Revista Its Teens Joinville 2016 | R$ 9,80
www.portalits.com.br | edição 18
ORATÓRIA
ADEUS, TIMIDEZ
EJA
O DIREITO A EDUCAÇÃO É PARA TODOS
CULTURA POP
RETRÔ 2016
conteúdo EDIÇÃO 18
CULTURA POP
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WIFI
GALERIAS
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12 | ENCERRAMENTO
8 | CULTURA POP
10 | WI-FI
2016 foi um ano um tanto quanto intenso em vários aspectos, incluindo na música pop. Um ano onde tudo já começou chocante, e a tendência era seguir nesse ritmo mesmo. Confira a nossa retrô pop.
Se você foi um bom menino ou uma boa menina ao longo do ano, chegou a hora de pedir o que você quer ganhar. Já que todo mundo aqui é grande e não recebe mais presente do Dia das Crianças, é no Natal em que a gente pode fazer aquele pedido especial.
Embalados pelo centenário do samba, a noite de encerramento do programa Música na Escola foi abrilhantada por 345 alunos do primeiro ao nono ano de dez escolas da rede municipal de ensino de Joinville, em apresentação única no Teatro Juarez Machado.
16 | ORATÓRIA
18 | CAPA
28 | EJA
Quando ouviu seu nome sendo chamado para fazer o discurso na primeira etapa eliminatória no concurso Oratória na Escola, promovido pela Câmara Júnior Internacional (JCI, traduzido do inglês), Giulia de Campos, 13, aluna da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos, no Costa e Silva, já não tinha mais controle do nervosismo que tomava conta. Era chegada a hora.
Se Cecília Meireles, no poema Leilão de Jardim direcionasse a estrofe “quem me compra um jardim com flores? Borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis no ninho?”, para a Escola Municipal Alfredo Germano Henrique Hardt, em Pirabeiraba, certamente, esqueceria a necessidade de comprar e passaria a viver no espaço da escola quintal.
Quando entrou pelos portões da Penitenciária Industrial de Joinville, F.C, 36, não sabia das oportunidades que seriam ofertadas para ele. O medo inicial logo foi surpreendido quando teve a chance de trabalhar e voltar a estudar, graças a Educação de Jovens e Adultos (EJA) oferecida aos reeducandos do complexo penitenciário que têm interesse em retomar os estudos.
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editorial Salve, galera!
Às vezes tenho a sensação de que a vida é um baita #MannequinChallenge. Não que sejamos manequins, mas no sentido de que o tempo está passando e parece que não fizemos nada. Ficamos aqui, imóveis ao que podemos desfrutar, discutir e aprender. Eu não sei você, mas pra mim, 2016 passou feito o Flash, porque foi cada paranauê loucaço que a gente viveu, não é?! Individualmente, você deve ter passado por muita coisa, assim como eu, mas o que eu curto mesmo é saber que grande parte do que rolou aí nas escolas de Joinville virou notícia aqui na Revista its. Vocês não têm noção do quanto a nossa redação tem orgulho de poder compartilhar o que de melhor acontece entre vocês! São histórias, projetos e iniciativas que nos fazem acreditar em uma educação de qualidade, digna de todos os prêmios e méritos. Em nome de toda a equipe its, o nosso muito obrigado! Dividir mensalmente conteúdo com vocês, nos fez menos manequins, mais humanos, sensíveis e esperançosos.
Nunca se esqueça: é na escola que nós acontecemos - junto com vocês. <3
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Jorge & Mateus - Louca de Saudade Naiara Azevedo Ft. Maiara e Maraisa - 50 Reais Simone & Simaria - Quando O Mel É Bom John Mayer - Free Fallin'
Alô, alô, 2017 Pode vir! Já estamos te esperando! Até mais, pessoal Jéssica
JÉSSICA STIERLE
OS CULPADOS
CULTURA POP
WIFI
MATÉRIA DE CAPA
SAIDEIRA
HAZIEL SCHNEIDER
LUCAS INÁCIO
RENATA BOMFIM
VANESSA ESTEVES
Por Haziel Schneider,
CULTURA POP
18 aninhos punindo malfeitores em nome da Lua, estudante de Publicidade e Propaganda, fissurado por cultura pop
2016 foi um ano um tanto quanto intenso em vários aspectos, incluindo na música pop. Um ano onde tudo já começou chocante, e a tendência era seguir nesse ritmo.
A MORTE DE BOWIE
O primeiro grande - e triste – marco na cultura pop este ano, foi a perda do astro David Bowie, que faleceu dia 10 de janeiro aos 69 anos. Conhecido como “Camaleão do Rock”, pela capacidade de sempre renovar sua imagem, é considerado um dos músicos populares mais inovadores e ainda influentes de todos os tempos.
8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
GLORY
Após o baixo desempenho de seu último álbum, Britney Jean, pouco se esperava de seu sucessor. E mais uma vez, as expectativas foram superadas. Britney voltou tão sexy e ousada como nos velhos tempos, porém com um ar amadurecido, afirmando novamente o seu lugar na música pop.
DON’T BE SURPRISED, I WILL STILL RISE!
Katy Perry, mesmo sem dar qualquer pista sobre seu próximo álbum, nos prestigiou com Rise, uma balada forte e de refrões poderosos que foi feita exclusivamente para as Olimpíadas do Rio 2016. Apesar de ser apenas um single promocional, teve um desempenho ótimo, alcançando #1 no iTunes e o #11 na Billboard Hot 100, tornando-se o segundo single feminino do ano que mais vendeu na semana de lançamento, atrás apenas de Formation, da Queen B.
DANGEROUS WOMAN
Ariana Grande abandona seu lado doce e surge como uma nova mulher sexy (e perigosa?). Com uma máscara de coelho e um visual icônico, ela abandona totalmente a imagem que tinha quando ainda trabalhava na Nickelodeon. Seu álbum é um dos melhores do ano e conta com participações de artistas como Lil Wayne e Nicki Minaj.
OKAY, LADIES, NOW LET’S GET INFORMATION?
Mais empoderada do que nunca, o retorno de Beyoncé aos palcos em 2016 foi marcado por sua performance no Super Bowl (já que ninguém ali ligava para o Coldplay ou Bruno Mars mesmo) reforçando sua força e resistência como mulher negra na indústria e o álbum Lemonade fala, exatamente, sobre isso, o sexto álbum e um dos melhores da carreira de Beyoncé. Destinado totalmente aos negros e aborda questões raciais desde o título até os créditos.
JOANNE TAYLOR X KIM, KANYE, KATY & CALVIN: A história da Exposição. “Eu vou expor ela”, uma frase que foi muito recorrente este ano. Para quem não lembra, no dia 16 de julho, no Dia Internacional da Cobra (sim, isso existe e todos nós só descobrimos graças à Kim Kardashian) resolveu “expor” alguns telefonemas de Kanye e Taylor que provaram o conhecimento da cantora sobre os versos polêmicos do rapper na faixa Famous. E ainda no mesmo mês, foi a vez de Calvin dizer que “sabia que [Taylor] precisava de alguém pra provocar, como Katy etc, mas não ia ser aquele cara”. Não foi um ano fácil para a Regina George em pele de cordeiro.
RIHANNA - ANTI
Após TRÊS LONGOS ANOS parada, Rihanna resolve nos presentear ainda em janeiro com o sucessor do Unapologetic. Quem esperava encontrar aquela mesma Rihanna de sempre, com músicas 100% dançantes e que vão tocar em qualquer lugar, se decepcionou; a vibe progressista do álbum veio para cortar essa imagem. Mas óbvio que ela ia deixar, pelo menos, Work ali para a gente poder rebolar. Dito e feito, a canção se tornou o 14º #1 de Rihanna na Billboard, e o verso dos refrões está preso na nossa mente até hoje.
Quando se trata de Lady Gaga, a única certeza é que podemos esperar algo de qualidade. Seja no pop, rock, dance, jazz ou até no country. Usando um vestido de carne ou uma blusa e calça jeans. Mais uma vez, mostra sua versatilidade e seus sentimentos da maneira mais pessoal possível, seu novo álbum tem uma pegada menos pop e mais intimista, começando pelo título, que é uma homenagem à tia, irmã de seu pai, que morreu antes de Gaga nascer, vítima de lúpus, em 1974.
MENÇÕES HONROSAS: VALE A PENA CONFERIR JoJo – Mad Love Tove Lo – Lady Wood Little Mix – Glory Days Neon Hitch - Anarchy G.E.M (Spice Girls) – Song for Her Mel C (Spice Girls) – Dear Life
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WIFI
Por Lucas Inácio
O QUERIDINHO DO NATAL Além de ser um belo celular, o Moto Z Play (versão mais em conta do Moto Z) está vendendo bem. As propagandas e comerciais sobre o aparelho realmente deixam a gente com vontade de ter um, mas o preço (R$1.800,00 sem nenhum módulo) assusta um pouco, pois são essas partes removíveis que fazem o
WIFI DE NATAL
celular ser esse sucesso todo. Você pode incluir uma câmera fotográfica, uma bateria extra, um amplificador de som e entre outras funções, mas você teria que pedir em outra data, pois o preço é quase outro aparelho telefônico. Haja Natal!
Se você foi um bom menino ou uma boa menina ao longo do ano, chegou a hora de pedir o que você quer ganhar. Já que todo mundo aqui é grande e não recebe mais presente do Dia das Crianças, é no Natal em que a gente pode fazer aquele pedido especial. Sem mais delongas, vamos dar algumas dicas do que você pode pedir e receber, que vão de sonhos de consumo ao baixar gratuitamente.
SOM BOM
Parece loucura pagar R$ 400 em um fone de ouvido, mas às vezes vale a pena o investimento. Como é o caso do Quantum Liv, um aparelho via Bluetooth (ou cabo, dependendo da sua preferência) e bateria capaz de durar até 20 horas de reprodução e é justamente na reprodução que o fone se diferencia. A qualidade é absurda, ideal para quem é músico ou gosta de ouvir cada detalhe da produção do seu artista favorito. Não à toa que a embalagem tem um disco de vinil estampado. Ótimo para ouvir a sua música enquanto tocam aquelas músicas natalinas.
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TURBO 7
DIFERENTE É DAR 700MB POR SEMANA.
NOSTALGIA NA TELINHA Aqui vai a dica de um aplicativo com uma função simples, mas que vai agitar bastante as suas reuniões de família e de graça. O PhotoScan do Google é um aplicativo voltado para iOS e Android que escaneia fotos antigas sem deixar aquele reflexo e ainda faz o corte das imagens. Nessa época de fim de ano, é ideal para ter no seu celular aquelas fotos antigas que você nunca digitalizou por falta de paciência de mexer no seu álbum e colocar as fotos no scanner uma a uma. Desse jeito, tudo fica bem mais fácil e vai deixar as festas da família mais divertidas.
700MB
por 7 dias
100MB/dia
WHATSAPP mensagens à vontade SNAPGRAMCOPE
ILIMITADO
Definitivamente está tudo indo para um mesmo caminho e a ideia é que cada rede social integre cada vez mais os serviços. É o caso das novas funções do Instagram que permitem fazer lives (como o Periscope) e mandar vídeos ou mensagens diretas que se apagam (como no Snapchat). O aplicativo de fotos foi comprado pelo Facebook há quatro anos e, desde então, continua se atualizando, mas não necessariamente renovando o mercado. Vale lembrar que em 2013, o Snapchat disse não à oferta de compra do Facebook e a alternativa talvez seja se inspirar nos concorrentes. Pelo menos é mais uma alternativa de se comunicar com a família que mora longe e que não conseguiu viajar para o Natal.
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O benefício não inclui chamadas realizadas e recebidas via WhatsApp (VoIP).
TRADUTOR INSTANTÂNEO Imagina um megafone que traduz o que você fala. Sim, isso é genial, mas por enquanto é uma exclusividade dos japoneses. O Megahonyaku traduz para inglês, chinês e coreano e é voltada para o uso corporativo, até por isso, é um serviço que deve ser pago mês a mês (US$ 183 de mensalidade). O aparelho é produzido pela Panasonic e vem com cerca de 300 frases, podendo ser atualizado via internet. À espera de quando um desses vai ser lançado comercialmente para nós, brasileiros, quem sabe no ano que vem.
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Os benefícios da oferta são válidos por até 7 dias para clientes do plano Infinity Pré. Chamadas somente TIM-TIM local e longa distância nacional com o CSP 41. Benefício promocional de internet limitado a 100 MB diários. Após atingir o limite, a internet será bloqueada até o final do dia. Benefício promocional de WhatsApp inclui mensagens de texto, áudio, foto e vídeo. Limite de 450 SMS/dia TIM-TIM e 150 SMS/dia para outras operadoras. Oferta válida até 10/1/2017. Para mais informações, acesse o regulamento completo em tim.com.br. “Líder em cobertura 4G de Santa Catarina” refere-se à quantidade de municípios cobertos. Fonte: Teleco (http://www.teleco.com. br/4g_cobertura.asp?rel_mun=2#Rel_mun_4g), verificação feita em 29/03/2016. “Líder em cobertura 4G do Brasil” refere-se à quantidade de municípios cobertos e de população coberta. Fonte: Teleco, em 7/7/2016.
ENCERRAMENTO
Por Renata Bomfim
ALUNOS SE APRESENTAM EM RITMO DE
Samba
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Fotos: Renata Bomfim
Embalados pelo centenário do samba, a noite de encerramento do programa Música na Escola foi abrilhantada por 345 alunos do 1º ao 9º ano de dez escolas da rede municipal de ensino de Joinville, em apresentação única no Teatro Juarez Machado. Claudeli Ana Braz, 44, é professora de música no programa desde 2001 e preparou para a 15ª edição do evento um desfile de escola de samba, com direito a apresentação de mestre-sala e porta-bandeira. “Eu trabalho em três escolas e dividi em três grupos: uma ficou com a comissão de frente; outra responsável em puxar o samba; e a terceira pela apresentação de porta-bandeira e mestre-sala”, destaca a professora, que trabalha nas escolas municipais José Navarro Lins, no Boa Vista, Dom Jaime Barros, no Comasa, e Professora Maria Regina Leal, no Espinheiros. No palco, José Henrique Amâncio Régis, 8, da Escola Municipal Dom Jaime Barros, exalou simpatia e confiança na apresentação. Escolhido pela professora Claudeli para ser mestre-sala, o iniciante na apresentação quase não acreditou quando recebeu o convite. “Quando eu cheguei em casa, eu quase chorei, porque era o meu sonho”, relembra o aluno, que assistiu a vídeos passados pela professora para estudar postura e presença de palco para afastar o nervosismo durante a apresentação. Do outro lado da cidade, alunos da Escola Municipal Professor João Bernardino da Silveira Júnior, do bairro João Costa, subiram ao palco com violino, flauta e piano para apresentar as canções “Samba de uma nota só”, de Tom Jobim, e “Canta, canta, minha gente”, de Martinho da Vila. Como única escola do município que
O RESGATE DO SAMBA
A escolha do tema na apresentação deste ano do Programa Música na Escola partiu dos próprios professores, que resolveram homenagear o centenário do samba, o gênero musical considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras. O primeiro samba brasileiro que se tenha registro foi lá de 1916, chamado “Pelo telefone”, do músico e compositor carioca Donga. Descendente do lundu, o primeiro registro que se tem com o nome samba foi numa publicação feita pela revista “O Carapuceiro”, de Pernambuco, no ano de 1838. Originalmente, tem registros nas rodas de samba da Angola e trazidas para o Brasil pelos escravos. trabalha com a musicalização instrumental, as aulas acabam sendo uma extensão da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior. Professor de história e de música, Pedro Romão Mickucz, 30, iniciou o programa na escola há quatro anos, quando submeteu um projeto à Secretaria de Educação de Joinville. “Na escola, os alunos ficam com os violinos durante um ano e, ao final, devolvem” comenta o professor. “Este é o meu quarto ano com este trabalho e eu devo ficar mais nervoso que eles quando nos apresentamos aqui.” Nervoso para se apresentar também estavam os gêmeos idênticos José Carlos Brizola da Silva, 9, e Pedro Henrique Brizola da Silva, 9, da Escola Municipal Edgar Monteiro Castanheira, localizada no bairro Fátima.
Alunos da professora Jeanice Casas, 51, que também trabalha como professora de música na Escola Municipal Anita Garibaldi, resolveu unir as apresentações em uma só. Denise da Silva Gava, 49, é coordenadora dos programas e projetos do contraturno escolar na rede municipal de ensino de Joinville e coordena pela quarta vez as apresentações Música na Escola. “Essa oportunidade dos alunos se apresentarem e poderem pisar em um dos maiores teatros da cidade é ímpar”, aponta a coordenadora. O programa, que tem a noite especial como auge dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, encanta a todos que da plateia assistem com os olhos atentos e felizes ao reconhecerem os seus filhos no palco.
REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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MURAL DO SAMBA
A roda de samba dos alunos da rede municipal de ensino de Joinville levou o Teatro Juarez Machado a ouvir músicas de Vinícius de Moraes a Martinho da Vila. E nesse enredo, não faltaram cliques da Its para deixar esse momento registrado nas nossas lentes e nas páginas da nossa revista. Confira só o resultado dessa noite no nosso mural:
Escolas Municipais Anit
a Garibaldi e Edgar Cas
tanheira
Escola Municipal Eladir Skibinski
Escolas Municipais Doutor José Antônio Navarro Lins, Dom
Escola Municipal Presidente Castello Branco
Escola Municipal Professor João Bernardino
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da Silveira Júnior
Apresentação dos professores
Jaime Barros e Professora Maria Regina Leal
ORATÓRIA ESPORTE
Por Renata Bomfim
ADEUS, TIMIDEZ Quando ouviu seu nome sendo chamado para fazer o discurso na primeira etapa eliminatória no concurso “Oratória na Escola”, promovido pela Câmara Júnior Internacional (JCI, traduzido do inglês), Giulia de Campos, 13, aluna da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos, no Costa e Silva, já não tinha mais controle do nervosismo que tomava conta. Era chegada a hora. Tomou um copo de água, mais um dos cinco que já havia tomado, e encarou o palco. O discurso, baseado no tema “Eu prefeito”, cravou quatro minutos e cinquenta e oito segundos, quase que encostando ao tempo máximo estipulado: cinco minutos. A jovem, que foi a primeira a se apresentar no concurso deste ano, também a foi a última que teve o seu nome anunciado na etapa final como campeã 16 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
municipal de 2016. Para produzir o discurso, Giulia recebeu um texto do seu pai chamado “Sobre política e jardinagem”, do escritor Rubem Alves, o qual se tornou um dos seus autores favoritos. “Eu achei interessante o texto e eu resolvi trabalhar o meu discurso em cima de uma citação, comparando a política com a jardinagem.” Patrícia Villar, 33, foi jurada na etapa classificatória municipal e notou que Giulia tinha uma posição forte e a cabeça erguida. “A vitória dela se deu não apenas pela técnica da voz, corpo e fala, mas pela emoção com a qual ela se apresentou”, destaca a professora universitária. Como prêmio, Giulia ganhou mil reais em dinheiro, três anos de curso de inglês e um ano e meio de administração. “A apre-
sentação foi difícil, mas tenho certeza de que acrescentou muito para o meu futuro. É importante ter uma boa oratória, independente da profissão”, destaca a campeã, que deseja comprar uma câmera fotográfica para estudar fotografia, uma das quatro profissões que sonha um dia seguir. Apesar do pouco tempo que se passou desde que venceu o concurso em setembro, Giulia já notou mudança na sua postura e se sente mais confiante. “Eu me sinto mais segura para apresentar trabalho na sala de aula e até consigo improvisar com mais facilidade”, comenta sorrindo a estudante, que para participar do “Oratória na Escola”, treinava em qualquer lugar, inclusive visitando as turmas da escola e fazendo da sala de aula o palco de apresentação entre oradora e plateia.
O DISCURSO CAMPEÃO Quando recebeu o tema “Eu prefeito”, Giulia, de início, ficou desanimada porque imaginou que não saberia como explorá-lo. Ainda bem que ficou só na imaginação, porque a jovem de 13 anos não só conseguiu como venceu a etapa municipal do concurso e agora se prepara para o regional. Mas até lá, você pode conferir o discurso que ela escreveu e a tornou campeã neste ano: O momento é de dúvidas, mas as eleições não vão
pra onde fosse necessário, como se fossem plantas a
esperar por outro cenário. O prefeito governará a ci-
serem cultivadas, a serem regadas. Olhando pra mi-
dade, mas é a cidade que fará o prefeito. Aproxima-se
nha cidade com o mesmo amor que um jardineiro
o momento em que os brasileiros, por meio do voto,
olha para o seu jardim.
terão que escolher candidatos para governar suas ci-
Eu prefeita cuidaria mais das praças e áreas de
dades. Escolha de grande responsabilidade. Eu, Giulia
lazer. Promoveria mais eventos esportivos e cultu-
de Campos, estudante da Escola Municipal Governa-
rais, oportunizando uma ocupação mais sadia para
dor Pedro Ivo Campos, com apenas 13 anos, ainda não
crianças, jovens e adolescentes. Acredito que assim
tenho esse direito, mas logo chegará a hora em que
estaria semeando um futuro mais saudável para
farei parte desta escolha. Mas será que estarei pronta
nossa cidade.
para dar o meu voto? Será que estarei preparada para
Eu prefeita investiria em saneamento básico, cal-
uma decisão tão importante? Diante da atual reali-
çadas bem cuidadas, praças e ruas iluminadas. E, é
dade política, onde a todo instante ouvimos falar de
claro, eu prefeita, com esse olhar de jardineiro, iria
corrupção, da forma desrespeitosa com que os políti-
querer essas praças e ruas muito mais floridas e ar-
cos tratam da coisa pública, do dinheiro de nós todos,
borizadas.
como escolher a pessoa certa para cuidar de nossa cidade? Aliás, o que esperamos que esta pessoa faça
Eu prefeita semearia na área da saúde a semente do cuidado, da prevenção.
por nós? Quais as nossas expectativas? Diante de tan-
Eu prefeita olharia para educação como uma
tos questionamentos, eu me pergunto: e se fosse eu
grande sementeira. E empregaria nela todo o esforço
a prefeita? Empresto-me das palavras do mestre Ru-
possível, na esperança de que, no futuro, no meu fu-
bem Alves, que compara a política com a jardinagem,
turo, no nosso futuro, possamos ter verdadeiros pro-
diz ele: “O político por vocação é um apaixonado pelo
fissionais jardineiros, apaixonados pelo que fazem.
grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que
Eu prefeita, você prefeito. Acredito que votar seja
ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plan-
isso: escolher um candidato que possa fazer aquilo
tar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se
que eu faria pela minha cidade, ou melhor, aquilo que
à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto in-
talvez nem eu conseguiria, mesmo querendo. Eu pre-
teiro se transforme em jardim”.
feita, certamente não seria perfeita, afinal, tem coisa
Comparar a minha cidade com um jardim. Existe
que nem sempre se ajeita, mas a minha tarefa lutaria
maneira melhor para iniciar o trabalho de adminis-
para fazer bem feita. A cadeira de prefeito só um pode
trar um município? Eu prefeita olharia para a minha
assumir, mas escolhendo com consciência juntos va-
cidade com o olhar de um jardineiro. Olhando para
mos o progresso construir. O futuro, literalmente,
a saúde, para a educação, para a segurança, olhando
está em nossas mãos. Muito obrigada.
17
CAPA CAPA
A BELEZA DA
Escola Quintal
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Por Renata Bomfim
Pela primeira vez, a Escola Municipal Alfredo Germano Henrique Hardt, em Pirabeiraba, vence o Concurso de Jardins promovido pela 78ª edição da Festa das Flores Se Cecília Meireles, no poema “Leilão de Jardim”, direcionasse a estrofe “quem me compra um jardim com flores? Borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis no ninho?”, para a Escola Municipal Alfredo Germano Henrique Hardt, em Pirabeiraba, certamente esqueceria a necessidade de comprar e passaria a viver no espaço chamado de “Escola Quintal”. Acolhedor, com flores, animais e plantas frutíferas, o espaço rendeu à escola, neste ano, o primeiro lugar no Concurso Jardins, na categoria escola rural, promovido pela 78ª edição da Festa das Flores. De acordo com a diretora Caroline Michele Brunken, 36, desde 2014 a escola participa do concurso como forma de incentivar as crianças, que sempre estão presentes em todas as iniciativas tomadas pela unidade. “Também contamos com a família, que agora a gente pode se orgulhar disso”, destaca a diretora, que ficou em terceiro lugar ano passado. O concurso foi realizado este ano pela Agremiação Joinvilense de Amadores de Orquídeas (Ajao), Fundação Turística de Joinville e Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Para fazer a seleção dos melhores jardins da cidade, a disputa elencou cinco categorias distintas: residencial urbano, residencial rural, escolar (urbano e rural), empresarial e parceria verde.
Escola se une para reformar o
jardim no grande mutirão prom
ovido
Para fazer a inscrição do projeto este ano, Caroline, junto com a equipe escolar, sempre manteve a consciência de que toda iniciativa precisa estar atrelada a alguma prática pedagógica - e o prêmio seria consequência de todo o trabalho. Ao desenvolver a ideia do novo jardim, cada sala, do 1º ao 5º ano, criou um croqui - uma espécie de rascunho - e uma maquete para esboçar a ideia do novo espaço da escola. “Para fazer a votação, nós fotografamos e fizemos pela internet. A ideia da turma do 5º ano foi a vencedora”, comenta a Caroline. No grande dia em que a escola abriu os portões para acolher todas as famílias dos alunos e comunidade em geral para reformar a área, não faltou quem quisesse ajudar. Espaços vazios ganharam cores com a criação das cabanas ao lado dos telefones de cano e com o jardim das carnívoras. Além disso, reformaram o espaço do cágado e construíram um cogumelo gigante, que ajuda no processo de tratamento do esgoto sanitário construído no jardim filtrante. No mutirão, Kamily Guedes, 9, Nicole Pereira, 10, Amanda Vitoria Hermes, 10, e Guilherme Leandro Bilau, 10, todos alunos do 4º ano, não mediram esforços para ajudar a escola e colorir o jardim que exploram todos os dias. Na divisão das tarefas, cada um ajudou a sua maneira: auxílio na colocação as pedras que compõe o cenário, no plantio das flores, na pintura das cabanas e até na criação das placas que sinalizam o jardim. Mas eles não vieram sozinhos nessa tarefa e trouxeram de casa o apoio que precisavam. “Em casa, eu disse que ia ter mutirão na escola para reformar o jardim e precisava de ajuda na construção para deixar esse dia marcado”, relembra Guilherme, que também, além de ter feito o convite de iniciativa própria, levou no caderno o pedido feito pela escola. Nicole achou bonito o resultado e ainda elogia: “A nossa escola é muito linda, porque tem bastante coisa para fazer, como ajudar no cuidado com as plantas e com os bichos.”
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TRABALHO por trás de toda a beleza
Para ir em busca dos materiais necessários que seriam usados durante o mutirão, a diretora Caroline meteu, literalmente, o pé no mato para conseguir plantas que auxiliem no jardim filtrante. “O prêmio Embraco nos dá um recurso financeiro que nós usamos para fazer a parte de captação e comprar geomembrana. Esse foi o único custo que a gente teve, além das construções dos banheiros”, destaca a diretora. Para quem não entende, a geomembrana é uma espécie de manta feita de plástico e de baixa
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permeabilidade, usada, geralmente, nos controles de fluxo e separação e que pode ser encontrada em aterros, barragens e até mesmo em canais. “O restante foram três dias no mato, catando muda de planta e todo entulho que a gente precisava.” A escola também demoliu um rancho para usar os materiais na construção de uma ponte e utilizar as folhas em estado de decomposição, do próprio jardim da escola, para serem colocadas nos canteiros das plantas.
Uso consciente Quando surgiu a ideia de criar o jardim filtrante, a intenção foi de não ser apenas um enfeite no quintal da escola. E não é. Com a construção dos novos banheiros na escola, o esgoto, que antes ia parar no rio, agora é encaminhado direto para o novo jardim desenvolvido, que faz todo o processo necessário de tratamento. “Nós trabalhamos de forma consciente, desde a captação da água da chuva até com as braçadeiras nas nossas torneiras”, destaca Caroline.
O projeto de
ESCOLA QUINTAL Quando você pensa em um quintal, o que logo vem a sua mente? Para nós, quintal remete àquela ideia de um lugar grande, para correr e brincar com os amigos. É onde podemos nos sentir livres, olhar para o céu e ver as nuvens criando formas. É onde colhemos as frutas do pé, fresquinhas, e comemos sem receio. E a ideia da Escola Quintal no Alfredo Germano Henrique Hardt não é distante disso. Para a diretora, quando se fala em quintal, ele está ligado diretamente ao pertencimento e à intimidade que se tem com o aluno. “Eu me torno íntimo quando mexo com aquilo, quando tem a minha cara”, pontua Caroline. Assim que começou a desenvolver os trabalhos na escola, no início a diretora tinha um desafio em acabar com as invasões que o espaço sofria tanto durante a semana, logo após terminarem as atividades escolares, como aos finais de semana. Difícil era manter os trabalhos dos alunos expostos nas paredes ou até mesmo frutas ainda nas árvores. “A primeira proposta era levantar os muros aos arredores, mas eu fiquei pensando e vi que não era essa a proposta. Não tem que ter muro e as pessoas precisam respeitar”, explicou. O mutirão promovido no último dia 2 de novembro serviu como uma resposta que a própria comunidade deu e viu o quão importante é a presença dessa unidade escolar e a necessidade de se fazer presente nas atividades propostas.
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Inspiração no modelo de escola italiana Nas atividades na escola, duas características fortes a marcam: acolhimento e fazer com que as crianças se sintam envolvidas nos projetos escolares. Essas considerações não são em vão e vieram inspiradas no modelo de escola italiana Reggio Emilia. Neste modelo de escola, os professores e equipe pedagógica, de forma geral, passam a escutar os alunos na sua singularidade e a reconhecer o potencial internalizado de cada um. Neste trabalho, dois pilares são importantes para a efetivação desse modelo: família e escola. Aos professores, cabe o papel de fazer com que a criança tenha acesso a linguagens artísticas e expressivas dentro do ambiente escolar.
Mais um ponto importante desse modelo de escola são os trabalhos desenvolvidos em equipe. De acordo com o site Educação Integral, no modelo de escola Reggio Emilia, “a prática de inserir as crianças cotidianamente em situações de pesquisa e debate favorece o questionamento sobre si próprias e sobre os outros, o que as torna mais participativas e, futuramente, cidadãos mais críticos e cientes da importância de seu papel em uma sociedade mais justa e igualitária. Os alunos são convidados a compor seu ponto de vista em conjunto com os demais, fortalecendo o processo de construção não apenas de suas identidades individuais, mas do coletivo com suas múltiplas particularidades”.
Jardins da rede municipal são destaques no Concurso de Jardins
Além da Escola Municipal Alfredo Germano Henrique Hardt ter conquistado o primeiro lugar na categoria escola rural, tivemos na categoria Jardim Escolar Urbano dois centros de educação infantil e uma escola da rede municipal que ganharam destaque: 1ºCEI Lírio do Campo 2º Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda 3º CEI Branca de Neve Equipe pedagógica unida na reforma do jardim
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A história das Festas das Flores...
VOCÊ CONHECE A TRADIÇÃO?
A tradicional Festa das Flores da cidade já ocorre há sete décadas sem perder o encanto e a beleza das flores que se apresentam, a destacar pelas orquídeas, planta de forte presença na região. A festa, que acontece uma vez por ano, registra passagem de mais de 180 mil visitantes, que viajam de todo o canto do país e do exterior para ver de perto as belezas cultivadas e a diversidade de plantas naturais que são comercializadas. Mas a história do cultivo de flores da região e fazer da cidade o espaço propício para o evento se deu por conta da vinda dos imigrantes europeus, lá em 1851, quando começaram a explorar a mata atlântica para construir as casas do novo povoado. Quando perceberam a beleza da planta local, passaram a cultivá-la, admirá-la e fazer comparações com as variedades que encontravam. Desde então, surgiu a primeira Exposição de Flores e Artes (EFA), em 1936, com interrupção em 1942 e 1943 por causa da Segunda Guerra Mundial.
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EDUCAÇÃO
Na edição de outubro, esta matéria foi publicada com as fotos trocadas de outro conteúdo. Por isso ela está novamente nas páginas da Its para que você tenha tenho texto e imagem que falem a mesma história. #falhanossa
Por Renata Bomfim
Maternal dois com a representação da índia Potira feita pela aluna Lariany dos Santos Fagundes
RESGATANDO O
Passado Quem passou pelo CEI Odorico Fortunato, no bairro Aventureiro, durante a Semana da Educação Infantil, pôde sentir, tocar e interagir com a representação de uma floresta feita com o objetivo de resgatar a nossa história e características da cultura indígena e africana, entrelaçando e fortalecendo o intercâmbio cultural.
A ideia de representar essas culturas veio de uma sugestão feita pela própria diretora, Roseli Maria Antão da Costa, 51, após voltar de uma viagem a uma tribo indígena na Amazônia. “A minha ideia foi transformar
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o nosso espaço numa floresta e resgatar essas duas culturas, porque é como se resgatássemos um pouco de nós mesmos”, destaca. De cara, a equipe pedagógica abraçou a ideia e passou a dividir e escolher a melhor forma que cada turma representaria cada cultura. O 1º período da professora Mariselma Ramos dos Santos, 43, estudou os valores e o respeito à cultura indígena. “Depois de mostrar imagens que a Roseli trouxe da viagem, músicas e artesanatos locais, eu enviei uma atividade para ser feita em casa com os pais para que, juntos, eles
pudessem pesquisar como eram as brincadeiras indígenas”, explica a professora, que também enviou para casa a tarefa de construírem uma oca, com base nos resultados das pesquisas que fizeram. “A partir do momento em que você envia uma atividade para casa, a família vai saber o que você está trabalhando.”
A pequena Suellen Cordeiro dos Passos, 5, pela primeira vez construiu uma oca - e contou com a ajuda dos pais para realizar a tarefa. “Eu ajudei a colar as folhas, a boneca e ficou bem bonito”, comenta. Sthefany Ramos Viana, 5, construiu a
sua oca com a ajuda dos pais, que usaram palha de vassoura, papelão e casca de árvore.
Fotos: Renata Bomfim
Em outra sala, lá no Maternal 2, a professora Janete Gonçalves Vieira, 40, e a professora volante dos maternais 1e 2, Gisele Tonom Pacheco, 33, trabalharam o lúdico com os pequenos e deram o nome de “Samba Lelê na África”. Dessa forma, as professoras abordaram a cultura africana mostrando, por exemplo, as vestimentas e as comidas típicas. Já com o objetivo em trabalhar com a cultura africana, a professora do 1º período, Aline Cristine Pio Mafra, 30, buscou aproximar as características da cultura afro com a nossa. “As crianças abraçaram a ideia e, como resultado, nós pintamos uma galinha da angola com as mãos. Já com as famílias, nós desenvolvemos pinturas de máscaras africanas nas telhas.” No espaço decorado, animais pendurados, folhas secas pelo chão, o cheiro da terra, o canto dos pássaros e a construção de uma oca no tamanho de um adulto fez com que todos que entrassem no CEI se sentissem ao menos instigados numa verdadeira floresta. Além disso tudo, uma oca chamou a atenção pelo tamanho e por ser um espaço de contação de história ao longo de toda a exposição. E se instigar é o verbo que conduziu todo o trabalho pedagógico durante a Semana da Educação Infantil, de acordo com a professora de apoio pedagógico, Adriana Tomelin Ferreira, 45, nem os pais conheciam a história de tudo o que foi exposto. “Por isso, nosso trabalho não foi apenas em trazer os pais para esse espaço, mas instigá-los também.”
Professora Mariselma Ramos dos Santos com a turma do primeiro período que confecciou ocas para a exposição
a ana com de Ramos Vi a Sthefany nstruiu com palh árvore oca que copapelão e casca de , vassoura
Suellen Cordeiro dos Passos mostra a oca que construiu com os seus pais
Roseli Maria Antão da Costa, diretora, com a oca ao fundo construída para a Semana da Educação Infantil
Professora Rosangela Aparecida da Silva Mendes e a aluna Lariany dos Santos Fagundes, caracterizadas de índias
VAMOS VOLTAR NO TEMPO...
A Semana da Educação Infantil foi criada pela Lei 12.602/12, sancionada pela então presidente da República, Dilma Rousseff. Celebrada entre os dias 22 e 26 de agosto, a semana homenageia a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. O evento ganha ainda mais força no dia 25, quando seria a data de aniversário da médica, que morreu em 2010, num terremoto que atingiu o Haiti.
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ESPORTE
LIVRO
Senta que lá vem
Por Renata Bomfim
A HISTÓRIA...
No Centro de Educação Infantil Herondina da Silva Vieira, no bairro Floresta, os 25 alunos do 2º período da professora Carla Roberta Wormsbecker, 36, já cumpriram a primeira missão: não só escreveram um livro, como também foram responsáveis por toda a ilustração gráfica do projeto. De acordo com a professora, a ideia inicial era fazer uma contação de história com os alunos, depois de tê-los visto se apresentarem numa
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Na edição de outubro, esta matéria foi publicada com as fotos trocadas de outro conteúdo. Por isso ela está novamente nas páginas da Its para que você tenha tenho texto e imagem que falem a mesma história. #falhanossa
Um dia, uma pessoa disse que, em algum momento da vida, é preciso realizar três tarefas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
peça de teatro no início de 2016. “Metade da turma havia sido meus alunos no ano passado e eu os vi se organizando para uma apresentação no início do ano. Foi ali que eu vi a oportunidade de fazer um projeto sobre contação de história”, revela Carla. “Comentei com as crianças a ideia desse projeto e que, ao final de todos os livros trabalhados, a gente poderia montar a nossa própria história e fazer o nosso livro.”
A euforia foi tamanha e as crianças gostaram tanto da ideia de terem o seu próprio livro que a contação de história precisou ficar em segundo plano, mas não esquecida. “Professora, nós vamos ficar famosos”, as crianças diziam. Por causa de tamanha empolgação, Carla recebeu o total apoio da direção do CEI, que também abraçou a ideia. “É a primeira vez que produzimos um livro e a Carla trouxe para a gente a proposta com tanta ani-
Fotos: Renata Bomfim
mação que isso fez com que a gente acreditasse e apoiasse todo esse trabalho”, comenta Joseane Helena Schulz, 36, auxiliar de direção. O livro, que recebeu o nome de “A princesa e o soldado em busca do mistério”, foi construído totalmente de forma coletiva, desde as escolhas dos personagens, o enredo da história até as ilustrações que cada criança gostaria de fazer. Davi dos Reis Dalcastagné, 5, desenhou um soldado que saiu inteiramente da sua cabeça. “É muito legal escrever um livro, mas também é bem difícil”, revela o pequeno, porque os amigos querem falar ao mesmo tempo no momento em que ocorreu a “tempestade de ideias” da construção do trabalho. “Além disso, a gente teve que pintar na tela com tinta, depois de fazer o desenho com lápis com cuidado para não borrar.” Mas para dar vida ao livro e tornar o sonho realidade, numa reunião de pais no CEI a professora Carla falou do projeto. Carina Soares Ávila, 29, mãe de uma aluna da turma, levantou a mão e se disponibilizou em ajudar. “Como eu sou designer e, por conta da minha formação, eu resolvi ajudar a fazer toda a montagem do livro, porque eu tenho a ferramenta”, comenta a mãe, ao lembrar que a filha fica toda orgulhosa dessa participação dela na escola. O livro foi oficialmente lançado na abertura da Semana da Educação Infantil no CEI com uma sessão de autógrafos com os 25 pequenos escritores. Agora, o objetivo é que os 500 livros produzidos não fiquem restritos aos familiares e professores: em parceria com os pais e patrocinadores, os livros estão à venda no valor de R$ 15. De acordo
com Joseane, o valor arrecadado será revertido para uma festa de encerramento e de despedida dos pequenos, que começam os primeiros passos na escola. “Eles não só construíram uma história, como também deixaram história no nosso CEI”, comenta a auxiliar de direção. E você lembra que a ideia inicial era fazer uma contação e o re-
Ana Julia Dias Tavares mostra a ilustração que criou para publicar no livro
Crianças compartilham o livro e recontam entre si a história que escreveram
Davi dos Reis Dalcastagné desenhou o soldado que criou sozinho
sultado disso tudo seria um livro? Pois é, o projeto, que começou de trás para frente, agora se encaminha para a segunda parte: apresentar uma grande peça teatral com a história que eles escreveram, incluindo uma apresentação musical. Muito sucesso para esses pequenos artistas, criativos e amantes da arte!
Equipe pedagógica que trabalhou na construção do livro
Professoras do segundo período responsáveis por todo o processo de construção do livro
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ESPORTE
EJA
Por Renata Bomfim
O DIREITO A EDUCAÇÃO
É PARA TODOS Quando entrou pelos portões da Penitenciária Industrial de Joinville, F.C., 36, não sabia das oportunidades que seriam ofertadas a ele. O medo inicial logo foi surpreendido quando teve a chance de trabalhar e voltar a estudar, graças à Educação de Jovens e Adultos (EJA) oferecida aos reeducandos do complexo penitenciário que têm interesse em retomar os estudos. “Eu vou ser bem sincero, se não tivesse a escola e as outras coisas aqui
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dentro, eu não sei o que seria. Você ficar numa cela e saber que vai sair para estudar e trabalhar, a sua importância é outra”, aponta F.C. Aluno do segundo segmento e em fase de conclusão dos estudos do ensino fundamental, F.C, que recentemente passou para o regime semiaberto, planeja continuar a estudar do lado de fora da penitenciária e se inscrever em um curso técnico. “Na minha adolescência, eu ia à escola, mas não prestava aten-
ção em nada. Eu não tinha noção do poder da escrita e de quanta chance você tem por meio dela.” E a descoberta de F.C. não ficou só na grafia, mas também na leitura. Dentro da penitenciária, chegou a ler mais de 60 livros e ter uma crônica publicada este ano, com uma editora que ofereceu oficina de escrita e escolheu textos de 15 reeducandos da penitenciária e três do presídio para terem suas crônicas publicadas no li-
Fotos: Renata Bomfim
vro “Contos tirados de mim: a literatura no cárcere”. Além disso, F.C. escreveu um poema para o projeto interno “Poemarte”, que uniu as turmas do primeiro e segundo segmento das professoras Jurimar Suzarte Oliveira, 35, e Sônia Waléria Ribeiro, 47, para trabalhar com poema e arte no evento de anual da EJA, que aconteceu no mês de setembro, na Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem, no Parque Guarani. Apaixonada pelo trabalho que desenvolve no complexo penitenciário desde abril deste ano, Jurimar não vê diferença no ensino dentro ou fora da penitenciária, pelo contrário, acredita que com os reeducandos a aula flui com facilidade e ela consegue passar o conteúdo proposto. Com o nome “A liberdade criadora por trás das grades”, as professoras levaram os trabalhos produzidos para o evento de uma forma diferente: resolveram fazer um vídeo. “Eu pedi para que eles escrevessem um poema e o tema era livre”, relembra a professora Sônia. “Mas só fazer a poesia era muito pouco, nós queríamos mais, queríamos que eles declamassem também.” Durante o processo de produção, contaram com o apoio e incentivo de Janaina Carla Rosa, 32, e Jaqueline Mönster Fachini, 46, para conseguir liberação da câmera dentro do complexo. O resultado fez sucesso e foi uma das salas mais visitadas durante o evento anual da EJA deste ano. Apesar de não ter tido a poesia escolhida, A.P.L., 64, recebeu elogios da professora Sônia pela boa integração com a turma e facilidade na aprendizagem. “Ela é uma excelente professora e isso aqui, para nós, é uma terapia.
Para ter uma interação entre professor e aluno, é preciso respeitar
a grade que os separam
Quando abrem a porta da nossa cela, o que a gente mais quer é sair, andar”, desabafa A.P.L. “Nós não andamos com as nossas pernas, dependemos das pessoas para tudo.” Mas em um fator A.P.L. não depende de ninguém, a não ser dele mesmo: aproveitar o conhecimento que fica. “Eu desenvolvi muito nas disciplinas de português e matemática.” Para Jaqueline - que é gerente de saúde, ensino e promoção social há cerca de dez anos na penitenciária e acompanha o trabalho da EJA
Equipe pedagógica da Penitenciária Industrial de Joinville e
desde o início -, a educação é um dos pilares mais importantes para se promover a inclusão“As experiências mais positivas que eu já vi nesses dez anos se deram por conta da educação e do trabalho, que não são iniciativas isoladas. Casos que a gente teve que terminaram o ensino fundamental, foram para o ensino médio e perceberam através da educação de ascenderem no mercado de trabalho, foram os casos de maior sucesso e que estão bem hoje” destaca Jaqueline.
coordenadora da EJA na rede municipal
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A poesia que liberta Durante o processo de produção das poesias, F.C. não sabia da dimensão que o trabalho teria. Com a liberdade para criar e escrever a poesia de acordo com a experiência de vida que teve, nós abrimos espaço na página da nossa revista para publicar esse trabalho. Confira aí:
Como os reeducandos chegam até a EJA A comunicação interna dos reeducandos se dá por meio de memorandos, uma espécie de carta em que ele solicita e repassa ao setor responsável as suas necessidades. Quando o interesse é em relação ao estudo, ele encaminha para o setor da pedagogia sobre o interesse em fazer parte da EJA. Este ano, de acordo com Josiani Souza, 48, coordenadora da EJA na rede municipal de ensino de Joinville, 97 reeducandos estão matriculados. “Para que eles tenham histórico, todos são matriculados na escola que fica aqui no bairro”, incluindo histórico, diários dos professores e todo material que for necessário e de direito do reeducando.
Como forma de respeitar a imagem dos reeducandos, as fotos divulgadas foram feitas apenas de costas ou em detalhes e os nomes foram preservados. Agradecemos ao diretor da Penitenciária Industrial de Joinville por liberar a nossa entrada com câmera dentro do complexo para que o nosso trabalho pudesse ser feito.
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Somos capazes
Absorver opiniões Buscar ideias no vento Criar um poema Ditar regras Evaporar suas opiniões Fingir estar falando a verdade Gravar tudo que escutou Harmonizar uma pessoa Hipnotizar seu dia Jogar ideias ao vento acima das nuvens Lapidar a educação Mudar de opinião Navegar em seus pensamentos Opinar no terreno alheio Pontilhar notas musicais Querer sorvete Ritmizar músicas Surpreender a todos Tonalizar uma tela de pintura.
GALERIAS
Larissa, Juliana e Esther
Luan, Isabella, João Vitor e Gabriel
ESCOLA
CAIC MARIANO COSTA Karina, Bianca, Amanda e Ana Clara
Turma do 8º Ano C
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Fotos: Daniele Labandera
Lucas, Victor, Jhon, Bruno e Rian
Nicolas, Raphael e Felipe
Turma do 9ยบ Ano C
Turma do 9ยบ Ano
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Andrew e Lina
Emily, Thalia e Maiara
Juliana e Isabella
ESCOLA
PAUL HARRIS
Fotos: Daniele Labandera
Turma do 8ยบ ano C
Turma do 7ยบ ano B
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Bruna e Geovana
Gabrielle, Gabrielle e Raissa
Gabriel, Maria e Eduardo Gustavo
Luan e Vinicius
Turma do 9ยบ ano 2
Nicolas e Gabriel
Talita e Lara
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Amanda e Vitoria
Fernanda e Agata
Liana e Geovana
Luan e André
Erika e Natalia
ESCOLA
Fotos: Daniele Labandera
VEREADOR ARINOR VOGRMDANGER
Turma do 8º ano C
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Victor e José
Ruan e Lucas
Turma do 9º ano C
Maria Luiza e Maria Crlistina
Yasmin, Pamela e Joana
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Eduarda, Prof. Jandinara e Larah
Geovana, Joรฃo Pedro e Amanda
Carolina e Orientadora Tiara
ESCOLA
VIRGINIA SOARES Artur e Vitor
Turma do 8ยบ ano B
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Amaro e Caio
Isabel, Larissa e Kailane
Lucas, Guilherme e Lucas
Fotos: Daniele Labandera
Maria Eduarda, Nathielli, Larissa e Sabryna
Joรฃo Arthur, Daniel e Guilherme
Turma do 8ยบ ano A
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Maria Eduarda , Carol e Leticia
Leticia , Amanda e Leticia
Rafael e Julia
ESCOLA
ZUMA DE OLIVIERA Fotos: Daniele Labandera
Eloir , Vinicius, Gabriel e Felipe Luiz
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Turma do 8ยบ ano C
Eduardo e Flavio
Ana Paula e Kellen
Turma do 9ยบ ano B
Mariana e Gabriela
Matheus e Gustavo
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Por Vanessa Esteves www.esteveswhere.com SAIDEIRA
366 DIAS EM MENOS DE TRÊS MINUTOS O ano está acabando. Os fogos de artifícios preparados para serem soltos à beira-mar me dizem isso. Tantos obstáculos, tantas decepções, tantas surpresas e tantas conquistas. Trezentos e sessenta e cinco dias com seus altos e baixos. Como se não fossem suficientes, ainda vivemos mais um dia em um ano que não foi nada fácil para muita gente com quem conversei. Foram doze meses em que ficamos desgastados com tanta tragédia, falta de empatia, pessoas propagando o ódio, amizades sendo destruídas por pouca coisa, famílias não se reunindo mais, relacionamentos não tendo mais significado, guerras, crianças inocentes morrendo a cada segundo e tantas outras situações que só nos deixam para baixo e com vontade de terminar logo o ano que chega ao fim. Mas nem tudo são espinhos, pois tivemos momentos que foram como as mais belas flores de
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um jardim para nós. As conquistas que tivemos, as gargalhadas que demos, os abraços apertados que recebemos, os beijos com sentimentos que nos fizeram suspirar, as festas que fomos com nossos amigos, os momentos de paz que sentimos. Tudo isso fez parte do nosso ano e acredito que não cheguei nem na metade do que realmente aconteceu. Tudo bem, o ano pode até ter sido difícil para nós, porém precisamos parar de quase sempre enxergar o lado ruim da nossa vida. Fim do ano é um momento ótimo para fazermos retrospectivas, sim, entretanto, é impensável deixarmos sempre o foco naquilo que não gostamos. Se bem que, para falar a verdade, já pensaram no que seria nosso ano se só houvesse momentos bons? A cada erro, um conhecimento. E a cada momento ruim, adquirimos uma experiência indispensável para os próximos dias, meses e anos. Porque a cada vinte e quatro
horas que passam, somos uma nova pessoa. Evoluímos minuto por minuto e não teria a mínima graça neste mundo se continuássemos iguais a cada aprendizado que a vida nos proporciona. Por isso não devemos acreditar que nosso ano foi péssimo, pois daqui a algum tempo viveremos situações ainda mais incômodas do que as deste ano. E não digo isso da pior forma possível, mas, sim, querendo que a nossa positividade cresça cada vez mais e que não tenhamos medo de seguir em frente, mesmo sabendo que os obstáculos ainda serão numerosos. O ano quem faz somos nós, independente de tudo de ruim que acontecer. Nós só precisamos aprender a tirar proveito disso. A contagem regressiva já começou: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2... agora tenho que ir, 2017 me espera para fazer dele um dos melhores anos da minha vida. Espero que você torne o seu inesquecível também.
Vanessa Esteves tem dezenove anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota
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