Revista Its Teens Joinville nยบ 37 2019 | R$ 11,77
conteúdo maio 2019
22 | CAPA
Sentados em grupos de quatro alunos, quem entra nas salas de aula dos primeiros anos da Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes percebe que o ambiente alfabetizador é diferente. Com as 26 letras do alfabeto coladas na parede, os nomes das crianças são os exemplos de palavras que começam com cada letra, retratados também em fotos.
14 | CEI
A água que cai do ar condicionado enche a bombona e serve para regar as plantas e limpeza da escola. A horta para o plantio de hortaliças se torna espaço pedagógico para a prática das aulas de ciências. O ensino de educação financeira explora o consumo consciente dos alunos. Entre esses pontos, a Escola Municipal Nelson Miranda de Coutinho já trabalhava a educação ambiental na unidade antes mesmo de a rede municipal de ensino abraçar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
10 | WI-FI
O dia 10 de abril de 2019 foi histórico para a humanidade: astrônomos do projeto Event Horizon Telescope (EHT), uma rede de radiotelescópios espalhados pelo planeta, registraram a primeira imagem de um buraco negro já captada. A conquista é tão grande que o anúncio foi feito simultaneamente em coletivas nas cidades de Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio.
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28 | SINGAPURA
Antes de começar um novo conteúdo com os alunos dos oitavos anos da Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou, o professor de matemática, Juliano Turmina, resolveu mudar a metodologia de ensino. Os alunos foram desafiados a desenhar o trajeto que costumam fazer entre o lugar onde moram até a escola e isso só tinha apenas um objetivo: que qualquer pessoa pudesse se localizar ao ponto de sair e chegar no local de referência traçado.
EDITORIAL
Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Conteúdo Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus Coordenador de Operações Rodrigo de Oliveira | distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste William Morelo | william.morelo@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br
Salve, galera da revista its!
RENATA BOMFIM
Você já parou para pensar como eram as paredes da sala de aula quando você estava em processo de alfabetização? Eu lembro que onde eu estudava e, até em outras salas, cada letra do alfabeto ocupava uma folha de papel A4 disputando espaço com as formas de escrita em letra cursiva, de forma e mais uma imagem de algum objeto que começava com a letra representada. Parando para analisar, é muita informação, não é? Às vezes, os exemplos viravam uma forma de decorar, ao lembrar de alguma letra ou sílaba, seria automático pensar no único exemplo que vinha aos nossos olhos. E, nesta edição, a matéria de capa apresenta uma nova metodologia de ensino que aproxima o aprendizado do alfabeto e formação das sílabas com a realidade dos alunos em fase de alfabetização. A mudança ainda está em período inicial, mas ela já passou a surtir efeitos em escolas que este ano mudaram a forma de ensino. Os exemplos que, muitas vezes, eram abstratos, passaram a ser usados com o que os alunos têm em sala de aula, com os próprios nomes e objetos, além de vivência na própria comunidade. É uma mudança que, aparentemente, parece simples, mas o resultado que isso representa revela que para alcançar grandes feitos não é preciso uma revolução. A mudança se faz no dia a dia, na prática e nas pequenas adaptações. Espero que você se inspire nesta edição e veja como na sua escola também é possível criar novas metodologias sem precisar revolucionar o ensino. Sabe aquele velho ditado: menos é mais? Ele pode começar a fazer a diferença na sua unidade escolar. Com carinho, Renata Bomfim
Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.220 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Vou ter que superar - Matheus e Kauan, Marília Mendonça Me beija com raiva - Jão Perdoa - Anavitória
OS CULPADOS
Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville
Lucas Inácio 6 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Neise do Nascimento
Ana Beatriz Brandão
CULTURA POP
OLHA BTS NO TOPO AÍ, gente!
AGORA É REAL!
Depois de anunciar o retorno e divulgar novas músicas, agora é oficial/real: Jonas Brothers publicaram no mês passado a divulgação do novo álbum. “Happiness Begins” será o primeiro projeto dessa volta e está com data de lançamento para o dia 7 de junho.
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É, eles não estão para brincadeira mesmo. Com o EP “Map of the soul: Persona” do BTS alcançou o topo como um dos discos mais vendidos e estão estourados nas paradas britânicas. Ao todo, foram mais de 26 mil cópias do EP vendidas em apenas UMA semana. O que isso tudo indica? Que não falta muito para também estourarem nas paradas americanas da Billboard. Alguém aí duvida?! Vale lembrar que a turnê “Love Yourself: Speak Yourself” passa pelo Brasil no final deste mês, no Allianz Parque, e os ingressos você já deve imaginar: esgotaram.
No Instagram, Kevin escreveu sobre o novo trabalho: “Depois de 7 anos sem trabalharmos juntos, vivendo a vida e nos encontrando em nossos próprios caminhos, nós voltamos para dar a vocês nossa jornada em forma de álbum. Estou muito animado para escutar ‘Happiness Begins’ no dia 7 de junho. Eu tenho que dizer que de todos os álbuns que fizemos juntos, este é o que estou mais orgulhoso. Eu gostaria de poder entregá-lo para vocês agora, mas vocês terão que esperar mais um pouco.” E aí, ansiosos com este novo trabalho?!
SEM LIMITES Para quem já assistiu na Netflix “Homecoming”, documentário sobre a história da Beyoncé no Coachella em 2018, pode se preparar que vem mais por aí. Ao que tudo indica, esse foi o primeiro de três lançamentos que estão acordados com a cantora. Paralelo a esse trabalho, Beyoncé também divulgou seu novo álbum e se liga: em dois dias, o sucesso de vendas foi o suficiente para colocar a rainha do pop no Top 10 da Billboard. E aí, está bom para você?
LADY GAGA NÃO PERDE TEMPO, irmão Quem se iludiu achando que Lady Gaga seria apenas um ícone como cantora e que ousaria, no máximo, a fazer um documentário ou estrelar pelo mundo da sétima arte, senta que você se enganou. A novidade do momento é que a cantora vai participar do game de ficção científica “Cyperpunk 2077” desenvolvido pelo Projekt RED. Ainda não se sabe se vai ter um versão completa dela no jogo ou se serão apenas inspirações. O que nos resta é aguardar, porque por essa ninguém esperava.
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Por Lucas Inácio
Zap no combate às Fakes
Desde o início do ano, o Whatsapp está trabalhando para reduzir o compartilhamento de fake news, sendo o primeiro passo limitar o compartilhamento de mensagens a cinco grupos. Agora, a empresa trabalha com uma opção de busca de imagens para ajudar os usuários a verificar a veracidade das imagens compartilhadas em grupos ou conversas privadas. O recurso ainda não está disponível para todos, mas vai funcionar buscando a imagem no Google, o que facilita saber se é verdadeira ou falsa. Quando a novidade chegar, use sem medo.
MARAVILHAS DA
TecNoLoGIa Fique ligado nas dicas da equipe its
Entrou para a história!
O dia 10 de abril de 2019 foi histórico para a humanidade: astrônomos do projeto Event Horizon Telescope (EHT), uma rede de radiotelescópios espalhados pelo planeta, registraram a primeira imagem de um buraco negro já captada. A conquista é tão grande que o anúncio foi feito simultaneamente em coletivas nas cidades de Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio. O buraco negro está no centro da galáxia M87 a 50 milhões de anos-luz (ou 5 x 1020 km, como queiram) da Terra e possui três milhões de vezes o diâmetro do nosso planeta. A imagem parece uma foto sem foco, mas não se deixe enganar por isso, é uma imagem histórica e que vai proporcionar muitos conhecimentos sobre esse fenômeno da física estudado por nomes, como Albert Einsten, Stephen Halkings, Neil deGrasse Tyson e tantos outros. 10 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Interatividade na Netflix
De olho no sucesso que Black Mirror: Bandersnatch fez no início deste ano, a Netflix já está atenta ao mercado de filmes interativos e pensa em novas possibilidades. A diretoria já fala sobre a possibilidade de utilizar o formato em outros gêneros que não sejam a ficção científica pessimista da série Black Mirror, podendo ir da comédia ao romance. Além da curiosidade, o primeiro filme interativo da história do streaming em que você pode escolher o caminho da história gerou grande tempo de navegação, um dos principais objetivos da empresa, tanto que já abriu os olhos do Google que quer utilizar a ideia e implantar no YouTube, mas ainda sem muitos detalhes. Será que o formato vai pegar?!
Viagem com o Astronauta
O quarteto principal da Turma da Mônica que me perdoe, mas um dos personagens mais legais das histórias do Maurício de Sousa ganhou um jogo para Android e iOS. O jogo Astronauta Toy: Corrida Espacial traz um mini astronauta viajando pelo espaço e enfrentando vários obstáculos, como chuva de meteoros e a gravidade dos planetas, para conseguir chegar de um ponto a outro do cosmos com a possibilidade de coletar moedas para turbinar o traje do personagem ou deixá-lo mais estiloso. A descrição do jogo é simples, mas a dificuldade nem tanto, por isso você vai ter dificuldades para fazer os trajetos e avançar de fase, mas vale a experiência, ainda mais quando se trata da Turma da Mônica.
Smartphone das galáxias
Com previsão de lançamento em junho, o celular da Samsung Galaxy A80 está fazendo bastante barulho com os amantes das fotos, principalmente por seu sistema de câmeras: são três na parte traseira do aparelho, todas com qualidades diferentes, aumentando a profundidade da imagem. Além disso, há também um estabilizador de câmera para os viciados em vídeo e reconhece até 30 tipos de cenários, ajustando as configurações para fazer a foto ideal. Com uma tela 100% aproveitada, a solução para as fotos em selfie é um flip nas câmeras traseiras que viram para a frente, garantindo a mesma qualidade das fotos. A curiosidade agora é saber quanto essa novidade vai custar para nós, meros mortais. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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NOTÍCIA DAS ESCOLAS
Prefeitura de Joinville entrega duas novas quadra cobertas em escola municipais
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Educação, entregou novas quadras poliesportivas cobertas nas escola municipais Presidente Arthur da Costa e Silva e Professor Avelino Marcante. A quadra da Escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, no bairro Rio Bonito, vai melhorar a prática pedagógica para 356 estudantes e professores. A obra teve o investimento de R$ 465.289,19. Na Escola Municipal Professor Avelino Marcante, no bairro Bom Retiro, os cerca de 600 alunos da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental também festejaram a nova quadra coberta no valor de R$ 534.374,01. Nas duas obras, as escolas também receberam novo sistema preventivo contra incêndio na unidade escolar, além de sistema de proteção contra descargas atmosféricas (pararraios) na EM Professor Avelino Marcante.
Foto:Secom/Prefeitura de Joinville
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Foto:Secom/Prefeitura de Joinville
Escola Municipal Padre Valente Simioni comemora 50 anos com festa
A comunidade escolar da Escola Municipal Padre Valente Simioni, no bairro Iririú, comemorou os 50 anos da unidade com uma festa que envolveu alunos, professores, pais e autoridades. O evento ocorreu dia 15 de abril. Os estudantes e professores mostraram seus talentos com diversas homenagens e apresentações
História
A Escola Padre Antônio Valente Simioni foi criada em 14 de abril de 1969 e se denominava Grupo Escolar Municipal de 1˚ Grau 31 de Março, onde atendia alunos da comunidade da 1ª a 4ª série. Em 1987, foi implantado o ensino de 5ª a 8ª séries. A escola teve seu nome alterado para Escola Municipal Padre Valente Simioni pelo Decreto de lei
culturais. A escola fez um concurso interno para a criação da marca de 50 anos. A atividade ocorreu no laboratório de Informática com trabalho da professora Dione Eller, de Língua Portuguesa, em parceria com a integradora de mídia Gilmara dos Santos. As vencedoras foram as alunas Luisa e Natálya, do 9º Ano A. Municipal n˚ 6454, de 12 de outubro de 1990. A escolha do nome se deu em homenagem ao Padre Valente Simioni, esse foi uma importante figura pública do bairro e que esteve à frente da luta para se estabelecer a unidade de ensino na região. Atualmente, a EM Padre Valente Simioni atende 1006 alunos do 1º ao 9º anos do ensino fundamental.
Fotos: Jaksson Zanco/Secom/Prefeitura de Joinville
Alunos de três escolas municipais de Joinville recebem aulas de tênis Através de uma parceria entre o Programa de Iniciação Desportiva (PID), da Secretaria de Esportes de Joinville (Sesporte), o projeto Winner, da Spin Tennis, e o 1º Registro de Imóveis de Joinville, três escolas municipais de Joinville recebem aulas de tênis durante o período das aulas de educação física. As escolas beneficiadas são a Escola Municipal Professor Sylvio Sniecikovski, no Jardim Paraíso, a Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem, no Parque Guarani, e a Escola Municipal Sete de Setembro, no Rio Bonito. Mais de 500 crianças e adolescentes participam das aulas. Quem gostou da novidade foi a aluna Eliege Mota Silva, de 12 anos, da Escola Municipal Professor Sylvio Sniecikovski. Vinda da cidade de Belém do Pará há quatro anos, a estudante nunca teve contato com o tênis e vê no projeto a
oportunidade de desenvolver a prática do esporte. “É algo novo pra mim, mas estou gostando. Tenho a esperança de talvez ser uma atleta”, compartilha Eliege. A educadora física Cristiane Beatriz Wzorek, professora de Eliege, percebe a boa oportunidade que os alunos recebem. “É muito importante que eles tenham esse contato. O tênis não está na nossa grade curricular. Quem sabe sai algum tenista daqui”, afirma Cristiane. O PID atende crianças e adolescentes dos 6 aos 17 anos de idade, com núcleos espalhados por 38 bairros de Joinville, praticando 20 modalidades diferentes de esportes. Atualmente, 324 turmas se reúnem em 100 núcleos diferentes. O projeto tem apoio também da Imobiliária Zattar, do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem e Dra. Flávia Guimarães – Odontologia.
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ods
Por Renata Bomfim
ESCOLAS ALINHADAS COM OS COMPROMISSOS DOS ODS Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, proposto em 2015 pela ONU, a Escola Municipal Nelson Miranda de Coutinho já tem oito ações implantadas A água que cai do ar condicionado enche a bombona e serve para regar as plantas e limpeza da escola. A horta para o plantio de hortaliças se torna espaço pedagógico para a prática das aulas de ciências. O ensino de educação financeira explora o consumo consciente dos alunos. Entre esses pontos, a Escola Municipal Nelson Miranda de Coutinho já trabalhava a educação ambiental na unidade antes mesmo de a rede municipal de ensino abraçar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ao todo, a escola já desenvolve oito dos 17 compromissos firmados para cumprir até 2030. “O grande desafio é pegar essas ações que faltam e trazer para dentro dos Direitos de Aprendizagem, porque vai ser necessário fazer com que os professores adequem os seus planejamentos”, comenta a diretora da unidade, Marta Aparecida Bonardi.
Na casa da aluna Júlia Furlanetto, a consciência ambiental é praticada com a cisterna instalada para capturar a água da chuva
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A educação ambiental é o nosso dia a dia. Eu não posso pensar grande, se eu não faço o pequeno. Se eu pratico na escola, que é um ambiente pequeno, eu consigo praticar fora dela e eu preciso transformar isso em uma prática para que seja um hábito." Itamar Rodrigues de Oliveira, professor
Fotos: Renata Bomfim
Mas, até lá, ações efetivas no dia a dia aproximam os estudantes do acordo entre os países firmado em 2015. Em parceria com o nono ano 2, a supervisora Maria Ivonete May Werner levou para a discussão em sala de aula os 17 temas que devem ser abordados na unidade escolar. “Quando eu falei dos ODS, eu pensei em desenvolver um trabalho com eles para que todo esse conhecimento pudesse ser levado para fora da escola e que eles se tornem multiplicadores”, relata a supervisora que, em parceria com os alunos, vai produzir um documentário baseado em dois pontos dos ODS: água limpa e saneamento (item 6) e consumo e produção responsáveis (12).
A proposta é fazer com que os alunos passem a observar o trajeto escola/ casa e registrem em fotos, vídeos e até em depoimentos como os moradores do bairro estão cuidando da água e do meio ambiente. “Depois disso, eles vão produzir um documentário que será apresentado para a comunidade com ações, porque eu vi o problema e preciso saber como resolvê-lo. Que atitudes nós podemos tomar para resolver esse problema?”, comenta Ivonete. Em fase inicial, os alunos logo devem começar a estruturar o trabalho, mas tudo ainda está muito no campo das ideias. Na prática mesmo, o reaproveitamento da água da chuva já é realidade na casa da aluna Júlia Fur-
lanetto Rodrigues. Lá, uma cisterna foi feita e o desperdício de água passa longe. “A água que cai na calha cai direto na caixa d’água e minha mãe usa para lavar a calçada”, relata. Desenvolver ações de sustentabilidade e tornar o espaço educativo voltado para a educação ambiental só tem um interesse: sensibilizar os alunos. “A educação ambiental é o nosso dia a dia. Eu não posso pensar grande, se eu não faço o pequeno. Se eu pratico na escola, que é um ambiente pequeno, eu consigo praticar fora dela e eu preciso transformar isso em uma prática para que seja um hábito”, comenta o professor de atividades complementares, Itamar Rodrigues de Oliveira.
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COMEÇOU! Agora é oficial: todas as escolas e centros de educação infantil da rede municipal de ensino de Joinville estão com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) implantados para estimular mudanças de atitudes. Para chegar a esta fase, o movimento já começou desde o segundo semestre de 2018 com o Centro de Formação Continuada de Educação para a Sus-
tentabilidade, em que os gestores das unidades escolares participaram de encontros formadores. No mês de abril, período que encerrou um ciclo de formação, as unidades escolares desenvolveram atividades para compartilhar com a comunidade ações que já estão alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e também ao
Programa Reinventando os Espaços Escolares. “Todas as nossas unidades agora adere aos 17 objetivos da ONU. Esse próximo passo serve como articulação dos espaços educadores sustentáveis com os ODS já iniciado com o nosso programa Reinventando o Espaço Escolar, pioneiro no Brasil”, afirma a secretária, Sônia Victorino Fachini.
A hora é agora: entenda o que são os 17 ODS Ainda lá em 2015, em um encontro da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, os países chegaram a um acordo sobre a mudança climática e desenvolveram 17 compromissos que seguiram como base os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Com os bons resultados alcançados com os ODM, a missão com a nova agenda para os próximos 15 anos é dar continuidade a esse trabalho e também estar alinhada aos resultados do Rio+20, conferência da ONU realizada no Brasil, em 2012. Os objetivos nesta nova agenda estão relacionados com compromissos que buscam erradicar a pobreza, promover educação de qualidade, reduzir as desigualdades e ações de combate às mudanças climáticas. Diante dos 17 ODS traçados, as Nações Unidas do Brasil dividiu os trabalhos em cinco principais frentes: Pessoas: garantir que todo ser humano possa desenvolver seu potencial com dignidade e igualdade, além de acabar com a pobreza. Planeta: conscientizar as pessoas pelo consumo sustentável e proteger o planeta das mudanças climáticas.
A Declaração do Milênio foi implantada no ano de 2000 com ações para serem seguidas até 2015, que resultou em oito compromissos para mudar o mundo e levou para frente um agenda de desenvolvimento pós-2015.
Prosperidade: assegurar que o ser humano tenha uma vida próspera e que todo progresso evolutivo respeite os cuidados com a natureza. Paz: promover ações que torne uma sociedade pacífica, livre de violência e injustiça. Parceria: mobilização dos meios necessários para desenvolver uma agenda com espírito de solidariedade e com participação de todos os países.
Iniciativa já rende fruto! Neste mês, um e-book com 71 artigos vai ser lançado com apoio do Grupo de Estudo Ribombo, do Rio Grande do Sul, como forma de celebrar as práticas educadoras sustentáveis implantadas na rede municipal de ensino.
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SAÚDE NA ESCOLA
Por Renata Bomfim
CUIDAR NUNCA É DEMAIS
Professoras desenvolvem jogo de tabuleiro com as crianças do CEI Estrelinha Brilhante sobre o mosquito Aedes Aegypti
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Só nos primeiros quatro meses deste ano, Joinville registrou mais de 1000 focos positivos do Aedes Aegypti. Para sensibilizar as crianças com os cuidados necessários para a prevenção do mosquito, as professoras volantes Joice Pereira e Emisley de Oliveira Hofbauer, do Centro de Educação Infantil (CEI) Estrelinha Brilhante, desenvolveram ações com os alunos do primeiro e segundo período para combater a proliferação de possíveis focos dentro e fora do espaço educador. O trabalho “Aqui o mosquito não fica”, alinhado ao Programa Saúde na Escola (PSE), fez com que as crianças virassem patrulheiras da dengue e tornassem replicadoras do aprendizado para a comunidade e monitoras de atitudes efetivas para combater o mosquito. “A gente procurou fazer, cada uma dentro do conhecimento que tem, pesquisar situações que pudesse trazer vivências para as crianças e que viesse ao encontro desse processo de conhecimento deles”, comenta a professora Joice. De forma lúdica, as professoras passaram a envolver as crianças com desenvolvimento de jogo de tabuleiro, em que boas ações levam ao avanço no jogo e atitudes ruins de falta de cuidado pode até voltar todas as casas e recomeçar. “É com o brincar que eles se interessam pelo assunto”, comenta Emisley. Além disso, o trabalho envolveu os pequenos em pesquisas sobre o mosquito a ponto de até observá-lo pelo microscópio e chegaram todos a uma conclusão: é feio. A questão é que se fosse só falta de beleza, não teria problema. Mas se tem um mosquito que sabe muito bem que tamanho não é documento, é esse tal do Aedes Aegypti. Uma picada dele e o alerta para as doenças que podem ser transmitidas traz muita preocupação, já que pode levar até a morte. Além da dengue, o Aedes Aegypti é transmissor da chikungunya, zika e febre amarela.
Fotos: Renata Bomfim
Programa Saúde na Escola promove ações na rede municipal de ensino para prevenção de doenças
A conscientização dos dos alunos virou informativo pela escola. Inspirados em um jornal produzido no bairro que publicou uma matéria sobre a dengue, os patrulheiros mirins desenvolveram, em conjunto com a professora Joice, como boas práticas é possível de evitar o foco do mosquito. “Eles iam falando e eu anotando e montei um texto, sem fugir da linguagem deles, e foram para as ações”, relata a professora. ‘Eles percebe-
ram que, dentro da unidade, haviam muitos vasos que estavam com água. Então, a gente saiu para que eles pudessem observar o espaço e buscar soluções para acabar com aquela água ali. Eles buscaram areia e a gente foi registrando com fotos e isso também fez parte do boletim.” Iniciativas como essa desenvolvida no CEI Estrelinha Brilhante faz parte de uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e
Educação, que busca desenvolver um conjunto de ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. Entre as atividades desenvolvidas pelo programa estão as campanhas de vacinação, combate ao mosquito Aedes Aegypti, atividades de saúde bucal, auditiva e ocular, promoção de alimentação saudável, combate da obesidade, além de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, uso de álcool e drogas.
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Você sabe onde está sua carteira de vacinação? O trabalho da professora de ciências Emanoela Nardes, com os alunos de sexto ao nono ano da Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira resgatou a importância de estar com todas as vacinas em dia e até levantou um questionamento: onde está sua carteira de vacinação? Com o intuito de abordar algumas vacinas atuais e até sobre HPV, Emanoela buscou colocar a responsabilidade nas mãos dos alunos. “A gente começou a expor trabalhos pela escola, mas a primeira parte foi teórica e depois uma discussão em mesa redonda com eles, que é também uma forma de ouvir o que eles têm a dizer.” Pela unidade escolar, desenhos de conscientização estampam as paredes e servem como alerta: uma picadinha de agulha até pode doer, mas salva vida. Ao menos para a estudante Bruna Pranger, 14, o medo de tomar injeção não foi maior que a consciência de estar com as vacinas em dia. “Eu já tomei a vacina da febre amarela, por consciência da escola”, comenta.
A exposição dos desenhos sobre a importância das vacinas serve como conscientização para os alunos da unidade escolar
Bruna Pranger tomou a vacina contra a febre amarela logo após o trabalho desenvolvido na escola
Objetivo do Programa Saúde na Escola Como forma de proteger e conscientizar os estudantes sobre a necessidade de estar com as vacinas atualizadas, o Programa Saúde na Escola promove ações sobre a importância da imunização e do autocuidado. Criado em 2007, o objetivo do programa é fazer com que “as políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unam para promover saúde e educação integral dos estudantes da rede pública de ensino”.* *Com informações do Ministério da Saúde.
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Foto: Emily Milioli
Por Renata Bomfim
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entados em grupos de quatro alunos, quem entra nas salas de aula dos primeiros anos da Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes percebe que o ambiente alfabetizador é diferente. Com as 26 letras do alfabeto coladas na parede, os nomes das crianças são os exemplos de palavras que começam com cada letra, retratados também em fotos. Além disso, os objetos da sala passaram a ser nomeados e etiquetados. Para transformar o ambiente foi preciso, também, mudar a metodologia de ensino. Este ano, cada estudante passou a ter uma caixa do alfabeto feita totalmente de material reciclado, uma forma de organizar as letras na sequência correta e contribuir para melhor compreensão da escrita e leitura. Com o nome “Plano de Intervenção Consciente para a Alfabetização Inicial”, escolas da rede municipal de ensino passaram a repensar a meto-
dologia que vinha sendo aplicada com os alunos dos primeiros anos do ensino fundamental. A transformação começou ainda no ano passado, quando Reginaldo Silva, técnico pedagógico da Secretaria de Educação, ofereceu formações para os professores alfabetizadores. “Eu trabalhei em uma escola como supervisor e eu vi na sala um cartaz de alfabetização com ‘ba-be-bi-bo-bu’, havia todo um contexto tradicional que reportava a uma cartilha de 1970”, relembra o educador que sempre esteve atento ao significado do processo de alfabetização. “Em conversa com uma professora, eu sugeri uma mudança no método. Eu disse: ‘Se você for ditar a palavra laranja e, se tiver uma Laura na sala, o nome dela começa com la e laranja começa com la e você vai fazer essa conexão.’” A partir dessa mudança, a sílaba passa a ter sentido e significado para a
Para facilitar o conhecimento silábico das crianças, as letras do alfabeto passaram a ficar em uma caixa organizadora na ordem correta
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criança que recém chega da educação infantil e tem dificuldade em entender essa nova fase escolar que acaba de iniciar. Até então, apresentar o alfabeto era como sortear uma letra dentro de um pote em que ficava tudo misturado e era uma forma arriscada de dar autonomia de aprendizado para uma criança que ainda não se familiarizou com as letras. “Com essa nova metodologia, podemos aprender melhor como trabalhar cada fase da criança. Antes, nós trabalhávamos o mesmo tema, a mesma atividade com todos”, comenta a professora Samantha Tierschnabel. “Agora, a gente conseguiu fazer o agrupamento coletivo por meio das sondagens quinzenais. Nas aulas de leitura na biblioteca, a gente chama individualmente para ver como está o nível de leitura e fazer um trabalho específico para cada grupo. Isso avançou bastante.”
Você consegue identificar o avanço das crianças, principalmente na identificação das letras. No início do projeto das caixas do alfabeto, um aluno que reconhecia quatro letras, no máximo, em 15 dias ele dobrou e triplicou o reconhecimento. Para nós, esse método veio para facilitar."
Fotos: Emily Milioli
Para os professores, a nova metodologia tem tornado ainda mais significativo processo de aprendizagem dos alunos
Para Édolos Gonçalves da Maia, também professor alfabetizador da unidade escolar, o processo individualizado de sondagem facilita para um atendimento personalizado para cada aluno. “Você consegue identificar o avanço das crianças, principalmente na identificação das letras. No início do projeto das caixas do alfabeto, um aluno que reconhecia quatro letras, no máximo, em 15 dias ele dobrou e triplicou o reconhecimento. Para nós, esse método veio para facilitar”, avalia. Baseado na proposta apresentada pela Secretaria Municipal de Educação de Joinville, que quanto mais significativo o processo de alfabetização, quanto mais sentido fazer para a criança, maior será o aprendizado dela, os professores Samantha e Édolos buscam planejar as aulas dentro do contexto e da realidade de cada aluno. Enquanto de um lado, a professora trabalha com os pequenos estudantes os nomes dos personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo, em alusão ao Dia Nacional do Livro Infantil comemorado no mês de abril;
Édolos Gonçalves da Maia, professor alfabetizador
do outro o professor passa a nomear as partes do corpo humano depois de ter feito, de forma colaborativa com as crianças, o desenho de dois bonecos. Sem precisar escrever nada no quadro e apenas usando o som das sílabas e as letras do alfabeto expostas com os nomes dos alunos, a professora Samantha já diz feliz ao ver o pequeno estudante Nicolas Matheus Reuprecht de Oliveira escrever todo o nome Visconde sem precisar que ela soletre letra por letra, apenas com o auxílio da caixa do alfabeto. “Ele já é alfabético. Parte da leitura ele desenvolveu aqui e aprendeu muito rápido.” O ano ainda está no primeiro semestre e os avanços notados pelos professores mostram que a nova metodologia já apresenta resultados diferentes em comparação ao mesmo período de aula no ano passado, em que ela ainda não era implantada. “Nós tínhamos muitos alunos que não diferenciavam letras e números, nesse mesmo período do ano”, comenta Samantha. “É gratificante esse resultado. A alfabetização é um processo mágico.”
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Agrupamento coletivo faz com que o aluno desenvolva o senso crítico e a troca de conhecimento
Todo mundo junto é bem mais fácil
Ao colocar os alunos para desenvolver atividades em duplas ou grupos facilita o processo de ensino e aprendizagem, além de fazer com que desenvolva o senso colaborativo e potencialize no outro mais conhecimento e informação. Dessa forma, com essa nova metodologia de ensino que está começando a ganhar força na rede municipal de ensino e que, pelo menos, 50 unidades escolares já começaram a aplicar, veja o que melhora e o por quê o professor e o aluno só tem a ganhar:
Agrupamento produtivo/coletivo Desenvolver essa prática de agrupamento produtivo/coletivo na sua escola faz com que o professor consiga fazer as intervenções com cada aluno, dentro da sua habilidade naquele momento, e o auxilia para avançar no processo. Antes todos ficavam durante a aula desenvolvendo da mesma forma, mas o processo de aprendizado não é o mesmo para todos. Por isso, pensar nesses agrupamentos facilita o atendimento do educador que observa o desenvolvimento de cada um e agrupa os alunos de diferentes níveis da alfabetização. O agrupamento deve durar, em média, uma aula para o desenvolvimento de cada atividade. A organização da sala muda conforme a atividade que pode ser em dupla, trio ou grupo.
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Sondagem
Autonomia
Com o auxílio da caixa do alfabeto, a sondagem individual serve para o professor avaliar em qual etapa da alfabetização o aluno está. Dessa forma, o educador já sabe o que esperar daquele aluno para o próximo atendimento e desenvolve um trabalho específico para a dificuldade encontrada na criança.
Ao passar uma atividade, o aluno, dentro do seu espaço, passa a discutir com o colega e buscar ver o que ele errou ou acertou por meio da troca e refletir sobre a atividade feita. Desenvolver atividades em grupo, pode, também, despertar o senso colaborativo e a troca de conhecimento.
Fotos: Emily Milioli
Junto com as letras do alfabeto expostas na sala, fotos dos alunos retratam o nome de cada um e servem como exemplos silábicos
Etapas da alfabetização
Para uma criança estar totalmente alfabetizada, ela passa por quatro etapas. Um estudo feito pela argentina Emilia Ferreiro mostrou que é preciso inverter a influência das cartilhas de alfabetização e trazer o ensino mais próximo da realidade do aluno, como recortes, livros e histórias. De acordo com a educadora, a alfabetização infantil se divide nas seguintes fases distintas:
Pré-silábica
A criança ainda não associa as letras ao som da língua falada, mas nota que a escrita passa a ter sentido.
Silábica
A criança corresponde às letras com o que é falado e passa a interpretar do seu jeito.
Silábica alfabética
Começa a identificar a formação das sílabas.
Alfabética
Já domina as letras e as sílabas.
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SINGAPURA
Por Renata Bomfim
Inspiração que vem de Singapura
Formação oferecida para os professores de matemática e ciências, ainda no ano passado com melhorias na metodologia de ensino, segue com bons resultados rede municipal de ensino Juliano Turmina participou da primeira formação oferecida na rede municipal de ensino para professores de ciências e matemática sobre o segredo da educação de Singapura
Antes de começar um novo conteúdo com os alunos dos oitavos anos da Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou, o professor de matemática, Juliano Turmina, resolveu mudar a metodologia de ensino. Os alunos foram desafiados a desenhar o trajeto que costumam fazer entre o lugar onde moram até a escola e isso só tinha apenas um objetivo: que qualquer pessoa pudesse se localizar ao ponto de sair e chegar no local de referência traçado. Dessa forma, de aproximar um novo assunto com o dia a dia dos alunos, o professor conseguiu colocar em prática um dos conteúdos da
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ementa para aquele turma, o estudo do plano cartesiano. A readequação do conteúdo que antes poderia ser apenas explicado em sala de aula com base em exemplos abstratos, ganhou força logo após Juliano participar da formação “O segredo de Singapura para o sucesso em Ciências e Matemática”, oferecida para professores de matemática e ciências da rede municipal de ensino, ministrado pelos professores especialistas Drº Kok Siang Tan, da área de Ciências, e Drº Boon Liang Chua, da área de Matemática, do NIE International (NIEI), braço de consultoria e treinamento do Instituto Nacional de Educação
(NIE), de Singapura. “Eu acho que a formação que nós tivemos foi extraordinária e o fruto veio nos materiais que nós utilizamos: a rede preparou as estratégias para que todos os professores pudessem aplicar, tanto na parte de ciências como de matemática. Então, eu acho que o maior legado é isso: você deixar para o seu colega/ professor um material que ele possa trabalhar essa ferramenta”, destaca Juliano. “O meu entendimento geral é que eu tenho que apresentar para o aluno o entendimento matemático do concreto e, a partir daí, ele adquirir o conhecimento.”
A cada novo conteúdo, alunos preenchem uma tabela sobre o que sabe, o quer saber e o que aprendeu com o assunto
Com essa nova lógica de ensino, o aprendizado na prática passou a ganhar força. Para a aluna Sara Bianca Rabello de Oliveira, aproximar um assunto da realidade instiga o aluno a querer aprender e a fazer a atividade proposta. “A gente passa a aprender de um jeito diferente, ao invés de só o professor falar.” Na primeira etapa de formação, apenas professores de matemática de ciências do sexto ao nono participaram, um total de 60 educadores. O objetivo é compartilhar as boas práticas e impactar mais
de 50 mil alunos nos anos finais do ensino fundamental. A escolha do município de Joinville para começar a desenvolver este trabalho se deu por conta dos bons resultados apresentados na educação. O projeto é uma realização do Instituto Nacional de Educação de Singapura, Instituto Ayrton Senna (IAS) em parceria com a Secretaria de Educação de Joinville e a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), por meio do Movimento Santa Catarina pela Educação.
Fotos: Renata Bomfim
Melhorias na prática de avaliação
Ao iniciar um novo conteúdo na disciplina de ciências, Marilú Bonessi da Silva, distribui para cada aluno da sala uma tabela dividida em três colunas: o que eu sei, o que eu quero saber e o que eu aprendi. As duas primeiras colocações, o estudante responde antes de começar a aula e, ao final, anota o que ficou de aprendizado. Dessa forma, a professora passou a ter um feedback direto a cada aula e não apenas na retomada
dos conteúdos passados. Além disso, a professora Marilú reduziu o número de avaliações aplicadas. “Eu faço uma prova por trimestre e as avaliações são feitas de outras formas”, comenta. “Com uma mudança na prática, o interesse dos alunos mudou. Atualmente, com relação às lições de casa, este ano, por enquanto, os alunos de sétimo ao nono eu não tenho problema com tarefa. O nono, por exemplo, 100% com as tarefas feitas.”
Será que existe segredo na educação em Singapura?
Se existe segredo na educação oferecida em Singapura, o professor Juliano não levou muito tempo para descobrir qual é, até porque o que feito lá do outro lado do mundo, ele já aplica diariamente nas aulas.” O principal segredo é você ter paixão por aquilo que você faz e transmitir isso para o seu aluno”, comenta o professor que também destaca a importância de tudo o que é feito no dia a dia, mas que, na maioria das vezes, não é documentado. Com o aprendizado compartilhado dos professores que tiveram a oportunidade de participar da formação, o diretor da unidade escolar, Laércio Goerdt, refletiu que a metodologia de ensino de Singapura leva muito em consideração ao ambiente cultural de aprendizagem em que o estudante está inserido. “O aluno, ao assistir uma aula, ele não pode vê-la de forma mecânica. Ele precisa perceber a valorização em cada situação que você faz a abordagem do conteúdo”, comenta. “Eu vejo que Singapura, pela prática do seu trabalho, leva muito em consideração esse valor: que o aluno possa perceber essa cultura no caminho.” Para um dos especialistas que ministrou a formação, Drº Chua, os valores culturais interferem, sim, no desempenho do aluno, mas as práticas pedagógicas podem ajudar o conteúdo a chegar aos estudantes, e isso não tem relação com o fator cultural.
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Educação financeira
Por Neise do Nascimento
O consumo consciente é o contrário de um estilo de vida que valoriza o supérfluo. Ao invés de comprar novos bens só para satisfazer nossas vontades, precisamos focar no que é realmente necessário. Não é apenas deixar de comprar, mas escolher com cuidado o que está sendo adquirido, analisando se é benéfico ao meio ambiente, para si e se contribui para a sustentabilidade da sociedade. 30 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Benefícios!
Não é só a natureza e a sociedade que se beneficiam com o consumo consciente. Todos nós também saímos ganhando, pois ao fugir das compras por impulso, você avalia o que realmente precisa e atende a sua necessidade e foge do consumismo e do endividamento excessivo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), 61 milhões de brasileiros estão endividados.
Questione-se: Por que estou comprando? Pense se realmente precisa desse produto. O que irei comprar? Compre produtos de qualidade, que durem mais para evitar o desperdício. Como irei comprar? Tem recursos financeiros para fazer a compra? Vai pagar à vista ou a prazo? De quem irei comprar? Quem é o fabricante? Qual a mão de obra utilizada? Como vou usar o que comprei? Precisa saber usar da melhor forma possível, para evitar trocas. Como descartar o que não uso mais? O que você está jogando fora pode ser utilizado por outra pessoa?
Respondendo as perguntas acima, siga os bons hábitos do consumo consciente: 1 Faça compras planejadas; 2 Pense nos impactos do consumo; 3 Reutilize produtos e embalagens; 4 Separe seu lixo; 5 Auxilie seus pais a usar cartões de crédito de forma consciente; 6 Valorize fornecedores que pensam na responsabilidade social; 7 Confira sempre a origem dos produtos; 8 Reduza consumo de água e luz; 9 Divulgue sobre o consumo consciente em seu condomínio, comunidade, escola e amigos. Dito tudo isso, pode-se dizer que o consumo consciente é caracterizado por quatro dimensões: consciência ecológica, economia de recursos, reciclagem e planejamento do consumo. Para cuidarmos melhor do nosso planeta e melhorarmos as relações de consumo é preciso mudança de hábitos em pequenas ações do nosso dia a dia. Depende de cada um de nós darmos nossa contribuição para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. Neise do Nascimento é fundadora da Quales Treinamentos Empresariais e especialista em Docência do Ensino Superior e em Finanças, Controladoria e Auditoria. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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GALERIAS
GABI, VITOR, DANIELLY E EMILY
LUIZ, LUCAS E DANIEL
JENIFER, RUBIA E ANA
JENIFER E ANA
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NICOLE E EVELIN
LUIZ E LUCAS
JULIA, NICOLE E EVELIN
Adhemar Garcia
ESCOLA MUNICIPAL CAIC PROFESSOR MARIANO COSTA
DANIELLY, GABRIELLE E EMILY
LUIZ, HERIC, JOÃO E ROGER
LABINE, VICTOR E JOÃO
Fotos: Foco Eventos
ISAINE, ANDRIELI E LETICIA
EMILY, DANIELLY E LABINE
VICTOR E LABINE
ALISSON E WELLIGTON
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GALERIAS
KAUA, JOÃO E ADRIEL
VICTOR, KELVIN E ALISSON
HENRIQUE E GUSTAVO
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KETLIN, RAFAELA E SABRINA
GABRIEL E ANTONIO
NICOLAS, YASMIN E ISADORA
COMASA
Escola Municipal Dom Jaime Barros Câmara
YASMIN E ISADORA
ORIENTADORA FABIA, LUCAS, DANIELA E JOÃO
WELLERSON, GABRIEL, ANTONIO
Fotos: Foco Eventos
RAFAELA E SABRINA
ANA JULIA E CAMILE
ANA, RAFAELA E GABRIELI
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GALERIAS
CARLOS, MARIANA E MIKAELLI
CARLOS E MARIANA
SCHEYLA, EMILY E MIRIHA
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VINICIUS E CARLOS
CARLOS, MARIANA, VINICIUS E MIKAELLI
LUCAS E MICAELA
Jardim Iririú
Escola Municipal Enfermeira Hilda Anna Krisch
KAYAN E LUCAS
MARCUS, LUCAS E GABRIEL
Fotos: Foco Eventos
PEDRO E KAUA
WILLIAN E AIRTON
MARIANA E VINICIUS
MARIANA E MIKAELLI
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GALERIAS
JULIA E EDUARDA
EDUARDO, GUSTAVO, WILLIAM E VITORIA
GABRIEL E NICOLAS
JOÃO A., JOÃO, FELIPE
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STEFANY, MAYRA E JULIA
CARLOS E RUAN
comasa
Escola Municipal Dr. José Antônio Navarro Lins
DANIEL E MATHEUS
RAFAELA, OTAVIO E LETICIA
GABRIEL E GUSTAVO
Fotos: Foco Eventos
LETICIA E RAFAELA
JULIA FERNANDES E JULIA
KAUANE, VITORIA E JULIA
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GALERIAS
GABRIELA, LUISA E ISABELE
ANA E GIOVANA
MARCOS E MATHEUS
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MATHEUS, MATEUS E MIGUEL
DAVI E MICAEL
CAMILA E CAMILLI
MARCOS, GUSTAVO E JOÃO VITOR
Jardim Iririú
Escola Municipal Professora Laura Andrade
RAFAELA, MARIA EDUARDA, LUANA E THAYANE
GABRIELA, ANNA LETICIA E CAMILA
ANA LETICIA E ANA PAULA
GABRIELI E LETICIA
Fotos: Foco Eventos
LETICIA E BEATRIZ
JOÃO, VINICIUS E NICOLAS
LAURA, EDSON E VITORIA
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SAIDEIRA
Por Ana Beatriz Brandão
Se ame! Seja você!
Quantas vezes você já se olhou no espelho e focou só nas suas “imperfeições”? Quantas vezes deixou de se sentir a pessoa maravilhosa que eu sei que você é, só porque não é desse ou daquele jeito? Eu já fiz isso muitas vezes e acho que quebrar esse padrão de autossabotagem é um exercício diário. Todas as vezes que você acorda, é preciso encontrar sua motivação para ser feliz, olhar sempre para si mesmo e perceber que há um ser humano incrível ali. Nem que para isso faça uma listinha de suas qualidades e se descubra todos os dias. Deixe que pensem que você não está no padrão que a sociedade exige. Deixe que cobrem o que acham que você devia ser ou fazer. Responda às críticas com seu melhor sorriso. Deixe que eles pensem que sabem o que é melhor para você. Porque, no fun-
Sobre a autora: Com cinco anos já era uma ávida leitora, aos treze iniciava uma jornada cercada de magia junto aos seus personagens e atualmente, com dezoito anos, já publicou cinco livros e embarca na forte emoção de acompanhar o filme baseado em seus dois best-sellers, O Garoto do Cachecol Vermelho e A Garota das Sapatilhas Brancas. Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana Beatriz Brandão vive intensas aventuras todos os dias e celebra suas
do, ninguém te conhece mais do que você mesma, ninguém caminha com seus pés, usa suas forças para superar os desafios. Não podemos nos cobrar demais e potencializar as experiências negativas. O importante é você sempre se lembrar que ninguém é perfeito, que todos nós somos diferentes. E quando bater aquela insegurança, lembre-se de todas as outras qualidades incríveis que tem, do último dia que se sentiu maravilhosa, do último elogio que recebeu e da última vez que se sentiu amada. Tenho certeza de que depois de todas essas lembranças boas, a imagem que viu, e que te deixou insegura, irá sumir. Só você é capaz de controlar seu destino, fazer as escolhas e lidar com as consequências dela. Se permita ser o seu padrão de felicidade. Se permita ser apenas VOCÊ!
publicações, desde a mais recente obra Sob a Luz da Escuridão, até aquela que pela primeira vez cativou o público, Sombra de um Anjo. Não esquece as emoções vivenciadas em Caçadores de Almas que também tem um valor inestimável à jovem escritora. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, assim como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas. /anabiabrandao
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