its Teens Joinville - 36

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TECNOLOGIA Espaço maker: escolas recriam ambientes para experimentações

Revista Its Teens Joinville nº 36 2019 | R$ 11,77

CEI Alunos mais zen




conteúdo ABRIL 2019

22 | CAPA

No cardápio da Escola Municipal Julio Machado da Luz, a merenda do dia já está destacada no quadro: carreteiro. Para fazer a preparação dos alimentos, Claudia Regina Ricardo, antes de tudo, faz a contagem de alunos na escola em cada período para evitar qualquer desperdício. Nessa rotina diária, a cozinheira usa uma ficha técnica de preparação para calcular a per capita dos estudantes para cada faixa etária atendida e pesa a quantidade de alimentos que serão necessários para fazer o lanche das crianças a cada refeição.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Por Neise Aparecida dos Santos

18 | CEI

A música em segundo plano e com a voz quase em forma de sussurro, a professora Adriana Cavalheiri Gelain orienta as crianças do segundo período do Centro de Educação Infantil (CEI) Sementinha a ocuparem os colchonetes disponibilizados em forma de círculo. O silêncio no ambiente nem parece que a aula é de educação-física. Sem os sapatos e agitados na manhã de estudo, o barulho começa a dar espaço para a calmaria.

14 | TECNOLOGIA

Dos 16 computadores que estavam na sala de informática da Escola Municipal Governador Heriberto Hülse, no máximo, dez foram mantidos desde a readaptação do ambiente no segundo semestre de 2018. Agora, o novo espaço maker da unidade escolar reúne todas as tecnologias que passaram a ser disponibilizadas na rede com a chegada do Programa Escola Digital, desde 2013, em um único local multidisciplinar para experimentações e aplicações de metodologias inovadoras.

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

30 | EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Os gastos com alimentação fora de casa representam uma grande parcela do orçamento, mesmo que na sua escola tenha refeitório, sempre tem aquele olho de que as besteiras na cantina só faltam chamar você pelo nome. Mas você sabia que com pequenas mudanças de hábito é possível economizar com alimentação?

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EDITORIAL

Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Conteúdo Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus Coordenador de Operações Rodrigo de Oliveira | distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste William Morelo | william.morelo@ricsc.com.br

Salve, galera da revista its!

RENATA BOMFIM

Quando bate o sinal na escola e é hora do recreio, a correria, às vezes, tem justificativa: chegar logo na fila do refeitório. No meu tempo de escola, quando era dia de cachorro-quente, a gente já contava quantos haviam faltado e quantos não estavam com fome. Isso se chama jogo da sobrevivência, jovens, quem aqui consegue comer só um lanche desse feito com carinho pelas cozinheiras da escola? Ainda mais na adolescência? Vocês me desculpem, mas eu era do time #mandadois que um é pouco. Dias como esse a fila era rápida, porque se o cachorro-quente já ia na bacia para a sala de aula para não ter confusão no refeitório, lá o movimento era para tomar aquele chá gelado. Inclusive, saudades. Mas o que eu não fazia ideia (e até apurar a matéria de capa desta edição seguia sem ter noção alguma) é que para que o alimento chegue prontinho nas mãos dos alunos, existe toda uma equipe responsável por planejar o cardápio escolar com muita antecedência e sempre atenta a tudo o que chega nas cozinhas das escolas. A rigorosidade na escolha de cada produto, a atenção aos alunos com restrições alimentares e o respeito em oferecer formações para que as cozinheiras aproveitem os alimentos da melhor forma fez com que a minha visão limitada desse processo pudesse ter um novo olhar em como a equipe é minuciosa na escolha e nos critérios de benefícios dos alimentos ofertados.

Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br

E na hora que tudo isso ganha prática, escolas começam a trocar a forma de servir a comida: ao invés das cozinheiras, as próprias crianças passam a colocar no prato aquilo que realmente querem comer e na quantidade que evita o desperdício.

Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br

Esta edição está muito especial e eu espero que você goste de mais uma revista its que preparamos para você.

Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ricsc.com.br

Com carinho, Renata Bomfim

EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Telecine - Dilsinho Café - Vitão Time - Alesso

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.220 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

OS CULPADOS

Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

Lucas Inácio 6 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Neise do Nascimento

Ana Beatriz Brandão



CULTURA POP

Segura esse TURU TURU! O que parecia só sonho e saudade, podem acalmar esses corações aflitos que já está mais que confirmado: eles estão de volta! Sandy e Junior anunciaram no mês de março, em coletiva de imprensa, a surpresa do retorno. Mas calma! A volta é só uma turnê comemorativa pelos 30 anos de carreira dos irmãos. Com a turnê “Nossa História”, a dupla já deixou claro que o repertório das apresentações está longo, mas é por um bom motivo: só terão clássicos! O #comeback já tem data e começa a partir do segundo semestre deste ano! Ao todo, serão dez capitais (o que nada impede de ter novas datas) e nós só temos uma coisa para dizer: nosso turu turu está mais vivo do que nunca! <3

Capitã Marvel no topo das bilheterias

Em duas semanas, a produção da super-heroína já arrecadou US$69 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos. Nesse pouco tempo, já foi o suficiente para bater produções históricas, como o Homem Formiga e Vespa (623 milhões), Homem de Ferro 2 (624 milhões), Thor: o mundo sombrio (645 milhões) e Capitão América 2: o soldado invernal (714 milhões).

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ESTAMOS SEM CHÃO Todo mundo passa por isso um dia, mas para os fãs de “One day at a time” chegou e foi mais cedo: a Netflix anunciou que a série não será renovada para uma quarta temporada. O motivo foi a baixa na audiência da série. Em uma publicação no perfil oficial da Netflix, a empresa tentou esclarecer sobre a decisão:

Tomamos uma decisão muito difícil de não renovar One Day At A Time para a quarta temporada. A escolha não foi fácil – levamos muitas semanas para encontrar uma forma de fazer com que outra temporada acontecesse, mas no fim não haviam pessoas o suficiente assistindo para justificar outro ano.”

ACHOU POUCO A COLOCAÇÃO DA MARVEL? PEGA ESSA, ENTÃO! O próximo filme dos Vingadores vai ter, exatamente, 3h02 de duração, o que dá 182 minutos e você não leu errado! Este será o filme mais longo da história da Marvel e a informação só foi dada porque saiu acidentalmente em um portal gringo, que só fala de cinema. É bom já começar a se organizar e reservar um tempinho na agenda, porque pelo tempo de filme, é preciso saber quais serão as prioridades.

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Por Lucas Inácio

Alexa no Brasil?!

Desde o primeiro filme do Homem de Ferro, lá em 2008, todo mundo passou a sonhar com um “mordomo de voz”, tipo o Jarvis. Os filmes viraram sucesso, o Jarvis ganhou um corpo e virou o Visão, então Tony Stark criou a Friday para ser sua assistente nas telonas. Como a vida imita a arte, no fim de 2014 a Amazon criou a Alexa, um auto-falante inteligente que além de tocar músicas, podcasts e rádios, também responde a informações, entre outras funções: todas por comando de voz. A novidade desta vez é que cientistas brasileiros foram convidados a testar uma versão em português da Alexa, o que indica que a Amazon está pelo menos interessada em lançar o produto no Brasil. Os testes ainda não foram realizados e o processo pode demorar, mas quem sabe em breve não teremos o nosso Jarvis.

MARAVILHAS DA

TECnOlOgiA Fique ligado nas dicas da equipe its

Carmen Sandiego no mapa real

Um clássico dos games dos anos 80 e com versão em várias mídias ao longo dos anos, ganhou uma versão atualizada e interativa. Estamos falando de Carmen Sandiego, jogo do finado console Master System que ficou muito famoso no Brasil com o desenho dos anos 90. De uns anos para cá, a maior ladra do mundo ganhou versão para iPhone, um desenho na Netflix e, por último, um jogo interativo da Google pelo seu serviço de mapeamento por satélites Google Earth. A nova versão do jogo mistura as representações realistas do Earth com personagens e imagens pixeladas dos videogames dos anos 90 proporcionando o aprendizado em geografia, história e conhecimentos gerais, objetivo original do jogo. Mas não se deixe levar pelo estereótipo dos jogos educativos, pois Carmen Sandiego vai te entreter por algumas horas. 10 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


30 anos do www

No último dia 12 de março, a World Wide Web (o famoso www) completou 30 anos de existência, uma invenção que mudou completamente o mundo como conhecemos. Na época, o conceito de internet já existia há duas décadas, mas o inventor inglês Tim Berners-Lee teve a ideia de criar uma rede de compartilhamento de dados e informações por hiperlinks. O ponto chave dessa invenção foi o altruísmo de Lee que não cobrou royalties pela invenção, fazendo da internet um sistema livre e aberto, tornando-se 30 anos depois um mundo de dois bilhões de sites compartilhado por metade da população mundial. Essa, inclusive, é uma das preocupações de Lee para os próximos anos: que a outra metade da população também tenha acesso à internet para, quem sabe, diminuir as desigualdades.

Que voz diferente você tem...

A dica desta edição é a de um aplicativo que já existe há algum tempo, mas que dificilmente perde a graça. O Voz da Zueira (assim mesmo com a escrita errada) é um aplicativo com base nas vozes do Google Tradutor, mas com vários recursos para alterar a voz. O legal é que você pode fazer zoeira com seus amigos e amigas trocando ou acelerando a fala ou deixando mais grave ou agudo, além de usar efeitos robóticos, o que aumentam as possibilidades de você tirar uma onda com a galera nos grupos, pois dá para compartilhar.

Tecnologia de inclusão

Quase um ano depois do anúncio, finalmente saiu uma novidade que vai ajudar muito os deficientes visuais. O Google lançou o Google Lockout, um aplicativo que é uma inteligência artificial que identifica objetos. A novidade foi lançada nos Estados Unidos e apenas para celulares Pixel, mas é questão de tempo para que venha para terras tupiniquins. A ideia é simples: você aponta seu celular para um objeto desconhecido e a IA identifica e o descreve, um sistema que visa dar mais autonomia aos deficientes visuais que normalmente precisam de ajuda nesses casos. Agora é aguardar a versão em português, esperamos que em breve. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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NOTíCIA DAS ESCOLAS

Foto: Divulgação

Workshop mostra projetos de incentivo à leitura

A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Educação, realizou no mês de março o 1º Workshop de Imersão de Incentivadores à Leitura. Foi uma oportunidade de compartilhamento de boas práticas para quem atua na área da leitura e literatura. O público conferiu as dinâmicas realizadas pela Univille, por meio do Proler,

Alunos participam de bate papo com escritora Roseana Murray

Alunos da Rede Municipal de Ensino de Joinville conheceram de perto a escritora Roseana Murray, autora de mais de 100 livros e premiada pela Academia Brasileira de Letras. O primeiro encontro ocorreu na Escola Municipal Professor Orestes Guimarães, no bairro Boehmerwald, com um bate papo sobre os livros e a bibliografia da escritora. A atividade envolveu cerca de 50 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e o grupo de teatro da escola. A conversa abordou os assuntos dos poemas, 12 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Unisociesc, Inesa, Associação das Letras, Escola Municipal Profª Maria Regina Leal e Escola Municipal Profª Zulma do Rosário Miranda, ambas representando a Rede Municipal de Ensino. As contadoras de história da biblioteca pública municipal prefeito Rolf Colin encantaram o evento com uma intervenção poética e teatral.

como o amor e os relacionamentos pessoais. “Eu me senti muito bem recebida pelo alunos”, revela a escritora que deixou um autógrafo coletivo. A professora de português Jussara Cascaes Longarzo conta que se emocionou muito com o encontro. “Foi presente para os alunos, que conheciam a Roseana Murray só pelos livros. Foi fundamental para que eles aumentem o gosto pela leitura”, explica. No período da tarde, o encontro envolveu também os alunos com atividades de contraturno com o Instituto Priscila Zanette, no bairro Jardim Sofia.


Alunos se apresentam na 4ª Mostra de Fanfarras e Bandas de Joinville Alunos das escolas municipais se apresentaram na 4ª edição da Mostra de Fanfarras e Bandas de Joinville, no mês de março, no Ginásio Abel Schulz. O evento é realizado pela Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Educação. O público conferiu seis conjuntos de escolas municipais Amador Aguiar, Anaburgo, Paul Harris, CAIC Prof. Des. Francisco José Rodrigues de Oliveira, Profª Zulma do Rosário Miranda e Profª Lacy Luiza da Cruz Flores. O evento teve como convidado a banda Associação Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. A Mostra tem a intenção de motivar os estudantes a participar do projeto pedagógico de fanfarra, que acontece no contraturno escolar, atualmente com cerca de 980 alunos. Além do som dos instrumentos de percussão, o público conferiu as coreografias realizadas pela corpo coreográfico e as evoluções musicais.

Fotos: Jaksson Zanco/Secom/Prefeitura de Joinville

Foto: Phelippe José/Secom/Prefeitura de Joinville

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TECNOLOGIA

Por Renata Bomfim

Espaço maker:

escolas recriam ambientes para experimentações

Fotos: Renata Bomfim

O “faça você mesmo” pedagógico une tecnologia com metodologias inovadoras e criatividade nas escolas da rede municipal Dos 16 computadores que estavam na sala de informática da Escola Municipal Governador Heriberto Hülse, no máximo, dez foram mantidos desde a readaptação do ambiente no segundo semestre de 2018. Agora, o novo espaço maker da unidade escolar reúne todas as tecnologias que passaram a ser disponibilizadas na rede com a chegada do Programa Escola Digital, desde 2013, em um único local multidisciplinar para experimentações e aplicações de metodologias inovadoras.

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Atentos às mudanças e as necessidades de adaptação para que o ensino seja cada mais efetivo com os alunos da rede municipal, a Secretaria de Educação há cinco anos tem buscado estar alinhada com o processo de aprendizagem de cada geração. Esta, por exemplo, são nativos digitais e, desde 2013, as escolas estão se transformando do meio analógico para o digital, principalmente na instrumentalização. A aluna Emily Cristine Dias, 10, está no último ano na escola e não

conhecia nada de robótica. Participante das atividades oferecidas no contraturno escolar, já teve dois encontros no espaço maker da escola. O interesse da aluna e a felicidade em saber desse novo laboratório despertou uma vontade que outros alunos da rede municipal já fazem: participar de campeonatos de robótica. “Eu aprendi, em duas aulas, a programar, a montar um robô e a trabalhar em grupo”, diz. “Eu pensava que era algo difícil, mas na prática eu vi que não é.”


De acordo com Sandra Trapp, gerente de tecnologias educacionais, a implementação dos laboratórios de informática na rede foi o pontapé para a entrada da tecnologia no ambiente escolar. “A segunda parte do processo foi a questão dos notebooks para professores, porque de nada adiantaria se ele também não tivesse acesso a tecnologia e não estivesse nesse meio digital”, comenta. “Mas existia, então, a questão dos tablets que, inicialmente, foram comprados para os anos finais do ensino fundamental. E, por último, nós fizemos as aquisições de lousas para instrumentalizar a sala de aula. Então, nós tínhamos: o aluno, o professor e a sala de aula. Todos os pilares, de alguma forma, sendo servidos pela tecnologia.” E, como forma de fazer a conexão com todos os instrumentos disponibilizados para o ensino e aprendizagem, o espaço maker faz com o que o aluno seja o protagonista do conhecimento. “Exercitar, compreender, utilizar e criar. Porque é isso que o espaço maker possibilita: lugar de produção do conhecimento com ética e, automaticamente, desenvolver o espírito de cooperação. É mais um espaço privilegiado”, destaca Vanessa Cristina Melo Randing, diretora executiva. Ter um espaço maker na escola faz com que o aluno coloque a mão na massa e liberte a criatividade em um ambiente desenvolvido e abastecido para a experimentação. “É um espaço que tem uma forma de uso muito mais possível da transversalidade de todas as disciplinas de se apoiarem nas ferramentas que esse laboratório vai ter para a aplicabilidade das competências e das habilidades que a gente fala tanto trazidas pela BNCC”, comenta a secretária de educação, Sônia Victorino Fachini. Agora, com o espaço já feito, a diretora da Escola Municipal Governador Heriberto Hülse já sabe qual é o desafio que está por vir: “É trazer todo esse conhecimento da internet que eles vêm de casa, mas como fazer isso que seja de recurso pedagógico, de aprendizagem e que a gente consiga analisar todo esse interesse em aprender com a tecnologia e trazer para dentro da escola? Caso contrário, cada vez mais a escola fica menos interessante.”

Emily Cristine Dias deseja com o espaço maker participar dos campeonatos de robótica

Alunos estudam como montar um robô no novo espaço maker da escola

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Investimento em formação

Não basta ter um novo olhar para um ambiente e readaptá-lo, é preciso oferecer formações para os professores e que façam uso desse espaço na sua disciplina, seja qual for. Para isso, integradores de mídia que já trabalham nas salas de informática passam a receber formações com professores de robótica e possam, dentro do que a escola comporta, aprender novas metodologias de ensino.

Daniela Pereira é professora de história e, até o ano passado, também era integradora de mídia. Ao participar das formações oferecidas para os docentes na área de robótica, passou a desenvolver interesse por metodologias inovadoras e, este ano, integrou a equipe formadora. “A ideia é despertar o interesse pelo prático da sala maker para as disciplinas. Como um professor de

história, português, matemática e outros podem entender que aquele espaço é de criação e pode ser usado na sua disciplina.” Junto com a Daniela, Jeferson Mendonça Alves e Rosalia Vieira estão em fase de visitação nas oito unidades escolares que já estão com o espaço maker implantado. Até o final do ano, o objetivo é inaugurar mais 25 novos ambientes.

Explorando o espaço maker

Com o conceito multidisciplinar, a readaptação da sala de informática para um espaço maker busca fazer com que o estudante coloque a mão na massa e faça experimentações de todas as disciplinas dentro desse ambiente que tem as ferramentas necessárias para o seu desenvolvimento. Por isso, é importante destacar quais são os propósitos que essas novas estruturas buscam desenvolver: 1) Metodologia

2) Gamificação

3) Robótica

É propor um projeto para que o aluno consiga pensar no problema e desenvolver a solução. É fazer com que ele desenvolva toda a parte conceitual de como se faz o desafio apresentado e, nesse tempo, desenvolver o raciocínio lógico e permitir que consiga trabalhar o senso crítico e de análise. As experimentações são essenciais nesse processo.

É se apropriar do uso da tecnologia e usar ferramentas que possibilitem que os alunos criem jogos ou sejam cativados por jogos que desenvolvam determinados cenários de acordo com um projeto pedagógico já existente ou pré-estabelecido para a atividade. Dessa forma, as aulas passam a ficar mais atraentes e aumenta o nível de interesse dos alunos para determinados conteúdos.

Desenvolver essa frente na escola permite que os alunos aprendam a desenvolver o senso colaborativo, a criatividade e o raciocínio lógico.

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CEI

Fotos: Renata Bomfim

Por Renata Bomfim

hmmm… alunos mais zen!

Professora de educação-física da rede municipal de ensino aplica técnicas de autocontrole com crianças da educação infantil A música em segundo plano e com a voz quase em forma de sussurro, a professora Adriana Cavalheiri Gelain orienta as crianças do segundo período do Centro de Educação Infantil (CEI) Sementinha a ocuparem os colchonetes disponibilizados em forma de círculo. O silêncio no ambiente nem parece que a aula é de educação-física. Sem os sapatos e agitados na manhã de estudo, o barulho começa a dar espaço para a calmaria. Em mãos, a professora utiliza imagens de animais para aplicar a prática de yoga por meio de histórias e trabalhar a postura e respiração dos alunos. A imagem do cavalo sinaliza a atividade que as crianças podem fazer: deitados de barriga para baixo, as mãos

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passam pelas costas e se encontram com os pés que já estão para cima. Nesse exercício, só a professora fala: “Puxa o ar e solta pela boca”, orienta. Com o projeto “Tempo leve”, Adriana passou a aplicar com duração de uma aula, ao menos a cada 15 dias, técnicas de autocontrole com 325 crianças do primeiro e segundo período do CEI Sementinha e CEI Vice Prefeito Ivan Rodrigues. A ideia da professora foi justamente despertar em cada criança a autoavaliação de se perceber no seu íntimo por meio do silêncio, da concentração e introspecção. Além da yoga, Adriana também oferece dinâmica de concentração, relaxamento e meditação por meio de mantras. “A gente notava essas crianças

agitadas e a ideia foi criar um espaço no qual elas tivessem o autocontrole e a introspecção do corpo”, destaca a professora. Há nove anos na rede de ensino municipal, Adriana sempre via essa necessidade em desenvolver essas habilidades com as crianças, justamente por entenderem que a educação-física só seria espaço para movimentos mais bruscos. “ Ela (criança) precisa dessa parte do relaxar para ter uma concentração melhor e fazer determinado movimento mais aperfeiçoado. A criança precisa desse parar também.” Para a professora, a prática deveria ser de forma mais contínua nas escolas. “Eu acredito que só faz bem”, conclui.


Benefícios da meditação

A prática de meditação está muito além da concentração e alinhamento da respiração. Fernanda Schroeder, instrutora de yoga, comenta que a importância dessa atividade desde a infância faz com que a criança cresça desenvolvendo a inteligência emocional e mental. “A yoga e meditação promovem benefícios físicos, mentais e emocionais, como a melhora do funcionamento dos órgãos, da concentração, da memória, do processo de aprendizagem e alívio do excesso de pensamentos”, destaca. Nesse processo, a meditação atua, diretamente, na região cerebral, o que, de acordo com Fernanda, faz com que se tenha clareza mental, discernimento, plena atenção e a consciência de se viver no momento presente. “Além disso, essa prática pode auxiliar na escola, porque libera tensões, melhora a saúde, vitalidade e sentimento de bem estar paz e serenidade.”

A yoga e meditação promovem benefícios físicos, mentais e emocionais, como a melhora do funcionamento dos órgãos, da concentração, da memória, do processo de aprendizagem e alívio do excesso de pensamentos." Fernanda Schroeder, instrutora de yoga

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Crianças passam a meditar a cada 15 dias durante as aulas de educação-física, no CEI Sementinha

Técnica inspirada na filosofia de Maria Montessori

A primeira mulher a se formar em Medicina, na Itália, também foi pioneira em colocar o aluno como responsável pelo papel principal no ensino e o professor como fonte de ensinamento. As técnicas desenvolvi-

das dentro da sua filosofia buscam desenvolver o potencial de cada criança ainda na primeira infância. Com uma metodologia voltada para o instinto biológico, a ideia da pedagoga é fazer com que a criança tenha autono-

mia para fazer o que desperta o seu interesse e ter o professor como observador do processo para fazer as intervenções, quando forem necessárias. Por isso, dentro dessa técnica, existem três princípios desenvolvidos por Montessori:

Paz: todas as práticas aplicadas de Montessori buscam preparar a criança para dentro e fora do ambiente escolar. Ciência: nenhuma etapa de desenvolvimento de cada fase da criança deve ser pulada. Harmonia: todo o ensinamento dessa filosofia está alinhado ao respeito com as pessoas e o meio ambiente.

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POLO DE APOIO PRESENCIAL JOINVILLE E ARAQUARI


capa

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Foto: Emily Milioli

Por Renata Bomfim


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o cardápio da Escola Municipal Julio Machado da Luz, a merenda do dia já está destacada no quadro: carreteiro. Para fazer a preparação dos alimentos, Claudia Regina Ricardo, antes de tudo, faz a contagem de alunos na escola em cada período para evitar qualquer desperdício. Nessa rotina diária, a cozinheira usa uma ficha técnica de preparação para calcular a per capita dos estudantes para cada faixa etária atendida e pesa a quantidade de alimentos que serão necessários para fazer o lanche das crianças a cada refeição. Minutos antes de começar o recreio, uma turma por dia se responsabiliza em organizar e preparar o ambiente para a hora do lanche. Com mesas enfeitadas e suporte para cada prato, a rotina de se servir na escola é diferente: ao invés de esperarem pela cozinheira para serem servidos, desde 2017 todos os 220 alunos passaram a fazer isso sozinhos, tendo a supervisão de, pelo menos, um adulto. Uma mudança de comportamento e de autonomia para os estudantes. Hanna Carolina de Souza, 9,

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é aluna da unidade escolar desde o primeiro ano. Hoje, quase se formando nas séries iniciais, não consegue nem buscar na memória quantas vezes chegou a levar lanche de casa, afinal, ela tem uma paixão: “Eu amo a comida da escola”, comenta. Fã número um de pudim de chocolate feito pela Claudia, a mudança no recreio com a chegada de buffet quente e frio na escola fez com que Hanna tivesse mais autonomia para colocar a quantidade de alimentos que ela, realmente, quisesse comer. “Eu gostei porque me deixa mais independente.” De acordo com Madejane Martins, auxiliar de direção, a inspiração de mudar a forma de se servir no recreio veio dos Centros de Educação Infantil (CEIs), que tem essa metodologia de ensino implantada. “Eu já fui professora de educação infantil e sempre incentivei essa questão de autonomia, porque isso faz com que a criança desenvolva responsabilidade com o desperdício”, destaca. Além disso, a conscientização começa em sala de aula e se expande para o aprendizado para além dos muros da escola.


recursos públicos investidos na alimentação escolar. Dessa forma, um dos objetivos do programa é incentivar práticas pedagógicas que promovam a conscientização dos alunos em relação ao desperdício dos alimentos. Na Escola Municipal Julio Machado da Luz, uma turma por semana vira monitora e os alunos fazem o controle das sobras e restos das comidas na hora do recreio. Tudo o que é resto nos pratos e nas canecas, acumulados em uma grande bacia, e as sobras que ficam na cozinha, no fundo da panela, sejam elas sólidas ou líquidas, são tabeladas para controle da unidade escolar. Com isso, a escola passa a medir qual refeição os alunos menos gostam, o que mais está sendo desperdiçado e passam a desenvolver ações de educação alimentar e nutricional com os alunos.

Foto: Emily Milioli

Os irmãos Erick Matheus da Silva Leandro, 6, e Kauã da Silva Leandro, 5, já se alimentavam sozinhos em casa, mas com a ajuda da escola, o estímulo para se servirem sozinhos e comer com garfo e faca começou na unidade escolar. Para a mãe, Roseli Oliveira, eles estão mais independentes e passaram até a comer alimentos que diziam não gostar. “Rabanete, por exemplo, não gostavam. Mas agora comem que é uma beleza”, diz. “O desperdício de comida diminuiu porque a alimentação é controlada na escola e em casa, e os dois, trabalhando juntos, melhorou quase que 100%.” Como ação da Secretaria de Educação de Joinville, um projeto chamado Prato Limpo foi implantado nas escolas para promover a consciência entre os alunos sobre o desperdício dos alimentos, promover mudanças de atitudes e otimização dos

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atenção com o cardápio começa desde a escolha dos itens Para que o alimento chegue até a merenda escolar todos os dias, existe uma equipe que faz o planejamento do cardápio com até um ano e meio de antecedência. No Centro de Distribuição da Secretaria de Educação, a nutricionista Lucimar Pereira Silva conta que para que uma compra possa acontecer, é preciso desenvolver um cardápio com base no histórico dos alunos matriculados para que seja feito um cálculo de quanto de alimento será necessário para atender a demanda de um cardápio padrão e, a partir dessa grande compra, começa a ser feito o planejamento mensal. Ao todo, são 70 mil alunos atendidos na rede municipal de ensino de Joinville e isso corresponde a 62 mil refeições por dia. “São cinco refeições para cada criança de CEI e nas escolas são duas. A educação é o maior restaurante do município”, comenta Gabriel Ponzetto, gerente de assistência ao educando. No mês, isso representa um milhão e trezentas mil refeições feitas nas escolas. Para fazer a escolha dos itens que compõem o cardápio, pontos como a facilidade na preparação, benefícios nutricionais e aceitação ao paladar dos alunos são levados em conta. “Nós temos uma cozinheira que faz os testes e segue uma ficha que a gente disponibiliza para que ela possa fazer a pesagem por conta da per capita

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de cada faixa etária dos alunos”, comenta a nutricionista Luciane Hirt Rosa. Isso acontece toda vez que um novo alimento passa a ser inserido para que, ao chegar nas escolas, as cozinheiras de cada unidade saiba como prepará-lo da melhor maneira, mantendo os benefícios nutricionais e qualidade do alimento. “Depois de pronto, ela pesa cada medida que a gente vai ver o quanto vai para a necessidade de cada criança.” O cuidado com cada item da lista começa desde a compra de cada ingrediente até a fiscalização na hora de fazer os testes de receita e de qualidade. As escolhas dos alimentos precisam suprir a necessidade nutricional de 15 a 20% do período em que a criança passa na escola. Para as crianças com restrições alimentares, os cardápios diferenciados seguem com informações para as cozinheiras e, muitos deles, com a quantidade em peso de cada alimento que a criança pode ingerir. “Na matrícula, a família já avisa se a criança tem restrição e envia um laudo para que a escola possa fazer o cadastro com os dados da criança e a gente passa a ter acesso e verifica se está tudo certo”, comenta Lucimar.“E aí a gente dá a devolutiva para a escola, para que possa imprimir o cardápio diferente para esse aluno e a equipe da cozinha começar a preparar esse alimento.”


Cuidado na fiscalização! A rotina de entrega dos alimentos da escola é feita de três formas: alimentos perecíveis, como frutas e hortaliças, são entregues toda semana, enquanto os não perecíveis uma vez ao mês. Para os frios, a cada quinze dias é feito o reabastecimento na unidade escolar. Para fazer o controle dos itens que o espaço educativo tem, uma vez ao mês, a escola envia um re-

latório por meio de um sistema de como está o estoque da merenda. Na Escola Municipal Julio Machado da Luz, Zulcelio José Scheller é quem é o responsável por fazer esse controle. “Eu acho uma maneira inteligente que se criou, porque evita o desperdício. Com o controle de estoque há um maior controle do que se tem na unidade escolar.”

A alimentação em números:

Ao todo, 623 alunos atendidos têm restrições alimentares, cultural ou religiosa. No cardápio anual, mais de 130 alimentos compõem a lista. Em todas as escolas, ao final do mês, foram servidos 175 toneladas de comida. Na produção desses cardápios, a rede conta com 350 cozinheiras desde a educação infantil ao ensino fundamental. No total, o valor investido na alimentação escolar ultrapassa oito milhões por ano.

Foto: Emily Milioli

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Para os 70 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino de Joinville, são produzidos 91 cardápios diferentes todos os meses.

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ENCONTRO DE REPRESENTANTES

Renata Bomfim com apoio da Secretaria de Educação de Joinville

Assumindo responsabilidades Segunda edição do Encontro de Representantes de Classe das escolas municipais reuniu alunos para debater sobre direitos e deveres na adolescência

Entre os mais de 20 mil alunos matriculados nos anos finais do ensino fundamental da rede municipal, 848 foram eleitos para serem os representantes das 660 turmas de sexto ao nono ano. Com o objetivo de promover ações que incentivem os estudantes a terem maior participação nas decisões da escola, a Secretaria de Educação promoveu a segunda edição do Encontro de Representantes de Classe das Escolas Municipais de

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Joinville, no teatro Juarez Machado, com o tema “Adolescência, e aí? Quais meus Direitos e Deveres?”. Fernanda Michalski, aluna do nono ano da Escola Municipal Doutor Abdon Baptista, fez um discurso para a comunidade escolar presente e destacou a importância do papel que todos assumiram e a responsabilidade de representar uma turma. “O envolvimento e a participação de todos no processo de ensino e aprendi-

zagem é muito importante. Para isso é essencial que nós trabalhemos em conjunto, colaborando sempre, assumindo compromissos com nossos estudos, com a escola, com os colegas de classe e com os professores”, discursou. “Nós somos escolhidos para representar uma turma, através de votação dentro da sala de aula. Assumimos várias atribuições e queremos cumpri-las, sempre em parceria com a Orientação Educacional.”


Fotos: Jaksson Zanco/Secom/Prefeitura de Joinville

A palestra, guiada pelo promotor Otávio Augusto Bennech Aranha Alves, da Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma, falou sobre os direitos e deveres na adolescência, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente. “Eu acredito que de cunho preventivo é importante eles saberem como funciona o processo e eu acho que ali a gente já começa a tratar dessa conscientização de que não existe impunidade, não é porque são adolescentes que eles não serão responsabilizados”, comentou. “Depois, outras situações ligadas a não atos infracionais, mas que podem, sim, funcionar como multiplicadores para ajudar tanto eles ou amigo e conhecidos, porque são informações que, talvez, não sejam tão acessíveis assim.” Para Kauã Guilherme Bleil Ribeiro, representante de classe na Escola Municipal Prefeito Max Colin, o ponto mais importante apresentado na palestra foi sobre a importância de ajudar o próximo. “Foi uma palestra bem espontânea, ele explicou muito bem e os tópicos que ele apresentou foram muito comuns de a gente discutir, tanto na escola quanto em casa, e ele ajuda bastante porque está mostrando para gente como podemos ajudar os outros e como nós podemos buscar ajuda para nós mesmos”, destacou o aluno. O tema para Nadir Izabel Sprotte, orientadora educacional na Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos, também foi algo muito conhecido e apresentado dentro da unidade escolar em que trabalha. Para ela, é muito importante que os alunos saibam que direitos e deveres andam juntos. “Clareou muito o que a gente fala na escola, mas vindo de um promotor de justiça é mais forte e significativo.”

Fernanda Michalski, aluna da Escola Municipal Dr. Abdon Baptista, fez um discurso para os representantes de classe

Encontro contou com a apresentação cultural dos alunos da Escola Municipal Professor João Bernardinho da Silveira Junior

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Educação financeira

Por Neise do Nascimento

E se o dinheiro do lanche

virar economia? Pode parecer que não faz muita diferença, mas economizar o dinheiro na cantina da escola pode gerar uma boa economia até o final do ano

Os gastos com alimentação fora de casa representam uma grande parcela do orçamento, mesmo que na sua escola tenha refeitório, sempre tem aquele olho de que as besteiras na cantina só faltam chamar você pelo nome. Mas você sabia que com pequenas mudanças de hábito é possível economizar com alimentação? Se você tem o hábito de comprar seu lanche na lanchonete da escola, saiba que você está perdendo uma grande chance de economizar com alimentação e até mesmo criar uma alimentação mais saudável. Uma boa dica é aproveitar o lanche que a sua es-

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cola oferece e que é feito com muito carinho pelas cozinheiras. Mas, se mesmo assim, isso ainda não for o suficiente e você prefere comprar, mude as prioridades do investimento: ao invés de comprar na escola, peça para os seus pais (ou responsáveis) ir ao supermercado e comprar sua comida, ajudar a você a preparar e levar fresca à escola. Fatias de pão integral com queijo, frutas, suco natural, iogurtes e bolacha água e sal com geleia, além de ser mais saudáveis, serão mais baratas a comprar na cantina. Faça o teste de uma semana e veja quanto conseguiu economizar.


Faça uma conta rápida!

Um bolinho pronto custa em média R$ 2,50

Fazer 15 cupcakes de cenoura gasta menos de R$ 10,00

Ou seja, pelo valor de 4 bolinhos industrializados (e com poucos nutrientes) você faz 15, congela e tem lanche sobrando para a escola, café da manhã e café da tarde. Outra boa dica são os lanches coletivos, converse com seus amigos e cada um leva algo para o lanche do dia. Aos finais de semana, se for sair com seus amigos, escolha passeios mais baratos e una o famoso útil ao agradável, por exemplo: há caminhadas ecológicas em que você irá aproveitar a natureza e, ao mesmo tempo, se exercitar. Se for ao shopping, coma antes de sair de casa, leve sua garrafa de água e vá colocando todos estes valores economizados em um caderno ou planilha.

E aí você se pergunta, qual o motivo de tanta economia de dinheiro? 1

Para poupar você precisa ter objetivos: separe o que é necessidade básica e o que você realmente precisa do que é supérfluo e se estimule a poupar para adquirir algo.

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Participe também dos assuntos financeiros familiar, como você pode ajudar sua família no orçamento da casa: seja ajudando financeiramente ou mesmo economizando.

3

Não gaste mais do que você tem e tenha tudo anotado, assim conseguirá realizar grandes projetos economizando diariamente.

Neise do Nascimento é fundadora da Quales Treinamentos Empresariais e especialista em Docência do Ensino Superior e em Finanças, Controladoria e Auditoria. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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GALERIAS

Maria e Heloísa

Alanis e Camila

Kathiele, Alanis e Maria

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Amanda, Maria e Camilly

Samara, Bruna e Evelyn

Matheus, Iury e Winicius

Heloise, Maria Eduarda e Maria


Pirabeiraba

Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke

William

William e Mateus

Camila, Amanda e Kamilla

Fotos: Foco Eventos

Maria e Kathiele

Dimitria e Renata

Evelyn

Winicius e Iury

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GALERIAS

Ana, Giovana e Indianara

Leticia, Elisandra e e Joana

Joana, Emanuela, Júlia, Ana e Taise

Nikolas, Igor, Gabriel e Mario

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Indianara e Denise

Maísa M. e Maisa


Vila Nova

Escola Municipal Professor Bernardo Tank

João, Gabriel e Iran

Luana e Indianara

Elisandra e Leticia

Fotos: Foco Eventos

Joana e Emanuela

Julia, Ana e Taise

Joana, Ana, Camilly e Maísa

Mario, Igor e Nikolas

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GALERIAS

Arthur, João e Arthur Antunes

Rodrigo, Helena e karoline

Mariana,Raiane, Isabela e Maria

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Murilo, João, Henrique e Gustavo

Rafael, Diego, Vitor, Matheus H., e Matheus

Raisa, Bruna, Yasmin e Gabriella


Vila Nova

Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer

Hagata

Wagner, Danielly e Gabriel

João, Natan e Rafal

Fotos: Foco Eventos

Gabriela,Yasmin Wulf, e Yasmin

Melissa

Murilo, João, Arthur, João Henrique e Gustavo

Sara

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GALERIAS

Lucas R., Ruhun, Lucas, Marcos e Gustavo

Alan e Antonio

Mariana, Larissa e Ana C.

Juliana e Maeli

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Alan, Antonio, João e Vitor

Mateus e Camili

Stefani e Camila


Vila Nova

Escola Municipal Valentim João da Rocha

Danielli e Monike

João e Isabela

Murilo, Pablo, Maria e Bruna

Fotos: Foco Eventos

Maria, Ana Luisa, Danielli e Monike

Maria Eduarda e Ana

Tainara, Eduarada e Bruno

Murilo, Pablo, Vitor e Jonatas

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GALERIAS

Carolina, Maiara, Jamile e Henrique

Lucas e Timóteo

Amanda e Alessandra

Aline, Alice, Isadora, Amanda e Débora

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Ana Julia

Ana e Larissa

Nicolas, Leandro e Lucas


Vila Nova

Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger

Luiza, Vitória e Ana

Lilia a, Luísa, Diretora Akiko, Brenda e Laura

Fotos: Foco Eventos

Luiza

Ana, Larissa, Amanda e Alessandra

Débora, Amanda e Isadora

Maiara, Jamile, Caroline e Luana

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SAIDEIRA

Por Ana Beatriz Brandão

Bullying:

discussão nova de um problema antigo

Por mais que, atualmente, o bullying seja discutido em todos os lugares, como nas telenovelas, rádios, jornais e internet, é fato que, no Brasil, esse fenômeno começou a ser pautado há pouco tempo. Eu, como muitos jovens, me apeguei em diversas coisas para fugir das investidas abusivas de colegas da escola em relação às “brincadeiras” de mal gosto que faziam. E um de meus refúgios foi uma escada para me tornar escritora. Quando criança, comecei a ler durante os intervalos do colégio para não sofrer o bullying constante que acontecia enquanto os professores não estavam incisivamente orientando. Depois, mais velha, tinha amigos que praticavam bullying e, devido a isso, me afastei deles. Ao ajudar a vítima dos abusos dos “ex-amigos”, passei a ser alvo de zombaria também, mas amadureci e consegui contornar o sofrimento. Em minhas histórias, faço questão de sempre abordar de alguma forma algum ponto que dê forças às pessoas que sofrem dessa agressão.

Sobre a autora:

Com cinco anos já era uma ávida leitora, aos treze iniciava uma jornada cercada de magia junto aos seus personagens e atualmente, com dezoito anos, já publicou cinco livros e embarca na forte emoção de acompanhar o filme baseado em seus dois best-sellers, O Garoto do Cachecol Vermelho e A Garota das Sapatilhas Brancas. Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana Beatriz Brandão vive intensas aventuras todos os dias e celebra suas

A polêmica muitas vezes gira em torno dos limites entre brincadeira e abuso. Quando uma piada passa a ser bullying? Por que o colega se importou tanto com o que o outro disse, sendo que não foi “nada demais”? Essas questões são recorrentes nos pensamentos populares, mas o que muitas pessoas ainda não aprenderam é ter a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender que a mesma palavra pode atingir outras pessoas em níveis diferentes. Cada um tem uma história de vida e atribui um peso ao que ouve. Isso permeia o conceito de empatia, outro ponto muito debatido, principalmente, por estar em variadas lutas sociais. Por isso, problemas tão antigos, como o bullying, continuam existindo e todos precisam dar as mãos para combatê-lo. A mensagem que eu deixo às crianças e adolescentes é não desistam de serem felizes, os problemas estão com os abusadores e não com vocês. Informem, levantem a questão e lutem para que isso pare! Vocês são fortes e podem vencer!

publicações, desde a mais recente obra Sob a Luz da Escuridão, até aquela que pela primeira vez cativou o público, Sombra de um Anjo. Não esquece as emoções vivenciadas em Caçadores de Almas que também tem um valor inestimável à jovem escritora. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, assim como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas. /anabiabrandao

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