Revista Its Teens Joinville nยบ 22 2017 | R$ 9,80
TÃO CONECTADA COM VOCÊ,
QUE PODEMOS CHAMAR DE SMARTREVISTA.
TAMO JUNTO
na escola,
TAMO JUNTO
no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.
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CULTURA POP
WI-FI
FESTIVAL DE DANÇA
CAPA
PROJETO ARTERIS
TABELA PERIÓDICA
conteúdo 8 | CULTURA POP
10 | WI-FI
Num piscar de olhos e já faz cinco anos que Psy lançou o passinho mais famoso do mundo com o clipe de “Gangnam Style”. O vídeo foi o mais visto do YouTube desde que foi lançado, mas a música coreana foi superada no último mês com o sucesso de Wiz Khalifa e Chalie Puth. “See You Again”, trilha sonora de “Velozes e Furiosos 7” ultrapassou a marca dos bilhões de acesso de Psy, garantindo o posto da plataforma.
Quem malha ouvindo música sabe o quanto é complicado cuidar para não se enroscar em fios e para cuidar que o suor dos exercícios não estrague o fone. Pensando nisso, a empresa Logitech lançou no Brasil o fone de ouvido Jaybird X3 e sua principal vantagem é ser resistente ao suor. Além disso, o fone é por Bluetooth, o que evita aquela trabalheira de fios para cá e fios para lá. Isso garante maior durabilidade aos fones de ouvido que, geralmente, são difíceis de cuidar. Detalhe: duas pessoas que tenham esse fone podem ouvir a música de um mesmo aparelho.
14 | FESTIVAL DE DANÇA
18 | CAPA
Quando as cortinas do 35º Festival de Dança de Joinville se abriram para a noite de danças populares, o público voltou no tempo e se sentiu por alguns minutos numa arena, enquanto no palco as luzes se voltavam para uma história vivida na era medieval. Isso porque o grupo de dança da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos levou para o maior festival de dança do mundo uma cavalhada: a batalha em que os cristãos venceram os mouros e os converteram ao cristianismo.
Entre os 85 trabalhos aprovados de todas as unidades escolares que se apresentaram na 19ª Feira Municipal de Matemática (Femma), uma equipe da Escola Municipal Anita Garibaldi chamava a atenção dos visitantes. Com caixas de papelão coloridas que ocupavam o espaço além da mesa expositora, a dupla Eduardo Davi dos Santos e Giovane Henrique Mebs conquistou uma vaga para etapa regional da feira, prevista para acontecer ainda neste mês.
24 | PROJETO ARTERIS
28 | TABELA PERIÓDICA
Se é por meio da educação que se pode mudar o mundo, então, por que não alinhar os conteúdos pedagógicos ensinados em sala de aula com o respeito ao meio ambiente e a conscientização para mudar os altos índices de mortalidade causados por acidentes terrestres e diminuir os efeitos do aquecimento global? Foi pensando desta forma que a Arteris, empresa que administra concessão de rodovias brasileiras, resolveu levar para dentro de três unidades escolares de Joinville o Projeto Escola e Viva Meio Ambiente.
A parede branca do corredor que sobe para as salas dos nonos anos da Escola Municipal Professora Lacy Luiza da Cruz Flores, no bairro Itinga, virou espaço pedagógico com a exposição da tabela periódica desenvolvida pelos alunos, durante as aulas ministradas pela professora Melissa de Freitas Speckhahn, 37, numa união que alinhou ciência e a arte.
4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
CHEGOU A HORA DE decidir o seu futuro!
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Salve, galera its!
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Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC
Eu nunca fui muito fã de números, equações e dilemas matemáticos. O engraçado dessa história é que os meus professores de matemática sempre foram os meus preferidos. Não sei explicar a razão, talvez fosse pelo tempo que eles dedicavam para me fazer entender aquele emaranhado de números, ou o simples fato de eu admirá-los por terem a capacidade de entender o que me explicavam. Entre essas duas opções, eu prefiro ambas.
Mesmo com as dificuldades, sempre participei das feiras de matemática promo-
vidas na minha escola (nem que fosse só para ajudar a pintar os cartazes expostos ou para estar à frente da explicação do projeto criado). Fiquei feliz em saber que essas iniciativas continuam acontecendo, tanto para os gênios matemáticos, quanto para os que utilizam seus outros talentos na situação.
Independente de números, cálculos e dificuldades, é incrível como a matemática
consegue unir diferentes e infinitas oportunidades de inclusão, conhecimento e diversão. Espero que você encontre nestas páginas isso e muito mais. PS: ainda não a razão do valor de X. Jéssica Stierle
Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br
#FALHANOSSA Na última edição da its, na matéria “Educação = mudança de comportamento”, colocamos que as visitas feitas pela coordenadora da EJA se dá de forma esporádica, quando, na verdade, é periódica.
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Marília Mendonça – Perto de Você Oriente - Linda, Louca e Mimada Demi Lovato - Sorry Not Sorry Projota ft. Anavitória - Linda
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville
OS CULPADOS
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LUCAS INÁCIO
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CULTURA POP
Sessão #liberalogo
TCHAU, PSY Num piscar de olhos e já faz cinco anos que Psy lançou o passinho mais famoso do mundo com o clipe de “Gangnam Style”. O vídeo foi o mais visto do YouTube desde que foi lançado, mas a música coreana foi superada no último mês com o sucesso de Wiz Khalifa e Chalie Puth. “See You Again”, trilha sonora de “Velozes e Furiosos 7” ultrapassou a marca dos bilhões de acesso de Psy, garantindo o posto da plataforma. Atrás do sucesso, Justin Bieber aparece com o contagiante clipe de “Sorry”, seguido de Bruno Mars com o “Uptown Funk”. Despacito aparece em quinto lugar, mas como diz a música: suave suavecito, ainda podemos imaginá-la no topo em algum momento.
QUE HINO! Com direito a festinha de lançamento para fãs e muita lacração, Demi Lovato representa com a letra de “Sorry Not Sorry”, o primeiro single do seu novo álbum: “Agora você está aqui parecendo arrependido/ Não é muito orgulhoso para implorar, segunda chance que você nunca terá /E sim eu sei o quão ruim deve doer para me ver assim”.
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Eles estão de volta Real/Oficial: Stranger Things já tem data de lançamento para a sua segunda temporada! Até o dia 27 de outubro teremos que nos contentar com os teasers e imagens que a Netflix tem liberado. No pôster da série e no relance do trailer divulgados, já notamos que os quatro heróis da história estão com suas famosas bikes no meio de uma grande tempestade trazia por um monstro que se aproxima de Hawkins. Os acontecimentos dessa nova temporada se passaram nos dias próximos ao Dia das Bruxas de 1984, e devemos ver as consequências da passagem de Will (Noah Schnapp) pelo mundo invertido e também o retorno de Eleven (Millie Bobby Brown).
ABAIXA QUE É TIRO A nova parceria do Projota acertou em cheio nos nossos corações. A música “Linda”, com o duo Anavitória faz parte do novo CD do rapper previsto para ser lançado ainda este mês. E de leva ainda tem a participação do jogador de futebol, Gabriel Jesus.
Narcos tem terceira temporada garantida! Parece que o segundo semestre vai ser bem movimentado para os fãs da Netflix. Isso porque em setembro volta a tão aguardada terceira temporada de Narcos, a série que fala sobre o narcotráfico na Colômbia. O trailer, inclusive, já foi liberado e a data de estreia dos novos episódios está marcado para o dia primeiro de setembro. Quem aí já está ansioso?!
RAINHA DO REBOLADO INVADE A GRINGA Para quem achou que a nossa Gretchen agora era apenas memes sem data de validade, ficou muito enganado. A rainha do rebolado colocou o vídeo “Swish Swish”, feito em parceria com a cantora Katy Perry como o vídeo mais visualizado em menos de 24 horas, no mês de julho. Viu só, nem só de conga, conga, conga vive o homem...
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WI-FI Por Lucas Inácio
FONE PARA QUEM GOSTA DE MALHAR
Quem malha ouvindo música sabe o quanto é complicado cuidar para não se enroscar em fios e para cuidar que o suor dos exercícios não estrague o fone. Pensando nisso, a empresa Logitech lançou no Brasil o fone de ouvido Jaybird X3 e sua principal vantagem é ser resistente ao suor. Além disso, o fone é por Bluetooth, o que evita aquela trabalheira de fios para cá e fios para lá. Isso garante maior durabilidade aos fones de ouvido que, geralmente, são difíceis de cuidar. Detalhe: duas pessoas que tenham esse fone podem ouvir a música de um mesmo aparelho.
MARAVILHAS DA
TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its
MÚSICA ESTILO PROFESSOR XAVIER
Tem muita gente que gosta de música, mas nunca teve a oportunidade ou paciência de aprender algum instrumento, existe uma luz no fim do túnel. Um grupo internacional de pesquisadores e pesquisadoras está desenvolvendo um aparelho que pode ser tocado com a mente. O Encefalofone, como foi chamado, funciona a partir de um capacete de eletrodos que leem os impulsos cerebrais e os transformam em notas musicais. Por enquanto, o método está sendo testado para ajudar pessoas em processo de reabilitação, uma causa bem nobre. Porém, nada impede que em breve o instrumento seja comercializado, possibilitando que não músicos possam fazer música.
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MOTO S2 A Motorola apresentou o Moto Z2 Force, um aparelho com as mesmas qualidades de seu antecessor e mais robusto, com o foco na proteção da tela. Além disso, o Z2 vem com 6GB de memória RAM, resolução 2K, além de 128GB de memória. Sobre as câmeras, a traseira virá com capacidade de 12 megapixels e a frontal de cinco megapixels, além, é claro, dos snaps dispositivos extras que podem ser acoplados ao celular e turbinando o aparelho. Até o fechamento desta edição, a empresa não anunciou preço ou data de lançamento, então nos resta aguardar.
NA BATIDA DO SLIDESHOW
Quem gosta de edição de vídeos, sabe que montar um clipe com suas fotos sobre sua música favorita não é muito fácil. Sincronizar a mudança das imagens com a batida é muito mais difícil do que a maioria pensa, ou pelo menos era. O aplicativo TapSlide faz esse trabalho de forma automática, basta selecionar o hit e as fotos que a gente quer colocar no clipe e pronto: o próprio programa faz a leitura de onde está o grave do beat e sincroniza. Além disso, dá para colocar legendas, filtros e outros elementos nas fotos para deixar o slideshow ainda mais com a sua cara.
VIDEOGAME X
Ao que tudo indica, a Microsoft vai levar seu novo console para a Gamescon 2017, feira de jogos eletrônicos realizada na Alemanha no fim de agosto. O Xbox One X tem tanto X que parece ter sido criado em um programa da Xuxa, mas o aparelho promete ser a alegria não só dos “baixinhos”. Com tecnologia de jogos em 4K e com 60 fps (frames por segundo), o Xbox One X, que foi apresentado em junho, terá vendas a partir de 7 de novembro com preço calculado em U$499. Preparem as economias.
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ESCOLA ABERTA
Notícias das
Escolas
ALUNOS DE ESCOLA MUNICIPAL DE JOINVILLE FAZEM MAQUETES PARA APRENDER HISTÓRIA E CULTURA TRABALHO FOI DESENVOLVIDO NA ESCOLA MUNICIPAL CURT ALVINO MONICH Os aspectos econômicos, onde moravam, e os diferenciais da cultura – principalmente do vestuário, culinária e religião – dos Impérios de Gana, Mali e Songai, do Reino Congo, assim como dos Povos Iorubás (Ifé e Benim) e Bantos, do Continente Africano, se transformaram em maquetes nas mãos dos alunos do 7º ano da Escola Municipal Curt Alvino Monich. Com as informações estudadas na ponta da língua, ou com a ajuda de anotações, os cerca de 100 alunos
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envolvidos, das três turmas, estavam animados para explicar aos colegas das outras classes o que aprenderam. “O povo Iorubá, que se desenvolveu nas proximidades do Rio Níger, tinha um palácio”, explicou Luciane Janai da Silva Macanhão, 12 anos, mostrando a construção representada na maquete. Ela disse que também achou interessante o quanto gostavam de roupas coloridas. O objetivo do projeto, desenvolvido desde o dia 22 de abril, foi que os estudantes aprendessem sobre a história da África antes da colonização europeia, no século 15.
“Eles puderam entender como viviam, os impactos provocados pela colonização, e entender melhor situações que ocorrem nos dias atuais”, explicou a professora de História, Isabel Cristina Barroso Boeing, responsável pela coordenação do trabalho. Segundo ela, o aprendizado é estendido também a todas as outras turmas que visitam a exposição e ouvem as explanações. As turmas do 7o ano A, B e C foram divididas em grupos de até seis integrantes e cada equipe fez o trabalho de um determinado reino ou império. O trabalho foi dividido em quatro etapas. Primeiro, tiveram de realizar pesquisas sobre o tema. Em segundo lugar, foi necessário descrever como seria a maquete. Depois, precisaram confeccioná-la, de preferência em material reciclável. Por último, tinham de estar preparados para explicar o que construíram para retratar a África antiga e o que compreendem da atual. O projeto leva em consideração a Década Internacional Afro Descendentes, estabelecida no Brasil, de 2015 a 2024. As maquetes serão expostas novamente no final do ano, quando os projetos desenvolvidos em todas as turmas serão apresentados na escola.
EM PROFESSOR AVELINO MARCANTE LANÇA LIVRO SOBRE ALTAS HABILIDADES
Com 610 alunos matriculados na EM Professor Avelino Marcante, a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), Aline Priess da Silva Klug, passou a identificar alunos com indicadores de altas habilidades e resolveu fazer um projeto para mostrar que eles têm um diferencial em alguma área, com o objetivo de oportunizá-los com espaços para demonstrar seus conhecimentos. Com a ideia de fomentar e difundir a temática que diz respeito às altas habilidades, dando mais visibilidade às necessidades educativas de cada aluno, em agosto do ano passado a professora se reuniu com as alunas Milena Meneghelli, do sexto ano, Sarah Anaatje Hess Campos Nakazoni, do sétimo, e Bruna Oenning Amador, do nono, e fez uma proposta: escrever um conto e a Sarah faria as ilustrações. Coincidentemente, o trio escreveu o mesmo tema. Ao longo de um ano de produção, as alunas e a professora Aline contaram com a ajuda da professora de língua portuguesa,Terezinha da Silva Sezerino, que as ajudou com a correção e a escolha do gênero textual. Para desenvolver a capa do livro, a professora Aline pediu ajuda para Eduardo Cesar Gonçalves da Roza, que a desenhou de forma voluntária. No início deste ano, o projeto foi mostrado a Associação de Pais e Professores (APP) da escola que resolveu patrocinar, juntamente com a editora Dialogar. O lançamento foi no dia 8 de julho, no Dia da Família na escola e contou com a presença das escritoras, representantes da editora e a comunidade escolar.
PROJETO DO CEI IRACI SCHMIDLIN ENSINA SOBRE COTIDIANO COM BRINCADEIRAS ATIVIDADE APRESENTOU SITUAÇÕES VIVIDAS NO COTIDIANO DAS FAMÍLIAS DOS ALUNOS Situações da rotina dos pais, como ir ao supermercado, se transformaram em divertido aprendizado para as crianças do maternal 1B e 1C, do Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Iraci Schmidlin. As crianças de 2 e 3 anos passam pela experiência de ir ao médico, ao salão de beleza, cozinhar ou ouvir música, em ambientes especificamente construídos para aproximar a brincadeira da realidade, utilizando materiais recicláveis e usados. Tudo isto acontece no projeto “Criar e brincar é só começar”, desenvolvido pela professora Tatiane Cristina Miranda, que trabalha questões do cotidiano das famílias. Os temas estudados, no primeiro semestre, foram apresentados aos pais e aos demais alunos do CEI, numa mostra. A professora organizou os temas em cantos específicos: Canto Médico Odontológico, da Tecnologia, do Supermercado e Chocolate, do Chuveiro, da Cozinha, da Música, da Beleza e da Leitura. “Além de compreenderem melhor como
funciona estas situações, eles aprimoraram a capacidade da brincadeira coletiva”, contou a professora Tatiane. O Canto da Beleza, que simula um closet com espelho e roupas, e o Canto Médico Odontológico foram os que mais chamaram atenção das crianças. Moisés Schroeder, pai de Pablo Victor Schroeder, de 2 anos e 4 meses, achou o projeto interessante. “As crianças aprendem muito com estes incentivos às vivências em comunidade. Percebemos que o Pablo está interagindo melhor”, explicou. O trabalho segue a diretriz da Secretaria de Educação do município, de incentivar a revitalização dos espaços internos das unidades de ensino. “Temos a meta de tornar os ambientes educadores mais acolhedores e humanizados, considerando a questão da sustentabilidade”, comenta a diretora do CEI, Maria Ivone De Tofol Corrêa. O projeto continuará ao longo do ano, incluindo programação para ser socializado com as demais turmas.
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FESTIVAL DE DANÇA
HISTÓRIA CONTADA
EM DANÇA O grupo de danças populares do programa Dançando na Escola, da EM Governador Pedro Ivo Campos, já virou tradição no maior festival de dança do mundo 14 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Quando as cortinas do 35º Festival de Dança de Joinville se abriram para a noite de danças populares, o público voltou no tempo e se sentiu por alguns minutos numa arena, enquanto no palco as luzes se voltavam para uma história vivida na era medieval. Isso porque o grupo de dança da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos levou para o maior festival de dança do mundo uma cavalhada: a batalha em que os cristãos venceram os mouros e os converteram ao cristianismo. Hexacampeão no Festival de Dança de Joinville, o grupo subiu ao palco pelo décimo ano consecutivo, carregando na bagagem seis títulos de primeiro lugar, dois de segundo e um de terceiro. “Eu acho que o segredo é muita doação da gente. Uma dedicação que eu, particularmente, tenho, e um comprometimento com a dança”, conta a professora Elisiane Wiggers, 47, que carrega a missão de repassar aos 25 bailarinos do grupo, a garra que a dança popular brasileira tem.
EM Governador Pedro Ivo Campos acumula títulos no maior festival de dança do mundo, que ocorre todos os anos em Joinville
Fotos: Renata Bomfim
Por Renata Bomfim
O sucesso do grupo de estar há uma década no palco principal do festival, como conta a professora, deve-se ao comprometimento com a verdade das histórias contadas em forma de dança. Para criar cada coreografia, Elisiane busca as referências por meio de pesquisa e, sempre que possível, viaja até o local que tem tradição em retratar a história brasileira em festividades locais. “Eu já fui a Recife ver os maracatus e para ver a apresentação dos cavalos marinhos. Também para o Maranhão conhecer o bumba meu boi”, conta. “Tudo o que eu puder me apropriar do conhecimento para somar na hora de criar, eu me aproprio.”
Para criar a coreografia para o Festival de Dança deste ano, a professora contou a história da cavalhada, uma festa tradicional que ocorre todos os anos na cidade de Pirenópolis, em Goiás, que tem duração de três dias, uma tradição que começou na cidade em 1826, após ter sido colonizada por portugueses. Participantes há quatro anos do programa Dançando na Escola, João Vitor Meurer, 15, e Murilo Henrique de Oliveira Kuelkamp, 15, já terminaram o ensino fundamental, mas ainda estão ligados à escola pela dança, já que na categoria em que estão inscritos, alunos de 13 a 16 anos podem participar. Contagiado pela alegria da grandiosidade do festival, João Vitor só consegue descrever o evento em uma frase: “É de arrepiar”. Iniciante no grupo este ano, Marcelli Eduarda Pfutz, 13, aluna do sétimo ano, já não consegue conter a ansiedade. Apesar de já ter feito balé por cinco anos e ter proximidade com a dança, participar do grupo ao lado da professora Elisiane a levou para dançar no Centreventos em noite de Mostra Competitiva.
“Eu era tímido, mas depois que comecei a fazer apresentações com a dança, não tenho tanta timidez para falar em público”, comenta Murilo. Para a professora, a dança tem o poder de desenvolver habilidades nos alunos para além dos passos coreográficos. “Eu sempre digo que a dança é um divisor de águas na vida deles: a autoestima é uma coisa que melhora muito. Eu tenho alunos que tinham muita dificuldade de apresentar um trabalho, falar em público. Os professores falam que melhoram a pontualidade, frequência, espírito de equipe, de liderança, isso começa a aparecer em sala de aula e na vida deles.” Para a diretora Isolete Alves Vicente Salomon, a dança é um complemento ao aprendizado em sala de aula. “O ato de dançar traz benefícios para o aluno de caráter, principalmente, social. A criança quando dança passa a ter uma nova postura, um novo olhar para o mundo”, comenta a diretora, que está na escola desde a fundação e se sente orgulhosa ao ver os alunos se apresentando nos palcos da cidade.
Professora, Diretora e Auxiliar de Direção
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Ensaio dobrado! Não é fácil estar entre os melhores trabalhos para se apresentar na Mostra Competitiva do 35º Festival de Dança de Joinville. De acordo com a professora Elisiane, é preciso muito alinhamento entre direção, escola e pais para que o resultado seja sempre positivo. E para que isso aconteça, é preciso ensaiar, ensaiar e, de novo, ensaiar. Com uma média de três a quatro ensaios por semana, os alunos treinam cerca de duas horas e meia. “Às vezes a gente não quer ir para a dança, mas a gente vem, porque a gente gosta”, conta Murilo.
Joinville, a capital da dança Apesar de já receber este título nos bastidores, Joinville foi oficializada como capital da dança há um ano, quando o presidente Michel Temer sancionou a lei. Com 35 edições e caracterizadas como maior festival de dança no mundo, este ano o palco do Centreventos Cau Hansen recebeu mais de 3 mil trabalhos submetidos para avaliação da curadoria
*Esta matéria foi produzida antes de ser divulgado o resultado dos vencedores do 35º Festival de Dança de Joinville.
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artística. No total, mais de 7 mil bailarinos, professores, admiradores da dança e artistas envolvidos se deixaram levar pelos 12 dias de evento, que contou com apresentações em palcos abertos, oficinas de especialização, mostra de dança contemporânea e a Feira da Sapatilha, espaço destinado para expositores que comercializam produtos relacionados à dança.
CAPA Por Renata Bomfim
SOMA DO
CONHECIMENTO
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Escolas da rede municipal de ensino de Joinville participam da 19ª Feira Municipal de Matemática
Fotos: Emily Milioli
Entre os 85 trabalhos aprovados de todas as unidades escolares que se apresentaram na 19ª Feira Municipal de Matemática (Femma), uma equipe da Escola Municipal Anita Garibaldi chamava a atenção dos visitantes. Com caixas de papelão coloridas que ocupavam o espaço além da mesa expositora, a dupla Eduardo Davi dos Santos e Giovane Henrique Mebs conquistou uma vaga para etapa regional da feira, prevista para acontecer ainda neste mês. Iniciantes no evento, Giovane até disse que foi apenas para se divertir, diferente do que havia comentado, dias atrás, com a professora Meriane Coelho Silveira Otero. “Ele dizia que só queria a medalha”, comenta. Tanto desejou que, ao final do evento, a vibração dos alunos da EM Anita Garibaldi foi ouvida de longe quando o nome da escola foi anunciado entre os 25 trabalhos aprovados para a etapa regional na categoria em que concorriam.
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Com a ideia de fazer um trabalho interdisciplinar, Meriane uniu a arte com a matemática numa combinação que mostrou que as disciplinas têm conteúdo e capacidade de se relacionar entre si. “A ideia é porque a gente sempre trabalha as duas coisas juntas. Você pode trabalhar a arte com outro conteúdo, interligar sempre”, diz a professora. Para ela, a feira é uma oportunidade de compartilhar os projetos desenvolvidos para além da escola. “Os alunos podem perceber que não é só na sala de aula que eles podem trabalhar a matemática.” Também aliando a arte com a matemática, a professora Francine Silveira, da Escola Municipal Anna Maria Harger, expôs – junto com os alunos do quinto ano Juliana Moser, Pedro Miguel Rafael e Pedro Henrique Thevyz Freitas – o projeto “arte e matemática em construção”. Inspirada nos traços e na geometria usados pelo pintor Romero Britto, a professora alinhou o seu gosto pela arte com o gosto dos alunos pela criação. “Uma vez que eles gostam de criar, a gente tem que saber usar isso”, aponta Francine, que acredita que eventos como esse deveriam acontecer com mais frequência. Além disso, para Francisco Austregesilo de Oliveira, diretor da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer, que pela primeira vez sediou o evento, a feira é um espaço para vivência e aprendizado. “Tudo que há de positivo que a gente pode ter na educação, a gente adquire numa feira dessa”, comenta, orgulhoso pelo momento vivido na unidade.
E é por essa experiência que Anny Caroline Lacerda Fernandes, 12, aluna do sétimo ano da Escola Municipal Prefeito Baltasar Buschle, participou do evento pela segunda vez consecutiva. Ao lado de Gabriela Borba, 12, a dupla apresentou o jogo que inclui roleta com o tema de sala de aula: adição e subtração com números positivos e negativos. Apesar de não ter tido o trabalho aprovado para a etapa regional, Anny gostou da experiência adquirida ao longo do dia todo de evento. “É legal, dá pra gente ter mais conhecimento durante a feira. Além da gente exercer e apresentar os nossos, a gente consegue observar dos outros e aprender também”, relata. Visitantes na Femma pela Escola Municipal Professora Lacy Luiza da Cruz Flores, os alunos do sétimo ano Marcos Elias Stipp Domingues, Lucas Eduardo Zimmermann e Guilherme dos Santos Souza acompanhavam a premiação na quadra de esportes e atentos ao ver que a escola em que estudam também passou para a etapa regional. Os meninos até desenvolveram trabalhos para a feira, mas não passaram na seleção feita dentro da unidade escolar. Apesar do resultado, nada impediu o trio de ir buscar conhecimento para, quem sabe, participar de novo no próximo ano. “Eu achei bem interessante a criatividade que eles tiveram para criar os jogos”, comenta Marcos. De acordo com Caroline Michele Brunken, uma das organizadoras do evento, este ano bateu recorde de trabalhos inscritos – mais de 90. Para participar, as escolas se inscrevem por meio de um edital disponibilizado pela Secretaria de Educação.
Exposição da EM Anna Maria Harger
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Anny Fernandes, aluna da EM Prefeito Baltasar Buschle
CONFIANÇA, O SEGREDO DO NEGÓCIO
Alunos e equipe da EM Anita Garibaldi conquistaram vaga para a etapa regional da Femma
Rodeados de abelhas criadas para o cenário, Yohana Lais da Rosa, 5, e Davi Raimondi Ferreira, 6, alunos do segundo período do Centro de Educação Infantil Silvia Regina Cavalheiro, não pareciam nem um pouco tímidos para apresentar o projeto que estudaram junto com a professora Andreia de Oliveira. Com domínio da fala, a dupla parecia ter imergido no mundo das abelhas. E de fato foi. De acordo com a professora, apesar dos dois não estarem na mesma turma, eles se destacaram pela desenvoltura e por saberem falar do tema do jeito que eles conseguiram compreender. “A gente vem desde o início do ano trabalhando com o projeto das abelhas, e o nosso tema, na verdade, era ‘solidariedade e cooperação’, e aproveitamos também para trabalhar com os jogos matemáticos, com a oportunidade de expor na feira”, conta a professora. A ideia de trabalhar abelha e matemática partiu do próprio interesse dos alunos. Com um livro em sala que falava sobre os insetos, a professora resolveu aproveitar essa curiosidade dos alunos para alinhar com os estudos matemáticos. “As abelhas são muito matemáticas e já começa na casinha delas, criada de forma hexagonal. Uma abelha rainha coloca três mil ovos por dia, então, já é uma questão matemática que eles conseguem entender”, explica Andreia. Na exposição, a dupla contou o processo de produção das abelhas até chegar ao mel.
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#RUMOAREGIONAL
Programada para acontecer ainda neste mês de agosto, a etapa regional da 19ª Feira de Matemática das unidades escolares de Joinville conta com 25 trabalhos aprovados, e você confere abaixo os que foram selecionados: CATEGORIA | EDUCAÇÃO ESPECIAL EM Professora Eladir Skibinski – aprendendo com os blocos lógicos
EM Alfredo Germano Henrique Hardt – Matemática aplicada e\ou interrelação com outras disciplinas
CATEGORIA | CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CEI) CEI Sol Nascente (primeiro período) – Não deixe a quantidade crescer! Xô, mosquito! CEI Aventuras de Criança (primeiro período) – As medidas de nossa casa CEI Silva Regina (segundo período) – Abelhas em ação: matemática da produção CEI Cachinhos de ouro (segundo período) – Jogo matemático Sudoku CEI Raios de Sol (segundo período) – Poemas matemáticos
CATEGORIA | QUINTO ANO EM Professora Karin Barkemeyer – Compreendendo o conceito de metro quadrado EM Curt Alvino Monich – Estudar frações pode ser divertido CATEGORIA | SEXTO ANO EM Vereador Arinor Vogelsanger – Gráficos interativos
CATEGORIA | PRIMEIRO ANO EM Prefeito Wittich Freitag – Jogando e aprendendo matemática EM Professora Eladir Skibinski – Dinheiro não é brincadeira
CATEGORIA | SÉTIMO ANO EM Professora Lacy Luiza da Cruz Flores – Desenvolvimento do raciocínio lógico dos números EM Professora Karyn Barkemeyer – A matemática navegando nas tecnologias digitais
CATEGORIA | SEGUNDO ANO EM Professor Aluízius Sehnem – Explorando medidas além da sala de aula EM Professora Eladir Skibinski – Eu, você, nós e a matemática
CATEGORIA | OITAVO ANO EM Governador Pedro Ivo Campos – Planando na matemática EM Prefeito WittichFreitag – Áreas e perímetros: medindo a escola
CATEGORIA | TERCEIRO ANO EM Anita Garibaldi – A beleza da matemática através das cores e geometria EM Professora Zulma do Rosário Miranda – Desenvolvendo a criatividade com os sólidos
CATEGORIA | NONO ANO EM Nelson Miranda Coutinho – A matemática no combate ao tabagismo EM Professora Karin Barkemeyer – Calculando a qualidade de vida EM Professora Virgínia Soares – A matemática aniquilando as armadilhas do EM Governador Pedro Ivo Campos – Cálculo na catapulta
CATEGORIA | QUARTO ANO EM Maria Magdalena Mazzolli | Aprendendo geometria com o tangram
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E quando a medalha não vem de feira, mas vem de prova? Quando teve o seu primeiro contato com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), Rodrigo Vargas Laimer, 13, não perdeu tempo e logo aproveitou sua rotina de estudo para entrar no portal da prova, estudar pelo fórum liberado e tirar as dúvidas com a professora Patrícia Regina Strassburger, durante a sua hora-atividade na escola. “Eu vi que tinha muitos benefícios”, comenta Rodrigo, que agora está no oitavo ano e participa pela terceira vez da prova. Classificado para a segunda fase, coleciona duas medalhas de bronze que ganhou no sexto e, ao lado de mais quatro colegas da escola, comemora as cinco medalhas de bronze conquistadas ao participar da Obmep 2016. Recorde de medalhas na prova realizada no ano passado, a EM Pastor Hans Muller sempre consegue boas colocações na olimpíada. Destaque no município com maior número de medalhistas, a diretora Silvana Ravache diz que o resultado é de um trabalho desenvolvido em conjunto entre escola, aluno e professor. “É o desempenho de muita dedicação deles também e o professor que está em sala de aula trabalhando com eles.”
Para incentivar e melhorar cada vez mais o desempenho dos alunos do sexto ao ensino médio que fazem a prova, as escolas contam com o programa Obmep nas Escolas, que incentiva os estudantes a estudarem tanto para a primeira quanto para a segunda fase da prova. “Eu tenho muita paixão de trabalhar com problemas, eu pego muita coisa da prova para o nosso dia a dia em sala de aula. Eu acho que é bem interessante, até pelo incentivo deles”, comenta a professora Patrícia, que também oferece as aulas no contraturno, com o apoio do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Com a medalha de bronze que conquistou ao participar pela primeira vez da Obmep, Giordano Gossel Mafra, 12, acredita que a bolsa que recebeu ensina a matemática de uma forma diferente. “Os assuntos que a gente aprende na sala, só que de uma maneira mais forte. É mais avançado”, comenta o futuro engenheiro que pretende se aprofundar no campo das exatas. Além do Rodrigo e Giordano, também receberam medalha de bronze pelo resultado da Obmep 2016 os alunos Gabriel Raso Pagotti, 15, Gustavo Lisboa, 13, e Gabriel Barros, 14. No total, 46 escolas da rede municipal do sexto ao nono ano participaram da olimpíada.
E tem professor destaque na Obmep 2016? Tem, sim, senhor! É, parece que o primeiro semestre foi movimentado nas escolas da rede municipal de Joinville com tanta medalha – e logo da disciplina que mais parece temida pelos alunos, não é mesmo? Ao que tudo indica, a matemática anda rompendo tabus e envolvendo cada vez mais os estudantes e, claro, aqueles que também estão no comando da sala de aula. Por isso, veja se você conhece os professores que receberam premiação pelo desempenho na Obmep, resultado de 2016: PREMIAÇÃO: UM TABLET, DIPLOMA E CD COM AS EDIÇÕES DA REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA Gabriela Pedroti | EM Senador Carlos Gomes de Oliveira José Luiz da Veiga | EM Governador Pedro Ivo Campos PREMIAÇÃO: DIPLOMA DE HOMENAGEM E CD COM AS EDIÇÕES DA REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA Juliano Turmina | EM Professora Thereza Mazzoli Hreisemnou Sérgio Okonski | EM Governador Pedro Ivo Campos Adilson Vilson Vieira | EM Pastor Hans Muller João Onofre Forte | EM Professora Anna Maria Harger e EM Vereador Alvino Monich Jucemir da Silva Souza | EM Senador Carlos Gomes de Oliveira Márcia Cristiane Domingues da Silva Luiz | EM Professora Zulma do Rosário Miranda Marilene Dobner Dalmarco | EM Professora Zulma do Rosário Miranda Monica da Silva | EM Prefeito Geraldo Wetzel Patrícia Regina Strassburger | EM Pastor Hans Muller Valdinei Souza da Silva | EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou
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Medalhistas da Obmep 2016
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PROJETO ARTERIS
Desde o ano passado, a EM Amador Aguiar participa dos projetos promovidos pela Arteris
SINAL VERDE PARA O CONHECIMENTO Projeto Escola e Viva Meio Ambiente, da Arteris, alinham o cuidado ao trânsito e o respeito ao meio ambiente em ações dentro das escolas de Joinville
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Se é por meio da educação que se pode mudar o mundo, então, por que não alinhar os conteúdos pedagógicos ensinados em sala de aula com o respeito ao meio ambiente e a conscientização para mudar os altos índices de mortalidade causados por acidentes terrestres e diminuir os efeitos do aquecimento global? Foi pensando desta forma que a Arteris, empresa que administra concessão
de rodovias brasileiras, resolveu levar para dentro de três unidades escolares de Joinville o Projeto Escola e Viva Meio Ambiente. Das 29 escolas localizadas nos trechos sob concessão da Autopista Litoral Sul, três da rede municipal de ensino de Joinville – Amador Aguiar, Professora Virgínia Soares e Paul Harris – recebem formação e material pedagógico relacio-
Fotos: Renata Bomfim
Por Renata Bomfim
nado à humanização no trânsito para alinhar com os conteúdos e projetos trabalhados em sala de aula. Participando pela segunda vez seguida do projeto, a EM Amador Aguiar venceu o concurso deste ano para levar um representante ao 2º Fórum da Juventude pela Segurança no Trânsito, em São Paulo. Ederson Andolfatto, 15, aluno do nono ano, ganhou a votação na escola por 12 votos a 11. Para participar, o estudante escreveu uma redação com sugestões de melhorias no trânsito, com base na pesquisa aplicada na escola sobre “o que nos deixa vulneráveis no trânsito?”.
sobre o que acham importante em relação ao meio ambiente. Feito isso, eu dividi os animais e nós fizemos um resgate aos animais que ficaram escondidos no pátio da escola.”
No total, 16 mil estudantes que participam dos trabalhos desenvolvidos pela Arteris ampliam as suas visões de mundo e os cuidados e respeito no trânsito e com o meio ambiente.
“No Fórum eles mostravam, principalmente, que quem tem que fazer a mudança somos nós mesmos. Não adianta a gente ficar esperando pelos maiores. A gente mesmo faz a diferença”, relembra Ederson, que participou do evento durante quatro dias e ainda teve a chance de viajar de avião pela primeira vez. Para a professora de educação física Taciane Ferreira dos Santos, 24, o projeto serve para alertar sobre a individualidade no trânsito. “Às vezes a gente não pensa muito no outro e por isso é preciso parar e respirar”, aponta. Além de trabalhar o Projeto Escola com os nonos anos, a professora também desenvolveu com os alunos do terceiro ano o cuidado e o respeito ao meio ambiente. “Com os mais novos, eu trabalhei uma brincadeira do resgate aos animais. Eu fiz uma explicação com eles e expliquei a importância dos bichos para o ciclo da vida”, relembra Taciane. “Eu queria saber que animais conheciam e o que mais gostavam. Depois cada um fez um desenho sobre animais que vivem na terra, voam e que vivem no mar. Depois eles fizeram uma frase
HORA DE COLOCAR EM PRÁTICA
Como parte do projeto em desenvolvimento na EM Amador Aguiar, os alunos dos nonos anos se uniram numa ação que foi além dos muros da escola. Como forma de alinhar o projeto Escola e o programa Viva Meio Ambiente, os estudantes criaram frases para sensibilizar os pedestres, ciclistas, motoristas e, em parceria com a Arteris, distribuíram mudas de plantas para quem passou pelo local. Ederson, por exemplo, das três frases que criou, todas foram escolhidas: “Sobre não usar celular no trânsito, por exemplo, eu escrevi ‘esta pode ser a sua última chamada’. Sobre o uso do cinto de segurança, eu coloquei ‘preste atenção: o cinto pode estar abraçando sua vida’ e ao respeito com os pedestres na faixa, eu disse ‘pense você lá.’” A ação contou com o apoio do Instituto de Trânsito e Transporte (Ittran).
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ALERTA NO TRÂNSITO! Segundo a última pesquisa feita pela Associação Brasileira de Prevenção dos Acidentes de Trânsito sobre dados de vítimas que morreram, feito em 2015, o número de acidentes com transportes terrestres contabilizou mais de 37 mil mortes. Por isso, é preciso entender que segurança não é opcional e que, além de zelar pela sua vida, é preciso também cuidar para quem está do nosso lado. Portanto, sabe aquela olhada rápida no celular no carro em movimento? Nada é tão urgente que não possa parar e responder com segurança, não é? E aquele sinal amarelo quase indo para o vermelho? Os segundos acelerando o carro para passar podem ser trocados pelo pé no freio que respeita o sinal e quem está na faixa esperando para atravessar com segurança. Vale ressaltar também que as velocidades nas vias foram feitas para serem respeitadas e, certamente, alguém pensou o motivo de cada rua ter sua velocidade, com base em estudos e no movimento local. Sendo assim, respeite-a. E, claro, aquela máxima de que gentileza gera gentileza serve também enquanto se dirige. Respeite os pedestres, ciclistas, carros e motocicletas para que todos possam sempre chegar com segurança ao seu destino final.
CUIDE DA NATUREZA! A consciência ambiental começa quando você deixa de jogar aquele papel no lixo e o usa como rascunho. Tem continuidade também quando você é o último a sair da casa ou do banheiro e apaga a luz. E ainda está presente quando você guarda aquele papel da bala para descartar de forma correta. São pequenas ações que você faz no seu dia a dia e nem pensa o quanto pode contribuir para o meio ambiente. Para aplicar as atividades, a Arteris distribui material de apoio
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QUANDO FALTA PACIÊNCIA PARA “ERA UMA VEZ”, O VILÃO PODE SE CHAMAR TDAH. Desatenção, inquietude e impulsividade são sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e podem prejudicar o desempenho escolar e a motivação para outras atividades. Informe-se e conscientize.
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Por Renata Bomfim
TABELA PERIÓDICA
E QUEM DISSE QUE
QUÍMICA NÃO PODE VIRAR ARTE?
Alunos dos nonos anos da EM Professora Lacy Luiza da Cruz Flores desenvolveram uma tabela periódica a partir dos estudos de cada elemento químico
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A parede branca do corredor que sobe para as salas dos nonos anos da Escola Municipal Professora Lacy Luiza da Cruz Flores, no bairro Itinga, virou espaço pedagógico com a exposição da tabela periódica desenvolvida pelos alunos, durante as aulas ministradas pela professora Melissa de Freitas Speckhahn, 37, numa união que alinhou ciência e a arte. A inspiração para fazer uma tabela periódica artística veio durante uma pesquisa para saber a melhor forma de apresentar o conteúdo tão temido pelos alunos em sala de aula. “Todo aluno, quando visualiza a tabela, se assusta. É fato. Então, a intenção era fazer com que ele tivesse conhecimento de uma maneira diferenciada”, explica a professora. “Ao
pesquisar, eu comecei a observar que algumas pessoas já tinham feito obras de arte com a tabela periódica.” Ao se deparar com uma produção que uniu 96 artistas de oito países para inovar na hora de mostrar a aplicação de cada elemento dentro da tabela periódica, a professora Melissa não precisou ir muito além para desenvolver o projeto: bastou unir os quatro nonos anos e dividir 30 elementos químicos para cada sala. Foi dada a largada para a criatividade. Quando Melissa comentou em sala sobre a ideia de desenvolver uma tabela periódica gigante, desenhada em PVC com canetas de retroprojetor para ser exposta, o pensamento de Francieli Simones, 14, foi apenas um: “Para que a professora vai inventar
Fotos: Renata Bomfim
isso? Mas eu comecei a fazer, fui me dedicando e ficou muito legal”, confessa. Apesar do desafio dado, como comenta a aluna Nayla Lopes Souza, 15, todos na sala aceitaram. “A sala toda aprendeu junto.” Esse aprendizado, apontado pela Nayla, não foi por causa de um trabalho individual, mas de união entre toda a turma. Se a professora Melissa pudesse classificar as atividades que trabalha em sala de aula, a coletividade, certamente, seria a mais forte. Professora há sete anos na escola, sempre buscou fazer com que os alunos pudessem trabalhar de forma unida. “Todo mundo pesquisou, só que você usava a sua habilidade. Se você sabe desenhar, você vai fazer os desenhos”, conta a professora. Dessa forma, todos tiveram um estudo direto e prático, pelo menos, com 30 elementos representados na tabela periódica. Dentro de cada quadrado de PVC, um elemento químico foi representado de acordo com a sua aplicabilidade. “Agora a gente entende melhor como funciona”, revela Caroline Bertelli de Mello, 14. O que antes parecia algo distante do que se vive no dia a dia, aproximou da realidade dos estudantes, que agora até passaram a analisar os rótulos dos produtos para saber qual elemento da tabela periódica pode ter sido usado. O resultado do projeto deu tão certo que o objetivo da professora Melissa a partir de agora é incluí-lo como atividade para desenvolver com as turmas nos anos seguintes, mas também usar a exposição como
material de estudo para suas outras turmas. “Eu quero mostrar que a química é usada em todos os anos. No sexto ano, por exemplo, nós estamos trabalhando a composição do ar, então, já vimos o carbono, oxigênio... e eu os levei para a frente da tabela periódica para que identificassem os elementos”, comenta. Agora faz ainda mais sentido o orgulho que a aluna Nathália Lais Gomes, 15, sente ao passar pela tabela periódica que ajudou a construir. “Toda vez que a gente sobe a escada, a gente vê a tabela ali e fica feliz.” Como forma de marcar como lembrança a passagem do último ano no ensino fundamental, a ideia é que no final do ano os alunos possam levar para casa o trabalho que fizeram em sala de aula e que desenvolveu ainda mais as habilidades de liderança, espírito cooperativo e coletividade.
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GALERIAS
Professor André e Beatriz
Julia e Larissa
Fotos: Estudio BEND
ESCOLA
EM PREFEITO NILSON WILSON BENDER PARANAGUAMIRIM
Turma da 8º D
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Thayna, Beatriz e Sara
Supervisora e Luan
Jean e Adriano
Alex, Professor Ronaldo e Reinaldo
Supervisora, Emanuelle, Larissa e Sara
Camily e Suzana
Kauã, Diretora e Vanilson
Camili e Maria
Turma do 8º ano
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GALERIAS
Vitor, Jackson, Thiago e Vitor
Jackson, Nicole e Gustavo
Fotos: Estudio BEND
ESCOLA
EM PROFESSORA KARIN BARKEMEYER VILA NOVA
Camila, Steffany, Gabriela e Maria
Gabriel e Gustavo
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Eduardo, Mateus, P rofessora Danielle, Matheus e Supervisora Janes
Pedro Henrique, Rhuan e Gabriel
Beatriz, Dalthon e Lidiane
Wellen, Mariana e Marina
Turma da 9B
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GALERIAS
Erika e Fernanda
Djenyffer, Carlos e Vitรณria
Fotos: Estudio BEND
ESCOLA
EM VEREADOR ARINOR VOGELSANGER VILA NOVA Amanda e Isabelly
Eduarda e Leticia
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Matheus e Ivo
Guilherme e Leonardo
Meninas da turma 9A
Meninos da turma 9A
Turma 9A
Turma 9b
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GALERIAS
Larissa, Jussara e Julia
Diego, Nicolas e Yuri
Fotos: Estudio BEND
ESCOLA
EM PROFESSORA ZULMA DO ROSÁRIO MIRANDA COSTA E SILVA
Turma 8C
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Leonardo, Gabriel, Eduardo e Muriel
Milena, Thamiris e Eduarda
Turma 9C
Mariana, Julia e Gabriela
Estephani, Atalia e Nicolle
Hemily e Mara
Matheus, Gustavo, Tayller e Marcus
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GALERIAS
Emyli, Beatriz e Samar
Bruno e Lucas
Fotos: Estudio BEND
ESCOLA
EM GOVERNADOR PEDRO IVO CAMPOS COSTA E SILVA
Caio, Henrique e Guilherme
40 REVISTA ITS | Ã&#x2030; NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Sthefany, Jamily e Kesia
Giuliana e Sarah
Alice, Adriana e Carla
Matheus, Lucas e Cauã
MAtheus, Leandro e Davi
Ryan, João vitor e Gabriel
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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza
Menos blá, blá, blá e mais ação Estava eu saindo do trabalho, quando de repente caiu aquele pé d’água. Puxa, justo hoje que vim de vestido, rasteira e sem sombrinha! Porque o dia que venho de calça, botinas e boias de braço não chove. Estava eu perdida em meus xingamentos, quando mais que de repente escuto um: - Ôh, moça, você vai para o centro, quer uma carona? Um senhor com mais de 50 anos, em um carro vermelho (não reconheci o modelo), usava óculos de grau, barba grisalha por fazer e tinha um par de bochechas rosadas. Respondi no automático: – Não, não vou para o centro (mentira). Meu marido (marido? Nem namorado eu tenho) vem me buscar (iria de ônibus). Agradeci com um sorriso amarelo e pisquei (não, eu não estava dando mole para o coroa, ele tem idade pra ser meu pai, não gosto de barba e nem de óculos. E por que estou me justificando tanto? Eu não sei a razão da piscada e ponto).
Na longa trajetória de estrada pensei sobre o motivo da oferta. E se ele fosse um pedófilo-tarado-maníaco-psicopata que me ofereceria um doce, me estupraria e jogaria meu corpo no mato? E se ele fosse um sequestrador que me ameaçaria de morte, se minha família não pagasse a fiança? E se ele fosse um foragido e precisasse de uma comparsa? E se ele fosse um fã de longa data que diante da oportunidade se apresentou? E se fosse o tal do amor à primeira vista e nós tivéssemos fugidos juntos? E se ele somente ouviu meus xingamentos, percebeu que eu estava toda ensopada e ofereceu carona, porque ele partiria mesmo para o centro? A vida é repleta de “e se”. E se eu tivesse tentado? E se eu tivesse aceitado? E se eu tivesse questionado? E se eu tivesse gritado? E se eu tivesse passado? E se eu tivesse casado? E se eu tivesse continuado? E se eu tivesse escrito outro texto? Será que você me leria? E se eu tivesse vivido mais e pensado menos? E se…
Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br
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