its Teens Joinville - 24 by Revista its

Revista Its Teens Joinville nยบ 24 2017 | R$ 9,80

WI- FI

THE WALKING DEAD GO

DIA DO PROFESSOR

QUEM AGRADECE QUEM?

CURTA AS NOSSAS

PÁGINAS. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.

TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo.

CULTURA POP

WI-FI

DIA DO PROFESSOR

CAPA

ECONOMIA

SAIDEIRA

conteúdo 8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

Só este ano, em uma das publicações do nosso Cultura Pop, fizemos um compilado de parcerias de sucesso da menina Anitta. Mas a moça vem engatando tanto sucesso atrás do outro que não tem como deixar de fora dos nossos melhores do mês. Até porque o último lacre nada mais é que o primeiro single em inglês, “Will I See You”, uma parceria com o produtor Poo Bear.

14 | DIA DO PROFESSOR

18 | CAPA

Há 28 anos, Marilise Stein Matsumoto, professora de artes na rede municipal de ensino de Joinville, escolheu a educação como a profissão para seguir. Inspirada na sua irmã, que também fez da sala de aula o seu trabalho, Marilise se emociona quando questionada o motivo que a faria agradecer aos seus alunos: “ Eu agradeço aos meus

Sentado ao lado da quadra, observando o jogo de futsal da Escola Municipal Amador Aguiar, o capitão do time da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer analisava as jogadas. A tarefa fazia parte da estratégia para entender a tática do adversário, já que o enfrentaria em seguida na primeira fase dos Jogos Escolares 2017, promovido pela Secretaria de Esportes.

28 | ECONOMIA

42 | SAIDEIRA

A Escola Municipal Professora Eladir Skibinski há pouco mais de um ano ganhou um banco. Não, não esse feito para sentar. Um banco com apenas uma função: servir de poupança. Na gerência, a professora Carlas Rosimeri do Nascimento Pawluk assumiu o comando e potes recicláveis serviram de cofres para cada aluno colocar sua economia. Com isso, os estudantes do quinto ano trabalharam o projeto “matemática x sustentabilidade: uma conta que dá certo”.

A cena é esta: eu de pijama comendo brigadeiro de panela na frente do notebook em um sábado à noite. Sim, todas as minhas amigas estão namorando e eu não tenho a atitude de sair sozinha. Mentira. Eu tinha um aniversário de um conhecido para ir, mas fiquei com preguiça de comprar o presente e resolvi aproveitar meu ócio noturno. Mentira de novo. Estou com uma baita espinha no nariz e ficaria ridícula nas fotos. Dessa vez é verdade, eu juro.

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br

Salve, galera its!

Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC

JÉSSICA STIERLE

Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br

Não posso te dar certeza, mas creio que mais da metade das pessoas que já passaram pelo ambiente escolar sofrem de uma síndrome: saudades dos jogos, das gincanas e do envolvimento com a galera. As minhas melhores memórias são desses momentos. Não importavam mais as intrigas, as desilusões amorosas e as encrencas, os jogos escolares sempre tocam em pontos cruciais para o nosso desenvolvimento: companheirismo e dedicação. Acho incrível o quanto o esporte, seja ele qual for, possui o poder de nos dar lições de vida muito além de um sermão paterno. Parece que ele nos dá garra e discernimento para entender que precisamos nos doar, nos fortalecer, nos humilharmos e sabermos reconhecer que ganhamos até quando perdemos. Afinal, a vida é mesmo um jogo, e eu te garanto: é muito melhor aprender brincando!

Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br

Jéssica Stierle

EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:

Tiragem: 3,000 mil exemplares

Shawn Mendes - There’s Nothing Holdin’ Me Back Projota - Linda ft. Anavitória Nick Jonas - Find You Alok feat. Matheus & Kauan - VillaMix (Suave)

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

OS CULPADOS

facebook.com/revistaits @revista_its

LUCAS INÁCIO

6 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

PRISCILA ANDREZA DE SOUZA

RENATA BOMFIM

instagram.com/revistaits

CULTURA POP

SÉRIE BRASILEIRA NA NETFLIX?! ANITTA, MAIS UMA VEZ! Só este ano, em uma das publicações do nosso Cultura Pop, fizemos um compilado de parcerias de sucesso da menina Anitta. Mas a moça vem engatando tanto sucesso atrás do outro que não tem como deixar de fora dos nossos melhores do mês. Até porque o último lacre nada mais é que o primeiro single em inglês, “Will I See You”, uma parceria com o produtor Poo Bear. A novidade é que este lançamento faz parte do projeto “xeque mate”, em que “Anira” vai lançar um clipe por mês. Tá bom para você ou quer mais?

8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Anunciada pela Netflix no início de setembro, a terceira série original brasileira “Samantha” já começou as gravações e conta no elenco, como personagem principal, a atriz e cantora Emanuelle Araújo. De acordo com divulgação, o seriado vai contar a história de uma ex-celebridade dos anos 80 que quer reencontrar o holofote e lutar pela fama perdida.

MANDA MAIS SOFRÊNCIA E PUNKADÃO QUE TÁ POUCO A última pesquisa feita pelo Spotify trimestral comprovou aquilo que a gente mais anda escutando nas rádios e está sempre em alta nos #top10 da vida: das 20 músicas mais ouvidas, 18 de cantores brasileiros e, em sua maioria, do sertanejo e funk. Confere você também e concorda com a gente que é de sofrência e punkadão que o povo gosta:

MAIS UM BABY NA REALEZA O terceiro filho (ou filha) do Príncipe Wiilian e a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, já está a caminho, deixando a família ainda mais completa ao lado dos pequenos George, 4, e Charlotte. Parabéns a família! <3

1. Major Lazer feat Anitta & Pabllo Vittar – “Sua Cara”

2. MC Livinho – “Fazer Falta” 3. Pabllo Vittar – “K.O.” 4. Anitta – “Paradinha” 5. Ed Sheeran – “Shape of You” 6. Henrique & Juliano – “Vidinha de Balada Ao Vivo”

7. Alok, Bruno Martini e Zeeba – “Never Let Me Go”

8. Alok, Bruno Martini e Zeeba – “Hear Me Now”

9. Daddy Yankee, Luis Fonsi – “Despacito Remix”

10. Henrique & Diego – “Raspão Ao Vivo” 11. Pablo Martins, Baviera, Knust e

1Kilo – “Deixe me Ir Acústico” 12. Maiara & Maraisa – “Sorte Que Cê Beija Bem Ao Vivo” 13. MC G15 – “Cara Bacana” 14. MC Fioti – “Joga o Bum Bum Tamtam” 15. Simone & Simaria – “Regime Fechado Ao Vivo” 16. Mc Zaac – “Vai Embrazando” 17. Mc Lan – “Rabetão” 18. Nego do Borel – “Você Partiu meu Coração” 19. MC Kevinho – “O Grave Bater” 20. Wesley Safadão – “Ninguém É de Ferro”

O TIRO, ELE SEMPRE É CERTEIRO Parece que os três anos sabáticos de menina Taylor Swift sem uma música inédita chegou ao fim. “Ready for It” é o carro chefe que comanda o seu sexto álbum “Reputation” marcado para ser lançado ainda em novembro deste ano. De todo o modo, ainda não superamos o tiro da produção de “Look What You Made Me Do” e todas as suas referências. E aí, ansiosos para o #bombardeio de lacres?!

WI-FI Por Lucas Inácio

eSPORTS OLÍMPICOS

Momento itsports no Wi-Fi. Isso porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) considera a possibilidade de incluir os eSports nos Jogos Olímpicos. O presidente da entidade, Thomas Bach, voltou atrás em uma declaração dada em abril e disse que as Olimpíadas estão de portas abertas para receberem os jogos eletrônicos, mas com alguns poréns. Primeiro, a modalidade precisa de uma instituição que crie regras universais, uma exigência para esportes olímpicos. Em segundo lugar, Bach deixou claro que games violentos não entram. “Nós queremos promover a não violência e paz entre os povos. Os Jogos Olímpicos não combinam com videogames focados em violência, explosões e matança, é aí que nós temos que criar um limite”, falou o presidente do COI. A ideia é que a modalidade possa entrar nas Olimpíadas de 2024, ainda sem sede definida.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

SNAPCHATFLIX

O Snapchat anunciou que vai investir ainda mais na produção de conteúdos próprios, incluindo séries exclusivas, até o fim do ano. O aplicativo já conta com conteúdos jornalísticos em parcerias com as redes americanas NBC e CNN, além de programas da MTV, mas será a primeira vez que a dramaturgia entrará oficialmente no Snapchat. A ideia é voltar a aumentar seu público após a perda de usuários para o Instagram com a criação do Stories. Os conteúdos terão até cinco minutos de duração, mas ainda não foram anunciados quais.

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AVIÃO BOLT A NASA divulgou em seu canal no YouTube imagens antigas do SR-71 Blackbird, o avião tripulado mais rápido já produzido. Com design diferentão, o avião atingia velocidades de até 3.540 km/h. Para se ter uma ideia, isso é mais que o dobro da velocidade do som (1224 Km/h). Ele podia manter essa velocidade durante uma hora de voo, ou seja, é como ir de Florianópolis a Belém (PA) em apenas 60 minutos, um quarto do tempo normal. O Blackbird começou a ser desenvolvido na década de 50, durante a Guerra Fria, por isso o projeto era tido como ultrassecreto e só foi revelado nos anos 90. Quatro modelos foram produzidos, sendo dois deles da NASA e dois da força aérea dos EUA. O modelo foi aposentado em 1999.

BARMAN ROBÔ

Imagina ter uma máquina que faz os drinks mais loucos para as suas festas – sem álcool para os menores de idade, é claro. Isso existe. Batizado de Barbot, a tecnologia utiliza uma esteira, as várias bebidas (posicionadas como em uma máquina de refrigerante) e um smartphone. Basta colocar o copo na esteira, selecionar a receita da bebida no aplicativo e deixar que o Barbot faça o resto. A máquina não está à venda, mas a tecnologia desenvolvida pelo lituano Lukas Sidlauskas é open source, ou seja, as informações são de livre acesso e podem ser montadas por alguém que “manja dos paranauê”. E o melhor de tudo é que o Barbot não pede gorjeta.

THE WALKING DEAD GO

A série de TV The Walking Dead fez tanto sucesso que chegou ao ponto de virar jogo. Agora, o novo game baseado na franquia será lançado em realidade aumentada, no estilo Pokémon GO. O The Walking Dead: Our World funcionará da mesma forma: a câmera do celular detecta os zumbis no mundo real. A diferença é que, ao invés de capturar, você terá que detoná-los com as armas disponíveis. Além disso, os personagens da série Rick, Michonne e Daryl estarão lá para dar uma força nessa missão. O jogo, desenvolvido pela Next Games, ainda não tem data para ser lançado, mas estará disponível para Android e iOS.

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

Escolas

Um projeto que valorizou o espaço do refeitório do CEI Alzelir Terezinha Gonçalves Pacheco, em Joinville, ganhou destaque nacional no Prêmio Arte na Escola Cidadã. A atividade chegou a final do concurso, que recebeu mais de 900 inscrições de todo Brasil. O projeto “Arte, Cultura e Comensalidade: o Refeitório da Creche como Espaço para a Construção da Identidade” foi desenvolvido em 2016 pelas professoras Josiane Cristine Krüger Do Amaral, Maura Domingos Cardoso e Ana Elizia Porfírio. Segundo a diretora da unidade Rosane Mari dos Reis, a proposta surgiu da equipe que começou a refletir sobre valorização do espaço do refeitório. “Vínhamos de formações sobre a qualidade do tempo e do espaço da alimentação que oferecíamos às crianças diariamente. A partir destas reflexões, passamos a perceber o quanto o refeitório do CEI era um ambiente invisível aos nossos olhos, e quão grande era seu potencial educador para além da simples

função de acomodar corpos para se alimentar”, explica. Com a ideia formada, as três professoras desenvolveram com as crianças de 1 a 3 anos conhecimentos e experiências inspiradas no modo como as comunidades indígenas e africanas se relacionam esteticamente com o próprio corpo e com a natureza. Foram usados os objetos de arte, como esculturas, máscaras, cestarias e indumentárias. As experiências lúdicas e artísticas resultaram na intervenção estética do refeitório e na construção de uma varanda cultural. A transformação de ambientes externos à sala de aula faz parte do programa Reinventando o Espaços Escolares, mantido pela Secretaria da Educação de Joinville, previsto no Plano Municipal de Educação. O objetivo do programa é que todo o CEI tenha uma intenção pedagógica. Ao valorizar o ambiente do refeitório,

a equipe do CEI Alzelir Terezinha Gonçalves Pacheco também utilizou uma prática relacionada às rotinas alimentares, que está prevista no documento “Educar e Cuidar na Educação Infantil: Caminhos Metodológicos para a Rede Municipal de Joinville”. O instrumento orienta que o momento da alimentação nos CEIs e escolas municipais constitui-se como uma prática social e cultural que precisa ser aprendida e realizada com autonomia pelas crianças. O projeto “Arte, Cultura e Comensalidade: o Refeitório da Creche como Espaço para a Construção da Identidade”, do CEI Alzelir Pacheco, também foi contemplado no 24º Prêmio Embraco de Ecologia, em 2016. O CEI também foi contemplado em 2008 no Prêmio Arte na Escola, na época com o projeto “ Uma Pá de Descobertas” desenvolvido pela então professora na época Rosane Mari dos Reis, atual diretora da unidade. Na categoria Educação Infantil, o CEI de Joinville concorria com uma unidade de Montenegro (RS), vencedor desta edição. O Prêmio Arte na Escola Cidadã é realizado pelo Instituto Arte na Escola desde 2000 e já premiou 89 professores de arte em todo o Brasil. O objetivo é identificar, reconhecer e divulgar projetos modelares na área de Artes em sala de aula.

Foto: Phelippe José/Secretaria de Comunicação de Joinville

CEI DE JOINVILLE GANHA DESTAQUE NACIONAL COM PROJETO CULTURAL EM REFEITÓRIO

PROJETO DE ESCOLA DE JOINVILLE ENVOLVE COMUNIDADE PARA REDUZIR O ABANDONO DE ANIMAIS Um evento em que os convidados especiais se chamam Filé e Franja. Esses são os nomes dos dois cães que receberam o carinho coletivo dos alunos da Escola Municipal CAIC Desembargador Francisco José Rodrigues Oliveira, no bairro Comasa. O feito ocorreu na apresentação dos trabalhos do projeto Educação Ambiental e Humanitária para o Bem-estar Animal. Durante 40 minutos, os estudantes acompanharam apresentações de música, dança e teatro com a temática de tutela responsável. Desde o início do ano, cerca de 570 alunos estiveram envolvidos em diversas atividades, como palestras e oficinas de criação, para entender a importância de tratar bem cães e gatos. Mesmo com o projeto em andamento, Roselena já percebe mudanças de comportamento. “Percebemos que as crianças já sabem o que deve ser feito e estão multiplicando as informações.” Sensibilizado, o aluno Vitor Neckel, do 7º ano, escreveu e apresentou uma peça teatral para retratar as consequências de uma adoção irresponsável, que acaba em abandono. O pequeno Breno Rocha, de seis anos, já sabe os cuidados necessários. “Aprendi que tem que dar comida, levar pra passear e dar carinho”. A mãe da aluna Brenda, Cicera Domingues, 36, afirma que já sentiu melhoras na atitude da filha no cuidado com os dois cães que tem em casa. “Quando chega da escola, ela já vai fazer a higienização do terreno”, relata. No final do evento, a professora Roselena anunciou a entrada do cachorro Filé e a cadela Franja, que foram recebidos com aplausos e manifestações de carinho. Neste dia, a Escola Municipal Caic Desembargador Francisco José Rodrigues Oliveira estava toda enfeitada com fotos e frases de conscientização.

ESCOLA DE JOINVILLE RECEBE CAIXA EM INTERCÂMBIO CULTURAL COM CORÉIA DO SUL Foi cerca de um mês de expectativa entre a chegada até a abertura da caixa enviada por estudantes de uma escola da Coréia do Sul num projeto de intercâmbio cultural com Joinville. A professora de Língua Inglesa Luiza de Freitas Neto Soares, da Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda, abriu a embalagem e mostrou aos alunos todo o conteúdo. A atividade ocorre nas aulas de inglês com duas turmas do 8º ano. A caixa foi enviada pela Hogok Middle School, na cidade de Goyang-si, próxima à capital sul-coreana Seul. Dentro da caixa estavam vários objetos da cultura oriental, cartas, desenhos e dois potes de macarrão instantâneo. A cada item mostrado, os alunos faziam expressões de espanto, curiosidade e alegria. “A gente ficou numa expectativa muito grande. Vieram coisas bem diferentes do que esperávamos”, conta Bruno Cordeiro, 13 anos. Ele também explica a importância desta atividade. “Isso faz a gente se interessar mais pela língua inglesa.”

Essa é a intenção da professora Luiza, fazerem os alunos absorverem melhor uma língua estrangeira com ações além do conteúdo de sala de aula. “A língua inglesa traz outras oportunidades. Muitos alunos questionam por que aprender inglês se eu estou num país que fala português. Além de melhorar as oportunidades de trabalho, aumenta a possibilidade de viagens, novas amizades”, defende a educadora. Os alunos de Joinville já se comunicaram com os sul-coreanos por meio de vídeo gravado. A tarefa agora é enviar outra caixa aos colegas estrangeiros. “Eles mandaram miojo, talvez a gente envie paçoca. É uma comida típica daqui”, conta a professora Luiza. É o terceiro ano seguido que ocorre este projeto de intercâmbio cultural da Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda, sempre com o foco no aprendizado de língua estrangeira. Em 2015, foi com estudantes de Seul, também na Coreia do Sul, e em 2016, com a Escócia.

DIA DO PROFESSOR

QUEM Agradece QUEM No mês em que se comemora o Dia do Professor, uma matéria dedicado aqueles que fazem a diferença na educação Há 28 anos, Marilise Stein Matsumoto, professora de artes na rede municipal de ensino de Joinville, escolheu a educação como a profissão para seguir. Inspirada na sua irmã, que também fez da sala de aula o seu trabalho, Marilise se emociona quando questionada o motivo que a faria agradecer aos seus alunos: “ Eu agradeço aos meus alunos por tudo o que eu já contribuí para eles que hoje em dia trazem de volta para mim”. Com a missão de fazer a diferença na vida de cada aluno, Marilise busca despertar um novo olhar para a sociedade. E foi com esse pensamento que resolveu participar pela segunda vez do Prêmio Arte na Escola Cida-

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dã, promovido pelo Instituto Arte na Escola. Classificada até a semifinal, a professora trabalhou com os alunos do quinto ano da EM Professor Aluízius Sehnem a consciência ambiental com reprodução dos animais que fazem parte da região em que a escola se localiza, no bairro Espinheiros. A ideia surgiu quando os alunos passaram a observar que havia um artista no bairro fazendo desenho e pinturas em um muro. Como já fazia parte do planejamento trabalhar conceito de cores e tonalidades, a professora resolveu levar para dentro da sala de aula a ideia de reproduzir em desenhos e pinturas animais da fauna e flora de forma tridimensional. “Foi aí que tivemos a ideia de criar uma instalação”, comenta a professora que usou a ideia dos próprios alunos, que apontaram proble-

mas de lixo no mangue. Para fazer o exercício artístico, desde lixo orgânico a balão para simbolizar a água, o espaço na biblioteca da escola virou exposição para alunos e comunidade escolar que foram conferir o resultado do trabalho. De acordo com Marilise, o projeto serviu para proporcionar um novo olhar ao lugar em que o aluno vive. “Também um despertar para uma consciência em relação aos problemas ambientais da nossa região e um amor pela arte.” Apaixonada pela arte, desenvolver esse projeto e todos os que já fez ao longo de mais de duas décadas de profissão, a professora Marilise só sabe fazer uma comparação: “Para mim, estar numa sala de aula é como comer chocolate: é uma delícia”.

Por Renata Bomfim

Fotos: Renata Bomfim

Nas escolas que passamos para apurar esta edição de outubro, visitamos algumas salas de aula com a missão de pedir para que os alunos respondessem a seguinte pergunta: se eles pudessem agradecer algum professor, quem eles agradeceriam? Neste mês tão especial que comemoramos a profissão que forma todas as outras, esta foi uma forma que nós, da Revista its, homenageamos a todos aqueles que fazem a diferença por uma educação cada vez melhor. Parabéns a todos os professores!

r ndra, po sora Sa s e f o is r a p m , s “Obrigado momento s o n d o n mig qua o estar co ida ou, v a h in me da m , por ter e difíceis d a ld u ic .” om dif rofessora estava c melhor p , o m a e T ajudado. to ano idral, sex Vinicio C omes ito Luiz G e f e r P EM

radeço por me “Professora Eloi, ag quando eu faço ajudar, por ensinar car bem certierrado e por me expli béns!” nho a matéria. Para nes, sexto ano Gustavo Henrique Nu mes EM Prefeito Luiz Go

“Eu queria agradecer a todos os professores, porque eles além de darem as melhores aulas, eles fazem todas as aulas com muito carinho. Por isso eu quero agradecer a todos.”

“Eu agradeço a to dos, mas especificamente a prof essora Glaucinha, porque além de professora é uma mãezona, pa rceira e conselheira. Agradeç o pelo ensinamento e companh eirismo, serei sempre grata por tudo.” Carla Raiane, nono ano EM Professora El adir Skibinski

Adrian dos Santos, sexto ano - EM Prefeito Luiz Gomes

“Vocês me ajudaram e me ensinaram. Agrad eço a você s, agora não fico mais nas ruas. Vocês fora os melhore m s professo res que e conheci. Ag u radeço muit o a vocês.” Kevin Walla cyCândido Matias, se xt o ano EM Prefeit o Luiz Gom es

“Eu queria agradecer a professora de inglês, porque eu não sabia falar em inglês. Mas agora eu estou aprendendo e quando eu tenho algumas dúvidas, ela vem me ajudar.” Kayky Araújo Dias, sexto ano EM Prefeito Luiz Gomes

profestodos os a r e c e iência “Agrad ação, pac ic d e d la al, sores pe isas. Afin outras co s a e, s n a a d t o et impor t ão mais s is f o r s p o m o é a não tería la e m e s porque ssário.” ento nece im c e h n o c e Castro, ourenço d L ly ie r b a Gr nono ano ibinski Eladir Sk a r o s s e f o EM Pr

m, obriga“Professor Édso e o senhor do por tudo o qu s: passe de ensinou para nó tre outros. bola, drible, en que nós sa95% das coisas as a vocês. bemos foi graç o ter sido Desculpa por nã terclasse. O aprovado no in sinou faltou que você nos en ção. Enfim, raça e dedica .” obrigado por tudo Lima, Jorge Floriano de Professora nono ano - EM Eladir Skibinski

“Agradecer alguém, em específico, é dif ícil. Estou com alguns professo res desde o meu sext o ano. Gostaria de agradecer a todos os meus prof essores por me tornar o que so u hoje e o que vou ser amanhã. Cada um deles tem um lugar específico no meu coração, principalmente meu professor de ma temática por me ajudar a gosta r de matemática e minha professora de português que permite eu coloc ar todos os meus sentimentos em trabalhos.” Ester Vieira, nono an o EM Professora Eladir Skibinski

“Eu agradeceria a professora Danúbia por nos incentivar a sermos crianças melhores.” Alice, quarto ano - EM Professor Aluízius Sehnem

fessoras cer as pro e d ra g a a bia por “Eu queri e e Danú n ia st ri C bém Roberta, isas e tam o c s a it u m scola por ensinarem decer a e ra g a e d a gostari is.” coisas lega ter tantas ano a, quarto rd a u d E a ri Ma Sehnem or Aluízius ss e f ro P EM

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professora “Eu queria agradecer a superar eu Danúbia por ter feito medos e por minha vergonha, meus ssores. Te isso Feliz Dia dos Profe amo!” arto ano Letícia Nunes Silva, qu Sehnem EM Professor Aluízius

“Eu queria agradecer a professora M arlise por ter me ensinado a desenhar.” Julia Hika ri, , quart o ano EM Profe ssor Aluíz ius Sehnem

“Eu queria agradecer a todos os professores, mas têm du as professoras que go sto muito: Danúbia e Raquel, por que elas m e ensinaram coisas que eu não sab ia e nunca pensei que ir ia saber. A ed ucação é tudo, eu am o muito elas! ” Fernanda C astilho, quart o ano EM Professo r Aluízius S ehnem

CAPA Por Renata Bomfim

RESPEITO

EM QUADRA

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Fotos: Emily Milioli

Na 19ª edição, os Jogos Escolares de Joinville promove a prática esportiva e o intercâmbio de conhecimento entre as escolas

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Sentado ao lado da quadra observando o jogo de futsal da Escola Municipal Amador Aguiar, o capitão do time da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer analisava as jogadas. A estratégia fazia parte para entender a tática do adversário, já que o enfrentaria em seguida na primeira fase dos Jogos Escolares 2017, promovido pela Secretaria de Esportes. Na 19ª edição, das 59 escolas públicas e privadas inscritas, 34 são da rede municipal de ensino. De acordo com o coordenador de eventos e competições, Gilvane de Souza Claudio, as escolas municipais estão com uma qualidade muito grande e isso se deve pela valorização do esporte. “Com a vivência do esporte na escola, eles se preparam e surpreendem aqui”, comenta Gilvane que, para o ano que vem, quer aumentar o número de unidades escolares inscritas. “Queremos chegar perto das 70 inscrições. A gente quer que as escolas que não vieram este ano sintam-se motivadas a participarem.” Para isso, o planejamento da Secretaria de Esportes busca visitar as escolas, como comenta o coordenador, e levar o que de melhor aconteceu durante todo o evento para motivar as que ainda não se inscreveram. Além disso, o próximo ano reserva uma novidade: “nós vamos fazer um planejamento um pouco mais a longa data, os jogos serão no primeiro semestre”. Com isso, o objetivo dos Jogos Escolares de Joinville é, além de incentivar o aluno a ter gosto pela prática esportiva, também mostrar que o esporte é uma ferramenta de educação. “É um momento de lazer e descontração, mas também é de disciplina e companheirismo. São inúmeros os

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Abertura Jogos Escolares de Joinville

valores que o esporte proporciona para a vida do aluno”, aponta Gilvane. É o que também acredita a professora de educação-física e técnica do futsal da EM Professora Karin Barkemeyer, Danielle Cristine Soppa. Para ela, é inquestionável a oportunidade que se tem de socialização durante todo o evento. Carimbando a terceira participação nos jogos, a professora aponta que os alunos que mais se destacam em quadra, são aqueles que mais têm dificuldade de rendimento escolar. “Por isso nós fazemos um acordo de nota, comportamento e respeito com os professores”, relembra Danielle. Mas entre os jogadores da EM Amador Aguiar, o acordo também não foi muito diferente, inclusive, lá a professora de educação-física também virou técnica. Taiane Ferreira dos Santos comentou que para

serem escalados ao jogo, os alunos precisaram ter nota mínima dentro dos critérios acordados entre direção e equipe pedagógica. “Também sem desrespeitar o professor e sem falta.” No total, 1,6 mil atletas se inscreveram entre as categorias de 11 e 13 anos e de 14 a 16 anos, divididos entre as modalidades de atletismo, basquete, futebol, futsal, ginástica artística e rítmica, handebol, judô, karatê, natação, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia e xadrez. Como novidade, este ano os jogos do paradesporto (atletismo, natação, tênis de mesa e basquete em cadeira de rodas), que antes ocorria de forma agora será de forma paralela. “Os jogos agora são integrados”, diz Gilvane. Além dessa mudança, o ano que vem o evento pretende criar uma identidade e trazer mascotes para os dias de competição. “Uma ideia a mais para fortalecer os jogos.”

Foto: Rogerio da Silva_Secom

RIVALIDADE?

SÓ EM QUADRA

PROGRAMA INCENTIVA

PRÁTICA DE ESPORTE NAS ESCOLAS

Com atuação em 136 locais, o Programa de Iniciação Desportiva (PID) conta com a participação de mais de seis mil alunos da rede de ensino (municipal, estadual e particular) envolvidos nas 25 modalidades que o programa oferece. Tendo como objetivo promover a inclusão social por meio do esporte, o PID é gratuito e podem participar todos os alunos que estejam matriculados no ensino regular. Ficou interessado? Veja na secretaria se na sua escola o programa está em funcionando ou até mesmo se no seu bairro existe algum pólo da modalidade que você deseja participar.

O cumprimento de João Victor de Souza, 15, da EM Amador Aguiar com Gustavo Vital Moreira, 14, da EM Professora Karin Barkemeyer mostrou que as adversidades ficam só em quadra. Os dois vestem camisas de escolas diferentes, mas dividem o mesmo time que fizeram amizade: o Fluminense. Ambos são atletas e defendem o mesmo time na categoria em que jogam. Marcando presença pela quinta vez no evento, Gustavo sempre se motiva a participar dos Jogos Escolares por ser disputado. “E é o único campeonato que tem no ano entre as escolas”, comenta.

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Atletas da rede municipal carimbam presença em

JOGOS A NÍVEL NACIONAL

Depois de passar pela etapa regional, continuar na primeira colocação na etapa estadual, atletas da rede municipal de ensino de Joinville conquistam vaga no Jogos Escolares da Juventude. De acordo com informações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a edição deste ano conta com mais de quatro mil atletas e mais de mil escolas públicas e privadas participando do Brasil todo. No total, 77 escolas de 37 municípios de Santa Catarina marcam presença este ano no evento, sendo de Joinville a cidade com maior número de participações, com 11 instituições inscritas. Só Camilly Caroline dos Santos, 14, aluna do 8º ano da EM Professora Eladir Skibinski participa pela segunda vez dos jogos e este ano só consegue ter um foco: ser classificada entre as três primeiras e passar para o Sul-Americano, na categoria de atletismo. Praticante do esporte desde 2015, quando sua atual treinadora a viu participando de uma maratoninha, Camilly não parou mais de treinar.

Camilly Caroline dos Santos participa pela segundo vez dos Jogos Escolares da Juventude e busca vaga no Sul-Americano REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Inspirada em Usain Bolt, velocista jamaicano, a jovem atleta segue para o campeonato com a sensação de conquista por representar Santa Catarina. “Não é todo mundo que consegue e é uma experiência boa de carregar o peso e levar o nome da sua cidade.” Também na categoria de atletismo, mas como atleta do Jogos Escolares Paredesportivos de Santa Catarina (Parajesc), Mychael Teixeira Silva, 13, aluno do oitavo ano na EM Prefeito Luiz Gomes conquistou a vaga para a etapa nacional participando pela primeira vez na modalidade. Adepto do esporte desde pequeno, foi no atletismo que Mychael mais se identificou e, segundo ele “ficou mais popular na escola”. Tão popular que junto com Isabelly de Andrade, 11, aluna do sexto ano que se classificou no Parajesc para a etapa nacional disputando na natação, os dois alunos viraram referência na escola (além de outros que também são atletas). Para a diretora, Guiomar Aparecida da Mota, eles virarem exemplo para a comunidade escolar que olha para eles e veem que é possível acreditar no potencial que eles têm. “O Mychael, ele é um menino que tinha problemas com faltas. Hoje, ele é um aluno que nós estamos conquistando”, observa. Para Marili Teresinha Cardoso Narciza, auxiliar de direção, os professores também servem como apoiadores nesse processo. “Eles incentivam a continuar tentando, se empenhando em ter bons resultados”, comenta a auxiliar.

Mychael Teixeira Silva e Isabelly de Andrade são alunos da EM Prefeito Luiz Gomes e atletas medalhistas no Parajesc

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FOLCLORE

VIAGEM PELA CULTURA Quem visitou a 1ª Feira Folclórica, da Escola Municipal Professor Edgar Monteiro Castanheira, no bairro Fátima, pôde embarcar numa viagem pela cultura do nosso país entre os 17 estandes das turmas do 1º ao 9º ano, que se prepararam em cerca de dois meses para celebrar o Dia do Folclore, comemorado em 22 de agosto. Da literatura de cordel à festa do Divino Espírito Santo, a escola envolveu cerca dos 900 alunos matriculados para participarem do evento, que promete entrar para o calendário da escola, como acredita

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Mery Ellen Tambosi, orientadora. “Até eu me aposentar, eu estarei aqui com a feira folclórica”, comenta empolgada. Ao todo, foram quatro dias de feira, que contou com apresentações de dança, teatro e brincadeiras históricas, como a velha conhecida “Escravos de Jó”. Responsável por coreografar três turmas, Elisabete Segundo, professora de educação física, alinhava as aulas com os ensaios. “Eu sempre gostei de me envolver com os alunos e trazê-los para a cultura e o conhecimento”. Para atuar no palco, Elisabete selecionou os alunos confor-

me o perfil de cada apresentação. Da plateia, um pai acompanhava as apresentações: Claudio Borghesan, pai de Victor Monich Borghesan, 14, aluno do 9º ano. Apesar de seu filho não ter se apresentado, Claudio é um daqueles pais que se fazem presentes na escola e contribuem para além das reuniões escolares. Na feira, por exemplo, ajudou a montar o palco. “Estava mais que na hora de fazer esse tipo de incentivo à cultura, as crianças precisam saber”, comenta. “Hoje em dia, com a tecnologia, elas ficam mais afastadas da cultura.”

Por Renata Bomfim

Alunos Adryan Richard Eleutero e Ruan Rosário Cardoso

Fotos: Renata Bomfim

Tradição religiosa também é

Entre uma correria e outra, uns ajustes no palco e outro, e registros de fotos e vídeos para fazer pelo celular, o diretor Claudiney Laury Salles parecia não caber em si. E não cabia. A primeira feira folclórica levou para dentro da escola mais do que as tradições e cultura da nossa história. Levou também trabalho em equipe, entrega e dedicação de alunos que, até então, não tinham lá os melhores comportamentos em sala. “Alunos problema estão se destacando de uma forma fantástica”, destaca. “Nós jogamos a ideia e o nossos professores abraçaram. Já é uma característica da escola o envolvimento dos professores, mas essa foi ímpar.”

FOLCLORE

Quando se fala em folclore, logo vêm à mente os personagens tradicionais dessa cultura: Saci-Pererê, a sereia Iara, o Lobisomem, o Bumba Meu Boi e por aí vai. Mas você sabe o que significa, na sua origem, a palavra folclore?

Claudiney Laury Salles, diretor da EM Professor Edgar Monteiro Castanheira, registra o que pode do evento pelo celular

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Segundo o dicionário Aurélio, a palavra folclore tem a ver com um conjunto de tradições e crenças populares que se dá por meio de provérbios, contos ou canções. Em outras palavras, é tudo aquilo que simboliza o costume e hábito de um povo, de um determinado lugar, que é repassado de geração em geração. Como foi o caso da sala que ganhou destaque na feira: a Festa do Divino Espírito Santo. Organizada pela professora de artes, Analandi Cristina Pereira, o espaço chamava a atenção. Com enfeites que remetiam à tradicional festa, a professora, emocionada, apresentava a tradição de que participa desde pequena, há 42 anos. “A minha família está há 55 anos nessa festa”, comenta a professora, que participa do evento na cidade de Penha. Em Santa Catarina, são também conhecidas as festas do Divino em Florianópolis, Itajaí, Barra Velha e São Francisco. Tradicionalmente, é uma festa que se comemora 50 dias após a Páscoa, como em forma de comemoração pelo Dia de Pentecostes.

#resumão

Foram tantos cliques que nós nos sentimos na obrigação de colocar no nosso varal tudo o que a nossa lente registrou em um dos dias de evento. Confira só:

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ECONOMIA

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA ESCOLA:

O que se ensina? A Escola Municipal Professora Eladir Skibinski ganhou, há pouco mais de um ano, um banco. Não, não esse feito para sentar. Um banco com apenas uma função: servir de poupança. Na gerência, a professora Carlas Rosimeri do Nascimento Pawluk assumiu o comando e potes recicláveis serviram de cofres para cada aluno colocar sua economia. Com isso, os estudantes do 5º ano trabalharam o projeto “Matemática x sustentabilidade: uma conta que dá certo”.

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Nos cofres, cada aluno colocava aquilo que podia. A ideia, de acordo com Carlas, era dividir todo o dinheiro poupado ao longo do ano em partes: uma, para ação solidária; e outra, para um passeio ou piquenique. Depois de ter passado pelo projeto, a aluna Raíssa Garcia Prestes, 12, começou desde o início do ano a poupar. “Hoje já tenho cem reais”, conta, orgulhosa, a estudante, que pretende usar o dinheiro no final do ano em viagem com a família. Para desenvolver todo esse trabalho, a professora explicou

como funciona uma poupança, falou de planejamento familiar e detalhou uma fatura de cartão de crédito. Toda essa iniciativa começou quando a Associação de Educação Financeira do Brasil trouxe para Joinville, lá em 2015, a ideia de aplicar o programa “Educação financeira no ensino fundamental” e presenteou a escola com materiais didáticos que vieram ao encontro do que, até então, a professora Carlas já havia começado a estudar com os alunos: educação fiscal.

Fotos: Renata Bomfim

Projeto estimula o aprendizado e a consciência econômica dos alunos da EM Professora Eladir Skibinski

Por Renata Bomfim

Dando continuidade em 2016, a professora Carlas alinhou a educação financeira com sustentabilidade e promoveu na escola a feira do reaproveitamento. “Nessa atividade, nós procuramos trabalhar o reciclar e o reutilizar”, comenta a professora sobre dois dos pilares dos cinco R’s (reciclar, recusar, reduzir, reutilizar e repensar). “Eu propus que cada um trouxesse, com consentimento da família, um brinquedo, jogo, roupa ou livro que não utilizassem para a escola e pudesse trocar com o amigo.” A ideia foi despertar nos alunos a consciência crítica em relação ao consumismo e sustentabilidade. Além da feirinha, o projeto, que durou todo o ano letivo, ainda contou com a criação do mercado baratinho. Com embalagens vazias, a sala de aula virou espaço para reprodução, na prática, de uma lista de compras em que os alunos precisavam saber o que adquirir com o dinheiro que tinha em mãos, fazendo conta rápida de cabeça. “Nós trabalhamos no mercadinho o sistema monetário e colocamos os preços para fazer simulações”, diz a professora. Dessa forma, disciplinas como língua portuguesa, história, matemática e artes trabalharam unidas e transformaram a atividade num projeto interdisciplinar que, neste ano, participou da Feira Municipal de Matemática e chegou até a etapa estadual, quando recebeu destaque na categoria em que concorreram.

Projeto incentivou alunos a guardarem suas moedas para trabalhar sobre educação financeira

Colocando em prática! Quando recebeu o bilhete da professora Carlas sobre a ida da turma para a Feira do Livro de Joinville, Jean Carlos Campos, 12, hoje aluno do 6º ano, logo avisou a professora de que não iria. O motivo? Não teria condições de pagar pelo ônibus. Depois de tantas visitas à feira, essa seria a primeira vez que ficaria sem ir. Mas, alinhado ao que estava aprendendo em sala, Jean logo juntou os estudos de educação financeira com o empreendedorismo: era hora de vender chaveiros para conseguir o dinheiro. Com o prazo de uma semana, Jean conseguiu juntar o valor de R$ 75, pagar pela condução e ainda comprar seis livros. “Nós usamos muito isso como exemplo para a turma que, diante de uma dificuldade, eles não podem desistir. Que pode partir deles essa questão do empreendedorismo”, comenta a professora.

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#KERO

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GALERIAS

Gustavo,Tulio e Dani

Giovana,Carolina e Juliana

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM PREFEITO MAX COLIN IRIRIÚ

Turma da 8º B

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Lauanny, Emilyn e Amanda

Pamela, Camile e Maria Alice

Gustavo, Vinicius, João e Túlio

Lais e Eduarda

Caio, Lourenzo, Nicolas, Gabriel e Wiliam

Luiz, Nicolas, Kalebe e Kauan

Gabriela e Augusto

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GALERIAS

Ana Luiza e Julya

Beatriz , Heloisa e Kamila

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM DOUTOR ABDON BAPTISTA PETRÓPOLIS

Fernando, Ruan e Ruan

Amanda eCristina

34 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Wllinton, Douglas e Christopher

Renato e Artur

Marya Victorya e Ketlyn

Ruben e Luiz

Marcos e Gabriel Augusto

Turma da EM Doutor Abdon Baptista

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GALERIAS

Cleiciane, Patricia e Ana Julia

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM AMADOR AGUIAR ULYSSES GUIMARÃES Braian

Gabriel, Wesley e Gustavo

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Dana, Alicia e Mirian

Karoline,Talia e Leticia

Turma do 5ยบ ano

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GALERIAS

Isabela, Eloisa e Paloma

Isabela, Laura, Stefani e Ana Luiza

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM ANNA MARIA HARGER GUANABARA

Turma 6ยบ Ano

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Turma da Ana Maria Harger

Turma 6ยบ Ano A

Julia e Isabelle

William, Felipe, Bruno, Heitor e Mateus

Raissa e Luiza

Alunos da EM Anna Maria Harger

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GALERIAS

Ana Julia e Guilherme

Sabrina, Julia e Leticia

Fotos: Estudio BEND

ESCOLA

EM PASTOR HANS MULLER GLÓRIA

Mariana, Ana Carolina e Manuela

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Evilin, Larisse e Guilherme

Evylin e Larisse

Vitoria, Eduarda, Bruna e Matheus

Nicolas e Matheus

Mariana e Ana Carolina

João e Mateus

Giovana, Gabriela, Leticia, Stefani e Jordania

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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza

Mentira A cena é esta: eu de pijama comendo brigadeiro de panela na frente do notebook em um sábado à noite. Sim, todas as minhas amigas estão namorando e eu não tenho a atitude de sair sozinha. Mentira. Eu tinha um aniversário de um conhecido para ir, mas fiquei com preguiça de comprar o presente e resolvi aproveitar meu ócio noturno. Mentira de novo. Estou com uma baita espinha no nariz e ficaria ridícula nas fotos. Dessa vez é verdade, eu juro. Quando estou me deleitando com o gosto saboroso de doçura nos dentes e pensando em quantas alfaces terei que comer para compensar a bomba calórica, vejo um quadradinho surgir na tela do notebook, é Babi perguntando como eu estou. A Babi foi minha melhor amiga na escola, dessas de estudar para a prova juntas, ligar à noite e fazer lados para os gatinhos. Você leu certo, o verbo está no passado: foi. A Babi não gosta que eu escreva sobre ela em minhas crônicas. Mas eu escrevo mesmo assim. Toma, Babi. Ha-há! Pena que a Babi não acha engraçado. A briga foi ridícula, dessas que a gente começa no Facebook e leva para a vida real sem explicação. Não sei você, mas eu não sou eu mesma online. Sou mais bonita, inteligente e engraçada online. E mais chata, claro. Todo mundo tem um lado muito chato online. Na verdade, penso em deletar a minha conta do Facebook, a rede já está ultrapassada, no momento curto mais o Instagram. Mas onde eu estava? Ah, sim! A briga. Babi perguntou como eu estava e nem esperou a minha resposta para dizer que tinha lido a última crônica do meu blog e não gostou nada. Disse que a suposta personagem do texto era ela e não gostou nadica de nada. Eu expliquei que não tinha cabimento uma acusação dessas sem ao menos perguntar e que não era ela. Tanto que a tal personagem tinha nome, roupas e linguajar diferentes do dela. Ela persistiu na acusação e pediu para eu deletar a crônica, dar um c’est fini, adeus para a minha obra-prima.

A crônica, diga-se de passagem, nem é tão boa assim, mas pedir para eu me desfazer daquele texto que foi gerado com tanto pesar em uma longa noite sem sono? Aquilo era demais pra mim, não me controlei e disse não. O primeiro “não” que eu disse para a Babi. Ela não estava acostumada a ouvir tal palavra, ainda mais vinda de mim, que sempre concordei com ela nos planos mirabolantes, nos temas de estudo e nas saídas à noite. O “não” foi como um soco bem no meio da boca do estômago. Ela não se conteve e disse que iria me processar e prometeu nunca mais olhar na minha cara. E cumpriu. Pensei 358 vezes em deletar a crônica do blog. Afinal, não são tantas pessoas assim que leem minhas crônicas e eu não iria morrer por deixar um texto guardado na gaveta. Ou melhor, não iria morrer em deixar o texto somente salvo na pasta do desktop. Pensei durante um mês inteiro, no ônibus, no chuveiro, na faculdade, no trabalho e até enquanto almoçava com amigos. Foi aí que a ficha caiu e percebi que Babi não era mais minha amiga. Não pela briga, mas a vida se encarregou de nos separar, a briga só foi a assinatura de contrato. Faz nove meses que não falo com a Babi. A personagem da crônica era a Babi.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

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