de listar o hino 50 Reais, de ,a nova estrela em ascenção que provavelmente será a próxima diva sertaneja consagrada da nossa lista <3. Acho que em breve vai ter gente gravando álbum em português para fazer AQUELE featuring, hein…

Simone e Simaria Meu Violão e o nosso Cachorro

Naiara Azevedo

Maiara & Maraisa - 10%

Marília Mendonça - Infiel

Taylor Swift, Paula Fernandes - Long Live

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Por Cauê Andreosi

ESCOLA ABERTA

SANTA CATARINA

ABRAÇA A PAZ

“A esperança que fica é que ações como esta deixem de ser sonho e se tornem realidade contínua na sociedade em que vivemos”. É o que exclama Fábio Wollinger, aluno de 16 anos da EEB Baldicero Filomeno

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Dos dias 21 a 25 de setembro, o evento mundialmente conhecido Youth World Peace Forum, no português Fórum Mundial dos Jovens Pela Paz, foi realizado em Florianópolis e recebeu cerca de 1.000 alunos de escolas públicas e privadas da capital e região. Ação existente desde o ano passado, escolheu a cidade catarinense para segunda edição, que contou com a parceria da prefeitura de Florianópolis.

Para Elizete Caminha, da Secretaria de Educação, o evento é fundamental para que estudantes e professores se conscientizem em relação à violência dentro e fora das escolas. “É um privilégio participar deste movimento que tem a bondade e o amor como bandeiras e nos traz muita alegria”, disse. Camila Siqueira, de 17 anos, estuda na EEB Tenente Almachio e acredita que a partir do Forum, a


Fotos: Osvaldo Nocetti

violência irá diminuir consideravelmente na região em que mora. “Acho que agora o povo vai se ligar que é muito mais gostoso viver em paz”, afirmou. O Fórum Mundial da Paz visa interligar pessoas e organizações, interessados em construir um mundo de paz por meio da comunicação internacional. O Fórum Mundial da Paz é independente, sem fins lucrativos e educacionais. As principais atrações do evento realizado em Florianópolis foram: flash mob, cerimônias musicais, exibição de filmes documentários, performance de ginástica rítmica, execução do hino nacional, workshops de diferentes culturas e palestras sobre a importância da paz no mundo.

Visando gerar discussões acerca da violência dentro da escola, o Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE) foi fundado entre as décadas de 1980 e 1990 e estruturado na Secretaria de Estado da Educação e nas Escolas da Rede Pública Estadual do Estado. Em 2011, institui-se atuando de forma integrada e intersetorial em parceria com setores da saúde, justiça, segurança pública, assistência social, conselhos tutelares e ministério público.

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LIÇÃO DE CASA ESPORTE

Por Lucas Inácio

Y

X

Dicas aos mestres,

com carinho Chegou outubro e junto com ele uma data importante e conhecida de todos nós. Não, não é o dia das crianças, até porque a maioria da galera já está grande demais para ganhar presente e a data já não faz tanta diferença. Na verdade tô falando do Dia dos Professores, comemorado no dia 15. Como a data é deles, no Lição de Casa será especial para eles, mas os alunos podem ler também. Em tempos de segunda (terceira e até quarta tela), ensinar já não é uma exclusividade dos professores de sala de aula. Sites na internet, canais no Youtube e até aplicativos especializados tentam complementar o que é passado no ensino regular. Isso não substitui nossos queridos mestres, obvia-

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mente, mas influencia a forma de ensinar. Um exemplo é o Canal do Pirula, que já possui cerca de 500 mil inscritos. O Paleontólogo é formado em biologia, com mestrado e doutorado em zoologia, o que não o impede de falar sobre ciências, política, religião, viagens e atualidades em geral, tudo com base em fontes científicas. Ele vai na contramão do Youtube com vídeos longos e explicações detalhadas de temas complexos, apresentando uma forma eficiente de transmitir informações e manter a galera ligada. São canais que valem ser monitorados pelos professores e muitos são produzidos pelos próprios professores, como falamos na edição de maio sobre


os professores youtubers. Além disso, os smartphones e tablets são cada vez mais utilizados, tanto que existe uma série de aplicativos especialmente criados para os nossos mestres. O fato é que ser professor continua sendo difícil e trabalhoso, mas agora com um pouco mais de opções. A tecnologia pode distrair bastante os alunos, mas também pode ajudar na compreensão das matérias. Então, lá vão as dicas (todas gratuitas).

SILÊNCIO, TURMA Talvez o professor Girafales não tivesse passado tantos problemas pedindo silêncio para a turma se tivesse o aplicativo Too Noisy (“muito barulhento”, em tradução literal). O professor pode regular um limite de barulho e quando passa do limite, o celular apita. É ideal para aquela hora dos exercícios ou leitura de texto sem precisar gastar com pastilha de garganta ao fim do dia.

RECADO SEM AGENDA Vários professores já devem ter ouvido dos responsáveis: “eu não vi o aviso na agenda”, mas agora já tem uma alternativa. O Remind101 é um aplicativo especificamente para os professores em que você pode enviar avisos e anúncios para pais e alunos. O legal é que ele não revela seu número de telefone ou quaisquer outros dados. Detalhe: as notificações não podem ser excluídas.

LOUSA PORTÁTIL Para fechar, um aplicativo um pouco mais divertido. Imagine montar uma explicação no seu celular ou tablet, como se fosse em um quadro, e ela ir direto para o celular do aluno em tempo real. O Educreations funciona assim e também pode ser projetado em uma lousa digital da sua escola. Dá até para colocar áudio nas explicações, é sensacional.

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LIVROS DO VESTIBULAR

Coisas passadas, coisas futuras: as animas mal natas de Esaú e Jacó Não foram poucas vezes que

era estéril e pôde engravidar por

por Machado de Assis em vida,

vimos em novelas irmãos gêmeos

milagre) tiveram dois filhos gêmeos:

no ano de 1904, toma como título

de personalidade oposta – em geral,

Esaú e Jacó. “Os filhos lutavam

justamente essa história bíblica. No

um é o “bom” e o outro, o “mau”.

dentro dela”, conforme a narrativa

entanto, os irmãos que conhecemos

Tente lembrar: Ruth e Raquel, em

bíblica, e o próprio deus teria dito

nele não se chamam nem Esaú e

Mulheres de areia; Paola e Paulina,

que dentro do ventre dela estavam

nem Jacó, mas sim, Pedro e Paulo,

em A usurpadora; Jorge e Miguel,

duas nações, dois povos. Esaú era o

nome

em Viver a vida... A lista é grande,

primogênito, e preferido de seu pai,

credo cristão da mãe, que teria sido

mas também pudera: o tema da

Isaac; Jacó era o preferido da mãe,

inspirada a isso durante a oração

rivalidade entre irmãos, de tão

com o auxílio dela, roubou o direito

do credo. Muito embora haja todo

antigo, é bíblico. O livro do Gênesis

de primogenitura de seu irmão.

um quadro cristão tradicional em

relata que Isaac e Rebeca (que

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O penúltimo romance publicado

também

inspirado

pelo

torno dessa família, curiosamente


Por George França

Professor do Colégio de Aplicação da UFSC; doutor em Literatura pela mesma instituição

começamos encontrando a mãe, Natividade, subindo o morro do Castelo para falar com uma cabocla adivinha que

SOBRE O AUTOR

prediz a sorte dos gêmeos. Aliás, há toda uma Advertência de abertura em que se diz que o livro seria um dos cadernos do Conselheiro Aires, no entanto, não pertencente ao que viria a ser seu memorial (o Memorial de Aires viria a ser publicado apenas em 1908, ano da morte de Machado de Assis). Os gêmeos Pedro e Paulo crescem tendo visões políticas e

temperamentos

completamente

distintos.

Pedro

se

tornará um monarquista e estudante de Medicina. Paulo, republicano, resolve ingressar na Faculdade de Direito. Distintos na política, o que os une é a paixão por uma mesma moça, que vive balançada entre ambos: Flora. A intriga romanesca, no entanto, é o plano de fundo para um Machado maduro e cético analisar as mudanças políticas pelas quais passava um Brasil que deixava o Império e ingressava na República. Pedro e Paulo serão ambos deputados e ferrenhos adversários, e nem a morte da mãe, que pede que cessem seus desentendimentos, consegue conciliá-los de todo. O confronto entre os irmãos, nascidos de um mesmo ventre, é arquitetado com maestria por Machado – com a ironia que lhe é peculiar e a maturidade do estilo único que cunhou, em que se destaca especialmente o diálogo com o leitor e a consciência que este tem de estar narrando– de forma a apontar a ambivalência de todos os valores, ou a hipocrisia da própria política. Pedro e Paulo nos colocam diante do que poderia ser o confronto maquínico entre conservadorismo e reformismo, ou ainda, entre renovação e tradição, mas, justamente pelo jogo de espelho que é sua semelhança, deixam confusa a própria moça por quem se apaixonam e que disputam: Flora, que pode ser lida como metáfora de nosso país. A atualidade do romance, no atual panorama brasileiro, é inegável, em especial em meio ao cenário Fotos: Divulgação

tétrico de descrença nas instituições republicanas que se conforma num Brasil que ostenta seu mais conservador Congresso desde a ditadura militar.

Neto de escravos alforriados, Joaquim Maria Machado de Assis nasce no morro do Livramento, no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. O Rio é, aliás, a grande paisagem de suas narrativas, que em muito registram a modernidade dessa cidade. Machado, aliás, é nosso escritor moderno por excelência. Aos 18 anos, já era aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, e a partir daí foi ocupando diferentes postos na vida letrada da capital federal. Epilético, casa-se com a portuguesa Carolina Novais, com quem viveu até que ela morresse, quatro anos antes dele. Machado escreve poemas, teatro, crônicas e romances; seus primeiros quatro livros nesse gênero ainda têm sabor romântico, mas já ensaiam poderosas figuras femininas. Em 1881, surgirá Memórias póstumas de Brás Cubas, livro que marca uma revolução em sua forma de escrever e uma mordaz interpretação do Brasil de seu tempo. Os capítulos curtos, a ironia fina, o chegar mesmo a escrever um capítulo apenas com sinais de pontuação, são pontos incontestes de seu arrojo e modernidade – que muito têm a ver com Esaú e Jacó. Conhecido como “Bruxo do Cosme Velho”, por conta do bairro onde viveu no Rio de Janeiro, nunca teve filhos, como vários de seus personagens (tanto os gêmeos Pedro e Paulo, como Brás Cubas, Bento Santiago, de Dom Casmurro...); “não deixou a ninguém o legado de sua miséria”. Machado é, também, o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, inspirada pelo modelo francês.

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WIFI

Por Lucas Inácio

FALA COM A MINHA MÃO Imagina atender o telefone com o aparelho no bolso e usando apenas a mão, colocando o dedo indicador no ouvido e começar a falar. Sim, parece coisa de James Bond, mas isso existe. É uma pulseira chamada Sgnl (abreviação da palavra “signal”) desenvolvida por uma empresa sul coreana. Ela pode ser usada com relógios comuns, smartwatchs ou como uma pulseira simples. O segredo é o aplicativo do Sgnl no celular que o conecta com a pulseira por meio de Bluetooth. A invenção é tão louca que o financiamento coletivo foi cinco vezes maior que o objetivo inicial. A pulseira custará cerca de US$ 140, mas ainda não tem data para ser comercializada.

NOVIDADES TECH AS NOVIDADES TECHS QUE A GENTE QUER

RASTREADOR DE CARTEIRA

Na onda das invenções incríveis, vamos falar de uma invenção muito útil: um rastreador de carteira. O Tile Slim é um aparelho menor que um cartão de banco e pode ajudar bastante na hora de encontrar seus documentos. Você liga o aplicativo do Tile no celular: se ele estiver na área de alcance do Bluetooth do seu celular, você recebe um sinal sonoro; se ele estiver ao alcance de outro usuário do Tile, a pessoa recebe um aviso e você recebe a localização mais recente. Além disso, ele pode ser grudado em computadores, tablets e ajuda a localizar seu celular apertando um botão no próprio cartão. O aparelhinho começou a ser vendido nos EUA em setembro com a promoção de um por US$ 30 e quatro por US$ 100 para estimular o uso colaborativo. Que ideia!

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Tenha em mãos um controle que não seja o do videogame.

controle TIM

DEFENDA SEU REINO A empresa brasileira Mopix Games lançou seu segundo jogo para Android e iOS recentemente. O Magic Master é um jogo épico em que o jogador comanda o guardião do Forte Ukala da invasão dos inimigos e para isso, ele usa uma série de magias. São oito poderes e elementos do cenário que podem ser combinados para retardar a aproximação dos goblins, orcs, imps, gárgulas, gigantes e dragões que tentam o ataque no melhor estilo Senhor dos Anéis.

Agora com mais internet em um chip só.

@

1,5 Giga de internet 500 minutos para qualquer operadora e lugar do Brasil, com o 41.

R$ 50/mês ANITTA É BRASIL NO JUST DANCE

Galvão Bueno ficaria orgulhoso ao saber que duas artistas brasileiras vão representar o país na próxima edição do jogo de dança mais vendido no mundo. O Just Dance 2017 vai contar com a música “Bang” de Anitta e “Te Dominar” da cantora pop Daya Luz. Falando em pop, o jogo também vem com os hits “Sorry”, do cantor Justin Bieber, e “Lean On”, da dupla Major Lazer. O jogo será lançado no fim desse mês (outubro) para PlayStation 4 e PS3, Xbox One, Xbox 360, Wii U, Wii e pela primeira vez para PCs.

TIM: a líder em cobertura 4G de Santa Catarina e do Brasil. Venha para a TIM e mantenha o seu número.

Oferta válida para adesões até 20/10/2016 por clientes pessoa física em todo o Brasil. Minutos e torpedos válidos para operadoras móveis, fixas e SME com perfil assinante pessoa física. Caso consuma 100% do seu pacote (1) de minutos, o cliente será tarifado em R$ 0,25 por minuto, descontados de seus créditos; (2) de internet, sua conexão será bloqueada até que ocorra a renovação da franquia mensal. Os benefícios da Oferta são válidos até 20/10/2016. Oferta TIM CONTROLE Express válida para pagamento via cartões de crédito válidos, de acordo com o regulamento da oferta. Para o uso de internet, a velocidade de referência é de até 1 Mbps na rede 3G e 5 Mbps na rede 4G. “Líder em cobertura 4G de Santa Catarina” refere-se à quantidade de municípios cobertos. Fonte: Teleco (http://www.teleco.com. br/4g_cobertura.asp?rel_mun=2#Rel_mun_4g), verificação feita em 29/03/2016. “Líder em cobertura 4G do Brasil” refere-se à quantidade de municípios cobertos e de população coberta. Fonte: Teleco, em 01/05/2016. Clientes TIM terão acesso à rede 4G, desde que possuam aparelho homologado para a frequência 4G no Brasil, TIMChip 4G e estejam em uma área com cobertura da rede 4G. A velocidade média de navegação no 4G para download é de até 5 Mbps e para upload é de até 500 kbps, podendo haver oscilações. Consulte a cobertura 4G em tim.com.br. Para mais informações, ligue *144 de seu TIM ou 1056 de qualquer telefone, ou consulte o regulamento completo em tim.com.br.

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

Escolas

Por Edinéia Rauta edineiarauta@sed.sc.gov.br

SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS Dois dias de formação e aprendizagem. Foi assim o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, realizado pela Gerência de Educação de Videira. Mais de 35 alunos integraram o curso que visa agir de forma interdisciplinar e promover a formação de multiplicadores dos conhecimentos de saúde dentro do universo estudantil. A partir da formação, os estudantes passam a ser multiplicadores de boas ideias. Eles têm a missão e o desafio de contribuir com os seus colegas, repassando informações e esclarecimentos. O resultado com certeza será uma vida cada vez mais saudável. Exemplo a ser seguido!!

DIA DA INDEPENDÊNCIA O Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, foi marcado por desfiles cívico variados em Santa Catarina. Alunos da rede estadual de ensino transformaram a Avenida Getúlio Vargas, de Chapecó, num verdadeiro palco para homenagear as diferentes culturas do Oeste do Estado. A cultura italiana e africana, a colonização portuguesa, alemã e polonesa, a saga dos Tropeiros e dos desbravadores do Oeste Catarinense e o povo gaúcho foram lembrados pelas escolas. O Centro de Educação Profissional (CEDUP) apresentou os cursos técnicos em diferentes áreas de trabalho e os alunos indígenas da Aldeia Condá também desfilaram. Modalidades esportivas e a Associação Chapecoense de Futebol também foram lembradas pelos estudantes. Patriotismo em primeiro lugar!

FEIRA NACIONAL

Alunos da EEB Professor Giovani Trentini, de Rio dos Cedros, estiveram em Salvador (BA) na Feira Nacional de Matemática. Os estudantes Lucas Adriel Oss-Emer e Julimar Julian Macoppi apresentaram o trabalho A Matemática no novo Código Florestal.

JOVENS EMBAIXADORES 2017 32 estudantes de escolas da rede estadual de todo o estado e dois do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) participaram em setembro de mais uma etapa do Programa Jovens Embaixadores 2017. Os alunos buscam a oportunidade de realizarem intercâmbio aos Estados Unidos e uma viagem à Brasília. As provas, oral e escrita, foram realizadas em dois dias. Já que estavam em Floripa, os estudantes fizeram um passeio cultural pelo Centro da Capital, Lagoa da Conceição e praia da Joaquina. Estamos de olho e vamos acompanhar quem será o representante de SC em Brasília. Fique ligado, pois no ano que vem você também pode tentar esta vaga!!

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FEIRA DO CONHECIMENTO 1

Milhares de estudantes das 42 escolas da Rede Estadual de Ensino da Regional de Chapecó prestigiaram a Feira do Conhecimento realizada no Centro de Eventos de Chapecó. Na primeira fase foram apresentados mais de 4 mil trabalhos de todas as escolas. Na fase regional foram apresentados 60 trabalhos nas áreas de matemática e ciências e tecnologia. 6 trabalhos, sendo 3 de cada categoria, estarão na fase estadual em Florianópolis.

FEIRA DO CONHECIMENTO 2

Memórias da Guerra do Contestado, uma mini casa ecológica, dicas para largar o cigarro, o ciclo da madeira, a importância da alimentação saudável, da leitura e da educação no trânsito. Esses foram alguns dos temas apresentados na 2ª Feira do Conhecimento das Escolas Públicas de Caçador e região, realizada na escola Paulo Schieffler. Foram 44 trabalhos divididos em três categorias, envolvendo diretamente 220 alunos e professores. As duas melhores escolas de cada categoria serão premiadas com uma viagem de estudos para Curitiba (PR).

FEIRA DO CONHECIMENTO 3

A EEB Arnaldo Moreira Douat, em Joinville, também foi palco da Feira. Com criatividade as crianças e os jovens desenvolveram projetos, maquetes e estudos em diversas áreas do conhecimento. Participaram 18 escolas, num total intercâmbio entre as disciplinas. No passeio pelo ginásio, uma aula sobre a arte na pré-história e um estudo sobre a teoria das cores. O uso empírico de plantas medicinais e o reaproveitamento da água com um sistema de irrigação com luz solar. Nas maquetes, os cálculos da matemática integrados com as informações das aulas de geografia. Ainda, entre os trabalhos, era possível entender mais sobre o resultado do ensino da química na fabricação de cervejas e o estudo do corpo na disciplina de ciências. Lindas experiências!!

FESTIVAL DE DANÇA Santa Catarina tem entre tantas tradições a dança. Anualmente são realizados diferentes Festivais para incentivar e mostrar essa importante cultura que passa de geração em geração. O Festival Escolar Dança Catarina é promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fesporte, Agências Regionais e parceria com os municípios. Mais de 500 bailarinos das escolas públicas estaduais e municipais de Seara participaram do Festival realizado em setembro na regional.

SEMANA DA INCLUSÃO De acordo com o Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Brasil é composta por 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que corresponde a quase 24% do total. Em Santa Catarina o estudo apontou a existência de 1,3 milhão de pessoas com deficiência, ou 21,3% da população do Estado, que na época girava em torno de 6,2 milhões de pessoas. Entre os dias 19 a 23 de setembro foi comemorada a Semana da Inclusão. A EEB Francisco de Araújo, de Brusque, proporcionou aos alunos atividades com diversas vivências relacionadas à inclusão social. O evento envolveu alunos do ensino fundamental e médio, com o objetivo de proporcionar um espaço de compartilhamento de experiências, integração e reflexão em torno do tema. Entre as atividades realizadas: basquete em cadeiras de rodas, vôlei adaptado, xadrez adaptado, futsal com atletas da Associação de Surdos de Brusque, palestras sobre autismo, deficiência visual, utilização do cão guia e inclusão tecnológica para cegos. O projeto foi proposto pelos professores de educação física, motivados pela realização das Paraolimpíadas no Brasil.

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CAPA

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Por Lucas Inácio

COLABORAÇÃO LUCIANA PAULA


O Enem está chegando e, para te ajudar a encarar essa, nós fomos até o bairro do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, para descobrir o segredo de uma escola que vem conquistando um desempenho destaque na prova. A Escola Estadual Básica Dom Jaime de Barros Câmara não é muito diferente na arquitetura das demais escolas estaduais. Mas a sensação que tivemos ao entrar pelo seu portão é que tínhamos nos enganado na data da entrevista, que era dia de conselho de classe ou algo assim. Ao contrário daquela agitação típica de escola, lá se respira um ar mais tranquilo. As paredes têm arte, os canteiros, flores, e isso faz tudo parecer bem mais acolhedor. “É peculiar desta escola a integração com a comunidade, tem um clima mais família, o próprio bairro não parece na Capital, parece interior…”, reflete a professora de Sociologia Jaciara Mariano, que atua há dois anos na unidade. “É bem comum que os alunos que já saíram da escola voltem para nos visitar” completa Rosiane Pereira, assessora de direção, que atua há 12 anos na escola e nos atendeu enquanto a diretora estava em viagem à Suíça, em um curso sobre Gestão Escolar .

Ao total, a Dom Jaime tem 548 estudantes, em três turnos, ofertando do ensino fundamental ao médio. A escola usa o sistema de salas ambiente, em que as turmas - e não o professor - é que trocam de sala. Das turmas de ensino médio, só as do período noturno não são na modalidade Ensino Médio Inovador. O que significa que desde o primeiro ano a galera sabe que vai ter que se dedicar mais à escola. “No ato da matrícula, a gente já explica para os pais como funciona a escola aqui, que tem um currículo e horários diferentes das demais escolas”, explica a assessora de direção, Rosiane Pereira. “No 1º ano a gente acha chato ter que ficar mais um período na escola [duas vezes na

semana], mas quando chega no 3º a gente até se arrepende por ter pensado isso”, fala Nikole Silveira, aluna já contagiada pela nostalgia do fim do período escolar. Mas o bom desempenho da Dom Jaime vem de muito antes da implementação do Ensino Médio Inovador, em 2010, quando a unidade foi uma das pioneiras na experiência aqui no Estado. “Eu estudei aqui, minhas três filhas também, meu pai trabalhou aqui, e sempre foi uma boa escola… Tanto que tenho duas filhas na faculdade, uma no curso de Pedagogia e outra no de Psicologia da UFSC [Universidade Federal de Santa Catarina]”, conta, orgulhosa, Vera Lucia Vieira da Silva, auxiliar de serviços gerais da escola.

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OPINIÃO DA GALERA

No pátio, com uma mesinha perto da copa, duas alunas de terceirão vendiam bolo para a viagem de formatura. Se a turma toda está vivenciando essa mesma expectativa sobre o fim dos tempos do colégio, quanto ao Enem, cada um tem a sua experiência particular. Nós reunimos cinco depoimentos que talvez soem familiares para quem também está no último ano da escola.

A SUPEREXPERIENTE

es

Amanda Fernand

Amanda Fernandes se prepara para sua terceira prova do Enem. “Na primeira vez que fiz, ainda no primeiro ano, fiquei assustada, mas na redação consegui uma nota legal, 640. Já no ano passado caiu um pouquinho, foi pra 600”, conta. Refazer as provas antigas faz parte de sua rotina, porque ela preza muito o treino. O tema da redação não é uma aflição na vida dela, porque vive antenada nas notícias e é das raras pessoas que dizem a frase: “eu gosto muito de política!”. Psicologia na UFSC e Pedagogia na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) estão no centro do alvo das metas que ela quer atingir com o Enem. Seu maior desafio na prova? “Matemática!” - mas quem nunca, não é mesmo? O pouco tempo de prova também é uma barreira que ela está se preparando para enfrentar.

Nikole Silveira

DENTRO E FORA DE CAMPO, SEM PRESSÃO

A Nikole Silveira é craque do time de futebol da escola e foi até convidada para treinar no Instituto Estadual de Educação (IEE), escola também da Capital. Neste ano, ela está “estudando normal”. “Quanto mais pressão, pior, por isso vou encarar esse primeiro Enem mais como experiência”, afirma. Mas isso não quer dizer que ela não está se preocupando com a prova. “Eu espero ficar calma e conseguir a pontuação para entrar no curso de Educação Física”, explica.

UM STOP NO TEMPO, PFVR!

Raquel de Matos

Quem está se dividindo entre escola e cursinho já deve ter tido, em seus momentos de desespero, aquela vontade de mandar uma cartinha pra autora de Harry Potter, só pra ter certeza de que o vira tempo era mesmo ficção. A Raquel de Matos bem que gostaria de ter um reloginho que a permitisse voltar as horas pra dar conta da jornada dupla, ou tripla, se levarmos em conta que ela faz o terceiro ano na modalidade integral e cursinho à noite. “Pra além da escola e cursinho, estudo pro Enem e pro vestibular e faço simulados no final de semana... Para mim, a dificuldade [do exame] está no cansaço físico, os textos são muito longos e você acaba errando algumas questões por cansaço mesmo”, avalia Amanda. Mas pra lidar com isso, ela tem uma boa e simples estratégia. “Eu procuro as questões fáceis e resolvo elas primeiro, deixo as difíceis pra depois”, revela. Para o dia da prova, ela bota fé que o importante é “não pirar”. “Tem que descansar, no dia da prova não vou mexer em mais nada [de livros e apostilas]!”.

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O QUE É O MI?

Fabrício Gomes Ribeiro

MAIS OPÇÕES, MAIS DÚVIDAS

Boa parte dos candidatos que farão a prova do Enem tem em mente usá-lo como forma de acesso a um curso superior. Não é que o Maicon Dias de Souza pense diferente, a questão é que definir o curso que quer fazer está complicado. “Tenho muita dúvida, já fiz teste vocacional e deu pra engenharias, mas não tenho certeza ainda”, afirma. Sobre a prova em si, ele está bem mais seguro. “O Enem te abre outras possibilidades, podes concorrer vagas em universidades no país todo, o conteúdo é sem regionalismos… Mas dessa vez vou encarar ainda como uma experiência”, afirma na mesma vibe da colega Nikole.

DO RIBEIRÃO PARA O MUNDO, MÔ QUERIDU! Além de ser um potencial passaporte pra qualquer lugar do Brasil e mundo (se contarmos com a continuidade do Ciências sem Fronteiras), o Enem também marca o fim do longo (e louco) ciclo da escola. Para o Daniel Oliveira Martins, que estuda na Dom Jaime desde a pré-escola, esse momento pode ficar ainda mais marcante. “Dá pena de sair, [sem a escola] não sei mais o que eu sou!” desabafa o manezinho do Sul da Ilha, que é famoso na unidade por ter apresentado por lá o Boi de Mamão, tradição açoriana forte no bairro. Assim como o colega Maicon, ele ainda não sabe o que quer cursar. “Meu teste deu pra Educação Física, Matemática…”, comenta, em tom de indecisão.

Daniel Oliveira

Martins

Como nos explica assessora Rosiane Pereira, ao menos na Dom Jaime, a galera do Ensino Médio Inovador (MI) tem conseguido melhores resultados no Enem e vestibulares em geral. O projeto proposto para as escolas pelo Ministério da Educação (MEC) aumenta a carga horária total de tempo que os alunos devem passar na unidade. Por dois dias na semana deve-se cumprir o período integral. Com isso, algumas áreas do saber ganham mais destaque. Na Dom Jaime, a galera passa a ter aula de informática e mais carga horária para línguas inglesa ou espanhola. No eixo “Cultura”, podem optar entre música, teatro e artesanato. Já no esporte, os estudantes escolhem entre vôlei, tênis de mesa e futsal. Além disso, saídas de campo fazem parte da rotina. “Visitações a museus, exposições de arte… a professora, Maria Cristina, de Artes, por exemplo, levou os estudantes para uma oficina no Centro de Artes da Udesc [Universidade do Estado de Santa Catarina]”, explica Rosiane. Em 2010, quando tudo começou, sob orientação do MEC, houve uma reorganização da escola para a elaboração do projeto. Para isso foi realizado um diagnóstico do número de alunos aprovados em cada disciplina, do nível de formação dos professores, da estrutura física da escola, entre outros. A partir daí, foram definidos os “macrocampos”. No 1º ano, os projetos se voltam para a “escola”. A partir do 2º é explorada a “região”, ou seja, as características do bairro e município. Já no 3º ano, o foco é o “mundo do trabalho”. A aluna Amanda Fernandes relembra as viagens que já fez com os colegas da escola. “Pomerode, Curitiba e neste ano vamos para Foz do Iguaçu, visitar a Hidrelétrica de Itaipu, as Cataratas... e passaremos ainda em Ponta Grossa para conhecer Furnas”, explica. Ela defende ainda que o MI vale a pena para além das viagens e atividades diferenciadas. “É bom passar mais tempo na escola, discutindo com os colegas...”, avalia. Se ficou com vontade de saber mais sobre o que é o Ensino Médio Inovador e como implantá-lo em sua escola, acesse: http://educacaointegral.mec.gov.br/proemi

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AS FACES FORA DA EEB DOM JAIME NATÁLIA (FOCADA) REZENDE A Natália Rezende tem 16 anos e estuda no Colégio Geração, em Florianópolis. Essa é a segunda vez que ela prestará o Enem por experiência. “Eu sempre senti uma necessidade de traçar alguns objetivos na minha vida desde cedo, então realizar o Enem por experiência pelo segundo ano é apenas uma maneira de explorar as minhas possibilidades por aqui para conseguir concretizá-las”, explica Natália. A garota crê que dessa forma, cria familiaridade com a prova e deixar as inseguranças de lado, melhorando seu desempenho mesmo antes de encarar o terceirão, “Por mais que tudo isso seja pouco assustador e que algumas coisas das quais eu gosto andem ficando um pouco de lado, venho aprendendo que não basta amar apenas o resultado, mas também o caminho!”, conclui.

BOCHA NELES! Se para conquistar os objetivos é necessário foco e muita disciplina para qualquer estudante, essa receita se tornou ainda mais eficaz para João Antônio Canepple. O cara é uma das grandes revelações da bocha catarinense. Nascido em Xaxim, o atleta de apenas 18 anos joga um esporte mais tradicional entre pessoas mais velhas, e mesmo assim tem em seu currículo diversos títulos e uma participação no mundial sub-23 da categoria, disputado em 2015, no Marrocos. Além disso, disputa o campeonato mundial adulto, nesse mês, nos Estados Unidos. João tem uma jornada tripla de trabalho, aula e esporte. Trabalha durante o dia ajudando o pai fazendo carregamento de caminhões, vai para as aulas à noite na EEB Neusa Massolini, em Xaxim, e treina durante os fins de semana. Ele reconhece que sua modalidade não é das mais populares e que dificilmente conseguirá viver dela, mas pensa que pode ajudar o alívio financeiro para alcançar o objetivo da faculdade de Engenharia Civil ou de Educação Física. Para isso, usa o pouco tempo livre que lhe

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resta para estudar, sobretudo com simulados e exercícios on-line oferecidos pela rede estadual. “Não tempo nem dinheiro para pagar um cursinho, então esse tipo de ferramenta ajuda na preparação, principalmente com os exercícios pelo aplicativo do celular.”

COMUNIDADE! A realidade do estudante do Oeste catarinense é parecida com a de Walley Aristóvolo, morador de Florianópolis. Com 22 anos de idade, ele é um dos mais de 8,6 milhões de inscritos no Enem 2016. Formado na EEB Prof. Laura Lima, no bairro Monte Verde, com pouco recurso financeiro, o cara encontrou em um curso comunitário a chance de se preparar para o exame. Além da didática em repassar os conhecimentos de conteúdos básicos para a turma, Walley encontrou nos professores auxílio para organizar a atribulada rotina. Trabalhando durante o dia e estudando à noite, antes ele sacrificava parte do sono para estudar, mas graças ao plano de estudo traçado pelos professores, percebeu que seu rendimento melhorou mesmo dormindo mais, um alívio para quem está acostumado a trabalhar desde cedo.

de 36 anos. Moradora de Florianópolis, formada há 16 anos técnica em contabilidade, e mãe de três filhos, Vanessa conta que os pais sempre a incentivaram a estudar, e mesmo após ter “trintado”, ela tentará entrar para uma faculdade de Direito, mesmo com uma rotina superapertada, sendo mãe e com diversas tarefas, ela continua lutando para tornar isso realidade, sendo que o Enem é o primeiro passo.

Walley Aristóvolo

João Antônio Canepp

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Walley espera ser um futuro calouro de odontologia depois de um problema que teve na adolescência ao ter um problema com um dente canino. Ele conta que seu apelido era “Negão Sorriso”, mas que depois de um tempo parou de sorrir por vergonha do problema. Quando fez o procedimento que arrumou seus dentes, percebeu a importância da profissão e optou pela área. “Sei que não dá para lutar de igual para igual, é muito difícil eu superar alguém que teve uma boa base no ensino médio e que tenha um vasto tempo para estudar durante o dia, mas de uma coisa eu tenho certeza, uma vaga já tem meu nome!” O Enem também é uma oportunidade para quem quer voltar a estudar depois de um tempo parado. É o caso de Vanessa Corrêa da Conceição,

Vanessa Conceição

Natália Rezende


ESTUDE PELO CONHECIMENTO, ENEM SERÁ CONSEQUÊNCIA A gente não conseguiu trocar ideia com todos os profes da galera, mas tivemos um bom “dedinho de prosa” com a professora Jaciara Mariano, de Sociologia. Ela revela que ao menos em suas aulas, o Enem não é o maior foco. “Não me preocupo muito, acho que o bom desempenho é uma consequência”, opina. Mas a prova vem colaborando para que a galera se ligue mais na disciplina. “A Sociologia não tem espaço nos vestibulares tradicionais, mas o Enem dá uma importância grande para a Filosofia, Sociologia… As questões são mais interpretativas, valorizam a escrita e a leitura, eu acho isso ótimo, o analfabetismo funcional é um problema sério, é muito importante ler um texto e entender, superar as dificuldades de escrita”, analisa. E na fatídica redação, mais uma vez, a aula de Sociologia pode dar aquela mãozinha. “Tem temas que já trabalho normalmente nas aulas e que acabam aparecendo na prova, como a violência contra a mulher, e os que

caem eu vou agregando, como o da publicidade infantil, por exemplo”, afirma. Mesmo sem esse foco, algumas características da escola estão em sintonia com o estilo da prova. Neste ano, os professores começaram a fazer juntos seus planejamentos e a perspectiva é cada vez mais as aulas se tornem interdisciplinares, ou seja, a cara do Enem. A ideia que profe Jaciara defende, de trabalhar os conhecimentos para além das avaliações, também anda fazendo sucesso num certo país europeu. Já ouviu falar da Finlândia? Lá se tem um dos mais elevados índices de educação do mundo. Intrigado com essa realidade, o jornalista americano Michael Moore visitou o país para desvendar o segredo das escolas finlandesas. O resultado está registrado no seu último documentário, “Where to Invade Next”, em que ele dá um rolê por vários países, mostrando instituições como prisões, escolas e universidades que são totalmente diferentes das que se encontram nos Estados Unidos.

Pra começar, segundo os entrevistados finlandeses de Moore, na Finlândia não rola essa de escola “melhor”. A maior parte das instituições de ensino do país é pública e vale a premissa de que “a melhor escola é a do seu bairro”. Menos preocupados com as avaliações e rankings, eles otimizaram o currículo e nas últimas décadas conseguiram justamente se destacar ainda mais. Loucura, né? Mas, pelo jeito, isso dá certo da Finlândia ao Ribeirão da Ilha.

SEMPRE BOM LEMBRAR: • O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a segunda maior prova do mundo e em 2016 conta com mais de 8,6 milhões de inscritos.

•Os portões ficarão abertos das 12h às 13h, com início das provas às 13h30 e tempos diferentes nos dois dias.

vagas para as universidades públicas ou financiamento estudantil em faculdades particulares.

•Neste ano, será realizada nos dias 5 e 6 de novembro.

•Por ser uma prova que serve como base de avaliação para o nível educacional em todo o país, o Enem continua sendo obrigatório para todos os alunos que estão cursando o 3º ano. Mesmo assim, ele ainda tem outras utilidades, sendo a principal, um meio de entrar nas universidades.

•Uma coisa que poucos sabem é que o exame também serve como certificação de conclusão do ensino médio para pessoas com mais de 18 anos.

•No dia 5, sábado = 4 horas e 30 minutos para fazerem as provas de ciências humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e ciências da natureza (Química, Física e Biologia). No dia 6, domingo = 5 horas e meia para demonstrar os conhecimentos em linguagens (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação), redação e matemática.

•Os programas Sisu, Fies, ProUni e Ciências Sem Fronteiras são alguns dos caminhos que podem ser abertos pelo exame. Alguns desses programas estão sendo revistos, mas até o momento, os candidatos ainda podem usar sua nota para concorrer às

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Garota nota

1000 Na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, apenas 104 pessoas no país inteiro conseguiram a nota máxima na redação de um total de 5,8 milhões de candidatos que fizeram a prova ano passado. Uma dessas foi uma catarinense de Witmarsum, no Alto Vale do Itajaí.

Porém, só conhecer o tema não garante que alguém tenha nota máxima. Além do esforço e da inspiração que vem de casa, Márjori sabe como organizar as ideias. Ao ler o trecho ao lado, podemos ver a referência pop para explicar um problema antigo, uma técnica que deu certo.

Márjori Larissa Padoin estudava em Ibirama e fazia cursinho em Rio do Sul, uma rotina puxada e que trouxe resultados. Para chegar à nota mil no Enem, um velho ditado explica o sucesso da estudante, pois foi da prática que veio a perfeição. “Escrevia várias redações para exercitar, afinal, escrever é como praticar esporte, treinar é o segredo.”

Hoje, ela continua estudando para alcançar uma boa nota no Enem de novo. Apesar do bom desempenho em 2015, Márjori não conseguiu passar em medicina e segue estudando

Diferente da maioria, que fez a prova em outubro, ela fez apenas em dezembro. Na data oficial da prova, cidades da região estavam inundadas por causa das fortes chuvas, mas ela continuou estudando.

A Marjorie mitou na última redação, e pra mandar bem na hora da na produção de um texto dissertativo argumentativo que apresente proposta de intervenção – diferencial dessa prova quando comparada aos vestibulares tradicionais – vale lembrar que as etapas do processo de produção textual:

A alteração da data mudou, obviamente, o tema da prova. De “violência contra a mulher” para “a valorização do professor no Brasil”. Márjori é filha de professora e isso a ajudou a desenvolver um senso crítico sobre a profissão que conhece bem. “O tema me ajudou e muito! Isso se não foi um dos principais motivos de eu ter alcançado a nota máxima. Eu tinha muitos argumentos, pelo fato de vivenciar exatamente essa preocupante desvalorização dos professores na minha própria casa. Desde que me conheço por gente ouvia minha mãe dizer que amava sua profissão, mas que se dependesse da sua remuneração o desgosto prevaleceria. Realmente lamentável.”

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Márjori Padoin

ainda mais forte para alcançar esse objetivo. A tendência é que consiga – e estamos torcendo para isso –, mas fica a dúvida: será que a letra dela vai continuar bonita? “E essa pergunta só o tempo mesmo pra responder (risos). Confesso que gosto de ver os cadernos organizados, com letra legível, mas já notei que conforme há a necessidade de escrever tudo muito rápido a letra não fica das melhores, mas não custa tentar, né?!” (risos).

RESPIRA, NÃO PIRA POR: PROFESSORA JOSI - PRÓ UNIVERSIDADE

. Leia ATENTAMENTE a proposta . Roteirize e planeja: você precisa pensar na tese – posicionamento, argumentos e as possíveis ações para amenizar e ou solucionar o problema abordado, respeitando os direitos humanos; . obedeça a estrutura (introdução, desenvolvimento, conclusão),

articulando as partes por meio dos conectivos (conjunções, locuções conjuntivas, preposição, pronomes). . Revise antes de passar o texto para a folha oficial – atenção a possíveis erros e mantendo aquela letra marota; #apostada 1. Ciberativismo; 2. Inclusão social do deficiente; 3. O papel do esporte na sociedade; 4. Urbanização e sustentabilidade; 5. Intolerância (racial, religiosa, de gênero, etc.); 6. Mobilidade urbana; 7. A questão do lixo; 8. Bullying; 9. Acesso à cultura; 10. Democracia.


JÁ DIRIA INÊS BRASIL: VAMOS FAZER O QUÊ?! RESISTÊNCIA: Você precisa estar preparado fisicamente e mentalmente para resistir às horas de prova. Você precisa treinar as horas de resoluções de atividades. Para isso, faça simulados semanalmente e confira as correções, estudando o conteúdo de maior dificuldade.

COMPREENDA EM VEZ DE DECORAR: lembre-se de que você pode não lembrar de tudo, mas seus conhecimentos adquiridos ao longo do tempo farão você compreender e resolver as questões. Não desista antes de pensar sobre cada questão.

ESTAR ATUALIZADO: O Enem exige do candidato extremo conhecimento atual do Brasil. Para isso, pratique a leitura de jornais diaria-

BAFÃO!

mente, por dois motivos: conhecimento para as questões e leitura para ampliar seu vocabulário.

FAÇA MARCAÇÕES NAS QUESTÕES: O caderno de questões é o seu rascunho. Marque as passagens mais importantes dos enunciados, a fim de destacar as partes importantes e compreender dentro do que a questão necessita. Marcar o texto faz o candidato visualizar com maior facilidade o foco do que é proposto

REDAÇÃO: A produção textual abre a possibilidade de você conseguir 1000 pontos a mais que os outros candidatos. Para que isto ocorra, é preciso treinar. A redação deve ser praticada ao longo do ano, para que os erros fiquem nos simulados.

POR @DIARIODEPROFESSORA

NÃO DEIXE PARA ESTUDAR NAS VÉSPERAS: Estudar um dia antes da prova não é a solução. O conhecimento necessita de tempo para ser absorvido pelo cérebro, além disso, você precisa controlar a ansiedade.

Você sabia que o Enem é a maior prova de acesso ao ensino superior do mundo? Pois é, esse foi o feito alcançado em 2015 em que a prova brasileira acabou perdendo apenas para o exame chinês Gaokao, que conta com 9 milhões de inscritos. Sendo assim, o Enem contará com uma estrutura grandiosa para atender a todos que vão prestar a prova: são mais de 8,6 milhões de pessoas. Para garantir a segurança das provas, um esquema com mais de 40 mil agentes (das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, e do Corpo de Bombeiros) será montado.

Se você quer saber mais números da edição 2016 do ENEM, confira: • 8.627.194 inscritos • 16 milhões de provas impressas (comum, ampliada, ledor e braile) • 1.727 municípios de aplicação • 17 mil locais de prova • 1.772 coordenadores estaduais e municipais • 33.336 coordenadores de local de aplicação e assistentes • 476.040 chefes de salas e aplicadores de prova • 20 mil aplicadores especializados • 1.000 coordenadores de unidades prisionais e educativas

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Por Lucas Inácio lucasinacio.jor@gmail.com

ESPORTE

#itsport

Colégio Evangélico Jaraguá, de Jaraguá do Sul, campeão no Basquete fem.

O ESPORTE EM SC VOLTOU COM TUDO

EEB Anísio Vicente Freitas, de Santo Amaro da Imperatriz, Vôlei Masc.

João Vitor e Gustavo, EEB Marcelino Gonçalves, de Jaraguá do Sul.

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DESTAQUES DOS JESCs Em setembro, foram realizados os Jogos Escolares de Santa Catarina para alunos atletas entre 15 e 17 anos. Além do título estadual, a galera disputava também uma vaga para disputar os Jogos Escolares da Juventude da faixa etária que será disputado em João Pessoa (PB), entre 10 e 19 de novembro. A competição foi realizada em São Bento do Sul, com outras em Florianópolis, Camboriú e Mafra sediando um torneio cada. Mais de 1,6 mil estudantes de 65 escolas participaram do evento. Os classificados? Dá só uma olhada: BASQUETE MASCULINO Colégio Evangélico Jaraguá – Jaraguá do Sul BASQUETE FEMININO Colégio Evangélico Jaraguá – Jaraguá do Sul BADMINTON MASCULINO EEB Santo Antônio – Mafra (Robson Aron Arten) BADMINTON FEMININO EEB São Luiz – União do Oeste (Adrieli Gaviolli) CICLISMO MASCULINO EEB Bom Pastor – Chapecó (Luiz Guilherme Basso) CICLISMO FEMININO EEB Alfredo Dalfovo – Rio do Sul (Vitória Claudino) FUTSAL MASCULINO Colégio Dehon - Tubarão FUTSAL FEMININO EEB Maria da Glória Pereira HANDEBOL MASCULINO EEB Industrial - Lages HANDEBOL FEMININO EEB João Goulart - Balneário Camboriú TÊNIS DE MESA MASCULINO

EEB Eugênio Marchetti – Herval do Oeste (Luis Eduardo Camargo dos Anjos) TÊNIS DE MESA FEMININO EBM Sebastião T. dos Passos – Criciúma (Letícia Martins Araújo) VÔLEI MASCULINO EEB Anísio Vicente Freitas – Santo Amaro da Imperatriz VÔLEI FEMININO Colégio Amplo - Brusque VÔLEI DE PRAIA MASCULINO EEB Holando Gonçalves - Jaraguá do Sul (João Vitor e Gustavo Henrique) VÔLEI DE PRAIA FEMININO EEB José Bonifácio – Pomerode (Keila Santos e Eduarda Alexandra) XADREZ MASCULINO Colégio Bom Jesus Santo Antônio – Blumenau (Tiago Karsten Dobuckak) XADREZ FEMININO Colégio Sagrada Família – Blumenau (Karin Przygoda)

Fotos: Heron Queiroz - Antonio Prado - Divulgação

Em agosto, mês dos Jogos Olímpicos, o esporte escolar no estado andou meio parado (e com razão), mas setembro voltou com tudo. Por isso, voltamos a destacar os alunos-atletas que já estão brilhando nas pistas, quadras e campos catarinenses.


Jovens e PARATLETAS Encontrar atletas paralímpicos jovens para compor essa lista não foi tão fácil quanto a dos olímpicos, pelo menos entre os brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo DataSenado com 888 atletas divulgou que 49% deles começou nos esportes após a deficiência, a maioria na adolescência ou na vida adulta. Com isso, alcançam o nível paralímpico mais tarde. A prática esportiva ajudou-os a superar as novas limitações e a mesma pesquisa revela que o ambiente é mais inclusivo do que no dia-a-dia. Enquanto 76% deles admitem sofrer preconceito nas ruas, apenas 2% dizem sofrer no mundo esportivo. Mais uma prova de que não é só jogo. Mesmo com um pouco mais de dificuldade, conseguimos montar uma lista de respeito:

NICOLE TURNER

ALEXA HALKO

(Irlanda, Natação) – 14 anos

(EUA, Atletismo) – 16 anos

Com essa idade, a maioria das pessoas ainda não saiu do ensino fundamental, mas Nicole Turner disputou quatro finais olímpicas da natação. Não chegou ao pódio, o que para muitos em seu país é um resultado abaixo do esperado, talvez um pouco de exagero para um país que não tem tanta tradição assim no esporte. Guardem esse nome para Tóquio 2020, quando Nicole terá apenas 18 anos.

NTANDO MAHLANGU (África do Sul, Atletismo) – 14 anos O jovem velocista veio disputar duas provas, saiu com uma medalha de prata nos 200m e confirmou sua condição de promessa na modalidade. Para os sul-africanos, é um orgulho ter um prodígio desse quilate, ainda mais após o caso de Oscar Pistorius (velocista supercampeão paralímpico que condenado por feminicídio). Ambos são atletas amputados, o que causou comparação de alguns jornalistas, logo refutadas por Ntando. Sua inspiração é Arnu Fourie, outro velocista paralímpico do país. A partir de agora, é a vez de Ntando ser a inspiração de tantos outros.

ELLIE ROBINSON (Grã-Bretanha, Natação) – 15 anos Nadadora, medalha de ouro e recordista paralímpica no 50m borboleta classe S6 Ainda falta uma prova. Tantos feitos para uma paratleta tão jovem, fizeram os britânicos lembrar de outra Ellie, a Simmonds, que com apenas 13 anos conquistou duas medalhas de ouro em Pequim 2008 e também compete na Rio 2016. Agora Ellie Robinson segue o legado dourado do nome.

KARE ADENEGAN (Grã-Bretanha, Atletismo) – 15 anos Esse merece destaque duplo, pois as duas atletas são feras na classe T33/34, para competidores em cadeira de rodas. A americana conquistou duas medalhas na Rio 2016: bronze no 100m rasos e prata no 400m e é a mais jovem na delegação de atletismo dos Estados Unidos na Rio 2016. Porém, tem uma rival de peso, tanto no desempenho, quanto na idade. A britânica Kare Adenegan tem 15 anos e também conquistou medalha nas duas provas, trocando de lugar no pódio com Halko: prata no 100m e bronze no 400m. Tem tudo para vermos uma rivalidade de anos entre ambas.

PETRUCIO FERREIRA DOS SANTOS (Brasil, Atletismo) – 19 anos Nosso prodígio é um pouco mais velho que os demais destaques, mas não menos brilhante. O único maior de idade do nosso grupo conquistou ouro e prata nas provas que disputou: 100m rasos e revezamento 4x100m, respectivamente. Além disso, o nosso medalha de ouro bateu o recorde mundial da categoria T47 que durava mais de vinte anos. Nosso velho jovem não é fraco não.

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EMPREENDEDORISMO

Plano B? BORA EMPREENDER Independentemente do ano que você cursa aí no seu ensino médio, uma coisa é certa: o vestibular sempre é assunto entre uma conversa e outra. Em muitos essa palavra é sinônimo de ansiedade e aquele friozinho na barriga conhecido apenas por quem passa por essa fase, afinal de contas, é no auge da adolescência que eu e você precisamos escolher um caminho profissional. Seja qual for a sua posição e opinião sobre o momento de escolha, saiba que além de “cursos tradicionais”, técnicos e profissionalizantes, muitas pessoas dentro do ambiente escolar possui um baita potencial para iniciativas empreendedoras.

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Não é de primeira que você pode acertar o rumo, prova disso é o carioca Ricardo Bellino. O cara é um empreendedor de sucesso no mundo afora – inclusive, sócio do candidato à presidência dos EUA, Donald Trump -, mas não foi em seu primeiro tiro que ele acertou o alvo. Aos 20 anos de idade, Ricardo cursava economia na Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Frustrado com a vida acadêmica, Bellino despertou o sonho de mudar de rumo. O garoto que na infância gostava de ouvir as histórias do avô paterno, imigrante português e comerciante, sempre teve DNA empreendedor, na escola era o Dj oficial da turma “aprendi


olhando quem tocava, eu era muito tímido, sempre convidava a garota mais bonita para dançar, quando ela me dizia não, eu sentava e ficava o lado da mesa do DJ observando”, contou. Defensor da bandeira de que os fracassos levam ao sucesso, desde o ensino médio o cara já tirava lições. Tendo histórias e vivências o bastante para ser considerado “sem noção” – Bellino trouxe para o Brasil, sem falar uma palavrinha em inglês, a agencia de modelos que lançou Gisele Bündchen – o empresário acredita que o plano B de muitos estudantes esteja em estudar para empreender, não só em negócios, mas na vida “as empresas no mercado de trabalho esperam não um simples profissional, mas um microempreendedor que tenha um conjunto de atitudes empreendedoras. As carreiras aproveitam a visão correta do conhecimento de um jovem profissional, mas eles podem fazer a diferença, não escolhendo trabalhar para um escritório de direito, mas estudando para ter o seu, por exemplo” Defendendo esse pensamento e servindo de norte para os novos projetos que pretende iniciar, Ricardo crê que o empreendedorismo deva ser abordado nas escolas de forma dinâmica, como matérias extracurriculares e completas de ações estudantis. Hoje o carioca é mentor de um projeto que leva o nome de Escola da Vida, onde pessoas mais velhas buscam conhecimento para alcançar seus objetivos empresariais e ideias inovadoras. Para “os mais velhos”, uma ótima oportunidade de vivenciar o que a escola tradicional ainda não tem como base: “A escola tradicional lhe ensina uma profissão. A Escola da Vida lhe ensina a ter sucesso em sua profissão”. O projeto compreende que o caminho para o sucesso passa pelo desenvolvimento das características empreendedoras de cada indivíduo. Todos nós já possuímos um pouquinho dele, basta ajustá-lo e colocá-lo em prática.

#CRISE Para a galera que se prepara não só para encarar a vida universitária, mas também o mercado de trabalho, fica a dica de quem entende. Busque acreditar no seu potencial e desenvolver seu lado empreendedor! Da mesma forma que Ricardo não se contentou em ficar preso em um curso universitário tradicional, você também pode se encontrar nessa mesma situação futuramente, seja por não saber em qual curso se inscrever, ou até mesmo em lidar com uma não aprovação no curso dos seus sonhos, lembre que a frustração pode lhe levar ao sucesso. Histórias de homens e mulheres que empreenderam estão por aí para mostrar que você também pode.

Ricardo ainda nos tempos da escola

SAIBA MAIS Para saber mais do projeto “Escola da Vida” se liga na série produzida pela RICTV Record - Acesse: ricmais.com.br

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Por Jéssica Stierle

Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

PROFESSOR DO MÊS

Da EEB Campos Sales, de Bocaiúna do Sul para o mundo Conheça o professor que tem passaporte carimbado para a gringa graças a sua dedicação em sala de aula QUEM É ELE Nome: Rodrigo Ogliari Coelho Graduação: Letras Português/ Inglês - UNIPLAC Especialização: Docência em ensino médio UNIPLAC

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Incentivado pelos professores que transmitiam o conhecimento com espontânidade na época do terceirão no Colégio Univest, de Lages, Rodrigo Ogliari Coelho curtiu a ideia de viver em sala de aula. Hoje é o cara que comanda as aulas de inglês na EEB Campos Sales, de Bocaiúna do Sul. Fã de Big Bang Theory e Criminal Minds, o professor se prepara para sua primeira viagem internacional. A galera já pode preparar a listinha de presentes, porque o professor é um dos selecionados do ILEP (International Leaders in Education Program ou Programa Líderes Internacionais em Educação). O programa é uma sacada da Embaixada Americana em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação. A proposta se dá em oferecer uma viagem de intercâmbio com duração de cinco meses nos Estados Unidos para professores de Inglês do Ensino Médio de vários países, com o objetivo de intensificar o ensino de língua inglesa em sala de aula através de uma experiência única de conhecimentos culturais e pedagógicos vindos da gringa. Dos 11 professores brasileiros classificados para a viagem, Rodrigo é o único catarinense que fará parte do time Brasil. O mestre tem motivos de sobra para comemorar o mês dos professores com esse presentão, fruto do seu trabalho e dedicação com a comunidade escolar. #GORODRIGO

Por lá a galera aprende inglês com amão na massa, literalmente!


SOBRE SUA CARREIRA Revista its: Como soube do ilep (Programa Líderes Internacionais em Educação)? PROF. RODRIGO: Pela Secretaria Estadual de Educação. A Embaixada Americana de Brasília entrou em contato com a Secretaria e depois enviaram e-mails para todas as escolas públicas de SC. Revista its: Como funcionou as fases de seleção? PROF. RODRIGO: Houve a fase Estadual, uma seletiva da Secretaria Estadual de Educação, onde escolheram 4 PROF. es do estado. Depois o teste de fluência de Inglês (TOEFL), ele não tinha caráter classificatório, mas poderia servir para uma eliminação caso o candidato não dominasse o idioma. Para a fase Nacional, fiz uma entrevista por telefone com uma banca formada por 4 pessoas ligadas à Embaixada Americana e, nessa etapa ficaram apenas 11 do Brasil. A última etapa foi Internacional, onde o Departamento de Estado dos EUA fizeram a seleção final de 7 profs para participarem do Programa Líderes Internacionais em Educação. Revista its: Em qual cidade você vai estudar? PROF. RODRIGO: Nós chegaremos para o programa de boas vindas em Washington D.C., mas seremos enviados para uma das universidades americanas parceiras do Programa. Ainda não me foi passado à qual universidade eu serei enviado. Revista its: Qual a sua expectativa para o tempo que vai passar no exterior? PROF. RODRIGO: A expectativa é de muito aprendizado! Principalmente a parte cultural. Estaremos inseridos em um país muito rico em cultura e além disso, teremos colegas do programa que são de outras nacionalidades também, então eu quero mais é conhecer tudo! Pessoas, lugares, cultura, tudo que eu puder! Revista its: O que mais da cultura gringa te facina? PROF. RODRIGO: Eu comecei a estudar inglês com 12 anos, desde cedo sempre fui muito ligado à cultura gringa, principalmente à americana. Acompanho vários ligas de esportes deles, filmes, séries e autores de livros. Eles têm uma cultura muito forte de amor ao seu país que eu gostaria que nós copiássemos um pouco aqui para o Brasil também. Revista its: Existe algum lugar que você espera conhecer por lá? PROF. RODRIGO: Como ainda não sei onde vou morar, eu tenho um lugar de cada lado do país que gosto muito, espero que um deles eu consiga visitar. Eu gostaria muito de conhecer New York, é uma cidade que tem opções para todos os gostos. O Central Park, a Estátua da Liberdade, o Madison Square Garden e a Times Square são só alguns dos lugares.

Do outro lado dos EUA eu gosto muito da Califórnia, as praias, os parques, Hollywood… Revista its: Qual a importância de programas como esse para a educação pública? PROF. RODRIGO: A educação pública é muito carente de resultados positivos. Recebe-se muita crítica quando se vai mal mas, quando temos algo bom acontecendo na escola alguns acham que “não se faz mais que a obrigação”. Acontece muita coisa boa nas escolas públicas, o que falta é a sociedade estar mais próxima das escolas, saber da realidade interna escolar. O profissional da educação se esforça muito no dia a dia, mas dificilmente ganha um elogio ou cumprimento por estar fazendo um bom trabalho. A iniciativa privada sabe o quanto é importante um feedback para o profissional, esse feedback não existe na educação. Todo mundo é profissional em algo, mas sem um incentivo positivo de vez em quando, todo profissional se torna frustrado e, isso refletirá no seu trabalho diário. Revista its: Qual foi o teu diferencial para ser selecionado? PROF. RODRIGO: Eu venho me preparando para uma experiência de estudos internacional já há um ano. Com testes de fluência e muito estudo. Me dedico integralmente à educação desde 2012 e nesse tempo estive em contato com estudantes de diversos ambientes diferentes. Trabalho com estudantes de 11 a 18 anos nas escolas públicas, trabalho ainda na Universidade com futuros profissionais da educação e também já dei aula em curso de línguas particular. Tive diferentes tipos de alunos, cada um com um foco diferente! Isso é importantíssimo para o PROF. em sala. Toda essa bagagem me fez o profissional que sou hoje, e acredito que o ILEP viu isso em mim. Revista its: Como foi a recepção da escola ao saber que você era um dos prof. Es que viajaria? PROF. RODRIGO: Eles ficaram super animados! Todos da escola sabem o quanto os PROF. es se esforçam, mas essa é uma oportunidade da cidade conhecer mais a fundo os projetos desenvolvidos no dia a dia. Revista its: De que forma você trabalha a disciplina em sala de aula? Existe algum método de trabalho que funcionou com a galera? PROF. RODRIGO: Eu tento abordar a Língua Inglesa de uma forma mais prática, mostrar situações e frases reais que possam ser visualizadas pelos alunos nos mais variados lugares. Dessa forma, a gramática fica em segundo plano. Ela ainda existe, mas não é o ponto principal como era o ensino de línguas antigamente. Contudo, a disciplina de Inglês

nas escolas tem de trazer mais do que apenas a língua. Eu procuro sempre levar aspectos culturais dos países que falam inglês. Acredito que isso torna as aulas mais significativas. Nada demais, uma simples pesquisa sobre um país ou uma cidade, algo que instigue o interesse dos jovens. Afinal, eles tem todo o conhecimento nas mãos hoje, o nosso trabalho como PROF. hoje é instigá-los a buscar essas informações. Revista its: O inglês é primordial nos dias de hoje para uma boa carreira e relacionamento com o mercado de trabalho. Você busca fazer as aulas mais práticas para as turmas? PROF. RODRIGO: Eu sempre coloco para os estudantes que eles, ao saírem da escola, tenham opções. Se ele decidir seguir uma profissão, que seja porque ele escolheu aquele caminho, e não porque não teve outra opção. É aí que entra o Inglês. Hoje o Inglês abre um leque de opções enorme para um jovem com toda sua vida pela frente. Revista its: Além das aulas curriculares, como a galera pode praticar o idioma? Você curte algum tipo de aplicativo ou canal no youtube? PROF. RODRIGO: Eu utilizo muito o Duolingo. É um app muito legal pra quem está buscando melhorar seu nível de conhecimento em um idioma. Eu uso ele com os alunos da escola e da universidade. Acredito que o PROF. em sala ou o App sozinhos são insuficientes, mas quando se coloca os dois trabalhando em sintonia os resultados são extremamente positivos. Revista its: No mês dos prof. Es, o que te motiva a continuar na profissão? PROF. RODRIGO: Eu continuo na minha profissão porque todo dia interajo com jovens brilhantes em suas capacidades e acredito poder impactar de uma forma positiva em suas vidas. Não quero apenas ensinar um idioma. Meu objetivo todos os dias é ajudar essas pessoas levando conhecimento e instigando-as a buscar e produzir seus próprios conhecimentos. Revista its: Que legado você pretende deixar para os teus alunos? PROF. RODRIGO: Quero que eles se tornem pessoas melhores e mais felizes. Por isso nas aulas tento levar pequenas informações que possam os levar ao caminho da sua melhora pessoal. Se naquela pequena aula eu conseguir buscar o interesse de alguns alunos a um certo assunto e eles buscarem maiores informações sobre isso, eles serão seres humanos melhores e eu saberei que fiz parte disso. Não preciso de mais nada.

Quer indicar seu profe mais parça para essa coluna? Envie o contato para: edicaoits@gmail.com

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Limão

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ACAFE


GALERIAS

Quem canta recebe prêmio #valeutim

EPICWIN CENTRO EDUCACIONAL DOM JAIME DE BARROS CAMARA PALHOÇA

Banda Soob agitando o recreio da galera

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EPIC WIN UNIFICADO ITAJAÍ Banda Soob e as Soobfãs

Equipe da revista its e os representantes da escola na #epicwin

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Caçando Pokemons

Equipe 201 com Professor Thiago

GINCANA SENAI SENAI BLUMENAU Nicole e André da Equipe 201 a caça de Pokemons

Equipe 302 - Agata, Leticia, Catarina e Giovanna

Equipe 203 com a Professora Tatiana

Equipes reunidas

Equipes 301 e 303 com os Professores Thiago e Tatiana

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FCB NAS CIDADES DE BRUSQUE, BLUMENAU E JOINVILLE

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FCB

EM BLUMENAU

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Schelda, Cindy, Professor Chico, Ana e Nicoly

Stefanie, Paola e Inaê

NO PÁTIO CHAPECÓ

Bruna, Andreia e Nadine

Luana, Juliana e Jaqueline

Gabriel, Fernando (cima) Luan (abaixo)

Wellington, Willian e Raul

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Ana Paula, Denise e Eduardo

Helen, Maiara e Andressa


Jucelio, Thiago e Fabricio

Meninos Terceirão com as Professoras Débora e Goretti

NO PÁTIO CELSO RAMOS BLUMENAU

Diretora Ana Lucia, Wesley, Leandro, Kassia, Ruan, Guilherme, Vitor e Camila

Samoel, Prof Edna, Nadir, Lara e Lucas

Turma do Terceirão

Gabriela, Prof Ezau, Eduarda eRafaela

Natalia, Maria Eduarda, Nadine e Prof Miriam

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Nayala, Debora, Leticia, Gabrielle e Maria Eduarda

Daniele, Leticia e Hana

NO PÁTIO ESCOLA GUSTAVO A. GONZAGA JOINVILLE Turma do 3º ano com Prof. Angelica

Gabriely, Maria Eduarda e Maria Eduarda

Turma do 9º ano com Prof. Lilian e Diretor Aldirio

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Luana e Barbara

Emanuelli, Juliane e Maria Julia


O SUCESSO DE UM GRANDE ALUNO COMECA COM UM GRANDE MESTRE. ´ Homenagem

15 de outubro. Dia do Professor.


Por Vanessa Esteves www.esteveswhere.com

SAIDEIRA

EU QUERO DAR ADEUS AO CASULO Talvez eu tenha sentimentos que não cabem no peito. Não sei se é por causa da minha vênus em touro ou por eu muitas vezes não pensar nas consequências que isso traz. Já li livros e textos, fiz até testes em revistas, para parar de me iludir e de me apegar tão rápido às pessoas. Não é horrível quando você conversa todos os dias com alguém e, simplesmente do nada, ele para de falar com você? Parece que o interesse sumiu num piscar de olhos e você ficou ali, aguardando um sinal qualquer de que estava tudo acabado mesmo. Que não teria mais nenhum “oi” para iniciar a conversa diária e mais nenhum desabafo na madrugada. Eu poderia correr atrás, não é mesmo? Mas parece que algo me trava, algo me diz para não arriscar, para não demonstrar os sentimentos e muito menos deixar as

pessoas à minha volta perceberem quem eu realmente sou. Poxa, é difícil entender que eu definitivamente não consigo controlar aquilo que sinto? Já fui tão decepcionada que às vezes me fecho em um casulo e não consigo deixar ninguém novo entrar no meu coração. Pelo simples medo de sentir algo a mais, mesmo eu tendo uma vontade inexplicável de me apaixonar de novo. Eu só quero ser uma borboleta e me livrar disso. Mostrar as minhas cores, a minha metamorfose para o mundo e poder dizer as três palavras que tanta gente por aí sonha em ouvir. Eu quero dar adeus ao casulo. Eu quero demonstrar meus sentimentos. Eu quero sentir e continuar sem pensar tanto nas consequências. Porém, acima de tudo, eu quero amar e não ter medo de me apaixonar por alguém que ainda não deixou seu coração aberto para mim.

só quero ser “ Eu uma borboleta e

me livrar disso.

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Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota



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