its Teens Joinville - 31

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Revista Its Teens Joinville nº 31 2018 | R$ 9,80

ATELIÊ DE ARTE

CRIATIVIDADE A FAVOR DO VENTO

KIT DE CIÊNCIAS

GERAÇÃO CIENTÍFICA


AS MATÉRIAS QUE

NÃO ESTÃO NA ESCOLA,

ESTÃO AQUI.


TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.



EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Gilberto Klenübing | gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.br Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br

Salve, galera its!

JÉSSICA STIERLE

Matemática nunca foi meu forte na época da escola, talvez fosse o destino apontando

meu caminho para a área das humanas, mas sabe o mais louco? Eu sempre me tornava mais próxima dos meus professores dessa matéria. Na maioria das vezes eu não enxergava

NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br

lógica naquele monte de números e equações no quadro ou nas listas de exercícios, mas

Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br

des heróis na minha mente, afinal de contas, entender o valor de x, y ou z era muito mais

Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br

quando eu observava quem tinha compreensão... nossa! Essas pessoas se tornavam grancomplicado pra mim do que qualquer outro dilema. Eu demorei para entender que na realidade a compressão da matemática vai além da inteligência, é talento, mas acima de tudo amor. E que lindo é quando a gente transforma a lógica e o raciocínio em sentimentos, né?! A arte da vida não está em se compreender fielmente algo, mas em saber que nem sempre vamos encontrar os valores corretos, ou a resposta mais lógica... A matemática me ensinou isso: eu não posso ser boa em tudo, e que bom que tem gente que é boa em aspectos que eu não sou. Isso não me torna (ou nos torna) melhor ou pior do que os outros, isso me torna (e te torna) parte do todo, com uma soma de conhecimentos e peculiaridades.

Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

Jéssica Stierle

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: ANAVITÓRIA - Ai, Amor Imagine Dragons - Natural Jorge & Mateus - Coração Calejado Rubel - Quando Bate Aquela Saudade

OS CULPADOS

facebook.com/revistaits @revista_its instagram.com/revistaits

LUCAS INÁCIO

MARIANA EMERIM

MATEUS SILVEIRA

PRISCILA ANDREZA DE SOUZA

RENATA BOMFIM

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CULTURA POP

WI-FI

ATELIÊ DE ARTE

CAPA

KIT DE CIÊNCIAS

SAIDEIRA

conteúdo 6 | CULTURA POP

8 | WI-FI

Sim, você já passou dessa fase e deve estar se perguntando: “é sério mesmo que eles resolveram falar de desenho?”. Sim, é sério. Aliás, é seríssimo. Não se trata de qualquer desenho, estamos falando de“Rugrats: os anjinhos”, então, por favor, entenda o nosso momento nostalgia.

Quem acompanha a série Westworld ou gosta de filmes de ficção científica como Matrix, sabe que só em pensar em Inteligência Artificial já rola aquele medinho de que vai dar ruim. Porém, o que não falta são aplicações de IA pelo mundo em várias finalidades que a gente não faz ideia, da culinária ao jornalismo.

14 | ATELIÊ DE ARTE

18 | CAPA

Os desenhos expostos em forma de pipa no pátio da EM Doutor Hans Dieter Schmidt, no Jardim Paraíso, só mostram que os 60 alunos que participam do programa Ateliê de Arte na unidade escolar deixam voar livre a imaginação e fazem das cores, tintas e pincéis instrumentos para libertação da criatividade.

Se para uns a matemática é vista como desafio; para outros pode-se dizer que é uma aliada. Ao menos para os seis alunos das escolas da rede municipal de ensino de Joinville, medalhistas de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), os números os levaram para uma viagem de premiação e o destino foi o Rio de Janeiro.

28 | KIT DE CIÊNCIAS

42 | SAIDEIRA

Com a intenção de deixar as aulas mais práticas e presentear os alunos pelo Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, 55 escolas da rede municipal com séries finais (fundamental 2, do sexto ao nono ano) foram contempladas com kits de ciências para auxiliar na prática pedagógica e aprendizado dos alunos com lupa de mão, esqueleto humano flexível, corpo torso com 24 partes e microscópio biológico binocular que tem a capacidade de ampliar a imagem em até 1600 vezes. No total, são 1700 peças entregues para as unidades escolares.

O andar é desajeitado, o riso é fácil e os comentários desconectados com o momento. Não entendem o humor da menina tímida. Nunca achei graça de ser uma garota engraçada, porque ao contrário de alguns, eu não via nenhum glamour em ser a boba da turma, a palhaça ou simplesmente a engraçadinha. Não sei contar piadas, nem imitar gente famosa. Então, por que me acham engraçada?

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PAPO DE LEITOR

Por Mateus Pereira Silveira NARUTO GOLD 37 | MASASHI KISHIMOTO

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA, POR C.S.LEWIS

NÃO SE PODE MORAR NOS OLHOS DE UM GATO | ANA MARGARIDA DE CARVALHO

ARMANDINHO SEIS | ALEXANDRE BECK

Clássico é um adjetivo muito utilizado para se referir aos livros. Essa característica pode ter vários significados: o de ser um livro antigo que marcou sua época, que fez parte da criação de um novo gênero literário e que ainda se mantêm relevantes. Entre os títulos juvenis não faltam exemplos, como Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, O Mágico de Oz, o Hobbit e, claro, As Crônicas de Nárnia. As histórias, escritas pelo irlandês C.S.Lewis entre 1950 e 1956, foram publicadas individualmente, mas são conhecidas pelo volume único que reúne todas as crônicas que se passam no reino de Nárnia. Assim como Tolkien, Lewis conseguiu levar às crianças e adolescentes um universo novo, com criaturas fantásticas e inúmeras aventuras. Algumas delas já foram adaptadas para o cinema, alcançando novos públicos; outras, mais desconhecidas, possuem seu encantamento peculiar. Por isso, separei as minhas três crônicas favoritas.

O sobrinho do mago: corresponde ao primeiro livro da saga. Diggory, sobrinho de um mago, e Polly, sua amiga, são transportados para o Bosque entre Dois Mundos ao tocarem em um anel mágico. Em um novo espaço, sem querer, eles libertam Jadis, a Feiticeira Branca, que havia sido aprisionada por fazer o uso da palavra execrável, que exterminou todos ao seu redor. Os planos dela continuam assustadores e os garotos buscam formas de evitar que ela domine o mundo onde eles vivem. Enquanto isso, escutam pela voz de Aslan, o leão, a canção sobre a criação de Nárnia. O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa: a mais famosa das crônicas criadas por Lewis se passa durante a Segunda Guerra Mundial, quando os quatro irmãos Pevensie (Pedro, Susana, Edmundo e Lucia) se hospedam na casa de um professor aposentado. Em um dia, Lucia se esconde em um guarda-roupa e descobre que ele dá passagem a Nárnia. Sob a desconfiança dos irmãos, ela descobre que o mundo passa por um longo inverno causado pela Feiticeira Branca. Juntos a Aslan, eles reúnem um exército para lutar contra as forças de Jadis. Além de aventura fantástica, é a narrativa que mais possui referências bíblicas. O cavalo e seu menino: acontece no mesmo período em que os irmãos Pevensie governam Nárnia. Dessa vez, a trama não se desenvolve apenas no reino mágico. Os protagonistas são Shasta, um simples menino, e Bri, um cavalo falante que pertencia a um nobre de Calormânia. Na verdade, o animal pretende voltar a sua terra natal. No caminho, eles descobrem um perigoso plano de invasão à Nárnia e buscam formas de evitá-lo. Graças aos diálogos entre o menino e o cavalo, é uma das crônicas mais divertidas desse volume único. Apesar de escrito para uma determinada idade, as histórias contadas cativam diversos públicos pela imaginação e toda a criação de um novo mundo. Por isso, é um título digno de estar entre os clássicos da literatura infantojuvenil.

AUTHENTIC GAMES: A BATALHA DA TORRE | AUTHENTICGAMES

POLLYANNA | ELEANOR H. PORTER

AO PÔR DO SOL | NORA ROBERTS

SOL EM JÚPITER | LOLA SALGADO

DA FAVELA PARA O MUNDO | EDU LYRA

A ÚLTIMA GRANDE LIÇÃO | MITCH ALBOM

EM BUSCA DE EL CHAPO | ANDREW HOGAN E DOUGLAS CENTURY A seleção dos livros destaques deste mês apareceram na pré-venda, novidade e lançamentos da Livrarias Curitiba REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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CULTURA POP

SE TEMOS O REI DAS TURNÊS 2018...

VEM SINGLE POR AÍ! Você olhou para a foto e, assim como a gente, também pensou que viria parceria por aí, não é mesmo? É, talvez não seja agora, mas nós temos uma novidade sobre a Avril: confirmado álbum novo, o“singles no outono”, como ela respondeu ao ser questionada se iria ou não ter lançamento ainda este ano do seu disco. A cantora está há cinco anos sem divulgar uma música nova de trabalho e os fãs, claro, já não aguentam mais tanta espera. Avril, falta muito para o outono chegar?!

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Lá se foi o primeiro semestre do ano e Ed Sheeran está no topo da lista com a turnê mais lucrativa do ano! Ele só ultrapassou nada mais, nada menos que AC/DC e levou o seu show para mais de 20 cidades espalhadas pelo mundo inteiro e acumulou a bagatela de US$ 213 milhões pagos em bilheteria, o recorde anterior era de US$ 177 milhões. Confira como ficou o ranking, divulgado pela Pollstar, uma das publicações mais conceituadas da indústria ao vivo. 1. Ed Sheeran: US$ 213,9 milhões 2. Bruno Mars: US$ 113,4 milhões 3. Rolling Stones: US$ 100,8 milhões 4. Taylor Swift: US$ 98 milhões 5. P!nk: US$ 95,6 milhões 6. Eagles: US$ 84 milhões 7. Justin Timberlake: US$ 83,8 mil

...TAMBÉM TEMOS A RAINHA DOS LUCROS Já que está no momento de divulgação de listas, Katy Perry não ficou atrás na Forbes e está entre as cantoras mais mais bem pagas de 2018, ocupando a 19ª posição com US$ 83 milhões. Confere só quem também apareceu no ranking com boas colocações: P!nk: US$ 52 milhões Lady Gaga: US$ 50 milhões Jennifer Lopez: US$ 47 milhões Rihanna: US$ 37,5 milhões


LANÇA LOGO, LINDA! Desde que divulgou “Come back to you”, uma das músicas que fez parte da série 13 Reasons Why, Selena Gomez não fez mais nenhum lançamento. O que antes era suspense, a mocinha tratou logo de quebrar e dizer que o novo álbum está em andamento. Em entrevista, Selena adiantou que o novo trabalho já conta com oito faixas prontas. Daqui, seguimos no aguardo.

ANITTA… MAIS UMA VEZ

Como deixar de colocar no Cultura Pop quem não passa um mês sem lançar um novo sucesso? Com a música “Medicina”, gravada em espanhol e com a participação de um coral infantil, a ex-moradora de Honório Gurgel, bairro do Rio de Janeiro, mostra que está cada vez mais pronta para ganhar este mundo. A divulgação do vídeo foi feita pela própria Anitta por meio das redes sociais e aproveitou o momento para explicar que o nome Medicina é para mostrar o poder de cura da música. Vale lembrar, ainda, que a moça foi anunciada no início de julho como uma das juradas do The Voice México. Dorme com esse barulho, mundo!

CONTROLANDO A ANSIEDADE Sim, você já passou dessa fase e deve estar se perguntando: “é sério mesmo que eles resolveram falar de desenho?”. Sim, é sério. Aliás, é seríssimo. Não se trata de qualquer desenho, estamos falando de“Rugrats: os anjinhos”, então, por favor, entenda o nosso momento nostalgia. Depois de passar 12 anos sem nenhuma produção, a Nickelodeon anunciou que a animação deve contar com 26 novos episódios, com todos os personagens garantidos e que deve trazer até outros inéditos. Já podemos dizer que esse momento de relembrar a infância é o Brasil que a gente quer?!

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Por Lucas Inácio

Jogo vidente

Lembram do polvo Paul, aquele que acertava todos os resultados da Copa do Mundo de 2010 e que previu que a Espanha seria campeã? Ele foi o precursor dos animais videntes nos mundiais de futebol, mas parece que a categoria está com os dias contados. O jogo Fifa 2018 acertou vários resultados em sua simulação pré-Copa, incluindo que a França seria campeã. Outro destaque foi a eliminação do Brasil para a Bélgica nas quartas de final e a eliminação da Argentina para a França. Porém o jogo não previu a péssima campanha alemã e espanhola, as quais “previu” que ficariam em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Talvez ainda há esperança para os animais videntes.

MARAVILHAS DA

TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its

Inteligência Artificial no cotidiano

Quem acompanha a série Westworld ou gosta de filmes de ficção científica como Matrix, sabe que só em pensar em Inteligência Artificial já rola aquele medinho de que vai dar ruim. Porém, o que não falta são aplicações de IA pelo mundo em várias finalidades que a gente não faz ideia, da culinária ao jornalismo. Na cozinha, já existem robôs chapeiros, programas que personalizam pratos de acordo com o gosto do cliente a partir de uma base de dados, entre outras coisas. Editores de fotos automatizados já conseguem reparar um registro a partir dos padrões que ele apresenta. Na medicina, pode ajudar a fazer a triagem de pacientes e cruzar os dados antigos. E esses são apenas alguns exemplos do que está rolando no mundo, então, fiquem tranquilos, por enquanto as Inteligências Artificiais estão aí para nos ajudar. Observação: vale destacar que esta matéria não foi escrita por um robô. 10

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Celular dobrável chegando?

Cada vez mais fontes surgem com a notícia de que a Samsung pode finalmente lançar o celular dobrável já em 2019, uma tecnologia que a empresa vem desenvolvendo há anos e que já foi tema do Wi-fi. Ela consiste em um celular que dobra como uma carteira, podendo deixá-lo mais compacto e ocupando menos espaço, o que é ideal para quem gosta de telas grandes, já que o principal problema é justamente guardá-lo no bolso. Por enquanto, os indícios são de que a tecnologia será voltada para os viciados em games, mas prepare suas economias, porque algo tão revolucionário não deve chegar barato ao mercado.

O retorno da Liga

Para tentar viciar os 18% de brasileiros que ainda não jogam no celular, vamos passar uma dica da continuação de um dos mais aclamados jogos de super heróis: Injustice. Depois de uma primeira edição muito boa, o Injustice 2 fez sucesso imediato quando foi lançado e agora está no celular. Claro que a versão é reduzida, mas a qualidade de gráficos e da história continua tão boa quanto a dos consoles, portanto vale a pena investir um tempo nesse jogo. Se a DC ainda está devendo no cinema, nos jogos ela manda muito bem.

Joga na palma da mão

Uma pesquisa encomendada pela PayPal aponta que cerca de 82% dos brasileiros jogam no celular. A pesquisa foi realizada com pessoas de 18 a 65 anos, sendo 53% mulheres (semelhante à proporção da população nacional), o que indica que o mercado de games para celular entre os brasileiros é grande. Vale lembrar que esse vício vem desde os tempos do jogo da cobrinha, lá nos anos 2000, mas na época os celulares não ofereciam tantas coisas quanto atualmente, tipo internet e a comunicação era por mensagem de texto (e olhe lá).

VícioFlix

Qual o tamanho do seu vício em Netflix? É difícil avaliar assim do nada, mas um aplicativo pode ajudar você a quantificar isso. O StatFlix é um app que gera várias estatísticas do seu uso na Netflix, desde o tempo até o histórico completo de filmes, séries ou programas que você assistiu, mesmo que não tenha ido até o fim. Além disso, ele mostra o tempo de acordo com os dias, ou até mesmo com o tipo de produção que você assistiu, traçando um perfil bem legal do que você curte ou não. É bom até para se controlar um pouco, caso o vício esteja tão grande, né?

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ESCOLA ABERTA

Notícias das

ESCOLAS

JOINVILLE CAPACITA PROFESSORES SOBRE REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES Com o objetivo de transformar crianças em multiplicadores da educação para redução de riscos de desastres (RRD), a Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Educação (SED) e da Secretaria de Proteção Civil e Segurança Pública (SEPROT), capacitaram professores durante a oficina Protagonismo Social. Pioneira em Santa Catarina, a oficina integra o Programa de Educação Plena da SED. O conteúdo será replicado em setenta escolas da rede municipal que oferecem atividades no contraturno escolar, para alunos dos sextos, sétimos e oitavos anos. A capacitação foi ministrada por profissionais da SED, da

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SEPROT, por técnicos da Defesa Civil de Santa Catarina e teve, ainda, a participação especial de representante brasileiro da Agência de Assistência a Desastres dos Estados Unidos da América – USAID/OFDA. Durante os dois dias de programação, os professores receberam informações sobre fatores de riscos naturais (tempestades, vendavais, transbordamento de rios), sociais e antropológicos (falta de saneamento básico, construções em áreas de risco, descarte inadequado de lixo, transporte de produtos perigosos) e discutiram como reduzir riscos de desastres, com base na identificação de ameaças e vulnerabilidades.


ALUNOS DE JOINVILLE APRENDEM ROBÓTICA COM DIVERSÃO DURANTE FÉRIAS Alunos da Escola Municipal Professor Orestes Guimarães, em Joinville, interromperam as férias escolares para uma atividade cheia de desafios e aprendizado: 35 alunos participaram do projeto Robotics Fan – Segurança no Trânsito, numa ação em parceria com o Instituto GM. Os estudantes, de turmas do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, com idade entre 10 e 15 anos, estavam concentrados nas tarefas de programação, realizadas com uma

esfera simulando um veículo para testes de freio, impacto, velocidade, entre outras, sob orientação dos monitores do AIDTEC (Associação Internacional de Desenvolvimento e Tecnologia). A associação, de Gravataí (RS), é patrocinada pelo Instituto GM há cerca de 10 anos. “A turma me surpreendeu, pois eles têm bastante conhecimento básico”, comentou o monitor Ezequiel Mross.

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Fotos: Renata Bomfim

ATELIÊ DE ARTE


Por Renata Bomfim

Criatividade a favor do vento Cinco escolas da rede municipal contam com o programa Ateliê de Arte no contraturno escolar. EM Doutor Hans Dieter Schmidt cria pipas da fantasia e desperta a criatividade nos alunos

Os desenhos expostos em forma de pipa no pátio da EM Doutor Hans Dieter Schmidt, no Jardim Paraíso, só mostram que os 60 alunos que participam do programa Ateliê de Arte na unidade escolar deixam voar livre a imaginação e fazem das cores, tintas e pincéis instrumentos para libertação da criatividade. Conhecida como brincadeira folclórica, pelo fato de passar de geração em geração, o ato de soltar pipa (ou papagaio, dependendo da região) é uma forma de manter viva a cultura brasileira e ainda promover o desenvolvimento social de quem entra na brincadeira. No ateliê em que a professora Andrea Rita Guedes oferece as aulas, as pipas, na verdade, só ganharam vida porque ao juntar os tecidos (usados há muito tempo para proteger os computadores da escola), os recortes formavam uma pipa. Talvez, naquele momento, Andrea não tenha visto que essa coincidência, na verdade, não foi em vão, já que a arte também precisa de liberdade. Apesar disso, ela sabe da importância desse espaço no contraturno escolar: “É preciso valorizar o mundo artístico”. Com aulas duas vezes na semana no contraturno escolar, nas segundas e sextas-feiras, a EM Doutor Hans Dieter Schmidt funciona como unidade pólo, ou seja, alunos matriculados em outras escolas municipais da região também são convidados a participar, como é o caso do Patrick Miranda Nunes, 14, aluno do oitavo ano da EM Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi, que há mais de dois anos entrou no Ateliê de Arte e não saiu mais. Inspirado e motivado pela prima Bruna Miranda Pereira, 12, que participa há três anos do ateliê, resolveu praticar a atividade para desenvolver melhor as habilidades com o desenho, já que isso era um desafio para o aluno. Mas não foi só isso que Patrick melhorou, não. “Eu sou um pouco tímido e como aqui trabalhamos em grupo, nos desenvolvemos melhor”, destaca.

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PARCERIAS + EXPOSIÇÃO = ARTE PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA

A reprodução em desenho sobre o lugar em que moram virou a pipa fantasia da escola, ao juntar os pedaços de tecidos usados na atividade

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O Ateliê de Arte chega a contar com fila de espera, já que o interesse pela atividade é alto entre as escolas da região

Ao invés de produzir e deixar o material no fundo do armário, os alunos que participam do Ateliê de Arte têm a oportunidade de ter as suas obras expostas em locais públicos e privados, em parceria com a escola e a Secretaria de Educação de Joinville. Quem já passou, por exemplo, pelo centro da cidade e viu uma pintura de céu alaranjado com pássaros pretos próximos ao ginásio Abel Schulz? E os corredores da Fundação Joinville Cultura, no Centreventos Cau Hansen? E o novo espaço de arduíno reformado no Centro XV? É, parece que tem muita arte espalhada pela cidade e todas feitas por alunos que participam não só do Ateliê de Arte da EM Doutor Hans Dieter Schmidt, como em mais outras quatro unidades escolares pólos da rede municipal, são elas: EM Elizabeth Von Dreifuss, no bairro Morro do Meio; EM Baltasar Buschle, no Parque Guarani; EM Nelson Miranda de Coutinho, no Jarivatuba; CAIC Professor Desembargador Francisco José de Oliveira, no Comasa.

Fotos: Renata Bomfim

Com técnicas voltadas para a pintura, colagem, desenho e fotografia, a professora Andrea costuma abordar as habilidades dentro de uma temática anual. Este ano, por exemplo, a intenção é trabalhar com as impressões das natureza, que começou com uma visita na Estrada Bonita, em Pirabeiraba, para coleta de imagens rurais. “Nós também fizemos registros de imagens da natureza na escola, mais focado na fotografia de alguma planta para que eles pudessem notar a textura, cor e em cima disso foi feito vários outros trabalhos”, pontua. E o orgulho das criações é tanto, que Letícia Trindade, 14, também aluna da EM Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi, tem na sua casa três quadros expostos de diferentes atividades desenvolvidas no ateliê. Quem por lá passa até questiona o autor da obra, mal sabem que ela está ali, naquele mesmo lugar.



CAPA Por Renata Bomfim

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Fotos: Emily Milioli REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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Se para uns a matemática é vista como desafio; para outros pode-se dizer que é uma aliada. Ao menos para os seis alunos das escolas da rede municipal de ensino de Joinville, medalhistas de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), os números os levaram para uma viagem de premiação e o destino foi o Rio de Janeiro. Com o intuito de estimular a matemática por meio de resolução de problemas que despertem o interesse e a curiosidade entre professores e estudantes, desde 2005 a Obmep descobre talentos e interesses na área, como é o caso do aluno Giordano Gossen Mafra, 13, aluno do oitavo ano da EM Pastor Hans Müller, que confessa que até participar da olimpíada não tinha tanta ligação com a disciplina. “A gente passa a exercitar uma área que, talvez, não teria sido descoberta essa capacidade sem a Obmep”, comenta. Participante pela terceira vez, a contar com a classificação para a segunda fase da prova este ano, viajou pela primeira vez para receber a medalha e agora quer ir atrás de mais ouro. Uma das iniciativas da prova é, inclusive, estimular cada vez mais o estudo da matemática e isso João Marcos de Oliveira, 16, sabe muito bem. Participante pela quinto ano consecutivo, dessa vez a nível médio, carrega no pescoço quatro medalhas de ouro que conquista desde o sexto ano, quando participou pela primeira vez. A última medalha de ouro que

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recebeu ainda era estudante do ensino fundamental, na EM Vereador Curt Alvino Monich. Com isso, o estudante do primeiro ano do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) sabe que o caminho para cursar matemática pura e aplicada é quase certeiro, já que o gosto pelos números só aumenta a cada ano que passa. “Diferente das outras matérias, matemática só se aprende com a prática, por isso é importante treinar porque você pega gosto por ela”, comenta. Em comum com João, tem o Gustavo Fabianno Pereira, 16, que também estuda no IFSC, que também é medalhista de ouro e que também pretende estudar mais a fundo a matemática, para, quem sabe, realizar a vontade de sair da posição de quem responde às questões da OBMEP para passar para o lado de quem as desenvolve. Isso porque o estudante tem uma vontade: trabalhar no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além da última medalha da Obmep 2017 que conquistou no nono ano pela EM Therezza Mazzolli Hreinsemnou, Gustavo tem mais duas de bronze de provas anteriores em que participou. Para ele, as pessoas têm opinião adiantada a respeito da matemática e que não há nenhuma necessidade disso. “É só você conseguir prestar atenção e treinar para aprender mais”, acredita. “Nós, da Obmep, somos atletas. Imagina quanto um atleta de olimpíada de esporte treina? Mesma coisa um de matemática.” E essa visão de atletas, a professora de matemática da EM Senador Carlos Gomes de Oliveira, Jussara Jochem Marczak, também acredita que para se aperfeiçoar cada vez mais na prova só com o treino para aprimorar a re-

lação do aluno com os números. Este ano, para preparar os estudantes da escola que passaram para a segunda fase da prova, ela criou um grupo na parte da tarde, com duas aulas todas as segundas-feiras, para fazer um intensivo. Dos 24 aprovados, 14 marcam presença nas aulas extras, a contar pelo aluno Gabriel Bertram Corrêa. É ele quem ajuda os alunos que concorrem a medalha no mesmo nível em que ele compete, do oitavo e nono ano. Além dessas aulas, Jussara conta que Gabriel é o aluno que sempre faz os exercícios além do solicitado e sempre tira dúvidas, quando se faz necessário. “Desde o sexto ano ele trazia as provas para eu ajudá-lo e sempre foi de estudar em casa”, diz a professora. Nessa mesma dedicação dos estudos, a única medalhista menina da rede municipal de joinville, Eveline Denker Viebranz, aluna da EM Governador Pedro Ivo Campos, costuma ter em casa uma rotina de estudos. Na preparação para a Obmep, fez os simulados do professor em sala de aula e destacou um ponto importante: “Prestar atenção na aula e anotar tudo o que o professor fala”. A Obmep é voltada para os alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. A prova conta com a realização do Impa e com os recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).


João Marcos de Oliveira, medalhista de ouro quatro vezes pela EM Vereador Curt Alvino Monich

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Passos para o ouro entenda como funciona as etapas da prova

Baseado nos conteúdos da grade curricular de cada nível, a prova também conta com muito raciocínio lógico. Para entender como funciona o processo de cada prova até a premiação da medalha, entenda abaixo as etapas que o aluno passa:

Primeira fase: com 20 questões e uma prova totalmente objetiva com cinco opções de respostas, o aluno a faz na própria escola e é dividida por dois níveis no ensino fundamental: o primeiro voltado para o sexto e sétimo ano; enquanto o segundo para o oitavo e nono ano. A correção é feita pelos professores de cada unidade escolar, com base no gabarito repassado pela própria Obmep. Segunda fase: com uma prova menor, de apenas seis questões e duração de três horas, os classificados nesta etapa a respondem de forma discursiva e a fazem em local escolhido pela organização.

Gustavo Fabianno Pereira

Gabriel Bertram Corrêa

Preparação extra para os medalhistas Quem recebe qualquer medalha na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, ganha mais um prêmio: a participação no Programa de Iniciação Científica Junior (PIC), desenvolvido exclusivamente para quem tem interesse em aprimorar os conhecimentos pela matemática. Arthur Longhi, aluno da EM Prefeito Geraldo Wetzel, conquistou pela primeira vez a medalha de ouro e participa do programa à distância. Ele tem acesso a um fórum virtual e recebe as tarefas complementares às aulas. “O que a professora passa na escola é fácil, mas as questões do PIC são bem complicadas”, desabafa o aluno.

Arthur Longhi

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Giordano Gossen Mafra

Mas quem participa do Programa há quatro anos, como é o caso do aluno João Marcos, as aulas de iniciação científica contribuíram para o sucesso que teve (e ainda tem) nas provas seguintes. “Além de continuar ganhando medalhas de ouro, eu consegui elevar muito o nível da colocação que fiquei, em relação a primeira vez que participei”, acredita João que ficou em 32º lugar na colocação geral a nível nacional do último resultado. No sexto ano, por exemplo, ele ocupou a 179ª colocação.


QUADRO DE MEDALHAS Só este ano, a Obmep premiou 500 alunos com medalhas de ouro, 1500 com prata e 4506 com bronze. Entre esses números, 52 alunos de diferentes escolas da rede municipal de Joinville conquistaram alguma medalha. Confira a distribuição da premiação e parabéns aos alunos pelo desempenho!

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OURO PRATA

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BRONZE REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

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ROBÓTICA

CLUBE DE ROBÓTICA

PREPARA ALUNOS PARA COMPETIÇÕES NA ÁREA

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Fotos: Renata Bomfim

Por Renata Bomfim

Todos os dias, no contraturno escolar, os alunos inscritos na oficina de robótica da EM Vereador Curt Alvino Monich se dividem em duplas ou trios e passam mais de três horas resolvendo as missões do Torneio de Robótica Fist Lego League (FLL) ainda do ano passado, quando participaram pela primeira vez do evento. A experiência de planejar e construir robôs despertou nos alunos e na professora de matemática, Rosana Silvia Carvalho, o interesse participar, mais uma vez, deste evento internacional previsto para ocorrer no mês de outubro, em Rio do Sul. Com o tema voltado para conquistar o espaço sideral, os alunos estão em fase de discussão sobre qual projeto desenvolver para a competição e, para isso, encontraram dois mentores voluntários em ajudar o grupo nesse estudo. “Conseguimos um professor universitário que tem mestrado e doutorado na área de astronomia e também uma psicóloga para entender a parte emocional dos astronautas”, comenta a professora que desde pequena viu despertar sua paixão pelo mundo das exatas, não é à toa que tem formação em licenciatura em matemática e engenharia metalúrgica. A ideia, de acordo com a professora, é desenvolver o conteúdo relacionado a algo que amenize a falta que o astronauta sente da família ao estar no espaço.

Alunos da EM Curt Alvino Monich participam de torneio internacional de robótica no mês de outubro, em Rio do Sul

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Como forma de buscar aprimorar e ajudar os alunos nessa preparação dos conteúdos teóricos, Rosana resolveu inscrever a escola na oficina semestral do Grupo Estudantil de Robótica (Germ), promovida pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que tem como intenção oferecer aulas nas unidades escolares e instituições públicas. Com oito aulas ministradas ao longo do semestre com duração de uma hora e 40 minutos, Bruno Luiz Demarchi é estudante de engenharia elétrica e foi um dos voluntários para aplicar na escola dois tipos de atividades: uma voltada às aulas de robótica com os kits da Lego; enquanto a outra

uma preparação para a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) que os alunos inscritos no projeto participaram, no mês de julho. “A intenção das atividades com os kits da Lego tem como público alvo os alunos de oitavos e nonos anos do ensino fundamental e tem o intuito de despertar nos estudantes o interesse em matérias exatas, como matemática e física, tendo a robótica como ferramenta”, destaca Bruno. E as oficinas tem dado tão certo, que o espaço improvisado na sala de informática logo vai ganhar uma cara nova. É que na sala ao lado, usada apenas para o apoio estudantil, deve ser dividida com os alunos da

Para ajudar os alunos na preparação da Olimpíada Brasileira de Robótica, a professora Rosana criou uma apostila com questões relacionadas a prova

BENEFÍCIOS DA ROBÓTICA

O que pode parecer uma simples brincadeira de dar vida a robôs alinhado a estudos de matemática e física, na verdade, tem mais benefícios do que se imagina. Veja as habilidades que a robótica desperta:

➔ RACIOCÍNIO LÓGICO O lado esquerdo do cérebro é responsável pela parte analítica, lógica e crítica do ser humano. Ao transferir para o computador a linguagem de programação feita por meio de letras e números, ele envia o comando ao cérebro que estrutura o pensamento e as informações. 26 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

➔ DESEMPENHO EM SALA DE AULA Para entender e aprender a programar, os alunos passam a ter um contato mais prático de matemática e física, além de, às vezes, ter a aproximação com a língua inglesa por conta da programação que pode estar em outro idioma. Assim, o estudante consegue reforçar o que já aprendeu em sala de aula ou até, quem sabe, ter a introdução de conteúdo que verá mais para frente da sua formação.

➔ COLETIVIDADE O trabalho em equipe desperta e melhora no aluno o senso de coletividade, por compartilhar no grupo os conhecimentos, o respeito para entender as dificuldades de cada um nesse processo de aprendizagem e a paciência para lidar com a tentativa de erro e acerto durante o processo de desenvolvimento da ideia.


robótica que, até ano passado, tinham oito integrantes e este ano passou para 15. “Eu vejo resultado nesse projeto e você não os vê fazer por obrigação”, pontua a professora. “A escola abraçou a ideia e o retorno que recebemos dos pais é muito bom, porque são bem participativos.” Quando a escola criou o grupo para participar da FLL ainda no ano passado, o critério de seleção foi convidar os medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e Douglas dos Santos, 14, aluno do nono ano, recebeu a medalha de bronze em 2017 e integrou a equipe da escola. Para o estudante, o gosto pelas exatas se deu por não se achar “muito bom”, como ele se intitula, mas disciplinas de humanas e aí o prazer pelos números tomou conta. Em contrapartida, Edson Luis Rosa Junior, 14, também aluno do nono ano, a melhor parte da matemática é a robótica. Para ele, a disciplina “não tem muita graça”, mas quando se junta a tecnologia se torna divertida. “É mais fácil programar um robô a resolver um cálculo”, acredita. Além do Torneio de Robótica Fist Lego League, o grupo está inscrito para participar do Campeonato interescolar, promovido pelo Germ, no mês de novembro.

➔ORATÓRIA Nem sempre é fácil lidar com a timidez, mas no grupo, diante de um projeto e uma ideia a ser defendida, o aluno aprende a trabalhar a postura diante das pessoas e a estruturar melhor o seu pensamento e fala durante uma apresentação.

#FICADICA

UNIVERSIDADE MAIS PRÓXIMA DA ESCOLA Para contar com o apoio do Grupo Estudantil de Robótica (Germ), os interessados de cada escola podem entrar em contato com os voluntários e, por meio de uma avaliação de dados disponibilizados da unidade escolar no site do QEdu, os estudantes verificam a possibilidade da escola ser contemplada e, caso seja aprovada, passa a fazer parte de um lista de espera. O QEdu é uma plataforma online que disponibiliza dados educacionais para ajudar a transformar a educação básica com a organização que facilita o acesso a mais informações e conhecimento acerca da realidade de cada unidade escolar. Além de ofertar o ensino da robótica para alunos no fundamental, o Germ ainda oferece atividades, como oficinas e cursos, para o nível avançado. “O público-alvo são os alunos do ensino médio e ensinamos os conceitos de eletricidade, eletrônica e programação”, diz Bruno. Esses mesmos conteúdos, de acordo com o estudante de engenharia, farão parte de uma oficina aberta ao público.

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KIT DE CIÊNCIAS

GERAÇÃO CIENTÍFICA Escolas da rede municipal de Joinville recebem kits de ciências que devem auxiliar na prática pedagógica e aprendizado dos alunos

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Por Renata Bomfim

Para a professora de ciências, Nayana Adriano Kupsch Nascimento, o espaço é a realização de um sonho que já é idealizado há muito tempo. Apaixonada pela profissão, a professora acredita que os alunos, a partir de agora, vão se sentir ainda mais estimulados, principalmente por ter um lugar específico para o desenvolvimento da disciplina. “A atividade prática não é brincadeira”, destaca Nayana. “Não é ir para o laboratório, misturar tudo para ver a experiência mudar de cor. É um aprendizado e isso tem que provocar um resultado e eles (alunos) mostram o que aprenderam por meio de relatório”. O que significa, de acordo com a professora, é que os alunos podem esperar ainda mais trabalho, mais relatórios e, claro, mais aulas práticas.

Fotos: Renata Bomfim

Com a intenção de deixar as aulas mais práticas e presentear os alunos pelo Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, 55 escolas da rede municipal com séries finais (fundamental 2, do sexto ao nono ano) foram contempladas com kits de ciências para auxiliar na prática pedagógica e aprendizado dos alunos com lupa de mão, esqueleto humano flexível, corpo torso com 24 partes e microscópio biológico binocular que tem a capacidade de ampliar a imagem em até 1600 vezes. No total, são 1700 peças entregues para as unidades escolares. A Escola Municipal Orestes Guimarães além de ser uma das beneficiadas com a entrega do kit, também foi a primeira na rede municipal a receber um laboratório de ciências todo equipado para as atividades práticas.

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Secretário de educação e prefeito fazem a entrega oficial do kit de ciências, na EM Orestes Guimarães

O novo espaço fica ao lado da biblioteca e próximo ao auditório, o que significa, de acordo com a diretora da unidade escolar, Maria do Carmo Souza Ferreira, um lugar integrado. “O aluno pode usar da pesquisa, fazer o experimento e, em seguida, a socialização.” Esses investimentos feitos, de acordo com o secretário de educação, Roque Mattei, contribui para o avanço na qualidade da educação pública de Joinville. “Hoje, nós estamos entre as cinco melhores cidades do Brasil em educação”, pontua. A intenção é trazer proje-

tos para a rede de ensino e alinhar os equipamentos com as metodologias de sala de aula. Para o prefeito da cidade, Udo Döhler, a boa colocação da cidade nos melhores índices de educação do país se dá pelo comprometimento e competência dos professores que dão o melhor de si. “Aqui nós estamos formando uma juventude para que se transformem em cidadãos honrados, de bom caráter e íntegros para que cuidem da nossa cidade bem melhor que os dias de hoje e isso se passa, necessariamente, por uma boa educação.”

Fotos: Renata Bomfim

O espaço conta com quatro bancadas todas equipadas para as necessidades da disciplina, tabela periódica com quatro metros de comprimento, microscópio multimídia e, claro, os materiais do kit de ciências. Com essa dinâmica na aula de alinhar teoria com a prática, a aluna Larissa Gonçalves Dunzer, 13, que está no oitavo ano, acredita que a novidade só vai agregar ainda mais para a compreensão da matéria. “Agora você pode visualizar ao invés de ficar imaginando”, comenta. Além dela, para Jhonatan Kauã Peixer Corrêia, 15, que também está no oitavo ano, o laboratório vai despertar ainda mais um gosto que ele tem dentro da disciplina de ciências: as reações. “Eu adoro, é uma das matérias que eu mais me dou bem.”


DICAS DA MARI

Por Mariana Emerim

Ideias para decorar o

CANTINHO DE ESTUDOS Oi, oi, tudo bem? Estamos na reta final do ano (fala sério, passou muito rápido! Estou chocada!), então, é hora de dar aquele gás final, aquele último suspiro nas matérias da escola - principalmente se você não foi tão bem durante o ano. Por isso, que tal dar aquele ânimo e repaginar seu cantinho de estudos? Quando a gente prepara um ambiente especial, estudar até se torna mais fácil, não é mesmo? Então, vou dar ideias fáceis e baratinhas. Bora?!

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Para a primeira ideia, você vai precisar de uma sacola, aquelas de papel decoradas são bem fofas e também é bom separar flores artificiais. Nesse caso, basta você colocar as flores na sacola e prontinho: tem um vaso super moderno! Simples e fácil, né? Mas com certeza vai encher esse ambiente de cor e vida!

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A segunda ideia é um porta lápis/caneta. Você vai precisar de um pote (ou aqueles copos mais rígidos de plástico) canudinhos e fita dupla face! Agora cole a fita na borda do copo e também embaixo, depois você intercala os canudinhos! Prontinho, fica super diferente e colorido! Eu amei!️

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A próxima ideia é para aqueles que adoram fotos! Eu sou suspeita, amo relembrar esses momentos por meio das imagens! Escolha os registros que você mais gosta com os seus amigos, família e aqueles momentos especiais que você quer deixar visível para todos. Você vai precisar revelar o material e depois é só colar com fita adesiva no formato de coração. Além de decorar, deixa seu cantinho cheio de recordações!

Se você fizer uma das ideias, que tal publicar uma foto com #diymariemerim que eu vou lá curtir e comentar! Beijo, beijo, beijo. Tchau, tchau, tchau, tchau!


GALERIAS

BIANCA E LARISSA

EDERSON, RAFHAELL E MATHEUS

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM PROFESSORA ELISABETH VON DREIFUSS MORRO DO MEIO

TIAGO, MATHEUS, MATHEUS WILLIAM E PEDRO

MANUELA E VITORIA

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THIAGO E RENAN


VIVIAN, VITORIAE MANUELA

MATHEUS E DERSON

THIAGO E MATHEUS HENRIQUE

7ยบ ANO A

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GALERIAS

GUSTAVO, CAIO E SAMUEL

Fotos: TAINARA FIDENCIO

FERNANDA, LAISA E CAILA

ESCOLA

EM GOVERNADOR PEDRO IVO CAMPOS COSTA E SILVA ANDRESSA, JULIA, GABRIELLY, BRUNA E ANA

MORIEL, GABRIEL, VITOR E GUSTAVO

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9º ANO A

MENINOS 5º ANO

LUCAS, HENRIQUE E LUCAS ESTEVÃO

LAISA, MARIA, RENATA, MAYARA, ALICE E LAIS

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GALERIAS

ALAN E KAUAN

ERICK E LEANDRO

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM ISABEL SILVEIRA MACHADO VILA CUBATÃO LETICIA E KAMILY

CAMILA E GABRIELI

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RAISSA, PROFª ISABEL E HENRIQUE


TURMA 5ยบ ANO

5ยบ ANO

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GALERIAS

BRAYAN E LEONARDO

DANIELE E KAYLANE

Fotos: TAINARA FIDENCIO

ESCOLA

EM PAULINE PARUCKER BOEHMERWALD

EVELLYN E GABRIELA

GUSTAVO, LEONARDO E PEDRO

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JULIANA E MARILIA


MARILIA, JULIANA, LUISA E RAFAELLA

KAYLANE E FELIPE

LUCAS, RAFAELLA E SABRINA

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GALERIAS

SUELLEN E ADRIELE

JENYFER, JOSUÉ, FELIPE E ANA JULIA

ESCOLA Fotos: TAINARA FIDENCIO

EM PROF. KARIN BARKEMEYER VILA NOVA EDUARDA, VITORIA, ANDRÉ, JAZIEL, MAIARA, LEONARDO E SAMUEL

9º ANO A

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9ยบ ANO C

9ยบ ANO

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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza

RIsADAs irresponsáveis O andar é desajeitado, o riso é fácil e os comentários desconectados com o momento. Não entendem o humor da menina tímida. Nunca achei graça de ser uma garota engraçada, porque ao contrário de alguns, eu não via nenhum glamour em ser a boba da turma, a palhaça ou simplesmente a engraçadinha. Não sei contar piadas, nem imitar gente famosa. Então, por que me acham engraçada? Os colegas dizem que é a minha risada é estridente e faz rir, além dos meus comentários serem inapropriados. Me acostumei com gente pedindo para eu falar mais baixo ou simplesmente falando: menos, Priscila. E aí tentei mudar, mas não consegui. Ia ao velório e olhava para o cadáver e começa a rir. Levava esporro do chefe e ria internamente. Atrapalhava-me com as moedas do troco e começava a rir. Pisava em cima de alguma caca e começava a rir. Eu era a que sempre caía, que ria na apresentação de trabalho, que falava gírias e contava alguma cena engraçada que tinha acontecido no trajeto e aí o adjetivo pegou: ela é engraçadinha. Mas não gostava, me sentia uma toupeira. Queria saber fazer comentários inteligentes e contar algum fato seriamente e que me levassem a sério, mas não levavam. Os colegas ouviam esperando para rir e, quando não tinha graça, simplesmente riam, pela força do hábito. Eu troquei de roupas, mudei a cor do cabelo, usei salto, fiz cara de séria e fechei a boca, mas o disfarce não durou muito tempo. Finjo no trabalho, na faculdade, nas ruas, com o semblante mais carregado para disfarçar o ar de pe-

ralta que me acompanha. Não adianta, mãe, eu não cresço. Torço sempre para chegar a hora do recreio para eu poder imaginar, comentar e rir. Têm momentos em que o riso é inapropriado, por exemplo, em uma falha ou em um engano. Há ocasiões em que tenho que posar de adulta, de gente grande, da responsabilidade em pessoa. Mas assim que eu dou uma bola fora, não consigo xingar, ficar brava ou bancar a durona. Caio na gargalhada sem dó nem piedade. Hoje aconteceu um fato, deixa eu te contar, recebi um SMS do banco perguntando se eu tinha feito uma compra e eu não fiz. Me desesperei: liguei para o meu pai e para minha melhor amiga. Era um “ai, meu Deus, me acuda porque não sei ligar para cancelar cartão, fui roubada, descontaram R$ 69,90 da minha conta, clonaram meu cartão”! Quase surtei. Quando, finalmente, a tal melhor amiga (valeu, Fran!) me acudiu e ligou para a central do banco, descobri que era a fatura da conta da operadora do celular que eu havia solicitado e aí já tinha cancelado o cartão, por consequência vou pagar cinco reais pela segunda via, vou esperar sete dias úteis para o cartão chegar e enquanto isso fico sem dindin na carteira. Pedi desculpas para o atendente, olhei vermelha para minha amiga e adivinha o que a gente fez! R-i-m-o-s. Porque nessas horas não há mais nada para se fazer a não ser reconhecer o desastre da situação. É, a minha dermatologista estava certa, rindo assim, eu ainda não preciso de creme antirrugas tão cedo.

Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br

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