its Teens Joinville - 64

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Revista its Teens Joinville nº 64 2022 | R$ 13,50



UMA EDIÇÃO ESPECIAL TODO MÊS


editorial

Quem pratica um esporte ou faz uma atividade física sabe que os benefícios de manter o corpo em movimento são muitos: dá mais disposição, melhora a autoestima, promove o bem-estar e, claro, contribui na promoção da saúde. Manter o corpo em movimento é

uma saída inteligente para elevar a imunidade e conseguir reagir melhor quando os invasores externos infectam seu sistema imunológico. Por isso que se você começar sua leitura do mês pela capa, vai saber como o esporte é importante na adolescência, entender os benefícios e como essa prática pode ajudar no seu desempenho escolar. Mas, agora, se você abrir a revista its Teens pela contracapa, vai compreender como o seu corpo lida quando é infectado pela

dengue e os problemas que isso pode causar ao atingir o seu organismo. Além destes temas, na edição de junho você também vai saber como fazer o seu dinheiro render mais e aprender sobre economia inteligente, viajar pela história dos jogos clássicos, entender o que é nomofobia e conhecer mais sobre pobreza menstrual. Aproveite e compartilhe a sua leitura com os colegas da escola, mostre para o seu professor e use os nossos conteúdos no seu apoio pedagógico.

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embaixadores

Alann Raphael Meira de Barros EM Professora Isabel Silveira Machado

Ana Carolina de Oliveira EM Professor Oswaldo Cabral

Brenda Kristyn Müller EM Professor Oswaldo Cabral

Bruna Gabriele Ponciano EM Professor Oswaldo Cabral

Eshily Vitória de Oliveira EM Professor Oswaldo Cabral

Fernanda Santos Tagliati EM Professor Oswaldo Cabral

Fernando Braz Safanelli EM Professora Isabel Silveira Machado

Fernando de Aquino EM Professor Oswaldo Cabral

Gabryely Eduarda Forte EM Professor Oswaldo Cabral

Isabelly C. de Medeiros da Cunha EM Professora Isabel Silveira Machado

Lucas Gabriel Mendonça EM Professor Oswaldo Cabral

Maria Clara Ferreira EM Professor Oswaldo Cabral

Nicolly Fabiane Duarte EM Professora Isabel Silveira Machado

Nicoly Medeiros Ruaro EM Professora Isabel Silveira Machado

Paola Cristine Borges EM Professor Oswaldo Cabral

Victor Salomão da Mota EM Professor Oswaldo Cabral

expediente MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

GABRIEL COSTA HABEYCHE

FABIANO AGUIAR

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

GERENTE MERCADO NACIONAL | PLATAFORMA JOVEM fabiano@ndtv.com.br

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE EXECUTIVO GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING DIRETOR COMERCIAL gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

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A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA RENATA BOMFIM EDITORA-CHEFE renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER

LETÍCIA MARTENDAL ESTAGIÁRIA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

CRISTIAN VIECELI

DIEGO ALMEIDA

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

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FLAVIA BORBA VIEIRA GERENTE COMERCIAL JOINVILLE flavia.vieira@ndtv.com.br

DESIGNER GRÁFICO SUPERVISOR DE DISTRIBUIÇÃO diego.almeida@ndmais.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

ANA ZAHIA JUMA SUPERVISORA COMERCIAL SUL ana.juma@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville


Chegou o Para oferecer mais saúde e bem-estar a você, o Hospital Dona Helena inovou mais uma vez.

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Diretor Técnico: Dr. Bráulio Barbosa – CRM-SC 3379


conteúdo

8-9 DIÁRIO ESCOLAR

7 passos para encontrar a sua própria mina financeira

10-11 PROFISSÃO DO MÊS

Saiba tudo sobre youtuber

12-13 POBREZA MENSTRUAL

Pobreza menstrual, você sabe o que é?

14-15 NOTÍCIAS DAS ESCOLAS 16-17 NATUREZA

O que humanos e animais silvestres têm em comum?

18-23 CAPA

Golpe certo

24 DIVERSÃO

Sudoku: teste o seu raciocínio!

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26-27 CULTURA POP 28-29 WI-FI

Vício em celular? Faça o teste e veja seu nível

30-31 BLOCO DE NOTAS

Por que a dengue mata?

32 SPOILER 34-35 EU, REPÓRTER NA ITS

Nós somos “Oswaldo Cabral”!

36-41 GALERIAS 42 SAIDEIRA



diário escolar

7 passos para encontrar a sua própria Lucas Inácio Dinheiro, money, grana, bufunfa – ninguém mais fala bufunfa, né?! Enfim, sinônimos não faltam para esta ferramenta que move o mundo na forma como o conhecemos. Para muitos é um objetivo; para outros, um meio; mas para a maioria é uma necessidade – e saber como lidar com ele é algo que pode fazer toda a diferença.

Então, que tal seguir os sete passos que podem ajudar você a encontrar a sua própria mina financeira? Vamos trazer algumas dicas que podem ajudar a pensar e administrar suas finanças para, quem sabe, ter uma relação mais leve com o dinheiro.

1. Organize-se

Nem todos gostam muito dela, mas a matemática é nossa amiga e, quando a gente fala sobre dinheiro, isso fica mais evidente. Fazer contas é essencial para quem quer ganhar um troco, então

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aproveite que nessa prova pode usar calculadora. Primeiro, pense em quanto você ganha. Depois, em quanto você gasta. Coloque no papel ou em planilhas e anote tudo. Nesse caso, a conta só fecha se você recebe mais do que gasta, o que em finanças se chama de superávit. É importante ter isso em mente!

3. Economize, mas…

Economizar não é simplesmente cortar custos, é pensar quais deles valem a pena reduzir. Para além das necessidades básicas, essa não é uma resposta tão simples, você precisa avaliar caso a caso. Por exemplo, uma ida ao cinema pode sair caro, mas todos precisamos de lazer para viver. Algumas coisas que as pessoas chamam de “gastos” são investimentos em nós mesmos. É o que vai te dar saúde e disposição para viver melhor.

2. Aprenda a economizar

Já que buscamos o superávit, temos que ganhar mais do que gastar, e o primeiro passo para isso é economizar. Depois de colocar seus gastos um a um no papel, avalie onde você está gastando em excesso: “quais deles eu não precisava ou poderia ter conseguido mais barato?”. Mas só avaliar não basta, você tem que ser proativo e agir para reduzir esses custos. Alguns hábitos vão ter que mudar. Nem sempre é fácil, mas quanto antes melhor.


7. Estudo é investimento

“OK, aprendi a economizar, estou ganhando uma graninha fazendo meus corres, e agora? O que fazer com esse dinheiro?” Faça um investimento. Uma questão importante é: dinheiro parado perde valor. Isso acontece porque a tendência é que tudo fique mais caro com o tempo, baseado na inflação. E, se sua grana ficar parada num cofrinho durante um ano, você está perdendo dinheiro. Há várias formas de investimento financeiro que podem ajudar bastante a fazer esse dinheiro render, mesmo você

4. Aumente seus ganhos

As realidades de cada pessoa são diferentes e as questões são bem mais profundas do que podemos tratar por aqui. Vamos focar no dinheiro mesmo e pensar: qual sua fonte de renda? Há quem receba dos pais e tem quem precise trabalhar desde cedo, mas o objetivo continua sendo: ganhar mais do que gastar. Trabalhar é importante até para desenvolver mais responsabilidades, mas não é (ou não deveria ser) a prioridade de

Por fim, a dica mais importante de toda essa matéria: estude! O estudo é o melhor investimento possível, não é um custo. Priorize a escola e dê o máximo que você conseguir para ser um bom aluno e aproveitar tudo que ela oferece. Além de ser um ambiente muito legal de se viver, a escola proporciona ensinamentos incríveis. Pessoas com mais estudo tendem a ter melhores salários e melhor qualidade de vida. não utilizando – e é aí que Se o investimento começa o “pulo do gato”! tem a ver com Você pode fazer muita visar o lucro coisa, mas, novamente, no futuro, o precisa avaliar a situação: estudo é o quais são seus objetivos? maior deles. Quanto tempo você pode

6. Invista

deixar o dinheiro guardado? Vai precisar mexer nele? Dependendo das respostas, um determinado tipo de investimento pode se adequar melhor.

crianças e adolescentes. Então, se precisar, busque trabalhos que não atrapalhem seus estudos, como o programa Jovem Aprendiz, ou durante as férias escolares. Você também pode ensinar outros alunos dando aula de reforço escolar, trabalhar pela internet e meios digitais que abrem algumas possibilidades ou fazer comidinhas para vender na rua, como doces, quitutes ou até mesmo salgados. Para quem gosta de moda, dá para estilizar umas roupas e revender, bijus, maquiagem, entre outras.

5. Informe-se e acompanhe

O que não falta são várias pessoas falando de economia na internet. O público-alvo, em sua maioria, é o adulto, mas tem bastante conteúdo disponível que é acessível para adolescentes.

Importante é começar a entender todo esse economês que parece difícil no começo, mas depois deslancha. E se enturmar com os termos é importante. Se tiver dificuldade, peça ajuda para seus pais, tios ou professores que entendam do ramo.

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profissão do mês

eo s e õ ç n u f , a i d Conheça o dia a ara trabalhar p que você precisa l no universo digita Renata Bomfim

Para se tornar um youtuber é preciso entender que existem várias etapas antes de subir um conteúdo na plataforma mais popular de vídeos do mundo. Estar no universo digital e criar conteúdo para o YouTube como profissão requer disciplina, planejamento e organização. Se você se interessa por esta área, nossa convidada do mês é a Izabela de Souza Santana, mais conhecida como Bella Sant, ex-aluna da Rede Municipal de Ensino de Joinville, que soma mais de um milhão de seguidores em seus dois canais no YouTube e segue carreira na área.

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Izabela de Souza Santana

Escola Municipal Doutor Abdon Baptista


its Teens Como é sua rotina como youtuber?

Bella: Eu resolvi abrir o meu canal no YouTube em 2014, porque, na época, o meu namorado fazia vídeos de cover, música, vlogs e, quando a gente começou a namorar, o público dele teve interesse em me acompanhar. Na época, eu trabalhava em uma loja de cosméticos e eu sempre estava maquiada, com batons fortes, e o pessoal perguntava de onde era, pedia dicas e eu comecei a fazer. Eu falo que caí de paraquedas no YouTube, porque não tinha a intenção de começar. Eu sempre quis ter um blog, mas nunca tinha pensado em gravar.

its Teens O que faz um youtuber?

Bella: Basicamente, faz vídeos para o YouTube. Nós criamos conteúdo e existem vários segmentos. No meu caso é mais lifestyle, mas tem de gamer, beleza… Tem muitos segmentos no YouTube e você pode explorar várias coisas que você gosta: música, jogos, livros. Então é muito legal isso no YouTube, que tem público para tudo.

its Teens Quais funções fazem parte desta profissão? Bella: Edição, toda a criação do conteúdo também. A gente faz um roteiro, tem pesquisa de público: o que gosta, o que está dando mais engajamento. A gente tem essa pesquisa para atrair mais público, essa análise de qual capa fica mais legal, qual título chama a atenção, o que o público está gostando. É muito mais que só postar o vídeo, tem toda uma estrutura por trás. Além de que quando ser youtuber vira uma profissão, também tem toda a parte que você precisa emitir nota fiscal, declarar imposto, tem toda a questão de negociação com publicidade.

Qual (ou quais) tema(s) você aborda no seu canal?

Bella: Eu tenho dois canais no YouTube. Em um deles eu falo sobre ASMR, que é uma técnica de relaxamento. Eu o descobri por conta da ansiedade, porque ele acalma. E tenho o outro canal que abordo a minha vida, faço vlogs do dia a dia, falo sobre a minha casa, meu casamento.

its Teens Como é trabalhar com a internet?

Bella: Eu amo trabalhar com a internet. Eu já estou há oito anos com o YouTube e as minhas redes sociais. É muito gratificante ter o retorno do público, saber que a gente pode ajudar outras pessoas, que elas se identificam com você. Essa é uma das melhores partes: ter esse retorno, esse carinho. Você encontrar alguém na rua, saber que o seu vídeo ajudou, que o seu vídeo fez bem para ela, ou saber que um simples stories no Instagram de bom dia ajuda, anima. Mas também tem umas partes difíceis, como em toda profissão. Quando você está exposto na internet, você está aberto ao julgamento, à crítica. Só essa parte que é mais difícil de lidar, mas a gente vai aprendendo com o tempo também.

its Teens Qual conselho você dá para quem deseja seguir neste caminho?

Bella: Comece agora e não deixe o medo e a vergonha te atrapalharem nesta jornada, porque a gente vai ter vergonha, sim. Nos meus primeiros vídeos, eu mal conseguia falar, mas com o tempo a gente vai aprendendo, vai evoluindo e vai com medo mesmo. Se você tem essa vontade, não deixe o medo do julgamento e a vergonha te atrapalhar, porque é algo muito bom: siga seu sonho, seja você mesmo, coloque amor, planejamento, constância que você vai muito longe. Eu acho que é importante falar também que muita gente espera o momento perfeito para começar no YouTube: ter uma câmera boa, um equipamento bom, mas não precisa. Começa com o que você tem agora e com o tempo você vai evoluindo.

its Teens Quais são os pontos positivos de ser uma youtuber? Bella: Esse retorno que você tem das pessoas, esse carinho, essa gratidão, e todo esse feedback de saber que você pode ajudar outras pessoas com a sua história, o seu trabalho. Todo esse retorno é muito gratificante. Para mim, acho que essa é a parte que mais me motiva e, claro, que também essa questão de você trabalhar de casa, fazer o seu horário é muito bom também.

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Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

its Teens Quando você resolveu abrir um canal no YouTube?

Bella: Na parte da minha rotina, eu também trabalho com publicidades no meu Instagram. Eu faço os conteúdos tanto para o Instagram quanto para o meu canal. Eu tenho dois canais no YouTube, então, tenho dias na semana que eu deixo só para gravar, no outro dia eu edito e deixo agendado os vídeos para serem postados. Então, geralmente, na semana, eu tiro dois dias para gravação, depois é edição e postagem, isso intercalando com a criação de conteúdo no Instagram que, às vezes, tem reels, ou eu tenho que visitar uma loja e fazer trabalhos fora também. Uma das vantagens do YouTube é ser muito flexível: tem gente que gosta de trabalhar de madrugada. Mas também tem que ter muita disciplina, porque trabalhar sozinho, por conta própria, é um pouco mais difícil para entregar os resultados. Tem que ter essa disciplina para ter constância em publicação de vídeos e planejamentos também.

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pobreza menstrual

POBREZA MENSTRUAL VOCÊ SABE O QUE É?

Veja como a falta de acesso a recursos básicos de higiene menstrual coloca a saúde de meninas em risco e influencia na evasão escolar

O quecovnotrcêar vai en aqui: por

O QUE É POBREZA MENSTRUAL.

DADOS INFORMATIVOS SOBRE POBREZA MENSTRUAL.

PROJETO DE ALUNAS MOBILIZA COMUNIDADE ESCOLAR PARA ARRECADAÇÃO DE ABSORVENTES DESCARTÁVEIS.

Renata Bomfim Tempo de leitura: 5 minutos Você já deve ter ouvido falar sobre pobreza menstrual e, por falta de conhecimento, não tenha se aprofundado sobre o tema – que ainda é um tabu na sociedade. Mas o assunto é discutido em todo o país e mobiliza diversas ações dentro das escolas, principalmente porque um dos grandes problemas causados pela pobreza menstrual tem relação com a evasão escolar – nos casos de meninas que vivem em situação de vulnerabilidade social. O acesso à higiene menstrual é assunto de saúde pública e de direitos humanos, reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que estima que uma entre dez meninas faltam às aulas por não ter condições de comprar absorvente descartável – um dos itens básicos de higiene – e limitam todo o seu desenvolvimento estudantil. No relatório de 2020 feito pela ONU, cerca de 10% das estudantes não frequentam a escola no período menstrual. Os motivos variam de falta de acesso a recursos básicos de higiene, questões estruturais que envolvem saneamento básico a conhecimento sobre o tema. Além disso, a menstruação no início, por ainda ser irregular, pode vir em momentos inesperados e isso se tornar motivo de piada entre os colegas da turma – o que pode deixar a aluna constrangida – podendo causar impactos psicológicos. Como foi o caso da estudante Thifany

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Cristini Torres, 13, aluna do oitavo ano na Escola Municipal Pauline Parucker. “Eu acabei menstruando em sala. Quando cheguei ao banheiro, não tinha absorvente, voltei para sala, os meninos começaram a rir, porque tinha vazado na roupa”, relembra. Para trazer o tema para dentro do espaço escolar, Thifany se uniu a Vitória Castoldi Hoepers, 13, e a Isabelly Christanek Dulovino, 14, e juntas desenvolveram uma iniciativa que disponibiliza absorventes descartáveis em cestinhas nos banheiros da unidade, com frases que contribuem para o desenvolvimento da autoestima das estudantes. O movimento, que começou neste ano, tem se sustentado por doações feitas por toda a comunidade escolar. “A gente fez o movimento de você pegar quando precisa, mas de colocar quando tiver um sobrando. E a gente observou que as cestinhas estão cheias, então, as meninas aderiram”, relata Rafaella de Sá Moreira Botelho, diretora da unidade. Para despertar a consciência de todos os estudantes sobre o assunto, as alunas, acompanhadas da diretora, visitaram as salas de primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental para falar sobre questões de saúde da mulher. “A gente

entende que precisa quebrar esse tabu. Não tivemos problema com ninguém, todo mundo abraçou a causa, inclusive crianças do primeiro ao quinto, que a maioria não menstrua, ficou interessada”, comenta a diretora.


ALÉM DO ABSORVENTE A menstruação não costuma ser um assunto discutido facilmente nas rodinhas de conversa ou amplamente discutido nos espaços escolares. A questão é que essa falta de informação, além de gerar preconceito, ainda vira um problema sobre a saúde da mulher que, por vergonha, deixa de ir ao ginecologista e de ter conhecimento sobre o seu próprio corpo – o que se torna preocupante para a sua própria saúde reprodutiva. Além da falta de acesso básico de higiene, veja como a pobreza menstrual afeta o dia a dia de meninas e mulheres que estão com o ciclo ativo. Na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, a média de idade para a primeira menstruação, em meninas brasileiras, é de 13 anos. A primeira experiência menstrual deve acontecer entre

11 e 15

anos, sendo o início dela na vida de meninas ainda no Ensino Fundamental.

A pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostrou que 6,5 milhões de mulheres não frequentam ginecologistaobstetra, sendo que 4 milhões nunca passaram por uma única consulta. No mundo, 1 entre 10 meninas não vai à escola no período menstrual, de acordo com a ONU.

Foto: Renata Bomfim

A falta de acesso a recursos mínimos de higiene pessoal no período menstrual pode afetar a saúde da mulher com desenvolvimento de infecções, alergias, irritações, além de questões emocionais que podem ser desenvolvidas por conta da pobreza menstrual. Isso tudo quem diz é o próprio relatório da Unicef.

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notícias das escolas

Rede Municipal de Ensino de Joinville marca presença na 18ª Feira do Livro de Joinville Em 8 de junho, o secretário de Educação Diego Calegari realizou uma palestra sobre educação e leitura. Um pouco antes, os alunos do Programa Música na Escola do CEI Esperança estrearam no palco com uma apresentação de coral, sob a regência da professora Aline Bispo. No mesmo dia, a Escola Municipal Profª Lacy Luiza da Cruz Flores também levou sua fanfarra

Aluna premiada pela Academia Joinvilense de Letras

Foto: Nilson Bastian/Divulgação

A Feira do Livro de Joinville ainda rendeu premiações: a aluna Beatriz Cercal Cachoeira, do 9⁰ ano da Escola Municipal Professora Virginia Soares, ficou com o 3⁰ lugar no Concurso Literário Carlos Adauto Vieira, realizado pela Academia Joinvilense de Letras (AJL). Beatriz recebeu o prêmio pelo conto “Joinville Renasce”, produção textual realizada sob a orientação da professora Carol Bittencourt. A estudante recebeu homenagens dos acadêmicos, medalha, certificado e uma premiação em dinheiro de R$ 100.

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e seu corpo coreográfico para tocar pelos corredores do evento. Os professores da rede também se destacaram. O professor Alberto Neto lançou “Memórias de Amor e Luta”, com sessão de autógrafos; e a professora Vanda Nascimento também apresentou sua obra, o livro de poemas “O sol e o ser”, na Praça de Autógrafos da Feira de Joinville.

Foto: Nilson Bastian/Divulgação

A Feira do Livro de Joinville ocorreu entre 3 e 12 de junho, e a Secretaria de Educação de Joinville marcou presença de diversas formas. Mais de 70 turmas de estudantes dos Centros de Educação Infantil e das escolas da Rede Municipal de Ensino passearam pelos corredores cheios de livros do Expocentro Edmundo Doubrawa, assistiram às palestras e bateram papo com autores como André Neves e Kalunga, e puderam viver experiências diferentes. Quando as portas do Expocentro Edmundo Doubrawa foram abertas, no primeiro dia, foi a fanfarra da Escola Municipal Prefeito Geraldo Wetzel, sob a regência do professor Dido, que recepcionou os primeiros visitantes. Em 4 de junho, os alunos da Escola Municipal Nelson de Miranda Coutinho realizaram uma homenagem a escritores nacionais e locais ao recitarem poemas de autores como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Cora Coralina e Else Sant’Anna Brum. A apresentação foi organizada pelo professor de atividades complementares Itamar Rodrigues Oliveira.

Gestores participam de encontro com coordenador do Movimento Profissão Docente No início de junho, os gestores dos Centros de Educação Infantil e das escolas da Rede Municipal de Joinville se encontraram com o coordenador-geral do Movimento Profissão Docente, Haroldo Corrêa Rocha, movimento criado para atuar pela valorização dos professores, com um olhar sobre a trajetória deste profissional do momento em que decide qual faculdade irá cursar até a aposentadoria. Entre os assuntos levantados pelo pesquisador estavam a importância do desenvolvimento de habilidades de liderança dos professores e o papel fundamental do gestor escolar; os novos modelos de planos de carreira; as possibilidades de reconhecimento e valorização; e os caminhos reais para o desenvolvimento profissional dos docentes. Após a palestra de Haroldo Rocha, o secretário de educação de Joinville informou aos gestores quais são as ações em planejamento e em execução focados nos docentes. A lista contempla apoio à formação inicial e um programa mais robusto de estágio curricular; rede de aprendizagem colaborativa; e um programa focado na saúde e no bem-estar do servidor.


CONHEÇA JOINVILLE: Parque das Águas e Cidadela Cultural

“Cuida do jardim pra mim, deixa a terra florescer”. A mensagem veio em forma de música pelas crianças do CEI Débora Paloma, que apresentaram a canção “Filhote do Filhote” no Seminário de Educação Ambiental da Secretaria de Educação de Joinville, que ocorreu em 3 de junho. O evento, batizado de “Nós Somos a Natureza”, tinha como objetivo o compartilhamento de vivências e informações para educar e conscientizar sobre a conservação do meio ambiente e para hábitos de vida mais saudáveis. O seminário recebeu a palestra “Experiências e possibilidades da Educação Ambiental nas Escolas”, com a doutora em educação ambiental Narjara Mendes Garcia, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A professora Sirlei Nass, da Escola Municipal Gov. Pedro Ivo Campos, também levou seu depoimento para falar sobre as atividades desenvolvidas na Horta Pedagógica em parceria com a professora Wanda Morghetti. As gestoras Jaqueline Tomaz e Solange da Silva Nunes, do CEI Professora Felícia Cardoso Vieira, apresentaram o projeto institucional “Jardim do Mel: um ZumZum que Poliniza a Vida”, que é realizado desde 2019 na unidade. O evento ainda teve a performance da professora Silvane Silva e dos alunos da Escola Municipal Prefeito Max Colin. Silvane contou a história do livro “A Última Flor Amarela”, de Caulos, e seus alunos listaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Ao fim, as professoras Jacqueline Koch, Aline Cristina Araujo dos Santos Bispo e Taise de Carvalho Maia e o parceiro da comunidade escolar Nélio Florêncio deixaram mais uma mensagem por meio da música: “E eu não sou ninguém sem você/ E eu não sou ninguém, sem nós dois/ E eu não sou ninguém sem alguém do lado/ Sem humanidade o mundo está acabado”.

serviço

Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

PROFESSORES E ALUNOS APRESENTAM LIÇÕES DE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Na rua Quinze de Novembro, há um espaço de lazer chamado de Parque das Águas. A estrutura foi inaugurada em 2012 e no ano passado passou por revitalização. Ela conta com um playground infantil e um “parcão” para os cachorros. Também há uma grande fonte onde crianças pequenas costumam entrar para molhar os pés nos dias de calor. O Parque das Águas também tem gramados convidativos para fazer piquenique sob as árvores — os mais aventureiros aproveitam os troncos para prender uma fita e praticar slackline. O local recebeu este nome porque fica bem em frente ao Morro Alto, terreno que abriga os poços artesianos de onde era retirada água para produzir cerveja em Joinville, algumas delas de marcas bem famosas. Não é à toa que, ao lado do parque, está localizada a Cidadela Cultural, um antigo complexo industrial de produção cervejeira. Ali, atualmente, artistas de Joinville promovem eventos em galpões que foram restaurados. Há o Galpão da Associação Joinvilense de Teatro (Ajote), onde são apresentados espetáculos de teatro, dança e música, geralmente a preços populares ou até mesmo gratuitos. Os artistas visuais também são responsáveis por um dos galpões, onde fazem suas reuniões e recebem o público para exposições. Além disso, caminhar pelo local é presenciar a história viva de Joinville. No terreno onde atualmente está a Cidadela Cultural viviam Alfred Tiede e Mathilde Brand, alemães que chegaram à Colônia Dona Francisca em 1881. Alguns anos depois, Alfred começou a produção cervejeira, transformou a casa em fábrica e deu início a uma tradição naquele endereço que durou mais de um século.

Endereço: rua Quinze de Novembro, 1500, América. Horário de funcionamento: o Parque das Águas está sempre aberto. A programação da Cidadela Cultural pode ser acessada nos sites teatroemjoinville.com.br e no @aaplaj.

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natureza

Além de seres vivos, tanto humanos quanto animais silvestres são importantes para o equilíbrio da natureza

O quecovnotrcêar vai en aqui: por

RELAÇÃO ENTRE SERES HUMANOS E ANIMAIS SILVESTRES. CONHECER O PROJETO DO CEI DOCE INFÂNCIA QUE CONVIVE COM ESQUILOS AO REDOR DA UNIDADE. IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DOS ANIMAIS SILVESTRES NO SEU HÁBITAT. Renata Bomfim Tempo de leitura: 6 minutos

Todo ser humano pertence a uma família, saboreia os alimentos oferecidos pela natureza, necessita do oxigênio produzido por ela para respirar e, principalmente, tem uma anatomia singular. Mas isso não é privilégio de um determinado grupo – e será que você já parou para pensar que todos esses fatores também fazem parte da vida dos animais silvestres? Eles são parte fundamental dessa cadeia e importantes para o equilíbrio da natureza. Ter o conhecimento mínimo sobre a relação de espaço dos seres humanos e animais silvestres, além de garantir a reprodução e o desenvolvimento da espécie, também estimula a consciência de que não estamos sozinhos no mundo, temos necessidades biológicas e podemos partilhar o mesmo ambiente sem interferência.

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Ao menos foi assim que as crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) Doce Infância aprenderam com o projeto “Eu, o CEI e os esquilinhos”. Moradores da nossa Mata Atlântica, os esquilos estão mais próximos da nossa realidade do que se pode imaginar: na pesquisa de campo feita para o projeto do CEI, em 13 bairros de Joinville, moradores alegaram terem visto a presença desses roedores. Em 2020, foi a primeira vez que eles resolveram dar o ar da graça na unidade – já que estava fechada por questões sanitárias da Covid-19 – e encontraram o lugar perfeito para fazer morada: árvores para viver na toca e frutas e sementes para se alimentar. Com o retorno do ensino presencial, o convívio dos esquilos na unidade desper-

tou a curiosidade das crianças – já que era algo visto por eles apenas nos desenhos e filmes animados. “Quando chegaram, eles queriam explorar e a natureza traz um encantamento”, comenta a professora Andrezza Azevedo, responsável pelo projeto, que aproveitou a presença do animal silvestre para trabalhar com a turma do segundo período os direitos de aprendizagem na Educação Infantil. Assim como cada ser humano, os esquilos que vivem no entorno do CEI Doce Infância possuem um nome próprio: eles são conhecidos como Alvin e Brittany.


Fotos: CEI Doce Infância/Divulgação

CADA UM NO SEU QUADRADO

Diferente dos animais domésticos, os silvestres podem apresentar riscos e serem transmissores de doenças quando estão fora do seu hábitat. Ainda que pareçam fofinhos, cada animal tem seu espaço de vivência – e respeitá-lo garante a segurança e a saúde dele e a dos humanos. Em seu hábitat, o animal silvestre tem a alimentação apropriada, a natureza como sua morada e a reprodução da espécie garantida, além de conviver com outros animais. Dessa forma, “cada um no seu quadrado”, respeitamos o meio ambiente e o equilíbrio da nossa cadeia e o nosso ecossistema agradece.

Os dois passaram a ser o objeto de estudo das crianças, que se tornaram pesquisadoras do seu próprio processo de aprendizagem e vivenciaram experiências de forma interdisciplinar. “A curiosidade natural da criança, quando tem a intervenção da professora, se expande demais”, destaca a diretora da unidade, Simone Policarpo. Com os animais silvestres identificados, durante três meses o Centro de Pesquisa criado na unidade pela professora Andrezza teve a presença da doutora Nara, personagem desenvolvida por ela para orientar as pesquisas e os materiais de uso

científico – como binóculos e caneta microscópica – além de uso de ferramentas manuais e tecnológicas para iniciar o processo investigativo. “Esse mundo da criança é encantado, porque eles entram no mundo de faz de conta”, diz a diretora. “Isso revela o encantamento da Educação Infantil que entrou no mundo da fantasia com a professora sendo bióloga.” Presentes na natureza e com pouco ou zero contato com os humanos, os animais silvestres são importantes porque são dispersores de sementes, o que contribui no plantio de novas árvores, além de manter a espécie sempre em reprodução. Nas atividades desenvolvidas no CEI, o estudo prático e lúdico respeitou a alimentação

natural e os limites necessários para o convívio entre os esquilos e os seres humanos. “Ele (esquilo) não some, fica observando a gente. E eu vejo que isso tudo foi a questão de respeitar esse espaço dele”, acredita a diretora. O que poderia ser apenas uma simples presença de um animal com cerca de 20 centímetros de comprimento ao redor da unidade, pelo olhar pedagógico de Andrezza foi muito mais. No projeto “Eu, o CEI e os esquilinhos”, desenvolveu habilidades e competências por meio de brincadeiras, experiências, participação e criatividade. Para a professora, os esquilos não estimularam apenas os recursos de ensino, mas uma aprendizagem necessária dentro e fora do espaço educativo: “Precisamos uns dos outros”, conclui a educadora. ndmais.com.br/revista-its-teens // its Teens

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Foto: Leve Fotografia com Propósito

Renata Bomfim Tempo de leitura: 9 minutos

O quecovnoctrêar vai en aqui: por Benefícios de praticar esporte com regularidade. Alunos destaques da Rede Municipal de Ensino de Joinville em diferentes modalidades esportivas. Motivos para começar a praticar um esporte ainda na adolescência.

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uem pratica esporte ou atividade física com regularidade, além de integrar corpo e mente, ainda promove uma série de benefícios para a saúde. Seja por diversão ou profissão, quem costuma manter o corpo em movimento está sempre em primeiro lugar no pódio de hábitos saudáveis. No combo do equilíbrio físico, social e intelectual, quem pratica qualquer esporte tem mais conhecimento sobre seu corpo, amplia sua rede de amizades e tem mais facilidade no processo de aprendizagem – seja ele dentro ou fora da escola. E o esporte na adolescência desempenha um papel fundamental no combate ao sedentarismo, já que os dados sobre a falta de atividade física nessa fase são bem preocupantes. Veja só: em 2019, um ano antes da pandemia causada pela Covid-19, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um estudo feito com estudantes de 11 a 17 anos sobre o tema. O resultado? No mundo todo, 80% dos adolescentes não cumpriam a recomendação de praticar, pelo menos, 60 minutos de atividade física por dia.

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Mas na contramão desses números, há sempre exceções. Na Escola Municipal Professora Maria Regina Leal, por exemplo, a aluna do oitavo ano Gabrielli Moraes Alves, 13, tem sido motivo de inspiração. Integrante da seleção brasileira de karatê, desde os nove anos o esporte é uma realidade diária na vida da atleta. Com aulas na modalidade oferecidas gratuitamente na escola, há quatro anos Gabrielli acumula participações em mais de 50 campeonatos (no Brasil e no mundo) e medalhas que se somam a cada evento esportivo. Com uma rotina intensa de treinos e estudos, a jovem prova que esporte e educação são parceiros e que o resultado de um reflete no bom desempenho do outro. Como? Mais concentração, foco na atividade e maior controle emocional. Ferramenta do processo de aprendizagem, o esporte pode contribuir para a melhora das notas em sala de aula. Isso porque ele é um aliado do processo de ensino e desenvolve habilidades motoras e cognitivas, além de promover bem-estar – e tudo isso se soma para melhor compreensão dos assuntos ensinados pelos professores. Para Gabrielli, o esporte vai além disso. “Qualquer problema que você tenha, o esporte te ajuda.” Com uma caminhada ativa no meio esportivo, Gabrielli já fez aulas de dança, capoeira e praticou iatismo. Mas foi nas aulas de karatê, na escola onde estuda, que Leandro Colonetti, professor voluntário na unidade e técnico da seleção de karatê de Joinville, viu seu potencial na modalidade. “Eu sempre digo que ela já nasceu com o dom para isso”, comenta Colonetti. “Desde o início, ela já se destacava. Quando estava na faixa branca/ amarela, já ganhava competições de faixa verde e já tinha uns resultados bem consideráveis.” Como atleta da delegação brasileira de karatê, Gabrielli já subiu ao lugar mais alto do pódio representando o Brasil na sua modalidade: em abril deste ano, no Equador, a jovem foi campeã sul-americana de karatê, na categoria sub-14 e -42 kg. Ao pisar no tatame em cada competição, a aluna assume um compromisso com ela mesma. “Independente de ganhar ou perder, eu sempre penso em fazer o meu melhor.”

Envolver-se com uma atividade esportiva ainda na adolescência, qualquer que seja a modalidade, além de contribuir para uma vida ativa e saudável, ajuda no combate à ansiedade, ao estresse, à depressão e a outros males. No relatório Situação Mundial da Infância 2021, o resultado é alarmante: de acordo com o levantamento, jovens entre 10 e 19 anos de idade, aqui no Brasil, estão expostos a desenvolver transtornos mentais. Para ajudar na resolução deste desafio, a escola cumpre o papel essencial de oferecer diferentes práticas esportivas, estimulando o desenvolvimento integral do estudante fora da sala de aula também. Nas escolas municipais, por exemplo, o programa “Movimenta Joinville: Iniciação Desportiva” oferece aulas de atletismo, badminton, futsal, handebol, judô, karatê, taekwondo, voleibol, basquetebol, ginástica rítmica, entre outras. O programa – uma parceria da Prefeitura Municipal de Joinville e Secretaria de Esporte (Sesporte) – tem como objetivo oferecer atividades físicas de cunho social, no contraturno escolar, de modo que o público-alvo se sinta valorizado e respeitado, inserido em grupo com base em disciplina, união, amizade e respeito ao próximo.


Fotos: Leve Fotografia com Propósito

Foto: Fisheye Photography Foto: Foco Radical

Irmãos do mar

O estímulo para participação em esportes de diversas modalidades, ainda na adolescência, depende da interação e interesse da criança com a modalidade e também do apoio e da participação da família, fatores imprescindíveis para o bom resultado em quadra ou no mar. Além de Gabrielli Moraes Alves, que tem escrito seu nome nos tatames com o karatê, a família Trancoso tem dado seu sobrenome e feito história nos pódios dos campeonatos de águas abertas. Com apenas cinco anos de idade, Henrique Trancoso, aluno do Centro de Educação Infantil (CEI) Peter Pan, é o mais novo competidor da história a vencer a competição Troféu Ana Marcela Cunha, dentro da sua categoria. Junto com Henrique, sua irmã Beatriz Trancoso, 12, aluna da Escola Municipal Pastor Hans Muller, também tem ganhado destaque nos campeonatos aquáticos de que participa, conquistando o primeiro lugar. Só neste primeiro semestre de 2022, os irmãos somam juntos 19 subidas aos pódios, sendo 12 de Beatriz e sete do pequeno Henrique. Ativo no esporte desde a adolescência, Diogo Alexandre Trancoso, pai dos irmãos Trancoso, diz que os filhos são sua companhia no mar desde pequenos. “Eu sou surfista atualmente, também faço natação e academia, e os dois surfam comigo, a Beatriz desde os oito anos e o Henrique desde os quatro anos de idade.”

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Construir uma rotina saudável não é uma missão simples, mas com paciência e constância os efeitos positivos da prática esportiva, quando feita com regularidade, podem refletir na saúde do corpo e da mente. Se você ainda não teve coragem de dar o primeiro passo para esta mudança, separamos quatro motivos que podem lhe fazer repensar os seus hábitos e começar a praticar um esporte ainda na adolescência.

Melhora da autoestima

Toda vez que você pratica um esporte ou uma atividade física, seu corpo aumenta a produção de uma série de hormônios que ajudam a promover aquela sensação gostosa de bem-estar – e isso vai refletir diretamente na sua autoestima, pois vai ajudar você a ter mais consciência sobre o seu corpo, que começa a apresentar mudança física, inclusive mais condicionamento.

Aumento da qualidade de vida

A prática de atividade física regular manda para longe os problemas de saúde que podem ser causados pelo excesso de peso, doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose, trombose e outros males.

Descoberta de novas habilidades

Criar uma identificação com o esporte escolhido contribui para que o processo seja mais prazeroso e faz com que a prática se torne um hábito. Isso porque quando algo é feito por escolha própria, você se torna o responsável pelos seus resultados e se dedica a fazer o seu melhor na escolha da sua prática esportiva.

Diminuição da ansiedade

Com o esporte, você conhece novas pessoas que participam da mesma modalidade, cria mais proximidade com o professor/técnico/treinador e amplia sua rede de relacionamentos. Tudo isso ajuda a aliviar qualquer tipo de pensamento que seja gatilho para a ansiedade.

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diversão

teste o seu raciocínio! Letícia Martendal

Se você acha que o sudoku é um jogo simples de se resolver, temos uma novidade: solucionar esse quebra-cabeça matemático requer habilidade! O jogo estimula o cérebro, melhora o raciocínio lógico, a concentração e a memória. Então, se você está preparado para encarar este desafio, vamos nessa!

Como: jogar

o objetivo do jogo é preencher os quadradinhos da tabela que estão em branco com números de 1 a 9, mas atenção: você não pode repetir o número na mesma linha, coluna ou grade! Assim que sua tabela estiver completa, você vence o jogo!

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Para continuar a leitura...

Vire a revista para a carinha ficar feliz.


cultura pop

Jogos de videogame passaram por mudanças nas últimas décadas, mas a essência de suas origens permaneceu a mesma: a criatividade Gustavo Bruning

Houve uma época em que avançar de fases e derrotar chefões pixelados era o auge dos videogames. Cenários bidimensionais, músicas em oito bits e os desejáveis checkpoints também fizeram história na evolução desse universo, que há tempos deixou de ser apenas um passatempo. Títulos como Roblox e Minecraft, por exemplo, exploram o conceito de sandbox (caixa de areia, em português) e trazem uma infinidade de maneiras de se aventurar no mundo virtual. A ideia de criar o próprio mundo não é exatamente nova. SimCity, desde a primeira versão, em 1989, revigorou o segmento com a possibilidade de construir cidades. RollerCoaster Tycoon, dez anos depois, trouxe a chance de montar e gerenciar o próprio parque de diversões. Já The Sims, em 2000, foi a alma do negócio: permitiu formar famílias inteiras, com personalidades próprias, e arquitetar casas e carreiras.

Há muito o que aproveitar no Roblox sem ter que gastar dinheiro de verdade com objetos virtuais. E vale sempre tomar cuidado com jogadores malintencionados na hora de trocar itens!

Como os grandes começaram Todos os grandes jogos online começaram com uma simples ideia. Seja inventando um mundo inédito, conceitos desafiadores de jogabilidade ou maneiras de disputar entre os amigos, até os games mais populares passaram por uma fase inicial. Confira curiosidades sobre o surgimento desses jogos online:

Dota 2

Um dos jogos mais populares do mundo começou como um mod (modificação) de outro título de sucesso, o Warcraft III, em 2003. A inspiração veio também de um mapa customizado de Starcraft. O primeiro Dota foi criado de forma colaborativa, com uma ferramenta de edição de mapas, e é considerado o primeiro jogo do gênero MOBA (arena de batalha multijogador online, na tradução da sigla em português) entre os esports. A versão “evoluída”, Dota 2, foi lançada em 2013.

League of Legends

Dois estudantes de faculdade imaginaram o LOL como uma sequência do Dota. Os testes só começaram três anos após o início da concepção, em convenções de jogos, e o lançamento foi em 2009. Atualmente é um dos esports mais populares do mundo e tem cerca de 125 milhões de jogadores ativos mensalmente. Com Roblox, no entanto, a diversão foi a um novo patamar. A plataforma permite que os usuários criem os próprios avatares, além de espaços e jogos para outros jogadores – quase como uma versão virtual dos Legos. O ambiente possibilita mais do que uma interação tradicional ou a disputa por itens e missões: é a oportunidade de exercitar criatividade e planejamento. A pandemia contribuiu para que o Roblox tivesse uma grande alta, suprindo um pouco da carência por interações reais com os amigos. O número de usuários ativos por mês passou de 95 milhões, em maio de 2019, para 211 milhões em maio deste ano. E o infinito é o limite: em um momento você pode curtir uma partida de Jailbreak, enquanto no instante seguinte adota um pet. 26

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Minecraft

O que hoje é o jogo mais vendido de todos os tempos, com mais de 238 milhões de cópias, começou com a simples ideia de um programador sueco: um mundo aberto que permitia construções em blocos 3D. O game independente foi feito inicialmente com a linguagem de programação Java, desbancou grandes franquias e foi comprado pela Microsoft.

Fortnite

Esse projeto ficou em desenvolvimento por sete anos, após o anúncio oficial, em 2011. Isso porque a desenvolvedora Epic Games trabalhava em uma tecnologia para criar um rival do Minecraft. O conceito inicial do Fortnite estimulava os jogadores a construir bases para se proteger de tempestades e monstros, mas a ascensão do gênero battle royale garantiu um novo rumo.


Pac-Man (1980)

A mecânica simples não impediu essa figura de deixar a sua marca, inclusive fazendo uma ponta no filme “Detona Ralph”, da Disney.

Mario (1981)

Foram mais de 200 jogos ao longo de 41 anos – os títulos mais clássicos são Super Mario World e Super Mario Kart. E o legado foi além: o encanador ganhou até um parque de diversões no Japão.

Link (1986)

Os 10 representantes do legado desconectado

Quando foi a última vez que você jogou um jogo offline? Muito antes dos mundos compartilhados, já existiam criativas histórias jogáveis, bem como divertidos games para passar o tempo. Conheça alguns dos seus protagonistas e seus méritos e marque quais você já acompanhou em aventuras!

Sempre acompanhado de sua icônica espada, o protagonista de “A Lenda de Zelda” também já deu as caras em desenhos, mangás e dezenas de aventuras paralelas.

Sonic (1991)

Agora um astro de dois filmes de sucesso, o ouriço azul é mascote da Sega e foi criado para ser rival do Mario.

Lara Croft (1996)

A arqueologista, imortalizada no cinema por Angelina Jolie, é a estrela da franquia Tomb Raider e de aventuras desafiadoras em meio a tumbas e cenários históricos.

CRIANDO ALÉM DOS BLOCOS

Como seria o seu jogo? Um gam e de estratégia? Partidas entre dois times? Um RPG de mundo aberto? É a hora de deixar a criatividade aflorar! Registre abaixo como você montaria o seu jogo dos sonhos, desd e o tipo de disputa aos aspectos visuais que você tem em mente. Vale se inspirar nos seus favo ritos e ir além, explorando o mundo em que esse game se ambienta, as habilidades dos pers onagens e os desafios e inimigos a serem enfr entados.

Pikachu (1996)

Dos clássicos jogos de Game Boy ao revigorante Pokémon GO, o eletrizante rato amarelo é o sonho dos treinadores e se tornou o mascote da Nintendo e uma figura reconhecida por todos.

Crash Bandicoot (1996)

O marsupial é resultado de um experimento científico que deu errado e foi a principal cara do Playstation por anos. Cheio de movimentos e golpes hilários, teve a sua trilogia original remasterizada e ganhou uma aventura inédita em 2020.

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wi-fi

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VÍCIO EM CELULAR?

FAÇA O TESTE E VEJA SEU NÍVEL Lucas Inácio

A tecnologia não se resume às telas. Aliás, a palavra significa literalmente “estudo da técnica”. O domínio do fogo, a invenção da roda, a escrita e a leitura do céu para se posicionar geograficamente são exemplos de tecnologias. Porém, hoje o termo está muito ligado aos eletroeletrônicos, especialmente o celular – e o vício é tão grande que a ansiedade de ficar longe do nosso “espertofone” já ganhou nome: nomofobia.

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E quanto mais presentes estamos no celular – ou na vida online como um todo –, aumentam as chances de estarmos mais longe da vida real. São centenas de estudos que comprovam que a simples presença do celular pode atrapalhar sua concentração e raciocínio, ou que o uso ostensivo pode causar problemas de visão, afetar o sono, alterar sua postura e gerar dores musculares, além do desenvolvimento de casos de depressão e ansiedade.

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Será que eu viciei? A resposta não é tão simples assim, mas preparamos um teste para você ter noção de como anda seu comportamento com o uso do celular. Porém, você tem que ser sincero nas respostas. Lembre-se: se precisar, peça ajuda! O termômetro é o medidor do quão viciado no seu celular você está: se a somatória das respostas estiver abaixo de 15, apesar de alto, ainda está controlado. Mas se o resultado estiver próximo do 24, é hora de ligar o alerta e repensar seus hábitos.

Você fica irritado quando tem que sair da tela para fazer outra coisa, inclusive até nas refeições? 1. Se me chamar, paro e atendo na hora. 2. Termino o que estou fazendo e vou em menos de um minuto. 3. Me irrito, enrolo, mas tenho que ir, né?! 4. Eu discuto e vou na hora que eu quiser.

Tem dificuldade em se concentrar nas tarefas da escola porque tá longe do celular, computador ou videogame? 1. Não, concentro para fazer direito. 2. Faço rápido para voltar para a tela. 3. Faço com o celular do lado e, às vezes, dou uma olhadinha. 4. Tinha tarefa para hoje?

Como você é nas tarefas da casa? 1. As tarefas da casa vêm primeiro. 2. Só umas pausas para ver as notificações. 3. Finjo que estou fazendo para a mãe/pai não brigar. 4. Nem faço, deixa sujo.

Como é sua rotina de atividades físicas (dança, esporte, academia, corrida etc.)? 1. Faço todo dia, gosto muito. 2. Até faço, mas com o celular na mão ou pensando nele. 3. Só na educação física e de vez em quando fora. 4. Não gosto e tento não fazer até na educação física.

Quando está com os(as) amigos(as), você prefere? 1. Brincar, jogar e conversar com o celular guardado. 2. Brincar, jogar e conversar sobre as coisas online do celular. 3. A galera que tá online é sempre mais legal. 4. Oi? Desculpa, não estava prestando atenção no que você perguntou.

Na sala de aula, você: 1. Celular guardado na mochila e só usa para chamada de emergência. 2. Celular no bolso, mas só para chamada de emergência. 3. Celular no bolso, mas vibrando nas notificações. 4. Desculpa, profe, é que meu vídeo bombou.

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O caminho do vírus no organismo

Você já parou para pensar no caminho que o vírus percorre no corpo desde a picada? Quais órgãos podem ser afetados e qual é a resposta do sistema imunológico? Tudo começa com a contaminação da circulação sanguínea e a ativação dos receptores, encarregados de gerar os estímulos do corpo. O próximo passo é a preparação para eliminar o impostor, acionando os linfócitos, células de defesa que começam a ser produzidas em grande escala quando há uma infecção. O objetivo é contribuir com o processo inflamatório, matando o adversário. É fato que o corpo humano conta com diversos sistemas preparados para conter agressões externas – e na luta contra o inimigo, alguns sintomas podem surgir, como febre, dor de cabeça, cansaço, vermelhidão e até mesmo coceira.

um novo mosquito. No verão o processo é mais rápido e pode ser finalizado em, no máximo, oito dias – a temperatura é um fator primordial para o desenvolvimento das larvas. Limpar o quintal, eliminar a água parada em plantas, recipientes, piscinas, calhas e ralos, vedar os ralos, saídas de emergência da caixa d’água e limpar os bueiros são algumas das medidas que fazem a diferença na luta contra o mosquito. Além de cuidar do seu espaço, incentive os colegas e familiares a fazerem o mesmo!

Como prevenir? Por mais que a circulação da dengue seja maior no verão e nos dias de calor, as chuvas constantes e a falta de cuidado com a água parada estão facilitando a proliferação. Capaz de produzir de 600 a 1500 ovos, o inseto é resistente. “A fêmea contaminada pode transmitir o vírus para os ovos, que resistem até 450 dias em ambientes sem contato com água. O Aedes aegypti vive 45 dias e neste período ele pode infectar 300 pessoas”, explica a bióloga, especialista em epidemiologia e professora de ciências naturais Carla Keite Machado. Nos dias mais frios, após o contato com a água, são necessários 20 dias para nascer

Exis vacintae!

Mosquito:

sabe aquele barulho que incomoda e que quase sempre surge na hora em que vamos dormir? Essa é uma característica do pernilongo, que chama a atenção pelo som audível. Com coloração marrom e circulação ativa na madrugada, costuma se alimentar de néctar e seiva de vegetais. As fêmeas precisam se alimentar do sangue para desenvolver e maturar os ovos, fator que explica aquela picada dolorosa e irritante.

Engana-se quem pensa que não existe um imunizante para a dengue. A vacina Dengxavia, a primeira criada e registrada para conter o Aedes aegypti, está disponível no país e pode ser acessada na rede privada de saúde. O uso é indicado para quem já foi infectado e tem entre nove e 45 anos. A alternativa não é indicada para aqueles que ainda não tiveram contato com o vírus, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam que as reações causadas pelo medicamento podem ser fortes. A previsão para o futuro é promissora e o Sistema Único de Saúde (SUS) pode passar a oferecer a própria vacina nos próximos anos. O imunizante está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantã em parceria com Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIADI). O estudo está na fase final, com aplicação em mais de 16 mil pessoas na terceira fase dos testes.


bloco de notas

E por que algumas pessoas acabam morrendo? A resposta tem relação com as reações que cada organismo vai ter após o contágio. “A dengue gera um tipo de desidratação interna, fazendo com que o indivíduo tenha um choque, que a pressão caia a níveis que ela não pode ser detectada”, explica a médica infectologista Carolina Cipriani Ponzi. Existem quatro sorotipos virais conhecidos como DEN-1,DEN-2, DEN-3 e DEN-4, o que faz com que cada um possa ser contaminado até quatro vezes durante a vida. Porém, só existem dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. “No segundo caso podem acontecer sangramentos importantes no cérebro e nos pulmões, quadros extremamente dramáticos e que podem levar à morte”, conta a médica.

Os sintomas surgem em até sete dias após a picada e incluem febre, enjoos, vômitos, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, manchas vermelhas, cansaço excessivo, dor nas articulações e sangramentos. Não existe um tratamento específico para a doença e são indicados apenas medicamentos para aliviar os sintomas. O repouso e a hidratação são fundamentais para garantir a recuperação.

é menor que o pernilongo e pode ser reconhecido pelos riscos no tórax que formam um desenho parecido com listras brancas – as linhas são encontradas na cabeça e nas pernas. Com asas transparentes, o inseto produz um ruído quase inaudível. Pernas e mãos são os locais com o maior número de picadas do Aedes. O início da manhã e o fim da tarde são horários em que ele está na ativa.

Aedes aegypti:

Existem diferenças que podem ser observadas, facilitando a detecção e o cuidado. Veja o que diferencia as espécies:

Qual é a diferença entre o Aedes aegypti e os demais mosquitos?

Responsável por causar um verdadeiro choque no corpo, a dengue é fatal para algumas pessoas; veja os efeitos da infecção no organismo

Por que a dengue mata? Ana Caroline Arjonas

S abe aquele mosquito pequeno, com listras brancas e que quase não emite som? Este é o Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue, doença infecciosa que não tem tratamento específico e que pode causar inúmeros danos ao corpo. Basta uma picada para acender o sinal de alerta, observando as mudanças do organismo e o surgimento dos primeiros sintomas. A dengue é causada por um vírus que faz parte do grupo dos arbovírus – transmitidos por meio da picada de insetos. O ciclo começa quando alguém está infectado e o Aedes aegypti acaba picando o indivíduo. Quando existem muitos infectados, cenário dos últimos meses em nosso Estado, existem mais mosquitos contaminados, aumentando a chance de proliferação da doença. Depois que o inseto é infectado, todas as picadas serão acompanhadas do vírus, que pode provocar reações diferentes em cada um, dependendo da idade, do histórico de saúde e da presença de comorbidades – fatores que contribuem com o surgimento dos casos graves. A contaminação, que é comum nos dias de calor, está em alta desde o início do ano e os números são a prova disso. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, já foram registrados mais de 542 mil casos no país.


Susana Müller dos Santos | Bibliotecária EM Prefeito Max Colin

Com este título intrigante, entramos no universo de Tudo: um menino que, como toda criança, nasceu curioso. Ele queria respostas às suas questões e, então, perguntava a todos sobre tudo. Ele perguntava e argumentava sobre as respostas devolvidas. Perguntava à mãe, ao pai, à professora, ao colega: “por que a mola é retorcida?”, “ ...o que era pressentimento?”, “e relatividade?”, “como se enxerga com o coração? e “Por que a lâmpada era o símbolo da ideia?”. Tudo perguntou à diretora da escola. Decidiu que queria ser escritor, um poeta! Disse querer espremer a palavra e, para isso, tinha que conhecer mais e mais. Tudo continuou perguntando. O autor joinvilense, Marinaldo de Silva e Silva, teceu de maneira encantadora e terna, esta história de perguntas respondidas com carinho poético, em que a palavra é sempre reveladora.

Sugestões de

para o mês

Fuga da biblioteca do Sr. Lemoncello Cris Grabenstein

O caso dos cães irados

Milton Célio de Oliveira Filho

Uma vez

Morris Gleitzman

O gato malhado e a andorinha sinhá Jorge Amado

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eu, repórter na its

NÓS SOMOS Foto: Soraya Rachel Pereira

Ana Carolina de Oliveira Brenda Kristyn Müller Bruna Gabriele Ponciano Eshily Vitória de Oliveira Fernanda Santos Tagliati Fernando de Aquino Gabryely Eduarda Forte Lucas Gabriel Mendonça Maria Clara Ferreira Paola Cristine Borges Victor Salomão da Mota Professora integradora de mídias, Soraya Rachel Pereira EM Professor Oswaldo Cabral

HORTA ESCOLAR Nosso projeto da horta existe há anos na escola. Pessoas marcantes, como a orientadora Débora e o servente seu Elvis, ajudaram muito a torná-la produtiva. Na merenda escolar, utilizam-se muitos produtos cultivados na nossa horta.

PROFª ELIANE K. DE SOUZA Foto: Brenda Kristyn Müller

Nossa professora de ciências se aposentou no último dia 31 de maio. Ela possui 26 anos de magistério, sendo 14 dedicados à nossa escola. Desejamos muito sucesso nesta nova fase e gratidão por todos os ensinamentos!

PROFª LÚCIA C. BALESTRIN (5º ANO) Com 21 anos de casa, a professora é das que estão há mais tempo na escola. Neste ano, com a pandemia mais controlada, sua turma está participando do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Lúcia gosta de trabalhar com projetos. Para ajudar na compreensão da matemática, a professora realizou o projeto “Matemática divertida com receita e fração”, e a culminância do projeto terminou de forma deliciosa: saboreando cupcakes!

Nossa escola recebe o nome do Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (1903-1978), em homenagem ao grande professor, enciclopedista, médico, historiador e político catarinense. Conheça um pouco dos nossos projetos e professores marcantes que fazem parte desta história!

ZELADORA LUCIMAY A. DOS SANTOS

Foto: Soraya Rachel Pereira

Mais conhecida como “Tia Lu”, ela ajuda a manter a escola limpa. Gosta de trabalhar com amor e carinho, com a motivação das crianças. Acredita que as pessoas podem melhorar com mais empatia e, principalmente, respeito. Gratidão por existir e estar conosco, Lu!

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“OSWALDO CABRAL”! PROJETO ASTROMINAS DA USP: ALUNAS FERNANDA E MARIA

Foto: Aline de Oliveira Venancio

No mês de junho, nossas alunas do 9º ano C concorreram a uma das 600 vagas do curso. O Astrominas nasceu em 2019 e foi idealizado por mulheres do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP). O time é composto por cientistas e permite que jovens meninas se enxerguem dentro do meio científico e possam projetar seu futuro na universidade.

PALESTRA E ADOÇÃO DE ANIMAIs Nos dias 27 de maio e 1º de junho, recebemos a palestrante Rosilene Berti, defensora das causas animais. Adotar um animal é dar sentido à vida dele e a sua. Tenha posse responsável, não os abandone, coloque identificação na coleira, não os eduque com agressões – isto é crime. Se vir maus tratos, denuncie para a Frada ou faça um Boletim de Ocorrência (BO).

ADRIANA DOS SANTOS HASSE Carinhosamente chamada de Adri, trabalha há 31 anos na Prefeitura Municipal de Joinville e está em nossa escola há 20 anos. É do time das “mais antigas” da escola. A atual auxiliar de direção já exerceu os cargos de professora dos Anos Iniciais, orientadora e supervisora. Pretende se aposentar até o final deste ano. A maioria dos pais dos alunos já foram alunos dela.

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL, RELACIONAMENTOS ABUSIVOS E A FASE DA ADOLESCÊNCIA Sabemos que essa não é uma fase fácil. A aluna Fernanda (9ºC), inspirada pela Revista Sorria, trouxe algumas dicas para quem está sofrendo neste momento ou não sabe como ajudar algum(a) amigo(a) que esteja em uma fase difícil. Confira ao lado e perceba se você consegue ajudá-lo(a)!

Diretora Rosana Martins de Souza Araújo está na Rede Municipal de Joinville há 28 anos. Atualmente é Diretora da EM Prof. Oswaldo Cabral. Adora projetos, preocupa-se muito com a aprendizagem dos alunos e, nas horas vagas, adora ir à praia e assistir a séries. Professora integradora de mídias, Soraya Rachel Pereira, atuou dez anos com o ensino da língua inglesa e já trabalhou em dez escolas. Também é fã de projetos, já realizou parcerias com escolas dos EUA, Índia e Inglaterra, e já visitou 11 países. Adora viajar, fazer voluntariado e pedalar.

1. Escolha um local adequado. 2. Escute com muita atenção. 3. Não busque erros na forma como a pessoa se expressa. 4. Se esforce para não julgar o(a) outro(a). 5. Confirme se você entendeu o que ele(a) quis realmente dizer. 6. Dê conselhos que façam ele(a) repensar melhor. 7. Recomende a ele(a) ir a um especialista. Time de repórteres da edição

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Foto: Soraya Rachel Pereira

COMO ESCUTAR UM DESABAFO?

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Emanuelle e Karen Nicole, Leticia e Arthur

Ray e Yure

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Ruan e Samuel


ESCOLA MUNICIPAL DE JOVENS E ADULTOS ITAUM JOINVILLE - SC Na temática “Quem sou eu com relação a minha saúde”, os alunos do 6°/7° A, 6°/7° B e 6°/7°C, da correção de fluxo do projeto “Tempo de Avançar”, da Escola Municipal Jovens e Adultos, estudaram em Matemática e Ciência da Natureza sobre o açúcar e, para colocar em prática o que aprenderam, calcularam a quantidade de doce que alguns produtos possuem.

Apresentação do trabalho

Douglas, Luiz e Nilza

Lana e Lara

Maisa e Rayssa

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Cauê

ESCOLA MUNICIPAL DEPUTADO LAURO CARNEIRO DE LOYOLA SANTA CATARINA JOINVILLE - SC

Angélica e Joana

Ricardo e Alice

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O projeto “Hoje é sexta-feira, hoje é dia de poesia”, com o apoio da biblioteca escolar, é um convite para que os alunos possam viajar uma vez por semana pelo mundo da poesia. Em sala de aula, cada professor ensina sobre os vários textos poéticos. Para compartilhar com toda a comunidade escolar o aprendizado, os estudantes andam pela escola e perguntam: posso falar uma poesia pra você?

Hadassa


Helena e Arthur Isabelli e Joaquim

Maria Cristina

Vinícius

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galerias

Turma de 1º ano

Valentina e Eurimar

Lara Beatriz, Isabelle, Gustavo e Maysa Weslem

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Fyllip

Jonas, Jociel e Ycaro

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR SYLVIO SNIECIKOVSKI JARDIM PARAÍSO JOINVILLE - SC

Kamilly, Sara e Vilma

Isabelly, Nahomi, Gabriela e Stephanie

Eduardo e Ana Vitória

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saideira

Pérola Maria Vieira Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda

Nosso planeta vem enfrentando muitos problemas. Atualmente, um deles é o efeito estufa – que é quando o planeta acaba criando, como o próprio nome já diz, um tipo de estufa, pois não consegue mais eliminar o gás carbônico para o espaço, assim causando o aquecimento global. Para evitar que isso afete ainda mais o nosso planeta, seria bom mudarmos alguns de nossos hábitos do dia a dia. Uma forma é trocar o transporte individual, de automóvel, pelo transporte público – assim não estaríamos emitindo tanto os gases que saem do carro. Quanto às indústrias, poderiam tentar diminuir os gases que saem dela. É que tanto os gases do carro quanto os das indústrias são muito prejudiciais ao planeta. Por isso, se quisermos um mundo saudável para viver daqui a alguns anos, temos que fazer nossa parte, isso beneficia todos nós e o planeta.

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its Teens // junho 2022


Cultura - Gastrônomia - Passeios - Paisagens

Assista nossa série especial toda sexta-feira ao meio dia durante o mês de julho no

Balanço Geral Descubra as Maravilhas do Norte Catarinense!


Revista its Teens Joinville nº 64 2022 | R$ 13,50


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