its 150 - agosto

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EDIÇÃO 150

LIVROS DO VESTIBULAR

NÓS, SALIM MIGUEL

SAIDEIRA

Santa Catarina Edição 150 2018 - R$9,50

RISADAS IRRESPONSÁVEIS


SEJA UM AGENTE TRANSFORMADOR DO PLANETA

DESAFIO SUSTENTÁVEL


você está preparado?

sua escola rumo ao lixo zero

O Desafio Sustentável está de volta e neste ano a meta é reduzir o lixo. Seu clube consegue chegar à taxa zero?

AS INSCRIÇÕES VÃO DE 6 A 31 DE AGOSTO acesse:

desafiosustentavel.com REALIZAÇÃO:

PROMOÇÃO:

APOIO:


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SAIDEIRA

CAPA

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LIVROS DO VESTIBULAR

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POPCORN

10

WI-FI

CULTURA POP

conteúdo 8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

Como deixar de colocar no Cultura Pop quem não passa um mês sem

Lembra do polvo Paul, aquele que acertava todos os resultados da Copa do

lançar um novo sucesso? Com a música “Medicina”, gravada em espanhol

Mundo de 2010 e que previu que a Espanha seria campeã? Ele foi o precursor

e com a participação de um coral infantil, Anitta a ex-moradora de

dos animais videntes nos mundiais de futebol, mas parece que a categoria

Honório Gurgel, bairro do Rio de Janeiro, mostra que está cada vez mais

está com os dias contados. O jogo Fifa 2018 acertou vários resultados em sua

pronta para ganhar este mundo.

simulação pré-Copa, incluindo que a França seria campeã.

18 | CAPA

30 | POPCORN

Os jogos eletrônicos já são uma realidade na vida dos brasileiros há muitos

No Brasil, curiosamente, o gênero cinematográfico que mais causa

anos. A popularidade cada vez maior dos eSports é uma grande demonstração

estranhamento é o musical. Mesmo sendo um povo que adora música, que

deste sucesso em que as competições de videogames são levadas ao alto

criou vários estilos e que tem uma festa anual onde se contam histórias

nível e ganham espaços cada vez maiores na mídia, inclusive em TV aberta.

através de música e dança, nós torcemos o nariz quando isso acontece no cinema. Isso porque nos acostumamos ao longo dos anos a consumir filmes que se encaixam em certas caixinhas e, neste processo, estranhamos quando alguém tenta subverter este formato.

36 | LIVROS DO VESTIBULAR

58 | SAIDEIRA

No auge dos seus 91 anos, já conhecido por sua atuação no grupo Sul, considerado

O andar é desajeitado, o riso é fácil e os comentários desconectados com

o avatar do Modernismo em Santa Catarina, bem como pelo episódio do incêndio

o momento. Não entendem o humor da menina tímida. Nunca achei graça de

da livraria (relembrado em nossa coluna anterior, sobre Capitães da areia), Salim

ser uma garota engraçada, porque ao contrário de alguns, eu não via nenhum

Miguel se aventurou pelo mundo do gênero policial e nos presenteou com Nós. O

glamour em ser a boba da turma, a palhaça ou simplesmente a engraçadinha. Não

livro de pouco menos de 90 páginas é dividido em capítulos curtos nomeados por

sei contar piadas, nem imitar gente famosa. Então, por que me acham engraçada?

pronomes: Eu, tu, ela, um outro, ele, ninguém, nós.

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


EDITORIAL EDITORIAL Grupo Grupo RIC RIC Fundador Fundador ee Presidente Presidente Emérito Emérito Mário Mário J.J. Gonzaga Gonzaga Petrelli Petrelli Grupo Grupo RIC RIC SC SC Presidente Presidente Executivo Executivo Marcello Marcello Corrêa Corrêa Petrelli Petrelli || mpetrelli@ricsc.com.br mpetrelli@ricsc.com.br

JÉSSICA JÉSSICA STIERLE STIERLE

Diretor Diretor Superintendente Comercial Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br Gilberto Kleinübing gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Diretor Administrativo Administrativo ee Financeiro Financeiro Albertino Albertino Zamarco Zamarco Jr. Jr. || albertino@ricsc.com.br albertino@ricsc.com.br

“Justin “Pablo Vittarperceber vai estampar nota de 3 reais?” que Em uma breveBieber históriamorreu” cultura a ,gente consegue o quanto sociedade evoluiue-até e ao contrário AA Revista Revista its its éé uma uma publicação publicação da da Editora Editora Mais Mais SC SC Coordenador Coordenador Núcleo Núcleo Jovem Jovem Gilvan Gilvan Saragosa Saragosa Junior Junior || gilvan.jr@ricsc.com.brr gilvan.jr@ricsc.com.br Conteúdo Conteúdo Jéssica Jéssica Stierle Stierle || jessica.stierle@portalits.com.br jessica.stierle@portalits.com.br Renata Renata Bomfim Bomfim || renata.bomfim@portalits.com.br renata.bomfim@portalits.com.br Designer Designer Gráfico Gráfico Eduardo LeonardoMotta Messias de Jesus Supervisora Supervisora de de Distribuição Distribuição Marina Marina Rosa Rosa -- distribuicao@noticiasdodia.com.br distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO NÚCLEO COMERCIAL COMERCIAL REDE REDE Santa Santa Catarina, Catarina, São São Paulo, Paulo, Distrito Distrito Federal, Federal, Minas Minas Gerais Gerais ee Rio Rio de de Janeiro Janeiro Fabiano Fabiano Aguiar Aguiar || fabiano@ricsc.com.br fabiano@ricsc.com.br Atendimento Atendimento Regional Regional Rio Rio Grande Grande do do Sul Sul ee Paraná Paraná Gabriel Gabriel Habeyche Habeyche || gabriel.habeyche@ricsc.com.br gabriel.habeyche@ricsc.com.br

“O Brasil dovárias Sul vai ser real”. Por mais absurdo que eu garanto que você jánossas caiu vidas também - em dinâmicas do dia a dia. A tecnologia, mãe seja, da praticidade, tá presente nas para nos lembrar de que hoje somos muito privilegiados com conexões, facilidades e instantaneidade. em alguma notícia falsa. Já nãoVivendo existe dois virtual e realrápida, se misturam fazem se parte de uma-mesma realidade, a nossa namundos, era da informação muitae gente favorece e se compromete realidade! Apesar disso ser absurdamente assustador para outras gerações, aMuito nossa além já nasceu chipada e - com a disseminação desses conteúdos. do que muito bem desenvolvida nas telinhas, touch, noas wifi, na conectividade... ao mesmo tempo que isso se podeno imaginar, chamadas fake newseestão em pauta, seja um tanto quanto paradoxo para alguns,é temos seus benefícios e malefícios,buscar como em ao nosso eo assunto tão relevante que resolvemos umtudo time redor. Os games, por exemplo, nesse rolê. dos um times: os #prós e a galera #contra, e deentram especialistas paraTemos montar dossiê do tema. Vocêdovai se ainda uma #torcida que utilizada de toda essacom realidade ao alcance surpreender a confusão quepara um absorver simples conhecimentos compartilha-e gerar engajamento para o futuro. Nesse tempo que tudo precisa ser politicamente correto, a saída é essa: mento semem verificação pode causar. conhecimento. No final as ideias são formadas entre #prós e #contras a gente o conjunto Além disso, epro papo ficar leve, não deixeobserva de conferir as da galera que se posiciona sem defender nada além do saber: que os games são uma baita oportunidade. sessões de cinema, literatura e obviamente, vem ver os clicks

feitos nos pátios das escolas do estado.

Gerências Gerências Comerciais Comerciais SC SC Gerente Gerente Comercial Comercial Oeste Oeste Eliane Eliane Salete Salete Sante Sante Mattos Mattos || eliane.mattos@ricsc.com.br eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Gerente Comercial Comercial Joinville Joinville Cristian Cristian Vieceli Vieceli || cristian@ricsc.com.br cristian@ricsc.com.br Gerente Gerente Comercial Comercial Blumenau Blumenau Jackeline Jackeline Moecke Moecke || jackeline@ricsc.com.br jackeline@ricsc.com.br Gerente Gerente Comercial Comercial Itajaí Itajaí Robson Robson Fiamoncini Fiamoncini Cordeiro Cordeiro || robson.cordeiro@ricsc.com.br robson.cordeiro@ricsc.com.br Sul Sul Graziela Graziela Silveira Silveira || graziela.silveira@ricsc.com.br graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Florianópolis Crystiano Crystiano Parcianelli Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os Os artigos artigos assinados assinados não não refletem refletem necessariamente necessariamente aa opinião opinião da da revista, revista, sendo sendo de de inteira inteira responsabilidade responsabilidade de de seus seus autores. autores. ÉÉ permitida permitida aa reprodução reprodução total total ou ou parcial parcial de de reportagens reportagens ee textos, textos, desde desde que que expressamente expressamente citada citada aa fonte. fonte. Tiragem: Tiragem: 71.922 71.922 mil mil exemplares exemplares

Beijos,

Beijos, Jéssica Stierle Jéssica Stierle

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO,ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: #FALHANOSSA O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, - Girls Like You ft. CardioBnúmero da edição na NoMaroon último5mês não atualizamos ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: JorgeA&revista Mateusde- Coração capa. númeroCalejado 145 traz o tema “Que língua é Marília Mendonça - Ausência Lagum Voufala?” Mentire você pode encontrá-la também essa que -aNão galera Matheus & Kauan - De Sol A Sol Drake - In My Feelings na nossa plataforma online: issuu.com/revistaits00 Shawn Mendes - Lost In Japan AnaVitória - Ai, Amor

Na galeria da página 55 a Júlia é Giullia, foi mal.

Dua Lipa - IDGAF

OS CULPADOS

NÃO NÃO VACILA, VACILA, FALA FALA AÍ AÍ (48) (48) 3212-4026 3212-4026 Pontos Pontos de de distribuição: distribuição: Escolas Escolas Estaduais Estaduais da da Rede Rede de de Santa Santa Catarina Catarina ee colégios colégios parceiros parceiros Florianópolis Florianópolis COC COC Floripa Floripa Energia Energia Terceirão Terceirão Colégio Colégio Bom Bom Jesus Jesus Colégio Colégio Catarinense Catarinense CEB CEB (Centro (Centro Educacional Educacional Barreiros) Barreiros) Itajaí Itajaí Energia Energia BC BC Unificado Unificado BC BC Colégio Colégio São São José José Colégio Colégio Salesiano Salesiano Joinville Joinville Colégio Colégio Cenecista Cenecista José José Elias Elias Moreira Moreira Colégio Colégio dos dos Santos Santos Anjos Anjos Blumenau Blumenau Colégio Colégio Energia Energia Colégio Colégio Barão Barão do do Rio Rio Branco Branco Chapecó/Xanxerê Chapecó/Xanxerê Colégio Colégio Trilingue Trilingue Exponencial Exponencial Colégio Colégio La La Salle Salle Criciúma Criciúma Marista Marista Criciúma Criciúma

MARIANA EDINÉIA EMERIM RAUTA

PRISCILA RENATA SOUZA BOMFIM

MATEUS LUCAS SILVEIRA INÁCIO

PRISCILA MARIANA SOUZA EMERIM

BRUNO MATEUS ANDRADE SILVEIRA

RENATA GEORGE THIAGO VINCENT VINCENT SESERING BOMFIMFRANÇAMARTHENDAL SESERING REVISTA ITS || ÉÉ |NA ESCOLA QUE REVISTA ITSITS NA ESCOLA QUE GENTE ACONTECE REVISTA É NA ESCOLA QUEAA AGENTE GENTEACONTECE ACONTECE

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REDES SOCIAIS

Quer aparecer com a galera aqui na seção Instagram? Mande a sua foto pra gente por inbox: facebook.com/revistaits

EEM VALMIR OMARQUES NUNES

EEB CASIMIRO DE ABREU

Bom Retiro

Curitibanos

EEB ELZA HENRIQUETA TECHENTIN PACHECO Blumenau

EEB OTILIA MULLER Chapadão do Lageado

EEB MARIA RITA FLOR Bombinhas

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REALIDADE AUMENTADA

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Com 12 anos de circulação a gente entende do que faz e faz para motivar a educação catarinense, por isso este ano tem novidade! É a Realidade Aumentada, uma super tecnologia e proposta para estreitar laços entre a revista impressa e a tecnologia através da sua escola!

A partir deste ano, quando você encontrar esse símbolo nas páginas da revista its, saiba que você e a sua comunidade escolar contaram com uma experiência sensacional, com conteúdos que saem do papel e passam para áudio e vídeo do que de melhor acontece nas escolas do nosso estado.

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Você também pode participar, enviando vídeos e fotos do que acontece na sua escola através das nossas redes sociais para aparecer por aqui e fazer parte dos conteúdos mensais! Afinal de contas, todo mundo quer saber o que rola no pátio das outras escolas.

Basta baixar o aplicativo “ ddr ric - revista eletrônica” na Play Store ou “ddr ric”, na loja da Apple, posicionar o leitor sobre o código e curtir os conteúdos publicados.

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É fácil, é rápido e a gente acredita que você vai curtir! Mande conteúdo para dar visibilidade a projetos e iniciativas que acontecem aí na sua cidade Revista its: é na escola que a gente acontece


CULTURA POP

TEMOS O REI

das turnês 2018... Lá se foi o primeiro semestre do ano e Ed Sheeran está no topo da lista com a turnê mais lucrativa do ano! Ele ultrapassou nada mais, nada menos que AC/DC e levou o seu show para mais de 20 cidades espalhadas pelo mundo inteiro e acumulou a bagatela de US$ 213 milhões pagos em bilheteria, o recorde anterior era de US$ 177 milhões. Confira como ficou o ranking, divulgado pela Pollstar, uma das publicações mais conceituadas da indústria ao vivo.

1. Ed Sheeran: US$ 213,9 milhões 2. Bruno Mars: US$ 113,4 milhões 3. Rolling Stones: US$ 100,8 milhões 4. Taylor Swift: US$ 98 milhões 5. P!nk: US$ 95,6 milhões 6. Eagles: US$ 84 milhões 7. Justin Timberlake: US$ 83,8 mil

...TAMBÉM TEMOS A RAINHA DOS LUCROS Já que está no momento de divulgação de listas, Katy Perry não ficou atrás na Forbes e está entre as cantoras mais mais bem pagas de 2018, ocupando a 19ª posição com US$ 83 milhões. Confere só quem também apareceu no ranking com boas colocações:

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P!nk: US$ 52 milhões Lady Gaga: US$ 50 milhões Jennifer Lopez: US$ 47 milhões Rihanna: US$ 37,5 milhões


VEM SINGLE POR AÍ!

LANÇA LOGO, LINDA! Desde que divulgou “Come back to you”, uma das músicas que fez parte da série 13 Reasons Why, Selena Gomez não fez mais nenhum lançamento. O que antes era suspense, a mocinha tratou logo de quebrar e dizer que o novo álbum está em andamento. Em entrevista, Selena adiantou que o novo trabalho já conta com oito faixas prontas. Daqui, seguimos no aguardo.

Você olhou para a foto e, assim como a gente, também pensou que viria parceria por aí, não é mesmo? É, talvez não seja agora, mas nós temos uma novidade sobre a Avril: confirmado álbum novo, o“singles no outono”, como ela respondeu ao ser questionada se iria ou não ter lançamento ainda este ano do seu disco. A cantora está há cinco anos sem divulgar uma música nova de trabalho e os fãs, claro, já não aguentam mais tanta espera. Avril, falta muito para o outono chegar?!

ANITTA… mais uma vez

Como deixar de colocar no Cultura Pop quem não passa um mês sem lançar um novo sucesso? Com a música “Medicina”, gravada em espanhol e com a participação de um coral infantil, a exmoradora de Honório Gurgel, bairro do Rio de Janeiro, mostra que está cada vez mais pronta para ganhar este mundo.

CONTROLANDO A ANSIEDADE

Fotos: Divulgação

Sim, você já passou dessa fase e deve estar se perguntando: “É sério mesmo que eles resolveram falar de desenho?”. Sim, é sério. Aliás, é seríssimo. Não se trata de qualquer desenho, estamos falando de “Rugrats: os anjinhos”, então, por favor, entenda o nosso momento nostalgia.

A divulgação do vídeo foi feita pela própria Anitta por meio das redes sociais e aproveitou o momento para explicar que o nome Medicina é para mostrar o poder de cura da música. Vale lembrar, ainda, que a moça foi anunciada no início de julho como uma das juradas do The Voice México. Dorme com esse barulho, mundo!

Depois de passar 12 anos sem nenhuma produção, a Nickelodeon anunciou que a animação deve contar com 26 novos episódios, com todos os personagens garantidos e que deve trazer até outros inéditos. Já podemos dizer que esse momento de relembrar a infância é o Brasil que a gente quer?!

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Por Lucas Inácio

JOGO VIDENTE

Lembram do polvo Paul, aquele que acertava todos os resultados da Copa do Mundo de 2010 e que previu que a Espanha seria campeã? Ele foi o precursor dos animais videntes nos mundiais de futebol, mas parece que a categoria está com os dias contados. O jogo Fifa 2018 acertou vários resultados em sua simulação pré-Copa, incluindo que a França seria campeã. Outro destaque foi a eliminação do Brasil para a Bélgica nas quartas de final e a eliminação da Argentina para a França. Porém o jogo não previu a péssima campanha alemã e espanhola, as quais “previu” que ficariam em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Talvez ainda há esperança para os animais videntes.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO COTIDIANO

Quem acompanha a série Westworld ou gosta de filmes de ficção científica como Matrix, sabe que só em pensar em Inteligência Artificial já rola aquele medinho de que vai dar ruim. Porém, o que não falta são aplicações de IA pelo mundo em várias finalidades que a gente não faz ideia, da culinária ao jornalismo. Na cozinha, já existem robôs chapeiros, programas que personalizam pratos de acordo com o gosto do cliente a partir de uma base de dados, entre outras coisas. Editores de fotos automatizados já conseguem reparar um registro a partir dos padrões que ele apresenta. Na medicina, pode ajudar a fazer a triagem de pacientes e cruzar os dados antigos. E esses são apenas alguns exemplos do que está rolando no mundo, então fiquem tranquilos, por enquanto as Inteligências Artificiais estão aí para nos ajudar. Observação: vale destacar que esta matéria não foi escrita por um robô.

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JOGA NA PALMA DA MÃO

Uma pesquisa encomendada pela PayPal aponta que cerca de 82% dos brasileiros jogam no celular. O levantamento foi feito com pessoas de 18 a 65 anos, sendo 53% mulheres (semelhante à proporção da população nacional), o que indica que o mercado de games para celular entre os brasileiros é grande. Vale lembrar que esse vício vem desde os tempos do jogo da cobrinha, lá nos anos 2000, mas na época os celulares não ofereciam tantas coisas quanto atualmente, tipo internet e a comunicação era por mensagem de texto (e olhe lá).

O RETORNO DA LIGA

Para tentar viciar os 18% de brasileiros que ainda não jogam no celular, vamos passar uma dica da continuação de um dos mais aclamados jogos de super heróis: Injustice. Depois de uma primeira edição muito boa, o Injustice 2 fez sucesso imediato quando foi lançado e agora está no celular. Claro que a versão é reduzida, mas a qualidade de gráficos e da história continua tão boa quanto a dos consoles, portanto vale a pena investir um tempo nesse jogo. Se a DC ainda está devendo no cinema, nos jogos ela manda muito bem.

Fotos: Divulgação

VÍCIOFLIX

Qual o tamanho do seu vício em Netflix? É difícil avaliar assim do nada, mas um aplicativo pode ajudar você a quantificar isso. O StatFlix é um app que gera várias estatísticas do seu uso na Netflix, desde o tempo até o histórico completo de filmes, séries ou programas que você assistiu, mesmo que não tenha ido até o fim. Além disso, ele mostra o tempo de acordo com os dias, ou até mesmo com o tipo de produção que você assistiu, traçando um perfil bem legal do que você curte ou não. É bom até para se controlar um pouco, caso o vício esteja tão grande, né?

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LIÇÃO DE CASA Por Lucas Inácio

Estudar fora:

POR QUE NÃO?!

Estudar fora parece ser um desafio enorme e inatingível. Quando pensamos em viajar para estudar, vem à cabeça fazer um intercâmbio em meio à faculdade, um ou dois semestres, mas não de fazer uma graduação completa. Além dos custos normais de morar sozinho, ele se potencializa por ser em euros, libras, dólares ou outra moeda mais valorizada que o real 12 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

(o que não é difícil). E mesmo que tenhamos esse dinheiro, como fazer o processo seletivo em outro país? Como se preparar para um vestibular ou prova, se já é difícil fazer isso aqui no Brasil? De fato parece algo distante, mas uma matéria da BBC Brasil mostrou que há um grande número de brasileiros indo estudar na Argentina, um destino que pouca gente

imaginava, mas que se torna uma boa possibilidade para muitos. Focada nos cursos de medicina, a matéria destaca que vários brasileiros têm se espalhado por instituições de todo o país, não apenas da região de Buenos Aires, a exemplo da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) que contava com 11 brasileiros em 2015 e agora tem 566.


Fotos: Divulgação

O que mais atrai é que vários cursos não têm limites de inscritos e não exigem vestibular por conta de uma lei no país. O sistema argentino pede apenas que o diploma do ensino médio seja reconhecido nos ministérios da Educação daqui e de lá, além do DNI (um tipo de identidade emitido pelas autoridades).- O desempenho do aluno no ensino médio não é avaliado. Fomos pesquisar e vimos que, além da Argentina, há outros lugares em que é possível brasileiros ingressarem, como em Portugal, onde 28 universidades aceitam a nota do Enem como porta de entrada. Uma matéria da EBC -de fevereiro deste ano deu mais detalhes sobre o tema e informou que uma das exigências é que os estudantes do Brasil não podem ter cidadania ou morar há mais de dois anos no país. Outras regras variam de acordo com a instituição, algumas aceitam a nota do Enem com peso diferente; outras exigem documentações específicas. Há inúmeros brasileiros em Portugal, até por conta da língua, o que facilita bastante. Alguns deles, inclusive, com canal no YouTube sobre o tema! A Inglaterra e outros países do Reino Unido também contam com instituições que aceitam a entrada de estudantes brasileiros por meio do Enem, mas o processo lá é um pouco mais complicado. A proficiência em inglês é obrigatória e há um curso de preparação para conhecer melhor o sistema de ensino do país chamado foundation year, pois geralmente dura um ano. Alguns exemplos de universidades que aceitam o Enem são Bristol (Inglaterra), Kingston (Londres, Inglaterra), Glasgow (Escócia), entre outras. Estes são apenas três casos que exemplificam a possibilidade real de fazer uma graduação completa fora do país, mas há outros lugares com acesso facilitado também. Vale destacar que varia entre as instituições, mas a nossa ideia com essa matéria é plantar uma sementinha para, quem sabe, alguns estudantes vejam a possibilidade de estudar em outro país. Portanto, se você ficou interessado, pesquise mais sobre o tema, quem sabe você não encontra um lugar legal para fazer seu curso superior.


DA MARI DICAS DICAS DA MARI DICAS DA MARI

VAMOS FAZER VAMOS FAZER VAMOS FAZER IDEIAS PARA DECORAR O

Por Mariana Por Mariana Emerim Emerim Por Mariana Emerim

OVOS DE PÁSCOA? OVOS DE PÁSCOA? OVOS DEde PÁSCOA? cantinho estudos 1

Oi,bem? oi, tudo bem? vez e adivinha Oi, oi, tudo Mari aquiMari outraaqui vezoutra e adivinha o motivo?o motivo? É PÁSCOA! Aquela época mais doce no ano, não gosta? Oi, época oi, tudomais bem? Mari adivinha o motivo? É PÁSCOA! Aquela doce noaqui ano,outra quemvez nãoequem gosta? Oi, oi, tudo bem? ovos deestão páscoa estãomais custando nossos (quase ÉosPÁSCOA! Aquela época docerins no (quase ano,rins quem não gosta? Como os Como ovos de páscoa custando nossos Para a primeira ideia, você Estamos na reta final do ano (fala literalmente), preciso colocar amassa mãocustando nae inventar massanossos e inventar oséovos de páscoa rins (quase literalmente), éComo preciso mão naestão vai precisarcolocar de umaa sacola, sério, passou muito rápido! Estou de economizar eajudar eu colocar vou ajudar vocêna amassa fazer ovinhos literalmente), preciso mão e inventar maneirasmaneiras de aquelas economizar e euévou você aa fazer ovinhos de papel decoradas chocada!), então, é hora de dar aquele recheados de fofas amendoim com os vou docinhos você maisovinhos maneiras de você a fazer recheados de são amendoim oueconomizar com osoudocinhos queajudar vocêque mais bem e também ée eu gás final, aquele último suspiro nas gosta! Vamos recheados de amendoim gosta! Vamos nessa? bom separarnessa? flores artificiais.ou com os docinhos que você mais matérias da escola - principalmente se nessa? Nessegosta! caso, Vamos basta você colocar você não foi tão bem durante o ano. queestão os ovos estão coloridos, Opasso primeiro passoeéprontinho: você Agora queAgora os ovos coloridos, O primeiro você as flores naésacola Por isso, que tal dar aquele ânimo e usar criatividade quea os ovos estãopara coloridos, guardar dúziapasso só com você podevocê usarpode aAgora criatividade para O uma primeiro é você um vaso moderno! repaginar seu cantinho de estudos? guardartem uma dúzia só super com deixá-los personalizados. Se você você pode usar a criatividade para as cascas dos ovos. Depois deixá-los personalizados. Se você e fácil, né? Mas guardar uma dúzia só com as cascas dosSimples ovos. Depois Quando a gente prepara um ambiente presentear sua família, com um deixá-los personalizados. Se você com vai pequeno encher esse basta fazer um presentear sua família, com um as cascas dos ovos. Depois basta fazer umcerteza pequeno especial, estudar até se torna mais canetão você podesua transformar seus presentear família, um decima, cor vida! furoambiente nabasta partefazer de canetão você pode transformar seusnãocom um epequeno furo na parte de cima, fácil, é mesmo? Então, vou dar ovos pessoa, em cadaescrevendo pessoa, escrevendo e seus canetão você pode secar e mãos ovos em cada etransformar furoàna parte àdeobra. cima, 1 deixe secardeixe e mãos obra. ideias fáceis e baratinhas. Bora?! 4 1 4 olhos e enfeites. em cada pessoa, escrevendo e colocandocolocando olhosovos e enfeites. deixe secar e mãos à obra. 1 4 colocando olhos e enfeites. Porencha último, uma base de Por último, os encha ovinhosos ovinhos Faço umaFaço branca debranca Abase segunda ideia é um porta com amendoim doce e cole encha os ovinhos tinta para que hora de de com amendoim Por doceúltimo, e cole Faço uma branca tinta para que na hora denabase lápis/caneta. Você vai precisar uma forminha de brigadeiro com amendoim doce e cole pintar com outras cores uma forminha de brigadeiro para (ou queaqueles na hora de pintar com outras de tinta umcores pote para decorar! uma forminha de brigadeiro possa ficar vivo e colorido. para decorar! pintar comdeoutras cores mais rígidos plástico) possa copos ficar vivo e colorido. para decorar! canudinhos fita dupla possae ficar vivo eface! colorido. Agora cole a fita na borda do 2 5 2 5 copo e também embaixo, depois 2 5 você intercala os canudinhos! Prontinho! Seu presentinho de páscoa além de ser baratinho Prontinho! Seu presentinho de páscoa além de ser baratinho Usando tintas dediferente e Prontinho, super Usando tintas defica é personalizado! Tenho certeza que quem receber essedepresente Prontinho! deesse páscoa além ser baratinho é personalizado! Tenho certezaSeu quepresentinho quem receber presente cores, você colorido! Eudeamei!️ tintas diferentesdiferentes cores,Usando você vaipra guardar praessa sempre essa lembrança! é personalizado! Tenho certeza que quem receber esse presente vai guardar sempre lembrança! os ovoscores, mais você diferentes vai deixarvai os deixar ovos mais Lá no meu canal tem o passo a passo em vídeo! Só procurar vai guardar pra sempre essa lembrança! Lá no meu canal tem o passo a passo em vídeo! Só procurar e divertidos! vai deixar os ovos mais coloridos coloridos e divertidos! no por YouTube Mariana Emerim você vai encontrar e Lápor noEmerim meu canal tem passo a passo em vídeo! Só procurar no YouTube Mariana que vocêo que vai encontrar essa e essa coloridos e divertidos! outras dicas daquele jeito que a gente gosta: boa, bonita e barata! no YouTube por Mariana Emerim que você vai encontrar essa e outras dicas daquele jeito que boa,e bonita e barata! Se você fizer uma das #diymariemerim quea gente eu vougosta: lá curtir comentar! 3 ideias, que tal publicar uma foto com Beijo, beijo, beijo! Tchau, tchau, tchau, tchau! Feliz 3 outras dicas daquele jeito que a gente gosta: boa, Páscoa! bonita e barata! Beijo, beijo, beijo! Tchau, tchau, tchau, tchau! Feliz Páscoa! tchau! 3 Beijo, beijo, beijo. Tchau, tchau, tchau, Beijo, beijo, beijo! Tchau, tchau, tchau, tchau! Feliz Páscoa!

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“ANTES, EU SÓ CONSEGUIA ENTENDER O LÁ LÁ LÁ DA MÚSICA.” “AGORA EU APRENDO INGLÊS COM OS MELHORES PROFESSORES.”

SEM TAXA DE MATRÍCULA. Unidade Blumenau

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DIÁRIO DE BORDO

EEB SÃO JOSÉ | NAVEGANTES A EEB São José desenvolve vários projetos educacionais nas áreas de sustentabilidade, saúde e prevenção, educação inclusiva e outros. Assim, em seu planejamento, o professor de educação física Wagner Walmor Cordeiro desenvolveu em suas aulas o projeto “Jogos adaptados para portadores de necessidades especiais” com as turmas de sexto ao nono ano das séries finais, com o objetivo de proporcionar vivências relacionadas à educação física inclusiva, a fim de colocar os alunos em situações semelhantes a dos portadores de necessidades especiais para que possam sentir as dificuldades encontradas no dia a dia. A turma andou pelas calçadas e ambientes dentro e fora da escola, praticou jogos pré-desportivos adaptados e produziram cartazes e frases motivacionais para os portadores de necessidades especiais. Os alunos puderam perceber na própria pele as dificuldades vividas no dia a dia pelos portadores de necessidades, não só a falta de acessibilidade, mas também de aceitação, respeito e a necessidade de superação a cada atividade executada.

16 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

EEB Professor Ary Mascarenhas Passos | Itajaí

O projeto “Copa do Mundo 2018 - vivenciando o conhecimento cultural” foi elaborado na Escola Estadual Básica Professor Ary Mascarenhas Passos pelos professores e direção, com o intuito de que os países presentes na Copa do Mundo 2018 não fossem percebidos pelos alunos apenas como times de futebol que representa seus países, mas que por meio do evento, o aluno, com base na pesquisa, percebesse as questões culturais, sociais, econômicas e políticas que contornam cada país que participou. Para isso foi proposto um projeto em que o aluno percebesse essas questões de forma lúdica e criativa. Tendo, então, como resultados painéis, nos quais apresentassem em forma de imagens, frases e pinturas os aspectos culturais, econômicos, sociais e políticos desses países e uma apresentação artística, seja em forma de dança, teatro, poema ou música do país pesquisados por cada turma. Com isso, a Copa do Mundo 2018 na Escola Básica Ary Mascarenhas Passos não foi uma mera disputa futebolística entre países e, sim, uma grande feira de conhecimento, já que incentivou o aluno a despertar a curiosidade científica e filosófica, umas das grandes razões da existência de uma escola.


EEB Maria Jose Hulse Peixoto | Criciúma

O VOKI é um aplicativo que ajuda a criar avatares e o diferencial é que eles"falam", piscam, mexem a boca e se movimentam na tela.”

VOCÊ QUER VER A SUA ESCOLA AQUI NO DIÁRIO DE BORDO? Calma que é bem fácil: basta você contar a história da sua turma e nos mandar junto fotos para que possamos publicar! Você só precisa enviar para a Renata (renata.bomfim@portalits.com.br) ou para a Jéssica (jessica.stierle@portalits.com.br).

Fotos: Divulgação

A volta às aulas gera grande expectativa nos alunos: novos professores, novos colegas e, em alguns casos, escola nova. Nestes casos é comum o professor pedir aos alunos que se apresentem e, quando se trata da disciplina de Língua Inglesa, a apresentação é em inglês. Nesse momento, muitos alunos se recusam a se apresentarem porque tem dificuldade com o idioma ou têm vergonha de falar para os colegas em língua estrangeira. Foi assim que surgiu a ideia de usar o aplicativo VOKI. O VOKI é um aplicativo que ajuda a criar avatares e o diferencial é que eles "falam", piscam, mexem a boca e se movimentam na tela. Os alunos se empolgaram com a novidade e, em pouco tempo, já estavam com seus avatares prontos e apresentando para os colegas das turmas. Ensinar inglês usando avatares fez com que os alunos se interessem mais pela disciplina, aplicativos e avatares fazem parte do mundo da galera. Então, utilizar essa ferramenta em sala de aula aproxima o aluno do conteúdo a ser estudado, tornando o aprendizado mais significativo e também divertido.


CAPA

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Por Lucas Inรกcio


Foto: Marcos Campos

Ei, baixa o aplicativo DDR RIC its revista eletrônica e receba um conteúdo exclusivo desta edição

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Foto: Marcos Campos

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Os jogos eletrônicos já são uma realidade na vida dos brasileiros há muitos anos. A popularidade cada vez maior dos eSports é uma grande demonstração deste sucesso em que as competições de videogames são levadas ao alto nível e ganham espaços cada vez maiores na mídia, inclusive em TV aberta. Muita gente ainda torce o nariz para isso, mas não há como negar a presença dos games em nosso mundo, tanto que já foram elevados ao status de esporte e até mesmo de arte com direito a exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Independente do que você considera que games sejam, não dá para negar sua presença de mercado, inclusive no Brasil. De acordo com a pesquisa Global Games Market Report 2017 realizada pela Newzoo, o país foi o 13º que mais gerou receitas ao setor no ano passado, foram US$ 1,3 bilhão dos US$ 108,9 bilhões movimentados pelo setor no mundo. Outra pesquisa significativa indica que que 82% dos jovens e adultos brasileiros jogavam algum tipo de game em suas diversas plataformas em 2015 – um novo censo realizado pelo Ministério da Cultura está em andamento. Com um mercado tão ativo, várias oportunidades profissionais surgem, principalmente em regiões de alto investimento em tecnologia, como Santa Catarina. Foi nesse cenário que o projeto Aprendendo a Programar surgiu e já introduziu cerca de 70 jovens da Grande Florianópolis na programação dos jogos. A iniciativa é realizada pelo Comitê para Democratização da Informática (CPDI), uma Organização Não Governamental (ONG) que usa a tecnologia como forma de mobilização e integração das pessoas em diversos projetos. No Aprendendo a Programar, a galera de 14 a 20 anos frequenta um curso intensivo de dois meses realizado na Escola de Educação Básica Rosa Torres de Miranda, na parte continental de Florianópolis. Lá, os inscritos dão os primeiros passos na programação de games, aprendendo desde a parte de lógica de programação até as linguagens dos códigos. Às vezes também ocorre da galera precisar de uma força nas funções mais básicas da informática, como usar um e-mail ou o pacote Office. Parece básico para muitos, mas vale destacar que 55% dos brasileiros usavam a internet apenas para redes sociais em 2017, de acordo com uma pesquisa da Fundação Mozilla. Por isso, o curso acaba tendo uma abordagem mais abrangente, como explicou a coordenadora pedagógica do CPDI, Cleusa Kreusch. “Além de formá-los para o mercado de trabalho, queremos que estes jovens passem de consumidores a produtores de seus próprios jogos, que se tornem multiplicadores deste conhecimento e possam ensinar o que aprendem aos outros.”

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De jogador a criador De fato é o que acontece, o primeiro contato das pessoas com os games geralmente é como usuário e foi a partir daí que surgiu o interesse de aprenderem mais. Alguns alunos jogam apenas de vez em quando e para passar o tempo. Outros são gamers de verdade e competem, como o caso do José Pedro, aluno da própria EEB Rosa Torres de Miranda. Ele participa de um time de Rainbow Six (jogo de tiros) com direito a treinador, treinos de seis horas por dia e competições aos fins de semana. Ele contou que aprender a programar o ajudou a ver os jogos de

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outra forma, melhorou seu desempenho e abriu uma nova possibilidade profissional. Aproveitou também para desmistificar o pensamento geral de quem é atleta de eSports. “Muitos acham que quem é da comunidade de jogos não faz nada da vida, mas ali a gente aprende muita coisa, desde as estratégias até os amigos que temos nas equipes, trocamos muita ideia com gente de todo o Brasil, mesmo que seja tudo pela internet, somos muito amigos”, comentou José que tem 16 anos e já tem a programação como uma possibilidade, caso sua carreira nos esportes

eletrônicos e no futebol de campo não se concretizem. Porém, a maioria da galera que fez o curso jogava apenas para se divertir. Com o tempo, a programação passou a ser a real diversão: desenvolver games, procurar erros, achar formas de melhorar a jogabilidade ou o cenário. São horas de dedicação e aprendizado, inclusive com noites viradas quando se empolgam demais – evitem fazer isso, não é saudável. O fato é que para eles os games agora são objetos de estudo. “Antes quando eu jogava era uma relação muito distante, só estava ali usando o jogo, mas depois do cur-


Alunos aprendem a criar o seu próprio jogo com aulas gratuitas de programação

Jogos e qualquer outro tipo de programação são as mesmas coisas, na verdade o jogo vai até um pouco além, então a partir desse curso eles podem buscar conhecimento em outras áreas de programação, pois já saem com essa base daqui."

Foto: Marcos Campos

Andrey Freitas, professor do curso.

so a gente começa a analisar mais as ações e pensar em ideias que poderíamos ter realizado no nosso projeto ou até mesmo ser mais compreensíveis quando dá algum erro no jogo do tipo ‘a gente te entende, desenvolvedor”, contou Alessandra Fernandes, em tom bem humorado. Formada no Aprendendo a Programar em 2017, ela continua estudando programação por meio de outro projeto do CPDI, mais aprofundado e com duração maior. Além disso, agora é aluna de Gestão de Sistemas de Energia no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e já vê possibilidades de aplicar o que aprendeu sobre pro-

gramação na nova área, uma chance que se abre a partir do estudo de programação em games, como falou o professor do curso, Andrey Freitas. “Jogos e qualquer outro tipo de programação são as mesmas coisas, na verdade o jogo vai até um pouco além, então a partir desse curso eles podem buscar conhecimento em outras áreas de programação, pois já saem com essa base daqui. O trabalho de jogos é multidisciplinar: cuidamos de áudio, roteiro, inglês, matemática, design e várias outra coisas, então todos acabam aprendendo um pouco de tudo.” Talvez por isso os alunos conta-

ram como a programação os ajudou na escola. O Luan Fagioni disse que ajudou a melhorar a concentração, a Stéfany Dantas destacou o contato com inglês e a atenção aos detalhes, a Alessandra falou que a ajudou a interpretar questões durante o vestibular e o José Pedro destacou a matemática. “Com o tempo eu percebi que meu desempenho em sala de aula melhorou, principalmente nas exatas. Sempre me dei bem com essa disciplina, mas para resolver problemas. Entender a parte de lógica dos games me ajudou bastante a fazer questões em uma prova e tudo mais.”

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Codigos femininos Porém, para entrar na área há também algumas dificuldades além dos próprios desafios da profissão, pelo menos para as mulheres: a falta de representatividade. “Eu quase desisti do meu curso, estava desanimada por isso, eram muitos meninos e, às vezes, eu me sentia sozinha, mas consegui uma colega para vir junto comigo e ajudou a tirar esse senso de inferioridade que às vezes acontece”, complementou Stéfany. Esse é um cenário que não é exclusividade de Florianópolis, de fato, as mulheres são minoria no ramo da computação. É até estranho que quando a gente pensa em eSports ou no Vale do Silício, pensamos em homens executando o serviço, infelizmente é uma realidade atual e nem sempre foi assim. Computador, antes de ser um eletrônico, era uma profissão e exercida principalmente por mulheres. Quem já assistiu ao filme Estrelas Além do Tempo (2016) conheceu um pouco do trabalho que as computadoras exerciam na NASA. No Brasil, o Jornal da Universidade de São Paulo (USP) realizou uma matéria contando histórico do curso de Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME/USP) iniciado em 1974. Naquele ano, dos 20 formandos, 14 eram mulheres (70%), mas com o passar dos anos os índices mudaram. Nos anos 1980, os homens passaram a ser maioria e no início dos anos 2000 a diferença passou a ser enorme: dos 41 alunos formados em 2016, seis eram mulheres (15%). Especialistas que estudam esses números apontam para a função dos computadores como o principal agente de mudança. A professora do Instituto Militar de Engenharia (IME), Renata Wassermann, explicou na matéria que os computadores eram para processamentos de dados até os anos 70, era uma área mais próxima à matemática. Com a popularização dos computadores pessoais e jogos, a computação passou a ser relacionada à tecnologia, uma área em que as mulheres são desencorajadas a participar. Um exemplo disso são as comunidades gamers. Infelizmente acontecem muitos casos de assédio ou xingamentos a jogadoras mulheres, vários com repercussão na mídia, inclusive. Basta perguntar para alguma menina que joga online sobre isso que os exemplos aparecem. Mas são em exemplos como o da Alessandra e o da Stéfany que a gente vê que todas podem programar. “No meu curso fui só eu de menina, no da Stéfany teve ela e mais uma. É uma área que tem poucas mulheres ainda, mesmo sendo super interessante, são poucas. Acho que precisa de mais incentivo e por eu estar nessa área sempre falo para outras meninas que dá para fazer”, contou a Alessandra.

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Stéfany Dantas


Foto: Marcos Campos

Alessandra Fernandes


Por onde seguir O curso Aprendendo a Programar é apenas o primeiro passo na área da programação e a intenção é justamente dar o pontapé para que as pessoas sigam na área. A Stéfany uniu esses conhecimentos aos do curso de design de games que realizou antes. Achou que teria muitas dificuldades, principalmente na parte de programação, mas hoje é algo tão natural que ela já pensa em fazer vestibular na área. “O professor falou na primeira aula que a gente ia programar sem perceber e foi isso, depois de um tempo a gente já lia os códigos pensando no que visualmente iria acontecer na tela, é muito legal”, contou. De fato, é uma área que tem espaço para iniciativas isoladas, em que vários aplicativos que foram desenvolvidos de forma independente estouram e ganham milhões de usuários. Por isso, o curso também prevê essa iniciativa e cooperação entre os alunos, pois saber empreender também é um ensinamento importante. “Uma coisa que eu sempre pego no pé deles é de usar esse conhecimento para ir além, não só de entrar no mercado, mas de criarem seus próprios jogos, de serem empreendedores. A gente oferece aulas disso para terem um pouco de noção dessa parte, é algo que eu gosto de incentivar e motivar essa galera. Ver que eles buscam conhecimento, compartilham uns com os outros e estão sempre em contato”, falou o professor Andrey Freitas. Quem sabe em breve a gente não divulga algum app dessa galera no WiFi aqui da Revista Its.

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Por Carolina Coral

FIQUE ESPERTO! Pela primeira vez na história, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o vício em videogame como um distúrbio mental. Em janeiro deste ano, foi anunciado que o transtorno de vício em games seria incorporado como doença pelo 11º Catálogo Internacional de Doenças. O documento descreve o problema como um padrão de comportamento frequente de vício em games, tão grave que leva o indivíduo a preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida. Para Marcelo Calcagno Reinhardt, médico especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência, a medida da OMS “reflete o retrato do comportamento da sociedade pós-moderna, em que a diversão em muitos casos é em demasia, os horários são inadequados, alguns jogos, inclusive estão sendo usados por crianças com faixa etária incompatível com a temática e que incitam a violência e aumentam a ansiedade”. Alguns países identificaram essa condição e já adotaram medidas mais severas para combater o problema. Na Coreia do Sul, por exemplo, o governo criou uma lei para proibir o uso de games por pessoas menores de 18 anos entre meia-noite e seis da manhã. No Japão, os jogadores recebem uma advertência caso ultrapasse mais do que uma determinada quantidade de horas por mês jogando vídeogame. Até na China, gigante do mundo tecnológico, determina-se um limite de quantidade de horas que uma criança pode jogar. Para a Associação Americana de Pediatria, os pais devem limitar o tempo que seus filhos passam em frente à tela, seja televisão, computador, celular ou tablet, para duas horas por dia. Esse tempo não inclui, no entanto, o uso dos aparelhos para fins acadêmicos.

Foto: Daniel Queiroz

O habito de jogar video game pode ser tornar um vício

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ITSPORTS Por Lucas Inácio

FOI MÊS DE JOGUINHOS ABERTOS

Foto: Heron Queiroz

Julho foi o mês dos Joguinhos Abertos, a competição de base mais tradicional de Santa Catarina que completa 30 anos voltando ao seu berço: Curitibanos. Na edição de 2018, contou com 94 delegações municipais e 1.700 atletas, muitos deles de destaque, como o tenista Leonardo Schmitz Frederico, 18 anos, capitão da equipe de Itajaí que conquistou o título masculino da modalidade. “Me sinto importante em representar Itajaí nos Joguinhos, principalmente por ser meu último ano e ter contribuído para somar pontos para o município com esse título, com o do ano passado e o vice de 2015.”

Foto: Antonio Prado

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Foto: Heron Queiroz

DE SC PARA O MUNDO Ainda sobre os Joguinhos, vale destacar uma atleta do estado que está ganhando o mundo: Micaela Rosa de Melo, 18 anos, de São José, atual recordista brasileira sub-23 dos 100 metros com barreira. A atleta chegou a Curitibanos na véspera da prova, pois estava em Helsinque, na Finlândia, onde participou do mundial de atletismo sub-20 e ficou entre as 12 melhores atletas do mundo. “Gostei do meu resultado no mundial. Competir com americanas, canadenses e jamaicanas não é fácil. A competição estava muito forte, mas gostei do meu desempenho, pois ganhei experiência para as próximas competições”. E apesar do cansaço, Micaela bateu o recorde da prova nos Joguinhos que também pertencia a ela, mesmo em pista de carvão, conhecida por ser mais lenta que o piso sintético.

HAJA PERNA A prova de 100 metros rasos é aquela que mais chama a atenção no atletismo, pois todos querem saber quem é o mais rápido da prova mais rápida. Nos Joguinhos, Marcos Vinícius Berlanda, de Balneário Camboriú, no masculino, com o tempo de 11s11, e Tayra de Lima Luciano, de Tubarão, no feminino, com o tempo de 11s95, ficaram com o ouro. Ela foi prata no revezamento 4x100 e bronze nos 100 metros rasos nos Jogos Escolares da Juventude, em João Pessoa, em 2016, além de 4ª colocada no Mundial Escolar da França, em 2017. Ele é oitavo colocado no ranking juvenil da América do Sul. Em 2016, participou do Mundial Escolar da Turquia, sendo prata no revezamento 4x100 e bronze nos 200 metros rasos. Ambos têm 19 anos e, por isso, estão no último ano de participação nos Joguinhos.


Foto: Cacá Ferreira

A FORÇA DE ITAJAÍ O time do Colégio Salesiano/ABI/FMEL (Itajaí) conquistou o Campeonato Estadual Sub-17 feminino de basquete de forma invicta. Esse foi o primeiro título estadual de basquete no ano e a conquista veio diante de sua torcida. O Campeonato Estadual Sub-17 feminino começou em março e contou com nove equipes divididas em dois grupos, com dois classificados em cada chave para o quadrangular final. O título é mais um do projeto de basquete feminino em Itajaí que é uma das forças estaduais na base junto com Blumenau, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Joinville.

UM FEITO E TANTO Já falamos algumas vezes aqui no itsports sobre o projeto de basquete do handebol de Lages da EEB Industrial e teremos que falar de novo porque a equipe conquistou o tricampeonato dos Jogos Escolares da Juventude, disputados em junho. O feito merece destaque, pois a equipe conseguiu se renovar e manteve o nível para conquistar o título e representar novamente SC nos Jogos Escolares da Juventude. Parabéns ao professor-técnico Marlon Beretta pelo trabalho!

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POPCORN

Se você ainda não gosta de musicais, pode ser porque não viu musicais o suficiente

No Brasil, curiosamente, o gênero cinematográfico que mais causa estranhamento é o musical. Mesmo sendo um povo que adora música, que criou vários estilos e que tem uma festa anual onde se contam histórias através de música e dança, nós torcemos o nariz quando isso acontece no cinema. Isso porque nos acostumamos ao longo dos anos a consumir filmes que se encaixam em certas caixinhas e, neste processo, estranhamos quando alguém tenta subverter este formato. Felizmente, além de estarmos vivendo numa época de acesso fácil à arte, Hollywood tem aberto espaço novamente para que esse gênero que dominou as telonas por muitos anos, encontre novamente um lugar ao sol.

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Quem tem vontade de conhecer melhor o gênero terá algumas oportunidades bem diversas, ainda neste ano. Mamma Mia 2, lançado em julho, continua a história da família grega de Meryl Streep. Desta vez com foco na filha grávida que passa por uma jornada de autodescoberta por meio de músicas do ABBA. Já no período de Natal, o remake de Mary Poppins com Emily Blunt promete trazer um estilo de musical dos mais tradicionais, daqueles com números complexos repletos de dançarinos. E, em algum momento entre esses dois, a terceira refilmagem do clássico Nasce Uma Estrela deve mais uma vez contar a história de um músico veterano alcoólatra que ajuda uma jovem

cantora a alcançar o estrelato. E a estrela desta vez não é ninguém menos que Lady Gaga, little monsters. Além destes que estão por vir, algumas outras surpresas de bilheteria demonstram que o público está pronto para abraçar novamente os musicais. O principal deles talvez tenha sido La La Land, que foi vencedor do Oscar de melhor filme por alguns segundos em 2017 e transforma um romance clichê entre uma atriz e um pianista de jazz numa declaração de amor ao cinema. O filme dirigido pelo jovem Damien Chazelle é uma boa porta de entrada para o gênero não só por ser um belo filme, como também por homenagear diversos clássicos.


Fotos: Divulgação

Por Vincent Sesering Seria forçar a barra, porém, dizer que meia dúzia de lançamentos de sucesso estaria trazendo uma nova era dos musicais à tona. Nos anos 40, 50 e 60, o gênero chegou a ser tão popular que tinha uma categoria própria no Oscar. O sucesso, que se devia primeiramente ao fato de que o cinema pela primeira vez tinha cores e som acabou se sustentando por conta de alguns gênios que transformaram o estilo completamente. O que antes era uma categoria isolada de poucos filmes abriu um leque de sub-gêneros dos mais diferenciados. De um lado, saiam os filmes com Ginger Rogers, Fred Astaire, Stanley Donen, dançarinos extremamente habilidosos que traziam números impressionantes e que, mais do que a voz, exigiam de suas estrelas uma capacidade artística e um fôlego que poucos astros possuem hoje em dia. Do outro, musicais mais teatrais tinham como destaque as histórias melodramáticas e traziam grandes vozes para as telonas, como Judy Garland, Gene Kelly (um artista completo) e, mais tarde, Liza Minnelli. Aqui o gênero nunca pegou de verdade, mas ainda assim temos alguns longas dignos de nota. Além da maioria do trabalho dos Trapalhões nos anos 1980, alguns dos mais famosos são A Ópera do Malandro (adaptação protagonizada por Edson Celulari da peça escrita por Chico Buarque); Ó paí ó (musical baiano que se passa num cortiço no Pelourinho e também foi baseado numa peça); e mais recentemente, a diretora Juliana Rojas lançou o seu Sinfonia da Necrópole, um musical que se passa quase todo dentro do cemitério da Consolação, em São Paulo. Só duas páginas, infelizmente, me limitam na hora de falar detalhadamente de todas as obras maravilhosas deste gênero, mas acho que é apropriado aproveitar este espacinho restante e fechar este texto com uma lista de indicações das minhas favoritas. E se eu posso deixar um pedido aqui é: deixe esse preconceito de lado e dê uma chance para, pelo menos, um destes filmes. Cantando na Chuva, 1952; Os Guarda-Chuvas do Amor 1964; A Noviça Rebelde, 1965; The Rocky Horror Picture Show, 1975; Os Irmãos Cara de Pau, 1980; O Rei Leão, 1994; Todos dizem eu te amo, 1996; Moulin Rouge, 2001; Sweeney Todd, 2007; Encantada, 2007; Frozen, 2013.

MUSICAIS ONDE NINGUÉM NECESSARIAMENTE CANTA Pra quem acha que não está pronto para enfrentar logo de cara um filme com gente cantando e dançando do nada, vale começar com alguns que, mesmo não tendo ninguém cantando, trazem a música ou a dança como parte essencial de sua narrativa.

Whiplash, Em Busca da Perfeição (2014)

Sobre um baterista talentoso tentando conseguir espaço numa prestigiada banda de jazz liderada por um maestro violento e abusivo, é um filme sobre obsessão e uma estreia em longa-metragens impressionante de Damien Chazelle, cineasta que viria a dirigir La La Land dois anos depois. Ainda que não possua números ou coreografias, é por meio da música que a história é contada e por meio dela que ela se resolve num desfecho extraordinário.

Baby Driver (2017)

Um dos melhores filmes de 2017 é um musical por excelência e um estudo de personagem de primeira. E, mesmo que o protagonista passe quase o tempo todo de fones de ouvido e que o máximo de cantoria aconteça com uma garçonete cantarolando por entre as mesas, o diretor Edgar Wright consegue transformar fugas de carro em coreografias complexas e empolgantes tanto pelo trabalho dos dublês quanto por uma montagem primorosa. Para quem tiver interesse, tem uma crítica completa dele em coquetelkuleshov.com.

Magic Mike e Magic Mike XXL (2012/2015)

Ninguém canta e a música nem é tão importante para a narrativa em si, mas estas comédias dramáticas dirigidas por Steven Soderbergh e depois por Gregory Jacobs trazem algumas das melhores cenas de dança que o cinema viu nos últimos anos. É claro que, para quem gosta, Chaning Tatum, Joe Manganiello e Mathew Bomer tirando a roupa podem ser um atrativo maior que as coreografias em si, mas é preciso destacar o talento dos atores. E sob tudo isso, ainda tem uma história bonita e singela de um grupo de artistas que não têm mais nada na vida além da arte.

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#KERO

Os nossos queridinhos do momento também podem ser o de vocês, né? Prestem atenção o que roubou os nossos corações nesta edição: Se você passou a sua infância toda acreditando que o sapato de cristal da Cinderela só poderia ser de salto, parece que as definições de sapatinho de cristal foram atualizadas com sucesso em 2018. Ainda que o lançamento não tenha chegado ao Brasil, o novo tênis da Nike é todo em paetês furta-cor e até já chegou a ser chamado por aí também como “Nike unicórnio”. Independente da melhor expressão, a belezura já é nosso desejo de looks deslocados e seguimos no aguardo desse lançamento por aqui também. Onde: só nas lojas da gringa </3

Esse produto não é pra trouxas, parcer@! A almofada massageadora em formato de cachecol é perfeita para os fãs da saga Harry Potter ou para aqueles que curtem esportes (vulgo quadribol). Com o brasão e as cores da Lufalufa, famosa casa de Hogwarts, esta almofada vai te ajudar a relaxar enquanto torce pro seu time preferido! É só dar play, curtir a maratona e os melhores momentos dos jogos! Onde: loja.imaginarium.com.br Valor: R$ 170,00

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PAPO DE LEITOR

Por Mateus Pereira Silveira NARUTO GOLD 37 | MASASHI KISHIMOTO

As Crônicas de Nárnia, por C.S.Lewis Clássico é um adjetivo muito utilizado para se referir aos livros. Essa característica pode ter vários significados: o de ser um livro antigo que marcou sua época, que fez parte da criação de um novo gênero literário e que ainda se mantêm relevantes. Entre os títulos juvenis, não faltam exemplos, como Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, O Mágico de Oz, o Hobbit e, claro, As Crônicas de Nárnia. As histórias, escritas pelo irlandês C.S.Lewis entre 1950 e 1956, foram publicadas individualmente, mas são conhecidas pelo volume único, que reúne todas as crônicas que se passam no reino de Nárnia. Assim como Tolkien, Lewis conseguiu levar às crianças e adolescentes um universo novo, com criaturas fantásticas e inúmeras aventuras. Algumas delas já foram adaptadas para o cinema, alcançando novos públicos; outras, mais desconhecidas, possuem seu encantamento peculiar. Por isso, separei as minhas três crônicas favoritas. O sobrinho do mago: corresponde ao primeiro livro da saga. Diggory, sobrinho de um mago, e Polly, sua amiga, são transportados para o Bosque entre Dois Mundos ao tocarem em um anel mágico. Em um novo espaço, sem querer, eles libertam Jadis, a Feiticeira Branca, que havia sido aprisionado por fazer o uso da palavra execrável, que exterminou todos ao seu redor. Os planos dela continuam assustadores e os garotos buscam formas de evitar que ela domine o mundo onde eles vivem. Enquanto isso, escutam pela voz de Aslan, o leão, a canção sobre a criação de Nárnia. O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa: a mais famosa das crônicas criadas por Lewis. Se passa durante a Segunda Guerra Mundial, quando os quatro irmãos Pevensie (Pedro, Susana, Edmundo e Lucia) se hospedam na casa de um professor aposentado. Em um dia, Lucia se esconde em um guarda-roupa e descobre que ele dá passagem a Nárnia. Sob a desconfiança dos irmãos, ela descobre que o mundo passa por um longo inverno causado pela Feiticeira Branca. Juntos a Aslan, eles reúnem um exército para lutar contra as forças de Jadis. Além de aventura fantástica, é a narrativa que mais possui referências bíblicas. O cavalo e seu menino: acontece no mesmo período em que os irmãos Pevensie governam Nárnia. Dessa vez, a trama não se desenvolve apenas no reino mágico. Os protagonistas são Shasta, um simples menino, e Bri, um cavalo falante que pertencia a um nobre de Calormânia. Na verdade, o animal pretende voltar a sua terra natal. No caminho, eles descobrem um perigoso plano de invasão à Nárnia e buscam formas de evitá-lo. Graças aos diálogos entre o menino e o cavalo, é uma das crônicas mais divertidas desse volume único. Apesar de escrito para uma determinada idade, as histórias contadas cativam diversos públicos pela imaginação e toda a criação de um novo mundo. Por isso, é um título digno de estar entre os clássicos da literatura infantojuvenil.

NÃO SE PODE MORAR NOS OLHOS DE UM GATO | ANA MARGARIDA DE CARVALHO

ARMANDINHO SEIS | ALEXANDRE BECK

AUTHENTIC GAMES: A BATALHA DA TORRE | AUTHENTICGAMES

POLLYANNA | ELEANOR H. PORTER

AO PÔR DO SOL | NORA ROBERTS

SOL EM JÚPITER | LOLA SALGADO

DA FAVELA PARA O MUNDO | EDU LYRA

A ÚLTIMA GRANDE LIÇÃO | MITCH ALBOM

EM BUSCA DE EL CHAPO | ANDREW HOGAN E DOUGLAS CENTURY * A seleção dos livros deste mês foi feita com os lançamentos e os que estão na pré-venda da Saraiva.

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CURTIÇÃO É SER VOCÊ.

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LIVROS DO VESTIBULAR

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Por George França e Bruno Andrade

Nós, Salim Miguel No auge dos seus 91 anos, já conhecido por sua atuação no grupo Sul, considerado o avatar do Modernismo em Santa Catarina, bem como pelo episódio do incêndio da livraria (relembrado em nossa coluna anterior, sobre Capitães da areia), Salim Miguel se aventurou pelo mundo do gênero policial e nos presenteou com Nós. O livro de pouco menos de 90 páginas é dividido em capítulos curtos nomeados por pronomes: Eu, tu, ela, um outro, ele, ninguém, nós. Romance enigma, pouco ortodoxo por fugir do padrão de romance policial que desvenda o crime no final sem deixar perguntas, Nós adia o crime o máximo possível, fazendo com que o leitor se veja cada vez mais preso nos nós da trama. Nesse sentido, a palavra que dá título ao romance - ou seria novela? - revela a ambiguidade entre o pronome que implica o leitor no andamento na trama (“nós”, narrador e leitor) e o substantivo que denomina o que ata essa mesma trama - os nós que temos a desatar. A falta de uma temporalidade aparente também confunde o leitor “noite e dia se confundem, eu me confundo”, diz o narrador na página 17. Os personagens sem nome também são um dos artifícios para deixar a trama mais confusa, usando sempre dos pronomes. Pode-se dizer que os pronomes substantivos, paradoxalmente, carecem de substância - designam uma entidade, mas não a nomeiam, ligando-a invariavelmente ao contexto de leitura. A não nomeação também favorece o mistério e a dúvida: como gostar de uma personagem que sequer tem nome? Como

confiar? Como renunciar ao direito divino, adâmico, de dar nome a pessoas e coisas? Assim sendo, a partir do momento em que temos um crime nessa pequena novela policial - se nos é permitido dar nome a um gênero para o livro, também - a tarefa de detetive do leitor passa a ser, justamente, desfazer os nós que envolvem o crime em mistério. O livro se faz, assim, uma grande provocação, um grande jogo de polissemia que exponencializa o que de fato é a leitura - implicar-se com o texto. Somos nós, as personagens; somos nós, o entrelaçamento; somos nós, uma comunidade de detetives com outros personagens do gênero policial. Nós nos tornamos colegas de Dupin, famoso detetive das histórias de Edgar Allan Poe, grande mestre americano do mistério; mas não de Sherlock Holmes, personagem que se tornou um verdadeiro estereótipo do detetive e da dedução utilizando o pensamento lógico (“é um plagiador, o método dedutivo é do Edgar e meu, o sacana bota banca, se utiliza do pobre doutor Watson e insiste que suas miúdas células cinzentas funcionam melhor graças ao ópio”); Nesse sentido, é um livro cuja leitura carece de referências, de repertório de detetives clássicos da história do romance policial para fazer sentido. Os nós da trama, tão bem amarrados, nos fazem questionar os papéis que cada um representa: somos nós os assassinos? ou os detetives? Na busca por uma explicação, não temos outra alternativa a não ser, de fato, assumir que o único responsável é o autor.

NO VESTIBULAR UFSC 2018… Nós apareceu apenas em uma proposição de uma questão, tendo sido, portanto, pouco aproveitado pelos elaboradores da prova. Na proposição em questão, afirmava-se que “a peça Valsa no 6 e a novela Nós, de Salim Miguel, abordam assaltos e assassinatos de mulheres e caracterizam-se por serem narrativas policiais, suscitando discussões sobre casos de feminicídio na sociedade contemporânea”, o que é incorreto, tendo em vista que Valsa n. 6 não é uma narrativa policial, e sim uma peça teatral de imersão psicológica na personagem Sônia, que tenta rememorar sua própria morte. É possível, portanto, que o livro venha a ser mais explorado na prova deste ano. SOBRE O AUTOR Salim Miguel nasceu no Líbano, em 1924, em uma família de cristãos ortodoxos, e mudou-se para o Brasil com três anos de idade. Veio a ser um dos escritores mais conhecidos produzindo em Santa Catarina, não apenas por sua atuação no Grupo Sul, mas também pelos prêmios a ele atribuídos por suas obras pela União Brasileira de Escritores e pela Academia Brasileira de Letras (foi homenageado com o Prêmio Machado de Assis em 2005). Interessado também por cinema, foi diretor executivo da Editora da UFSC e presidiu a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. Vizinho da universidade, não raro era visto em caminhadas matinais ao lado da eterna companheira, Eglê Malheiros, também escritora e membro do Círculo de Arte Moderna de Santa Catarina. Faleceu aos 92 anos, em 2016, em Brasília.

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PROFESSOR DO MÊS

Por Renata Bomfim

INSPIRAÇÃO QUE VEM DE CASA Inspirada em realizar o sonho que a sua mãe não conseguiu, Carla Zampieri, 50, professora da EEB América Dutra Machado, de Florianópolis, é a nossa convidada destaque deste mês para contar sobre a sua história na educação. Confere só:

QUEM É ELA NOME COMPLETO: Carla Zampieri IDADE: 50 CIDADE DE NASCIMENTO: Anita Garibaldi GRADUAÇÃO: Letras ESCOLA: UFSC MATÉRIA EM SALA DE AULA: Língua Portuguesa e Técnica de Redação

Revista its: QUANDO VOCÊ AINDA ERA ESTUDANTE, O QUE MAIS TE ENCANTAVA NA ESCOLA? Professora Carla: Foram três professoras inspiradoras na minha vida. Conheci as três na minha infância: Nilzinha Foreste, Terezinha Fontana Grassi e Maria Supi Mass. Elas eram mágicas, pois, apesar do pouco recurso que 38 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

tinham e sem a tecnologia que temos hoje, ministravam aulas com muita motivação. As aulas tinham um encantamento singular! No quadro negro e nos livros, eu aprendia regras de gramática enquanto a minha imaginação voava pela Coleção Vaga-lume. A magia, a devoção e o cuidado que elas tinham com os alunos eram realmente encantadores.


Fotos: Divulgação

Revista its: O QUE LEVOU VOCÊ A ESCOLHER A EDUCAÇÃO COMO SEU TRABALHO? Professora Carla: Quando eu era criança, minha mãe dizia que o sonho dela era ser professora, mas que havia casado muito cedo e que não teve oportunidade de estudar, por ter marido, filhos etc. Então sempre imaginei que seria professora quando fosse adulta. Há 30 anos, ser professora era uma profissão valorizada pela sociedade e isso me estimulava. Penso que o profissional deve buscar em sua carreira o entusiasmo e a satisfação que o faça crescer como pessoa, que se realiza e sente amor pela área que escolheu, ou seja, também é uma questão de vocação. Você escolhe uma área de formação não apenas pelo salário, mas igualmente pelo prazer, pela realização e transformação que o trabalho vai lhe proporcionar. Foi essa vocação que me levou optar pelo curso de Letras. Revista its: QUANDO CRIANÇA, COMO ERA A SUA RELAÇÃO COM A DISCIPLINA EM QUE ESCOLHEU LECIONAR? Professora Carla: Muitas vezes se escuta que ser professor é gostar de criança, é ter paciência, é saber desenhar, é ter letra bonita, é gostar de ler e estudar, mas comigo não foi exatamente nessa ordem que as coisas aconteceram. Na adolescência, eu cheguei a pensar em cursar a faculdade de Direito, mas, na época, meu pai não tinha condições financeiras para pagar uma universidade particular e, na pública, o acesso para as pessoas mais pobres era muito difícil. Foi aí que eu descobri o curso de Letras-Italiano na Universidade Federal de Santa Catarina e fiquei encantada. Quando eu era criança, amava ouvir a minha nona falar italiano, e a possibilidade de aprender a língua, juntamente com o português, foi o meu maior incentivo. Durante a faculdade, morei na casa de uma tia, a tia Rosa Neide, que também era professora. Foi com ela que descobri os valores da educação, as esperanças, os anseios, as motivações, a persistência, o saber, o respeito, a perseverança e o comprometimento com o ensinar e transmitir conhecimento.

Revista its: NESTA CAMINHADA, O QUE MAIS MARCOU VOCÊ NA EDUCAÇÃO? Professora Carla: Em quase 25 anos de sala de aula, muitas histórias me marcaram. No entanto, uma delas me impressionou profundamente. Há cerca de 18 anos, tive a oportunidade de ter um aluno com deficiência visual, e isso foi um grande desafio na minha carreira. Posso descrever essa experiência como única. Lembro-me até hoje desse aluno com muito carinho, pois aprendi muito com ele e percebi que o magistério não é algo estático, pois o professor tem que saber se reinventar em diversos momentos. Revista its: O QUE TE INSPIRA A CONTINUAR SENDO PROFESSORA? Professora Carla: Depois de tantos anos em sala de aula, e enfrentando todas as dificuldades que é ser professor no Brasil – e são muitas -, continuo muito motivada com a minha profissão. A minha inspiração em continuar está no desafio que cada nova turma me apresenta. Sempre tive a ideia de que eu posso ser um agente de transformação no futuro dos alunos, e isso me faz ir em frente. Revista its: O QUE VOCÊ FAZ NAS HORAS VAGAS? Professora Carla: Nas horas vagas, gosto de curtir meu filho. Vamos ao cinema, ao teatro, à praia, mas também gostamos de ficar em casa assistindo a filmes na Netflix e comendo pipoca. Sempre procuro dar atenção a ele e aos nossos longos papos.

Revista its: QUAL SEU LIVRO/AUTOR PREDILETO? Professora Carla: São muitos meus livros favoritos, mas o “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo, é o meu predileto. A narrativa ficcional é sobre duas famílias singulares que fizeram grandes disputas pelas terras do Sul do país. Além dessa obra, gosto muito de crônicas. Uma escritora que vem me seduzindo com suas crônicas é Rosane Cordeiro. Revista its: SE PUDESSE TROCAR DE LUGAR COM ALGUÉM POR UM DIA, QUEM ESCOLHERIA? POR QUÊ? Professora Carla: É uma pergunta simples, mas que me fez pensar muito. Além de todos os encantos de estar em sala de aula, de conviver com alunos diferentes e de poder fazer a diferença na formação deles, também temos que conviver com as dificuldades que é ser professor no Brasil. Os problemas sociais em nosso país são imensos e parte disso acaba refletindo na sala de aula. O professor não tem que lidar apenas com o conteúdo a ser ministrado nas aulas. Não foram poucos os casos ao longo da minha carreira que me deparei com alunos usuários de drogas, com famílias desestruturadas, com alunos que sofreram abusos sexuais em casa etc. Nesse contexto, se eu pudesse ser alguém por um dia, gostaria de ser alguém com poder de decisão no governo brasileiro. Gostaria de, nem que se fosse por um dia, mostrar ao nosso país a relevância do magistério, não só pela sua importância na transmissão do conhecimento, mas também pelos desafios que os professores enfrentam todos os dias em um país pobre e socialmente desigual como o Brasil.

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GALERIAS

ALUNOS DO CURSO DE TECNICO DE HOSPEDAGEM DO MEDIOTEC COM A PROFESSORA CARLA LOPES

ARIANA,ISABELA E JÉSSICA

FLORIANÓPOLIS

CEDUP

BEATRIZ,JÉSSICA E PAULA

LIRIEL E AMANDA

Fotos DM Fotografias

LUDIMILLA E EDUARDO

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MAURICIO E AMANDA


EZEQUIEL,MARLLEY,MAURICIO, PEDRO E EDUARDO

MATHEUS,EZEQUIEL,LIRIEL,AMANDA E PROFESSORA CARLA LOPES

MARLLEY,LUDIMILLA,POLLYANNA E DAIANA

HELOISA

PROFESSORES CARLA,ROBERTA, COORD. DO CURSO SANDRO, CLAIR E CLANDIO

EDUARDO,LUDIMILLA,MARLLEY,HELOISA E MAURICIO

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GALERIAS

FLORIANÓPOLIS

COLÉGIO ENERGIA

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Fotos: Divulgação

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GALERIAS

Maisa, Jonathan e Priscila

SÃO JOAQUIM

EEB PADRE ANTÔNIO VIEIRA

Milton, Ricardo, Mateus, Juliano e José Vitor

Natália, Laura, Bruna e Bruno

44 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Maria Eloisa, Marília, Lauanda e Ana Lia


Profa. Rosemery, prof. Gil Karlos e profa. Neiva

Fotos: Maisa Borges de Freitas

Leonardo Felipe, Paulo Henrique e Luiz Eduardo

Projeto Histรณria & Vitivinicultura

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GALERIAS

ANA CALRA,MARIA EDUARDA,PROFESSOR THIAGÃO E FLAVIA

ARTHUR E LUIZ GUSTAVO

FLORIANÓPOLIS

COLÉGIO ENERGIA GIOVANNA ,ANA E THAYSSA

GABRIELA E JAQUELINE

Fotos DM Fotografias

JORDAM E MARIA EDUARDA

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JULIA E BIANCA


BERNARDO,JOÃO PEDRO,JOÃO VITOR,PEDRO HENRIQUE RHENZO E GUSTAVO

WILLIE,JULIA E VANESSA

NATÁLIA,ANA ROSA,MARIA LUIZA, LUCAS E NAYLLA

GABRIEL

BRUNO,LUCAS,VITÓRIA,JAQUELINE,EMANUELLE,GABRIELA,VINICIO

ANA BEATRIZ E THOMAS

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GALERIAS

PEDRA BRANCA

COLÉGIO VISÃO

Fotos Dilvulgação

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GALERIAS

ANA PAULA E MONIQUE

VICTOR,ANDREI E NUBIA

JOINVILLE

EEB TUFFI DIPPE HELOISA,GABRIELA E CAMILY

MARCOS,ADRIANE ANA

Fotos Dilvulgação

NATIELE E KAMILA

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NATIELE E PROMOTORA KARINA


ANNA B. E GIOVANNA

CAILANNI,AMANDA,MARINA E KEVIN

JOINVILLE

EEB GUSTAVO AUGUSTO GONZAGA RAFAELA,AMANDA,SAMANTHA E JÚLIA

AUGUSTO-ESTHER E THIAGO

VÍTOR,MICAELA,MANOELA E THIAGO

EURICO,PROF ª VIVIANE E MILENA

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GALERIAS

BEATRIZ,LARISSA,LETICIA,SAMANTHA E LÍGIA

EDUARDO NARLOCH E EDUARDO

JOINVILLE

EEB DOM PIO

LARISSA,LETICIA E SAMANTHA

Fotos Dilvulgação

LÍGIA E BEATRIZ

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KAUE E MATEUS


MARIA,EDUARDA,RAFAELI E AMANDA

CAMILA E LUIZ

JOINVILLE

EEB ARNALDO MOREIRA DOUA

EEB ARNALDO MOREIRA DOUA-2ยบ ANO 2

CAROLINA,MARIA,MARIA CLARA E EDUARDO

CAMILA E PROMOTORA KARINA

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GALERIAS

JOINVILLE

DISTRIBUIÇÃO

Fotos Dilvulgação

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CHAPECÓ

DISTRIBUIÇÃO

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TÃO CONECTADA COM VOCÊ,

QUE PODEMOS CHAMAR DE SMARTREVISTA.


TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.


SAIDEIRA

RISADAS

Por Priscila Andreza de Souza

IRRESPONSÁVEIS O andar é desajeitado, o riso é fácil e os comentários desconectados com o momento. Não entendem o humor da menina tímida. Nunca achei graça de ser uma garota engraçada, porque ao contrário de alguns, eu não via nenhum glamour em ser a boba da turma, a palhaça ou simplesmente a engraçadinha. Não sei contar piadas, nem imitar gente famosa. Então, por que me acham engraçada? Os colegas dizem que é a minha risada é estridente e faz rir, além dos meus comentários serem inapropriados. Me acostumei com gente pedindo para eu falar mais baixo ou simplesmente falando: menos, Priscila. E aí tentei mudar, mas não consegui. Ia ao velório e olhava para o cadáver e começa a rir. Levava esporro do chefe e ria internamente. Atrapalhava-me com as moedas do troco e começava a rir. Pisava em cima de alguma caca e começava a rir. Eu era a que sempre caía, que ria na apresentação de trabalho, que falava gírias e contava alguma cena engraçada que tinha acontecido no trajeto e aí o adjetivo pegou: ela é engraçadinha. Mas não gostava, me sentia uma toupeira. Queria saber fazer comentários inteligentes e contar algum fato seriamente e que me levassem a sério, mas não levavam. Os colegas ouviam esperando para rir e, quando não tinha graça, simplesmente riam, pela força do hábito.

Têm momentos em que o riso é inapropriado, por exemplo, em uma falha ou em um engano. Há ocasiões em que tenho que pousar de adulta, de gente grande, da responsabilidade em pessoa. Mas assim que eu dou uma bola fora, não consigo xingar, ficar brava ou bancar a durona. Caio na gargalhada sem dó nem piedade. Hoje aconteceu um fato, deixa eu te contar, recebi um SMS do banco perguntando se eu tinha feito uma compra e eu não fiz. Me desesperei: liguei para o meu pai e para minha melhor amiga. Era um “ai, meu Deus, me acuda porque não sei ligar para cancelar cartão, fui roubada, descontaram R$ 69,90 da minha conta, clonaram meu cartão”! Quase surtei. Quando, finalmente, a tal melhor amiga (valeu, Fran!) me acudiu e ligou para a central do banco, descobri que era a fatura da conta da operadora do celular que eu havia solicitado e aí já tinha cancelado o cartão, por consequência vou pagar cinco reais pela segunda via, vou esperar sete dias úteis para o cartão chegar e enquanto isso fico sem dindin na carteira. Pedi desculpas para o atendente, olhei vermelha para minha amiga e adivinha o que a gente fez! R-im-o-s. Porque nessas horas não há mais nada para se fazer a não ser reconhecer o desastre da situação. É, a minha dermatologista estava certa, rindo assim, eu ainda não preciso de creme antirrugas tão cedo.

Eu troquei de roupas, mudei a cor do cabelo, usei salto, fiz cara de séria e fechei a boca, mas o disfarce não durou muito tempo. Finjo no trabalho, na faculdade, nas ruas, com o semblante mais carregado para disfarçar o ar de peralta que me acompanha. Não adianta, mãe, eu não cresço. Torço sempre para chegar a hora do recreio para eu poder imaginar, comentar e rir.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

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