Its Teens Joinville - 15

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www.portalits.com.br | edição 15

EDUCAÇÃO

CEI É DESTAQUE EM SUSTENTABILIDADE

WIFI

CATARINENSES NO FIFA 17 CULTURA POP

Revista Its Teens Joinville 2016 | R$ 9,80

OLD IS COOL




conteúdo EDIÇÃO 15

14 24

AMIGOS DO RIO

AABB COMUNIDADE

18 CAPA

4

GALERIAS

32

8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

Aquela “velha” história de que tudo aquilo que é bom não envelhece, mas se torna clássico, e quem é rei (ou rainha!) nunca perde a majestade, no fim das contas é verdade. Dá uma conferida no Cultura Pop e comprove a teoria.

Os catarinenses vão brilhar no FIFA 17, mas caso você não curta futebol, fica ligado no computador que cabe no seu pulso, ou arrase com um app Prisma. Se nada te convencer, sonhe em possuir o Pokémon Go Plus, aparelhinho incrível para os caçadores de plantão.

“MÃE, EU ASSISTI UMA OLÍMPIADA” – o Lucão, nosso repórter, desembarcou no Rio para acompanhar as olimpíadas. E se você, assim como nós, já está com saudade do espírito olímpico, vem com a gente relembrar as aventuras do Lucas na cidade olímpica.

14 | AMIGOS DO RIO

18 | MATÉRIA DE CAPA

28 | SUSTENTABILIDADE

Logo que chega à Escola Municipal Anita Garibaldi, João Vitor Hennieg Senci, de apenas 10 anos e aluno do 5º ano, faz questão de reparar na cor da água do rio naquele dia. Isso porque a escola é rodeada pelo rio Jaguarão e, devido a isso, o Comitê Cubatão Cachoeira Joinville (CCJ) trabalhou com os alunos por cerca de três meses o projeto de educação ambiental “Amigos do Rio”.

Imagine que em um dia normal de aula você e sua turma recebem uma carta impressa. No papel, as palavras lhe contam uma situação problema próxima de vocês. “O que fazer?” “Como agir?” “De que forma lidar?”. Esses foram alguns questionamentos da galera que participaram do projeto Ilhas de Racionalidade

O Centro de Educação Infantil (CEI) Alegria de Viver, no bairro Paranaguamirim, é destaque de sustentabilidade com uma casa construída com 3.500 garrafas pet, que está sendo revitalizada de uma forma diferente: com recursos disponíveis do ambiente e prontos para serem utilizados de forma pedagógica.

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12 | ESPORTE


EXPEDIENTE

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Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 redacao@portalits.com.br

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editorial Salve, galera!

Migos, seus loucos! Olha nós aqui novamente! Tudo certinho com vocês?

Esse mês foi uma baita correria aqui na redação, tudo para produzir e contar histórias e iniciativas inspiradoras encontradas nas escolas de Joinville. Aproveite cada projeto selecionado esse mês e lembre-se sempre que nós acontecemos graças à criatividade e empenho de vocês para fazer da escola um lugar inesquecível. Essa foi a sensação que eu tive ao entrevistar o pessoal que ralou e fez do “Ilhas de Racionalidade” um grande projeto. Da mesma forma, tivemos o mesmo sentimento ao encontrar o pessoal do Amigos do Rio e do ABB Comunidade. E o que falar da galerinha que construiu uma casa toda sustentável? É de deixar qualquer um de queixo caído! Curta essa edição, compartilhe com os seus amigos e faça desses últimos meses na escola os melhores. Até mês que vem, Beijos

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: The Black Eyed Peas - #WHERESTHELOVE ft. The World Lily Allen - Somewhere Only We Know Galantis - Runaway (U & I) Maiara & Maraisa - 10% Tiago Iorc – Bang

JÉSSICA STIERLE

OS CULPADOS

CULTURA POP

WIFI

MATÉRIA DE CAPA

SAIDEIRA

HAZIEL SCHNEIDER

LUCAS INÁCIO

RENATA BOMFIM

VANESSA ESTEVES



Por Haziel Schneider,

CULTURA POP

18 aninhos punindo malfeitores em nome da Lua, estudante de Publicidade e Propaganda, fissurado por cultura pop

Aquela “velha” história de que tudo aquilo que é bom não envelhece, mas se torna clássico, e quem é rei (ou rainha!) nunca perde a majestade, no fim das contas é verdade.

NINTENDINHO

Em julho a Nintendo anunciou que o NES, o clássico dos anos 80, será relançado em breve como uma réplica quase idêntica à versão original. Terá controles USB e 31 joguinhos na memória. E o preço será super acessível, cerca de 60 dólares.

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POKÉMON GO

A grande novidade do ano, de longe, foi que uma das franquias mais bem sucedidas de todos os tempos (também da Nintendo) resolve inovar o cenário dos jogos e aplicativos para celular. Pokémon Go, em 2016, teve o mesmos efeito que o anime, em 1999: Se tornou uma febre instantânea. O jogo em menos de um dia, aqui, já ocupava as manchetes dos principais jornais e levava para as ruas pessoas de todas as idades em busca dos monstrinhos.

STRANGER THINGS

A nova série original da Netflix e queridinha de todos, que se passa nos anos 80 e gira em torno de um clima de mistérios e investigaçoes, também é um poço de referências à filmes, seriados e personagens da década de ouro, com um bônus de ter no elenco as crianças mais fofas do mundo.

A FORÇA DAS GIRLBANDS

Quem sente falta de grupos femininos como Destiny’s Child, Girls Aloud, The Pussycat Dolls e SONHA com a possível volta das Spice Girls, pode ao menos sentir o gostinho de como era viver isso, com os novos girlgroups que tomam conta da cena. Little Mix e Fifth Harmony estão cada vez mais conquistando espaço e trazendo a hype das girlbands de volta, mostrando que as meninas mandam muito bem juntas, sim!

IT’S BRITNEY, B!

Muitos fãs de Britney reclamavam que a cantora já não tinha mais a mesma empolgação com seus lançamentos, tendo em vista o mau desempenho e divulgação de seus últimos trabalhos. Mas a princesinha do pop fez jus ao nome de seu mais novo álbum, GLORY e nos provou que aquela garota ousada que dançava com cobras no pescoço e performava com a Madonna no VMA, está vivíssima!

GIRLS IN THE HOUSE & DISK DUNNY

Quando você pensa que o ser humano chegou no ápice da criatividade fazendo vídeoclipes e personagens bizarros no clássico The Sims, eis que alguém tem a ideia GENIAL de fazer uma série e spin off com “personagens” do jogo, trazendo a carismatica Dunny contado os casos do mundo pop de um jeito divertido, com participações de personas polêmicas como Kanye, Taylor, Britney, Katy e até Beyoncé. Três temporadas já estão disponíveis no youtube, gratuitamente, e a produção é brazuca! Repleto de diálogos ácidos, humor súbito e trazendo até discussões sociais, a série é um reflexo do que os jovens mais buscam ler nas redes sociais, com aquele toque especial do entretenimento.

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WIFI

Por Lucas Inácio

CATARINENSES NO FIFA 17 No fim de setembro, será lançado oficialmente o FIFA 17 e com a presença de vários times da Série A do Campeonato Brasileiro. Chapecoense e Figueirense, os dois representantes de Santa Catarina na elite do futebol brasileiro, estão confirmados. Times tradicionais, como a dupla mineira Atlético e Cruzeiro, a dupla GreNal, os paulistas Palmeiras, São Paulo e Santos, além de Botafogo e Fluminense. Mas as grandes ausências do jogo são Flamengo e Corinthians. As duas maiores torcidas do país fecharam direito de imagem com o Pro Evolution Soccer 2017, concorrente direto do FIFA. Na boa, quem precisa deles quando se tem Chape e Figueira?!

NOVIDADES TECH Se liga nas dicas da equipe its.

FILTRO NO VÍDEO

O aplicativo Prisma é super conhecido entre os amantes de filtros de foto. Quem gosta de texturas, cores e outros efeitos em suas imagens tem que ter esse app no seu celular, afinal de contas, ele dá um banho nos filtros do Instagram. Depois de se jogar ao mundo mágico do Android (antes exclusivo para iOS), o Prisma vai ganhar a função de filtros para vídeos, mas ainda não sabemos quando. “Algumas semanas” é o que diz a empresa que desenvolve o aplicativo, ou seja, o negócio é esperar.

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NÃO DÁ MAIS PARA REBOBINAR Talvez vocês não conheçam o verbo acima, mas “rebobinar” era uma das coisas mais importantes a se fazer após assistir um filme até os anos 90, e quem não o fizesse pagava multa ao entregar o VHS na videolocadora. Estamos falando disso porque a última fabricante de videocassete do mundo, a japonesa Funai, vai parar de produzir o aparelho. Demanda ainda existe, mas o único fornecedor de uma peça essencial vai parar de produzi-la, o que forçou a Funai a encerrar a produção. Era uma vez o videocassete.

SENTA E VOA, MEU FILHO

Imaginem uma poltrona super confortável, daquelas que a gente vê em shopping, voando pelo meio da cidade. Na verdade só dá para imaginar, mesmo, porque essa poltrona ainda precisa de ajustes para sobrevoar partes habitadas, mas ela existe. Por meio de oito hélices e usando combustível fóssil, o canal do Youtube Amazing DIY projects desenvolveu o projeto, que conta com uma série de 12 vídeos. Quando vão chegar ao ponto de vender, isso a gente não sabe, mas não se espante caso veja um sofá voando por aí.

COMPUTADOR DE PULSO QUE CABE NO BOLSO

A empresa chinesa Mobvoi pretende deixar o mercado de smartwatchs (relógios espertos, em uma tradução literal) mais acessível. O Ticwatch 2 é um relógio de pulso com frequência cardíaca, rastreador de passos, GPS e até uma função para telefonemas e alertas de notificações. O aparelho tem sistema próprio, mas aceita tanto Android quanto iOS. Possui quatro opções de cores e pulseiras de silicone, couro ou metal, o que faz variar os preços de US$ 99 a US$ 300. Até cabe no bolso, mas só se for dos pais.

RASTREADOR DE POKÉMON

Setembro é o mês do Pokémon Go Plus chegar às lojas, ou pelo menos foi isso que a Nintendo anunciou. O aparelhinho pode ser usado como relógio de pulso, no bolso ou preso como um clipe e vai deixar muito mais fácil a tarefa de capturar os bichinhos do aplicativo febre por aí. Ele vibra e acende quando um pokemon ou item do jogo está por perto, o que deixa o jogador bem menos dependente do smartphone, já que você só vai precisar usar na hora de capturar. O custo vai ser de 35 dólares, mas aqui no Brasil, nem o Ash sabe.

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Por Lucas Inácio lucasinacio.jor@gmail.com

ESPORTE

#itsport Se vocês estão lendo essa coluna já deve saber todas as coisas boas que o esporte traz. Diferente do que muita gente acha, o esporte está longe de ser um alienador das massas e aquele papinho de pão e circo não cola mais. Claro que tem gente que prefere acreditar nesse mundo e fechar os olhos para o resto, mas aí vai de quem não consegue enxergar além do que é apresentado nas quadras, campos, pistas, piscinas e outros locais de prova. Mas aí, isso já não é culpa dos esportes. Como diria o jornalista escocês Andrew Jennings em seu livro Jogo Sujo (em que ele mostra os bastidores corruptos da FIFA), “o esporte pertence ao povo. É parte da nossa cultura, do cimento social que mantém a coesão da sociedade.” Foi a melhor definição que já li para explicar o que é esporte. E a melhor que eu vivi, foi estar em uma olimpíada!

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Foram nove dias sentindo o gosto do maior evento esportivo do planeta. Não à toa, o planeta estava aqui. Bandeiras, bonés, camisas broche ou até mesmo o olhar perdido em um país desconhecido indicavam: “eu não sou brasileiro”. Entre os brazucas, eram os sotaques que evidenciavam: “eu não sou carioca”. E dessa forma, o tal cimento social que Jennings falou, unia as pessoas. Foi uma aula de todas as disciplinas possíveis. Para tentar reconhecer as tantas bandeiras existentes naquela cidade, tive que relembrar muito das aulas de geografia. Língua estrangeira era a única forma de conversar com tantas pessoas de tantos lugares (eu nunca falei tanto inglês na minha vida). Em meio aos papos, cada um trazia e contava um pouco da história de seu país consigo. Biologia ao tentar desvendar como pessoas de países distantes são tão pare-

cidos fisicamente. Usei muita matemática fazendo contas para controlar o dinheiro (e dá-lhe comida congelada). Um pouco de física para tentar entender como aquela jogadora deu aquele passe ou como aquele jogador fez aquela cesta. E química... bem, na verdade nunca foi minha melhor disciplina, mas estava lá de alguma forma que eu não reconheci. O fato é que tinha de tudo. Educação física, artes, música, filosofia e sociologia também estavam presentes. E a língua portuguesa foi usada para escrever cada matéria minha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, incluindo essa. Mas confesso que é difícil descrever o que é estar em um evento desses. O que eu posso dizer, com certeza é: vocês tem que viver isso. Até porque Tóquio nem é tão longe assim, né?!

Fotos: Ana Cristina Zandavalle - Divulgação

MÃE, EU ASSISTI UMA OLIMPÍADA


As verdadeiras MENINAS SUPERPODEROSAS Foram mais de 10.500 atletas competindo em 42 modalidades nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Em uma competição tão difícil, é importante trabalhar a parte psicológica, conhecer o ambiente grandioso dessa competição e saber como lidar com isso sem se desconcentrar, coisas que a experiência traz. Mas nem sempre isso é necessário, por isso, vamos contar a história de alguns jovens atletas que brilharam na Rio 2016.

QIAN REN (China, Saltos Ornamentais) – 15 anos

KATIE LEDECKY (EUA, Natação) – 19 anos

YANA KUDRYAVTSEVA (Rússia, Ginástica Rítmica) – 18 anos

Quando a gente tá no 1º ano, tudo o que a gente quer é ganhar da galera do terceirão. Pois é, a chinesa Qian Ren sabe o que é isso e em uma olimpíada. A favorita para a prova de plataforma de 10 metros era Yajie Si, também chinesa, de apenas 17 anos. Isso já seria um feito para estar nessa matéria. Mas a compatriota dois anos mais nova fez uma apresentação impecável e levou o ouro nessa prova dos Saltos Ornamentais. Qian Ren fez 439,25 pontos, vinte a mais que a Yajie, que ficou com a prata. Qian foi a medalhista mais jovem da Rio 2016.

Das piscinas vem mais um fenômeno jovem da natação. Ledecky já tinha uma medalha de ouro que conquistou em Londres com apenas 15 anos, mas voltou para casa com mais 4 ouros, 1 prata e dois recordes mundiais nas provas de 400 e 800 metros nado livre. Aliás, Katie destroçou o antigo recorde. Sabe aquela linha amarela que marca o recorde mundial? Ela ficou um corpo a frente da linha nos 400 metros. Simplesmente sensacional.

Da outra ginástica vem o nosso outro destaque. Yana ficou apenas atrás da compatriota Margarita Mamun e levou a prata na competição individual geral. Ela é tricampeã mundial e conquistou seu primeiro título com apenas 15 anos (a mais nova na história). Chegou querendo o ouro e era favorita para tal, mas uma medalha de prata olímpica não é demérito nenhum para uma jovem e brilhante atleta que tem tudo para dar a voltar por cima em 2020.

SIMONE BILES (EUA, Ginástica Artística) – 19 anos As lendas Michael Phelps e Usain Bolt se despediram das Olimpíadas no mais alto nível. Biles fez sua estreia com 4 ouros e 1 bronze se mostrando como a nova lenda do esporte e já considerada por muitos como a maior ginasta de todos os tempos. Perguntada por um jornalista se ela seria a nova Phelps ou Bolt do esporte, ela respondeu: “não, eu sou a 1ª Simone Biles”. Resposta precisa e brilhante como sua participação na Rio 2016. Como se não bastasse, a menina ainda teve a honra de conhecer de perto seu ídolo, o ator Zac Efron. O cara apareceu no Rio especialmente para conhecer e agradecer a menina pelas medalhas conquistadas. Massa né? Que venha Tóquio, mais medalhas e surpresas. 13


EDUCAÇÃO

Por Renata Bomfim

Amigos do Rio E AGENTES DA PRESERVAÇÃO

Alunos que participaram das oficinas com o rio Jaguarão ao fundo

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Fotos: Renata Bomfim

Logo que chega à Escola Municipal Anita Garibaldi, João Vitor Hennieg Senci, de apenas 10 anos e aluno do 5º ano, faz questão de reparar na cor da água do rio naquele dia. Isso porque a escola é rodeada pelo rio Jaguarão e, devido a isso, o Comitê Cubatão Cachoeira Joinville (CCJ) trabalhou com os alunos por cerca de três meses o projeto de educação ambiental “Amigos do Rio”. Com o objetivo de formar agentes multiplicadores sobre os cuidados com o rio e com o meio ambiente, os alunos que participam do “Mais Educação” - programa que busca desenvolver atividades no contraturno - tiveram a oportunidade de se envolver nas oficinas oferecidas por alunas da Universidade da Região de Joinville (Univille). Para Vitor Adriano de Campos Barbosa, que tem oito anos e está no 3º ano, dois pontos são essenciais para saber se o rio está limpo. “A água precisa estar sem cor, transparente, e não pode ter cheiro”, relembra. “Durante as oficinas, nós analisamos a água do rio e a água da torneira. Com isso percebemos que a água que coletamos do rio tinha cor, sujeira e um cheiro muito ruim.”

Alunos que fazem parte do Programa Mais Educação participaram das oficinas oferecidades pelo Comitê Cubatão Cachoeira Joinville

A sujeira analisada na água vem da falta de cuidado e consciência das pessoas, como bem observou o pequeno Lucas Piper Budal, 7 sete anos, aluno do 2º ano. “Um dia, eu vi uma pessoa jogando lixo no rio e eu disse que ela estava poluindo”, alertou. “Mas ela não deu importância e jogou mesmo assim”. Para aquela sujeira que ele viu ser jogada no lixo não pôde fazer muita coisa, a não ser repensar as suas atitudes. “Depois

que eu participei da oficina, eu passei a separar o lixo reciclável na minha casa em quatro caixas: papel, vidro, lata e plástico. E se alguém esquecer, eu vou lá e lembro”. Ao final dos três meses de oficina, cada aluno recebeu um certificado de “Amigo do Rio” e a missão de repassar a consciência ambiental não só para os colegas em sala, mas para além do portão da escola.

É HORA DE RECICLAR

Nem tudo que você descarta no lixo comum precisa, necessariamente, ter o mesmo fim. Além do lixo orgânico, existe o lixo que é reciclável e se diferencia dos outros porque apresenta propriedades físicas e químicas diferentes. Sendo assim, reciclar nada mais é do que reaproveitar matéria-prima para a produção de novos produtos. Para fazer a separação correta dos materiais, existem lixeiras diferenciadas por cores, da seguinte maneira: a azul serve para os papéis; a verde, para os vidros; na vermelha, vão os plásticos; na amarela, ficam metais, e a marrom acondiciona o lixo orgânico. Também existem lixeiras brancas para os lixos hospitalares; roxas para os materiais radioativos; laranjas para resíduos perigosos e pretas para descarte de madeira. Quando você cria essa consciência de reciclagem, automaticamente ajuda a melhorar a qualidade de vida da sociedade, reaproveita o material e diminui o acúmulo de resíduos, além de contribuir para a consciência ecológica das pessoas ao seu redor. Mas além dessas vantagens de uma atitude tão simples, tem uma que se destaca e é muito importante: a responsabilidade socioambiental. Você sabia, por exemplo, que o vidro leva, no mínimo, 4.000 anos para se decompor? É tempo, não é mesmo? Por isso é tão importante tomar a iniciativa de reciclar, ou, quem sabe, aumentar o ciclo de vida do material e dar novas formas, como usar o material para produção de artesanato.

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Parte dos novos agentes e amigos do rio da Escola Municipal Anita Garibaldi

DICAS PARA CONSUMIR ÁGUA SEM DESPERDÍCIO

A água que você desperdiça não tem mais volta e, nessa história, quem sai perdendo somos nós e a natureza. Mas nunca é tarde para mudar de hábito e, além de garantir economia na conta de água, cooperar e ajudar o meio ambiente. Veja como você pode ajudar: • Feche a torneira toda vez que for escovar os dentes e só abra quando for enxaguar a boca; • Antes de lavar a louça, limpe todos os pratos e panelas e jogue os resíduos no lixo; • Reaproveite a água da máquina de lavar (ou até mesmo da chuva) para lavar calçadas; • Fique de olho e verifique se há vazamento em canos da sua casa e não deixe a torneira pingando. • Diminua o tempo no banho.

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CAPA ESPORTE

OS ALUNOS DAS ESCOLAS THEREZA MAZZOLLI E NAVARO LINS TIVERAM A OPORTUNIDADE DE VIVENCIAR O PROJETO ILHAS DE RACIONALIDADE

18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Por Jéssica Stierle jessica.stierle@hotmail.com


UM MUNDO DE CONHECIMENTO

NA PALMA DAS MÃOS Conheça o projeto Ilhas de Racionalidade que trabalha a teoria na prática

Professor Felipe Rodrigues

Professor Adilson Lipinski

Professor Rafael da Silva

Professora Katia

Mtzler

Imagine que em um dia normal de aula você e sua turma recebem uma carta impressa. Um situação bem diferente em tempos de WhatsApp, né? No papel, as palavras lhe contam uma situação problema próxima de vocês. “O que fazer?” “Como agir?” “De que forma lidar?”. Esses foram alguns questionamentos da galera das escolas municipais de Joinville que participaram do projeto Ilhas de Racionalidade, desenvolvido em parceria com a UDESC (Universidade de Santa Catarina). A proposta foi lançada durante um curso de capacitação para professores da rede municipal da cidade, com a intenção de trabalhar a interdisciplinaridade em sala de aula. A abordagem da metodologia do projeto é defendida por um cara chamado Fourez. Ele acredita que a alfabetização remete também a mão na massa, usando os nossos conhecimentos científicos e tecnológicos. O que isso quer dizer? Que podemos discutir e resolver problemas usando o que adquirimos na escola. Como? Por meio da autonomia em aprender, em se comunicar e ao dominar um determinado assunto. Essa salada de informações foi aplicada em algumas unidades de ensino de Joinville com a ajuda de professores muito parceiros. Eles colocaram em prática a teoria, e o resultado dos trabalhos foi surpreendente, segundo o professor de geografia da escola Thereza Mazzolli Hreisemnou, Rafael da Silva. Para provar a ação e a reação do que foi feito, a @revistaits foi até duas escolas conferir o que foi desenvolvido! E o resultado? O profe Rafa tinha razão!

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TEMPESTADE DE IDEIAS Separadas no mapa da cidade por cerca de 12 km - de carro, essa quilometragem se converte em um pouco mais de 20 minutos de estrada -, fomos conhecer os alunos da escola municipal Thereza Mazzolli Hreisemnou, do bairro Jardim Paraíso, e os estudantes do bairro Comasa, da escola Navarro Lins. As duas unidades contaram com o projeto Ilhas de Racionalidade e desenvolveram iniciativas incríveis. Em todas as turmas em que a ideia foi desenvolvida, os alunos disseram terem se surpreendido quando os professores iniciaram a aula com a entrega de uma carta. Alguns até levaram a sério, não acharam que elas tinham sido boladas pelos profes. No bairro Comasa, a situação problema recebida estava centralizada na importância dos manguezais encontrados próximos à unidade escolar. No Jardim Paraíso, a galera teve que lidar com a situação do lixo industrial produzido nas redondezas da cidade. Já com o problema em mãos, os estudantes se dividiram em grupos e deixaram os questionamentos surgirem. Uma tempestade de ideias, dúvidas e curiosidades apareceu e tudo foi registrado para, a partir da união de três matérias curriculares, diagnosticar as possíveis soluções para as tretas identificadas.

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Galera da escola Thereza Mazzolli apresentando a pesquisa para as turmas

HISTÓRIA + GEOGRAFIA + CIÊNCIAS =

MUDANÇA

A tempestade de ideias fez surgir milhares de pontos de interrogação na cabeça dos alunos, mas, com a ajuda da interdisciplinaridade proposta pelo moço Fourez, o pessoal começou a compreender melhor os assuntos, e o que era dúvida se transformou em certeza de informação e conhecimento. Na escola Navarro Lins, o processo gerou a questão centralizada em de que forma a comunidade escolar poderia colaborar com a conscientização da população do bairro quanto à importância do ecossistema do manguezal. Os alunos contaram com aulas de ciências voltadas ao ecossistema do local, tiveram uma baita explicação acerca do desenvolvimento do bairro sobre o mangue e ainda trabalharam a cartografia da região da Baía da Babitonga, ressaltando a presença dos rios nesse processo. No bairro Jardim Paraíso, o lixo industrial foi o ponto central para o trabalho desenvolvido pelos alunos da escola Thereza Mazzolli. Para entender melhor o tema, o professor de história Adilson Lipinski passou para as turmas o filme “A história das coisas”, dentro do conteúdo da 2ª revolução industrial. Incentivados pelo professor Rafael, a garotada leu artigos e pesquisou em sites sobre o assunto para entender melhor como o processo de descarte do lixo acontecia. Em ambas as escolas, as turmas trabalharam na base da busca pelo conhecimento e do autoquestionamento. O professor Adilson relatou que toda a iniciativa trabalhada tornou-se uma grande troca de experiências entre os professores e alunos. “Resultou em uma responsabilidade e independência acadêmica dos alunos, já que eles eram responsáveis por buscar formas de responder seus próprios questionamentos”.

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Visita Escola Thereza Mazzoli ao aterro sanitário e terraplanagem

PESQUISA DE

CAMPO Para conhecer de perto os assuntos abordados nas pesquisas, os alunos das duas escolas realizaram pesquisas de campo. As turmas saíram dos muros da escola à procura de respostas para aquelas perguntas que surgiram durante a tempestade de ideias. Na Navarro Lins, a Giulia Anacleto, aluna do 7º ano, conta que um dos momentos mais legais do projeto foi o encontro de gerações que a turma teve com os moradores mais antigos do bairro. “Para entender melhor a importância do mangue, e como aconteceu o desenvolvimento do bairro, entrevistamos pessoas que viviam há mais de 40 anos na região. Eles tinham muitas histórias legais que nos ajudaram a deixar de lado um pouco o preconceito que tínhamos com o mangue”. Além disso, os alunos da Navarro arrecada-

22 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

ram dinheiro e visitaram a Baía da Babitonga. Lá eles contaram com a ajudinha do biólogo Diogo Augusto Moreira, do Instituto Comar, para responder a todas as perguntas anotadas. O passeio fechou o trabalho de pesquisa de uma forma muito especial, porque eles tiveram a oportunidade de ver de perto tudo o que haviam pesquisado nos grupos. As questões do lixo industrial foram vistas de perto pela galera da escola Thereza Mazzolli em uma visita ao aterro sanitário e terraplanagem. Lá os alunos tiveram a oportunidade conversar com engenheiros ambientais e compreender melhor o descarte dos materiais que o local recebe. Esse processo foi o que mais chamou atenção da Samara Nazaro, do 7º ano da escola. “Eu não sabia das várias etapas que o lixo gerado passava até ser descartado; ver isso foi muito legal”, explicou.


THE END...

Com todo o conhecimento absorvido depois de leituras, dados e passeios, os grupos se reuniram para montar o produto final da pesquisa. As duas unidades escolares trabalharam com a apresentação de folders produzidos pelos grupos diante das questões solucionadas. Além da distribuição dos folhetos informativos, a galera também apresentou a pesquisa para outras turmas. Para o professor de

ciências da escola Navarro Lins, Nivaldo da Veiga, a última etapa foi uma das mais gratificantes. “O que aprendemos na faculdade passamos para eles, mas dessa vez foi diferente, eles se sentiram donos das informações, eles foram os professores”. Essa percepção do profe se afirma quando o Vinicios Cardoso concorda dizendo que se sentiu importante ensinando algo que pesquisou a alguém.

TO BE CONTINUED

Galera posando com o material criado

Depois de meses envolvidos na pesquisa, eles sabem bem que o aprendizado interdisciplinar trouxe a todos experiências memoráveis. A conscientização já existe, agora o que eles querem é multiplicar o que foi aprendido para que os dois temas trabalhados possam refletir em preservação e cuidado ambiental. No final das contas, a teoria das Ilhas de Racionalidades prova aquilo que podemos observar nos alunos. Quanto mais nos questionamos, mais fazemos a diferença. Quanto mais fazemos a diferença, melhor o mundo será. #ValeuFourez

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AABB

Por Renata Bomfim

PROGRAMA

AABB

COMUNIDADE

completa 11 anos em Joinville 24 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Desde que Joinville recebeu o Programa de Integração AABB Comunidade, os alunos que estudam em escolas da rede municipal de ensino são privilegiados com atividades socioeducativas que integram família, escola e comunidade.


Alunas na aula de natação

O programa atende crianças e adolescentes e, aqui na cidade, duas escolas são escolhidas por ano para participar, sendo selecionados 50 alunos de cada escola, totalizando 100 crianças que recebem a formação dos educadores sociais. Neste ano, as escolas municipais Enfermeira Hilda Anna Krisch, no Jardim Iririú, e Prefeito Wittich Freitag, no Aventureiro, foram contempladas. Cuidado socioambiental, esportes e jogos, natação, arte e comunicação, xadrez e música são as atividades desenvolvidas com as crianças na própria AABB, no bairro Saguaçu, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, no período matutino, das 8h às 11h. O programa é totalmente gratuito, incluindo transporte e uniformes. Para a coordenadora da iniciativa, Clau-

deli Ana Braz, o programa serve para mostrar aos alunos outro caminho além daquele que seja de risco. “Aqui, as crianças têm vivências que despertam habilidades em áreas que, talvez, eles não saibam que podem ter futuro. Aqui é um novo caminho que eles têm para descobrir”, comenta, emocionada pelo amor que tem ao programa. Hemyly Gabrielli Vieira, 10 anos, já está antecipando a saudade que sentirá quando o programa terminar, no fim do ano. “Quando eu não consigo vir, porque vou ao médico, eu fico triste. É muito legal estar aqui”, confessa, ao lembrar que nos primeiros dias em que começou a participar, ficou menos tímida porque conhecia o professor de natação.

Fotos: Renata Bomfim

Alunas na oficina de xadez e cuidado socioambiental

Alunos na oficina de Arte e Comunicação

Meninos participam da oficina Esportes e Jogos FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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Timidez que também é trabalhada com os alunos na oficina de artes e comunicação, com a professora Tania Graciele Belo. “Eu trabalho com as crianças a parte textual, mas também a oratória”, relata a professora. “No início, as crianças chegam tímidas, mas com as atividades em que eles precisam se apresentar e estar de frente para um público, eles melhoram. É como se eles fossem quebrando o medo.” A forma como as atividades são trabalhadas com os alunos faz ligação direta com o que trabalham em sala de aula, como é o caso do Pedro Aparecido de Cais, 11 anos. “Eu sentia muita dificuldade em língua portuguesa e o meu professor na escola em que estudo percebeu a minha melhora nos textos em que escrevo”, comemora. “Agora eu me sinto mais confiante.”

Equipe pedagógica com as crianças que fazem parte do AABB Comunidade 2016

Em outra sala, o espaço em que os alunos aprendem xadrez e sobre cuidado socioambiental é pensado cada vez mais de forma sustentável. A mesa, por exemplo, é totalmente forrada com coador de café que seria descartado; as caixas de leite são usadas como suporte para lápis e a próxima atividade está em fase de coleta de garrafas pets para produção da cortina da sala, como conta a professora Eldineia Lankewicz. “Isso faz com que eles pensem de forma consciente e melhor o que vai acontecer daqui para frente.” O programa Integração AABB Comunidade é mantido pela Federação Nacional de AABBs (Fenabb) e Fundação Banco do Brasil (FBB) em parceira com a Prefeitura de Joinville.

SEGUE AÍ

Nas redes sociais, o programa divulga as atividades desenvolvidas e para aproximar, ainda mais, a comunidade da família. Curta aí a página e acompanhe tudo o que os alunos desenvolvem ao longos do ano das oficinas. Quem sabe a sua escola não seja escolhida e você também, não é mesmo? Segue aí: Programa de Integração AABB Comunidade Joinville.

Ana Rodrigues Ferreira e Amanda Brunner desenvolvem

desenhos participar do concurso que irá escolher os ITS | É NApara ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE 26 REVISTA melhores para compor a agenda AABB 2017



CEI AMIGOS ESPORTE

Por Renata Bomfim

Juliano de Paiva Riciardi, consultor do Prêmio Embraco de Ecologia

28 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


CEI É DESTAQUE EM

SUSTENTABILIDADE

Para quem acha que construir casa com base de pau a pique e forrada com barro, areia e palha fica apenas nas histórias de vovó e vovô, é porque desconhece, ou não associa, de que essa construção é totalmente sustentável, respeita o meio ambiente e existe até hoje.

Fotos: Renata Bomfim

Foi por isso que no Centro de Educação Infantil (CEI) Alegria de Viver, no bairro Paranaguamirim, a antiga casa de interação com as crianças, construída com 3.500 garrafas pet, está sendo revitalizada de uma forma diferente: com recursos disponíveis do ambiente e prontos para serem utilizados de forma pedagógica. Com isso, na Semana Nacional da Educação Infantil, destinada a professores da rede municipal de educação, o CEI ganhou destaque pelas ações de sustentabilidade promovidas dentro do espaço educacional e recebeu cerca de 40 professoras para uma oficina de sustentabilidade com o consultor do prêmio Embraco de Ecologia, Juliano de Paiva Riciardi. “Como o CEI foi vencedor do prêmio no ano passa-

do, eu faço visitas e dou assessoria para aquilo que eles precisam para realização do projeto”, diz Juliano, que planejou a oficina com barro para que as professoras pudessem se envolver com elementos da própria natureza - como água, barro, areia e palha - e levar novas ideias para dentro da sala de aula. “A ideia é descobrir novos elementos para se trabalhar com as crianças e reforçar que não existe lixo, tudo é recurso.” A escolha do CEI Alegria de Viver para ofertar a oficina de sustentabilidade, como relata a supervisora da Secretaria de Educação de Joinville, Ciberie Felsk, foi pensada pelo amplo espaço e pelas ideias de sustentabilidade que existem em cada canto do CEI. “Esse tema é muito importante e nós trabalhamos o ano todo com as crianças”, reforça a supervisora. Ideias essas de sustentabilidade bem registradas pela professora Edmara dos Santos Andreata, do CEI Eliane Kruger, no bairro Boehmerwald. “Como eu comecei a trabalhar com as crianças o lado criativo, eu fiz os

Horta reutiliza materiais que seriam descartados REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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Professora Edmara Santos Andreata manuseando o barro na oficina de sustentabilidade

registros para levar ideias diferentes e despertar a criatividade”, comenta. Já a professora Silvana de Mendonça dos Santos, que trabalha no CEI Aventuras de Criança, no Aventureiro, achou maravilhoso conhecer as iniciativas sustentáveis do espaço e poder levar novas inspirações. “Nosso CEI é pequeno, mas nós trabalhamos a sustentabilidade com as crianças e é bem visível na nossa horta, no espaço de leitura e até mesmo nas salas, com as cadeiras sendo substituídas pelos carretéis de madeira.” Vale lembrar, como destaca a diretora do CEI Alegria de Viver, Rose Maria Felizari, que o espaço só está dessa forma porque conta muito com o apoio da comunidade e dos pais das crianças matriculadas na unidade. “A família está dentro da escola, e isso, para nós, é muito importante.”

Sinalização para os espaços reaproveitados e construídos de forma sustentável

O caminho das sensações foi construído com os materiais que foram retirados do antigo parquinho do CEI

Professoras participam da oficina de sustentabilidade com o consultor do Prêmio Embraco de Ecologia, Juliano Paiva Riciardi

DICA SUSTENTÁVEL

Professoras colocam, literalmente, a mão na massa durante a oficina de sustentabilidade

30 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Existem alguns tipos de materiais cujo descarte precisa ser feito de forma diferenciada, como é o caso do óleo, das baterias e das pilhas velhas. O CEI Alegria de Viver é um ponto de coleta no bairro. A ideia, além de proporcionar o descarte correto dos materiais, ainda gera renda para o CEI. Então, fique de olho e veja se o seu bairro também tem ponto de coleta e ajude o meio ambiente.


ESPORTE

s o o m o c Faça : s o t a d i d bons can o d a r a p e r chegue p . o ã ç i e l na e

brasileira. na política aconteceu e qu o do is de tu tos do seu eleição depo efeitos dire ra os ei te n im se pr a cê Esta é de que vo m piorar. na sua cida coisas pode decisivo. É rá se to vo tar mal, as vo Se E o seu . ça n a muda os fatos m, começa ar e mostrar cê votar be os, investig ic lít po voto. Se vo os onar colha C vai questi a melhor es e o Grupo RI você fazer ra Pa . as É por isso qu m platafor em todas as ansparente tr a rm fo de meçar. outubro. ade de reco no dia 2 de a oportunid é ta es , al o municip e uma eleiçã Mais do qu da. te da sua vi ais importan m o çã ei el Éa

#meuvotoDEcide

COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2016

ELEIÇÃO MAIS SOMOS BEM SANTA CATARINA

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/GRUPORICSC

GRUPORICSC


GALERIAS

Camila e Mariana

Julia e Marcela

ESCOLA

ANA MARIA HAGER Meninas 8C

Turma da 9ª D

32 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


Tainara e Allana

Fotos: Daniele Labandera

Lucas, Samuel, Vanessa e Nicoly

Marina, Reanan e Laura

Renan e Kevin

Meninos 8C

Sara, Gabriele e Camila

Larissa e Nathalia

Turma da 9ÂŞ C

www.portalits.com.br

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Heloize e Kayane

Pablo e Daniela (Aux. de Direção)

Elis e Gabriel

ESCOLA

DOM JAIME DE BARROS

Fotos: Daniele Labandera

Turma do 9º ano - B

Turma do 9º ano - A

34 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


Eduarda e Leticia

Emily e Maria Isabel

Deivid e Leonardo

Maria Julia e Djenifer

Talita, Aline e Brenda

Fernanda e Larissa

Ricardo e Ubirajara

Ana Luiza, Iohana e Julia

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Everton, Stefany e Leon

Iandra e Bruna

Graziela e Sara

ESCOLA

HONร RIO SALDO Turma do 7ยบ ano

Turma do 8ยบ e 9ยบ ano

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FACEBOOK.COM/REVISTAITS


Gabriel e Erik

Erika e Julia

Fotos: Daniele Labandera

Daiane e Emanuelle

Kaiane e Karolina

Barbara e Helena

Juliana, Luana e Klink

FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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Alisson e Patrick

Guilherme e Matheus

Daniel e Prof. Sandra

ESCOLA

LUIZ GOMES

Fotos: Daniele Labandera

Turma do 8ยบ ano B

Turma do 9ยบ ano C

38 REVISTA ITS | ร NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE


Kaylla, Mayara e Isabelly

Ana Luiza e Maria Eduarda

Prof. Sandra e Meninas 8C Paloma e Anna

Guilherme e Marcos

Manuele e Maria Cecilia

Deivid e JoĂŁo

Bruna, Thainara e Thainara

FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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Davi e Isabella

Maitê e Stefany

David e Leticia

ESCOLA

PAUL HARRIS Fotos: Daniele Labandera

Turma do 8º ano A

Gabriel, Guilherme e Guilherme

40 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Ewelin e Mariana


Carol e Vitoria

Gabriella e Mariana

Turma do 8ยบ ano B

Amanda e Mariana

Thais, Maria Eduarda e Luiza

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Por Vanessa Esteves www.esteveswhere.com

SAIDEIRA

EU PRECISAVA SENTIR A NOSTALGIA Eu só precisava atravessar a rua movimentada e subir o morro. Depois, somente um passo me separava daquela subida que continha tantos momentos inesquecíveis que passei ao lado dos meus amigos de infância. Eu queria poder ligar para cada um deles e dizer quanto sentia falta da amizade. Mesmo revendo alguns de vez em quando, ainda sentia aquela tristeza dilacerante por saber que o tempo passado não voltaria mais. Ao subir e dar alguns passos, precisei respirar fundo como sempre fazia quando criança e instantaneamente sorri. Se alguém passasse por mim, naquele momento, veria uma garota na penumbra da noite com um sorriso iluminado. Talvez eu precisasse daquilo. Sair um pouco da minha vida sem rotina e com quase sem graça para me aventurar em uma rua do passado. Eu precisava sentir a nostalgia novamente. Às vezes muitas coisas são tiradas de nós sem ao menos nós podermos dizer adeus. E, para dizer a verdade, eu não gosto e nunca gostei do adeus. Então enquanto eu caminhava e avistava casas familiares, eu percebi que podemos, sim, reaver algumas dessas coisas. Nem todas elas dão um adeus. Algumas delas apenas dizem um até

logo. Como a minha escola que apareceu logo após o alto do morro. Uma sensação inexplicável invadiu meu peito e meus passos ficaram automaticamente mais rápidos. Os portões haviam mudado, o colégio aperfeiçoado, mas eu parecia ter 14 anos ainda, idade em que me formei. Todos os anos em que estudei ali passaram como um filme em poucos segundos em minha mente. A moça do portão me reconheceu, falou do meu cabelo e achou diferente quando eu disse que iria fazer dança ali. Quando vi minha professora de dança de infância, aquela com quem fiz balé e jazz, com quem tive minhas primeiras apresentações em palco e com quem sentia falta de dançar, corri para o abraço. Assim como quando éramos crianças e chamávamos as professoras de tias, eu não conseguia chamar minha professora de dança da época de outra coisa a não ser de tia. Assisti ao fim de uma aula de sapateado de crianças com a mesma idade que eu tinha quando fazia balé e ri internamente. Algumas de saia e outras de bermuda do colégio. Aquele azul que tínhamos vergonha na época, mas admito que ainda guardo uma bermuda daquela no guarda-roupa. Eu via a mim e as minhas amigas em cada uma

daquelas meninas. Cada uma tinha seu estilo e cada uma me lembrava de uma amiga da época. Senti ainda mais saudade das apresentações em shoppings e supermercados. E mais ainda de ter os braços curtinhos das minhas amigas sempre perto de mim na dança. Quando a aula a qual eu fui realmente assistir começou, encontrei também nelas as minhas amigas. A mais alta, a mais gordinha, a mais exibida, a mais quietinha, a mais extrovertida. Uma delas elogiou o meu cabelo e eu sorri querendo colocar pra fora um dos meus melhores sorrisos. Depois de assistir a todas elas dançarem músicas que eu conhecia e de ficar com vontade de dançar junto, minha professora recordou comigo alguns momentos na aula de dança. Ah, que saudade. Saí da sala após um abraço cheio de nostalgia e com a vontade de voltar sempre que pudesse. Como eu disse antes, algumas coisas somente dizem um até logo. Alguns dos meus amigos disseram isso. Meus professores disseram isso. Até meu colégio disse isso. Ou até mesmo não disseram, porém não foi preciso que o fizessem. Mas principalmente, todos os momentos vividos antes voltam, agora, como nostalgia. E eu precisava senti-la novamente.

Uma sensação inexplicável invadiu meu peito e meus passos ficaram automaticamente mais rápidos. Os portões haviam mudado, o colégio aperfeiçoado

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Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota



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