its Teens Joinville - 27

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WI-FI

SNAPGLASSES PARTE 2?

SAIDEIRA

Revista Its Teens Joinville nº 27 2018 | R$ 9,80

MINHA EX-BFF

Rede municipal de ensino de Joinville é pioneira em Santa Catarina com ensino de robótica para alunos no contraturno escolar


AS MATÉRIAS QUE

NÃO ESTÃO NA ESCOLA,

ESTÃO AQUI.


TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.


EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli

Salve, galera its!

Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br

JÉSSICA STIERLE

Se me dissessem que a robótica faria parte da vida escolar de uma escola municipal

uns anos atrás, eu certamente duvidaria, desdenharia a ideia e utilizaria a justificativa do “impossível”. Essa realidade, pelo menos para mim, estava longe de existir, afinal de contas, esse tipo de projeto não acontece tão próximo de gente, não tem como custear dentro do estado. Iniciativas assim só fora, só no exterior… Opa! Parece que não. O que pra mim só existiria em muito tempo já tem feito parte da realidade de muitos estudantes da rede. As sacadas, a criatividade, as técnicas e o cenário antes hollywoodiano estão mais presentes do que a minha própria expectativa de futuro estaria. A questão é: o tempo passou, a minha geração se formou, saiu da faculdade e nós não tivemos essa chance: que a tecnologia só presenteou esta geração, a sua geração que sente, fala, comunica e cria tecnologia. Sobre as minhas ideias de futuro robótico na escola serem impossíveis? Cheguei a conclusão de que o impossível é sempre uma questão de tempo, seja ele de ideais, de funcionalidade ou até mesmo de programação. Espero que você não se condicione ao

A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br

fator impossível e sempre se reprograme para o contrário. O futuro de ontem é o hoje, e

Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br

a gente gosta de ser surpreendido com upgrade diário no sistema.

Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br

No mais, aproveite a edição, estávamos com saudade e fizemos tudo com muito amor e carinho <3

EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br

Beijos, Jé

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:

Tiragem: 3,000 mil exemplares

Matheus & Kauan - Cacos Das 9 às 6 - Henrique e Diego Ausência - Marília Mendonça Rubel - Quando Bate Aquela Saudade

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

OS CULPADOS

facebook.com/revistaits

LUCAS INÁCIO

MARIANA EMERIM

4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

MATEUS SILVEIRA

PRISCILA ANDREZA DE SOUZA

RENATA BOMFIM

@revista_its instagram.com/revistaits


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WI-FI

EDUCAÇÃO

CAPA

DICA DA MARI

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SAIDEIRA

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CULTURA POP

conteúdo 8 | CULTURA POP

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Para quem passou os primeiros meses do ano ansioso pela espera do show de Demi Lovato no Brasil, no mês passado, viu suas expectativas irem por água abaixo. Isso porque a cantora anunciou, ainda no início do mês, que os shows divulgados para o mês de abril foram remarcados para novembro, por problemas na produção.

Em março de 2017, a Snap, empresa do aplicativo Snapchat, tentou chegar ao mercado com um novo produto: óculos com câmeras laterais e voltadas para criar snaps chamado Spectacles. Os reviews foram bem positivos, mas isso não garantiu que o produto fosse um sucesso, pelo contrário, a inovação rendeu um prejuízo estimado à empresa de U$ 40 milhões.

14 | EDUCAÇÃO

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Era a primeira aula do sexto ano logo depois do sinal do recreio bater avisando que estava na hora de voltar à sala. Aos invés de agitação, calmaria. Na sala, sem muito barulho, sentam nas novas mesas redondas em grupos de até cinco alunos e, a um único pedido da professora de ciências, Rosângela de Moura Butzge, a atenção se volta para o quadro: dia de aula prática.

Todas as quartas-feiras, no período da tarde, a sala de informática da Escola Municipal Professora Laura Andrade vira laboratório de robótica e 12 alunos, do sexto ao nono ano, que participam da atividade no contraturno escolar, viram pesquisadores, programadores e, por que não, inventores?

30 | DICA DA MARI

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Oi, oi, gente, tudo bem? Eu sou Mariana Emerim, youtuber, e este ano vou estar todos os meses com você para apresentar dicas de faça você mesmo, em parceria com a revista its! E, para começar, neste mês vamos fazer uma FLÂMULA!

Éramos grudadas como irmãs siamesas. Sentávamos uma ao lado da outra na sala, no recreio fazíamos o controle da dieta juntas, passávamos as tardes colocan­do a fofoca em dia pelo celular, e a noite não terminava sem um aviso de “até amanhã”, via SMS. O que essas duas tanto conversam? – questionavam os pais. Tudo! Discu­tíamos as dúvidas, os medos, os sonhos, os amores e os traumas – dividíamos uma vida.

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CULTURA POP

¿QUÉ PASA, DEMI?

INDESTRUTÍVEL

NOVO CLIPE DA PABLLO VITTAR Nas primeiras horas de divulgação do mais novo clipe da Pabllo Vittar, o vídeo no YouTube ultrapassou mais de um milhão de visualizações. Construído todo em preto e branco, o clipe aborda a homofobia e a dificuldade que pessoas LGBTQ+ sofrem no Brasil. Para compor o enredo do clipe, “Indestrutível” conta a história de um menino que sofre bullying e preconceito pela sua orientação sexual, enquanto Pabllo aparece sentada cantando sua música. No final, o menino reconstrói a sua imagem e aplaude Pabllo, porque ele soube que, apesar de todo preconceito, ele ainda é “Indestrutível.”

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Para quem passou os primeiros meses do ano ansioso pela espera do show de Demi Lovato no Brasil, no mês passado, viu suas expectativas irem por água abaixo. Isso porque a cantora anunciou, ainda no início do mês, que os shows divulgados para o mês de abril foram remarcados para novembro, por problemas na produção. De acordo com uma nota divulgada no seu Instagram, a turnê “Tell Me You Love Me”, que também aconteceria no Equador, Costa Rica e Panamá, foram canceladas e não devem ser remarcadas, como no Brasil e em outros países. As novas datas são: 19 de novembro, em São Paulo (Allianz Parque); 21 no Rio de Janeiro (Jeunesse Arena); 24 em Recife (Classic Hall) e 27 em Fortaleza (Centro de eventos do Ceará).


BEYONCÉ + COACHELLA = O SHIPP DO ANO! A combinação #Beychella levou o público do tradicional festival de música da Califórnia ao delírio com o retorno da rainha aos palcos, depois de tirar dez meses após o nascimento dos gêmeos. Para quem ficou quase um ano parada, o retorno foi triunfal, no maior e melhor estilo Queen B. O show teve muitas participações especiais, a primeira foi a do maridão, Jay-Z que subiu ao palco para cantar Deja Vu, mas para o delírio dos fãs, houve um reencontro épico: as Destiny`s Child apareceram juntas cantando os hinos que a gente ama!

ROMANCE COM SAFADÃO… DIGO, SAFADEZA Mais um feat divulgado em abril, com os donos deste país: de um lado Safadão com a pegada “forró-pop”; do outro Anitta, a dona do funk, pop, reggaeton ou qualquer gênero musical que ela quiser ser, porque é tanta música estourada em diferentes gêneros que nem sabemos se ela se enquadra em algum… e se também tem esse objetivo. O negócio é que a parceria entre esses dois já rendeu, só em dois dias, seis milhões de visualizações no YouTube e disponível em todas as plataformas de streaming. Gravado em Fortaleza, Safadão interpreta um cliente que resolve soltar umas “cantadas” para Anitta, garçonete do bar. Entre produção do clipe e divulgação, não passou de uma semana!

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WI-FI Por Lucas Inácio

PRONTO PARA O JOGO Quando surgiu o boom dos smartphones, muita gente pensou que poderia ser a queda dos notebooks e, principalmente, dos desktops, mas o mercado encontrou nos jogos uma forma de garantir seu espaço com um público muito fiel. Desde as máquinas aos acessórios, uma grande indústria existe voltada para a galera gamer e mais uma nessa onda é a HP. A linha Pavilion foi lançada no tradicional Festival Coachella, em abril, com desenhos arrojados, cheio de arestas e luzes internas verdes que lembram até os novos videogames. São três opções, sendo dois desktops com preços a partir de R$1.858 e R$2.533, e um laptop a partir de R$2.700. Ainda não está a venda no Brasil, mas é bom ficar de olho.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

IDADE DAS INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS

Inteligências artificiais (AIs) criaram um episódio original do desenho animado Os Flinstones. Sim, parece loucura, mas é verdade. Para quem nunca ouviu falar, a série animada foi criada nos anos 60 e contava a história de uma família na idade da pedra com todas as adaptações de coisas do nosso dia a dia, como carros movidos com os pés ou um chuveiro de mamute. Pois é, irônico é que o desenho mais clássico da história foi utilizado para algo tão futurista: máquinas criando. O feito foi realizado por pesquisadores do Instituto Allen para Inteligência Artificial, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign e da Universidade de Washington. As AIs fizeram a leitura de mais de 25 mil vídeos e detectaram padrões, podendo reproduzi-los em episódios e roteiros novos. Claro que há limitações, como a criação de vídeos de três segundos, mas a descrição das cenas é algo de deixar a gente de queixo caído (e até assustados).

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SNAPGLASSES PARTE 2? Em março de 2017, a Snap, empresa do aplicativo Snapchat, tentou chegar ao mercado com um novo produto: óculos com câmeras laterais e voltadas para criar snaps chamado Spectacles. Os reviews foram bem positivos, mas isso não garantiu que o produto fosse um sucesso, pelo contrário, a inovação rendeu um prejuízo estimado à empresa de U$ 40 milhões. Perdendo cada vez mais espaço para o Stories do Instagram, o Snapchat tenta novas investidas e, aparentemente, vai insistir em uma segunda versão dos óculos, já que o órgão que regulamenta as telecomunicações nos EUA aprovou a venda de um produto da Snap com as mesmas características. Será que dessa vez bomba?

GOPRO 360

A GoPro foi pioneira em um mercado das minis (e potentes) câmeras, criou uma forma de gravar tudo ao mesmo tempo utilizando o Omni (um suporte para um conjunto de seis câmeras que registra imagens em 360º) e lançou no Brasil a sua versão de 360º em câmera única, a GoPro Fusion. A tecnologia de gravação por um único dispositivo não é novidade, várias empresas já trabalham isso, mas essa vem com a cara da empresa que inovou o mercado e essa credibilidade tem um preço: R$3.999. É salgado, para a maioria de nós é um sonho distante, mas sonhar não custa né?!

O CAMINHO DA CESTA

Os playoffs da NBA estão aí, várias pessoas falando de basquete, então, é hora de aproveitar para testar a mira e se tornar um Stephen Curry, pelo menos no celular. O Dunk Line é um aplicativo de fazer cestas desenhando linhas. As bolas surgem de vários cantos da tela, os aros estão posicionados e você tem que desenhar linhas para guiar as bolas até eles. Com o tempo você acumula pontos e vai passando de fase, mas também existem armadilhas, como bombas que você tem que desviar. É uma lógica simples, não pesa muito e é um bom esquenta antes dos jogos.

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

Escolas

PROJETO DE ESCOLA MUNICIPAL ALFABETIZA ALUNOS COM O JEC Na visita à escola participaram os atletas Alisson, Lazio, Emerson, Matheus, Jean Lucas, Grampola e Kadu. A atividade foi parte integrante do projeto que existe há quatro anos. A ideia surgiu em 2015, ano que o time participou da série A do Campeonato Brasileiro. Professora Marisa, que se aposenta este ano, encontrou no amor ao clube uma forma de ter maior atenção e envolvimento dos alunos. A sala de aula é toda temática. As ações pe-

dagógicas continuam com atividades com leitura de livros infantis como a temática do futebol e meio ambiente.

Foto: Phelippe José - Secom Prefeitura

Os alunos da Escola Municipal Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville, conheceram de pertos os jogadores do Joinville Esporte Clube - JEC. A ação mobilizou todas as crianças no turno da manhã, mas nasceu da ideia da professora Marisa Leonardo de Oliveira, que leciona para turmas do 1º ano. Ela criou o projeto pedagógico “Alfabetizando com o Joinville Esporte Clube” como forma de melhorar o processo de alfabetização.

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E GUARDA MUNICIPAL RECEBEM CAPACITAÇÃO PARA LIDAR COM CONFLITOS E BULLYING A identificação de casos de bullying e como resolver conflitos dentro das foram assuntos abordados na palestra com diretores e orientadores de escolas municipais e guardas municipais de Joinville. O encontro organizado pela Secretaria de Educação serviu de capacitação para auxiliar os profissionais na rotina escolar. Cerca de 150 pessoas participaram da atividade realizada no auditório da OAB Joinville.

“A mediação de conflitos é algo novo para nossa rede municipal de ensino de Joinville. É importante nos familiarizamos deste tema para buscarmos resolver alguns casos dentro da própria escola. Isso ajuda na gestão escolar”, afirma o Secretário de Educação Roque Mattei. As advogadas Débora Dittrich e Suzete Sammarco, ambas de São Paulo, falaram sobre o tema durante duas horas. Os

participantes conheceram sobre as várias formas de mediação. “O conflito é uma ótima oportunidade de diálogo, mas se não houver a mediação o caso pode acabar em violência”, afirmou Débora Dittrich. O conteúdo trouxe ainda os tipos de violência entre os alunos, como bullying (intimidação), cyberbullying (quando ocorre pela internet) e sexting (envio de fotos eróticas entre adolescentes).

Alunos das escolas municipais de Joinville participam de atividades relacionada ao Dia Mundial da Dança, comemorado em 29 de abril. Bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil percorrem cinco escolas para apresentações artísticas e workshops. Outra ação em parceria com o Instituto Festival de Dança leva informação e tecnologia com alunos que participam do programa Dança na Escola. Foi distribuído o jornal “Festival de Dança - uma história de amor com Joinville” para 10 mil estudantes do 3º ao 8º ano. Já os alunos do 4º e 5º ano têm a experiência de assistir um vídeo sobre dança por meio de óculos 3D. As escolas municipais também promoveram apresentações de dança com alunos, algumas no formato flashmob. O programa Dança na Escola é um atividade de contraturno escolar e atende cerca de 860 alunos em 19 escolas municipais. O objetivo é desenvolver a dança como forma de integração e socialização, voltada a arte-educação, construindo deste modo no âmbito psicossocial do aluno.

Foto: Phelippe José - Secom Prefeitura

ESCOLAS MUNICIPAIS RECEBEM AÇÕES DO DIA MUNDIAL DA DANÇA

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EDUCAÇÃO

O COLETIVO QUE ENSINA Professora aplica em sala de aula novos métodos de ensino após capacitação com especialistas de Singapura Era a primeira aula do sexto ano logo depois do sinal do recreio bater avisando que estava na hora de voltar à sala. Aos invés de agitação, calmaria. Na sala, sem muito barulho, sentam nas novas mesas redondas em grupos de até cinco alunos e, a um único pedido da professora de ciências, Rosângela de Moura Butzge, a atenção se volta para o quadro: dia de aula prática.

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A tradicional distribuição de carteiras individuais enfileiradas uma atrás da outra não fazia parte da metodologia de ensino de Rosângela antes mesmo de participar do projeto “O segredo de Singapura para o sucesso em matemática e ciências”, que promoveu um encontro durante cinco dias com especialistas na área de educação do país asiático com o objetivo de despertar metodologias inovadoras voltadas para resolução de problemas e na pesquisa. Como um dos pontos importantes abordados, a professora Rosângela sabe muito bem aplicá-lo

em sala de aula, que é a coletividade. Como atividade do dia, utilizando os filtros construídos em garrafas pets, as equipes tinham a missão de observar os resultados da água no processo de filtragem. Para isso, a professora avisou: “cada mesa um aluno se responsabiliza por cada etapa do processo”. Enquanto um observa a cor da água antes da filtragem; outro se responsabiliza pelo tempo em que a água vai levar para passar pelo processo. Já os outros integrantes se dividem entre registrar a atividade e anotar o novo aspecto da água ao final do trabalho.


Fotos: Renata Bomfim

Por Renata Bomfim

“Esse construir coletivo faz com que o aluno aprenda a fazer isso em sociedade, onde ele não pode pensar individualmente, mas no todo”, destaca. E não é só em dias de aulas práticas que os alunos sentam em grupos, essa é a metodologia usada pela professora no dia a dia, com todas as turmas em que dá aula. Nessa dinâmica, os 48 minutos de aula são mais aproveitados. “Em uma mesa, eu consigo atender de quatro a cinco alunos, enquanto com a carteira individual, se eu fosse passar em uma por uma, numa sala com 35 alunos, eu não conseguiria ficar um minuto por estu-

dante”, aponta. A formação para 40 professores de ciências e matemática da rede municipal de ensino, foi uma realização do Instituto Ayrton Senna, junto com o Instituto Nacional de Educação de Singapura (NIE, sigla em inglês), Secretaria de Educação de Joinville, Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e Fecomércio. Os temas abordados foram pensados para serem aplicados de sexto ao nono ano do ensino fundamental. Vale destacar que Joinville foi a primeira cidade da América do Sul a receber o projeto de Singapura.

João Victor Silva Zanoto e Amanda Kae Nakasone REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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Professora Rosângela Moura Butzge acredita que a metodologia de trabalhar o aluno no coletivo o prepara para viver em sociedade

NOVOS FORMAS DE ESTUDAR, NOVAS FORMAS DE APRENDER

Registrar a atividade era uma das tarefas da aula prática

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Apesar de deixar livre para o aluno escolher se prefere participar da aula sentado nas mesas dos grupos ou nas carteiras individuais, Amanda Kae Nakasone, 11, e João Victor Silva Zanoto, 12, gostam da proposta de estudar em grupo e são unânimes em dizer: é divertido aprender em equipe. E é com essa diversão que Amanda até já avisou a professora que a aula que ela mais fica feliz é a de ciências. “Eu gosto de fazer experiências, porque a gente faz junto e constrói coisas novas”, justifica. João não fica muito atrás e acredita que essa dinâmica até aproxima e ajuda a fazer novas amizades. “Em grupo tem pessoas para nos ajudar e facilita o aprendizado.”



Aluna Lohanna Gabrielly Siqueira transformou a sua vivência na escola em livro

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Fotos: Renata Bomfim

LEITURA


Por Renata Bomfim

QUE TAL FAZER COM QUE SUA LEITURA

VIRE SUGESTÃO PARA OUTROS ALUNOS?

Projeto de leitura desperta curiosidade entre os alunos e incentiva a produção textual No canto em destaque da biblioteca, uma estante com o nome “Sugestões de leitura” passou a chamar a atenção dos alunos do primeiro ao nono ano da Escola Municipal Dom Jaime Barros Câmara, no bairro Comasa. A iniciativa, que ganhou um novo formato este ano, desperta a curiosidade entre os alunos e incentiva a produção textual. A ideia é simples: o aluno leva o livro para casa durante uma semana e, na hora de devolvê-lo, a equipe da biblioteca disponibiliza folhas personalizadas e até clipes interativos para quem se interessar em compartilhar a sua experiência com a leitura. “A gen-

Entre as sugestões, um livro especial ganhou espaço desde o evento que marcou o aniversário da escola. Escrito e desenhado todo à mão, o livro “A nossa escola é…” foi feito como atividade em sala de aula, quando a professora Rosane da Rocha Coutinho lançou um desafio para os alunos dos quartos anos: escrever algo sobre a escola. Desafiada, Lohanna Gabrielly Siqueira, 9, resolveu contar a sua vivência escolar em forma de livro. Escritora mirim, como é chamada carinhosamente pela professora, a aluna sabe que é na biblioteca o seu lugar favorito. “Eu escrevo porque é muito chato ficar no sofá vendo televisão”, desabafa.

te sentiu que está tendo bastante participação dos alunos e, com isso, eles passam a ter mais interesse. Livros que saiam pouco, agora passaram a ser procurados”, comenta a professora que trabalha na biblioteca, Cilmara Gomes Murara. Essas recomendações feitas, de acordo com Marlete Roecker, auxiliar escolar, são acumulativas, ou seja, a história do livro pode ser indicada de diferentes formas e fazer com que a iniciativa marque histórias dessa geração que inaugurou o projeto que, apesar de ter começado há pouco tempo, a ideia é torná-lo permanente na biblioteca.

Caroline Queiroz de Almeida

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QUANDO ESCREVER SE TORNA TERAPIA... Alunas do terceiro ano já deixaram suas sugestões nos livros que escolheram para ler

Já para Isabelly da Silva, 8, estudante do terceiro ano, “chatinho” mesmo, como ela contou, era ler. “Depois que o projeto começou, eu comecei a ler mais”, comenta a aluna que até já deixou a sua anotação junto com o livro na estante em destaque. E esse é o objetivo comentado por Marlete: promover o projeto de uma forma que aguce a curiosidade do aluno pela leitura. “Em sala, eu tenho notado que as produções de textos dos alunos têm melhorado gradativamente, porque esse estímulo de ler e escrever faz com que

as produções fiquem cada vez melhores”, destaca Rosane. “Eu gosto muito de incentivá-los a ler, porque eu digo que a gente não precisa viajar, a história faz isso.” Não é à toa que esse incentivo fez com que a aluna Caroline Queiroz de Almeida, 9, que está no quarto ano, resolvesse escolher logo um livro de Monteiro Lobato, que tem nada mais, nada menos, que 300 páginas. O livro, antes misturado com outros na faixa etária para sua leitura, agora ocupa um espaço de destaque e virou sugestão de leitura para os colegas da escola.

EI, VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE VAI PRESTAR VESTIBULAR? A Biblioteca Pública Rolf Colin, que fica no centro da cidade, começou neste mês de maio encontros com alunos do ensino médio e vestibulandos para conversar e compartilhar as obras indicadas aos vestibulares do nosso Estado. A ideia dos encontros, que devem acontecer todas as segundas-feiras, no período da tarde, é ajudar na compreensão dos livros literários e, claro, garantir o sucesso na hora de prestar o vestibular. Por mais que você ainda não está nessa fase (mas um dia vai estar, se você quiser prestar vestibular), sempre tem alguma pessoa próxima a você que possa estar nessa preparação e essa dica pode ajudar! Então, que tal ajudar a compartilhar essa iniciativa?

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Assim como a aluna Lohanna costuma se expressar por meio da escrita, a professora de apoio pedagógico, Terezinha Vanderleia do Nascimento, que está prestes a lançar um livro de poesias, também descobriu quando criança que a escrita era uma das formas de libertação. Apaixonada pelos sons das palavras, Vanderleia combina os seus poemas com fonética, rima e aliteração. “O meu poema nasce do que eu vejo na vida”, comenta. Em uma das escolas em que dá aula, como na Escola Municipal CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues Oliveira, suas poesias ganharam forma e estão publicadas no espaço escolar, em que transformou em palavras cenas que observa da apropriação dos professores e alunos pelo lugar. Com cerca de 80 poesias, o primeiro livro de Vanderleia também vai ser lançado em Portugal, onde fica a sede da editora. “Para mim, ter o primeiro livro com toda essa magnitude, é muito mágico. Eu digo que são forças do universo, porque eu sou muito espiritualizada”, acredita. “Eu sempre voei muito com as minhas ideias e imaginação. Para mim, é como se fosse um sonho.”


JOINVILLE NO CENTRO DA INFORMAÇÃO DIGITAL.

Portal RIC Mais SC e ND Online. Notícias em tempo real para você. É o jornalismo sem distâncias, com mais agilidade e na hora que acontece em Joinville e região. Acesse ndonline.com.br/joinville e acompanhe a coluna de Luiz Veríssimo. É a informação passada em tempo real, para você não perder nenhuma notícia.


CAPA Por Renata Bomfim

PEQUENOS

INVENTORES Rede municipal de ensino de Joinville é pioneira em Santa Catarina com ensino de robótica para alunos no contraturno escolar

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Fotos: Emily Milioli REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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Foto: Secom - Prefeitura de Joinville

Tudo começou quando a escola quis participar, ainda em 2017, do Torneio de Robótica First Lego League, voltado para alunos entre 9 e 16 anos com o desafio de fazê-los montar robôs a partir das pe-

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ças de Lego. Com essa novidade, a professora da sala de informática, Jocilene Aparecida Skrypec teve a missão de, junto com a direção, selecionar os alunos que tivessem a curiosidade de entender sobre o universo da robótica. Matheus Johan Forbici, 14, aluno do nono ano, estava à frente dos colegas, porque já teve contato com a robótica em um curso que fez no Sesi, um dos responsáveis por promover o torneio na cidade. “Lá a gente também criava robôs com Lego, que é o que a gente faz aqui”, comenta. Ape-

sar de ter a liberdade de conhecer outros processos dentro dessa área, viu mais facilidade em contribuir com o grupo por meio da pesquisa. Isso porque a divisão dentro da sala é clara quem chega para conhecer o laboratório improvisado com equipes divididas de acordo com as habilidades de interesse: enquanto uma turma se divide em pesquisar sobre o tema que será construído o robô; outros estudam a melhor forma de desenvolver o projeto e outros se desafiam em entender sobre programação.

Fotos: Emily Milioli

Todas as quartas-feiras, no período da tarde, a sala de informática da Escola Municipal Professora Laura Andrade vira laboratório de robótica e 12 alunos, do sexto ao nono ano, que participam da atividade no contraturno escolar, viram pesquisadores, programadores e, por que não, inventores?


Quando foi convidado para ser um dos representantes da escola no torneio, Lucas Eduardo Mebs, 14, levou a curiosidade da programação para casa. Resolveu baixar o programa para entender como funciona, já que não tinha noção alguma de como funcionava. “Eu fiquei curioso e vi que é bem difícil programar”, confessa. Engajado com a novidade na escola, foi além e descobriu um aplicativo que faz do celular um controle remoto que passa a mandar os comandos e fazer o robô andar. Apesar de ser apenas um apoio para os alunos entenderem a programação, o

aplicativo NXT remote control ajuda a entender a linguagem que precisa ser desenvolvida no programa, já que o celular é apenas um apoio nesse processo. Apesar de não terem se classificado para a etapa nacional, os alunos não desanimaram e já estão fazendo a lição de casa. Com o tema deste ano divulgado, os estudantess estão à frente na pesquisa e ideias para desenvolvimento do novo robô. No total, 54 estudantes e 10 professores da rede municipal, de cinco unidades escolares, participaram do evento no ano passado.

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Atentos às mudanças e inovações na educação, a rede municipal de Joinville inaugurou no início do mês de maio o espaço criativo de robótica, localizado no Centro XV. Com a finalidade de atender os alunos como atividade no contraturno escolar, a iniciativa é um marco na história da cidade, por ser o primeiro projeto municipal institucional. De acordo com o diretor executivo de tecnologia, Fernando Cesar de Oliveira Lopes, desde o ano passado, já foram capacitados mais de 1100 alunos e 80 professores na rede municipal. “Temos como meta até o final de 2019, capacitar mais cinco mil alunos”, aponta. A inauguração do espaço é resultado de um trabalho voltado à robótica que iniciou em 2017 na rede municipal, que oportunizou aos estudantes cursos nos centros de educação profissional. “Fomos em diversas escolas, divulgamos o curso de robótica e deixamos o processo disponível para quem quisesse se matricular”, relembra a gerente de tecnologia, Sandra Trapp. Em parceria com a Secretaria de Educação, o pólo da Universidade do Estado de Santa Catarina, que fica em Joinville, ofereceu formação para os professores da rede, em que tiveram contato com a metodologia do arduino. Com isso, o objetivo da rede municipal em incluir oficina de robótica na educação da cidade é criar um espaço multidisciplinar, para que alunos do primeiro ao nono ano tenham contato com a cultura maker. No espaço criativo inaugurado, os alunos vão poder trabalhar e desenvolver habilidades com robótica livre, robótica educativa, espaço maker, planejamento e espaço para iniciativa de inteligência artificial. “Essa sala que a gente montou, os diretores irão se inspirar e, em cada realidade, criar uma sala para eles”, comenta Fernando. Presente na inauguração, Aparecida de Oliveira Modesto, diretora da Escola Municipal Professora Laura Andrade, já lançou o desafio para a equipe pedagógica. “Eu dei um mês para eles pensarem onde a gente pode fazer esse espaço. Nós vamos ter que encontrar na escola um lugar em que podemos aprimorar o projeto, para que os alunos tenham liberdade de criação.”

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Fotos: Emily Milioli

REDETECNOLOGICA.COM


Foto: Secom - Prefeitura de Joinville

COMPARTILHANDO A Foto: Secom - Prefeitura de Joinville

IDEIA

Inauguração do espaço criativo de robótica, no Centro XV

Com essa iniciativa, até o momento, sete escolas da rede municipal já contam com atividades relacionadas à robótica no contraturno escolar, mas a ideia é fazer com que mais escolas se inspirem e criem esse espaço na sua unidade. A meta, segundo Sandra, é inaugurar, ainda este ano, 13 novos espaços criativos nas unidades escolares. “Nós temos dez kits que vão passar pelas escolas levando esse conhecimento junto com palestras e workshops para a comunidade e professores. A ideia é de que todos entendam como a educação pode trabalhar com a tecnologia”, comenta Fernando. Para o secretário de educação, Roque Mattei, isso é mais um passo de trazer para Joinville o que tem de melhor na educação dentro e fora do nosso país. “O nosso objetivo é de capacitar os nossos alunos, profissionais de educação, mas, acima de tudo, começar a trazer o que tem de mais moderno hoje em educação, com metodologias educacionais.” Além do Centro XV, localizado entre o centro e a zona norte da cidade, o Centro Educacional e Social do Itaum (Cesita), também está sendo reconfigurado para também se tornar um espaço criativo. “Nós temos esses laboratórios piloto para que as escolas possam se inspirar e criar os seus”, comenta Sandra. Vale ressaltar que os cursos já estão em andamento nas duas unidades.

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REPRESENTANTE DE CLASSE

É mediadores de sala que fala? Quem nunca sentiu o gosto do poder quando o professor precisa fazer algo fora da sala de aula e pede para que um aluno possa anotar os nomes de quem estiver conversando ou passeando pela sala, não sabe o que é se sentir importante. Na verdade, os 450 alunos eleitos representantes de classe em 53 escolas da rede municipal sabem e, por isso, participaram do evento que destacou a relevância desse apoio em sala de aula e o protagonismo infanto juvenil. Com o apoio da Associação de Pais e Professores da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos e o Instituto Carlos Roberto Hansen, o encontro contou com a participação da Dionísios Teatro, companhia teatral da cidade. Os atores puderam interagir com o público estudantil tratando

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sobre bullying na escola, mediações de conflitos em sala de aula, e claro, como o representante pode exercer o seu papel e ter liderança em sala. “Eu pensava que o representante só fazia a chamada e auxiliava o professor, mas eu vi que é muito mais”, comenta Christian de Meira, 14, aluno do nono ano da Escola Municipal Professor Sylvio Sniecikovski, no Jardim Paraíso. “Nós temos que auxiliar os alunos novos que entram na escola e acabam não se enturmando muito. Nosso papel é ajudá-los a se encaixar e a entrar no padrão da sala.” Para a orientadora da escola, Erosnilde Lenzi, ter esse representante de classe faz com que auxilie não só o professor, mas também a equipe pedagógica para saber melhor sobre os desafios, como presença e comporta-

mento, de cada turma. “Eu achei muito válido esse encontro, porque valoriza as crianças e dá estímulo para que eles sigam sempre com disciplina e interesse em poder ajudar a escola”, destaca. Representante de sala pela sexta vez, Nelson Heinz Cardoso, aluno do sexto ano, acredita que tem essa função todos os anos porque a turma confia nele. Para ganhar este cargo, com validade por um ano, o professor de sala anota no quadro os nomes dos alunos que têm interesse e abre para votação. Mas como toda regra tem a sua exceção, Misael Barbosa de Novaes, 11, fez o processo inverso: foi escolhido sem se candidatar. “A professora perguntou à turma se eles queriam que eu fosse representante e eles aprovaram”, relembra o aluno que passa pela função pela primeira vez.

Fotos: Renata Bomfim

Encontro com representantes de classe reuniu 450 alunos de 53 escolas da rede municipal com ensino do sexto ao nono ano


Por Renata Bomfim

Mas o que faz um representante de classe? Para orientar os alunos que abraçam esta missão ao longo do ano letivo, a Secretaria de Educação construiu um manual de como ser um bom representante de classe. Se você tem essa

Competências O representante de classe é um líder que participa das decisões tomadas na escola, sendo o elo de comunicação entre os alunos, os professores e a equipe diretiva. É sempre escolhido pelos seus colegas para ser o porta-voz das reivindicações, sugestões e solução dos problemas de classe. O representante é eleito a partir de suas características pessoais relacionadas a responsabilidade, comunicação, dedicação, respeito e liderança.

missão da sua escola, guarde essas dicas. Se você ainda não é, mas tem vontade de ser no próximo ano, já fique atento quais serão as suas demandas. Confere só:

Atribuições 1. Conhecer o Regime Escolas e as normas de funcionamento da escola. 2. Participar das reuniões coordenadas pela Direção e Orientação Educacional, trazendo interesses discutidos com a classe.

3. Informar a classe sobre assuntos discutidos nas reuniões quando for de interesse comum.

4. Colaborar com o professor regente de demais professores na manutenção da disciplina, na organização e rotina da classe.

5. Estabelecer boa comunicação com os professores, funcionários, mantendo a união da turma e buscando solucionar os problemas com o grupo.

6. Contribuir com o zelo da infraestrutura predial e equipamentos, bem como mobiliário e materiais didáticos que compõem o ambiente escolar.

7. Auxiliar na preparação e realização de eventos culturais e esportivos da escola; 8. Incentivar a classe a colaborar para o cumprimento dos objetivos da escola e na realização e na realização dos projetos educacionais.

9. Acolher os novos colegas para que se adaptem ao ambiente escolar. 10. Representar a turma perante a direção, equipe pedagógica, professores e pais.

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DICAS DA MARI

Por Mariana Emerim

VAMOS FAZER uma

FLÂMULA

Por Mariana Emerim

Oi, oi, gente, tudo bem? Eu sou Mariana Emerim, youtuber, e este ano vou estar todos os meses com você para apresentar dicas de faça você mesmo, em parceria com a revista its! E, para começar, neste mês vamos fazer uma FLÂMULA! Sabe aquela bandeirinha pequena, estreita e comprida cuja extremidade termina em ponta? Costumamos ver naquelas decorações bem #tumblr e, principalmente, em imagens no Pinterest! E se é tendência, a gente aprende a customizar.

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Primeiro vamos separar os materiais que você vai precisar: tecido (pode ser algodão cru, feltro, cetim ou chita), tesoura, cola quente, barbante, palito de churrasco, tinta de tecido ou caneta de tecido.

Usei uma tinta de tecido para preencher meu coração, ficou lindo, mas também fiz algumas com frases, enfim, você quem vai escolher!

Escolha o tecido, recorte no formato de retângulo, depois dobre ao meio e corte uma ponta! O formato da flâmula está pronto!

Com a cola quente, você vai colar na parte superior o palito de churrasco. É importante cortar fora as pontas do palito para não acontecer nenhum acidente!

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Prontinho! Sua flâmula está feita! Agora é pendurar em um lugar muito especial, ou também dar de presente alguém!

Agora é o seu momento, use a criatividade para personalizar! Eu escolhi fazer um coração, por isso usei um molde para facilitar!

Para finalizar amarre o barbante nas duas pontinhas. A dica aqui é medir onde você vai deixar a flâmula pendurada para medir certinho a quantidade de barbante que você vai usar! Quando fizer, marque a #diymariemerim para eu ver a sua flâmula e deixar aquele like que eu vou procurar, hein! Beijo, beijo, beijo. Tchau, tchau, tchau, tchau!


PAPO DE LEITOR

Por Mateus Pereira Silveira AVENTURAS NA NETOLAND COM LUCCAS NETO | LUCCAS NETO

DESTAQUES DO MÊS Dizer que o livro é melhor que o filme é consenso em qualquer debate sobre literatura. Muito embora não seja uma verdade absoluta, é o que acontece na maioria os casos, mesmo entendendo que são artes diferentes e precisam ser tratados como tal. Também existem aqueles filmes maravilhosos que são baseados em livros tão incríveis quanto. Por isso, resolvi listar três títulos que renderam ótimas adaptações no cinema e ambos (livros e filmes) estão entre os meus favoritos da vida.

A VIDA POR TRÁS DAS CÂMERAS | FELIPE NETO

COMO OS ANIMAIS SALVARAM A MINHA VIDA | LUISA MELL

MISERY, DE STEPHEN KING FILME: LOUCA OBSESSÃO, 1990

Paul é o escritor da série de livros Misery, que foi sucesso de público. No momento que procura redirecionar sua carreira para um outro gênero literário, o autor sofre um acidente de carro nas montanhas. Ele é salvo por Annie, uma enfermeira, que o leva para sua casa, iniciando lá os primeiros tratamentos em Paul, já que as estradas estão interditadas pelas tempestades de neve. As coisas começam a ficar mais estranhas quando Annie ressalta a todo momento que ela é a sua fã nº1 e deseja muito ler o último livro da série. Isso até descobrir que sua personagem favorita foi morta. É um livro tenso, que prende o fôlego do leitor a cada novo acontecimento, reunindo as melhores características que tornaram King um mestre do horror.

UM CAVALHEIRO EM MOSCOU | AMOR TOWLES

LIVRO: GAROTA EXEMPLAR, DE GILLIAN FLYNN FILME: GAROTA EXEMPLAR, 2014

ELES ESTÃO POR AÍ | BIANCA PINHEIRO E GREG STELLA

No aniversário do seu 5º ano de casamento, Amy Dunne desaparece. Os vestígios da provável cena do crime são violentos e os indícios apontam que o culpado do sumiço dela é seu próprio marido, Nick. Enquanto Amy é bem vista por todos ao seu redor, seu esposo apresenta problemas financeiros e pessoais. A trama utiliza de relatos, diários e pontos de vista de cada um deles para construir a narrativa, mostrando como Amy e Nick encaravam seu casamento de maneira diferente. O livro conta com vários pontos de virada, levando a estória para um rumo não imaginado. Foi o típico caso do título que pouco esperava antes de iniciar a leitura e ele superou demais as expectativas. LIVRO: TRILOGIA MILLENNIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES FILME: MILLENNIUM, OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (2011)

Após uma reportagem fracassada, o jornalista Mikael Blomkvist é processado e condenado a um período de reclusão. Ao mesmo tempo que acompanha a sua reputação desmoronar na imprensa sueca, Mikael é procurado por um milionário para investigar o desaparecimento de sua sobrinha, caso que aconteceu décadas atrás e é tratado como algo encerrado pela polícia local. Para ajudá-lo nessa tarefa, surge a hacker Lisbeth Salander, uma jovem inteligente, mas com problemas de socialização. A parceria inusitada funciona muito bem, inclusive em outros casos que vão se abrindo ao decorrer da série de livros. Nas sequências, o passado de Lisbeth vai sendo revelado, incluindo os danos que físicos e psicológicos pelos quais ela passou em sua infância e adolescência, mostrando que mesmo na Suécia, um dos melhores países para se viver, também há escândalos de corrupção e segredos de governo.

A CORAGEM DE NÃO AGRADAR | ICHIRO KISHIMI E FUMITAKE KOGA

É ASSIM QUE ACABA | COLLEEN HOOVER

TREINE O SEU CÉREBRO PARA PROVAS | AUGUSTO CURY

TÁ LIGADO, MEU IRMÃO | MR. POLADOFUL E ADRIANA DANTAS

GRANDE HOTEL ABISMO | STUART JEFFRIES *A seleção do top dez contou com os livros que estão em alta na Saraiva e Livrarias Curitiba REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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GALERIAS

Eloise e Julia

Evilin e Poliana

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM AMADOR AGUIAR ULYSSES GUIMARÃES

Aline e Miriam

Sabrina, Leticia, Maria Eduarda, Eloise e Julia

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Beatriz, Maria e Maísa

Amigos da EM Amador Aguiar

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GALERIAS

Artur, João e Carlos

Eliza, Emanuelly e Camila

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM PROFESSORA ANNA MARIA HARGER GUANABARA

Gustavo, Pedro e Samuel

Samuel, Pedro, Joaquim, Artur, Gustavo, Carlos e Profª Ida

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REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Julia,Victoria e Gabriela


Luiza, Larissa, Maria, Eduarda e Profª Ida

Luiza e Larissa

Samuel, Monalise e Murilo

Turma do 9º ano B

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GALERIAS

ESCOLA

EM PROFESSOR EDGAR MONTEIRO CASTANHEIRA FÁTIMA

Natalia, Isabel e Leticia

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REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

Fotos: TAINARA FIDENCIO

Lucas e Victor


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GALERIAS

Lara, Helena e Nathalia

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM PREFEITO GERALDO WETZEL FÁTIMA

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Carlos Henrique

Lara, Helena e Nathalia


Bianca, Kamili, Sofia e Giovanna

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GALERIAS

Stefany, Ana Beatriz e Suyane

Andre, Cauan, Guilherme, Sarah, Alexia E João

ESCOLA Fotos: TAINARA FIDENCIO

EM SENADOR CARLOS GOMES DE OLIVEIRA AVENTUREIRO Anderson, Roberto e Professoras

Meninas 8º A

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Gabriela, Jenifer e Vitoria

Turma 8ยบ A

Bruno e Fabriano

Rafaela, Jussara e Beatriz

Prof. Marli, Carolina e Kamila

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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza

Minha ex-BFF (best friend forever)

Éramos grudadas como irmãs siamesas. Sentávamos uma ao lado da outra na sala, no recreio fazíamos o controle da dieta juntas, passávamos as tardes colocan­do a fofoca em dia pelo celular, e a noite não terminava sem um aviso de “até amanhã”, via SMS. O que essas duas tanto conversam? – questionavam os pais. Tudo! Discu­tíamos as dúvidas, os medos, os sonhos, os amores e os traumas – dividíamos uma vida. Minha BFF era adorável, alta, magra, morena e atra­palhada. Ela fazia o meu lado para os gatinhos, nos arru­mávamos para as festas juntas e no fim da noite comen­távamos o que tinha rolado na festança. Cá entre nós, a festa nem tinha sido tão divertida, mas nós éramos. Em alguns momentos, não precisávamos nem falar, uma lia o pensamento da outra. Eu contava algumas histórias e piadas, e ela ria até quase fazer pipi nas calças. Nós estudávamos para as provas, ficávamos em exa­me e comemorávamos o dez juntas. Unidas para sempre, como era pra ser. A professora dizia que amizades na adolescência duram uma vida inteira. Eu acreditei com a empolgação de envelhecermos lado a lado, nada poderia nos separar. Nunca brigávamos, parecíamos uma só pes­soa em corpos diferentes. Até que a fase dos sonhos (leia-se ensino médio) pas­sou, e cada uma seguiu o seu caminho. Houve mudança de cidade, de personalidade e de objetivos. E,

de repente, minha BFF ficou bem chata e eu virei a garota incompre­endida. Cadê a compatibilidade que tínhamos? I don’t know. As ligações ficaram escassas e os encontros nas ruas ficaram limitados a três frases: “oi, tudo bem?”, se­guido por “me conte as novidades!”, com uma virada de cabeça ou uma chacoalhada na bolsa finalizando com o famoso “temos que marcar alguma coisa qualquer hora.” Ok, nós duas sabíamos que esse encontro não iria rolar. No início, veio a incompreensão, fazíamos de tudo para que o papo fosse o mesmo. Depois, veio a revolta: por que o papo não era o mesmo? Seguido pelo confor­mismo: ai! Que papo chato. E, logo após, veio a indife­rença: não me interesso por esse assunto. E assim como a conversa tem prazo de validade, a pessoa também. Sem juras de amor em cartas nem pingentes de BFF em for­mato de coração, nem gestos de ansiedade para contar uma fofoca. Somente uma saudade boa de ter tido uma BFF dessas que vemos em filmes e séries de adolescentes. * Para os desinformados de plantão, best friend fore­ver significa: melhor amiga para sempre. E, cá entre nós, quem não teve uma na adolescência que atire a primeira pedra. Eu, como digna mortal que sou, tive várias.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

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