Revista Its Teens Joinville nº 25 2017 | R$ 9,80
SUSTENTABILIDADE
DE PORTAS ABERTAS PARA O MEIO AMBIENTE
MATEMÁTICA
PROJETO DE MATEMÁTICA É DESTAQUE EM FEIRA ESTADUAL
TÃO CONECTADA COM VOCÊ,
QUE PODEMOS CHAMAR DE SMARTREVISTA.
TAMO JUNTO
na escola,
TAMO JUNTO
no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.
EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br
Salve, galera its!
Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC
JÉSSICA STIERLE
Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br
Já finalizando o ano, é bom saber que as escolas de Joinville continuam mandando bem através de projetos e iniciativas que inovam a educação da cidade. Esta edição está repleta de conteúdos protagonizados por alunos e professores como você, que foram desde a matemática até a sustentabilidade de forma alegre e criativa, sempre focando na importância aprendizado. Esperamos que essas histórias possam te inspirar no meio escolar, social e porque não... até no universo?! (A galera que estampa a matéria de capa mandou bem nisso, né?!)
Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br
Aproveita e depois conta pra gente :) Beijos, Jé
Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:
Tiragem: 3,000 mil exemplares
Henrique e Juliano - Meu amor Mar Aberto - Sentido Ludmilla - Tipo crazy Projota - O vento
NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville
OS CULPADOS
facebook.com/revistaits @revista_its
LUCAS INÁCIO
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PRISCILA ANDREZA DE SOUZA
RENATA BOMFIM
instagram.com/revistaits
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CAPA
MATEMÁTICA
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GALERIAS
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CULTURA POP
conteúdo 8 | CULTURA POP
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Logo após Lady Gaga, quem abre o jogo da vida, polêmicas e rotina em forma de um documentário é a cantora e atriz Demi Lovato. “Simply Complicated” é uma produção do YouTube e mostra a trajetória e amadurecimento musical de Demi, gravações inéditas e os os bastidores de seu mais novo disco, “Tell Me You Love Me”.
Se você é uma pessoa desastrada e que deixa cair aparelhos eletrônicos com facilidade, achamos um relógio que é a sua cara. A Casio realizou alguns testes extremos com seu novo modelo GPW-2000 GravityMaster e ele não tem esse nome à toa. O relógio foi alçado ao espaço com a ajuda de um balão meteorológico e, quando o balão estourou – ele é feito para isso –, o relógio caiu de uma altura de 82,5 quilômetros.
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Quem entra na sala de aula do segundo ano da Escola Municipal Prefeito Wittich Freitag logo nota a disposição diferente das carteiras. Ao invés de estarem enfileiradas, agora elas passaram a ficar uma ao lado da outra, quase que um formando um círculo. Isso porque foi preciso adaptar o ambiente escolar por conta de um novo membro construído com material reciclável: a árvore frutífera.
Entre os 40 mil medalhistas participantes da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) deste ano, só as escolas da rede municipal de ensino de Joinville foram premiadas com 80, divididas entre sete de ouro, 38 de prata e 35 de bronze. Na 20ª edição da prova, a OBA já contou com a participação de mais de 700 mil alunos de todo o território nacional.
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Entre os 148 trabalhos apresentados na etapa estadual da 33ª Feira Catarinense de Matemática, que este ano aconteceu na cidade de Criciúma, lá estava a professora Jéssica Alves Biancatti, acompanhada de Bruno Gabriel Pereira e Nathália Karnopp Barbosa, alunos do 3º ano da Escola Municipal Professora Zulma do Rosário. Com o projeto “Desenvolvendo as habilidades dos alunos com os sólidos geométricos”, o trio, que participou pela primeira vez do evento, recebeu destaque na modalidade “interdisciplinaridade”.
Mais um mês que essa turma das escolas de Joinville dão o ar da graça com esses rostinhos das páginas da its. Será que você reconhece algum?
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CULTURA POP
FIFTH HARMONY NO CINEMA?
VAI TER CASAMENTO, SIM! É, parece que o namoro assumido este ano ganhou força e logo, logo a atriz Sophie Turner e Joe Jonas devem subir ao altar. Calma, Isso porque no início de outubro o casal postou uma foto nas redes sociais das alianças do noivado. Fofos, né?! Já queremos aquela festa baphônica com clássico de Game of Thrones.
A nova música “Can you see”, das meninas do Fifth Harmony já tem estreia também marcada nas telas do cinema. A música será trilha do filme “The Star”, que fala sobre o Natal. Além delas, a trilha ainda fica por conta de Mariah Carey e Zara Larsson. Já queremos esta estreia logo no Brasil também sim ou claro?
SIMPLY COMPLICATED
SOLTA O RAGATANGA Ainda não se sabe se o retorno do Rouge é definitivo. Mas o grupo subiu ao palco no Rio de Janeiro e fez a plateia voltar no tempo com os sucessos que embalaram os anos 2000: Blá blá blá, Um anjo veio me falar, Nunca deixe de sonhar e o sucesso de Ragatanga. Quem vota para esse grupo voltar logo e abrir a agenda de shows por esse Brasil? Aqui já estamos de olho. 8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Logo após Lady Gaga, quem abre o jogo da vida, polêmicas e rotina em forma de um documentário é a cantora e atriz Demi Lovato. “Simply Complicated” é uma produção do YouTube e mostra a trajetória e amadurecimento musical de Demi, gravações inéditas e os os bastidores de seu mais novo disco, “Tell Me You Love Me”. Para quem acompanha a artista desde os tempos de Barney e Seus Amigos, Camp Rock e curtiu muito os sucessos “La la land” e “Get Back”, vão surgir vários momentos nostálgicos durante o documentário, mas se você não faz ideia do que rolou nos últimos tempos na vida da artista, não vale rolar um “Sorry Not Sorry”! Prepara a pipoca e se joga que é lacre!
EU MARATONO, TU MARATONA, ELE MAROTONA, NÓS MARATONAMOS…
LUDMILLA CHEGOU DE NOVO? Se é sensualidade que você quer, então, toma! O novo clipe de Ludmilla em parceria com Jeremih “Tipo crazy” foi gravado em Los Angeles e uma pegada mais sexy (sem ser vulgar) e ao mesmo tempo romântica. O clipe já passou de mais de dois milhões de acessos e você já pode correr para conferir.
Maratonar já estava no DNA de todos antes mesmo da Netflix existir, mas nós concordamos que a partir do seu surgimento a prática se intensificou entre a nossa espécie. Em 2013, 200.000 assinantes eram super maratonistas, em 2017 esse número cresceu para mais de cinco milhões! De olho nesse comportamento, a plataforma de streaming resolveu analisar entre os seus títulos com selos oficiais de produção as 20 séries preferidas pelos maratonistas! A lista foi criada em dimensões globais, mas também dividida por países mais propensos a maratonar e adivinha? This is Brazil! A gente não fica fora dessa e aparece em 10º lugar no ranking dos países com maior proporção de super maratonistas.
AS 20 SÉRIES
É PRA FICAR NO SHAWN Depois de nos fazer soltar a voz no Rock in Rio e ganhar o título de melhor canadense entre nós, Shawn Mendes teve misericórdia dos nossos corações e voltou ao estúdio para produzir seu novo álbum. Podemos ouvir um amém?! Quem segue o cantor nas redes sociais já reparou que o garoto está com uma equipe de músicos e produtores de ponta para lançar novos hits e que a tag #SM3, em referência ao terceiro álbum, está criando ansiedade nos fãs. Aí, meu corashawn!
preferidas dos super maratonistas no Brasil 1. THE SEVEN DEADLY SINS 2. MARVEL’S THE DEFENDERS 3. SANTA CLARITA DIET 4. GILMORE GIRLS: UM ANO PARA RECORDAR 5. 3% 6. THE RANCH 7. A TYPICAL 8. STRANGER THINGS 9. FULLER HOUSE 10. YOU ME HER 11. DEAR WHITE PEOPLE 12. CHEWING GUM 13. GLITCH 14. FRONTIER 15. NARCOS 16. FRIENDS FROM COLLEGE 17. THE MIST 18. ANNE WITH AN E 19. LOVE 20. THE OA E aí? A sua preferida está na listagem?!
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WI-FI Por Lucas Inácio
Galaxy Note 8 no Brasil
Parece até o show de alguma estrela internacional da música, mas na verdade foi a chegada do Samsung Galaxy Note 8. O top de linha da marca coreana foi anunciado no comecinho de outubro e já está nas lojas com o preço salgado, mas não acima do que muitos esperavam. O preço oficial da versão 64GB é R$4.399 e a de 128GB chega por R$4.799 – muitos esperavam mais de R$5 mil. O modelo vem com vários recursos exclusivos para o uso da S Pen, a caneta que é uma das marcas do Note. Além disso, são 6GB de memória RAM, câmera traseira dupla de 12MP cada (uma delas com zoom óptico de 2x). Aproveita que o fim do ano está chegando e parcela com seus pais em até cinco natais, vai que cola.
MARAVILHAS DA
TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its
ELÉTRICO E DE LUXO
Um carro elétrico da Porsche foi flagrado durante a realização de testes. Parece estranho usar o verbo “flagrar” para se falar de um automóvel, mas acontece que se trata do Mission E, um modelo com previsão de lançamento para 2019 e que vinha sendo mantido em segredo. Esse é um dos trunfos da empresa alemã para fazer frente à Tesla, empresa conhecida justamente pelos carros elétricos e que está em franco crescimento entre as linhas de luxo. Apesar do tempo para seu lançamento, a Porsche já deu alguns detalhes sobre o Mission E que deve chegar a 250 quilômetros por hora e fazer de 0 a 100 em 3,5 segundos, tudo isso com 500 quilômetros de autonomia. Se começar a juntar dinheiro agora, será que a gente consegue comprar no lançamento?
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À PROVA DE QUEDA LIVRE Se você é uma pessoa desastrada e que deixa cair aparelhos eletrônicos com facilidade, achamos um relógio que é a sua cara. A Casio realizou alguns testes extremos com seu novo modelo GPW-2000 GravityMaster e ele não tem esse nome à toa. O relógio foi alçado ao espaço com a ajuda de um balão meteorológico e, quando o balão estourou – ele é feito para isso –, o relógio caiu de uma altura de 82,5 quilômetros por hora. Normalmente os testes são feitos com quedas de dez metros, mas nesse caso GravityMaster chegou à velocidade de 65 quilômetros por hora em queda livre, 12 vezes maior que o testado normalmente. Apesar de tudo, o relógio passa bem.
EXERCITANDO O CORPO E A MENTE
Em 1938, o cineasta, ator e radialista Orson Welles interpretou uma versão jornalística da história de invasão alienígena chamada Guerra dos Mundos. O programa foi exibido em rede nacional e a sonoplastia foi tão bem feita que milhares de pessoas em vários lugares do país se assustaram e fugiram de suas casas com medo. É utilizando a velha receita do radioteatro e da imaginação que o aplicativo Track pretende colocar todo mundo para fazer exercícios. Com 15 histórias de ação emocionantes que vão de apocalipse zumbi à missões de sobrevivência, com direito a explosões e sons saídos de um filme de ação. Basta usar a imaginação e mergulhar na história. Infelizmente, só tem em inglês, mas para quem quiser treinar também o idioma, pode ser mais uma vantagem desse aplicativo.
PILOTO DE CELULAR
Para quem curte jogo de corrida, a dica de aplicativo é o Street Racing 3D. Com modelos de carros esportivos estilosos no modelo clássico de jogos de carro: pilotar com velocidade e sem barbeiragem para ganhar moedas e liberar mais opções de automóveis. Além disso, pode equipá-lo, deixando ainda melhor e garantir o objetivo que é ser o melhor piloto da cidade. O game é repleto de corridas de rua com bons cenários, boa jogabilidade e músicas empolgantes.
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ESCOLA ABERTA
Notícias das
Escolas
ESCOLA MUNICIPAL DE JOINVILLE TERÁ PROJETO PILOTO SOBRE DIREITOS HUMANOS A Escola Municipal Professor José Antônio Navarro Lins, em Joinville, é a primeira escola da rede municipal de ensino a participar de um projeto piloto de educação em direitos humanos. A intenção foi incluir o tema na matriz curricular das disciplinas e dissolver o assunto entre o conteúdo já existente nas aulas. O projeto Educar Direitos Humanos é realizado pelo Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH) em parceria com a Secretaria de Educação e a Univille. De acordo com a diretora executiva da Secretaria de Educação, Sonia Fachini, nos últimos anos foram realizadas capacitações com professores, orientadores e coordenadores pedagógicos sobre os
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diversos temas dos direitos humanos. “Neste momento, estamos fortalecendo esse trabalho já realizado, tendo como norte a Base Nacional Comum Curricular, que será o documento orientador na construção dos currículos da educação básica”, explica. A coordenadora executiva do IDDH, Fernanda Brandão Lapa, realizou uma oficina com professores História, Ciências, Geografia e Educação Física do 6º ano da escola. “Eles apresentaram como irão desenvolver sua própria matriz curricular adequando o conteúdo de cidadania e direitos humanos”, explica. Desde o início deste ano, toda equipe escolar participou de momento de
sensibilização sobre o tema. Segundo Fernanda, o projeto é o pioneiro no país nessa área. “Estou em contato com o MEC e disseram que somos os primeiros a fazer a inserção nessa competência.” Ainda para a secretária executiva do IDDH, a fase do Ensino Fundamental Anos Finais é o período ideal para trabalhar os temas que envolvem os direitos humanos. “É a melhor faixa etária para potencializar valores como respeito, direito à igualdade e a não-violência.” O resultados das capacitações e novo modelo de matriz curricular nas disciplinas foram apresentados no 17º Seminário Regional Educação para a Cidadania e II Educar Joinville.
ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL HERIBERTO HÜLSE ALERTAM PARA OS CUIDADOS NO TRÂNSITO Cerca de 500 alunos da Escola Municipal Heriberto Hülse, em Joinville, foram às ruas do bairro Boa Vista para pedir mais atenção no trânsito. As crianças carregaram cartazes em formato de placas de sinalização com diversas frases como “Celular + Direção: Diga Não” e “Pare de dirigir teclando”. As turmas de pré-escola e primeiros anos do ensino fundamental usavam réplicas de carros feitas de papelão. A atividade foi uma forma de mostrar à comunidade local o que as crianças aprenderam na educação para o trânsito. A caminhada contou com o apoio dos agentes de trânsito do Detrans. A professora do 2º ano do ensino fundamental Rosane Bastos Stadelmann afirma que o conteúdo envolveu todas as aulas, principalmente na disciplina de História. “Eles aprendem a respeitar os sinais e as leis, assim falam com o pais, que ficam mais atentos”, explica. A pequena Clara, de 6 anos, já tinha o assunto na ponta da língua, quando foi perguntada o que aprendeu: “Tem que atravessar na faixa”. Junto com os alunos e professores, os familiares também participaram da caminhada. Nívia de Oliveira Duarte é moradora do bairro Boa Vista e avó de dois alunos da Escola Municipal Heriberto Hülse. Ela conta o quanto é importante falar sobre o assunto na escola. “Ao aprender desde criança, elas chegam na fase adulta com a consciência e respeito no trânsito.”
CRIANÇAS DE CEI DE JOINVILLE APRESENTAM PROJETO SOBRE A DANÇA E CULTURA GAÚCHA
Comunidade e familiares das crianças do CEI Ciranda Cirandinha, em Joinville, conferiram o resultado do projeto pedagógico de dança Fandangueiros do Ciranda no mês de outubro. Desde o mês de agosto, a unidade envolveu as turmas de pré-escola em um mergulho na cultura gauchesca. A atividade teve a participação voluntária do professor Leonel Alves Messias da Silva. A diretora da unidade escolar Tania Maria Brenzinck Santana conta que o projeto foi muito além de aulas de dança com crianças. “Buscamos transmitir valores culturais e regionais. A família se envolveu muito”, explica. Durantes as aulas, o aprendizado foi sobre a cultura gauchesca, que extrapola os limites territoriais. Caio Lino, 6 anos, quis mostrar que sabia muito sobre história. “Eu aprendi que o gaúcho veio do Uruguai e gostou muito do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, conta ele.
O pai de Caio, Juliano Correa Lino, estava com toda família para conferir a apresentação do filho. “A gente ficou surpreso com a participação dele. Agora ele quer nos ensinar a dançar”, relata. O professor Leonel Alves Messias da Silva explica a importância de as crianças se envolverem em atividades de dança desde pequenas. “Desenvolve o companheirismo e a coordenação motora entre o som e o movimento.” Ele confidenciou que superou desafios que nem imaginava. “Era acostumado a ensinar só as crianças a partir de sete anos. Tive que ter muita paciência. No final, eu ensinei e também aprendi com elas.” O projeto pedagógico de dança “Fandangueiros do Ciranda” vai continuar em 2018. Ainda este ano, em data a definir, os alunos vão se apresentar no trapiche do centro histórico de São Francisco do Sul.
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SUSTENTABILIDADE
De portas abertas para o
MEIO
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Fotos: Renata Bomfim
A primeira feira “Um por todos e todos pela planeta” foi a culminância de projetos trabalhados dentro da unidade escolar
Por Renata Bomfim
AMBIENTE Quem entra na sala de aula do segundo ano da Escola Municipal Prefeito Wittich Freitag logo nota a disposição diferente das carteiras. Ao invés de estarem enfileiradas, agora elas passaram a ficar uma ao lado da outra, quase que um formando um círculo. Isso porque foi preciso adaptar o ambiente escolar por conta de um novo membro construído com material reciclável: a árvore frutífera. Construída do chão ao teto da sala, com quase dois metros de altura, a ideia da professora Raquel da Silva de trabalhar o pomar surgiu em atividade com os alunos que passaram a estudar sobre os animais e reproduzi-los com material sustentável. “Quando os alunos começaram a trazer os trabalhos, eu
pensei em como eu iria expor. Conversando em casa, nós tivemos a ideia de fazer uma árvore, já que eles também se alimentam dela”, comenta a professora. Na mini natureza representada, de aranha à bicho preguiça dá para encontrar na árvore. Falando em bicho preguiça, Camylle Plácido dos Santos, 7, foi quem foi sorteada para reproduzir o animal. O desafio que parecia ser grande, logo ganhou forma quando a aluna lembrou de que uma vez havia visto no jornal como fazer arte com jornal molhado. “Eu fiz com jornal, molhei na água e coloquei cola e ficou igual uma massinha”, lembra a menina. “Aí eu coloquei para secar e usamos um arame só para segurar a cabeça.”
Já Julia da Rosa Carmin, 8, precisou apenas duas latinhas para reproduzir um tucano em miniatura. Apesar de achar que não daria certo, a estudante contou com a ajuda da família para fazer os recortes e moldar o material, já que não é recomendado que use instrumentos cortantes sozinha, e colocou a mão na massa para pintar a ave, que contou com as cores de esmalte. De acordo com a diretora Marileia, esta primeira feira “Um por todos e todos pelo planeta” é uma culminância de um trabalho que começou a ser planejado desde o ano passado e que não deve parar por aqui. “É um projeto rico e que não é para acabar, mas melhorar a cada ano que passa”, comenta.
Alunos do segundo ano da professora Raquel da Silva construíram uma árvore frutífera e animais com material reciclável REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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ENSINO SUSTENTÁVEL O desenho que enfeita a porta do terceiro ano da professora Jaqueline Gonçalves já chama a atenção. Feito com material reciclável e até rejeitos, o tangran - jogo chinês que forma uma figura com o uso de sete peças - mostra que a consciência ambiental já começa antes de colocar os pés dentro da sala de aula. “Nós usamos filtro de café, casca de ovo, copos plásticos usados, sacolas, miçangas e ponta de lápis”, comenta Nicole Fraitas Fialho, 8. Ao entrar na sala, grupos reunidos para estudar matemática de forma descontraída: brincando. Produzidos com material reciclável, a ideia da professora Jaqueline surgiu por conta da dificuldade dos alunos em aprender determinados conteúdos da disciplina. Dessa maneira, apenas brincando os alunos aprendem dois pontos importantes: cálculo mental e coordenação motora. Já com os alunos prestes a completar o ensino fundamental, o professor de matemática, Alcindo Alves Francisco resolveu trabalhar com a turma do oitavo ano a fatura de energia. Como forma de explicar conteúdos, como o princípio multiplicativo e probabilidade, o projeto saiu da sala de aula e espalhou a economia de energia por toda a escola. “Nós colocamos avisos nas salas de aula sobre apagar a luz e no dia da feira nós explicamos como é importante economizar energia para a escola e para o ambiente”, explica João Vitor Haendchen, 14. “Como é algo que afeta o nosso bolso, sabendo economizar nós levamos para a nossa casa e para outros lugares.”
Camylle Plácido dos Santos
Julia da Rosa Carmin
Ao lado do refeitório, a parede branca ganhou vida com o desenho feito pelos alunos da escola reutilizando as tampas de garrafas pets
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Mudança de comportamento Desde que a escola foi fundada, há cerca de oito anos, ações de respeito ao meio ambiente sempre fizeram parte da vida escolar dos alunos. Mas nenhuma consciência sustentável foi tão bem implantada quando desde junho de 2016 professores, alunos e direção se uniram para fazer a feira e, consequentemente, fazer com que o cuidado com o planeta fosse mais eficiente, como por exemplo, ao invés de lixeiras coloridas para separação do material reciclável, a escola adotou uma para material orgânico; outra para reciclável e uma terceira para rejeitos. As pontas dos lápis que antes iam todas para o lixo, viraram material para alimentar as plantas na composteira da escola. Para isso, cada sala tem um pote e, ao apontar os lápis, os alunos já sabem onde devem depositar o material.
Toda a equipe pedagógica e funcionários da unidade escolar
Além disso, mais de 20 árvores frutíferas foram doadas durante a feira e mais dez doações de mudas. No total, mais de 30 árvores foram plantadas este ano na escola. Além de pensar na contribuição ambiental, a escola também conta com uma mini horta como projeto pedagógico em que alunos cuidam dos temperos e vegetais sem a agressão e uso de agrotóxicos. Para dar um colorido a mais na escola, o orquidário chamado “Escola em flor” é uma sala de aula ao ar livre com mudas de flores e orquídeas também cuidadas pelos próprios alunos.
Quem vê a escola fora dos portões escolares, não imagina que ao entrar se depara com um ambiente que pensa, age e ensina de forma sustentável.
Secretaria de educação conta com núcleo de sustentabilidade Para despertar cada vez mais a consciência ambiental dentro das unidades escolares, o Núcleo de Educação Ambiental (Neam) fomenta os programas de sustentabilidade em forma de assessoria técnica e pedagógica para que todo o trabalho desenvolvido seja feito de forma rotineira e interdisciplinar.
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA Para desenvolver este projeto que começou a ser pensado há mais de um ano e trabalhado durante todo esse tempo dentro e fora da sala de aula, a comunidade escolar uniu forças para reunir todo material reciclável possível. Nesse tempo, veja como essa quantidade de material que antes seria descartado impactaria o ambiente: De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma garrafa pet leva cerca de
400 ANOS para se decompor.
Só na EM Prefeito Wittch Freitag, cerca de
1.000
garrafas pets foram reutilizadas na feira.
Já as tampinhas de garrafas levam
150 ANOS
cerca de para se decompor, de acordo com a revista online GreenMe.
Na coleta feita na unidade escolar,
600
foram usadas cerca de para produção dos materiais expostos.
Além desses materiais, a feira contou com uma reutilização incontável de papelão e papéis que antes seriam descartados. Além de copos plásticos usados e até, inclusive, rejeitos e materiais orgânicos reutilizados como material de aprendizado.
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CAPA Por Renata Bomfim
Ouro OS DONOS DO
Fotos: Emily Milioli
Na 20ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia, a rede municipal de ensino de Joinville conquistou 80 medalhas, sendo sete de ouro
Entre os 40 mil medalhistas participantes da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) deste ano, só as escolas da rede municipal de ensino de Joinville foram premiadas com 80, divididas entre sete de ouro, 38 de prata e 35 de bronze. Na 20ª edição da prova, a OBA já contou com a participação de mais de 700 mil alunos de todo o território nacional. Com o maior número de medalhistas, a Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke teve três alunos que conquistaram o ouro. Maicon Moreira, 15, é aluno do nono ano e desde o ano passado vem conquistando colocações na prova. Da prata para o ouro, o foco começou no tempo livre entre um turno e outro. Aluno da escola que conta com o ensino integral, a biblioteca virou a extensão do refeitório. “Na hora do almoço, eu ia à biblioteca pegar assuntos sobre geografia e astronomia para estudar em grupo”, relembra.
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Já Luiza Kohn, 14, aluna do oitavo ano, fez de casa o seu lugar de estudo. Bem preparada e com os conteúdos da prova em dia, a estudante, que pela primeira vez participou da olimpíada, ficou surpresa com o resultado. “Eu esperava, no máximo, um bronze porque eu tinha estudado bastante”, comenta. “Eu imaginava que fosse mais difícil a prova, mas a professora passou bastante o conteúdo e incentivou a gente a estudar em casa também.” De acordo com o diretor da escola, Cicero Gomes dos Santos, o resultado das medalhas recebidas na escola é fruto de um trabalho feito em sala de aula, entre professor e aluno. “Ela os incentiva a participar e também nós oferecemos materiais e subsídios para que os alunos possam se preparar”, destaca. Além do Maicon e Luiza, a escola também teve como medalhista de ouro o aluno Eduardo Duarte de Souza, 13, que está no oitavo ano.
ALUNA DO SEXTO ANO É ÚNICA
MEDALHISTA DE OURO NA REDE
A primeira experiência para Herica Kamila de Souza, aluna do sexto ano da Escola Municipal Doutor Ruben Roberto Schmidlin a colocou como única aluna do sexto ano a receber medalha de ouro na OBA. “Eu achei que teria um pouco de dificuldade, mas deu tudo certo.” Para se preparar, Herica se baseou nos conteúdos apresentados pela professora em sala de aula, mas mesmo assim não esperava esse resultado. “Eu fiquei surpresa, pensei que não ia tirar uma nota alta.”
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Aplicativo da OBA
AJUDA NA HORA DO ESTUDO
Desde que passou a usar o aplicativo da OBA para fazer os simulados disponíveis, Eduardo Pires, 15, aluno do nono ano da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos, vem conquistando só medalha de outro. Com a segunda medalha seguida conquistada na prova, mas com histórico de participação de quatro anos, o estudante acredita que o resultado se deu por conta de todo conhecimento acumulado e, claro, a disponibiliza-
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ção do aplicativo. Aluna da mesma escola que Eduardo, Anniely de Moura, 14, participou pela primeira vez da olimpíada e já saiu na frente com a medalha de ouro conquistada. “Quando eu olhei a prova, eu me desesperei um pouco. Mas depois fui resolvendo e eu vi que não estava tão difícil assim”, comenta a aluna. Na escola, há quatro anos a professora de geografia, Gilcelânia
Marli de Borba de Moura, prepara os alunos e os incentiva a fazer a olimpíada. Ainda com o uso do aplicativo, Gabriel Otávio de Barros, aluno do nono ano da Escola Municipal Pastor Hans Muller, também baixou para usar como treino para a prova. “Eu também tirava algumas dúvidas com a professora e com o aplicativo eu estudei questões que caíram em provas anteriores”, destaca.
Mas como funciona a OBA? Gilcelânia Marli de Borba Moura é professora de geografia na EM Governador Pedro Ivo Campos
A preparação pode começar agora! Falar em OBA 2018 já pode ser muito antecipado, mas se você está com aquela vontade de ser um dos destaques da sua escola e conquistar uma medalha, o aplicativo da OBA fica disponível para o sistema Android ou IOS. Dessa forma, você tem acesso ao simulado, consegue resolver questões que já caíram em provas anteriores e já ter uma noção de como funciona a olimpíada.
A Olimpíada Brasileira de Astronomia tem como foco difundir o conhecimento de astronáutica e astronomia entre os alunos dos ensinos fundamental e médio de todas as escolas públicas e privadas do Brasil. Para divisão dos níveis, a prova conta com quatro tipos diferentes: nível um para alunos do primeiro ao terceiro ano; nível dois para quem está matriculado no quarto e quinto ano;nível três do sexto ao nono ano e nível quatro para alunos do ensino médio. A prova conta com sete questões de astronomia e três de astronáutica, divididos os conteúdos de acordo com o nível do participante inscrito. Como premiação, os alunos podem receber medalha de ouro, bronze ou prata, de acordo com o resultado da prova. Além disso, todos os participantes recebem certificado. Vale lembrar que a OBA é uma prova sem custo de inscrição e aberta para todos os alunos matriculados nas escolas participantes.
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Fotos: Renata Bomfim
CONCURSO TEATRAL
UNIDADES ESCOLARES PARTICIPAM DE
CONCURSO TEATRAL
A 11ª edição do Concurso Teatral Água para Sempre envolveu cerca de 31 CEIs e escolas da rede municipal A quadra de esportes da Escola Municipal Valesca May Engelmann virou palco de ensaio para os 20 alunos que, pela primeira vez, foram inscritos na 11ª edição do Concurso Teatral Água para Sempre. Com o tema “Baía da babitonga protegida, berçário da vida”, os alunos da sala multisseriada construíram um musical que deu a eles o prêmio de vencedores na categoria ensino fundamental - séries iniciais. “Teve gente que até chorou”, comenta um aluno quando questionado sobre o resultado. Para a diretora Elisete Teresinha de Borba Pinheiro,
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a proposta entre os alunos e a professora de sala era clara: já que é para participar, que seja para ficar entre as três primeiras posições. Objetivo traçado, os ensaios saíram da sala de aula e ganharam forma na quadra escolar. Na plateia, apenas o verde que cerca a escola; mas para os alunos, a projeção do prêmio que receberam: passar um dia na Fazenda Dona Francisca. Para criar o musical “Vamos brincar de barquinho”, a ideia surgiu com a junção de cantigas de roda. “No meio dessa brincadeira, a gente destacou pontos da cidade, como a escola ensinando a preservação; os
trabalhadores saindo das fábricas”, comenta a diretora. Para construir todo esse roteiro, os alunos fizeram, praticamente, uma viagem para o outro lado da cidade para conhecer a Baía da Babitonga. “Eu não sabia que tinha balsa”, comenta Kauã Felipe da Rocha, 8, aluno do terceiro ano. O passeio feito pela turma para construção da peça mostrou uma cidade ainda desconhecida para muitos alunos, que vivem na parte rural de Joinville. O destaque como vencedores na categoria séries iniciais, como comenta Elisete, significou uma vitória
Por Renata Bomfim maravilhosa. “Para nós, uma escola multisseriada, com 20 alunos no período integral, as pessoas não acreditam no trabalho que a gente faz aqui”, desabafa. “Essa vitória mostra que o nosso trabalho é de verdade, que a gente coloca toda a nossa dedicação e o nosso amor.” Com a mesma dedicação, os alunos do sexto ao nono ano da Escola Municipal Enfermeira Hilda Anna Krisch levaram para a escola a primeira colocação na categoria séries finais com uma história que permeou a seca das folhas, o surgimento de uma largata desconhecida, a escassez de carangueijos no mangue e a falta de cuidado com o meio ambiente. Para fazer toda a construção do roteiro, equipe pedagógica e alunos foram à campo conhecer sobre a realidade local da comunidade para saber sobre os problemas vividos, já que a escola é localizada numa região de manguezal. “Foi um processo em que todos vivemos juntos”, comenta Josiane Dias, supervisora. “Nós conversamos com biólogo e a ideia do teatro tem tudo isso, porque nós fomos investigar para saber se era real a história do surgimento dessa largata e nós notamos que ela chamava a atenção para outras questões do cotidiano que a gente acaba não percebendo.” De acordo com a auxiliar de direção, Mara Marques, a peça buscou retratar um problema que sempre existiu, mas que não era notado pelas pessoas. “As folhas das árvores ficaram secas e todo mundo achou estranho, porque isso interferiu na busca por carangueijos. E todo mundo voltou a atenção para o mangue, por conta da largada”, destaca Mara. Para construção das cenas, toda a peça está alinhada com o que os alunos de toda a escola estudaram em
Alunos da EM Valesca May Engelmann conquistaram o primeiro lugar na categoria séries iniciais
sala de aula, como destaca o professor de artes, Aruan Lopes Constantino. “A nossa peça de teatro está alinhada com a prática pedagógica.” Para se preparar para o concurso, os ensaios eram feitos três vezes na semana, com duração de uma
hora e meia. Apesar de uma rotina puxada, o resultado valeu a pena. Além da escola ganhar uma televisão de 42 polegadas e os professores envolvidos tablets, os alunos foram premiados com um dia no Beto Carrero World.
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VENCEDORAS
do concurso deste ano CATEGORIA A | EDUCAÇÃO INFANTIL 1º lugar: CEI Sigelfrid Poffo 2º lugar: CEI Castello Branco 3º lugar: CEI Odorico Fortunato
CATEGORIA B | ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES INICIAIS 1º lugar: EM Valesca May Engelmann 2º lugar: EM Nelson de Miranda Coutinho 3º lugar: EM Padre Valente Simioni
CATEGORIA C | ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS 1º lugar: EM Enfermeira Hilda Anna Krisch 2º lugar:EM Professora Zulma do Rosário Miranda 3º lugar: EM Saul Sant’Anna de Oliveira Dias O concurso é realizado pela Companhia Águas de Joinville, numa parceria com a Caixa Econômica Federal, Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura de Joinville.
EM Enfermeira Hilda Anna Krisch ficou em primeiro lugar na categoria séries finais
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MATAMÁTICA
Projeto de matemática Entre os 148 trabalhos apresentados na etapa estadual da 33ª Feira Catarinense de Matemática, que este ano aconteceu na cidade de Criciúma, lá estava a professora Jéssica Alves Biancatti, acompanhada de Bruno Gabriel Pereira e Nathália Karnopp Barbosa, alunos do 3º ano da Escola Municipal Professora Zulma do Rosário. Com o projeto “Desenvolvendo as habilidades dos alunos com os sólidos geométricos”, o trio, que participou pela primeira vez do evento, recebeu destaque na modalidade “interdisciplinaridade”.
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Com o objetivo de ensinar o conteúdo de sólidos geométricos de forma prazerosa e adequada à faixa etária dos alunos, a professora Jéssica começou todo o trabalho ao ler para a turma o livro “O homem que amava caixas”, de Stephen Michael King. Dessa leitura, a ideia inicial fez com que os alunos desenvolvessem brinquedos feitos com materiais recicláveis. “Eu fiz um avião inspirado no 14 Bis”, comenta Natália. Já Bruno achou mais fácil construir um castelo que ele mesmo criou, usando como inspira-
ção os contos de fada que sempre gostou de ler. Para a dupla, dessa forma ficou bem mais fácil de compreender a matéria. Unindo ciências, geografia, português e matemática, Jéssica conseguiu trabalhar com quatro disciplinas num conteúdo que, aparentemente, se limitava a apenas uma. De acordo com a professora, trabalhar dessa forma mostrou o quanto um conteúdo ganha mais força e facilidade de aprendizado quando se unem as disciplinas para serem trabalhadas de forma conjunta.
Fotos: Renata Bomfim
É DESTAQUE EM FEIRA ESTADUAL
Por Renata Bomfim
Planejamento do conteúdo: divisão das disciplinas Para iniciar o assunto, tudo começou com uma leitura do livro “O homem que amava caixas”, o que iniciou o aprendizado pela disciplina de Língua Portuguesa. Dessa história, alunos construíram brinquedos para que a professora pudesse começar a ensinar sobre os sólidos geométricos. Para englobar a matemática, a turma construiu pirâmides com palitos e massinhas de modelar, a fim de visualizar melhor as quantidades de vértices e de arestas na construção. Em geografia, o desafio foi aproximado com o olhar individual de cada um: como tarefa, os alunos precisaram observar pelo caminho o que conseguiram identificar como sólidos geométricos. “E tem a árvore, que o tronco dela é parecido com um sólido cilindro, prédios com paralelepípe-
dos e muitos outros”, comenta Bruno. A ideia era estudar os elementos das paisagens rural e urbana para serem representados em forma de maquete. Para fechar todo o aprendizado, a ideia de alinhar ciências culminou na sala de aula, com alimentos que lembravam o conteúdo estudado. Entre uma fruta e outra, doces disputavam o espaço na mesa. Paçoca em formato de cubos, bolos em forma de cilindros e frutas redondas para representar as esferas. No final, a turma aplicou a pirâmide alimentar para analisar se os alimentos levados eram os mais saudáveis, que ficam na base, ou se estão no topo – que são mais calóricos e não se deve comer com muita frequência. “Nós concordamos que levamos mais do topo que da base”, confessa Bruno.
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GALERIAS
Asaph e William
Gabriela, Profª Lenira e Stefany
Fotos: TAINARA FIDENCIO
ESCOLA
EM ADOLFO BARTSCH PIRABEIRABA
Turma do 5º ano
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Pedro, Matheus e André
Amanda, Julia e Lais
Fernanda e Amanda
Vanessa, Alana e Ana Luiza
Luana, Helena e Camilly
Samuel, Gabriel B .e Gabriel F
João V. e Eduardo
Larissa, Iasmim e Ana Clara
Heric e Jessé
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GALERIAS
Maria Eduarda
João Pedro, Gustavo, Julio e Vinicius
Fotos: TAINARA FIDENCIO
ESCOLA
EM PREFEITO CASTELO BRANCO BOA VISTA
Maria Eduarda
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Natalia, Tayná e Camile
Nikolas, Patrick, César e Lucas
João Luis, João Manoel e Tiago
Amigas da EM Castelo Branco
Garotas da EM Castelo Branco
Turma do 7º ano
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GALERIAS
Nicolas, Gustavo e Gabriel
Helena e Bela
Fotos: TAINARA FIDENCIO
ESCOLA
EM PASTOR HANS MULLER GLÓRIA Braian, Dimitri e Gustavo Fischer
Turma do 5º ano
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Gustavo Tavares, Renan e Gabriel
Livia, Luiz e Julia
Garotas da EM Hans Muller
Vitor, Higor e Vitor Gustavo
Amanda, Evelin e Gabriela
Amiga da EM Hans Muller
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GALERIAS
Turma da EM Profª Laura Andrade
Fotos: TAINARA FIDENCIO
ESCOLA
EM PROFESSORA LAURA ANDRADE JARDIM IRIRIÚ
Flavio, Guilherme, Matheus, Gabriel e Gabriel e Moíses
Gabriel, Matheus, Nicolas, Vitor Hugo e Gabriel da Dilva
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Bárbara, Ohana, Camila, Ana Beatriz e Emelly
Matheus, Henrique, Patrick, Herison Davi, Wesley e Guilherme Alves
Beatriz, Larissa, Eduarda, Karina e Camile
Jessica, Lucas, Naila, Pedro e Vitor
Turma da EM Profª Laura Andrade
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GALERIAS
Alison e Adri
Débora e Erika
Fotos: TAINARA FIDENCIO
ESCOLA
EM DOUTOR SADALLA AMIN GHANEM PARQUE GUARANI
Turma do 8º ano
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Alison e Adrian
Felipe e Erick
Estefany, Mariana e Aline
Estefany, Felipe e Adrian
Isadora, Eduarda e Maria
Luiz Felipe, Felipe e Charles
João e Vinicius
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GALERIAS
Yasmin e Maria
Gabriel, Emily e Andressa
Fotos: TAINARA FIDENCIO
Marta e Gabriela
ESCOLA
Alexia, Hemily, Sarah e Kauani
Yasmin e Prof. Daiane
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Camile, João, Gabriela e Maria Eduarda
Gabriel, Emily, Tatiane, Rayssa, Maria, Victor e Bruna
Gabriel, Emily, Tatiane, Rayssa, Maria, Victor, Bruna, Prof Daiane, Gabriela e Marta
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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza
ENCONTRO DE AMIGAS 10 ANOS ATRÁS Elas eram um quarteto fechado, se conheceram no ensino médio e foi amizade à primeira vista. Tinham nome oficial do grupo, fãs e arqui-inimigos. Mas não se importavam porque eram populares no colégio. Para fazer parte do grupo? Você precisava preencher um questionário e ser aprovado pelas quatro e elas não tinham cara que precisavam de novas amizades. Elas se completavam. Elegeram a cafeteria Amora como ponto de encontro e era lá onde passavam as tardes discutindo os assuntos mais importantes da vida: provas, festas e gatos. Teve um dia que o assunto era incomum: falaram sobre o futuro. Questões como profissão, moradia e manter o contato. Chegaram a conclusão de que todas iriam morar no mesmo apartamento na cidade de Porto Alegre, ou melhor, seriam vizinhas de prédio. HOJE À TARDE Larissa já estava sentada no interior da cafeteria e ajeitava o babado do vestido impaciente com o atraso das demais. Ela tinha o bom senso de chegar no horário, era assim desde sempre e as outras… bem, as outras a deixavam esperando. Lari (como prefere ser chamada) era dentista e estava fazendo mestrado, agora queria ser professora. O importante para ela era ter um salário recheado no fim do mês. Seu projeto de vida era baseado em ter filhos e ganhar no mínimo 10 mil por mês, para poder gastar em viagens, imóveis e roupas. O marido não precisava vir junto no pacote com os filhos. Situação atual: solteira. Detalhe: nunca namorou. A segunda a chegar foi Angélica com passos lentos e rosada na face por conta do calor da tarde. Vestia seu jaleco de professora e carregava dois livros de ilustração como se tivesse saído da aula. Ela avistou a amiga de longe e reconhecia a veia saltada
da testa da colega como sinal de aborrecimento. Assim que a outra a viu tratou logo de dar-lhe um abraço e puxar papo, sem mencionar o atraso. Angel (apelido que acabou pegando mesmo ela não gostando) era casada, sem filhos e tinha dois enormes cachorros de raça indefinida. Ela tinha a mesma idade das outras, mas parecia ser bem mais nova. Amava suas cinco tatuagens e não pintava as unhas dos pés. Detalhe: sempre manteve o cabelo super comprido e liso. Assim que Angel sentou, Bárbara entrou na cafeteria e começou a descrever como foi chegar até ali. Ela era a única do grupo sem carro, portanto, veio de ônibus e isso rendeu uma história engraçada para a alegria das outras amigas e assim ela também não se desculpou pelo atraso. Se acaso não tivesse uma história engraçada para contar a inventaria, mas é, praticamente, impossível ela não ter uma história para contar. Babi é escritora, sonhava em escrever um romance que se tornaria o próximo best seller, mas por enquanto sobrevivia de freelas para revistas e jornais. Ela estava solteira, já namorou várias vezes, mas enjoava muito fácil dos seus namorados. Dizem as más línguas que ela escolhia sempre algum perdedor que não combinava com ela para poder terminar e pensar que não merecia ser amada. Detalhe: ela tinha um sorriso encantador.
no comércio. Ela dizia que poderia ficar somente por uma hora, pois o voo sairia cedo. Karol namorava o seu nono namorado e parecia que queria casar com esse. Não pensava em ter filhos. As outras três também não queriam demorar, não pareciam as mesmas de dez anos atrás. Elas conversavam sobre relacionamentos, trabalho, viagens, dinheiro e até do tempo. Sentiam que não tinham muito o que compartilhar agora, fora as lembranças de uma época sem responsabilidades. Lari espirrou, Angel observava os carros na rua, Karol olhava o relógio e Babi decidiu contar uma piada (e prometeu que era a última do dia). Pelo bem, todas riram e lembraram de um episódio da primeira vez que saíram à noite juntas. E no tom de bons tempos que Angel fez uma pergunta: - Se a gente se conhecesse agora. Será que seríamos amigas? As demais ficaram em silêncio e responderam em uníssono que não, seguido por gargalhadas e voltaram a falar do início da amizade de como a vida era mais cor de rosa.
Por último chega Karoline, a líder do bando. Ela era a mais linda e a mais rica do grupo. E deixava claro essa informação pelo jeito que se vestia, com peças caras e da moda. Ela sorriu para as amigas e distribuiu lembrancinhas da Inglaterra. Sim, Karol morava lá há oito anos e fazia tempo que não conversava com as três. Ela era gerente de uma loja de lingerie, mas havia se formado em Cinema. Se sentia realizada em ganhar descontos nas compras e conhecer pessoas de grande influência
Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br
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O REALITY SHOW DE TODAS AS NOITES
Apresentação: Roberto Justus
Classificação indicativa: 12 anos
DEIXE A BEM ESTAR IMPLANTES CUIDAR DO SEU SORRISO! CLAREAMENTO
ORTODONTIA IMPLANTES
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