its Teens Joinville - 42

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Revista Its Teens Joinville nยบ 42 2019 | R$ 11,77




conteúdo outubro 2019

22 | CAPA

Quando assumiu a direção da Escola Municipal Adolpho Bartsch, lá em 2009, Fábio de Almeida Doin abraçou junto com o cargo o desafio de melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da unidade escolar que, na época, estava 6,9, cinco décimos acima da média traçada pela escola. Até a última prova, feita em 2017, a unidade atingiu nota 9,2 e se destacou no Sul do país com a média mais alta nos anos iniciais.

18 | EDUCAÇÃO INFANTIL

A curiosidade das crianças com o mundo a sua volta abre espaço para que temas como educação ambiental e preservação do meio ambiente estejam traçados nos planejamentos dos professores, principalmente na Educação Infantil em que quanto mais cedo o assunto for discutido, melhor será a formação dos pequenos em construção.

14 | OLIMPÍADA

Quando tenta buscar na memória o número de medalhas que já conquistou participando de olimpíadas na área de exatas, Eveline Denker Viebranz, 14, já não consegue lembrar. Foram tantas nos últimos quatro anos que a extensão da sua memória é a da professora de matemática, Eliani Maria Pinheiro de Moraes, que lembra com muito orgulho. “Ela começou a ganhar medalha no quinto ano”, recorda, ainda do período em que Eveline foi sua aluna.

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28 | EJA

Depois de ficar 35 anos longe de uma sala de aula, Dalto Rogério de Oliveira voltou a ser aluno do sexto ano aos 47 anos de idade. Desempregado, viu nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecidas pela Secretaria de Educação de Joinville, uma nova chance de retomar os estudos e buscar oportunidades no mercado de trabalho.



EDITORIAL

Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br Diretor de Planejamento e Estratégia Derly Massaud de Anunciação Diretor de Conteúdo Luís Meneghim | meneghim@ricsc.com.br Diretor Regional Joinville, Itajaí e Blumenau Silvano Silva | silvano@ricsc.com.br Diretor Regional Oeste Cristiano Mielczarski A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Conteúdo Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus Coordenador de Operações Rodrigo de Oliveira | distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Diego Ibarreta | diego.ibarreta@ricsc.com.br

Salve, galera da revista its!

RENATA BOMFIM

Visitar as escolas todos os meses em período letivo nos faz encontrar com iniciativas e projetos de professores que só reforçam a qualidade do ensino público oferecidos para as crianças da rede municipal de Joinville. Dentro de todo esse projeto pedagógico, independente do ano em que os planejamentos são feitos, é nítida a contribuição para a posição de destaque que a rede conquista a cada avaliação do Ideb. Aplicada a cada dois anos, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007, é a prova que mede a qualidade da educação em todo o país. A média da cidade de Joinville chegou a nota 7,2, fruto de um trabalho alinhado com as diretrizes da Secretaria de Educação e de toda uma parceria que envolve alunos, professores e comunidade escolar. Neste mês em que as escolas se preparam para fazer a avaliação, a revista its resolveu fazer o caminho inverso: ao invés de só falar do Ideb quando sai o resultado, a matéria de capa deste mês conta o dia a dia de uma escola e todo o trabalho desenvolvido no período letivo. A prova, na verdade, já faz parte do processo. Espero que você goste de mais uma revista feita para você.

Gerente Comercial Joinville Flavia Borba Vieira | flavia.vieira@ricsc.com.br

Renata Bomfim

Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli | crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.220 mil exemplares

Ei! Tem algum projeto bacana ou já fez um trabalho que merece ser divulgado entre as escolas? Manda pra gente, vai! Anota aí: renata.bomfim@portalits.com.br

OS CULPADOS

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

Lucas Inácio 6 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Neise do Nascimento


É COM A GENTE Os maiores influenciadores da televisão catarinense e o melhor conteúdo regional estão na telinha da RICTV | Record TV. Uma combinação que só poderia resultar em engajamento e uma audiência qualificada que não para de crescer.

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CULTURA POP

É HIT DO VERÃO, será?! Tudo bem que a primavera mal deu as caras, mas no mundo da música ninguém perde tempo e quanto antes soltar para galera os hits que devem estourar no verão, melhor. Desta vez, Léo Santana já abriu os trabalhos e divulgou a música “Contatinho”, em parceria com Anitta. Uma mistura de pagode baiano com batidas de funk e a malemolência dessa dupla você já sabe: é o combo do sucesso. A música faz parte do novo DVD do Léo “Levada do Gigante” que foi gravado no mês de agosto, em São Paulo, também com outras parcerias, como a turma do Atitude 67.

ESSE SHAWN <3 O zero defeitos do menino Shawn divulgou no último mês o “The Shawn Mendes Foundation”, uma instituição que vai ajudar jovens quando o papo é saúde, educação e direitos humanos. Até agora, a Fundação já arrecadou um milhão de dólares com as parcerias e doações. No Instagram, ele postou uma mensagem: “Por um longo tempo, eu queria encontrar uma maneira de ampliar as causas pelas quais meus fãs se preocupam profundamente e ajudá-los a fazer suas vozes serem ouvidas. Nossa geração tem o poder de mudar o futuro do nosso planeta e ajudar a levar essa mudança adiante por tantas gerações. Com isso, estou muito empolgado em anunciar o lançamento do @ShawnFoundation, para apoiar causas importantes para meus fãs e nossa geração. Trabalharei ao lado dos meus fãs para ajudar a fornecer a eles uma plataforma e os meios para retribuir e agir.” 8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


MUSA sensata

Lá na gringa, a nossa Ivetinha fez um discurso durante seu show em Portugal, na passagem do Rock in Rio Lisboa e mandou um recado para o preconceito: “Vamos ensinar os intolerantes a amar”, declarou a musa sensata logo após toda a polêmica da HQ na Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Veveta aproveitou o momento para dizer aos fãs que pudessem ficar à vontade durante todo o seu show. No discurso, sem lembrar de política e a situação do Brasil, ela fez uma fala sobre amor e respeito. “Isso vale para a educação, saúde, mas em meio a toda essa turbulência no mundo, a nossa única saída é amar e existem pessoas que não querem deixar as pessoas amarem à vontade.”

É Depois O FIM! de duas temporadas, é o fim: The OA está cancelada. Óbvio que a notícia não agradou muito aos fãs que até fizeram uma petição online com mais de 80 mil assinaturas, mas os criadores não voltaram atrás. A série de ficção científica não foi a única cancelada pela Netflix que também já cortou Tuca & Bertie, Designated Survivor e She’s Gotta Have It. Será que não rola uma outra empresa comprar os direitos e dar continuidade na história? Vamos aguardar.

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Por Lucas Inácio

Aniversário do primeiro dia 15 de setembro, o primeiro aparelho de MP3 mp3 No da história fez 21 anos de seu lançamento. Antes do

iTunes surgir e dominar a indústria da música digital, o Rio PMP300 foi o pioneiro na área e tinha o tamanho de um baralho de cartas – o que parece grande hoje em dia, mas comparado aos discmans usados na época, era pequeno. As brigas judiciais com as gravadoras aconteceram e ajudaram a popularizar sua comercialização, tanto que seu impacto foi importante para a popularização do gadget que foi lançado ao preço de US$ 200. Ele tinha (pasmem) 32 MB de memória, o que hoje em dia daria para armazenar menos de uma dezena de músicas em qualidade 128kbps. Para os tempos de hoje é quase nada, mas é sempre bom pensar na importância daquele lançamento para a forma como ouvimos música atualmente.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA

Fique ligado nas dicas da equipe its

Aprendendo e de graça

Uma das coisas mais legais de falar sobre tecnologia é perceber a quantidade de coisas que estão ao nosso alcance sem custo, são muitas novidades o tempo todo que volta e meia a gente esbarra em algo que não fazia ideia que existia. Uma dessas descobertas recentes foi do site Brasil Mais Digital que possui 35 cursos à distância na área de Tecnologia da Informação, sendo a maioria com média de 20 horas/aula. Uma forma de adquirir novos conhecimentos, inclusive sobre si próprio, e que pode ajudar a buscar novos caminhos profissionais. Alguns cursos da plataforma são oferecidos pela Microsoft, ou seja, o negócio é de qualidade.

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Imagens de um asteróide

Os asteroides fascinam a humanidade desde sempre e fazem parte do nosso imaginário com a quantidade de filmes que usam desse artifício como uma ameaça à vida na Terra. Porém, recentemente, o robô MASCOT (Mobile Asteroid Surface Scout) captou imagens na superfície do asteroide Ryogu e elas mostram que sua formação não é tão diferente assim da que temos na Terra. O objetivo da missão japonesa Hayabusa 2, aliás, é justamente entender melhor a origem do nosso planeta e do Sistema Solar e já temos algumas pistas disso, mas saberemos mesmo nos próximos anos com a análise do material coletado pela missão.

console só de mão

A Nintendo lançou em setembro o Switch Lite, uma versão mais barata do aparelho de jogos portáteis e sem conexão com a TV, diferente da sua versão mais completa. O Switch Lite segue a ideia de um Game Boy, porém mais avançado com os botões nas laterais do aparelho, uma tela com resolução de 720p e 5,5 polegadas no centro. Como é uma versão mais “de boa”, o aparelho também tem um preço mais acessível de US$ 199, cem dólares a menos que o convencional. OK, não é tão “de boa” assim.

Clássico do Anime no app

As novas gerações – e as antigas – podem continuar desfrutando dos Cavaleiros dos Zodíaco de diferentes formas e a última delas, lançada aqui no Brasil, é o jogo para iOS e Android. O Saint Seiya Awakening é o novo RPG da saga que fez sucesso nos anos 90 e é também uma forma de conquistar novos fãs, já que o jogo (traduzido em português) traz momentos e músicas da saga que foi um sucesso nos animes e possui mais de 100 personagens jogáveis, além de poder jogar individual ou em conjunto. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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NOTÍCIA DAS ESCOLAS Professora de Joinville participa do Programa Estágio Participação em Brasília A Professora de Geografia Juliane E.R.F.R.P.Tonet, da Escola Municipal Professor Saul Sant'Anna de Oliveira Dias, foi convidada para participar do programa Missão Pedagógica no Congresso Nacional. O programa Estágio Participação é um projeto educativo da Câmara dos Deputados e tem por objetivo estreitar e estimular a participação democrática e cidadã por meio de atividades que propiciem conhecimento sobre o Poder Legislativo, aproximando o Parlamento e sociedade civil. O foco é em experiências de educação para democracia que possam ser levadas depois para as escolas. Para a professora Juliane, participar de uma oportunidade dessas é desmistificar algo externo e que parece ficar meio distante. "Os dias em que lá estive pude acompanhar o dia a dia do Congresso Nacional, quebrando alguns tabus carregados por mim, assim como conhecer e vivenciar um pouco da capital do país", explica. Após retornar a Joinville, Juliane conclui que ficou o legado da consciência política e do convívio em sociedade. "Por isso, sinto-me na obrigação de compartilhar com os meus pares e, principalmente, disseminar entre os educandos a vivência de valores democráticos."

Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Premiados em olimpíadas de matemática e robótica

Foto: Jaksson Zanco/Prefeitura de Joinville

Alunos e professores das escolas municipais de Joinville receberam homenagem por medalhas conquistadas em olimpíadas de matemática e robótica. A cerimônia ocorreu dia 17 de setembro, no Cesita. Foram premiados 58 medalhistas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), além de nove professores e quatro escolas. Também foram homenageados cinco medalhistas da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), competição que as escolas municipais participam pela primeira vez.

Caminhada Educação em Movimento contou com atividades físicas e educativas Cerca mil pessoas participaram da Caminhada Educação em Movimento realizada pela Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Esporte. O objetivo foi valorizar a educação e estimular a prática da vida saudável. "A caminhada é uma forma de unir os profissionais da educação, pais, alunos e comunidade em prol da nossa educação que é referência nacional pela qualidade do ensino e incentivar a prática de exercícios físicos para melhorar a qualidade de vida", afirma a secretária de Educação, Sônia Victorino Fachini. Ao final da caminhada, de cerca de quatro quilômetros, o público pode participar de diversas atividades esportivas, culturais, educativas e de saúde. Houve também exposição de projetos de contraturno e atividades de alunos e professores de escolas municipais e centros de educação infantil (CEIs).

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Foto: Phelippe José/Prefeitura de Joinville


Defesa Civil de Joinville leva alunos para conhecer estação hidrometeorológica e maregráfica A Defesa Civil de Joinville levou 33 alunos do 6º A ano da Escola Municipal Professora Virgínia Soares, do bairro Floresta, para conhecerem a estação hidrometeorológica e maregráfica no Joinville Iate Clube (JIC). A ação faz parte do Projeto Primavera da Defesa Civil, realizada pela Secretaria de Proteção Civil e Segurança Pública de Joinville (Seprot), e está dentro das atividades do projeto Defesa Civil na Escola, em parceria com a Secretaria de Educação (SED). Antes da visita, alunos de outras turmas participaram de atividade de confecção de instrumentos de monitoramento climático, como pluviômetros, barômetros e higrômetros. A ideia iniciou a partir dos temas trabalhados na grade curricular da disciplina no município, que fala sobre a terra, o solo e o ar.

Foto: Prefeitura de Joinville

Escolas Municipais celebram semana da pátria com hasteamento e desfile A programação da Semana da Pátria em Joinville contou com cerimônia de hasteamento das bandeiras, realizada no ginásio de esportes Abel Schulz, e desfile cívico militar dia 7 de setembro na avenida José Vieira (Beira Rio). Na abertura da semana da pátria, participaram na cerimônia as escolas municipais Pastor Hans Müller, Professora Zulma do Rosário Miranda, Professora Ada Santana Silveira e Doutor Abdon Batista. Houve execução dos hinos pela banda de música do 62º Batalhão de Infantaria de Joinville e a presença do prefeito, Udo Döhler, vereadores, secretários municipais e das subprefeituras, Polícia Militar, Guarda Municipal, Agentes de Trânsito, pelotão mirim do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. No dia 7 de setembro, a população de Joinville foi prestigiar o desfile cívico militar que encerrou as comemorações da Semana da Pátria e celebrou o Dia da Independência do Brasil. Cerca de 40 entidades, representadas por aproximadamente dois mil integrantes, participaram da parada, incluindo as forças de segurança, escolas públicas e particulares de Joinville. A rede municipal de ensino participou com 11 escolas, sendo cinco fanfarras. Foto Divulgação/Prefeitura de Joinville

Aulas de tênis em escola do meio rural de Joinville As secretarias de Esporte e Educação de Joinville estão realizando uma experiência inédita nas aulas de iniciação desportiva ao levar a prática de tênis a alunos da região rural na Escola Municipal Sete de Setembro, na Estrada Bonita, bairro Rio Bonito. São 31 meninos e meninas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, na faixa etária dos 6 aos 11 anos, que recebem semanalmente aulas de tênis dentro do Programa de Iniciação Desportiva (PID), da Secretaria de Esportes (Sesporte). A parceria nasceu por iniciativa da escola, que percebeu o potencial interesse das crianças por práticas esportivas.

Foto Divulgação/Prefeitura de Joinville

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OLIMPÍADA

Por Renata Bomfim

chama no

desafio

No Concurso Canguru de Matemática, Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos conquista 57 medalhas

Quando tenta buscar na memória o número de medalhas que já conquistou participando de olimpíadas na área de exatas, Eveline Denker Viebranz, 14, já não consegue lembrar. Foram tantas nos últimos quatro anos que a extensão da sua memória é a da professora de matemática, Eliani Maria Pinheiro de Moraes, que lembra com muito orgulho. “Ela começou a ganhar medalha no quinto ano”, recorda, ainda do período em que Eveline foi sua aluna. A lembrança veio junto com o tempo que a Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos participa do Concurso Canguru de Matemática, que este ano

Medalhistas de bronze

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completa a quarta participação e a Eveline encerra com medalha de ouro, na etapa ensino fundamental. Ao todo, este ano a escola conquistou 57 medalhas, sendo quatro ouros, 23 pratas, 30 bronzes e 34 honra ao mérito. O resultado disso, segundo a diretora da unidade, Isolete Alves Salomon, é reflexo dos trabalhos dos professores que desafiam os alunos diariamente. “As pessoas aqui são desafiadoras. Nós sempre acreditamos que precisamos ser movidos a isso para que possamos vencer outras barreiras”, fala orgulhosa. “Sendo essa uma das olimpíadas mais desafiadoras, nós não poderíamos ficar de fora.”


Fotos: Renata Bomfim

Medalhistas de ouro

Honra ao mérito O Concurso Canguru de Matemática ocorre no mundo todo e é destinado aos alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio e já teve mais de seis milhões de alunos inscritos em 75 países. Entre eles, Cauê de Lorena Dias Vargas, 9, aluno do terceiro ano estreante no concurso e nas olimpíadas. “Eu pensava que iria tirar a medalha de prata, mas ganhei ouro”, comenta feliz. Para conquistar esse mérito, Cauê incluiu a prova na sua rotina de estudos e reforçou os conteúdos destacados em sala de aula,

como contas e tabuada. E é justamente nessa linha que a professora Eliani enxerga a validação desta olimpíada: mostrar a aplicação dos conteúdos aprendidos em sala de aula. “Eles precisam criar estratégias e é isso que a gente faz: desafia o tempo todo e quando chega na hora da prova já estão preparados”, comenta. Aliás, se uma palavra pudesse definir os alunos desta escola, seria essa: desafio. É o que move a direção escolar e todo o corpo pedagógico que, consequentemente, os alunos sentem essa motivação e esse gosto.

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Fotos: Renata Bomfim

Professores de matemática da unidade escolar, presidente da APP e equipe pedagógica

Além do desafio, a paixão em pertencer também é sentida na escola. Gabriela Varela, 9, aluna do quarto ano não esconde o amor pela unidade escolar desde que passou a fazer parte da família Empic (Escola Municipal Pedro Ivo Campos, na abreviação). “É muito legal estudar aqui”, declarou a medalhista de prata que participou do Concurso Canguru de Matemática pela segunda vez. Orgulhosa com o resultado, a aluna comemora a medalha, já que a única que havia ganhado era do aniversário da escola, quando a sala em que estudava na época se destacou dentro das atividades propostas. “Eu achei que fosse desmaiar”, brinca. Para a presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Marisangela Retzlaff, o segredo dos destaques que a escola vem conquistando ao longo dos anos, seja nas olimpíadas, Ideb ou participações no Festival de Dança de Jonville, é fruto de uma união entre pais, professores e escola. “É um grande orgulho ver que a escola em que a minha filha estuda está sempre em destaque”, comemora a presidente no seu primeiro ano de mandato.

Medalhistas de prata

Uma das metodologias de ensino implementadas na Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos que tem dado certo é fazer do conselho de classe do final do ano uma forma de atualização para o professor que assume cada disciplina no ano seguinte: é o momento de repassar o nível de aprendizagem de cada aluno. “Nós começamos o ano sabendo aonde ele parou e como continuar e fazer diferente”, diz a professora Eliani. Dessa forma, o ano letivo não se encerra,

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apenas pausa e recomeça para os professores de uma maneira que dê continuidade e atenção aos estudantes de forma particular. Com o foco totalmente voltado na aprendizagem dos alunos, participar do Concurso Canguru de Matemática ou de qualquer outra prova já faz parte do ensino da escola. “O nosso grande trabalho é ensinar para eles aprender”, comenta o professor de matemática dos anos finais, José Luiz da Veiga.



EDUCAÇÃO infantil

ESSE ZUM, ZUM, ZUM É NOSSO AMIGO

Unidades escolares da rede municipal de ensino de Joinville cultivam abelhas sem ferrão e despertam nas crianças o cuidado com o meio ambiente

O cultivo de abelha sem ferrão no CEI desperta a curiosidade nas crianças

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A curiosidade das crianças com o mundo a sua volta abre espaço para que temas como educação ambiental e preservação do meio ambiente estejam traçados nos planejamentos dos professores, principalmente na Educação Infantil em que quanto mais cedo o assunto for discutido, melhor será a formação dos pequenos em construção. Não é à toa que um dos cinco campos de experiências traçados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca a necessidade de colocar a criança em contato com as transformações da natureza para que estejam situadas no espaço e tempo. No Centro de Educação Infantil (CEI) Felícia Cardoso Vieira, o estudo das abelhas começou quando as crianças do Maternal I, da professora Geisa Evaristo Mendes, ficaram curiosas ao ver várias delas mortas na área aberta do CEI. Diante do interesse dos 18 alunos, o projeto “Lá fora! A natureza das crianças” desperta o interesse para a observação e a sensibilidade para a preservação da natureza. De acordo com um levantamento feito pela Agência Pública e Repórter Brasil, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores em quatro Estados, sendo 50 milhões só em Santa Catarina. Isso vem acontecendo porque as polinizadoras estão em contato com os agrotóxicos à base de neonicotinoides e de Fipronil, inseticidas fatais para todos os insetos e isso é o suficiente para ligar o alerta para extinção das espécies. Ao buscar entender sobre a vida das abelhas e a preocupação em saber que são insetos em extinção, Geisa encontrou a Associação dos Melicultores de Joinville (AME) para construir um meliponário, espaço para criação de abelhas sem ferrão, na unidade. Construído de forma para atrair a atenção das crianças, o lugar conta com dois tipos de abelhas: a mandaçaia e a jataí. No local, todo o cuidado com as abelhas é feito pela própria professora Geisa junto com os alunos.


Por Renata Bomfim

Fotos: Renata Bomfim

CEI Felícia Cardoso Vieira construiu um espaço para criação de duas espécies de abelhas: mandaçaia e jataí

“Durante todo o tempo, a gente explica e conversa com eles (alunos) sobre os cuidados com o meio ambiente”, destaca a professora que já construiu com os pequenos iscas para conseguir atrair mais abelhas para o meliponário, já que, mesmo sem saber, a unidade escolar já tinha o cultivo dessas abelhas nas árvores cultivadas no CEI. “As crianças têm participado de todo esse processo: como montar uma caixa racional, as estruturas que as abelhas constroem, alimentação, como fabricam o mel, como elas se multiplicam. Eles pegam e observam tudo isso.” Com o projeto, O CEI Felícia Cardoso Vieira começou a ampliar o bosque com o cultivo de plantas nativas que possam servir de alimento para as abelhas em todas as estações.

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A escola passou a identificar na unidade os espaços em que as abelhas da espécie jataí podem ser encontradas

Por mais espaços compartilhados

Foto: Arquivo escola/EM Hermann Müller

Na Escola Municipal Hermann Müller às abelhas da espécie jataí fazem das paredes da unidade escolar a sua casa e não se sabe há quanto tempo, já que os espaços abertos no concreto dão a oportunidade para que elas façam o seu trabalho sem se preocupar com as interferências do homem. Dessa forma, elas só puderam ser notadas pelas crianças do primeiro e segundo período da Educação Infantil, ainda no ano passado sob responsabilidade da professora Marciane Seefeld Gonçalves, quando os insetos ficaram alvoroçados com uma corrente de vento. “As crianças começaram a se debater e ficar com medo”, relembra a professora. “Quando eu expliquei que elas não picavam ficaram intrigadas: ‘como assim elas não picam?’”, questionaram os alunos.

Sempre atenta com o ensino para além da sala de aula, Marciane diz que na unidade escolar o cuidado com a natureza é diário e a necessidade de saber compartilhar os espaços com todo o ambiente a sua volta é sempre relembrado. “Quando eles encontram algum inseto morto, eles trazem pra mim e falam: ‘professora, vamos devolver para a natureza?’ Para eles, devolver é colocar no vaso e deixar que a terra faça o seu trabalho.” Para a educadora, educação ambiental está além de ensinar a criança a cuidar do lixo que está na rua. “Educação ambiental, para mim, não é ensinar a criança ir lá e juntar o lixo que um adulto jogou. Acho que ela até vai ficar chateada, mas a importância do cuidado, o respeito. Isso não é meu, tem muita coisa que divide o espaço com a gente.”

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Foto: Emily Milioli

Por Renata Bomfim

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Q

uando assumiu a direção da Escola Municipal Adolpho Bartsch, lá em 2009, Fábio de Almeida Doin abraçou junto com o cargo o desafio de melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da unidade escolar que, na época, estava 6,9, cinco décimos acima da média traçada pela escola. Até a última prova, feita em 2017, a unidade atingiu nota 9,2 e se destacou no Sul do país com a média mais alta nos anos iniciais. Agora, em 2019, as escolas se preparam neste mês de outubro para realizar uma nova avaliação. A conquista de mais de três pontos nas últimas três provas realizadas é resultado de um processo estruturado no contrato pedagógico, um documento feito pela direção da escola que serve como guia para todos os professores há dez anos. “Nós olhávamos os cadernos dos professores e notávamos o que era comum de dificuldade deles e transformamos isso em uma instrução”, comenta Fábio. “Tudo o que a gente percebia enquanto unidade escolar que era uma demanda de aprendizagem para o professor ou que não estava sendo seguido de certa forma, nós contemplamos no documento. No final e início de ano, nós lemos todo o registro, conversamos com eles o que teve avanço ou o que precisa ser revisto e a cada ano vamos mudando.” Alinhados com metas de evoluir apenas um décimo a cada Ideb, a realidade supera o planejamento: a cada nova avaliação realizada, a escola cresce, em média, um ponto. Isso porque além de ter uma rotina pedagógica com os professores, com os alunos a atenção não é diferente: se de um lado existe um contrato pedagógico, do outro é preciso revisar práticas de acompanhamento. No contraturno escolar, os alunos passaram a ficar, ainda em 2011, uma vez por semana na escola para que a direção pudesse reforçar os assuntos ensinados nas aulas regulares. Com o resultado de 2013, em que a escola atingiu nota 8,8 e ficou dois pontos acima do esperado pelo município, o tempo dos alunos no contraturno aumentou: até três vezes na semana com três salas de aula com 80 crianças. Atualmente, todas as turmas de primeiro ao quinto ano da escola contam com atendimento para além do ensino regular, com base em critérios: no primeiro e segundo ano apenas os estudantes com dificuldades em sala de aula; enquanto os de terceiro, quarto e quinto todos participam. “Nós começamos a intensificar os simulados. Hoje, o quinto ano almoça duas vezes na escola. A gente sabe que monitorando eles têm um desempenho igual ou melhor que a última turma”, acredita Fábio. “A nossa meta agora é manter ou elevar um décimo.”

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e planejamento dos conteúdos é pensado na efetividade do aprendizado de cada criança no dia a dia e não apenas no resultado de uma prova para qualificar o ensino. Dos 442 alunos que a unidade escolar atende da Educação Infantil a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o índice de reprovação é baixo: a cada 100 alunos, apenas um reprova, de acordo com dados levantados pelo Ideb de 2017 e divulgados pelo QEdu, plataforma de dados educacionais. Além disso, a baixa rotatividade da equipe pedagógica e profissionais que atuam na escola também pode ser mais um fator que contribui para o sucesso no ensino, como também a presença cada vez mais forte da família na escola. Só este ano, em datas comemorativas, como Dia das Mães a frequência foi de 98 % e Dia dos Pais de 90% de participação. “A gente pensa na escola para que o aluno goste de estar aqui e se sinta acolhido e pertencente ao espaço”, conclui Fábio.

Foto: Emily Milioli

Apesar de não fazer a prova do Ideb, Juliano Kohler da Silva, 10, está no quarto ano e vive a rotina escolar intensamente. Com as tarefas sempre em dia, ele não consegue nem lembrar quando foi que esqueceu de fazer alguma obrigação com os estudos em casa. Aliás, este é um dos pontos em que a escola teve destaque: acompanhamento diário dos professores nas tarefas. Assim como Juliano, Luiza Girardi Mendes da Costa, 10, segue a risca o seu horário de estudo fora da escola. “Quando eu chego em casa, eu fico das 14h às 15h estudando. Primeiro eu faço as tarefas daquele dia e vou antecipando as que eu já ganhei para não ficar tudo muito acumulado”, comenta. Como um dos resultados obtidos pelo último Ideb, o principal indicador da qualidade do ensino, o acompanhamento das tarefas pela escola atingiu 100% de cumprimento na pesquisa realizada. Toda essa atenção no acompanhamento

Equipe pedagógica e funcionários da EM Adolpho Bartsch

Juliano Kohler da Silva

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Destaque nacional

Ainda que passado um ano de divulgação do resultado, a escola foi a única de Santa Catarina homenageada durante evento promovido pelo Ministério da Educação (MEC) no mês de setembro, em Brasília. “Os resultados positivos aparecem quando há estratégia, planejamento, monitoramento e dedicação de toda comunidade escolar. É isso que a escola busca, assim como toda rede municipal. Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, com muito orgulho para todos”, comemora a secretária de Educação, Sônia Victorino Fachini.

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Receita para avançar no Ideb: foco na aprendizagem

nhecimento com a sua aplicabilidade”, destaca. Além disso, a escola conta com o apoio das informações de cada Prova Brasil disponibilizada pela plataforma QEdu, que aponta percentuais de aprendizagem dos alunos com base em levantamento de dados dos descritores traçados para português e matemática. Nos quatro níveis de proficiências da Prova Brasil, a escola alcançou média de 94% de aprendizado no avançado para os dois níveis de ensino. Com melhorias nas práticas pedagógicas, a escola oferece no contraturno escolar o Clube de Matemática, espaço em que os alunos se reúnem para fazer as tarefas da disciplina e socializam as dúvidas no grupo. “Muitas vezes, eles têm mais facilidade de adquirir determinadas habilidades entre pares, porque acontece de uma maneira mais colaborativa”, diz a supervisora. Além disso, a unidade escolar também conta com a Educação Plena que abrange oficinas de letramento e matemática no contraturno.

Foto: Emily Milioli

Com mais de 800 alunos atendidos na Escola Municipal Professora Virgínia Soares, quase o dobro em comparação com a Escola Municipal Adolpho Bartsch, a unidade escolar tirou nota 6,5 no último Ideb com os anos finais do Ensino Fundamental, crescimento de 1,7 ponto desde que realizou a primeira prova, em 2007. Em ano de Ideb, as práticas para aplicação da avaliação na escola, tanto nos anos iniciais quanto finais, não mudam. De acordo com a supervisora escolar, Susana Cercal de Nascimento, o foco da escola segue na excelência da aprendizagem dos alunos. “A Secretaria Municipal de Educação nos orienta a acompanhar o ensino através dos indicadores de aprendizagem. Uma análise minuciosa dos dados, a fim de perceber quais são as deficiências presentes para replanejar com diferentes metodologias, porque os alunos aprendem de maneiras diferentes. É preciso consolidar conceitos matemáticos, promover métodos de aprendizagens no concreto e estabelecer a relação de co-

Cálculo do Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é calculado por meio dos dados de aprovação escolar, obtido todos os anos pelo Censo Escolar e as médias nas avaliações realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) por meio da Prova Brasil, que tem como base a proficiência em português e matemática. As provas são aplicadas no quinto e nono ano do Ensino Fundamental e terceiro ano do Ensino médio, a cada dois anos.

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EJA

Por Renata Bomfim

EJA: ENSINO MAIS PERTO DA PRÁTICA

Oportunidade de retomar os estudos e alinhar o ensino com o mercado de trabalho engaja alunos e fortalece a Educação de Jovens e Adultos

Kart elétrico é um dos projetos construídos pelos alunos da EJA nas aulas de robótica

Depois de ficar 35 anos longe de uma sala de aula, Dalto Rogério de Oliveira voltou a ser aluno do sexto ano aos 47 anos de idade. Desempregado, viu nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecidas pela Secretaria de Educação de Joinville, uma nova chance de retomar os estudos e buscar oportunidades no mercado de trabalho. Com uma nova proposta, os estudantes da EJA passam a ter aulas no Centro Educacional Social do Itaum (Cesita), com turmas nos três períodos: de manhã, tarde e à noite. De acordo com a técnica pedagógica, Deyze Zapelini Faust, ter essa modalidade de ensino em um único

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ambiente facilita todo o trabalho de uma equipe pedagógica. “Protagonismo é a nossa marca, pensando sempre em um trabalho diferenciado respeitando a heterogeneidade do público e oportunizando um espaço inovador de aprendizagem.” Dentro dessa mudança, este ano os alunos passaram a ter aulas de robótica no laboratório Join.Maker com os instrutores Udelson Duarte, Rosalia Vieira e Júlio Cesar Orige. Com menos de um mês de aula, os alunos já tiveram a oportunidade de construir um kart elétrico com material reciclável e reutilizável baseado na ideia de cidade sustentável. “Nada daqui vai para o lixo sem an-

tes consultar a gente. A proposta do kart abrange o conceito de cidades inteligentes, escola do futuro e mobilidade urbana”, comenta Rosalia. Na proposta da EJA, atividades no coletivo é uma das principais intenções. Além disso, estimular a criatividade, promover a integração das disciplinas e despertar nos alunos a capacidade de resolução dos problemas que estejam alinhados com a prática faz parte da proposta pedagógica. “Quando trabalhamos com algo concreto, a aprendizagem se dá de forma significativa e interativa e ajuda no raciocínio lógico aliado a integração humana”, destaca Deyze.


Por Renata Bomfim

O que é a EJA?

Destinada para o ensino de jovens, adultos e idosos, a EJA é uma modalidade de ensino que conta com o apoio do Governo Federal e é destinada para todas as pessoas que não terminaram o ensino regular dentro do período traçado. A Educação de Jovens e Adultos, dentro da proposta da Secretaria Municipal de Educação de Joinville, busca alinhar o ensino básico com a educação profissionalizante. “O plano de ensino está sendo repensado com o grupo de professores para a realização de uma proposta integrada que potencialize nossos espaços educativos”, concluiu Deyze Za-

pelini Faust, técnica pedagógica. As disciplinas da EJA também estão alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nessa modalidade, para que o aluno conclua o Ensino Fundamental pode levar até dois anos e o Ensino Médio 18 meses. É importante destacar que o Ensino Fundamental é destinado para jovens a partir de 15 anos e o Médio para maiores de 18. As provas para validação e que dão ao aluno o certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou Médio são realizadas pelas secretarias municipais ou estaduais de educação e a inscrição é gratuita.

Fotos: Renata Bomfim

Alunos de sexto e sétimo ano da EJA

Projetos desenvolvidos na EJA repensam sobre a ideia de cidade sustentável

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Educação financeira

Como começar a

investir?

Os passos para economizar e fazer o dinheiro render

Para iniciar um bom investimento, é preciso fazer algumas perguntas:

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Por que devo investir? Porque o dinheiro investido terá rendimentos maiores do que a inflação. Mas, então, por onde começar? Vem comigo que eu explico: Determine qual seu objetivo para fazer o investimento, este é o ponto mais importante. Em seguida, veja quanto irá começar a investir e conheça todos os tipos de investimentos. Uma dica para que você entenda qual o seu perfil investidor é procurar uma instituição financeira confiável para abrir sua conta bancária.


Por Neise do Nascimento

E agora, depois de ter feito todos os pontos indicados, qual a melhor aplicação para fazer o dinheiro render? A poupança, hoje, é um dos investimentos com menor rentabilidade (abaixo da inflação). No Tesouro Direto, pode-se iniciar com apenas R$ 100,00 e a rentabilidade é a taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) que trabalha as operações entre os bancos. Em resumo: um banco empresta dinheiro para outro banco com prazo de devolução de 24 horas. Essa taxa que é cobrada é utilizada para quem aplicar nesse título bancário. A vantagem de aplicar no Tesouro Direto é o baixo risco de perda de dinheiro, pois eles são emitidos pelo Governo do Brasil. Para quem tem acima de R$ 1 mil pode aplicar na LCI/LCA e o CDB que também usam a mesma taxa do CDI (quase 100% da CDI). Também é possível aplicar na Bolsa de Valores, mas este o risco é maior, pois são compradas ações de empresas que as colocam na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA) e, muitas vezes, podem ter lucro ou prejuízo. Atenção! Erros que não podem ser cometidos: Não conhecer qual seu perfil investidor. Não fazer um planejamento de investimento e depósitos frequentes. Achar que vai ficar rico da noite para o dia. Não ter conhecimento do mundo financeiro. Não saber diversificar as aplicações, já que o ideal não é aplicar tudo em um lugar só. O mercado oferece vários tipos de investimentos para todos os públicos, desde os iniciantes até os investidores com mais experiência. Segue uma dica importante para os iniciantes: apenas comece. Quanto mais cedo iniciar, mais cedo terá um bom patrimônio investido. Se você quer começar a investir, mas não sabe por onde começar, atenção: inicie por assistir vídeos gratuitos no YouTube que falem de bons investimentos, além de procurar por livros e revistas. Existem bancos que possuem conta com cursos de educação financeira, vale a pena procurar. O importante é ter um objetivo, iniciar e ter comprometimento nestas aplicações. Certamente, vai ser sucesso!

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galerias

ANA PAULA E MARIA

LARISSA E MILENA

CAMILA E EMILI

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MILENA, ANNA E LARISSA

GIAN, GUILHERME E GABRIEL

EDERZIO, YURI E MARCELO


Bom Retiro

Escola Municipal Avelino Marcante

ALICIA E ANA

GABRIELA, RENATA E KETLEN

Fotos: Foco Eventos

EMILI, ANA E CAMILA

GIOVANA, SARAH, ANA E MARIA

MILENA, LARISSA, ALICIA E ANNA

LARISSA

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galerias

RENAN, GUILHERME, CARLOS C. E CARLOS

CAROLINA, HELOISA E THAÍS

LUCAS E VINICIUS

JULIA, RAFAELA, DANIELY E ISABELE

CAROLINA

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SAMARA, STEPHANY E MARIA

FELIPE


Aventureiro

Escola Municipal Prefeito Wittch Freitag

HELOISA

ELEN, GABRIEL, TUANI E JAMILE

GABRIEL, SAMUEL E GABRIEL

Fotos: Foco Eventos

RENAN E CARLOS

MICHELY, RAFAELA, ISABELI E DANIELY

TUANI E JAMILE

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galerias

NATHALIA E IASMIN

FLAVIA, ANA, GIOVANA E PIETRA

LAYSE E ANA

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CAIO, ALISSON, JOÃO E VINICÍUS

JULIA E MARIA

RICARDO, MARCELO E MARCOS


Aventureiro

Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira

FLAVIA E ANA

RHIEN E DOUGLAS

Fotos: Foco Eventos

PIETRA E GIOVANA

JULIA, MARIA, DÉBORA E GIOVANA

PIETRA,FLÁVIA E ANA

CAMILI

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galerias

LINDA, SOPHIA E RAYSSA

RAYSSA E BIANCA

SOPHIA

THAMIRES, DAYANI, BIANCA E RAYSSA

DAYANI

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BRUNA, JULIA E STEPHANY

LEONARA


Aventureiro

Escola Municipal Vereador Curt Alvino Monich

BRUNA E AMANDA

AMANDA, SOPHIA, LINDA E CAROL

DAYANI E LINDA

LINDA E RAYSSA

Fotos: Foco Eventos

AMANDA E EDUARDO

EDUARDO, PÂMELA E EVILYN

PÂMELA, AMANDA E EVILYN

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galerias

GESIANE

MARIA E ANA

GABRIEL

DANIELE

CAINAN

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ROBERTA


Morro do Meio

Escola Municipal Doutor Ruben Roberto Schmidlin

DAFINI

JOÃO

Fotos: Foco Eventos

JOÃO E CAINAN

ROBERTA, DANIELE E DAFINI

ROBERTA, MARIA E DAFINI

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saideira

Por Lucas Inácio

Qual é a

música?!

Vocês conhecem alguém que não gosta de música?! Estou tentando puxar aqui na memória e não consigo lembrar de alguém que eu conheci e não gostasse de música. É louco pensar como esse é um elemento essencial da nossa vida e que muitas vezes não nos damos conta, tal qual uma trilha sonora de filme de terror que começa baixinha ao ponto de se confundir com um ruído, aos poucos ganha corpo nos deixando apreensivos e trancando a respiração até que – BUHHH – vem o susto e todo nosso ar sai todo de uma vez. Acho que é assim que a música funciona na nossa vida de forma geral, muitos momentos marcantes voltam à nossa memória com alguma canção de fundo. No caso dos músicos, o envolvimento fica ainda maior. O conjunto organizado de sons que une harmonia, melodia e ritmo passa a papel de protagonista e se torna um assunto constante, com direito a muito estudo sobre o tema e, eventualmente, a profissão. Mas vou parar com a palestrinha teórica porque a música é muito, mas muito mais do que só música. Ao andar na rua a gente ouve diversos estilos musicais apenas observando pessoas: seja alguém de calça jeans, camisa xadrez para dentro da calça com um cinto de fivela grande; ou uma pessoa de short (mesmo se fizer zero grau), tênis esportivo, óculos espelhado, sobrancelha feita e cabelo milimetricamente desenhado; ou alguém vestindo o máximo de roupas pretas possíveis de alguma banda, lápis preto no olho e unha

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pintada também de preto. Não precisa ser uma Marie Curie para saber que a grande maioria das pessoas pensou em sertanejo, funk e rock, né?! É fascinante como a música é um elemento social presente das roupas ao comportamento de cada um e não tem uniforme que esconda isso, pois ela sempre vai dar um jeitinho de aparecer, até no lugar em que cada um senta na sala. Não faz muito tempo que o fundão era da galera do pagode e até rolava uns batuques na mesa de vez em quando – eu sei porque eu também era do fundão e do pagode, mas eu juro que não batucava na aula. O curioso é que tudo isso que a gente falou até aqui cai por terra a toda hora, ainda mais na era dos streamings em que milhões de faixas de todos os estilos musicais possíveis estão à disposição. Numa dessas, aquele ou aquela crush que você jura que está ouvindo Shawn Mendes está com Luiz Gonzaga no fone e não tem problema nenhum, pelo contrário, é muito bacana. Seja pop ou “de raiz”, nacional ou internacional, com mais de quarenta acordes ou apenas dois, música é mais que um conjunto de sons que une harmonia, melodia e ritmo. Pouco importa se os influencers, críticos ou pessoas próximas tentem impor regras sobre qual gênero é bom ou não, a música traz um pouco de cada um de nós. Quase todo mundo tem um estilo que não gosta, mas respeitar o gosto musical é respeitar as pessoas, inclusive as que não gostam de música.


PREOCUPADA COM A LOCALIZAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO

A sua principal campanha está atrelada ao vestibular com a mensagem “Revolucione seu mundo”. Focada na transformação das cidades onde entra, acaba sendo referência nas mais de 200 cidades que atua, seja com a graduação ou com a pós-graduação, revolucionando verdadeiramente as regiões.

A Faculdade Censupeg, uma das mais de 40 instituições de Joinville, teve como referência para seu ambiente virtual de aprendizagem bases de Harvard que atuavam com diversas metodologias inovadoras em sala de aula. Participando do seleto grupo de instituições de ensino superior que focam na experiência de aprendizagem do aluno. Acompanhando a evolução do Grupo Censupeg, iniciou-se um processo de internacionalização onde a priori, a Faculdade arquitetou um de seus prédios mais modernos. Mesmo que historicamente o diferencial sempre foi baseado nas pessoas, em Joinville, a faculdade conseguiu trazer toda a sua qualidade para um prédio robusto e minimalista, com as peculiaridades da cidade externamente, e com a tecnologia do mundo acadêmico em seu interior. Na figura do Professor Fernando Novais da Silva, atual Gestor da Faculdade em Joinville, o Grupo Censupeg fez uma imersão na Finlândia, o que auxiliou no desenho e auto padrão arquitetônico desse prédio e na atualização de metodologias e estratégias de ensino. O professor alega que tem mais de 30 vagas direcionadas para o PROUNI e faz questão desses estudantes na Instituição pois eles aumentam o nível dos estudantes e puxam a média para cima. Quanto mais melhor! A IMERSÃO NA FINLÂNDIA A Finlândia é considerada, como: • 1º país do mundo em Qualidade de Vida (Social Progress Index, 2016); • 1º país do mundo em Potencial de Capital Humano (Human Capital Report, 2016); • 2º pais mais justo do mundo para crianças (Unicef, Office of Research, 2016); • 2º país do mundo em Desempenho de Graduados (Education at Glance, OCDE, 2016); • 4º país mais seguro do mundo (Safe Around, 2018); • 4º país com a maior liberdade de imprensa do mundo (Word Press Freedom Index, 2018). E qual seria o segredo, segundo os próprios finlandeses? A EDUCAÇÃO. Estive em Tâmpere, a terceira mais populosa cidade da Finlândia, com o objetivo de iniciar o desenvolvimento de um projeto educacional em parceria com a TAMK (Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere) a ser executado aqui, em Joinville, na Faculdade Censupeg e já está sendo um sucesso! Por Fernando Novais da Silva

Av. Juscelino Kubitschek, nº 627, Centro - Joinville/SC 47 9 9990 2574 | 3032 6198 - joinville@censupeg.com.br www.revolucioneseumundo.com.br



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