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PORTUGAL E BRASIL, JUNTOS PARA
MUDAR O MUNDO
Lisboa desenvolve pesquisa neurocientífica de ponta Hipnose e PP: junção que dá certo! Proposta terapêutica baseada na PP tem cooperação brasileira
Veja também: Mais sobre mindfulness Psicologia Positiva nas empresas: uma necessidade Currículo apreciativo Linguagem e identidade: quando a positividade faz a diferença
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23/08/2016 23:07:16
psicologia positiva Fazendo a diferença no mundo:
A formação
Neste curso de Psicologia Positiva (PP), além do sólido embasamento teórico, o diferencial é a oportunidade de constituir uma jornada de 320h em contato com suas forças pessoais e desenvolver um projeto prático em PP, desde a ideia até a execução.
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Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento
2 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010
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Cooperação luso-brasileira
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Ano I – n o 4 – jul./ago./set. 2016 www.makeitpositivemag.com
N
esta edição da MIP o foco vai para o trabalho realizado na Universidade de Lisboa, em Portugal, um polo de Língua Portuguesa com o qual o Brasil coopera na pesquisa e na aplicação da Psicologia Positiva. Lá, o Laboratório de Interação Mente-Matéria de Intenção Terapêutica (LIMMIT) realiza investigações inovadoras, completando recentemente pouco mais de um ano de funcionamento, em parceria com instituições brasileiras, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto de Medicina Natural (Ibramena), na Bahia. A busca da “molécula da felicidade”, realizada na instituição, verifica marcadores biológicos relativos a esse status, quando promovido por meio da aplicação de estratégias baseadas em estados alterados de consciência e Psicologia Positiva, entre outras intervenções. Artigo sobre o Ecossistema Agentes Ativos da Felicidade, protocolo de atendimento psicoterapêutico e em coaching, e entrevista com o especialista brasileiro em hipnose Osmar Colas mostram um pouco das abordagens possíveis e engendradas no celeiro lusitano. Autores portugueses convidados tratam de temas correlatos, vindos de outras áreas da Universidade de Lisboa, como o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e o Observatório para a Felicidade Pública. A troca de informações entre grandes polos e expoentes na difusão da Psicologia Positiva só tem a acrescentar aos profissionais da Psicologia e a outros que se identificam com esse movimento. Essa interação é um primeiro passo para mudar o mundo radicalmente, levando-nos a conhecer os preceitos de uma abordagem que visa ao desenvolvimento humano pleno, à excelência e ao bem-estar subjetivo e, acima de tudo, a uma sociedade mais saudável em sua dinâmica e mais feliz. Com mais este número da MIP, o Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC) segue com sua missão de “espalhar” Psicologia Positiva e conhecimento pelo Brasil e pelo mundo e, ao mesmo tempo, integrar entidades, especialistas e interessados no movimento, de forma pioneira e democrática, cuidadosa e, sobretudo, dinâmica, baseada nas melhores tecnologias. Um ano no ar e muitas conquistas: pioneirismo, parcerias e amizades que se fortaleceram, flow e emoções positivas promovidos a cada edição entre os seus envolvidos. Isso além de muita felicidade por fazer parte da história em construção da Psicologia Positiva. Boa leitura! Jussara Goyano
(Coach certificada pelo Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento e
jornalista, editora desta publicação)
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MIP Mag é uma publicação trimestral do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). É proibida a reprodução sem autorização do IPPC e dos autores. As informações ou opiniões contidas nesta publicação não refletem necessariamente a posição do IPPC. Diretoria Lilian Graziano Fabio Appolinário Conselho editorial Lilian Graziano Membros do Instituto Arthur Ranieri Claudia Ribeiro Cléa Graziano Fabiola Bernardo Frank Roman Lidia Pagni Mara Laimgruber Apoio
Associação de Psicologia Positiva da América Latina Realização:
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comunicação • conteúdo • desenvolvimento humano www.ponto-a.com • comunicacao@ponto-a.com @PontoA_falecom • Tel./Fax (11) 3042-5900
Edição e coordenação (coordinator): Jussara Goyano Arte e projeto gráfico (design): Monique Elias Tradução (translator): Fabíola Bernardo Revisão: Marta Sá (Português) e Marina Werneck (Inglês) Contatos com a redação: Tel./ Phone number: +55 11 3042 5900 E-mail: mipmag@psicologiapositiva.com.br Endereço para correspondência/ Adress: Rua Helena, 140, cj. 111/112, Vila Olímpia, S. Paulo – SP – Brasil CEP: 04552-050 Comercial e Marketing: Cléa Graziano E-mail: clea@psicologiapositiva.com.br Tel.: +55 11 9 5328 4010
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Empresas Recursos corporativos para ir além da mediocridade
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VERSÃO EM INGLÊS
PORTUGAL E BRASIL, JUNTOS PARA
MUDAR O MUNDO
Lisboa desenvolve pesquisa neurocientífica de ponta Hipnose e PP: junção que dá certo! Proposta terapêutica baseada na PP tem cooperação brasileira
Entrevista União entre hipnose e Psicologia Positiva
Veja também: Mais sobre Mindfulness Psicologia Positiva nas empresas: uma necessidade Currículo apreciativo Linguagem e identidade: quando a positividade faz a diferença
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imagem da capa: freepik/montagem: Monique Elias MIP_MAG_ed4.indd 1
22/08/2016 11:57:07
Testimonial A descoberta da Psicologia Positiva, por Rosário Mexio
Bem-estar Mindfulness na psicoterapia Da molécula aos agentes ativos da felicidade A felicidade na fala
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Performance A reconstrução apreciativa da identidade pessoal
Leitura Psychological Capital and Beyond, de Fred Luthans, Carolyn M. Youssef-Morgan e Bruce J. Avolio
e mais...
Neurociência Flexibilidade moral e afeto positivo
Positive News Positive WIKI Sua Felicidade 4
empresa
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Psicologia
Positiva nas
organizações.
Por quê?
Recursos corporativos para ir além da mediocridade • por Lilian Graziano •
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I
magine a seguinte situação: crise econômica. Você foi demitido há seis meses e aquelas reservas financeiras que tanto o tranquilizavam estão acabando. Felizmente você tem conseguido prestar uns serviços aqui e ali, contudo, isso mal lhe permite pagar as despesas. Nesse cenário, você recebe um convite do seu melhor amigo que se casará daqui a dois meses. Sim, você será o padrinho. Em condições normais, isso lhe deixaria exultante. Contudo, você está tenso por conta da sua situação financeira. “Puxa, logo agora?”, você pensa entre seus botões, como se não fosse absurdo imaginar que seu amigo devesse esperar pelo SEU momento certo para se casar.
empresa
Empresas? E o que elas têm a ver com a situação que acabamos de descrever? Bem, com a situação em si, nada. Com o princípio que a rege, tudo.
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Psicologia Positiva em tempos de crise Vivemos uma crise econômica (grande novidade!). As empresas têm de se manter no mercado (sim, porque não é possível que hibernem até que a crise termine), funcionando com recursos limitados. Além disso, os desafios do cenário exigem respostas imediatas, de forma que a variável tempo não pode ser menosprezada. Contenção de despesas, quadros enxutos e um mercado cada vez mais exigente que pede funcionários cada vez mais qualificados. Em linhas muito gerais, esse é o cenário em que as empresas vivem nos dias de hoje. Não obstante, durante muito tempo as organizações, vitimadas pelos efeitos das crises econômicas, adotaram a postura míope de cortar suas verbas de treinamento. Fazendo uma analogia desse fato com o exemplo do casamento que citei ainda há pouco, tal postura seria equivalente a declinar do convite e simplesmente desistir da cerimônia. “Me acordem quando a crise acabar” ou, na melhor das hipóteses, equivalente a aparecer na festa com o terno antigo, de quando você pesava quinze quilos a mais, e que, por não ter sido ajustado, lhe dá aquele ar de looser que acabou desestimulando um conhecido a lhe oferecer aquela vaga na diretoria regional da sua (dele) empresa. Sim, você não estava devidamente preparado e por isso perdeu uma oportunidade que talvez fizesse com que você saísse da crise em que se encontra.
Durante muito tempo as organizações, vitimadas pelos efeitos das crises econômicas, adotaram a postura míope de cortar suas verbas de
Em uma de suas fantasias mais loucas, bem que você imaginou como seria bom entrar numa espécie de “hibernação econômica” na qual cairia em sono profundo segurando uma plaquinha: “Acordem-me quando a crise passar.” Porém não adianta sonhar. Você será padrinho do seu amigo daqui a dois meses e, definitivamente, não tem uma roupa apropriada para isso. Para resolver o problema, você tem duas opções: a primeira é mandar fazer um terno novo no seu alfaiate que importa tecidos incríveis de Milão. A outra seria mandar ajustar aquele belíssimo terno que você usou no casamento do seu irmão. Analisemos as opções. Você está sem dinheiro. O que sairia mais barato? Fazer um novo terno ou ajustar aquele que você já tem? Além disso, temos a questão do tempo. Quanto demoraria para mandar trazer um tecido de Milão e, então, confeccionar seu terno? Colocando dessa forma, a escolha parece óbvia. E é. Contudo as empresas demoraram um pouco a perceber.
treinamento
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empresa
Felizmente existem empresas que compreendem que, em tempos de crise, é preciso não necessariamente investir menos, mas, sim, investir melhor. E é exatamente aí que entra a Psicologia Positiva. Não basta apenas que as empresas continuem investindo em políticas de desenvolvimento humano. Afinal, se não mudarem seu mindset, correrão o risco de comprometer seus já limitados recursos em ações pouco efetivas. Para explicar melhor como isso pode ocorrer, permita-me voltar ao exemplo do casamento. Recursos escassos, tempo limitado. O que você, leitor, diria de alguém que, diante desse cenário, mandasse fazer seu terno no alfaiate e ainda com um tecido importado? “Irresponsável!” – muito provavelmente seria a sua resposta. Afinal, o ajuste no antigo (e belo, lembrese!) terno seria muito mais barato e rápido. A solução ideal para quem tem pouco tempo e recursos limitados. Temos aqui, contudo, um detalhe importante. Uma pessoa que não conhecesse seu armário (e as roupas que lá se encontram) não saberia manter um belo terno, recurso que, com poucos ajustes, seria sua melhor opção. Resumindo, se isso já tem se mostrado verdadeiro em termos absolutos, em tempos de crise, investir em recursos pode ser uma questão de sobrevivência. E é isso o que cada vez mais empresas vêm descobrindo, embora muitas ainda não conheçam seus “armários” e os recursos que neles se escondem.
O diferencial da Psicologia Positiva No contexto organizacional, as políticas de treinamento e desenvolvimento humano costumam estar intimamente
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BUSINESS ORGANIZATION
atreladas aos processos de seleção e, sobretudo, de avaliação de desempenho. Sem dúvida, esta interface entre os diferentes processos de gestão de pessoas é fundamental para que tais políticas estejam alinhadas com as características dos funcionários e as necessidades da organização. Contudo, infelizmente, esse alinhamento ocorre apenas parcialmente. Vítimas da cultura do gap, muitas empresas se limitam a identificar as deficiências dos funcionários para daí então definir os treinamentos necessários para supri-las. Com isso, investem seus recursos exclusivamente na alternativa mais cara, mais demorada e, por vezes, menos eficiente. Além disso, Tom Rath (2007) é contundente ao afirmar que, ao investir suas verbas de treinamento exclusivamente no suprimento dos gaps dos funcionários, as empresas estão promovendo a mediocridade organizacional.
Tom Rath é contundente ao afirmar que, ao investir suas verbas de treinamento exclusivamente no suprimento dos gaps dos funcionários, as empresas estão promovendo a mediocridade
organizacional 7
empresa
Tenho certeza de que, ao lado
Por focar as fortalezas humanas, a Psicologia Positiva rompe com esse padrão, oferecendo soluções mais rápidas e por isso mais baratas e mais eficientes ou, como se diz no jargão organizacional, com um maior R.O.I.1 No entanto isso tem profundas implicações na maneira como se avalia. Ao “abrir seus armários”, as empresas buscam o quê? Descobrir o terno que falta ou identificar aquele que já está lá, bonito, à espera de um simples ajuste? Bem, mas essa já é outra história. O fato é que a ênfase no lado funcional do ser humano, em vez da clássica postura curativa, conferiu à Psicologia Positiva um caráter preventivo que acabou por tirar seus profissionais do consultório. Afinal de contas, prevenção se faz, principalmente, fora dele. Nesse sentido, tenho certeza de que, ao lado das escolas, o ambiente organizacional é o local ideal para promovermos qualquer tipo de prevenção em saúde mental. Talvez seja por essa razão que desde o início da Psicologia Positiva seus principais pesquisadores não se limitaram aos muros clínicos e/ou acadêmicos, dedicando-se também à consultoria organizacional. Sendo assim, há quase duas décadas empresas americanas tais como Gallup, Whirlpool, Sherwin Williams, Patagônia, Google e tantas outras têm implementado os princípios da Psicologia Positiva no ambiente corporativo. Afinal, com ou sem crise econômica, uma política de desenvolvimento de pessoas mais rápida e efetiva será sempre a melhor solução.
No Brasil a primeira empresa de educação corporativa totalmente especializada em Psicologia Positiva foi o Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC), fundado em 2003. Se é bem verdade que ainda hoje muitas empresas não conhecem a Psicologia Positiva, naquela época a situação era ainda pior. Lembro-me de certa vez estar ministrando um treinamento para a diretoria de um grande banco brasileiro quando, no intervalo, um dos diretores que participavam do programa veio até mim empolgado dizendo: “Mas isso tudo que você está dizendo é sensacional! Isso é muito importante! Nossa... as empresas devem estar loucas atrás de você, e sua agenda deve estar uma loucura!”. Lembro-me de ter caído na risada diante do entusiasmo daquele participante e, principalmente, diante do quão distante aquilo estava da minha realidade. Definitivamente as empresas não estavam loucas atrás de mim. Eu é que estava louca atrás
das escolas,
o ambiente organizacional é o local ideal para promovermos qualquer tipo de
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prevenção em saúde mental
1 ROI é a sigla de Return over Investiment (Retorno sobre o investimento).
Uma iniciativa brasileira
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empresa
Ficamos surpresos ao perceber que algumas vezes era mais fácil sensibilizar a diretoria da empresa em relação à importância da Psicologia Positiva do que o próprio departamento de RH delas tentando explicar o que era a Psicologia Positiva e, principalmente, qual era o diferencial que um programa de treinamento baseado em seus princípios seria capaz de oferecer. Aos poucos, o mercado brasileiro foi amadurecendo e, com isso, a sofisticação dos programas que oferecíamos também foi aumentando. Ficamos surpresos ao perceber que algumas vezes era mais fácil sensibilizar a diretoria da empresa em relação à importância da Psicologia Positiva do que o próprio departamento de RH. Talvez uma das razões para isso seja o fato de alguns presidentes ou executivos dessas organizações, expatriados e com MBAs nos EUA ou na Europa, terem conhecido a Psicologia Positiva ainda em seus países de origem, ficando satisfeitos em encontrar por aqui uma maneira de implementar esses princípios tão inovadores. Sendo assim, é claro que, quanto maior o apoio da diretoria, mais completas intervenções em Psicologia Positiva pudemos executar.
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A 3M do Brasil, por exemplo, colocou a Psicologia Positiva na sua agenda estratégica. Todas as principais políticas da organização devem estar alinhadas com esses princípios, da academia de liderança às comunicações internas; todas as iniciativas devem convergir para uma mesma direção, e isso é visto como meio fundamental para o atingimento dos resultados. Na verdade o mais importante é que as soluções oferecidas estejam sempre de acordo com a realidade e as características de cada empresa. De uma simples palestra até um programa complexo de change management por meio de ciclos de investigação apreciativa, as possibilidades de aplicação da Psicologia Positiva no contexto organizacional são inúmeras. Se no passado nosso desafio foi o de apresentar a Psicologia Positiva para um mercado corporativo que a desconhecia, hoje talvez nossa maior ameaça seja justamente a sua popularização. Depois que este tema virou moda, muitos que se dizem especialistas nessa área na verdade não têm nem a consistência nem a experiência que a atuação no mercado corporativo exige. Será que maus profissionais poderiam atrapalhar a disseminação da Psicologia Positiva no mundo organizacional? É possível que sim, contudo a necessidade de resultados efetivos – e de preferência quantificáveis – sempre prevalecerá. E é nesse sentido que a Psicologia Positiva nas organizações veio pra ficar! lilian graziano é psicóloga, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), diretora do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). graziano@psicologiapositiva.com.br. Site: www.psicologiapositiva.com.br
saiba mais BUCKINGHAM, M.; CLIFTON, D. O. Descubra seus pontos fortes. São Paulo: Sextante, 2008. CSIKZSENTMIHALYI, M. Gestão Qualificada. São Paulo: Bookman/ Artmed, 2004.
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Uma união possível
Médico Osmar Colas une hipnoterapia à Psicologia Positiva para “quebrar” resistência a mudanças • Da redação •
O
smar Colas é médico tocoginecologista, formado em 1979, com mestrado em Obstetrícia pela Universidade Federal Paulista (Unifesp). Declara-se um apaixonado pelos aspectos psicossomáticos e psicológicos que envolvem principalmente as pacientes ginecológicas, particularmente no que tange à sua sexualidade. Seu primeiro curso de hipnose foi na faculdade, em 1978, quando seu professor de psiquiatria, um adepto da técnica, inseriu o tema no currículo acadêmico. Após a residência médica, voltou a se interessar pelo tema, aprofundando-se e pesquisando os estados modificados de consciência que envolvem: hipnose, meditação, auto-hipnose, Programação Neurolinguística (PNL), hipnose ericksoniana, EMDR, entre outras coisas. Especializou-se, por fim, em Medicina Psicossomática, Medicina Comportamental e Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, esses dois últimos cursos também realizados na Unifesp. Colas é uma ponte luso-brasileira entre a hipnose e a Psicologia Positiva, utilizando-a com base nos moldes propostos em projeto desenvolvido na Universidade de Lisboa, Portugal , do qual também faz parte, para fazer seus clientes vivenciarem mais emoções positivas durante as sessões de hipnose, um recurso para evitar que as crenças distorcidas dificultem essa vivência, auxiliando na ressignificação de suas
vidas para uma existência mais feliz. Um dos principais expoentes dessa união no Brasil, o médico afirma que o processo facilita o exercício e/ou o desenvolvimento de circuitos neuronais orientados às emoções positivas. Como começou sua relação com a hipnose? Como passou a aplicá-la em sua atuação médica?
Depois de várias formações, e como eu vinha me dedicando mais à ginecologia psicossomática, que é rica em sintomas de origem emocional, além dos distúrbios sexuais que são na sua maioria transtornos de ansiedade (excluindo os orgânicos, lógico), há uns dez anos passei na minha vida privada a me dedicar mais ao atendimento à ginecologia psicossomática e à hipnoterapia cognitivo-comportamental. Tenho participado de muitas atividades internacionais, entre elas, Congressos Sul-Americanos de hipnose, inclusive em 2012 presidi o evento no Brasil; nos Congressos Caribenhos de Hipnose (Hipnocaribe), participei sempre como palestrante, e hoje atuo como professor convidado de um curso de Especialização em Hipnose Clínica na Universidade de Lisboa, onde nos últimos quatro anos tenho ido regularmente ministrar dois módulos (de 16 horas) sobre hipnoterapia cognitivo-comportamental.
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entrevista
E a Psicologia Positiva, como teve acesso a ela? Foi por meio da Medicina Comportamental?
A hipnose é hoje um instrumento validado
os pensamentos disfuncionais foram frutos de experiências e aprendizados que inseriram crenças e valores, muitas vezes distorcidos, que nos levam a ter condutas que nos incomodam. A hipnose é hoje um instrumento validado à luz da neurociência e da Medicina Baseada em Evidências. Inúmeros trabalhos são divulgados diariamente nas publicações acadêmicas no mundo inteiro.
Sim, a Psicologia Positiva é uma disciplina que consta do currículo da especialização em Medicina Comportamental, cuja visão hoje está mais ampla. Consideramos Medicina Comportamental um e da Medicina universo de disciplinas que é composto de algumas básicas Baseada em (neuroanatomia, neurofisiologia, . E no uso da Psicologia Positiva? ritmos biológicos, pesquisa A multidisciplinaridade e acesso às neurociências, Inúmeros envolvida na abordagem é um além de psicopatologia e trabalhos são facilitador no uso terapêutico? psicofarmacologia); outras A multidisciplinaridade é hoje clínicas, como as psicoterapias divulgados uma realidade incontestável, na mais importantes, como a terapia diariamente nas qual o profissional de saúde deixa comportamental, em todos os de ser o centro do processo e o seus fundamentos clássicos; cliente passa a ser o foco envolvido a terapia cognitiva com sua por uma série de profissionais filosofia e estratégias também que juntos discutem e trabalham fundamentais, que, quando se no mundo inteiro em prol de seu bem-estar. Vale fundem, deixamos de lado as lembrar que multidisciplinaridade definições fundamentais de cada e multiprofissionalidade dentro de uma uma e associamos as técnicas e estratégias para criar a abordagem integrativa envolvem o contato chamada psicoterapia cognitivo-comportamental. Dentro e as discussões das equipes entre si desse rol de possibilidades, entram também como acerca do melhor para o cliente. O trabalho formas coadjuvantes e complementares as ciências solitário de cada um não caracteriza ligadas aos estados modificados de consciência, como a integração, e pode haver apenas a meditação e o mindfulness, a auto-hipnose, o yoga, um bando de profissionais atendendo a PNL, o EMDR, a terapia dos esquemas, a Psicologia individualmente o paciente sem se Positiva e a Psicoterapia Trajetória de Vida (PTV), que é comunicar. Isso pode ser até perigoso. uma junção elegante de uso da hipnoterapia cognitivocomportamental com a Psicologia Positiva.
à luz da neurociência evidências
publicações acadêmicas
Hoje em dia o senhor atua também como terapeuta, certo? Que vantagens vê no uso da hipnose nesse campo? A hipnose tem suficientes comprovações de resultados?
Atualmente faço ginecologia geral e psicossomática e terapia sexual. O uso da hipnose faz parte das minhas estratégias como terapeuta cognitivo-comportamental, e a grande vantagem da hipnose se encontra na rapidez e no acesso às vivências traumáticas que frequentemente fazem parte dos nossos comportamentos, já que todo comportamento é aprendido. Os comportamentos e
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O senhor trabalha unindo a hipnose e a Psicologia Positiva? De que forma?
A hipnose facilita o acesso a determinados aspectos do pensamento humano, diminuindo a censura crítica que geralmente é a grande vilã dos nossos processos de pensamento distorcidos: “eu nunca vou conseguir emagrecer”; “ eu não mereço ser rico”; “eu não vou ter disposição para enfrentar todo este processo de aprendizado”; “não vou
entrevista
imagens: divulgação
conseguir aprender”; “ninguém gosta de mim”... Esses exemplos nos mostram alguns dos pensamentos em que nosso senso crítico nos impede de atingir metas que gostaríamos. Com a hipnose, podemos criar experiências imaginárias, livres destas limitações, que irão nos proporcionar vivências positivas – ainda que imaginárias – e suas consequentes correspondências hormonais, neuropeptídicas, humorais, etc. Esse processo agiria como ativador da neuroplastia no sentido de reativar conexões que estão inibidas ou criar novas conexões que poderão ser mantidas à custa de técnicas de estados modificados de consciência como meditação, autohipnose, mindfulness etc. O
carro-chefe
genéticos) buscam, grosso modo, os responsáveis da PTV é a Quando teve início o uso pela felicidade. Chamam consistente de ambas carinhosamente esse projeto (re)experienciação as abordagens juntas, de “Busca da molécula sob no campo clínico? Já há da felicidade”. comprovação de que Vale ressaltar que a hipnose dos momentos essa junção é eficaz Psicologia Positiva é uma em que cada um tinha proposta moderna do ponto na terapia? Em que situações? vista estratégico, embora , de Um grupo de Portugal, as estruturas que a compõem capitaneado pelo sejam estudadas há muito apresentou professor doutor Mário tempo. Não é de hoje que permitiu o Simões, desenvolveu a perseguimos e estudamos estratégia psicoterapêutica resiliência, autoestima, de momentos bons denominada PTV, que autoconfiança, o valor do da vida, em vez de focar perdão e do autoperdão, lida individualmente com esses recursos e da ressignificação de nos assim possibilita novas acontecimentos anteriores, perspectivas de vida aos motivação… tudo isso com o pacientes que se propõem foco em “alcançar a felicidade”. à terapia. O carro-chefe dessa terapia é Seligman estruturou seu foco de deixar para basicamente a (re)experienciação imaginária trás os acontecimentos que podem nos ter sido sob hipnose dos momentos em que cada um ruins e focalizar os nosso recursos, e/ou a forma tinha autoestima forte, apresentou resiliência, como desenvolvê-los, no sentido de maximizar permitiu o perdão, de momentos bons da vida, todos os aspectos apresentados para que em vez de focar os problemas e traumas. atinjamos a felicidade. Entre 8 e 16 sessões, os pacientes conseguem Em suma, creio que a Psicologia Positiva seja ressignificar intensamente sua proposta de mais uma forma de abordagem a ser incorporada vida para uma meta de maior felicidade. a uma gama enorme de possibilidades para que Também lá, na Universidade de Lisboa, foi possamos cada vez mais proporcionar bem-estar montado um laboratório de pesquisa em às pessoas. Devemos dizer que não salivas, onde rastreando os traços-estados é a única e nem a melhor. Mas uma maneira (marcadores hormonais, imunológicos e até diferente dentro de uma visão progressista.
imaginária
autoestima forte resiliência, perdão, problemas e traumas
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bem-estar
Mindfulness
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As psicoterapias ocidentais têm como objetivo básico a “normalidade”. Já as tradições baseadas em mindfulness almejam uma meta muito mais ousada… • por Fabio Appolinário •
D
esde que Freud declarou ser o objetivo fundamental da psicoterapia transformar a “miséria histérica” em infelicidade comum, os esforços não apenas das psicoterapias de base psicodinâmica como também das cognitivo-comportamentais têm sido levar o paciente a uma condição de normalidade, ou seja, um indivíduo livre de angústias, tendo capacidade adaptativa preservada e isento
de comportamentos que não sejam cultural e socialmente esperados. Basicamente a normalidade encontra-se relacionada à ausência de sofrimento psicológico, bem como ao comportamento de um indivíduo dentro dos padrões esperados. Não sei quanto ao leitor, mas eu pessoalmente reconheço a impossibilidade da primeira assertiva, assim como me esforço razoavelmente para evitar a realização da segunda.
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em psicoterapia
bem-estar
A psicologia budista e as formas de psicoterapia ocidentais têm, de fato, muitas semelhanças – mas também algumas
diferenças fundamentais
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se encontra experimentalmente estabelecido que as práticas de mindfulness geram benefícios tangíveis à saúde mental e física das pessoas. Uma das áreas mais exploradas, por exemplo, referese à flexibilidade psicológica. Jean Piaget, um dos pioneiros das ciências cognitivas, teorizou sobre como interagimos com os objetos do conhecimento por meio de dois processos que ele denominou de “assimilação” e “acomodação”. As crianças, em seu curso de desenvolvimento, vão criando “esquemas” mentais do funcionamento do mundo (acomodação). Esquemas são estruturas mentais de natureza linguística e imagética que espelham em nossa mente as representações dos objetos do mundo: isto é uma mesa, um lápis, uma boneca, etc. Conforme o indivíduo vai crescendo e se desenvolvendo, ao entrar em contato com novas informações, duas coisas podem acontecer: ou ele associa a informação nova aos esquemas desenvolvidos em sua mente ou, quando a informação não se “encaixa” bem em seus esquemas, ela
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A psicologia budista e as formas de psicoterapia ocidentais têm, de fato, muitas semelhanças – mas também algumas diferenças fundamentais. Por exemplo, ambas buscam o alívio do sofrimento. As técnicas de mindfulness e as técnicas psicoterapêuticas ocidentais igualmente tentam aumentar o nível de autoconsciência do indivíduo. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, se esforça para que o paciente desenvolva a metacognição, ou seja, que ele consiga perceber os pensamentos e sentimentos que lhe passam pela mente e que estruturam suas crenças. As terapias de base psicodinâmica, apesar de estarem mais interessadas em compreender as origens das narrativas pessoais do paciente, também fazem um esforço intencional para que este crie consciência dessas narrativas, bem como não se identifique tanto com elas. Muitas formas de psicoterapia ocidental (gestaltterapia, por exemplo) buscam reorganizar a percepção do paciente sobre essas narrativas, ou mesmo propõem a construção de novas narrativas (terapia narrativa e psicoterapia cognitivo-construtivista, por exemplo). Por outro lado, há também diferenças. As psicoterapias ocidentais têm como objetivo básico a “normalidade” aqui discutida. Já as tradições baseadas em mindfulness almejam uma meta muito mais ousada: a iluminação – uma completa emancipação emocional, psicológica, moral e espiritual do praticante. Outra diferença fundamental ocorre em relação ao self: enquanto as psicoterapias ocidentais preocupam-se excessivamente com a autoestima e em criar um senso integrado e individualizado de self, essa ideia é considerada uma espécie de patologia em si mesma pela perspectiva da psicologia budista. O sofrimento, segundo essa última visão, advém precisamente do fato de considerarmos nosso self como algo separado dos outros selfs, da cultura e, em última instância, do universo. Todavia, deixando um pouco de lado essas diferenças, a psicologia ocidental começa a se beneficiar cada vez mais com essa aproximação Oriente/ Ocidente. Já
bem-estar
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O mindfulness nos propõe exercitar a experiência direta, em vez da experiência mediada pelo pensamento. É o que a Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness denomina de modos de funcionamento
“ser” e “fazer” das pessoas
cria, muda ou amplia o escopo do esquema (acomodação). Segundo Piaget, conforme envelhecemos, vamos ficando cada vez mais hábeis em assimilar, mas menos aptos para acomodar. Dizendo de outra forma: nossa flexibilidade psicológica vai ficando cada vez menor. A prática do mindfulness, por outro lado, ao dissociar o pensamento da consciência, provoca cada vez mais uma compreensão de que nossas crenças e nossos pensamentos (os esquemas de Piaget) não se referem necessariamente à realidade e que, portanto, não devem ser levados tão a sério. O mindfulness nos propõe exercitar a experiência direta, em vez da experiência mediada pelo pensamento. É o que a MBCT (Mindfulness-Based Cognitive Therapy – Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness) denomina de modos de funcionamento “ser” e “fazer”.
Ser e fazer Originalmente, a psicologia budista e, mais recentemente, a MBCT afirmam que a mente humana tem pelo menos dois modos de operar: o modo “ser” e o modo “fazer”. Este último é o nosso modo-padrão, uma vez que estamos quase o tempo todo fazendo alguma coisa, ou focando nossa atenção em julgamentos em relação às coisas. Geralmente o modo fazer opera em “piloto automático”, ou seja, dirigimos nossos automóveis, caminhamos, comemos e falamos sem estarmos plenamente conscientes do que estamos executando. Nesse modo, frequentemente estamos com nossos pensamentos em metas futuras ou relembrando e reanalisando o passado. O modo fazer evita que entremos em contato com pensamentos, sentimentos e experiências desagradáveis, pois nossa mente está sempre ocupada com alguma abstração, algum julgamento ou devaneio. Já no modo “ser”, intencionalmente nós saímos do piloto automático e começamos a viver no momento presente, prestando atenção e nos tornando conscientes do que está acontecendo conosco e no mundo aqui e agora. Podemos até ter pensamentos sobre o passado e o futuro, mas os presenciamos sem mergulharmos nas experiências que eles representam. Simplesmente consideramos esses pensamentos como eventos criados pela mente e passamos a escolher o que fazer com eles. Outra característica do modo ser é a aceitação: em vez de tentar escapar de experiências, pensamentos e sentimentos desagradáveis, não os evitamos. Abordamos essas experiências com curiosidade e interesse, sejam elas agradáveis, desagradáveis ou neutras. A MBCT faz uso de uma série de práticas e exercícios para levar o cliente a desenvolver mais a postura de “ser” – uma vez que o “fazer” já está mais do que estabelecido. Outras formas de psicoterapia contemporâneas, como por exemplo a ACT (Acceptance and Commitment Therapy – Terapia
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bem-estar
Especial atenção deveria
profissional também em casos específicos como por exemplo nos transtornos dissociativos – particularmente o transtorno de despersonalização. Para a psicologia budista a nossa identidade é criada momento a momento e a ideia de continuidade é apenas uma ilusão. Nossa mente cria a ilusão de self como um projetor de cinema cria a ilusão de movimento utilizando a rápida consecução de frames num filme. Quando sentamos e meditamos focando nossa atenção em nossa respiração por determinado período de tempo, podemos, por breves momentos, atenuar nosso senso de self. Um indivíduo que já tenha a tendência a experimentar sentimentos de irrealidade, causados, por exemplo, pelo uso de drogas psicoativas (cannabis, ecstasy, etc.), pelo estresse pós-traumático intenso, dentre outros fatores, poderia ter seus sintomas agravados. Ainda serão necessários estudos aprofundados para o uso do mindfulness nesses tipos de caso. Até lá, a prudência deveria ser a atitude mais recomendada no contexto clínico, bem como em práticas não clínicas conduzidas coletivamente, por exemplo, nos contextos empresariais ou educacionais.
ser dada pelo profissional em casos específicos como por exemplo nos transtornos dissociativos – particularmente o transtorno de
despersonalização
da Aceitação e Compromisso), enfatizam muito fortemente o processo de flexibilidade psicológica por meio da constatação de que a linguagem representa apenas uma ferramenta para a descrição de eventos, diminuindo o seu uso como instrumento de avaliação da realidade na qual o cliente está inserido. Mais uma vez, a ideia aqui é colocar o indivíduo em contato direto com a realidade, atenuando a mediação do pensamento, que é valorativo e, geralmente, inflexível – algo que a psicologia fenomenológica também já havia constatado décadas atrás.
Fabio Appolinário é psicólogo, mestre e doutor em psicologia pela Universidade de São Paulo. Consultor empresarial, coach e psicoterapeuta. Diretor científico do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento e da Positive Business School (PBS). Email: appoli@psicologiapositiva.com.br
Os riscos do uso do mindfulness em psicoterapia Embora o mindfulness seja um processo reconhecidamente benéfico para tratar uma ampla gama de transtornos e sofrimentos psicológicos, ele não está isento de riscos. Um deles é compartilhado com a maioria das técnicas psicoterapêuticas ocidentais tradicionais: as coisas tendem a piorar antes de melhorar. Ao aquietar a mente e entrar no modo “ser”, todos os sentimentos e pensamentos desagradáveis e dolorosos deixam de ser inibidos pelo nosso constante “fazer” (a psicanálise chamaria isso de atenuação do mecanismo de repressão). Isso é absolutamente normal e deve ser reconhecido e manejado pelo profissional por meio do acolhimento e do suporte no ritmo estabelecido pelo cliente. Especial atenção deveria ser dada pelo
saiba mais
Didonna, F. (Ed.) Clinical handbook of mindfulness. New York: Springer, 2009. Siegel, R. D. The Science of mindfulness: a research-based path to well being. A video course by The Teaching Company, 2014. Strosahl, K.; Thomas, G.; Robinson, P. A. Brief interventions for radical change: principles and practices of focused acceptance and commitment therapy. Oakland: New Harbinger, 2012. Teasdale, J.; Williams, M.; Segal, Z. The mindful way workbook. New York: The Guilford Press, 2014.
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Da molécula aos agentes ativos da felicidade english version click
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m funcionamento desde maio de 2015, o Laboratório de Interação Mente-Matéria de Intenção Terapêutica (LIMMIT), na Universidade de Lisboa, acolhido pela Faculdade de Medicina, dedica-se a investigar, no âmbito das neurociências e em caráter interdisciplinar, fenômenos
da parapsicologia e também a Psicologia Positiva, configurando-se um polo de pesquisa inovadora em Língua Portuguesa. Sua fundação foi de responsabilidade do médico e docente da Universidade, Mário Simões, e hoje conta com diversos colaboradores (incluindo brasileiros), mobilizando pesquisadores de outras
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Laboratório português produz pesquisas inovadoras em Língua Portuguesa: no campo da Psicologia Positiva, investigações resultaram em um modelo peculiar de terapia, que resgata as experiências prazerosas do paciente • da redação •
estruturas da Universidade, como, por exemplo, o Instituto Superior de Ciências Sociais e Política. Neste último se desenvolveu o Observatório da Felicidade Pública, campo de investigação sobre o qual a Psicologia Positiva também se debruça, com destaque para alguns poucos centros de pesquisa relacionados a essas áreas pelo mundo. Um dos estudos do LIMMIT é o Intention and Brain to Brain Communication with Non Invasive Techniques, de Anabela Ventura, em colaboração com o Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da Faculdade de Ciências de Lisboa. A pesquisa dedicou-se a verificar, por meio da eletroencefalografia, se, quando há uma intenção dirigida à outra pessoa, esta última sofre algum impacto em sua atividade cerebral. Trata-se de uma continuação da pesquisa de Anabela, no Canadá, quando suas investigações demostraram que, nesse tipo de situação, há sincronização do cérebro do voluntário em intenção com o daquele que a recebe (há ativação de áreas semelhantes no cérebro de ambos). Já a pesquisa À Procura da Molécula da Felicidade, do médico Jorge Martins, selecionou voluntários saudáveis para sessões de relaxamento profundo (técnicas similares à hipnose), durante as quais eles eram estimulados a lembrar de momentos de felicidade de suas vidas. O registro eletroencefálico desses pensamentos foi transformado em algo palpável para os participantes, como cores e sons, fornecendo uma espécie de biofeedback da experiência aos voluntários, por meio de um equipamento de realidade virtual. Antes e após essa etapa, amostras
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de saliva foram analisadas contendo diferentes moléculas proteicas antes e depois da experiência com emoções positivas. Um breve relato sobre a união entre hipnose e Psicologia Positiva pôde ser conferido nas páginas anteriores. O leitor pode conferir a seguir o desenvolvimento de um protocolo de atendimento em Psicologia Positiva no âmbito dos trabalhos do LIMMIT, descrito pelo próprio Simões e pela psicóloga brasileira Marisa Oliveira. Outros pontos de vista em assuntos correlatos, também desenvolvidos por autores portugueses ligados à Universidade de Lisboa, podem ser lidos na sequência do relato resumido de Simões e Marisa.
Pesquisa no LIMMIT dedicou-se a verificar, por meio da eletroencefalografia, se quando há uma
intenção dirigida à outra pessoa, esta última sofre
algum impacto em sua atividade cerebral 18
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Ecossistema Agentes Ativos da Felicidade (Psicoterapia, Oficinas & Coaching) • A partir de depoimento de
Mário Simões e Marisa Oliveira •
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Psicoterapia Trajetória de Vida teve seu início em 2008 e depois foi evoluindo até chegar aos Agentes Ativos da Felicidade. Atualmente é um Ecossistema, com um grupo de investigadores sobre a temática da Felicidade. Recentemente, esse grupo de seis membros reuniu-se para redesenhar a Psicologia Positiva à maneira luso-brasileira, conferindo-lhe uma forma singular. No Brasil, contamos com algumas entidades colaboradoras como o Instituto Brasileiro de Medicina Natural (Ibramena) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Já foram realizadas três formações de profissionais da área de saúde, educação e gestão em Portugal e no Brasil. Mário Simões (psiquiatra da faculdade de medicina da Universidade de Lisboa) e a psicóloga Marisa Oliveira (doutoranda em psicologia positiva) são os autores que se associaram aos colaboradores Helena Marujo (psicóloga) e Luís Miguel Neto (psicólogo),
José António (antropólogo) e Jorge Martins (médico doutorando em neurociências). Esses profissionais Declaram-se felizes, pois acreditam que a cada dia que passa mais pessoas aderem ao objetivo principal da proposta e o alimentam: o nascimento do paradigma do novo homem em prol do florescer da Nova Humanidade. Anos de trabalho em psicoterapia, tentando acompanhar as novas tendências mundiais, levam à conclusão de que os paradigmas e as referências temporais e espaciais dos pacientes estão sofrendo uma série de alterações (Ryan, Lynch, Vansteenkiste & Deci, 2011) para as quais não se encontram respostas coerentes, rápidas e duradouras nas teorias e práticas atuais. É convicção dos autores, o médico psiquiatra Mário Simões e a psicóloga Marisa Oliveira, que as formas de atuação na área da saúde mental devem se adequar aos
Estamos inseridos num
complexo sistema no
qual é inconcebível continuarmos a usar técnicas e modelos baseados em princípios
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psicoterapêuticos rígidos, herdados do passado, independentemente dos
bons resultados que possam ter obtido
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O objetivo é Levar o indivíduo a tomar
modelos culturais e às tendências de cada sociedade, dos padrões vigentes no momento. Os indivíduos estão hoje inseridos num complexo sistema no qual é inconcebível seguirmos técnicas e modelos baseados em princípios psicoterapêuticos rígidos, herdados do passado, independentemente dos bons resultados que possam ter obtido. Verifica-se que, de modo geral, uma psicoterapia de longa duração deixou de ser adequada aos indivíduos em um cenário de rápidas mudanças sociais. Isso uma vez que tempo é associado a dinheiro e tornou-se um bem escasso. Por isso, no processo terapêutico, é necessário cada vez mais é estabelecer metas em curto prazo, com e objetivos simples e bem definidos, atualizando o que a terapia breve centrada nas soluções propõe. Assim sendo, fez-se um trabalho pioneiro em associar os pressupostos da Psicologia Positiva com os estados alterados de consciência (uso de técnicas de relaxamento, meditação ou hipnose). O modelo pode ser aplicado na psicoterapia, em oficinas
e processos de coaching, em formato individual ou em grupo. Sua utilização compreende áreas da saúde, da educação, da gestão e da comunidade. Nessa proposta psicoterápica, realiza-se de dezoito a vinte encontros, sendo que nas – amodalidadess vertentes oficina e coaching totalizam oito sessões. Esse trabalho foi aplicado no Brasil na Prefeitura Municipal de Caeté (MG) e apresentado três vezes na Unifesp. Também foi apresentado na Universidade Federal da Bahia e no Instituto Brasileiro de Medicina Natural. Em Portugal, onde se originou, está inserido na Pós-Graduação de Hipnose Clínica da Faculdade de Medicina de Lisboa. Além de integrar o trabalho no LIMMIT, a proposta teve destaque no último Congresso Mundial da Psicologia Positiva na Flórida. A psicóloga Marisa Oliveira atualmente está validando as oficinas com um grupo de médicos no Centro de Saúde de Amora em Portugal. O médico neurocientista Jorge Martins também pesquisa a validação da Via Jubilosa, inserida como primeira etapa na Psicoterapia Trajetória de Vida Positiva no laboratório LIMMIT. Por meio da neurociência, estão sendo investigados biomarcadores associados ao bem-estar provocado por essa fase do atendimento. Os protocolos seguem oito encontros básicos, no sentido de definir uma Trajetória de Vida Positiva, descritos a seguir:
consciência de que o
otimismo pode
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ser aprendido por meio da atenção às interpretações que dá às situações vividas no seu cotidiano
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1. Via Jubilosa Procura-se consicientizar o indivíduo de que o otimismo pode ser aprendido por meio da atenção às interpretações que dá às situações vividas no seu cotidiano (Seligman, 1991). Neste encontro, espera-se que ele
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da linha do tempo. Questões emocionais mais graves são abordadas em sessões intercalares.
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4. O Corpo Fala Na quarta sessão o paciente deve se conscientizar da relação psicossomática, por meio de relaxamento, buscando as emoções no corpo, em tensões corporais, dores ou incômodo, assim como deve perceber e experimentar o bem-estar corporal.
crie ou recrie a sua trajetória de lembranças positivas, agradáveis, de prazer, desde a infância até o momento atual da sua vida. Após esta sessão, o paciente deverá procurar com mais frequência as memórias positivas de sua vida e sentir um bem-estar geral quando evoca um tema da sua via jubilosa por meio de imagens mentais, acionando todo o seu sistema sensorial. 2. Técnica Progressiva ou o Futuro Positivo Nesta fase o paciente irá criar imagens mentais, cenas e episódios positivos relacionados à sua vida futura. A intenção principal desta consulta é fornecer ao paciente uma “âncora no futuro” que lhe transmita esperança para o seu dia a dia no presente. Busca diminuir a resistência em trabalhar o passado, objetivo da sessão seguinte.
5. Resiliência Nesta etapa, estimula-se o paciente a identificar e desenvolver a prática da resiliência no seu cotidiano. Pretende-se desenvolver nele sentimentos de autoeficácia, autonomia, autoestima, capacidade de lidar com situações de mudanças, adaptações e resolução de problemas. Desenvolver a criatividade e expressividade, atitudes organizadas e planejadas e o senso de humor. Em suma, conscientizá-lo de que a resiliência é a resposta adequada e saudável diante de situações de risco. 6. Perdão e Gratidão Até a quinta consulta o trabalho foi, sobretudo, preventivo. A partir da sexta
Até a quinta consulta o trabalho é, sobretudo, preventivo, destinado a desenvolver as forças pessoais e as virtudes de caráter. A partir da sexta consulta e até a oitava, a intenção é a de potencializar as
3. Técnica Baseada na Terapia Reconstrutiva Vivencial Cognitiva (TRVC) ao Reciclar o Passado Sessão para reciclar positivamente o passado do paciente, buscando nele a autoconfiança necessária para lidar com o presente e o futuro. Destina-se a desprogramar corporal e mentalmente conflitos emocionais (Simões & Peres, 2003), Com a reprogramação mental e a “ancoragem positiva” em eventos positivos no corpo
forças adquiridas
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Aliada ao perdão
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desenvolve-se a atitude de gratidão para consigo e com as pessoas queridas e pelo trabalho de indivíduos ou de instituições consulta e até a oitava, a intenção é a de potencializar as forças adquiridas. Desejase que esta consulta estimule o paciente a perdoar a si e ao próximo. Que se desenvolva, também, a atitude de gratidão para consigo e pelas pessoas queridas, peloo trabalho de indivíduos ou de instituições. Esta etapa destina-se, ainda, a trabalhar o perfeccionismo e a integração social. 7. Metamorfose Esta consulta é considerada a “ressonância magnética” do estado físico, emocional, espiritual e social, na qual se deve . pPreparar o paciente para a decisão consciente a tomar sobre o seu futuro. Pretende-se que o paciente obtenha a medida exata daquilo que é, sem máscaras nem artifícios. Que entre em contato com os segredos mais guardados de sua intimidade, que não revela ao outro, nem ao próprio terapeuta. Este é o momento de reflexão sobre a decisão que terá de tomar na próxima consulta – é chegado o momento de saber que tem de tomá-la. Precisará de toda a sua coragem e sabedoria para a decisão a tomar para a sua autorrealização e transcendência, isto é, ser mais e melhor (Daniels 2005, cap. 7).
uma nova ressignificação de pensamentos e comportamentos centrados em suas potencialidades e em seu florescimento. Trata-se de um convite para alinhar a sua real vocação à sua missão na vida. Está ligada aos conceitos de mindfullness, flow e transcendência, oriundos da psicologia positiva e transpessoal (Saldanha, 2008). Entende-se por mindfullness o cultivo de uma consciência dos eventos do nosso dia a dia, bem como das sensações fisiológicas e psicológicas, associado às tentativas de ultrapassar o desejo de diminuir a incerteza na vida, e ainda à menor frequência do comportamento automático e do avaliar a si e os outros (Kabat-Zinn, 1982; Langer, 2002; Bishop et al., 2004). [Sobre flow, consulte a seção P ositive W iki]. Os autores convidam a conhecer a proposta completa no site www. trajetoriadevidapositiva.com. Professor e doutor, Mário Simões é docente titular de Psiquiatria da Universidade de Lisboa e diretor dos cursos de Pós-Graduação de Hipnose Clínica e Experimental da Universidade de Lisboa. Marisa Oliveira é psicóloga pela Universidade Federal de Minas Gerais (1984) com equivalência profissional pela Universidade de Lisboa. Primeira brasileira formada no Executive Master em Psicologia Positiva Aplicada da Universidade de Lisboa. Doutoranda em Psicologia Positiva em Portugal.
8. Ressignificar Positivamente a sua Vida A consulta tem o objetivo conduzir o paciente a uma opção de vida positiva, integrando suas vivências até o momento com
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e d a d i c i a fel na fala english version click
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Práticas meditativas associadas à reflexão sobre comunicação: uma construção social da realidade tendo a linguagem como determinante da qualidade de vida • por Luís Miguel Neto •
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ma das mais divulgadas e estudadas técnicas da Psicologia Positiva é a meditação. Ela retoma para o dia a dia e para a qualidade de vida das pessoas contemporâneas e ocidentais uma prática milenar cujas raízes vêm do Oriente e das religiões hinduísta e zen-budista. Na história da psicologia ocidental, a prática da meditação transcendental, como forma de relaxamento e revitalização, teve um importante papel e lugar. Contudo foi no âmbito da investigação mais recente da Psicologia Positiva que se veio não só comprovar, mas expandir e ampliar os efeitos salutogênicos desta prática milenar. O exemplo mais flagrante é constituído pela linha de investigação de Barbara Fredrickson sobre
os notáveis efeitos psicofísicos da Love and Kindness Meditation, a meditação sobre amor e bondade. A sua prática requer concentração e focalização pessoal primeiro na respiração e, a partir daí, na visualização imaginada de um envolvimento pessoal numa luz e numa energia pacíficas e bondosas que progressivamente se expandem, envolvendo as pessoas queridas, depois os menos amados e, por fim, todo o mundo. Em resumo, um procedimento prático, simples, nada dispendioso, acessível a todos e que proporciona resultados comprovadamente notáveis em termos neurológicos, de saúde física e qualidade de vida. É, no entanto, uma prática individual, mesmo quando realizada em grupo, e logo sujeita às circunstâncias de vida do praticante.
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A importância das relações Em paralelo, comprovamos no dia a dia a importância do relacionamento humano. As relações nos fazem felizes ou miseráveis e, muitas vezes, sentimos ambas as tonalidades emocionais em simultâneo. De fato, devido ao “erro fundamental de atribuição” – uma grande conclusão da Psicologia Social referente ao processo de pensamento automático e não consciente –, habitualmente atribuímos mais importância à personalidade das pessoas do que à força das situações e dos episódios vividos por – e com – elas. Por isso, a harmonia das relações e a felicidade individual são, frequentemente, mais a exceção do que a regra na vida de cada um. Quando as coisas correm mal em nossos relacionamentos, os nossos sentimentos, pensamentos e, sobretudo, as nossas emoções entram, digamos assim, numa “montanha-russa”. Às vezes, por cima e felizes, às vezes, por baixo e deprimidos, num ciclo infinito do qual é difícil ter a consciência plena e total.
A importância da linguagem Daí que uma “simples conversa”, um comum episódio comunicacional numa relação, pode adquirir o poder mágico de nos elevar e fazer felizes e realizados pessoalmente, ou de des-graçar completamente e deteriorar a relação. Alguns autores da comunicação nos diziam: “A qualidade dos teus atos de fala (minúsculos episódios comunicacionais) determina a tua qualidade de vida.” Nós acrescentamos: “E também a qualidade das tuas relações.” Esta ideia de a felicidade estar organicamente associada à comunicação humana e ter origem nela deriva de estudos da linguagem nos quais a ideia principal é a de que fazemos coisas com as palavras para evocar um título célebre
Uma “simples conversa”, um comum episódio comunicacional numa relação, pode adquirir o poder mágico de nos elevar e fazer felizes e realizados nos anos 60. Hoje dizemos não apenas isso, mas também que a nossa vida emocional e relacional é, em ampla medida, função da comunicação de que somos participantes.
Quando as relações correm mal por causa da linguagem Segue-se um check list informal de verificação para identificar se você entrou em uma dessas “montanhasrussas” emocional e relacional: Estou numa “montanha-russa” (isto é, num strange loop, ou padrão repetitivo relacional e emocional indesejável) quando... ... me sinto confuso(a) e desorientado(a); ... verifico que, quer as minhas posições, os meus sentimentos, as minhas interpretações e ações, quer os dos outros participantes, são imprevisíveis; ... não estou seguro(a) de que as intenções das outras pessoas são boas e respeitáveis; ... ao reagir aos comportamentos e inputs dos outros, tenho sentimentos e impulsos contraditórios; ... não consigo entender o que está se passando, apesar de conhecer os participantes; ... é difícil para mim confiar nas pessoas envolvidas; ... tenho esperança de que as coisas melhorem, mas no fundo não acredito nisso; ... repetidamente tenho a sensação de “voltar(mos) à estaca zero”. Esta consciência ajuda na descoberta da eventual necessidade de mudança, que pode e deve começar na linguagem – interior e relacional. Acreditamos, como Roy Baumeister, que a mudança na consciência é uma condição sine qua non para a felicidade. Mas como se sai destas montanhas-russas e se aumenta essa consciência?
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A vida não refletida positiva e criticamente
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não vale a pena ser vivida
Soluções positivas: a meditação sobre a linguagem No Executive Master de Psicologia Positiva Aplicada (EMAPP) da Universidade de Lisboa, temos adotado, nos últimos quatro anos, um posicionamento prático que procura fazer convergir os métodos e as técnicas da PP, como a meditação, com uma abordagem de construção social da realidade na qual a linguagem é determinante. A ideia fundamental consiste em convidar as pessoas, primeiro individualmente, depois em grupos, a meditar e refletir sobre episódios comunicacionais reais e significativos, de acordo com as palavras proferidas (atos de fala), os sentimentos e sentidos percebidos, e as decisões e os comportamentos resultantes. São usados também simples modelos gráficos para se ganhar consciência da complexidade envolvida. Deste modo, pretende-se obter uma consciência mais plena (mindfulness) dos episódios vividos, das possibilidades positivas da sua compreensão (o positivo e o negativo estão sempre associados na comunicação humana), dos pontos em que é necessária uma tomada de decisão e dos comportamentos decorrentes dessa reflexão (se genuínos e criativos, ou se meras redundâncias). Assim, aumentar a consciência e a profundidade sobre os nossos atos de fala, usando um modelo teórico que,
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aplicado às nossas comunicações reais, ajuda a dar-lhes uma plena compreensão e sentido e, assim, a ter poder para criar novas realidades, contribui para viver uma relação consigo e com os outros com mais qualidade, introduzindo rigor não apenas na quantificação da experiência, como a investigação em psicologia tanto gosta de fazer, mas também na linguagem e na sua capacidade de desenvolver pontes entre as pessoas e recriar positivamente as suas relações. Meditar sobre a comunicação e a linguagem expande as nossas opções na criação de condições de felicidade. A vida não refletida positiva e criticamente não vale a pena ser vivida. Luís Miguel Neto é docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, onde coordena cientificamente o Executive Master em Psicologia Positiva Aplicada e o Observatório para a Felicidade Pública. É investigador do Centro de Administração e Políticas Públicas e membro do Board of Directors da Internacional Positive Psychology Association.
saiba mais Neto, L. M. e Marujo, H. À. (2013). Das consequências psicológicas do Terramoto de Lisboa de 1755 a uma abordagem psicohistórica positiva e integradora. Revista ECOS – Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 3 (2), 248-266. C. Oliver, M. Herasymowych e H. Senko (2003). Complexity, Relationship and Strange Loops: Reflexive Practice Guide. Canadá: MHA Institute.
neurociência
Flexibilidade moral e afeto
positivo
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Uma investigação sobre as consequências indesejáveis das emoções positivas • por marco callegaro •
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Psicologia Positiva inicialmente concentrou suas pesquisas nas emoções positivas, que eram pouco estudadas em consequência da ênfase em doenças e psicopatologias. No entanto, com o desenvolvimento na área, surgiu outro ponto de vista, às vezes referido como Psicologia Positiva 2.0, que afirma ser também importante estudar o papel positivo das emoções negativas. Um panorama mais completo da mente humana só é possível se entendemos melhor tanto as emoções positivas quanto as negativas, o que inclui não somente o papel positivo de emoções negativas, mas o papel negativo de emoções
neurociência
Os sujeitos mais
positivas. Neste sentido, é importante investigar também as consequências indesejáveis de emoções positivas. Os estudos de Barbara Fredrickson demonstraram que um estado emocional positivo aumenta a flexibilidade cognitiva, a habilidade de redefinir e avaliar eventos de maneiras diferentes e não usuais. Sem dúvida, um estado de espírito positivo induz à abertura, criatividade e flexibilidade e leva à mobilização de outros recursos importantes. Mas existiriam problemas relacionados a estados positivos? O pesquisador Lynne Vincent e sua equipe da Cornell University acham que a flexibilidade cognitiva pode estar relacionada com flexibilidade moral, e eles avaliaram em um contexto experimental esta hipótese. Estes investigadores delinearam um experimento envolvendo oitenta universitários, os quais responderam a um questionário que engloba memórias autobiográficas em duas condições, sendo que uma induzia ao afeto positivo, enquanto a outra situação era emocionalmente neutra. Na condição de afeto positivo, os participantes recordavam de experiências que os faziam se sentir elevados, felizes e positivos. Já os sujeitos na condição neutra responderam a questões sobre atividades neutras do cotidiano. Posteriormente, foi analisado o desengajamento moral dos dois grupos, um conceito que reflete o grau em que as ações de uma pessoa são engajadas em princípios morais ou não. Os participantes na condição de afeição positiva tiveram maior grau de desengajamento moral, e nesta condição é mais possível se comportar de forma desonesta. Isso não significa dizer que a diluição moral é inevitável nesta condição, pois a autoconsciência pode limitar a expressão do autoengano no comportamento. Para investigar se o desengajamento moral poderia mediar a relação entre afeição positiva e desonestidade, os pesquisadores realizaram um segundo estudo, por meio do qual foi analisado, em especial, o papel da autoconsciência.
Inicialmente, os pesquisadores manipularam a autoconsciência solicitando que os participantes se sentassem em um cubículo com um espelho (situação de alta autoconsciência) e outro sem um espelho (situação de baixa autoconsciência). Depois os sujeitos assistiram a vídeos curtos, usados para induzir afetos positivos e neutros. Os indivíduos na condição de alta autoconsciência obtiveram baixos valores na escala de desengajamento moral quando comparados com os indivíduos com baixa autoconsciência. Os indivíduos na condição de afeto positivo foram mais significativamente desengajados moralmente quando comparados com os indivíduos de afeição neutra. Os sujeitos mais desengajados moralmente foram aqueles na condição de baixa autoconsciência e afeto positivo. Um resultado importante, contudo, indicou que os indivíduos com alta autoconsciência e afeto positivo não demonstraram grande desengajamento moral quando comparados com indivíduos da condição de emoções neutras. Ou seja, não é necessariamente a presença de estados emocionais positivos que nos leva a agir desonestamente, mas sim a presença, ou não, do ingrediente da autoconsciência. Nas condições de baixa autoconsciência, indivíduos que experimentaram emoções positivas roubaram mais dinheiro do que os que experimentaram afeição neutra. Já os estudantes com alta autoconsciência que experimentaram afetos positivos não roubaram mais dinheiro se comparados com os estudantes que experimentaram emoção neutra. Análises adicionais mostraram que até os participantes que experimentaram
desengajados moralmente foram aqueles na condição de baixa
autoconsciência e afeto positivo
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neurociência
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Estados emocionais positivos elevam a flexibilidade cognitiva, levando ao indesejável aumento da flexibilidade moral também. O cultivo da autoconsciência seria o antídoto para o problema
baixa autoconsciência levaram menos dinheiro quando experimentaram afeição neutra. Indivíduos com afeição positiva e baixa autoconsciência levaram mais dinheiro desonestamente do que em todas as outras três condições. O estudo concluiu que a flexibilidade cognitiva pode dar origem à hipocrisia moral, em que o indivíduo faz avaliações simultaneamente mais duras em relação aos outros e mais brandas em relação a si próprio. Portanto estados emocionais positivos elevam a flexibilidade cognitiva, levando ao indesejável aumento da flexibilidade moral também. Todavia este estudo mostra que existe um antídoto para o “canto da sereia” da flexibilização, que pode induzir a racionalizações e justificativas para ações desengajadas de suas consequências morais; o cultivo da autoconsciência. Aqueles que exercem uma vigilância sobre os vieses morais e escrutinam seu comportamento apoiando-se em valores e princípios podem conter e limitar a influência da excessiva flexibilidade em seu comportamento. Estados positivos são altamente desejáveis e produzem uma
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série de benefícios, mas precisamos estar alertas a este possível efeito colateral de uma maior propensão à desonestidade, cultivando nossa autoconsciência protetora. marco callegaro é psicólogo, mestre em Neurociências e Comportamento, diretor do Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva (ICTC) e do Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC). Autor do livro premiado O Novo Inconsciente: Como a Terapia Cognitiva e as Neurociências Revolucionaram o Modelo do Processamento Mental (Artmed, 2011). É presidente atual da Associação de Psicologia Positiva para a América Latina (APPAL). www.appal.org.br (Associe-se!)
saiba mais Fredrickson, B. L. (2013). Positive emotions broaden and build. In E. Ashby Plant & P.G. Devine (Eds.), Advances on Experimental Social Psychology, 47, 1-53. Burlington: Academic Press. Vincent, L. C., Emich, K.J. & Gonçalo, J. A. (2013). Stretching the Moral Gray Zone: Positive Affect, Moral Disengagement and Dishonesty. Psychol Sci. 24(4):595-9. doi: 10.1177/0956797612458806.
performance
A reconstrução
apreciativa
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da identidade pessoal A aplicação de um curriculum vitae positivo como atividade educativa e de desenvolvimento, para apresentação individual, traz benefícios surpreendentes • por Helena Marujo •
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reconstrução apreciativa da identidade pessoal é o exemplo de uma prática positiva que ajuda a reinventar e dar sentido à trajetória de vida no que ela tem de mais belo, mas também de mais difícil, e que, ao se desenvolver num contexto coletivo, promove simultaneamente a felicidade pessoal e a pública. Duas das mais relevantes críticas feitas à Psicologia Positiva incluem ser ela muito intraindividual e fundamentalmente focada na felicidade, enquanto experiência de prazer hedônico. Este ramo da ciência tem também sido simultaneamente amado e odiado pelas intervenções práticas que dela surgem. Quem as valoriza ressalta a sua simplicidade, a sua riqueza, o seu poder transformador e a democratização na aplicação e disseminação;
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performance
quem as desqualifica releva o caráter débil da avaliação rigorosa dos seus impactos (em especial, antes da sua disponibilização ao público), a sua apropriação habitualmente descontextualizada da cultura e das especificidades individuais, bem como a repetição exagerada de alguns desses instrumentos de mudança positiva em todo tipo de treino e formação. A proximidade entre as intervenções da Psicologia Positiva e as mais ativas e empreendedoras tendências que habitam as tendências culturais e a miscigenação com processos, serviços e produtos hoje tão divulgados e considerados por vezes esotéricos ou new age têm servido igualmente de alvo permanente de críticas, mas felizmente também servem para garantir que os especialistas neste domínio não se descuidem do rigor científico. Neste contexto, é importante adotar uma abordagem ao comportamento humano que pretenda complementar uma “ciência das falências” com uma “ciência de celebração da vida”. Este empenho traz a criação e a avaliação de inúmeras
Duas das mais
práticas interventivas. Assim, desde os seus primórdios, atividades como As Três Bênçãos, a Carta de Gratidão, o autoconhecimento e a expansão das virtudes e forças de caráter, o Melhor Eu possível/Best Possible Self, o O Melhor Eu Refletido/Best Reflected Self, a prática de atos de bondade, e tantas outras, se propagam de forma infatigável por meio de veículos diversos: publicações científicas, livros de autoajuda, todo tipo de mídia, ensino universitário, formações e workshops. Considerando fundamentais essas práticas, o trabalho realizado no Executive Master em Psicologia Positiva Aplicada da Universidade de Lisboa busca desenvolver e testar intervenções positivas promotoras, simultaneamente, de felicidade individual, mas sobretudo de felicidade coletiva. O tema da Felicidade Pública, por isso, assume grande importância. O modelo da Felicidade Pública, de origem latina, enraíza-se numa ética da virtude e do bem comum e se baseia nos bens relacionais (uma forma de relacionalidade genuína e não instrumental). Nesses tempos de crise observa-se que a mesma busca individual da felicidade não pode ser realizada sem levar a sério a social e relacional, e que não há, nem deverá haver, felicidade individual sem a pública.
relevantes críticas
feitas à Psicologia Positiva incluem o fato de esta ser muito intraindividual e fundamentalmente focada na felicidade enquanto experiência
de prazer hedônico 30
Tradição A ideia foi aplicar como tarefa educativa e de desenvolvimento a apresentação individual, em relação ao grupo de formandos, de um curriculum vitae positivo, retomando a tradição
performance
Os relatos mostram que o processo utilizado não apenas leva a uma revisão dos episódios de vida pessoal e profissional mais significativos numa configuração positiva como também abre
levam todos a um estado de fluir. O objetivo é auxiliar na construção de formas de identidade positiva e crítica nos futuros especialistas em Psicologia Positiva e consolidá-las. A missão de estudar de forma qualitativa o impacto dessa intervenção positiva – tarefa que nos últimos quatro anos foi feita por mais de 80 estudantes –, pedindo e avaliando, por meio de análise de discurso, promoveu relatos escritos após a vivência. O que esses relatos mostram é que o processo usado não apenas leva a uma revisão dos episódios de vida pessoal e profissional mais significativos numa configuração positiva como, na narrativa utilizada, se abrem possibilidades de expressão criativa amplas. Mesmo as situações de perda, luto, doença ou crises de vários tipos assumem, desse modo, novos significados e novas perspectivas. A intervenção causa um impacto sistêmico e relacional profundo, pois não apenas tem consequências pessoais positivas, como bons resultados familiares (é, muitas vezes, preparada com filhos, pais, companheiro(as), e alguns vêm participar da sua apresentação pública), bem como consequências palpáveis na qualidade da relação e na expressividade emocional genuína e recíproca entre todos dentro do grupo. Os resultados dessa atividade apontam para a obtenção de uma experiência de relacionalidade genuína e uma cadeia emocional promotora
possibilidades amplas de expressão criativa
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de autoconhecimento e autodescrição como base do processo formativo. O processo é simples: preparar e apresentar para a turma, que tem em média entre 25 e 30 pessoas, a sua história de vida – marcos essenciais, momentos relevantes, pessoas e processos significativos – de forma positiva e criativa. Cada estudante tem cerca de 30 minutos para a apresentação pública, tempo que se amplia e se transfigura, em consequência das emoções vividas, que
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performance
Foram abordadas questões como
suicídio de pessoas próximas, doenças cognitivas graves em familiares, a dor da infertilidade
ou os profundos desafios da homossexualidade e do desemprego numa sociedade que exclui e julga, a dificuldade de encarar o divórcio; em todas elas foi possível
enxergar luz e significado
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de proximidade e esperança entre todos. É como se conseguissem passar daquilo a que Marc Augé chama de “não lugares” – antíteses do lugar antropológico, tão presentes nas comunidades de hoje, onde todos estão imunizados contra o outro, fugindo das “feridas” que este pode provocar – para o reencontro com o rosto e o coração desse outro, na sua maior e mais intensa humanidade. Com essa atividade é possível domesticar o negativo sem nunca o expurgar – longe disso –, pois é mantida sempre uma atitude crítica conjunta sobre as condições de justiça e dignidade da vida, mas se promove uma “comunidade curadora”. Partilhar o mais profundo, dentro desse enquadramento de respeito e segurança, transfigura a experiência vivida. A reflexão sobre a vida que essa intervenção propõe é luminosa; o reviver dos momentos mais significativos, inevitável; o sentido de gratidão e valorização do que se tem, e do que se é, fica tangível; a ressignificação de
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uma narrativa pessoal e identitária apreciativa oferece um novo sentido sobre as coisas vividas; ao mesmo tempo que o olhar crítico sobre os acontecimentos ganha intensidade. Da análise dos relatos avaliativos feitos pelos alunos em relação à intervenção do currículo positivo destaca-se uma miríade emocional – tristezas e alegrias, fracassos e orgulhos, medos e coragens, frustrações e entusiasmos, humildades e celebrações, inquietações e serenidades –, mas, sobretudo, também a capacidade de colocar em perspectiva caminhos mais resilientes.
Luz e significado Na apresentação do currículo positivo foram abordadas questões como suicídio de pessoas próximas, doenças cognitivas graves em familiares, a dor da infertilidade ou o horror de uma vida de consumos, os profundos desafios da homossexualidade e do desemprego numa sociedade que exclui e julga, a dificuldade de encarar o divórcio ou a doença de um filho; em todas elas foi possível observar luz e
performance
“Com a apresentação do
significado, resquícios de felicidade, mas possível mobilização para ação, quando necessário e urgente. Já foram registrados currículos positivos apresentados em forma de filme, em quadros exclusivamente pintados para a atividade, em diálogos, em poesia, histórias lidas em silêncio e de olhos vendados, ou proclamadas no escuro, onde a luz das velas se foi acendendo à medida que emergia uma nova visão ou o propósito de tudo. A seguir, alguns exemplos dos resultados obtidos no estudo qualitativo realizado, que avalia o impacto da atividade: “Para mim a elaboração do currículo positivo foi um desafio. Primeiro, pensar como iria organizá-lo, o que dizer, o que mostrar de mim… Iria manter a postura de só revelar o que quero que vejam em mim, ou começar a mostrar quem realmente sou?” “Refletir e redigir o meu currículo positivo foi um exercício de introspeção que me conduziu numa expedição do passado ao presente. Ao longo dessa viagem existencial, recuperei algumas memórias, revivi histórias, reforcei a importância das pessoas que fizeram parte da minha vida e, sobretudo, tomei consciência do significado das experiências que vivi ao longo da minha caminhada.” “Com a apresentação do currículo positivo, as vivências dos outros e as nossas nos fazem repensar em como viver de forma mais autêntica, e com mais bem-estar e felicidade.” “Durante a preparação recuperei muitas memórias, boas aprendizagens e algumas vivências que foram mais desafiadoras… relativizei o que me foi acontecendo pensando na minha educação, no meu crescimento pessoal, nas minhas experiências de
currículo positivo, as vivências
dos outros e as nossas nos fazem
repensar
em como viver de forma mais autêntica, e com mais
bem-estar e felicidade.”
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vida e no envolvimento da época em que foram acontecendo. Tudo me transformou no que sou hoje e no que quero para continuar a evoluir, a crescer e a ser!” “A apresentação pública foi um desafio pessoal muito grande, muito positivo e muito emotivo…” “No rescaldo desse trabalho sintome orgulhoso de mim, feliz por ter conseguido mostrar melhor quem sou e o melhor de quem sou… mais uma vez, senti que quando consigo me ultrapassar, e aos meus medos, e ser mais eu, me encontro nos outros e me sinto mais completa!” Helena Águeda Marujo é docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, onde é coordenadora executiva do Executive Master em Psicologia Positiva Aplicada e do Observatório para a Felicidade Pública. É secretária do mestrado em Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos e investigadora do Centro de Administração e Políticas Públicas. Membro do Board of Directors da International Positive Psychology Association. hmarujo@iscsp.ulisboa.pt
saiba mais Gergen, K. J. (2009). Relational Being: Beyond Self and Community. New York: Oxford. Marujo, H. Á. & Neto, L. M. (2014). Felicitas Publica and community wellbeing: nourishing relational goods through dialogic conversations between deprived and privileged populations, Journal of Psychology in Africa, 24(1): 161-181. Marujo, H. Á. & Neto, L. M. (2013). Positive Nations and Communities: Collective, Qualitative and Cultural-sensitive Processes in Positive Psychology. Dordrecht: Springer. Bruni, L. & Porta, P. (Eds.) (2016). Handbook of Research Methods and Applications on Happiness and Quality of Life. Camberley: Edward Elgar Publishing.
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A descoberta da Psicologia Positiva
Professora de medicina dentária em Lisboa adere ao movimento, revelando a forte relação entre níveis de bem-estar e lesão musculoesquelética em dentistas portugueses • por Rosário Mexia •
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sensibilidade pelos sentimentos e pela dor humana, abrangendo as suas vertentes física, emocional e familiar e a preocupação com o seu alívio, foi determinante tanto para a escolha do meu primeiro curso, ao ingressar na Faculdade de Medicina, quanto na escolha anos depois do mestrado em Psicologia das Emoções. Foi crescente e marcante na minha vida a constatação das limitações que as emoções podem ter na vida acadêmica e no exercício clínico da Medicina bem como na vivência da felicidade e da dor, física e mental. A seguir, o doutoramento na área do stress e da felicidade, pesquisando a influência das emoções nas queixas de dor física, foi a concretização de um sonho acadêmico e pessoal. Paralelamente, e ao longo dos últimos 36 anos, mantive o foco na família e
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o empenho e a devoção pelo ensino da medicina dentária na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Em paralelo com a vida acadêmica e profissional, também me interessava pela filosofia do Dalai Lama. Ainda me é presente o encontro que tive com ele em Portugal. A ideia da união da ciência com a espiritualidade tomou cada vez mais a minha atenção, seguindo como podia, na época, os encontros promovidos pelo Dalai Lama e pelos cientistas. Os estudos de Daniel Goleman foram marcantes para mim; primeiro, nos anos 90, com o tópico da inteligência emocional, e posteriormente, com os relatos desses encontros (promovidos pelo Dalai Lama com os neurocientistas, unindo a ciência e a espiritualidade).
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A seguir tomei conhecimento do laboratório Mind & Life Institute (fundado em 1987 pelo líder espiritual do Tibete, por um neurocientista e um advogado para desenvolver os estudos sobre a mente e a sua compreensão com o objetivo de reduzir o sofrimento e aumentar a felicidade e o bem-estar do ser humano). Tive, então, a certeza de que vivemos numa era de descoberta da ciência no que se relaciona ao florescimento humano. Na verdade os avanços das neurociências nos últimos anos foram imensos e marcantes. Em especial os desenvolvidos em Wisconsin sob a orientação do professor Richard Davidson provando ao mundo da medicina como a meditação pode moldar o cérebro, alterando forma e funções de algumas áreas cerebrais. Na área da meditação temos hoje suficiente evidência científica que atesta a sua influência não só na mente e no cérebro, mas também em algumas funções relacionadas ao nervo vago, como as digestivas, cardíacas etc. O ano de 2007 foi marcante, com a presença do Dalai Lama em Portugal, que durante três dias encheu com mais de mil pessoas o auditório da FMDUL para ministrar ensinamentos sobre o desenvolvimento da dentária em Portugal. Este mestrado foi paz interior. Estar ali na minha querida faculdade de a base estruturante para os estudos do medicina dentária para conhecer o desenvolvimento da doutoramento e em especial da felicidade. mente e da paz interior foi para mim como um sinal do Depois de estudar o stress, a ansiedade universo de que, sim, seria possível eu poder fazer uma e o burnout, a ideia de trazer para a ponte entre a psicologia, o florescimento e a medicina! Faculdade de Medicina dentária os Ainda nesse ano “descobri”, numa conversa de estudos das emoções positivas e da aeroporto à espera de um avião felicidade era uma convicção. a caminho de Dubai, que as Eu ainda não sabia! O doutoramento Como? emoções são mensuráveis, e que Naquela época, o estudo da até podíamos “medir” os níveis do felicidade em Portugal estava na área do medo, da depressão ou de qualquer sendo iniciado e constituía um e da emoção! Na verdade, essa ideia era, tema impensável de entrar naquela época, muito estranha para nas faculdades de medicina. pesquisando a uma simples dentista. Ficou claro Comecei, por isso, por estudar para mim, desde então, que estudar as patologias, como era costume as emoções, aprender como nas faculdades dessa área – as controlar as negativas e promover de ordem física e psicológica as positivas seria a oportunidade relacionadas ao exercício da nas queixas de de poder diminuir o sofrimento e medicina dentária. A literatura , foi aumentar a felicidade. mundial refere enfaticamente Em 2010, fui a primeira pessoa a a concretização que os médicos dentistas têm defender em Portugal um Mestrado níveis de stress, ansiedade e de um em Psicologia das Emoções, com depressão elevados bem como uma tese versando sobre o tema do também uma alta incidência acadêmico e distress e da regulação emocional de sinais e sintomas de lesões nos estudantes de medicina musculoesqueléticas [daí a
stress felicidade,
influência das emoções dor física
sonho
pessoal 36
testimonial relacionar essas questões com como o recente World Happiness A ideia da o nível de felicidade e emoções Report ou o World Database of positivas desses profissionais foi Happiness, organizado por Ruut apenas um passo]. com a Veenhoven, da Universidade Extraordinariamente de Roterdã. Foi apaixonante! E determinante para o avanço deveras inspirador para a minha dos meus estudos da felicidade vida e para o desenvolvimento dos tomou cada vez foi o encontro com Matthieu meus estudos de doutoramento. Ricard no Nepal, no centro de Eu descobri que as escalas de mais a minha retiros de três anos, o Shechen subjetiva desenvolvidas atenção, seguindo felicidade Retreat Center, a 40 quilômetros pela cooperação entre o Mind de Catmandu, que fica perto and Life Institute, na pessoa de como podia, de Namo Buddha. Matthieu Matthieu Ricard, e a Universidade na época, os Ricard estava lá e eu tive ainda Blaise Pascal, na França, eram a fantástica oportunidade de ser exatamente as escalas de recebida em particular por ele e felicidade a que eu queria alcançar promovidos pelo e que eu acreditava estar em colocar-lhe as minhas questões e as minhas dúvidas em relação e sintonia com a minha ideia de ao desenvolvimento dos meus felicidade. Elas tinham sido pelos estudos da felicidade. O então desenvolvidas justamente para monge foi um homem da ciência, medir dimensões distintas da tendo desenvolvido os seus estudos de doutoramento felicidade: por um lado, a paz interior e em biologia molecular orientado pelo prêmio Nobel o contentamento, verdadeiros pilares de François Jacob. O seu raciocínio científico, aliado a uma felicidade autêntica e estável, mas uma mente brilhante e a uma memória reforçada também a felicidade flutuante e instável, pelo intenso treino em meditação, faz de Matthieu ligada à instabilidade e à flutuação das Ricard um dos cérebros mais brilhantes da atualidade. nossas emoções durante o dia. Na verdade, cérebro e coração, se considerarmos o Eu já havia pesquisado e achava que trabalho humanitário que desenvolveu nos últimos os existentes e utilizados questionários anos no Nepal, na Índia e no Tibete por meio do Karunade felicidade não conseguiam medir Shechen, a organização que ele fundou no ano 2000. “qualquer coisa de diferente” que faz com A essa altura Matthieu Ricard já havia participado que pessoas que têm tantas preocupações de alguns estudos de neurociência dos laboratórios e desgostos como por exemplo o Dalai de Wisconsin e sido considerado o “Homem mais Lama pareçam tão felizes e transmitam feliz do planeta”, em virtude dos resultados de suas tanta serenidade e felicidade. ressonâncias magnéticas! A partir daí, todo o meu doutoramento No meu encontro com Matthieu Ricard ele me ficou claro e delineado em minha forneceu todas as dicas de que eu precisava, sendo mente: estudar a relação entre o meu primeiro e grande conselheiro para o estudo o stress, a felicidade e as lesões da felicidade. Foi ele quem me levou a conhecer os musculoesqueléticas nos médicos verdadeiros cientistas da felicidade, tais como Richard dentistas portugueses. No entanto as Layard, Daniel Gilbert (Stambling on Happines), Sonja escalas não estavam ainda validadas Lyubomirsky (LOVE) e os “bosses” Martin Seligman, para a população portuguesa. Assim, Ed Diener, Barbara Fredrickson; Richard Davidson o meu primeiro grande estudo foi o (e o seu admirável livro The emotional life of your da validação em Portugal das escalas brain). Foi também Matthieu Ricard quem, lá no alto de felicidade autêntica e estável e da dos Himalaias, me fez conhecer as grandes bases de felicidade flutuante, instável. A amostra dados de felicidade em mais de 150 nações do mundo, foi grande, com 1.338 participantes online
união da ciência espiritualidade
encontros
Dalai Lama cientistas
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Mário Simões e pela psicóloga Marisa Oliveira, é a aplicação na prática daquilo que a ciência e, em especial, os avanços da neurociência vêm provando nos últimos anos. É possível aumentarmos os nossos níveis de felicidade sentidos e vividos pela prática de determinadas intervenções positivas, as chamadas “positive psychological interventions”, já amplamente apresentadas à comunidade científica por brilhantes autores e investigadores como Sonja Lyubomirsky, Schueller, Cohn, Barbara Fredrickson, Parks e Descobri que e 1.018 na versão escrita, constituindo Dambrun, um dos coautores um total de 2.356 portugueses com Matthieu Ricard as emoções são com idades compreendidas entre os 18 e os das escalas de felicidade 91 anos; ela tem representado todos os , autêntica estável e de distritos de continente português, as felicidade flutuante. e que até ilhas da Madeira e dos Açores e ainda E não é preciso ser religioso portugueses emigrantes em trinta podíamos “medir” ou crer em Deus para ser países diferentes. espiritual e fazer o bem, os de Um ano depois, quando voltei a me como disse o Papa Francisco. encontrar com Matthieu Ricard em Este ser extraordinário, , de Portugal (em Lisboa, em 4 de maio de junto a quem estive há uma 2014, na conferência sobre “Altruísmo semana em Roma, promove e Felicidade”; e no Porto, em 5 de em nós, simples seres, a ou de qualquer maio de 2014, no encontro sobre mesmíssima emoção que “Meditação e Ciência”), eu já havia o Dalai Lama, com aquela emoção! Essa feito toda a análise dos dois estudos e contagiante vontade ideia era muito sua ainda a comparação de dados entre as de fazer o bem e promover amostras online e impressas. para a união e a felicidade entre No meu estudo final do os homens. Ambos, apesar uma doutoramento, “Relationship between das imensas preocupações Happiness, Stress and Musculoskeletal que a liderança das suas Disorders in Portuguese Dentists”, comunidades espirituais pude concluir, entre outras coisas, a lhes dão, conseguem, pela forte relação que existe entre a felicidade flutuante, forte energia de bondade e de alegria instável, e a presença de stress e de queixas de lesões contagiantes que deles emana, mostrar musculoesqueléticas na população estudada. ao mundo como ainda há esperança em podermos contribuir para diminuir o novo Ecossistema sofrimento e as suas causas e aumentar Integrar o meu doutoramento à prática do Ecossistema os níveis de felicidade entre os homens! dos Agentes Ativos da Felicidade (Psicoterapia Trajetória de Vida – PTV Oficinas e Coaching) é contribuir para a filosofia Rosário Mexia, DMD, MS, Ph.D. Professora deste projeto e do paradigma do Novo Homem em prol da auxiliar na Faculdade de Medicina Dentária Nova Humanidade! da Universidade de Lisboa, Portugal. Lisboa, maio de 2016. O extraordinário programa criado pelo psiquiatra
mensuráveis níveis medo depressão
estranha simples dentista
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leituras
Uma percepção mais aguçada
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Obra aborda como tema central o Capital Psicológico Positivo, mostrando a atualidade dos estudos do comportamento organizacional • por Andréa Perez Corrêa •
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tualmente, ninguém tem mais dúvidas de que a Psicologia Positiva chamou a atenção de diversos segmentos. Inicialmente, com um crescimento mais significativo nas pesquisas sobre os pilares das emoções positivas e sobre os aspectos positivos dos indivíduos. O que vemos, neste momento, é um crescimento cada vez mais relevante no campo das organizações. E isso é, além de ótimo, essencial para que tenhamos organizações mais “humanas” e que lancem mão dos aspectos mais positivos de seus stakeholders, visando não apenas aos ativos
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tangíveis, mas ativos intangíveis que, cada vez mais, conquistam e cativam clientes na hora da escolha de um produto ou serviço, neste momento em que o desenvolvimento sustentável é promessa para toda a humanidade. Essa história não vem de agora. Estudiosos do campo do desenvolvimento de recursos humanos, gestão organizacional, liderança, planejamento estratégico, comportamento organizacional, entre outras áreas do mundo corporativo, vislumbraram, já há algum tempo, que os temas da Psicologia Positiva seriam aplicáveis nos contextos
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leituras
Estudiosos
organizacionais, mesmo que sociais, assim como do com algumas adaptações. identificadas soluções desenvolvimento de Essa foi a análise pertinente de alternativas com estudiosos como Fred Luthans, perspectivas mais positivas recursos humanos, Carolyn M. Youssef-Morgan, sobre as organizações, gestão organizacional, Bruce J. Avolio, Kim Cameron, seus processos e Gretchen M. Spreitzer, P. Alex recursos humanos. liderança, Linley, Susan Harrington e Nicola planejamento Invasão Garcea, para não me estender Tendo como temática muito nas indicações. estratégico e central o Capital Em um segmento em que a comportamento Psicológico Positivo, globalização e seus desafios chamado abreviadamente tecnológicos trazem, juntamente, organizacional de PsyCap, os autores a urgência de inovações esboçam logo no início organizacionais que posicionem da obra, de forma muito as empresas em condição de que os temas da clara, o momento pelo competitividade, voltar a atenção qual passou o campo de para o desenvolvimento de novas Psicologia Positiva estudos do comportamento iniciativas que favoreçam esses seriam organizacional. A resultados é quase obrigatório área editorial, talvez na concorrência do mercado. nos percebendo o “filão” do Vamos à dica: a sugestão mundo organizacional, desta edição da MIP-Mag sempre sedento por novas da Coluna Leituras traz metodologias e abordagens inovadoras, Psychological Capital and Beyond, exatamente uma recheou as livrarias com modelos de obra que representa o resultado dessa percepção mais desenvolvimento corporativo, com uma aguçada sobre os pontos de contato entre o campo do literatura sem base teórica, batendo comportamento organizacional e a Psicologia Positiva. recordes de vendas com best-sellers Considerando que estamos vivendo em um dos de gurus motivacionais. Um aspecto momentos mais interessantes e dinâmicos da história latente dessas publicações, considerado da humanidade, os autores dessa obra reconhecem válido por esses estudiosos do campo que é premente que líderes e governos desenvolvam organizacional, diz respeito ao foco no iniciativas para que possam ser enfrentados problemas positivo sobre as organizações e seus recursos humanos. Diante desse cenário, os autores relatam a construção do Positive Organizational Behavior (POB), o qual lançou mão da cientificidade dos estudos da Psicologia Positiva para fornecer base teórica credibilizada ao campo das organizações, fazendo frente às publicações de “autoajuda empresarial”, essas sem consistência científica e sem abordagens baseadas em evidências a partir de pesquisas sérias e consistentes. Feitas essas devidas considerações sobre o POB, que possibilitou uma
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aplicáveis contextos organizacionais
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leituras
aplicação teórica do PsyCap nos contextos do trabalho, alguma forma, faz com que haja mais os autores abordam ao longo dos dez capítulos o interatividade do leitor com a obra e com Capital Psicológico Positivo e os construtos que o o tema. Como assim? Cada capítulo, no compõem, que são identificados pelo acrônimo HERO seu início, traz uma ou mais sugestões (Hope, Efficacy, Resiliency e Optimism), por serem de Opening Video, que os autores considerados os que melhor atendem aos critérios indicam que seja assistido pelo leitor, estabelecidos que indicam no capítulo 2 de forma clara o qual, posteriormente, é convidado e de fácil entendimento. a refletir com base em algumas Além desses pontos, apresentam em suas 318 perguntas que são sugeridas pelos páginas o que denominam como Potential PsyCap, autores. Os vídeos apresentam ícones estando entre eles: Creativity, Flow, Mindfulness, nos campos dos temas abordados em Gratitude, Forgiveness, Emotional Intelligence, cada capítulo, trazendo a essa proposta Spirituality, Authenticity e Courage. Quando uma ambientação aos temas por quem instituíram os quatro construtos para compor o sabe profundamente o que diz. PsyCap, os autores foram absolutamente claros Fora isso, os capítulos são finalizados ao elucidar que esses não esgotam uma lista de com um Case Study, para o qual, da possibilidades para considerar como PsyCap e mesma forma, é apresentado um vídeo destacam que os Potential a ser visto pelo leitor, após o qual PsyCap apresentam relevância também são incluídas algumas Em um e possibilidade de inclusão no questões para reflexões. PysCap agora e no futuro. Considerando essas iniciativas segmento em Compondo ainda outro dos vídeos e dos questionamentos, que os capítulo da obra, os autores a proposta é bem interessante, esboçam detalhes sobre a em especial, para ser utilizada em medição do PsyCap e sobre sala de aula para aprofundamento trazem a os modelos de medições já de reflexões sobre os temas, ou, desenvolvidos. Além disso, até mesmo, em treinamentos de apresentam proposta de “in company”, para análises que desenvolvimento do PsyCap possibilitem a customização ao no contexto organizacional, contexto de cada empresa. organizacionais por meio da intervenção que Oportunidade denominam como Psychological que posicionem Outro destaque que aponto Capital Intervention (PCI), e as empresas nesta obra é a reunião de estudos ainda um modelo de abordagem simples e prático para o em condição de e pesquisas em torno dos temas POB e PsyCap. Passando pela potencial Return on PsyCap competitividade, revisão de literatura de minha Investment, apresentando dissertação de mestrado sobre o diversos exemplos hipotéticos tema PsyCap, vejo a obra como de como calcular seu impacto financeiro. para uma oportunidade ímpar para aqueles que desejam conhecer Terminam o livro com iniciativas que de forma mais aprofundada os uma descrição do cenário temas que aborda. São indicados atual relativa ao estudo do incontáveis estudos desenvolvidos PsyCap, bem como às suas esses resultados desde 2002, quando começou a perspectivas futuras. ser concebido o POB, que fizerem O livro, em todos os é com que fosse formado um capítulos, apresenta uma arcabouço teórico mais completo mesma formatação e, de
desafios tecnológicos urgência inovações
voltar a atenção
favoreçam
quase obrigatório 41
CadaPopulation capítulo, no início, World Dayseu Background
traz uma ou mais sugestões de Opening Video, que os autores indicam que seja assistido pelo leitor, o qual, posteriormente, é convidado a refletir com base em algumas perguntas que são sugeridas pelos autores e de maior abrangência sobre os temas. As referências bibliográficas de cada capítulo são, sem sombra de dúvida, um presente aos leitores que não dispõem de acesso a plataformas de obras indexadas de artigos e reviews, por exemplo. Tenham absoluta certeza de que com esta obra vocês terão em mãos muito do que procuram para conhecer e compreender o POB e o PsyCap, com bases acadêmicas. Quanto à facilidade da leitura, destaco que a considero leve e de fácil compreensão, apesar de toda a escrita tecnicamente acadêmica, o que torna o livro uma obra excelente de ter em sua prateleira. Os autores são grandes estudiosos que vêm desenvolvendo desde o início do POB e do PsyCap trabalhos, estudos e pesquisas sobre os temas.
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Destacamos Luthans por sua notoriedade neste campo. Na base Scopus, é indicado com 127 estudos ou obras e é o mais relevante nos temas, tendo publicado, segundo o site Good Reads, em torno de 34 livros. No Google Scholars Citations, são indicadas 38.562 citações de seus trabalhos em outros estudos. Pode-se perceber que é uma história longa e séria de estudos. A minha sugestão sobre adquirir essa obra se atém não apenas à sua qualidade e à sua utilidade para quem deseja conhecer os temas que aborda, mas reserva-se, ainda, à minha convicção de que precisamos desenvolver mais iniciativas nos contextos organizacionais que possibilitem a aplicação de abordagens que utilizam a Psicologia Positiva. Dessa forma, essa obra pode ser um bom começo para você. Que tal iniciar logo as suas leituras e se preparar para se aventurar no mundo organizacional? Boa leitura! Andréa Perez Corrêa é pós-graduada em Psicologia Positiva e Coaching, mestranda em Sistemas de Gestão na Universidade Federal Fluminense, membro-fundadora do Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva (IBRPP), docente do MBA Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva do Instituto de Pós-Graduação (IPOG). Dedica-se à disseminação da Psicologia Positiva e é criadora da Biblioteca Positiva. E-mail: acorrea97@hotmail.com. Site: www.ibrpp.com. br. Facebook Andréa: http://on.fb.me/1O97CZm. e Biblioteca Positiva: http://on.fb.me/1Mejd8T
Ficha técnica
Psychological Capital and Beyond Autores: Fred Luthans, Carolyn M. YoussefMorgan e Bruce J, Avolio Publicação: Oxford University Press Ano: 2015
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Cinco empresas globais unem forças para combater a exploração de trabalhadores migrantes A Coca-Cola, a HP Inc., a Hewlett Packard Enterprise, a IKEA e a Unilever lançaram uma nova colaboração: o Grupo de Liderança para Recrutamento Responsável, focado em promover o recrutamento ético e combater a exploração de trabalhadores migrantes em cadeias globais de suprimentos em indústrias. As cinco empresas fundadoras comprometeramse com o princípio “o empregador paga”, a fim de garantir que nenhum trabalhador pague por um trabalho – as despesas de recrutamento deverão ser imputadas não pelo trabalhador, mas pelo empregador. A promessa de melhores salários no exterior pode resultar em casos de exploração, com trabalhadores pouco qualificados pagando altas taxas de recrutamento, assumindo grandes dívidas, e, potencialmente, encontrando-se em situações de trabalho forçado. O Grupo de Liderança defenderá o princípio “o empregador paga” dentro de suas próprias indústrias e também incentivando outras empresas a se comprometerem do mesmo modo, para que uma mudança positiva ocorra em todos os setores. O Grupo de Liderança também irá trabalhar no desenvolvimento de um roteiro prático para apoiar essa mobilização. imagens: freepik
(Fonte: Good News Agency)
Esta seção prestigia e divulga o trabalho da Good News Agency, que proporciona boas notícias às mídias do mundo inteiro, com material em inglês, italiano e português. (clique no link para saber mais)
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Um evento chamado “Ame seu vizinho muçulmano” foi recentemente organizado pelo Conselho Interfé do condado de Contra Costa. O reverendo Will McGarvey e o Círculo de Cooperação do Conselho Interfé do condado de Contra Costa organizaram uma série de nove eventos com o tema “Ame seu vizinho muçulmano”, a fim de introduzir nas congregações cristãs os muçulmanos que vivem em suas comunidades. A conexão pessoal espantou o medo do desconhecido e aproximou os membros da comunidade, tornando mais difícil que estereótipos prejudiciais floresçam. Ao longo de nove eventos realizados em uma variedade de diferentes congregações
cristãs, o Círculo de Cooperação do Conselho Interfé do condado de Contra Costa tem iniciado e facilitado cruciais discussões a respeito de alguns dos principais equívocos relacionados aos muçulmanos, com até 200 participantes. O intercâmbio inter-religioso varia de painéis de discussão conduzidos por muçulmanos americanos de diferentes etnias, seitas religiosas, identidades de gênero, e assim por diante, até conversas mais íntimas e informais, por meio das quais os membros da comunidade não muçulmana possam verbalizar curiosidades que sempre tiveram, mas nunca souberam como ou a quem perguntar para desvendá-las. (Fonte: Good News Agency)
Aprender a sobreviver pode ser divertido A MAG e os Palhaços Sem Fronteiras criaram lições que poderiam ser as mais importantes da vida de algumas crianças. A apresentação foi feita em escolas no Líbano, mostrando a vulneráveis refugiados sírios e crianças libanesas os perigos das minas terrestres, das bombas de fragmentação e de outros itens explosivos. As crianças também receberam jogos criados especialmente para este programa e folhetos para compartilhar com os irmãos e membros da família e conscientizar toda a comunidade. (Fonte: Good News Agency)
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Estados Unidos – Derrubando a islamofobia por meio do amor
Mobilizando cidadãos do mundo para alcançar a Agenda 2030 “Temos de lembrar que somos cidadãos de um país, mas também cidadãos do mundo. […] O que afeta outras pessoas no mundo também nos afeta”, disse o representante da ODS e ator premiado pela academia Forest Whitaker, durante uma discussão com Thomas Gass, secretário-geral adjunto para a Coordenação de Políticas e Negócios entre Agências no DESA da ONU, que ocorreu na Zona de Mídia Digital no Debate Temático de Alto Nível a respeito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em 21 de abril. Com o intuito de acelerar a implementação da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, convocou este evento, que reúne líderes políticos globais, bem como representantes de alto nível do setor empresarial e de organizações da sociedade civil. Forest Whitaker também foi um dos oradores principais que falaram sobre a abertura deste evento de alto nível na sala da Assembleia Geral. O evento também ofereceu uma oportunidade para destacar as fortes interligações entre a Agenda 2030 e o Acordo de Paris sobre a Mudança Climática, que foi assinado no dia seguinte por 175 líderes mundiais. A Agenda 2030 e seus 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, adotados em setembro passado, pretendem não deixar ninguém para trás e fornecer prosperidade econômica, inclusão social e sustentabilidade ambiental. (Fonte: Good News Agency)
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XPRIZE e ONU anunciam parceria global para capacitar a aprendizagem das crianças por meio da tecnologia A Fundação XPRIZE, juntamente com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), anunciou hoje uma nova parceria para a Global Learning XPRIZE – uma competição de cinco anos que desafia equipes a desenvolver softwares de código aberto, com o intuito de permitir que crianças com acesso limitado à escolarização básica aprendam a ler, escrever e fazer contas por si sós. A XPRIZE, uma organização sem fins lucrativos, é líder mundial na concepção e na gestão de competições com prêmio de incentivo em benefício da humanidade. Atualmente, existem 136 equipes de 33 países desenvolvendo soluções de tecnologia para a educação. As top 5 equipes finalistas irão receber 1 milhão de dólares cada, e seu software será testado nas regiões de Tanga e Arusha. Cerca de 4 mil crianças de duzentas aldeias irão participar do teste de campo de 18 meses, e cada uma delas receberá um tablet doado. Ganha a equipe cuja solução permitir a maior proficiência em leitura, escrita e aritmética, garantindo o prêmio de 10 milhões de dólares. No final da competição, todas as cinco soluções serão lançadas como código aberto, livre para que qualquer um possa usar e adaptar. (Fonte: Good News Agency)
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positive wiki
Nesta seção você verá conceitos e definições da Psicologia Positiva abordados ao longo da revista. (Elaboração: Equipe IPPC)
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Savoring
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Enquanto as correntes tradicionais da psicologia tendem a buscar meios de lidar com experiências negativas, a Psicologia Positiva busca maximizar os efeitos das experiências positivas. O Savoring, por sua vez, visa a saborear os bons momentos, e é uma forma de intensificar e ampliar seus poderes, de modo a fazer as lembranças, reminiscências e antecipações positivas mais fortes e ativas do que as negativas em nosso funcionamento mental.
BRAINSTORM
Partindo da ideia de felicidade de Aristóteles (eudaimonia), ainda no século IV a.C., a Psicologia Positiva acredita na felicidade como resultado de uma vida virtuosa. Não parte da ideia de que só devemos ter ocorrências positivas na vida para nos considerarmos felizes, mas, sim, colocarmos na balança todos os momentos e ter uma percepção positiva da vida, um foco no que há de bom e que pende a balança para uma vida feliz.
Flow
WORKING
BRAIN
O conceito de flow foi desenvolvido pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que, a partir do estudo do processo criativo, interessouse pelo fenômeno da motivação intrínseca. O estado de flow, também chamado de experiência máxima, faz com que o indivíduo se envolva completamente na atividade que está exercendo, empregando nela aquilo que de melhor ele tem a oferecer. Por essa razão, nos momentos de flow, atividade e sujeito tornam-se um só. Ao agir na sua zona de excelência, o sujeito que experimenta o estado de flow não precisa de supervisão, controle ou qualquer tipo de monitoramento externo na medida em que a atividade exercida lhe é intrinsecamente recompensadora. O flow pode ser conseguido em qualquer tipo de experiência. Porém há pessoas que o conquistam no exercício profissional, tornando seu trabalho uma importante fonte de gratificação e, por extensão, de felicidade. Hoje já existem empresas no mundo todo interessadas em promover o flow no ambiente organizacional, numa típica iniciativa na qual todos saem ganhando.
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Felicidade:
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Forças pessoais
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A partir do conceito de felicidade como resultado de uma vida virtuosa, os pesquisadores estudaram vários códigos de conduta da cultura oriental e ocidental, tais como bíblia, alcorão, bushidô etc., procurando virtudes comuns a todos eles. Chegaram, assim, a seis virtudes: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, moderação e transcendência. O próximo passo surgiu do questionamento: quais as características que um ser humano deveria ter para conquistar tais virtudes? Os pesquisadores chegaram, assim, a 24 características, as quais denominaram de forças pessoais. Nesse sentido, as forças pessoais são: • Gratidão • Bravura e Valor • Justiça e Equidade • Humor • Liderança • Perdão • Bondade e Generosidade • Cidadania • Entusiasmo e Energia
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Locus de controle
Trata-se de um constructo que visa explicar de onde o indivíduo percebe ser a fonte de controle de sua vida. Existem dois tipos de locus de controle: o locus de controle externo (quando o indivíduo percebe sua vida como sendo controlada por fatores externos a ele mesmo) ou o locus de controle interno (quando o indivíduo sente estar ele próprio no controle de sua vida). Embora oscilem
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Criatividade e Originalidade Curiosidade Espiritualidade e Senso de Propósito Apreciação da Beleza e da Excelência Capacidade de Amar e Ser Amado Humildade e Modéstia Esperança Amor pelo Conhecimento Inteligência Social Integridade e Autenticidade Perspectiva e Sabedoria Prudência Pensamento Crítico e Lucidez Perseverança Autocontrole e Autorregulação
entre essas duas percepções, as pessoas têm um estilo de locus de controle predominante, e na pesquisa de Lilian Graziano sobre felicidade e locus de controle, essa pesquisadora encontrou uma correlação positiva significativa entre locus de controle interno e felicidade. (Para saber mais acesse: ht tp://
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/ tde-23052006-164724/pt-br.php)
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sua felicidade
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“U
Laços e momentos
ma das coisas que me fazem feliz é cultivar meus cactos e minhas suculentas: cuidar das pragas, aguar, adubar e vê-los crescer, criar mudas e florescer... Há ainda o lance de ser colecionador, cultivar as espécies mais raras e fazer amizades. Fiz muitas, nos últimos seis meses, com pessoas que têm o mesmo gosto pelas plantas. Sempre gostei de jardinagem e paisagismo porque são atividades ligadas à minha área de trabalho, e ultimamente esse tipo de planta vem sendo muito utilizado em jardins modernos. É um passatempo e um calmante natural. Não vejo as horas passarem...” Rafaeli Tiepo Rocha, 38 anos, engenheira (Tatuí – SP)
Este espaço é seu! Conte pra gente suas vivências no email mipmag@psicologiapositiva.com.br 48
Aproveite a programação de 2016! Mindfulness: Consciência Plena em Ação
Inúmeros estudos têm mostrado que o estado mental denominado de mindful (aquele obtido por meio das técnicas de mindfulness, ou consciência plena) pode trazer uma variedade de benefícios físicos, mentais e sociais, transformando a vida das pessoas. Neste curso você aprenderá a iniciar sua prática de mindfulness, estruturando-a de acordo com suas necessidades individuais, agenda e vida profissional, além de aprender a lidar com as principais dificuldades que surgem quando introduzimos essa nova rotina em nossas vidas. 25 horas/aula • 2/9/2016 a 4/9/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
PSICOLOGIA POSITIVA: FUNDAMENTOS E ESTADO DA ARTE
Este curso oferece uma visão ampla desse movimento científico e de seu estado da arte. Além disso, o curso discute todas as áreas de estudo da Psicologia Positiva, bem como suas diferentes possibilidades de aplicação. Realizado sempre em um único final de semana, este curso é ideal para pessoas que residem em outros estados. 25 horas/aula • 16/09/2016 a 18/09/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
COACHING POSITIVO
Este curso tem como proposta oferecer um treinamento de caráter essencialmente prático acerca das técnicas básicas e avançadas do coaching, à luz da Psicologia Positiva. Principais Tópicos • Fundamentos da Psicologia Positiva: O “Estado da Arte” desse movimento científico inovador e seus fatores críticos de sucesso; • Paradoxo do Coaching e a contribuição da Psicologia Positiva; • Positive Psychology Coaching: Um novo campo da Psicologia Positiva, uma nova possibilidade de coaching; • Felicidade: O objetivo primordial sobre o qual poucos ousam falar; • As Emoções Positivas e o seu impacto no Desempenho; • Intervenções Eficazes para o desenvolvimento das emoções positivas; • Strengths Coaching: O trabalho de coaching a partir das forças pessoais; • Flow e Peak Performance: Ressignificando a relação home / trabalho. 50 horas/aula • 12/10/2016 a 16/10/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento
49 CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia
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Positive Psychology • neuroscience coaching • wellbeing • knowledge ENGLISH VERSION CLICK
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VERSÃO EM INGLÊS
PORTUGAL AND BRASIL, TOGETHER TO
CHANGE THE WORLD
Lisbon develops cutting-edge neuroscience research Hypnosis and PP: a combination that works! Veja também:
Therapy based on PP with Brazilian cooperation
More on mindfulness The need for Positive Psychology in companies Appreciative curriculum Language and identity: when positive makes a difference
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psicologia positiva Fazendo a diferença no mundo:
A formação
Neste curso de Psicologia Positiva (PP), além do sólido embasamento teórico, o diferencial é a oportunidade de constituir uma jornada de 320h em contato com suas forças pessoais e desenvolver um projeto prático em PP, desde a ideia até a execução.
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Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento
2 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010
editorial
Portuguese-Brazilian Cooperation
T
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he focus of this MIP edition is on the work developed at the University of Lisbon, in Portugal, a Portuguese Language pool with which Brazil cooperates in research and application of Positive Psychology. Its Laboratory of Mind-Matter Interaction with Therapeutic Intention (LIMMIT in the Portuguese acronym), which was implemented a little more than one year ago, conducts innovative investigations in partnership with Brazilian institutions such as the Federal University of São Paulo (Unifesp) and the Institute of Natural Medicine (Ibramena), in Bahia. The quest for the “happiness molecule”, conducted by the institution, aims to relate biologic markers that refer to such condition through the use of strategies based on altered states of consciousness and Positive Psychology, among other interventions. An article about the Ecosystem Active Agents of Happiness, a protocol for psychotherapeutic care and coaching, and an interview with the Brazilian hypnosis specialist Osmar Colas are examples of the approaches that are possible and engendered in the Portuguese storehouse. Portuguese guest authors address related topics, from other areas of the University of Lisbon, such as the Higher Institute of Social and Political Sciences and the Public Happiness Observatory. The information exchange among great poles and representatives for the dissemination of Positive Psychology is only beneficial to Psychology professionals and others who identify with this movement. Such interaction is the first step to radically change the world, to know the principles of an approach that aims optimal human development, excellence and subjective wellbeing and, above all, a society that has healthier dynamics and is happier. With yet another edition of MIP, the Institute of Positive Psychology and Behavior (IPPC) carries on its mission of “spreading” Positive Psychology across Brazil and the world while integrating entities, scholars and anyone interested in the movement, in a pioneering, democratic, careful, and especially dynamic manner, based on the best technologies. On air for one year and many achievements: pioneering spirit and friendships that grow stronger, flow and positive emotions promoted at each edition among all those involved. All that in addition to much happiness for being part of the ongoing history of Positive Psychology. Jussara Goyano
(Coach certified by the Institute of Positive Psychology and Behavior and
journalist, editor of this issue)
Ano I – n o 4 – jul./ago./set. 2016 www.makeitpositivemag.com
MIP Mag é uma publicação trimestral do Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). É proibida a reprodução sem autorização do IPPC e dos autores. As informações ou opiniões contidas nesta publicação não refletem necessariamente a posição do IPPC. Diretoria Lilian Graziano Fabio Appolinário Conselho editorial Lilian Graziano Membros do Instituto Arthur Ranieri Claudia Ribeiro Cléa Graziano Fabiola Bernardo Frank Roman Lidia Pagni Mara Laimgruber Apoio
Associação de Psicologia Positiva da América Latina Realização:
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comunicação • conteúdo • desenvolvimento humano www.ponto-a.com • comunicacao@ponto-a.com @PontoA_falecom • Tel./Fax (11) 3042-5900
Edição e coordenação (coordinator): Jussara Goyano Arte e projeto gráfico (design): Monique Elias Tradução (translator): Fabíola Bernardo Revisão: Marta Sá (Português) e Marina Werneck (Inglês) Contatos com a redação: Tel./ Phone number: +55 11 3042 5900 E-mail: mipmag@psicologiapositiva.com.br Endereço para correspondência/ Adress: Rua Helena, 140, cj. 111/112, Vila Olímpia, S. Paulo – SP – Brasil CEP: 04552-050 Comercial e Marketing: Cléa Graziano E-mail: clea@psicologiapositiva.com.br Tel.: +55 11 9 5328 4010
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summary
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positive
Positive Psychology • neuroscience coaching • wellbeing • knowledge ENGLISH VERSION
Corporate Corporate resources to go beyond mediocrity
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VERSÃO EM INGLÊS
PORTUGAL AND BRASIL, TOGETHER TO
CHANGE THE WORLD
Lisbon develops cutting-edge neuroscience research Hypnosis and PP: a combination that works!
Interview Combination of hypnosis and Positive Psychology
Veja também:
Therapy based on PP with Brazilian cooperation
More on mindfulness The need for Positive Psychology in companies Appreciative curriculum Language and identity: when positive makes a difference
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imagem da capa: freepik/montagem: Monique Elias
Testimonial The Discovery of Positive Psychology, By Rosário Mexio
Wellbeing Mindfulness in psychotherapy From the molecule to the active agents of happiness Happiness in speech
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Performance Appreciative Reconstruction of Personal Identity
Neuroscience Moral Flexibility and Positive Affect
Reading Psychological Capital and Beyond, de Fred Luthans, Carolyn M. Youssef-Morgan and Bruce J. Avolio
and more... Positive News Positive WIKI Your hapiness 4
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Positive
Psychology in organizations,
why?
Corporate resources to go beyond mediocrity • BY Lilian Graziano •
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P
icture this situation: economic crisis, you were laid off six months ago and the financial reserves that reassured you are nearly depleted. Fortunately you have been able to render some services here and there; however, that is hardly enough to make ends meet. In the midst of it all, you receive an invitation from your best friend, who will marry in two months. Yes, you will be the best man. Normally, you would be thrilled. However, you are tense due to your financial situation. “Gee, the timing is terrible?” you think to yourself, as if it were not absurd to think that you friend should wait, for YOUR right moment, to get married.
corporate
However, companies took some time to realize it. Companies? And what do they have to do with the situation described above? Well, with the situation itself, nothing, but it has everything to do with the principle that governs it.
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Positive Psychology in Times of Crisis
For a long time organizations
In one of your wildest fantasies, you did imagine how good it would be to get in a sort of “economic hibernation” in which you would fall into a deep sleep holding a sign that read: “Wake me up when the crisis is over”. But there is no use to dream. You will be your friend’s best man in 2 months and, you definitely do not have suitable attire for the occasion. You have two ways to solve the problem: the first is to have a new suit made by your tailor who imports those amazing fabrics from Milan. The other is to adjust that nice suit you wore for your brother’s wedding. Let us take a look at the options. You are broke. What would be cheaper, have a new suit made or have the suit you already own adjusted? Besides, there is the matter of time. How long would it take to have fabric come from Milan to make your new suit? Putting it this way, the choice seems obvious. And it is.
suffering
We are in the midst of an economic crisis (nothing new!). Companies have to stay in the market, (yes, because it is not possible for them to hibernate until the crisis ends) working with limited resources. Furthermore, market challenges demand immediate response, so time should not be overlooked. Expenditure containment, reduced personnel and an increasingly demanding market that requires more and more qualified employees. On a very general level, this is the scenario that companies face nowadays. Nevertheless, for a long time organizations suffering from the effects of economic crises have taken the short-sighted attitude of cutting back their training budgets. Compared to the wedding situation described above, those budget cuts would be like declining the invitation and simply giving up the ceremony, like saying “Wake me up when the crisis is over”, or at best it would be like showing up at the party with the old suit made when you weighed 15 kilos more and that, because it has not been adjusted, gives you that looser look that made an acquaintance refrain from offering that regional management job in his company. Yes, you were not properly prepared and that made you lose an opportunity
from the effects of economic crises have taken the
short-sighted
attitude of cutting back their training
budgets
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corporate
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that may have helped you overcome your current crisis. Fortunately, there are companies that understand that in times of crisis, it is not necessarily a must to invest less, but it is necessary to invest better. And that is precisely where Positive Psychology comes in. It is not enough that companies continue investing in human development policies. After all, if they do not change their mindset, they risk compromising their already limited resources in actions with little effectiveness. To better explain how this may occur, allow me to go back to the wedding situation. Few resources, limited time, what would you say about someone who, in that scenario, had a suit made by the tailor, and with imported fabric, no less? “Irresponsible!” – this would very likely be your answer. After all, the adjustment of the old (and also nice, remember?) suit would be much cheaper and faster - the ideal solution for someone with little time and limited resources. However, we have an important point here: someone who did not know their closet (and the clothes in there) would not know that they have a nice suit, a resource that would be the best option with little adjustment. In short, if that is true in absolute terms, in times of crisis, investing resources may be a matter of survival. And an increasing numbers of companies is realizing that, although many of them do not yet know their closets and the resources hidden there.
BUSINESS ORGANIZATION
The Differential of Positive Psychology In the organizational context, training and human development policies are often closely related to selection processes and, above all, performance evaluation. Undoubtedly this interface among the different people management processes is essential to make policies aligned with the characteristics of employees and the needs of the organization. However, unfortunately such alignment is only partial. Victims of the gap culture, many companies are limited to identifying employees’ weaknesses and then defining the training necessary for those needs. As a result, they invest their resources solely on the most expensive, most timeconsuming and sometimes, less efficient alternative. Additionally, Tom Rath (2007) is decisive to say that when companies invest their training budgets only on correcting employees’ gaps, they are promoting organizational mediocrity.
Tom Rath is decisive to say that when companies
invest their training budgets
only on correcting
employees’ gaps, they are promoting
organizational mediocrity 7
corporate
I am certain that, next to schools, the organizational environment is the
Due to its focus on human strengths, Positive Psychology breaks that pattern, offering faster solutions, which are therefore cheaper and more efficient, or in corporate lingo, have higher R.O.I.1 However, that has profound implications on the way evaluations are made. What do companies look for when “they open their closets”? They want to find a suit that is not there or identify one that is already there, a nice one, waiting to be adjusted? Well, but this is another story. The fact is that emphasis on the human functional side, instead of the classic cure-seeking attitude, gave Positive Psychology a preventive character that made its professionals go beyond clinical practice. After all, prevention happens mainly outside private practices. In that sense, I am certain that, next to schools, the organizational environment is the ideal place to promote any type of mental health prevention. Perhaps that is the reason why from the early days of Positive Psychology its main researchers were not limited to the clinical and/or academic walls; they were also devoted to organizational consulting. Thus, for almost two decades, American companies such as Gallup, Whirlpool, Sherwin Williams, Patagonia, Google and many others have implemented Positive Psychology principles in the corporate environment. After all, with or without an economic crisis, a faster and more effective people development policy will always be the best solution.
In Brazil, the first corporate education company completely specialized in Positive Psychology was the Institute of Positive Psychology and Behavior (IPPC), founded in 2003. If it is still true that many companies do not know Positive Psychology, at that time it was even worse. I remember one time I was conducting a training session for the board of a large Brazilian bank when, during the break, one of the participants came talk to me, he was very excited and said: “But all you are saying is sensational! This is very important! Wow, companies must be calling you like crazy, your schedule must be insane!” I remember laughing from seeing the enthusiasm of that participant and especially because what he
ideal place
to promote any type of mental
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health prevention
1 ROI - Return over Investment (Corrigir a grafia desta palavra no original)
A Brazilian Initiative
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We were surprised to realize that sometimes it was easier to raise awareness of the company’s board about the importance of Positive Psychology than it was to do it with the HR department said was very far from my reality. Definitely, companies were not calling me like crazy. I was the one going after them trying to explain what Positive Psychology was and above all what differential a training program based on its principles could provide. Little by little, the Brazilian market evolved and the sophistication of our programs also improved along with it. We were surprised to realize that sometimes it was easier to raise awareness of the company’s board about the importance of Positive Psychology than it was to do it with the HR department. Maybe one of the reasons for that is the fact that some CEOs or executives on these organizations, who are expatriates or have MBA degrees from the USA or Europe, know Positive Psychology from their countries, and are pleased to find a way to implement such innovative principles here. Of course, the bigger the support of the company board, the
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more complete Positive Psychology interventions we are able to carry out. Brazilian 3M, for example, put Positive Psychology in their strategic agenda. All the main policies in the organization must be aligned with these principles, from its leadership academy to its internal communications, all the initiatives must converge to the same direction, and that is seen as essential to achieve results. Actually, what matters most is that the solutions offered are always in line with the reality and characteristics of each company. From a single lecture to a complex change management program involving cycles of appreciative inquiry, the possibilities of Positive Psychology application in the organizational context are countless. If in the past our challenge was to present Positive Psychology to a corporate market that did not know it, maybe our biggest threat today is precisely its popularity. After it became a craze, many of the people who call themselves specialists in the area, do not actually have the knowledge or experience that the corporate market demands. Can lesser professionals undermine the dissemination of Positive Psychology in the organizational world? Possibly. However, the need for effective – and preferably quantifiable – results will prevail. In that sense Positive Psychology in organizations has come to stay! lilian graziano is psychologist who earned a PhD in psychology from the University of São Paulo (USP) and is also the director of the IPPC. E-mail: graziano@psicologiapositiva.com.br. Site: www.psicologiapositiva.com.br
to learn more BUCKINGHAM, M.; CLIFTON, D. O. Descubra seus pontos fortes. São Paulo: Sextante, 2008. CSIKZSENTMIHALYI, M. Gestão Qualificada. São Paulo: Bookman/ Artmed, 2004.
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A feasible combination
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Physician Osmar Colas combines hypnotherapy with Positive Psychology to “break” resistance to change • By the editorial staff •
O
smar Colas is a physician, a gynecologist. He graduated in 1979 and has a Masters degree in Obstetrics from the Federal University of São Paulo (Unifesp). He defines himself as being passionate about the psychosomatic and psychological aspects related to patients’ complaints - especially gynecology patients particularly those related to their sexuality. The first hypnosis course he took was in college, in 1978, when his psychiatry professor, who was a supporter of the technique, included the topic in the course syllabus. After his medical residency, he renewed his interest in the topic deepening his studies and researching the altered states of consciousness involved in: hypnosis, meditation, self-hypnosis, Ericksonian hypnosis, EMDR, among others. He became a specialist in Psychosomatic Medicine, Behavioral Medicine, and Cognitive Behavior Psychotherapy - these last two courses also taken at Unifesp. Colas is like a PortugueseBrazilian bridge between hypnosis and Positive Psychology. He uses it based on the models from a project developed at the University of Lisbon, Portugal , in which he also took part. His aim is to allow his clients experience more positive emotions during hypnosis sessions, a resource to avoid the twisted beliefs that make that experience harder, helping in the
resignification of their lives for a happier existence. The doctor, who is one of the exponents of that connection with Brazil, says that the process makes it easier to exercise and/or to develop neuron circuits directed at positive emotions. How was your start with hypnosis? How did you begin to apply it in your medical practice?
After several degrees, and because I was focusing my work on psychosomatic gynecology, which is rich in emotional-related symptoms, besides the sexual disorders that most of the time result from anxiety disorders (excluding organic ones, of course), about 10 years ago, I started to dedicate in my private life to psychosomatic gynecology and Cognitive Behavioral Hypnotherapy. I have taken part in many international activities, among which, the South American Conference of Hypnosis – in 2012 I even presided the event in Brazil; and the Caribbean Conferences of Hypnosis (Hipnocaribe), where I always participated as a lecturer. Now, I am an invited professor at the Clinical Hypnosis Specialization course at the University of Lisbon, in which I have taught two modules (16 hours) on Cognitive Behavioral Hypnotherapy for the last four years.
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interview
And Positive Psychology, how did you come to know about it? Was it through Behavioral Medicine?
Today,
hypnosis is a
tool validated by
neuroscience
Yes, Positive Psychology is a subject that is part of the Behavioral Medicine and medicine specialization course, whose based on outlook is broader today. We consider Behavioral . Medicine a universe of Several studies subjects that is comprised of basic ones (neuroanatomy, are published neurophysiology, biological daily in rhythms, research and access to neurosciences, in addition to psychopathology and psychopharmacology); others are clinical subjects, worldwide including the most important types of psychotherapy such as behavioral therapy in all its main principles; cognitive therapy with its also essential philosophy and strategies, and when these two merge, the basic definitions of each one separately is set aside and we associate the techniques and strategies to create the so called Cognitive-Behavioral Psychotherapy. Among this myriad of possibilities, there are also the sciences connected to the modified states of consciousness such as meditation and mindfulness, self-hypnosis, yoga, NLP, EMDR, schema therapy, positive psychology and Life Path Psychotherapy, which is an elegant merging of cognitive-behavioral hypnotherapy and Positive Psychology.
evidence
academic publications
Nowadays, you also work as a therapist, right? Which are the advantages of the use of hypnosis in that field? Is there enough evidence of hypnosis’s results?
Nowadays I work with general and psychosomatic gynecology, as well as sex therapy. The use of hypnosis is part of my strategies as a cognitivebehavioral therapist, and the great advantage is its swiftness and the access to traumatic experiences that are frequently part of our behavior, since all behavior is learned. The dysfunctional behaviors and thoughts were a result of experiences and learning, which entailed beliefs and values – often distorted
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ones – that led us to behaviors that bother ourselves. Today, hypnosis is a tool validated by neuroscience and medicine and based on evidence. Several studies are published daily in academic publications worldwide. And in terms of Positive Psychology, is the multidisciplinary factor related to it a facilitator for its therapeutic use?
The multidisciplinary factor is an undeniable reality nowadays, in which the health professional is no longer the center of the process and the client becomes the focus, assisted by a group of professionals that discuss and work towards his welfare. It is important to remember that the multidisciplinary and multiprofessional aspects in an integrated approach involve contact and discussion among the teams to better assist the client. The individual work of each professional in itself is not characteristic of integration; that would be only a group of professionals individually assisting the patient with no communication among each other. This can even be dangerous. Do you work associating hypnosis and Positive Psychology? How do you do that?
Hypnosis makes access to certain aspects of human thinking easier, it diminishes the critical censorship that is generally the big villain of our distorted thinking processes: “I will never be able to lose weight”... “ I do not deserve to be rich”... “ I will not endure this entire learning process”... “I will not be able to learn”... “no one likes me”... These examples show some of the thoughts in which our critical judgment prevent us from achieving the roles we would like to achieve. With hypnosis, we
interview
can create imaginary experiences, free from those limitations, that will provide us positive experiences – even if imaginary ones – and their resulting correspondences in terms of hormones, neuropeptides, mood, etc. That process acts as activator of neuroplasticity in the reactivation of connections that are suppressed or create new connections that may be kept based on techniques of modified states of consciousness such as meditation, selfhypnosis, mindfulness, etc. personal file
When did the conscious use of both techniques jointly in the clinical practice begin? Is there already confirmation that such association is effective in therapy? In which situations?
main characteristic imaginary
markers). This project is The A group from Portugal, affectionately called “Search of led by PhD professor for the happiness molecule”. Mário Simões, developed It is important to note that PTV is the a psychotherapeutic positive psychology is a (re)experiencing, strategy named PTV, modern approach in terms which deals with those under hypnosis, of the of strategy, although the resources individually structures it comprises have moments in which each and thus make new life been studied for a long time. perspectives possible to Themes like resilience, selfpatient had the patients that adopt esteem, self-confidence, the the therapy. The main value of forgiveness and selfcharacteristic of the forgiveness, re-signification presented therapy is the imaginary of previous events, (re)experiencing, under motivation… all that focused allowed hypnosis, of the moments on “achieving happiness”. good moments in their in which each patient Selligman structured its had strong self-esteem, focus on leaving behind lives, instead of focusing presented resilience, events that may have been allowed forgiveness, good bad and focusing on our in moments in their lives, resources, and/or on how to instead of focusing in develop them, in the sense problems and traumas. of maximizing all aspects In 8 to 16 sessions, it makes patients deeply presented to achieve happiness. redefine their life proposal for a goal of In summary, I believe that Positive greater happiness. Psychology is another approach to be Also in Portugal, at the University of Lisbon, a incorporated to a large range of possibilities so research laboratory on saliva was established, that it is increasingly possible for us to provide where they [generally speaking] seek the people’s wellbeing. We should say that it is traits and states responsible for happiness not the only one nor is it the best. But it is a (hormonal, immunologic, and even genetic different way from a progressive point of view.
strong self-esteem, resilience, forgiveness,
problems and traumas
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wellness
Mindfulness
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in Psychotherapy
The basic objective of Western psychotherapies is achieving “normality”. Traditions based on mindfulness, in contrast, seek a much bolder goal … • by Fabio Appolinário •
E
ver since Freud declared that the primary goal of psychotherapy is to transform “hysterical misery” in regular unhappiness, the efforts not only of psychodynamic-based psychotherapies, but also of the cognitivebehavioral types has been to make the patient reach a normal condition, that is to say, becoming an individual that is free from
anguishes, with his adaptive ability preserved and exempt from behaviors that are not culturally or socially expected. Basically, normality is related to the absence of psychological suffering, as well as to behavior within expected patterns. I am not sure about you reader, but I personally acknowledge the impossibility of the first, and I make a reasonable effort to avoid the latter.
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wellness
Buddhist psychology
Buddhist psychology and the Western forms of psychotherapy have, in fact, many convergences – but also many fundamental differences. For example, they both seek relief from suffering. Both mindfulness techniques and the techniques of Western psychotherapies equally try to increase one’s level of selfconsciousness. Cognitivebehavioral therapy, for instance, makes an effort for the patient to develop metacognition, that is, for instance, to make him/her capable of discerning the thoughts and feelings that go through his/her mind and structure his/her beliefs. Although the main interest of psychodynamic-based therapies is to understand the origins of the patient’s personal narratives, they also make an intentional effort to make him/her aware of such narratives, and not too identified with them. Many forms of Western psychotherapy (gestalt therapy, for example) seek to reorganize the patient’s perception of such narratives, or even propose the construction of new narratives (narrative therapy and cognitive-constructivist therapy, for example). On the other hand, there are also differences. Western psychotherapies basically aim the above-mentioned “normality”. As for traditions based on mindfulness, they strive for a much bolder goal: illumination - a complete emotional, psychological, moral and spiritual empowerment. Another major difference is related to self: whereas Western psychotherapies have are over concerned with self-esteem and with creating an integrated and individual sense of self, this idea is considered a type of pathology in itself, under the perspective of Buddhist psychology.
and the Western psychotherapy forms have, in fact, many
Suffering, according to the latter, is precisely due to the fact we consider our self separately from the other selves, apart from culture, and ultimately, from the universe. But setting aside those differences, Western psychology seems to start increasingly benefiting from that West-East approximation. It is already experimentally established that mindfulness practices produce tangible benefits to people’s mental and physical health. One of the most researched areas, for example, is psychological flexibility. Jean Piaget, one of the pioneers in cognitive science, for instance, theorized on how people interact with objects of knowledge via two processes he called “assimilation” and “accommodation”. Throughout their development, children create
approximations – but also some
fundamental differences
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Mindfulness
mental “schemas” about how the world functions (accommodation). Schemas are mental structures of linguistic and imagetic nature that mirror the representations of the world objects in one’s mind: a table, a pencil, a doll, etc. As one grows and develops when in contact with new information, two things can happen: the person either assimilates the new information in the existing schemas in his mind or, when the information does not “fit” well within the schemas, he creates, changes or expands the scope of the schema (accommodation). According to Piaget, as we grow old, we become increasingly better able to assimilate, but less able to accommodate. In other words, our psychological flexibility becomes increasingly smaller. Mindfulness practice, on the other hand, dissociating thought from consciousness, induces a comprehension that our beliefs and thoughts (Piaget’s schemas) do not necessarily refer to reality and, therefore, should not be taken so seriously. Mindfulness proposes a direct experience, instead of an experience mediated by thought. That is what MBCT (Mindfulness-Based Cognitive Therapy) calls “being” and “doing” functioning modes.
proposes exercising
us from getting in touch with unpleasant thoughts, feelings and experiences, as our mind is always busy with some abstraction, judgment or reverie. On the “being” mode, on the other hand, we intentionally leave the automatic pilot and live the present moment, paying attention and becoming aware of what is going on with ourselves and the world here and now. We can even have thoughts about the past or the future, but we experience those without plunging into the experiences they represent. We simply consider those thoughts as events created in our minds and we choose what to do with them. Another characteristic of the being mode is acceptance: instead of trying to escape unpleasant experiences, thoughts, and feelings, we accept them. We deal with those experiences with curiosity and interest, whether they are pleasant, unpleasant or neutral. MBCT uses a number of practices and exercises to help the client develop more of a “being” attitude – once the “doing” is already more than established. Other forms of modern psychotherapies, such as ACT (Acceptance and Commitment Therapy) strongly emphasize the psychological flexibility process through the realization that language is merely a tool to describe events, lessening its use as a tool for evaluating the reality in which the client lives. Once again, the idea is to put the individual in direct contact with reality, decreasing the mediation of thinking, which is based on valuation and inflexible – something that phenomenological psychology had also already acknowledged decades ago.
direct experience,
instead of experience mediated by thought. That is what MindfulnessBased Cognitive Therapy calls “being” and “doing” functioning modes
Being and Doing Originally, Buddhist psychology and, more recently, MBCT claim that the human mind has at least two operating modes: the “being” and the “doing” modes. The latter is our standard mode, since we are doing something or focusing our attention on judgments about things nearly all the time. Generally, the doing mode operates as in “automatic pilot”, that is to say, we drive our cars, walk, eat, and talk without being fully aware of what we are doing. In that mode, out thoughts are often on future goals or recalling and re-analyzing the past. The doing mode prevents
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The Risks of using Mindfulness in Psychotherapy Although mindfulness is acknowledgedly beneficial to treat a variety of psychological disorders and suffering, it is not without risks. One such risk is shared with most traditional Western psychotherapies’ techniques: things tend to worsen before they improve. As one quiets the mind and enters in “being” mode, all unpleasant feelings and thoughts cease to be inhibited by our constant “doing” (psychoanalysis would call this attenuation of the repression mechanism). That is absolutely normal and should be acknowledged and handled by the professional through a welcoming and supporting attitude, at the pace settled by the client. Professionals should also give special attention to specific cases such as dissociative disorders – particularly depersonalization disorder. For Buddhist psychology our identity is created at each moment and the idea of continuity is only an illusion. Our mind creates the illusion of self as a film projector creates the illusion of movement using the fast follow-up of frames in a film. When we sit and meditate focusing attention on our breathing for some time, we can,
Professionals should also give special attention to specific cases such as dissociative disorders – particularly
depersonalization disorder
for brief moments alleviate our sense of self. An individual that already has the tendency of experimenting feelings of detachment from reality caused, for instance, by the use of psychoactive drugs (cannabis, ecstasy, etc.), intense post-traumatic stress, among other causes, could have his symptoms worsened. Detailed studies are still necessary for the use of mindfulness in cases like those. Until then, caution should be the most recommended attitude in the clinical context, as well as in non-clinical practices conducted collectively, such as in corporate or educational contexts. Fabio Appolinário is a psychologist. He has a Masters degree and a PhD in Psychology from the University of São Paulo. He is a consultant, coach, and psychotherapist, as well as the Scientific Director of the Institute of Positive Psychology and Behavior – IPPC and the Positive Business School (PBS). Email: appoli@psicologiapositiva.com.br
learn more
Didonna, F. (Ed.) Clinical handbook of mindfulness. New York: Springer, 2009. Siegel, R. D. The Science of mindfulness: a research-based path to well being. A video course by The Teaching Company, 2014. Strosahl, K.; Thomas, G.; Robinson, P. A. Brief interventions for radical change: principles and practices of focused acceptance and commitment therapy. Oakland: New Harbinger, 2012. Teasdale, J.; Williams, M.; Segal, Z. The mindful way workbook. New York: The Guilford Press, 2014.
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From the molecule to the Active Agents of Happiness portuguese version clique
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he Laboratory of Mind-Matter Interaction with Therapeutic Intention (LIMMIT), located in the School of Medicine of the University of Lisbon and operational since May 2015, is dedicated to the investigation of parapsychology and also Positive Psychology phenomena in the realm of neurosciences and with an interdisciplinary approach. The institution is a pole for innovative research in Portuguese.
Its foundation was due to the work of Mário Simões, physician and University of Lisbon professor, and nowadays it has several collaborators (including Brazilians), and involves researchers from other areas of the University such as the Higher Institute of Social and Political Sciences, home of the Public Happiness Observatory– it investigation field that Positive Psychology also addresses that has a few research
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Laboratory in Portugal produces innovative research in Portuguese: in the field of Positive Psychology, investigations resulted in a peculiar model of therapy that retrieves patients’ enjoyable experiences • By the editorial staff •
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brain activity
in a person when focused intention directed to him/her
using virtual reality equipment. Before and after that stage, saliva samples were analyzed to show different protein molecules before and after the experience with positive emotions. There is a brief report about the association of hypnosis and Positive Psychology in the previous pages. Next, readers can check the development of a protocol for Positive Psychology care in the realm of LIMMIT’s works, described by Simões and the Brazilian psychologist Marisa Oliveira. You can read other points of view on related subjects, also developed by Portuguese authors from the University of Lisbon, after the report by Simões and Marisa.
Ecosystem Active Agents of Happiness (Psychotherapy, Workshops & Coaching) • By Mario Simões and Marisa Oliveira
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he Life Path Psychotherapy emerged in 2008; it then evolved to become the Active Agents of Happiness. Nowadays, it is an Ecosystem, involving a group of researchers on Happiness and an academic proposal focused on the importance of the community. Each professional has their proposal and
their dreams announced in their environment. That group of six members recently gathered to redesign Positive Psychology in the Portuguese-Brazilian way, giving it a unique form. In Brazil, we collaborate with some institutions such as the Brazilian Institute of Natural Medicine (Ibramena) and the
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LIMMIT research used electroencephalography to verify if there is impact on
centers dedicated to it around the world. One of the LIMMIT’s studies is the Intention and Brain to Brain Communication with Non Invasive Techniques, by Anabela Ventura, in collaboration with the Institute of Biophysics and Biomedical Engineering from the Lisbon College of Science. The research used electroencephalography to verify if there is impact on brain activity in a person when focused intention is directed to him/ her. The study is a follow-up of Anabela’s research in Canada, which showed that in such situations there is synchronization in the volunteer’s brain in intention with that of the person who receives it (there is activation of similar areas of the brain in both of them). The research À Procura da Molécula da Felicidade (The Quest for the Happiness Molecule), conducted by physician Jorge Martins, selected healthy volunteers for deep relaxation sessions (techniques similar to hypnosis), during which they were urged to remember moments of happiness in their lives. The electroencephalographic record of those thoughts was turned into something tangible for the participants, such as colors and sounds, providing a sort of biofeedback of the experience to volunteers,
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We exist within a
and psychologist Marisa Oliveira, are convinced that activities in mental health care should be adapted to cultural models and trends linked to the type of society, and the applicable standards at a given time. In the Internet era, with its resulting search for information and its flow, we see the world behaving according to that model in several levels including social, cultural, technological, the environmental and society itself as a whole. We exist within a complex system and it is unimaginable that we continue to use techniques and models based on strict psychotherapeutic principles from the past, regardless of the good results that may have been obtained with them. In general, a long-term psychotherapy is no longer appropriate for people in rapid social change, once time, in addition to being essential nowadays, is also costly. Consequently, it is increasingly necessary for the therapeutic process to establish short-term goals with plain and well-defined objectives; and updating what brief therapy centered in solutions has to offer.
complex system and
it is unimaginable that we continue to use techniques and models based on strict
psychotherapeutic principles from the past, regardless of the good results that may have been obtained with them
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Federal University of São Paulo (Unifesp). We have already had three graduate classes of professionals from the areas of health, education, and management in Portugal and in Brazil. Mário Simões (psychiatrist of the University of Lisbon School of Medicine) and psychologist Marisa Oliveira (currently taking a PhD in positive psychology) are the authors that associated with collaborators Helena Marujo (psychologist) and Luís Miguel Neto (psychologist), José António (anthropologist) and Jorge Martins (physician, taking a PhD in neurosciences). We feel happy, as we believe that with each passing day more people adhere to and encourage our main goal: the birth of the paradigm of a new man towards the flourishing of a New Human kind. Years of work in psychotherapy, trying to monitor the new world trends, lead to the conclusion that temporal and spatial paradigms and references of patients are going through a series of modifications (Ryan, Lynch, Vansteenkiste & Deci, 2011) for which there are no responses that are liable, fast, and long-lasting in the current theories and practices. The authors, psychiatrist Mário Simões
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Leading individuals to the
Thus, it was a pioneering work to associate the assumptions of Positive Psychology and the altered states of consciousness, that is, relaxation, meditation, or hypnosis used along with positive psychology protocols. The model may be used in psychotherapy, workshops and coaching, with individuals or groups. It may be used in the areas of health, education, management and community. For the psychotherapy proposal, each protocolbased session is conducted with another interim session, totaling 18 to 20 sessions. The workshop and coaching models comprise only 8 sessions. This work was conducted in Brazil at the Municipal Administration of Caeté (State of Minas Gerais) and presented 3 times at Unifesp. It was also presented at the Federal University of Bahia and the Brazilian Institute of Natural Medicine. In Portugal, where it was created, the model is part of the Graduate Program of Clinical hypnosis in the Lisbon School of Medicine and is also part of LIMMIT. We presented this proposal at the last World Conference on Positive Psychology
awareness that optimism
can be learned thorough being alert to the interpretations that you give to situations in your everyday life
in Florida. Psychologist Marisa Oliveira is currently validating the workshops with a group of physicians from the Amora Health Center in Portugal. Neuroscientist Jorge Martins is also investigating the validation of the Joyous Path included in the Positive Life Path Psychotherapy at the LIMMIT laboratory. Translational neuroscience tries to demonstrate the obtainment of possible biomarkers of the subjective act associated to wellbeing. The protocols follow eight basic sessions, aimed at defining a Positive Life Path. The topics are shown below in the description of each phase:
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1. Joyous Path Leading individuals to the awareness that optimism can be learned thorough being alert to the interpretations that you give to situations in your everyday life (Seligman, 1991). Thus, in the joyous path session, the expected aim is to create or recreate a track record of positive, enjoyable, pleasurable memories from the patient’s childhood to his/ her current moment in life. After that session patients should look for positive memories in their lives more often and feel general wellbeing when they remember a theme from their joyous path through mental images, activating their entire sensorial system.
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2. Progressive Technique or Positive Future On this phase, patients create positive mental images, scenes and events related to their future life. The main purpose of this session is to provide patients with an “anchor in the future” that will convey hope to their present dayto-day. The importance of hope for positive psychology is proved by the number of
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studies dedicated to it (Gottschalk, 1974; Snyder, 1994). It is also worth mentioning that this session decreases reluctance to working with the past, which is the object of the following session. 3. Technique Based on Terapia Reconstrutiva Vivencial Cognitiva – TRVC (Cognitive Reconstructive Experiencing Therapy) when recycling the Past. It involves Positively recycling patients’ past in order to give them the necessary self-esteem to deal with the present and with their future projects. It is important to have in mind that recycling the past does not mean denying one’s history; it is an invitation to transform less positive events in something that is not traumatic. The session, based on TRVC aims to physically and mentally deprogram emotional conflicts (Simões & Peres, 2003), followed by mental reprogramming and “positive anchoring” across the timeline. More serious emotional issues may be addressed in interim sessions. 4. The Body Talks In the fourth session, patients should become aware of psychosomatic relationships. It is done through relaxation, feeling emotions
in the body, such as bodily tensions, pain or discomfort, and also wellbeing in a bodily sense. Based on the assumption that Positive Psychology is focused on people’s wellbeing, it is clear that health is an asset that should be cared for. Studies show that optimists, in general, present less stress, have fewer heart attacks and better immunity. For that reason, it is essential that we become aware of the need to maintain our physical health, from paying attention to our diet, our recreation and leisure to the practice of physical activity (Weil & Tompakow, 1980). That means prevention for a better quality of life and preparation for a better relationship with one’s body, including the endocrine, cardiovascular, nervous and immune systems. On the other hand, there are body memories expressed by diffuse disorders, predominantly pain-related, that need to be verbalized (Ferragut, 2004) and that justify the therapeutic use of clinical hypnosis due to symptoms that are not medically explained (Hallquist et al., 2010). 5. Resilience The main goal of this session is to stimulate patients to identify and develop the practice of resilience in their everyday life. As they practice, ego functions are
Until the fifth session, the work is mainly preventive, aimed at developing character strengths and virtues. From the sixth session to the eighth session, the purpose is to optimize the
strengths possessed 21
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In addition to forgiveness, gratitude towards themselves, loved ones, and the work of individuals and institutions
strengthened, making them feel self-confident and safe in face of obstacles. The term “resilience” is borrowed from physics where it relates to the restitution of the energy stored in a body that has been deformed as it restores itself when the tension causing the distortion ceases. In psychology it is defined as patients’ greater or lesser ability to quickly return to their usual state of health after going through illnesses or situations considered traumatic (Curtis & Cicchetti, 2003; Werner 1984; Werner & Smith 1982; 1992; Masten & Reed, 2002). The intent here is to stimulate feelings of self-efficacy, autonomy, self-esteem, ability to deal with changes, adaptations and problemsolving, as well as developing creativity, the ability to express oneself, organized and planned attitudes, and sense of humor. In short, lead patients to the consciousness that resilience emerges as the appropriate and healthy response in face of risk situations. 6. Forgiveness and Gratitude Until the fifth session, the work has been mainly preventive, aimed at developing character strengths and virtues. From the sixth session to the eighth session, the purpose is to optimize the strengths possessed. This session is intended to stimulate patients to forgive themselves and others. In addition to forgiveness, gratitude towards themselves, loved ones, and the work of individuals and institutions is also developed. Furthermore, the session is also intended to address a too-perfectionist attitude as well as social integration. Studies conducted about the two themes to be addresses in the session – forgiveness and gratitude – by several positive psychology researchers have shown that forgiveness
leads to less resentment towards the offender and lead to the impetus to feel compassion, generosity, and benevolence towards that person (Enright, Freedman & Rique, 1998). Others put forgiveness as freedom from a negative attachment towards the source of the transgression (Tagney et al., 1999; Thompson et al., 2005). Gratitude, on its turn, emerges as the acknowledgement that something positive was received, offered by someone else or by a situation, and is thus a powerful and immediate factor in triggering positive emotions (Emmons & McCullough, 2003; Emmons & McCullough, 2004). 7. Metamorphosis This session is considered the “magnetic resonance” of physical, emotional, spiritual, and social states. The purpose is to prepare patients to make a conscious decision about
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is also developed
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psychology (Saldanha, 2008). Mindfulness is understood as the cultivation of a consciousness of daily events, as well as the physiological and psychological sensations associated with the attempts to overcome the will to decrease uncertainty in life, and also to the lesser frequency of automatic behavior and of evaluation of oneself and others (Kabat-Zinn, 1982; Langer, 2002; Bishop et al., 2004). Flow is understood as the optimal involvement, in which the individual does not realize the action for which he is requested as a burden of his abilities (Csikszentmihalyi, 1990). (See also, Positive Wiki.) Thus, this concept is associated to character strengths, such as appreciation of beauty, gratitude, hope, spirituality, forgiveness and the good accomplishments of the objectives. We seek to awaken the feeling of Happiness, because we believe that each passing day more people adhere to and encourage the main objective of this project: The Birth of the Paradigm of a New Man for the benefit of the Flourishing of a New Human Kind. See proposal at www. trajetoriadevidapositiva.com. imagens: freepik
their future. Patients should have the exact measure of what they are, free from masks or tricks. They should access the deepest kept secrets, secrets not shared with others, not even the therapist. This is the moment of reflection about the decision they will have to make in the next session – the moment has come to make a decision. All your courage and wisdom will be necessary to make a decision about their self-realization and transcendence, that is, being more and better (Daniels 2005, cap. 7). 8. Give New Positive Meaning to One’s Life The aim of the session is to integrate all experiences they had until the previous session, and that could lead to a positive option of life, to a new meaning for thoughts and behaviors centered in human being potentials and in their psychobiosocial flourishing. Thus, this session is an invitation to an interaction between their real vocation and the mission in life. It is connected to the concepts of mindfullness, flow and transcendence, from positive psychology and transpersonal
We seek to awaken the
feeling of Happiness,
PhD, Mário Simões is a full professor of Psychiatry at the University of Lisbon and director of the Graduate courses on Clinical and Experimental Hypnosis of the University of Lisbon.
because we believe that each passing day more people adhere to and encourage the main objective of this project
Marisa Oliveira is a psychologist at the Federal University of Minas Gerais (1984) with academic equivalence for the University of Lisbon. First Brazilian graduated at the Executive Master in Applied Positive Psychology at the University of Lisbon. Currently taking a PhD in Positive Psychology in Portugal.
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s s e n i p Hap H C E E P S in portuguese version clique
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Meditation practices associated with reflection about communication, based on an approach of social construction of reality in which language is a determinant for quality of life • by Luís Miguel Neto •
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ne of the most widespread and studied techniques in Positive Psychology is meditation. It brings back an ancient technique whose roots come from the East, and from the Hindu and Buddhist religions, to the everyday life of Western contemporary people, adding quality to it. In the history of Western Psychology the practice of transcendental meditation had already gotten an important role and place as a means of relaxation and revitalization. However, it was within the realm of the more recent Positive Psychology investigation field that the health generating effects of that ancient practice were not only proven, but also expanded and broadened. The most striking example is Barbara Fredrickson’s
line of investigation about the remarkable psychophysical effects of the Loving Kindness Meditation, the meditation focused on love and kindness. It requires concentration and personal focus, first on breathing and then on the visualization of oneself involved in a peaceful and kind light and energy that progressively expands to involve loved ones, then people who are not that dear to us, and finally everyone. In short, it is a simple, practical, affordable procedure, accessible to everyone that has proven remarkable results in neurological terms, in physical health and in quality of life. It is, however, an individual practice, even if performed in a group, and therefore it is subject to the practitioner’s life circumstances.
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The importance of language
The importance of relationships We have also proven, in day-to-day life, the importance of human relationship. Relationships can make people feel happy or miserable and many times both ways simultaneously. In fact, due to the ‘fundamental attribution error’ – a great conclusion of Social Psychology related to the process of automatic, unintended thought – we tend to place more importance on people’s personality traits rather than on the situations and events they go through. Consequently, harmony in relationships and individual happiness are frequently more the exception than the rule in people’s lives. When things go badly in relationships, people’s feelings and, especially, their emotions become like a ‘rollercoaster’, at times up and happy, other times down and depressed, in an endless cycle of which it is hard to be fully and completely aware.
If I am not able to feel or think without words, I also absolutely need them to communicate
fully with others
A ‘simple conversation’, a routine communicational exchange in a relationship can have the magic power to elevate us and make us happy and personally fulfilled, or to completely ruin and deteriorate relationships. Here are some quotes from communication scholars: - “The quality of your speech acts (short communication episodes) determines your quality of life”. We add: - “And also the quality of your relationships”. This idea that happiness is organically related to, and originates from, human communication is rooted in language studies whose main idea is that we do things with words, to quote a 60’s notorious title. Today that is not all we say, we also consider our emotional life and our relationships, to a large extent, a result of the communication in which we take part.
When relationships go wrong due to language Below, there is an informal verification checklist to identify if you have entered in one of these ’relationship rollercoasters’: I am in a “rollercoaster” (that is, in an unwanted strange loop, or repetitive relationship and emotional pattern) when... ... I feel confused and disoriented; ... I see that positions, feelings, interpretations, and actions, both mine and from other participants, are unpredictable; ... I am not sure that other people’s intentions are good and respectable; ... When reacting to behaviors and inputs of others I have contradictory feelings and impulses; ... I do not understand what is going on, although I know the participants; ... It is difficult for me to trust the people involved; ... I hope things get better, but deep down I do not believe they will; ... I repeatedly have the feeling of ‘going back to square one’. Such awareness helps in finding out the possible need for change, which can and should start through – inner and relational – language. We believe, as Roy Baumeister, that a change in awareness is a sine qua non condition for happiness. But how can we get out of those rollercoasters and increase our awareness?
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Life that is not reflected upon in a positive and critical way is not
worth living
Positive solutions: meditation about language
In the University of Lisbon’s Executive Master of Applied Positive Psychology (EMAPP), for four years we have adopted a practical position that aims to converge PP’s techniques and methods; one example is meditation based on a social construction of reality approach in which language is decisive. The basic idea is inviting people, individually at first then in groups, to meditate and reflect on real and significant communicational episodes, according to the words uttered (speech acts), the feelings and senses perceived, and the resulting decisions and behaviors. Simple graphic models are also used to raise awareness of the complexity involved there. Thus, we intend to achieve a more complete awareness (mindfulness) of the episodes in life, of the positive possibilities of understanding them (the positive and the negative are always associated in human communication), of the points where decision-making is necessary, and the behaviors deriving from that reflection (whether they are genuine and creative or mere redundancies). Therefore, increasing the awareness and depth of our speech acts – using a theoretical model that helps give them full comprehension and sense when applied
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to our real communication, and thus has the power to create new realities – contributes to having more quality relationships with oneself and others. It also introduces precision not only in the quantification of experience, as it is usual in psychological investigation, but also in language and its aptitude to build bridges between people and positively recreate one’s relationships. Meditating on communication and language expands our options to create conditions for achieving happiness. Life that is not reflected upon in a positive and critical way is not worth living.
Luís Miguel Neto is a professor at the Superior Institute of Social and Political Sciences in the University of Lisbon where he is the scientific coordinator of the Executive Master in Applied Positive Psychology and the Observatory on Public Happiness. He is a researcher in the Center of Administration and Public Policies and a member of the Board of Directors of the International Positive Psychology Association.
to learn more Neto, L. M. e Marujo, H. À. (2013). Das consequências psicológicas do Terramoto de Lisboa de 1755 a uma abordagem psicohistórica positiva e integradora. Revista ECOS – Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 3 (2), 248-266. C. Oliver, M. Herasymowych e H. Senko (2003). Complexity, Relationship and Strange Loops: Reflexive Practice Guide. Canadá: MHA Institute.
neuroscience
Moral
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flexibility and positive affect
P
ositive Psychology initially focused its research on positive emotions, which were little studied due to the emphasis on disease and psychopathologies. However, as the field developed, another point of view emerged. It is sometimes referred to as Positive Psychology 2.0 and it points out that it is also important to study the positive role of negative emotions. A more complete picture of the human mind is only possible if we better understand both positive and negative
An investigation on the undesired consequences of positive emotions • By Marco Callegaro •
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neuroscience
The most morally
emotions, including not only the positive role of negative emotions, but also the negative role of positive emotions. In that sense, it is important to investigate the undesired consequences of positive emotions as well. Barbara Fredrickson’s studies show that a positive emotional state increases cognitive flexibility, which is the ability to redefine and evaluate events in different ways, rather than the usual ones. Undoubtedly, a positive state of mind fosters openness, creativity, flexibility, and causes the mobilization of other important resources. But are there problems related to such positive states? Researcher Lynne Vincent and her team from Cornell University think that cognitive flexibility may be related to moral flexibility. They assessed that hypothesis in an experimental context. That team of investigators conducted an experiment involving 80 university students, who answered a questionnaire that included autobiographical memories in two conditions, one that induced positive affect and another that was an emotionally neutral situation. In the positive affect condition, participants would recall experiences that made them feel uplifted, happy and positive, whereas the subjects in the neutral condition answered questions about everyday neutral activities. Later, the researchers analyzed the moral disengagement of both groups, a concept that reflects the degree to which one’s actions are engaged in moral principles or not. Participants from the positive affect group had a higher degree of moral disengagement, and in that condition, it is more probable that one behaves dishonestly. That does not mean that moral dilution is inevitable in that condition, as self-conscience may limit the expression of self-deception in one’s behavior. In order to see whether moral disengagement could mediate the relationship between positive affect and dishonesty, the researchers conducted a second study in which they analyzed the role of self-conscience in more detail.
disengaged
subjects were those in the low
Initially, they manipulated self-conscience by asking participants to sit in a cubicle with a mirror (a situation of high self-conscience) and without a mirror (a situation of low self-conscience). After that participants watched short videos, used to induce positive or neutral affect. Individuals in the high self-conscience situation showed low values in the moral disengagement scale, when compared to the individuals exposed to the low self-conscience situation. Those in the positive affect condition were more significantly morally disengaged, when compared to those of neutral affect. The most morally disengaged subjects were those in the low self-conscience and positive affect condition. An important result, however, showed that individuals with high self-conscience and positive affect did not show great moral disengagement, when compared to individuals in the neutral emotion condition. That is to say, it is not necessarily the presence of positive emotional states that lead people to act dishonestly, but the presence or not of the self-conscience element. In the low self-conscience conditions, individuals that experienced positive emotions stole more money than those who experienced the neutral affect. On the other hand, the highly self-conscious students that experienced positive affect did not steal more money when compared to those who experienced the neutral affect. Additional analyses showed that even participants that experienced low self-conscience took less money when they experienced neutral affect. Individuals with positive affect and
self-conscience and positive affect condition
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Positive emotional states increase cognitive flexibility,
leading to the undesired increase of moral flexibility as well. Fostering self-conscience would be the antidote for that problem
of benefits, but it is necessary to be alert to the possible side effect of higher proneness to dishonesty - avoided by cultivating a protective self-conscience.
low self-conscience took more money dishonestly than those in all other conditions. The study concluded that cognitive flexibility may give rise to moral hypocrisy, which leads individuals to make tougher evaluations of others and have a more lenient opinion when it relates to themselves. Therefore, positive emotional states increase cognitive flexibility leading to the undesired increase of moral flexibility as well. However, this study shows that there is an antidote for the “siren song” of flexibility - which may induce rationalization and justification for actions that are disengaged of their moral consequences the fostering of self-conscience. People that are vigilant of moral biases and that put their behavior through moral scrutiny based on values and principles are able contain and limit the influence of excessive flexibility in their behavior. Positive states are highly desirable and entail a number
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marco callegaro is a psychologist, master in Neuroscience and Behavior, director of Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva (ICTC ) and Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC ).The author of the award-winning book Novo Inconsciente: Como a Terapia Cognitiva e as Neurociências Revolucionaram o Modelo do Processamento Mental (Artmed, 2011). He is the current president of the Latin America Positive Psychology Association (APPAL). www.appal.org.br (Become an associate!)
to learn more Fredrickson, B. L. (2013). Positive emotions broaden and build. In E. Ashby Plant & P.G. Devine (Eds.), Advances on Experimental Social Psychology, 47, 1-53. Burlington: Academic Press. Vincent, L. C., Emich, K.J. & Gonçalo, J. A. (2013). Stretching the Moral Gray Zone: Positive Affect, Moral Disengagement and Dishonesty. Psychol Sci. 24(4):595-9. doi: 10.1177/0956797612458806.
performance
Appreciative reconstruction
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of personal identity The use of a positive curriculum vitae as an educational and developmental activity for individual presentation brings surprising benefits • by Helena Marujo •
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he appreciative reconstruction of one’s personal identity is the example of a positive practice that helps reinvent and provide meaning to one’s life path, in its most beautiful aspects and also in its most difficult ones, which when developed in a collective context promotes both personal and public happiness. Two of the most relevant criticisms made to Positive Psychology are that it is too intra-individual and that it is basically focused on happiness as an experience of hedonistic pleasure. This field of science has been simultaneously loved and hated due to the practical interventions that derive from it. Those who value such interventions emphasize their simplicity, richness, transformative power, as well as the democratization of their application and dissemination; those who disqualify them talk about
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performance
the fragile nature of the rigorous assessment of its impacts (especially prior to be made available to the public), its frequently out-of-context appropriation of culture and individual characteristics, as well as the overdone repetition of some of these positive change tools in everything that regards training and education. The close relationship between Positive Psychology interventions and the most active and enterprising inclinations that are proper of cultural trends, as well as the combination with processes, services and products that are so widespread nowadays and that sometimes are considered esoteric or new age have equally been subject to permanent criticism, but fortunately it has also helped assure that the specialists in the field do not neglect the importance of scientific rigor. In this context, it is important to adopt a human behavior approach that intends to supplement a “science of failures” with a “science of celebration of life”; such determination entails the development and evaluation of a number of intervention practices.
Two of the most
Thus, from its early steps, activities such as The three blessings, the Gratitude letter, self-awareness and expansion of virtues and character strengths, the Best Possible Self, the Best Reflected Self, the practice of kind deeds, and so many others are continuously disseminated through various means: scientific publications, self-help books, all kinds of media, university education, courses and workshops. Having those practices as essential, the work developed at the Executive Master in Applied Positive Psychology of the University of Lisbon seeks to develop and test new positive interventions that simultaneously foster individual happiness and, above all, collective happiness. As a result, the theme of Public Happiness gains significant importance. The model of Public Happiness, whose origin is Latin, is rooted in an ethics of virtue and common good, and it is based on relational goods (a genuine form of relationship rather than an instrumental one). In these times of crisis it stands out that the individual pursuit of happiness cannot be carried out if the social and relational levels are not taken seriously, and that there is no individual happiness - and there should never be - without public happiness.
relevant criticisms made to Positive Psychology include the fact that it is too intra-individual and basically focused on happiness as an
experience of hedonic pleasure 31
Tradition The idea was to use the individual presentation of a positive curriculum vitae to a group of graduating students as an educational and developmental activity, aimed at recovering the tradition of self-
performance
These narratives show that the process used not only leads to a review of one’s most significant personal and professional life events in a positive way, but also provide possibilities for broader creative
expressions
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awareness and selfdescription as the basis of the formative process. The process is simple: to prepare and present the story of your life – decisive milestones, relevant moments, significant people and processes – to the group of approximately 25 to 30 people, in a positive and creative way. Each student has approximately 30 minutes for the public presentation, an amount of time that expands and
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changes due to the vivid emotions experienced, which bring everyone to a state of flow. The aim is to co-build and consolidate forms of positive and critical identity in the future Positive Psychology experts. The mission of studying the impact of that positive intervention in a qualitative manner – a task that in the last four years was carried out by more than 80 students – requesting and evaluating, through discourse analysis, resulted in written narratives derived from the experience. Such narratives show that the process used not only leads to a review of one’s most significant personal and professional life events in a positive way, but also provide possibilities for broader creative expressions. Even situations of loss, grief, disease or crisis of any kind gain new meanings and perspectives. The intervention causes a deep systemic and relational impact because not only does it have positive personal consequences, but also good familyrelated results (it is often prepared with the help of one’s children, parents, spouses and some of them even take part in the public presentation), as well as concrete effects in the quality of relationships and genuine and mutual emotional expression between all the members of the group. The results of that activity indicate the experience of genuine relationships and an emotional chain that fosters proximity and hope among all. It is as if they are able to experience
performance
The presentation of the +CV evoked issues such as suicide of loved ones, serious cognitive conditions in family members, the pain of infertility or the deep challenges of homosexuality, and unemployment in a society that excludes and judges, as well as the difficulty to face divorce; in all of those cases it was possible to see light and meaning
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what Marc Augé calls “non places” – antitheses of the anthropological place, so present in today’s communities, where everyone is immune to the Other, escaping from the “wounds” that it may cause – for the reunion with the face and the heart of that Other, in its bigger and most intense humanity. That activity allows the domestication of the negative, although it is never purged – far from it, as a critical attitude towards the conditions of life’s justice and dignity is always maintained, but a “healing community” is fostered. A deeper experience of sharing, in that atmosphere of respect and safety, changes the events experienced. The reflection on one’s life promoted by this activity is splendorous; reliving the most significant moments is inevitable; the sense of gratitude and appreciation
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for what one has and what one is becomes concrete; the new meanings given to a narrative that is personal and appreciative of one’s identity offer a new meaning for the events experienced; at the same time that the critical view over events grows in intensity. From the analysis of the students’ evaluation reports on the Positive CV intervention reveals a plethora of emotions – sadness and happiness, failure and pride, fear and courage, frustrations and excitements, humility and celebrations, concerns and serenity – but, above all, it shows the ability to put more resilient pathways in perspective.
Light and meaning The presentation of the +CV evoked issues such as suicide of loved ones, serious cognitive conditions in family members, the pain of infertility or the horror of a life of over-consumption, the deep challenges of homosexuality, and unemployment in a society that excludes and judges, as well as the
performance
“The presentation of the +CV, the
difficulty to face divorce or the disease of one’s child; in all of those cases it was possible to see light and meaning, bits of happiness, and possible mobilization for action whenever necessary and urgent. Records show that +CVs have already been presented in film, in paintings exclusively painted for the activity, in dialogues, in poetry, stories read in silence and with covered eyes, or proclaimed in the dark with candles being lit at every new vision or the purpose of everything emerged. Next, there are a few examples of the outcomes of the qualitative study that evaluates the impact of the activity: “For me making the +CV was a challenge. First, I had to think about how I would organize it, what I would say, what I would show about myself… Would I only reveal what I want people to see in me or would I show who I really am?” “Reflecting on and preparing my +CV was an exercise of introspections that led me to a quest from the past to the present. Along that existential journey I recovered some memories, relived stories, strengthened the importance of people that were part of my life and, above all, became aware of the meaning of the experiences I lived throughout my path.” “The presentation of the +CV, the experiences of others and our own experiences make us rethink about how to live a more authentic life, with more well-being and happiness.” “During the preparation I recalled a lot of memories, good lessons and some experiences that were more challenging… put what I was experiencing in perspective having in mind my education, my personal growth, my life experiences, and the
experiences
of others and our own experiences make us rethink about how to live a more
authentic life, with more well-being and happiness”
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engagement of the time they were happening. Everything made me what I am today and makes me want to continue evolving, growing and being!” “The public presentation was a very big, very positive and very emotional personal challenge…” “After that assignment I feel proud of myself, happy for being able to better show who I am and the best of who I am… once more I felt that when I can overcome myself, my fears, and be more of who I am, I find myself in others and feel more complete!” HELENA ÁGUEDA MARUJO is a professor at the Higher Institute of Social and Political Sciences at the University of Lisbon, where she is executive coordinator of the Executive Master in Applied Positive Psychology and of the Observatório para a Felicidade Pública (Observatory for Public Happiness). She is the secretary of the Master in Human Resources Development Policies and a researcher at the Center of Administration and Public Policies. Member of the Board of Directors of the International Positive Psychology Association. hmarujo@iscsp.ulisboa.pt
to learn more Gergen, K. J. (2009). Relational Being: Beyond Self and Community. New York: Oxford. Marujo, H. Á. & Neto, L. M. (2014). Felicitas Publica and community wellbeing: nourishing relational goods through dialogic conversations between deprived and privileged populations, Journal of Psychology in Africa, 24(1): 161-181. Marujo, H. Á. & Neto, L. M. (2013). Positive Nations and Communities: Collective, Qualitative and Cultural-sensitive Processes in Positive Psychology. Dordrecht: Springer. Bruni, L. & Porta, P. (Eds.) (2016). Handbook of Research Methods and Applications on Happiness and Quality of Life. Camberley: Edward Elgar Publishing.
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The discovery of Positive Psychology
Professor of dental medicine in Lisbon joins the movement, revealing the strong relationship between levels of wellbeing and musculoskeletal disorders in Portuguese dentists • by Rosário Mexia •
S
ensibility for human feelings and human pain in its physical, emotional and familiar forms, as well as the concern for their relief, were determining factors that made me choose both to enter Medical School and years later to pursue a Masters Degree in Psychology of Emotions. Throughout my life, I increasingly and strikingly realized the limitations that emotions could have in the academic life and in the clinical practice of Medicine as well as in the experience of happiness and pain - both physical and mental. My PhD in the field of stress and happiness, in which I researched the influence of emotions in cases of physical pain complaints, was an academic and personal
dream that came true. At the same time, and along the past 36 years, I kept my focus on my family and on the commitment and dedication to teaching dental medicine in the University of Lisbon’s School of Dental Medicine (FMDUL). Concurrently with my academic and professional life, I was also interested in the philosophy of the Dalai Lama. It is still vivid to me the time I saw the Dalai Lama in Portugal. The idea of union between science and spirituality has increasingly caught my attention and I followed the best way I could the talks promoted by the Dalai Lama and scientists. The studies of Daniel Goleman fascinated me, first the topic of emotional intelligence in the nineties and late the reports of those talks
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testimonial
(promoted by the Dalai Lama with neuroscientists, bringing together science and spirituality). After that, I learned about the Mind & Life Institute laboratory (founded in 1987 by Tibet’s spiritual leader, a neuroscientist, and a lawyer to develop studies about the mind and its understanding aimed at reducing suffering and increasing happiness and wellbeing of human beings). I then became certain that we live in an era of scientific discovery related to human flourishing. Actually, the advances of neurosciences in the past years have been huge and remarkable, particularly those developed in Wisconsin under the guidance of professor Richard Davidson, which proved to the medical world how meditation could shape the brain, changing the form and functions of some brain areas. In the realm of meditation we now have enough scientific evidence attesting its influence not only in the mind and the brain, but also in some functions related to the vagus nerve, such as digestive and cardiac functions, among others. The year of 2007 was remarkable. The Dalai Lama presentation of a thesis about distress came to Portugal and for three days more than one and the emotional regulation of dental thousand people gathered in the FMDUL auditorium medicine students in Portugal. That to hear his teachings about inner peace development. Master’s degree was the basis for Being there, at my beloved dental medicine school, my PhD studies, especially those learning about the development of the mind and inner regarding happiness. peace made me feel as if a sign from the universe were After studying stress, anxiety and telling me that I could indeed make burnout, the idea of bringing a bridge between psychology, study of positive emotions The PhD in the the flourishing and medicine! and happiness to the Dental In that same year I “discovered”, field of and Medicine School became a in an airport-awaiting-for-flight-toconviction. How? I did not know , in Dubai conversation, that emotions yet! At the time, the study of can be measured, and that it is which I researched happiness in Portugal was in even possible to “measure” the its tentative steps and it was the levels of fear, depression or any unrealistic to think it could be emotion! Actually, at that time that taught in medicine schools. idea was very strange for a dentist. For that reason I began Since then, it became clear to me in complaints of studying the pathologies, as that studying emotions, learning it is inextricably proper of to control negative ones and medicine schools - the physical foster positive ones would be the was an academic and psychological pathologies opportunity to diminish suffering related to dental medicine. and and increase happiness. Global literature strongly In 2010, I was the first person in emphasizes that dentists have that Portugal to become a Master in high levels of stress, anxiety came true Psychology of Emotions with the and depression as well as a high
stress happiness
influence of emotions
physical pain, personal dream 37
testimonial incidence of musculoskeletal World Happiness Report or the The idea of disorders’ signs and symptoms. World Database of Happiness, Remarkably decisive for organized by Ruut Veenhoven, the advance of my studies on from the University of Rotterdam. happiness was meeting Matthieu It was fascinating! and really Ricard in Nepal, in the 3-year inspiring for my life and for the retreat center called Shechen development of my PhD studies. has Retreat Center, located some And I found out that the 40 km from Kathmandu and subjective happiness scales increasingly caught near Namo Buddha. Matthieu developed in cooperation my attention and between the Mind and Life Ricard was there and I also had the wonderful opportunity to I followed the best Institute, represented by have a private meeting with him, Matthieu Ricard, and by Blaise way I could the so I could talk to him about my Pascal University in France, were issues and doubts related to promoted exactly the happiness scales that the development of my studies I wanted and that I believed were by the on happiness. The now monk in tune with my idea of happiness. was a man of science, having They had been developed and developed his PhD studies on precisely to measure different molecular biology guided by dimensions of happiness: Nobel prize winner François Jacob. on one side, inner peace and His scientific rationale, coupled with a brilliant contentment, true pillars of an authenticmind and a strengthened memory enhanced by durable happiness, but also the fluctuating and his intense meditation training make Matthieu unstable happiness linked to the instability and Ricard one of the most brilliant minds of our time. fluctuation of our emotions during the day. Actually, he is both brain and heart, if we take I had already researched and thought that into account the humanitarian work he developed the existing happiness questionnaires that in the last few years in Nepal, India and Tibet were used could not measure “anything that through Karuna-Shechen, the organization he is different” and which makes people with so founded in 2000. At that point, Matthieu Ricard many worries and dislikes such as the Dalai had already been part of neuroscience studies Lama seem so happy and have such serenity in the Wisconsin laboratories and had been and happiness. considered by the media the “Happiest man on From that point all my PhD became clear the planet” due to the results of his MRIs! and I could outline it in my mind: I would study In my meeting with Matthieu Ricard he the relationship between stress, happiness gave me all the hints I needed and became and musculoskeletal disorders in Portuguese my first and greatest advisor for the study dentists. However, the scales were not yet of happiness. He was the one who introduced validated for the Portuguese population. So, me to the real scientists of happiness such my first great study was the validation of the as Richard Layard, Daniel Gilbert (Stumbling scales of authentic-durable happiness and on Happiness), Sonja Lyubomirsky (LOVE) fluctuating happiness in Portugal. The sample and our “bosses” Martin Seligman, Ed Diener, was large – 1338 online participants online Barbara Fredrickson; Richard Davidson (and and 1018 for the paper version, totaling 2356 his extraordinary book “The emotional life of Portuguese with ages between 18 and 91; your brain”). It was also Matthieu Ricard who, the sample comprised all the districts of the from the top of the Himalayas, introduced me Portuguese continent, the islands of Madeira to the great happiness databases in more than and Azores as well as Portuguese emigrants in 150 nations worldwide, such as the recent 30 different countries.
union between science and spirituality
talks
Dalai Lama scientists
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testimonial
the advances that science, specially neuroscience, have proven in the last few years*. It is possible to increase the levels of happiness we feel and experience through the practice of certain positive interventions, the so-called “Positive psychological interventions”, already broadly presented to the scientific community by brilliant scholars and researchers such as Sonja Lyubomirsky, Schueller, Cohn, Barbara Fredrickson, Parks and Dambrun - one of the co-authors of the scales of authentic-durable happiness and fluctuating happiness, along with Matthieu Ricard. It is not necessary to be a A year later, when I met Matthieu I discovered that religious person or believe Ricard again in Portugal (in Lisbon, in God to be spiritual and do emotions can be on May 4, 2014, at the conference good deeds, as Pope Francis on “Altruism and Happiness”; and said. This extraordinary , in Porto, on May 5, 2014, in the human being, whom I had the and that it is conference on “Meditation and opportunity to meet one week Science”) I had already made the even possible to ago in Rome, makes us regular entire analysis of both studies and people feel the same emotion “measure” the also the data comparison between that the Dalai Lama makes the online and print-version , us feel; they that contagious samples. willingness to do good and to In my final PhD study, promote union and happiness “Relationship between Happiness, men. Despite the or any emotion! between Stress and Musculoskeletal great worries brought by being That idea was Disorders in Portuguese Dentists”, the leaders of their spiritual I was able to verify, among other communities, both of them, very things, the strong relationship with their strong kindness existing between fluctuating energy and contagious for a happiness and musculoskeletal joyfulness, are able to show complaints in the population studied. the world that there is still hope and that we can contribute to reduce New Ecossystem suffering and its causes and increase Finally, integrating my PhD with the practice of the levels of happiness between Men! the Ecosystem Active Agents of Happiness (Life Path Rosário Mexia, DMD, MS, PhD. Assistant Psychotherapy – Workshops and Coaching) means professor of the University of Lisbon Dental contributing to the philosophy of this project and the Medicine School, Portugal. Lisbon, May 2016. * paradigm of the New Man for the benefit of the New She is currently part of the Ecosystem Active Humanity! Agents of Happiness, and is a scientific coThe extraordinary program created by the author of the Active Agents of Happiness and psychiatrist Mário Simões and the psychologist the development of the Unity between Science and Spirituality. Marisa Oliveira are the practical application of
measured
levels of fear depression strange dentist
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reading
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A sharper perception
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Positive Psychological Capital is the main theme of this book, which presents a current overview of studies on organizational behavior • por Andréa Perez Corrêa •
N
owadays no one doubts that Positive Psychology caught the attention of several segments. At first this was due to a more significant growth in research on the pillars of positive emotions and the positive aspects of individuals, and now we see its increasingly relevant growth in organizations. Not only that is great, it is also essential for us to have more “human” organizations. The kind that values the positive aspects
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of its stakeholders and aims not only at tangible assets, but also intangible assets to increasingly gain and captivate the clients who are choosing a product or service, at a time when sustainable development is a promise for all humankind. This is not recent news. Scholars of human resources, organizational management, leadership, strategic planning, and organizational behavior, among other areas of the corporate world, have realized for some
reading
Scholars
time that Positive Psychology Considering that we in themes can apply to are at one of the most human resources, organizational contexts, even interesting and dynamic if they have to be adapted. moments in the history of organizational That was the relevant humankind, the authors management, analysis of scholars such acknowledge that it is as Fred Luthans, Carolyn M. imperative that leaders leadership, strategic Youssef-Morgan, Bruce J. and governments develop planning, and Avolio, Kim Cameron, Gretchen initiatives to face social M. Spreitzer, P. Alex Linley, problems, as well as organizational Susan Harrington and Nicola to identify alternative Garcea, to name a few. solutions with more behavior In a segment whose positive perspectives technological challenges about organizations, their entail urgent organizational processes, and human that Positive innovations to place companies resources. Psychology themes in a competitive position, Full shelves paying attention to the can The book’s central development of new initiatives theme is the Positive that favor such results is Psychological Capital, almost mandatory to be or simply PsyCap, and competitive in the market. right from the start Now for our reading the authors clearly present how suggestion in this issue of MIP-Mag: Psychological the organizational behavior field Capital and Beyond, a book that represents the developed. The publishing market, above mentioned sharper perception about the perhaps realizing the potential of points of contact between the field of organizational the organizational world, which is behavior and Positive Psychology. always thirsty for new methodologies and innovative approaches, filled bookstores with models of corporate development, with books that lack theoretical basis, and broke sales records with best-sellers written by motivational gurus. A latent aspect of such publications is the positive focus on organizations and their human resources, which is valued by organizational scholars. Given this scenario, the authors report the development of Positive Organizational Behavior - POB, which resorted to the scientific character of Positive Psychology studies to provide a conceivable theoretical basis for the organizational field, contrasting with “corporate self-help� publications that have no scientific
have realized
apply to organizational contexts
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reading
rigor and no approaches based on evidence from serious and consistent research. Following those observations about POB concerning the theoretical application of PsyCap in the corporate context, the authors address the Positive Psychological Capital and its constructs along 10 chapters. The constructs – identified by the acronym HERO (Hope, Efficacy, Resiliency and Optimism) - are the ones that best meet the PsyCap criteria, which is clearly presented in chapter 2. Along the book’s 318 pages, the authors also present what they call Potential PsyCap, among which are: Creativity, Flow, Mindfulness, Gratitude, Forgiveness, Emotional Intelligence, Spirituality, Authenticity and Courage. As they established the four constructs comprised in PsyCap, the authors clearly state that this is not a comprehensive list of possible PsyCap constructs and emphasize that the Potential PsyCap are relevant and can possibly be considered PysCap constructs now and in the future. In a segment In another chapter, the where authors outline details about the mediation of PsyCap and about measurement models already developed. In addition to that, they entail present a model for the development of PsyCap in organizational the organizational context, through the intervention called Psychological Capital to place Intervention (PCI), and also companies in through a simple and practical approach model for the a competitive potential Return on PsyCap position, Investment, presenting several hypothetical examples of how to calculate its financial impact. They close the book with to initiatives a description of the current scenario of PsyCap studies, as that well as its future prospects. such results The format adopted is similar throughout the book is and it somehow contributes to greater interactivity of the
reader with the book and the theme. How so? The beginning of each chapter brings one or more suggestions of an Opening Video, which the authors recommend that readers watch. They are then invited to reflect on the topic based on questions suggested by the authors. The videos show icons of the topics, which are presented by people with deep knowledge on the topic addressed. Furthermore, each chapter is closed with a Case Study, for which a video to be watched by the reader is also presented, followed by questions for reflection. The idea of including videos and questions for reflection is very interesting, especially as a resource to be used in the classroom for further discussion of the topics, or even in training programs in company, for analyses that allow customization to each company’s context.
technological challenges urgent innovations
paying attention favor
almost mandatory 42
Opportunity Another characteristic of the book that is worth pointing out is the collection of studies and research on POB and PsyCap themes. Based on the review of literature of my master’s dissertation about the PsyCap theme, I consider this book a unique opportunity for those who wish to have a deeper knowledge of the topics addressed. Numerous studies developed since 2002 – when POB was initially conceived – are listed. Such studies made possible to form a more complete and comprehensive theoretical framework about the themes. The bibliographic references of each chapter are undoubtedly a treat to readers that do not have
one or more suggestions of an Opening Video, which the authors recommend that readers watch. They are then invited to reflect on the topic based on questions suggested by the authors access to platforms of indexed works of articles and reviews, for example. Be absolutely certain that this book offers you most of the resources one looks for in order to know and understand POB and PsyCap with academic basis. As for readability, I point out that the book is fluent and easy to understand, despite the technically academic writing style, making it an excellent addition to your personal library. The authors are great scholars who, from the early days of POB and PsyCap, have been developing works, studies and research on the
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Andréa Perez Corrêa has a postgraduate degree in Positive Psychology and Coaching and is currently undertaking an M.A. degree in Management Systems at the Fluminense Federal University. She is a professor at the Human Development and Positive Psychology MBA at the Post-graduation Institute – IPOG. She devotes herself to the research and dissemination of Positive Psychology, developing projects such as the Positive Library. E-mail: acorrea97@hotmail.com. Site: www. ibrpp.com.br. Facebook Andréa: http://on.fb. me/1O97CZm. Facebook Positive Library: http:// on.fb.me/1Mejd8T
Specifications
Psychological Capital and Beyond Authors: Fred Luthans, Carolyn M. YoussefMorgan e Bruce J, Avolio Publisher: Oxford University Press Year: 2015
divulgação
Each chapter Day begins with World Population Background
themes. Luthans is especially renowned in the field. In the Scopus database, he is recommended with 127 studies or books and he is the most relevant on the themes, having published nearly 34 books according to the Good Reads site. At the Google Scholars Citations, 38,562 citations of his works in other studies are listed. One can see that he has a long and serious life of study. I suggest that you buy this book, not only because of its quality and usefulness to know the themes addressed, but also because I am convinced that we need to develop more initiatives in the organizational contexts that enable the implementation of approaches that use Positive Psychology. In that sense, this book can be a good start for you. How about beginning your readings and getting ready to venture out into the organizational world? Good reading!
positive news
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Five global companies join forces to fight migrant worker exploitation The Coca-Cola Company, HP Inc., Hewlett Packard Enterprise, IKEA and Unilever launched a new collaboration, the Leadership Group for Responsible Recruitment, focused on promoting ethical recruitment and combating the exploitation of migrant workers in global supply chains across industries. The five founding companies have committed to the ‘Employer Pays Principle’, which states that no worker should pay for a job - the costs of recruitment should be borne not by the worker but by the employer. The promise of higher wages abroad can in some cases result in exploitation, with many low-skilled workers in particular paying high recruitment fees, incurring large debts, and potentially finding themselves in situations of forced labour. The Leadership Group will be championing the ‘Employer Pays Principle’ within their own industries and beyond, calling for similar commitments from other companies to drive positive change across all sectors. The Leadership Group will also work to develop a practical roadmap to underpin this call to action.
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(Source: Good News Agency)
This section spreads the work of the Good News Agency, wich publishes good news in English, Italian and Portuguese languages. (click on link to learn more)
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positive news
A “Love Your Muslim Neighbor” event hosted by the Interfaith Council of Contra Costa County CC Rev. Will McGarvey and the Interfaith Council of Contra Costa County Cooperation Circle hosted a series of nine “Love Your Muslim Neighbor” events to introduce Christian congregations to the Muslims sharing their communities. The personal connection cut through the fear of the unknown and drew community members closer, making it harder for harmful stereotypes to flourish. Over the course of nine “Love Your Muslim Neighbor” events held at a variety of different
Learning to stay alive can be fun MAG and Clowns Without Borders have created lessons that could be the most important of children’s lives. The }performance was shown in schools across Lebanon, teaching vulnerable Syrian refugees and Lebanese children about the dangers of landmines, cluster bombs and other explosive items. The children were also given specially designed games and leaflets to share with siblings and family members to spread awareness across the community. (Source: Good News Agency)
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Christian congregations, the ICCCC has initiated and facilitated crucial discussions on some of the major misconceptions regarding Muslims, with up to 200 participants. The interreligious exchanges vary from panel discussions hosted by American Muslims of different ethnicities, religious sects, gender identities, and so on, to more intimate and informal conversations where non-Muslim community members voice curiosities they have always had but have never known how or whom to ask. (Source: Good News Agency)
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USA - Dismantling islamophobia through love
positive news
Mobilizing citizens of the world to achieve the 2030 Agenda
(Source: Good News Agency)
XPRIZE and UN announce global partnership to empower children’s learning through technology The XPRIZE Foundation with the United Nations’ Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) and the World Food Programme (WFP) today announced a new partnership for the US$15 Million Global Learning XPRIZE – a five-year competition challenging teams to develop open-source software that will enable children with limited access to schooling to teach themselves basic reading, writing and arithmetic. XPRIZE, a non-profit organization, is the world’s leader in designing and managing incentive prize competitions for the benefit of humanity. Currently, there are 136 teams from 33 countries developing education technology solutions. The top five finalist teams will each receive US$1 million and their software will be field tested in Tanga and Arusha regions. An estimated 4,000 children across 200 villages will participate in the 18-month field test, each of whom will receive a donated tablet. The team whose solution enables the greatest proficiency gains in reading, writing and arithmetic will receive the grand prize of US$10 million. At the end of the competition, all five solutions will be released as open source, free for anyone to use and adapt. (Source: Good News Agency)
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“We have to remember that we are citizens of a country but also citizens of the world. […] What affects other people in the world also affects us,” said SDG Advocate and Academy Award-winning actor Forest Whitaker, during a discussion with Thomas Gass, Assistant Secretary-General for Policy Coordination and Inter-Agency Affairs in UN DESA, which took place in the Digital Media Zone at the High-Level Thematic Debate on Achieving the Sustainable Development Goals (SDGs) on 21 April. Seeking to accelerate the implementation of the 2030 Agenda for Sustainable Development, the President of the UN General Assembly Mogens Lykketoft convened this event, bringing together global political leaders as well as high-level representatives from the business sector and from civil society organizations. Forest Whitaker was also one of the keynote speakers addressing the opening of this high-level event in the General Assembly Hall. The event also offered an opportunity to underscore the strong interlinkages between the 2030 Agenda and the Paris Agreement on Climate Change, which was signed the following day by 175 world leaders. The 2030 Agenda for Sustainable Development and its 17 Sustainable Development Goals adopted last September, aim at leaving no one behind and to provide economic prosperity, social inclusion and environmental sustainability.
positive wiki
In this section you will see psychology concepts and definitions covered throughout the magazine. (Preparation: Team IPPC)
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Savoring
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Whereas traditional psychology approaches tend to look for ways to deal with negative experiences, Positive Psychology seeks to maximize the effects of positive experiences. Savoring, in turn, aims the appreciation of good moments and a way to enhance and magnify their power on our mental function in order to make positive memories, reminiscences and anticipation stronger and more active than their negative counterpar ts.
BRAINSTORM
Starting from Aristotle’s idea of happiness (eudaimonia), as early as in the fourth century BC, Positive Psychology believes in happiness as a result of a virtuous life. It doesn’t start from the idea that we should only have positive occurrences in life to consider ourselves happy, but rather to put all the moments we live in the balance and have a positive perception of life, which includes experiencing positive emotions, low levels of negative moods and high satisfaction in relation to life.
Flow
WORKING
BRAIN
The concept of flow was developed by the psychologist Mihaly Csikszentmihalyi who, by the study of the creative process, became interested in the phenomenon of intrinsic motivation. The state of flow, also called “optimal experience”, causes the individual to fully engage in the activity he/she is carrying out, employing the best of what he/she has to offer. Therefore, in times of flow, activity and subject become one. By acting in his area of excellence, the subject experiencing flow state needs no supervision, control, or any type of external monitoring to the extent that the activity carried is intrinsically rewarding to him. The flow can be achieved in any experiment. But there are people who achieve it in professional practice, making their work an important source of gratification and, by extension, of happiness. Today there are companies around the world interested in promoting the flow in the organizational environment, in a typical initiative in which everyone wins.
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Happiness:
positive wiki
Character Strenghts
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Starting from the concept of happiness as a result of a virtuous life, the researchers studied various codes of conduct of Eastern and Western culture, such as the Bible, the Koran, bushido, etc, looking for common virtues in all of them. Thus they reached six virtues: wisdom, courage, humanity, justice, temperance and transcendence. The next step came up from the question: What traits a human being should have to achieve such virtues? Researchers then arrived at 24 features, which they have called character strenghts. In this sense, the character strengths are:
Love Kindness Social Intelligence Teamwork Fairness Leadership Forgiveness Modesty & Humility Prudence Self-regulation Appreciation of Beauty & Excellence Gratitude Hope Humor Spirituality
Creativity Curiosity Judgment Love of learning Perspective Bravery Perseverance Honesty Zest
Locus of control
It ’s a construct that tries to explain where the source of control of a person’s life is perceived. There are two types of locus of control: The Ex ternal locus of control (when people see their life as controlled by ex ternal factors) or the internal locus of control (When people feel they are in control of their own lives). Although people alternate between these two
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perceptions, they have a predominant locus of control style and in Lilian Gra ziano’s research on Happiness and locus of control, the researcher found a significant and positive correlation between internal locus of control and happiness. (Learn more in: ht tp://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/47/47131/tde-23052006164724/pt-br.php)
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“O
Ties and moments
ne of the things that makes me happy is to grow my cacti and succulents: water them, fertilize them, prevent plagues and seeing them grow, make seedlings, see their flowers bloom… There is also the fact that I am a collector, cultivating the rarest species and making friends. I have made many friends in the last few months, with people who have the same love for plants. I have always liked gardening and landscaping as they are connected to my work, and lately this type of plant has been much used in modern gardens. It is a hobby and a natural tranquilizer. I do not see time going by...” Rafaeli Tiepo Rocha, 38 years-old, engineer (Tatuí – SP – Brazil)
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Aproveite a programação de 2016! Mindfulness: Consciência Plena em Ação
Inúmeros estudos têm mostrado que o estado mental denominado de mindful (aquele obtido por meio das técnicas de mindfulness, ou consciência plena) pode trazer uma variedade de benefícios físicos, mentais e sociais, transformando a vida das pessoas. Neste curso você aprenderá a iniciar sua prática de mindfulness, estruturando-a de acordo com suas necessidades individuais, agenda e vida profissional, além de aprender a lidar com as principais dificuldades que surgem quando introduzimos essa nova rotina em nossas vidas. 25 horas/aula • 2/9/2016 a 4/9/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
PSICOLOGIA POSITIVA: FUNDAMENTOS E ESTADO DA ARTE
Este curso oferece uma visão ampla desse movimento científico e de seu estado da arte. Além disso, o curso discute todas as áreas de estudo da Psicologia Positiva, bem como suas diferentes possibilidades de aplicação. Realizado sempre em um único final de semana, este curso é ideal para pessoas que residem em outros estados. 25 horas/aula • 16/09/2016 a 18/09/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
COACHING POSITIVO
Este curso tem como proposta oferecer um treinamento de caráter essencialmente prático acerca das técnicas básicas e avançadas do coaching, à luz da Psicologia Positiva. Principais Tópicos • Fundamentos da Psicologia Positiva: O “Estado da Arte” desse movimento científico inovador e seus fatores críticos de sucesso; • Paradoxo do Coaching e a contribuição da Psicologia Positiva; • Positive Psychology Coaching: Um novo campo da Psicologia Positiva, uma nova possibilidade de coaching; • Felicidade: O objetivo primordial sobre o qual poucos ousam falar; • As Emoções Positivas e o seu impacto no Desempenho; • Intervenções Eficazes para o desenvolvimento das emoções positivas; • Strengths Coaching: O trabalho de coaching a partir das forças pessoais; • Flow e Peak Performance: Ressignificando a relação home / trabalho. 50 horas/aula • 12/10/2016 a 16/10/2016 local: sede do IPPC matrículas e mais informações aqui
Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento
50 CEP: 04552-050 – São Paulo, SP – Tel. 11-95328-4010 R. Helena, 140 – Edifício Delta One – Cjs. 111-112 – Vila Olímpia