Nº66 REVISTA NU2 SEPTIEMBRE

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6 6 S E P T I E M B R E N O V I E M B R E 2 0 2 2 m . j . t a b a r m i g u e l b o r b o l l a f r a n c i s p é r e z m a r i o m . r e l a ñ o r o s a e l e n a b e t a n c o r t g u i l l e r m o c e r v e r a p l à c i d g a r c i ap l a n a s c a r l o s r e y e s r o d r i g o r i e r a l u i s m i g u e l c o l o m a l a u r a b a l l e s t e r o s m a r i u s i o n u t s c a r l a t j o s é l u i s f e r n á n d e z m i g u e l g . m o r a l e s t a y ó m e g u i h e r n á n d e z c é s a r c o r u j o s a a v e d r a e d u a r d o d e l a c r u z e d u a r d o c a r r i l l o

EDITOR y DIRECTOR Fernando Barbarin REDACCIÓN María Larumbe CONTACTO Telf 928 177 440 Fax 928 177 435 revista@nu2 es www nu2 es DISEÑO Y MAQUETACIÓN Estudio de diseño CREA www fernandobarbarin com PORTADA: bruto es nu2 es IMPRESO EN PAPEL ECOLÓGICO Joder, ¡recicla! DEPÓSITO LEGAL : G C 1067/2007 Las opiniones, notas y comentarios son exclusiva responsabilidad de los firmantes, de las entidades y/o asociaciones.

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Para mí pocas cosas son tan desconcertantes como encontrarte un zapato sin dueño Un zapato abandonado es el mensaje inacabado, la espera de la nada, el olvido de todo Es la inquietante forma de representar el final de un v i a j e , d e u n a h i s t o r i a o d e u n a v i d a . Observándolos, uno no puede dejar de pensar que aquellos restos de cuero arrugado un día protegieron unos desagradecidos pies Seguro que el día de su estreno, el ufano propietario se deleitaba ante el reflejo que le devolvían los escaparates para observarlos con orgullo E n e l a r m a r i o l e s e s p e r a b a u n l u g a r p r i v i l e g i a d o , u n e s p a c i o i m p o r t a n t e , d e f á c i l a c c e s o , e s t a b a n e n p r i m e r a l í n e a . Pe r o e l t i e m p o p a s ó y s u g l a m u r o s a v i d a f i n a l i z ó s i n d a r s e c u e n t a Pa s a r o n d e c a m i n a r p o r a v e n i d a s y r e s t a u r a n t e s a s e r c a l z a d o s o c a s i o n a l m e n t e c o n l a m i s i ó n d e s a c a r l a b a s u r a o p a s e a r b r e v e m e n t e a l p e r r o U n d í a , s i n s a b e r l o , s e c o n v i r t i e r o n e n u n p a r d e z a p a t o s v i e j o s M e e n t r i s t e c e c o m p r o b a r e l a s o m b r o s o p a r e c i d o q u e g u a r d a c o n e l d e s t i n o d e a l g u n o d e n u e s t r o s m a y o r e s . Los puños huesudos y temblorosos no se coti zan, las canas no interesan y las arrugas son incompatibles con nuestra musculada socie dad Para muchos son obstáculos que ralenti zan y entorpecen nuestras ajetreadas vidas E s t a e s l a m i s m a s o c i e d a d q u e h o y n o s c o n v i e r t e e n v i e j o s c o n p r i s a , q u e e n f e r m a s i n s í n t o m a s y e n t i e r r a e l p a s a d o r e c i e n t e U n a n c i a n o d e s a t e n d i d o e s l a r a d i o g r a f í a d e l a c r u e l d a d . L a s o l e d a d l e s d e s p o j a d e s u d i g n i d a d y l a e s p e r a l o s c o n d e n a ; p a r a d ó j i c a m e n t e , e n o c a s i o n e s , t a n s o l o l a m u e r t e l o s d i g n i f i c a y l i b e r a L a s o l e d a d h u e l e a b u t a n o , s i l l ó n y o r i n a l

SUMARIO 16 18 21 24 Prohibida la reproducción total o parcial de los contenidos, ilustraciones e imágenes incluidos en esta publicación sin permiso por escrito del editor M A R Y A RTE 31 Espa ci o de intercambi o ar tístico donde el punto de referencia para el desarroll o creativ o es el mar. Jo sé Lluis Fernández 28 Miguel G Morales 29 Tayó 30 Megui Hernández 31 César Corujo Saa vedra 32 R uizber Ana R uiz Bernal 33 Eduardo Carrill o 34 15 11º Bienal de Arte de Lanzarote M I I S L A > ¿Dónde estás? · 23 No cre o en las sombras sin gente Ni siquiera en la tuya Te derramaste P R O A > Miguel Ángel Borb olla · 13 El ser que es y fue, un paraguas abierto ¿Saben quién soy, verdad? A B C S U B > Vilma 15 Sonó el despertador o al meno s yo creí oírlo Era otro día más de eso s L A M A R > R o sa Elena Betancor t 16 Linterna de Aristóteles, Equinodermo s, del griego ekhino:ç... C A PTU R A > El sueño del traficante 18 Lo s viejo s traficantes sueñan Amoldado s al mullido colchón de sus camas, lo s... O R I L L A S > Carl o s Reyes 21 es la denomina ción de la parte más alta del teatro. Las últimas buta cas... A L M A C E N A D O S > Tayó 25 el artista de Uga vuelve a El Alma cén con su expo sición “Jugando entre líneas” I S L A G R A N > Espa ci o móvil · 26 En muchas ocasiones la belleza se camufla en lo cotidiano, una mirada tras la cámara A RTÍC U L O > R o drig o Riera 22 Denomina ción que recibe, en Lanzarote y Fuerteventura el palo de madera V E I NTI N U E V E TR E C E > Marius Ionut Scarlat · 24 Encuentro de fotografía y artes visuales de Lanzarote 7

Adonay Bermúdez Director artístico de la 11º Bienal de Arte de Lanzarote de Arte de Lanzarote Agnes Essonti M J Tabar

La Blanche 7

11º Bienal

“Lanzarote debe dialogar urgentemente con África”

E L A R T E E S S U “ E X C U S A” PA R A P O N E R S O B R E L A M E S A TO D O L O Q U E L E P R E O C U PA C O M O C I U D A D A N O E L T R A B A J O D E A D O N AY B E R M Ú D E Z ( L A N Z A R OT E , 1 9 8 5 ) E S T Á I N S P I R A D O E N “ V O C E S D E S O B E D I E N T E S ” C O M O L A S D E C É S A R M A N R I Q U E Y L E A N D R O P E R D O M O L A B I E N A L D E A R T E D E L A N Z A R OT E S E E N T R E G A A L B I E N C O M Ú N Y N O S P R O P O N E D E S C U B R I R , R E A C C I O N A R Y C O M P R E N D E R . D E J A R D E S E R , C O M O D E C Í A E L P E R I O D I S TA Y E S C R I TO R L A N Z A R OT E Ñ O, “ M A R I O N E TA S D E PA J A” , “ R E S O R T E S M A N E J A D O S P O R L O S L I S TO S ” E l a r t e , h a d i c h o e n m u c h a s o c a s i o n e s, e s “ u n a h e r r a m i e n t a c o n l a q u e p o d e r r e f l e x i o n a r s o b r e e l m u n d o q u e h a b i t a m o s ” . ¿ C ó m o v e u n c o m is a r i o c o m o u s t e d , q u e p r e s t a t a n t a a t e n c i ó n a l o s o c i a l y a l o p o l í t i c o , t o d o l o q u e e s t á s u c e d i e n d o ? E l a r t e , e n t r e o t r a s c o s a s , e s u n a m a n i f e s t a c i ó n s o c i a l y l o s p r o f e s i o n a l e s d e l a c u l t u r a s o m o s l o s i n t e r l o c u t o r e s . U t i l i z o e l a r t e c o m o e x c u s a p a r a p o n e r s o b r e l a m e s a t o d a u n a s e r i e d e c u e s t i o n e s q u e m e p r e o c u p a n c o m o c i u d a d a n o , t e m a s l o c a l e s y g l o b a l e s V i v i m o s u n a e r a c o m p l e j a y e n r e v e s a d a , s o b r e s a t u r a d a d e i n f o r m a c i ó n q u e n o s c o n f u n d e y a n e s t e s i a ; e l a r t e n o s p r o p o n e p e n s a r, a l g o t o t a l m e n t e o p u e s t o a l s i s t e m a n e o l i b e r a l e n e l q u e v i v i m o s q u e p r e t e n d e e n g e n d r a r u n r e b a ñ o d ó c i l Pa r a f r a s e a n d o a l a t e ó r i c a H a n n a h A r e n d t : “ Pe n s a r e s u n a t a r e a p e l i g r o s a p e r o n o p e n s a r e s t o d a v í a m á s p e l i g r o s o ”

N o r e c u e r d o e x a c t a m e n t e e l p r i m e r t e x t o q u e l e í d e L e a n d r o Pe r d o m o , s e g u r a m e n t e a l g u n o s d e l o s e s c r i t o s q u e p u b l i c a b a e n p e r i ó d i c o s H e r e l e í d o v a r i a s v e c e s ‘ D e s d e m i c r á t e r ’ , m e p a r e c e u n a d e l i c i a D e Pe r d o m o m e i m p r e s i o n ó s u c a p a c i d a d d e h a b l a r s i n p e l o s e n l a l e n g u a , s i n m i e d o n i a u t o c e n s u r a . N o a b u n d a n l o s p e r s o n a j e s a s í . S i e m p r e d i g o l o m i s m o : s o y d e L a n z a r o t e , s o y h i j o d e l a c t i v i s m o y l a d e n u n c i a p ú b l i c a d e C é s a r M a n r i q u e y d e L e a n d r o Pe r d o m o S o n d o s r e f e r e n t e s i m p o r t a n t e s q u e m e h a n m o l d e a d o c o m o p e r s o n a y c o m o p r o f e s i o n a l d e l a c u l t u r a S i n e l l o s , m i v i s i ó n y m i p o s i c i o n a m i e n t o s e r í a o t r o S o n v o c e s d e s o b e d i e n t e s c o n e l s i s t e m a q u e e n c e n d i e r o n l a m e c h a d e e s t a B i e n a l Po r p r i m e r a v e z h a c o n s e g u i d o i n v o l u c r a r a i n s t i t u c i o n e s c o m o l a F u n d a c i ó n C é s a r M a n r i q u e o e l M u s e o T h y s s e n B o r n e m i s z a . E s t o d a u n a i d e a d e l r e s p a l d o q u e e s c a p a z d e c o n s e g u i r u n c o m i s a r i o i n d e p e n d i e n t e c o n u n a t r a y e c t o r i a c o m o l a s u y a . ¿ H a r e s u l t a d o s e n c i l l o c o n f i g u r a r l a p r o g r a m a c i ó n y l o g r a r l o s a p o y o s ? L o t u v e c l a r o d e s d e e l p r i n c i p i o : h a b í a q u e p o s i c i o n a r n a c i o n a l e i n t e r n a c i o n a l m e n t e l a B i e n a l E s o s e c o n s i g u e c o n a m b i c i ó n y t o c a n d o p u e r t a s s i n m i e d o y s i n i n f r a v a l o r a r s e L a n z a r o t e t i e n e u n p o t e n c i a l a r t í s t i c o i m p r e s i o n a n t e , s o l o Enrique Jezik Seis metros cúbicos de materia orgánica 2009

8 ·8 E l a b o r t o h a d e j a d o s e r u n d e r e c h o c o n s t i t u c i o n a l e n E s t a d o s U n i d o s . L o s f e m i n icidios y las agresiones homófobas continúan El medio ambiente sigue deteriorándose La sostenibilidad no pasa de ser un eslogan L a d e s i g u a l d a d s e a c e n t ú a ¿ S e s i e n t e t a m b i é n u s t e d “e s p a n t a d o ” , “a c o n g o j a d o ” , “ m a r i o n e t a ” , c o m o e s a l i e b r e e n e l p á r a m o q u e d e s c r i b í a L e a n d r o Pe r d o m o ? L o s i e n t o t o d o a l a v e z : e s t o y e s p a n t a d o , a c o n g o j a d o , e n f a d a d o C a d a v e z p i e n s o m á s q u e h a y q u e t o m a r p a r t i d o c o m o c i u d a d a n o p e r o t a m b i é n c o m o c o m i s a r i o N o c r e o q u e v a y a a s a l v a r a l m u n d o c o n m i t r a b a j o n i n a d a p o r e l e s t i l o , m i p o s i c i o n a m i e n t o e s e l d e u n a h o r m i g u i t a m á s q u e q u i e r e f o r m a r p a r t e d e u n a c o m u n i d a d q u e l u c h a p o r u n f u t u r o m á s c o n c i e n c i a d o , c o m p r o m e t i d o , l i b r e y a m a b l e c o n l o s d e m á s y c o n e l e n t o r n o . S o y d e l o s q u e p i e n s a q u e l o s c a m b i o s s e g e n e r a n e n l o c o l e c t i v o , s i n o n o s a y u d a m o s e n t r e l a s p e r s o n a s n o l l e g a r e m o s a n i n g ú n l a d o L a d e f e n s a d e l d é b i l f r e n t e a l p o d e r o s o e s u n l e i t m o t i v d e l a o b r a ( á g i l , p r e c i s a , p r e c i o s a ) d e L e a n d r o Pe r d o m o , a l a q u e r i n d e h o m e n a j e e s t a B i e n a l ¿ R e c u e r d a c ó m o f u e s u p r i m e r a c e r c a m i e n t o a l a o b r a d e l e s c r i t o r l a n z a r o t e ñ o ?

A pesar de su historia común, no parece que las expre siones culturales de Lanzarote, salvo contadas excepcio nes, reflejen una hermandad o un interés ni con lo que sucede al otro lado del Atlántico ni a escasos 100 kilómetros de sus costas. Sin embargo, usted ha trabajado en Ecuador, México, Costa Rica, Colombia ¿Cómo surge esa atracción suya por Latinoamérica y África?

h a y q u e b u s c a r l a s h e r r a m i e n t a s i d ó n e a s p a r a p o d e r c o m u n i c a r l o c o r r e c t a m e n t e E n e s a e s t r a t e g i a e n t r a n l a s c o l a b o r a c i o n e s c o n i n s t i t u c i o n e s d e p r i m e r o r d e n N o e s n a d a f á c i l q u e i n s t i t u c i o n e s c o m o l a F u n d a c i ó n C é s a r M a n r i q u e , e l M u s e o T h y s s e n o e l M U A C d e M é x i c o t e a p o y e n a s í c o m o a s í , s o n a ñ o s d e t r a b a j o , d e g a n a r t e s u c o n f i a n z a y s u r e s p e t o L a 11 ª B i e n a l d e L a n z a r o t e r o m p e c o n t o d a s l a s e d i c i o n e s a n t e r i o r e s e n m u c h o s a s p e c t o s . ¿ C ó m o s e g e s t ó s u p a r t i c i p a c i ó n c o m o d i r e c t o r a r t í s t i c o ? Fu e u n a p r o p u e s t a q u e m e l l e g ó d e s d e l o s C e n t r o s d e A r t e , C u l t u r a y Tu r i s m o e n n o m b r e d e l a P r e s i d e n t a d e l C a b i l d o Pa r a e s t a n u e v a e d i c i ó n q u e r í a n c a m b i a r d e n o m b r e , d e l o g o y s e p l a n t e a b a n l a i n c o r p o r a c i ó n d e u n p r o f e s i o n a l e x t e r n o v i n c u l a d o a l o s o c i a l q u e t u v i e r a e x p e r i e n c i a i n t e r n a c i o n a l . Tr a s l a p a n d e m i a y s u s c o n s e c u e n c i a s s e p r e o c u p a r o n p o r p r o p o n e r o t r a s f o r m a s d e ‘ h a c e r ’ c u l t u r a m á s c e r c a n a s e i n c l u s i v a s M e h a n d a d o m u c h a l i b e r t a d p a r a p r o g r a m a r l o q u e y o c o n s i d e r a s e o p o r t u n o , h a n c o n f i a d o m u c h o e n m i c r i t e r i o

E s t a a t r a c c i ó n s u r g e d e u n a n e c e s i d a d H a c e m u c h o s a ñ o s m e p r e g u n t é q u i é n s o y y d e d ó n d e v e n g o y e s a s p r e g u n t a s s o l o s e r e s p o n d e n c o n L a t i n o a m é r i c a y c o n Á f r i c a . L a n z a r o t e n o s e p u e d e e n t e n d e r s i n l a i n c l u s i ó n d e e s o s d o s e s c e n a r i o s M i l í n e a c u r a t o r i a l h a e s t a d o v i n c u l a d a i r r e m e d i a b l e m e n t e a m i e n t o r n o , a u n q u e y o l u e g o l o l l e v e a u n t e r r e n o m á s g l o b a l S i e m p r e m e h a n i n t e r e s a d o l o s f l u j o s m i g r a t o r i o s , l a c r i s i s d e l t e r r i t o r i o o e l p o s t c o l o n i a l i s m o , t e m a s t o d o s e l l o s r e l a c i o n a d o s c o n L a t i n o a m é r i c a y Á f r i c a . E r a 2 0 0 8 2 010 y E s p a ñ a e s t a b a e n m e d i o d e u n a c r i s i s e c o n ó m i c a y m e c o s t a b a m u c h í s i m o c o n s e g u i r t r a b a j o H i c e l a s m a l e t a s y m e f u i a M é x i c o D e f i n i t i v a m e n t e h a s i d o l a m e j o r d e c i s i ó n q u e h e t o m a d o e n m i v i d a , m e c a m b i ó p o r c o m p l e t o Chang Melon still

“El arte nos propone pensar, algo totalmente opuesto al sistema neoliberal en el que vivimos”

E l a r t e e s u n a “ m a n i f e s t a c i ó n s o c i a l ” y e s t a 11 ª B i e n a l p a r e c e c a p a z d e p r o p i c i a r u n d e b a t e s o b r e e l e s t a d o d e l a

D e f i n i t i v a m e n t e L a n z a r o t e d e b e d i a l o g a r u r g e n t e m e n t e c o n Á f r i c a E s i m p e n s a b l e q u e , c o n t o d a s l a s r e l a c i o n e s p a s a d a s y p r e s e n t e s , n o e x i s t a c o n v e r s a c i ó n a l g u n a . N o e n t i e n d o c ó m o e s p o s i b l e q u e G r a n C a n a r i a , c o n i n s t i t u c i o n e s c o m o C A A M o C a s a Á f r i c a , e s t é c o n s t a n t e m e n t e p o n i e n d o s o b r e l a m e s a c u e s t i o n e s q u e c o n e c t a n l a s i s l a s c o n e l c o n t i n e n t e a f r i c a n o y L a n z a r o t e n o p r e s e n t e a b s o l u t a m e n t e n a d a , q u e e s t á m u c h o m á s c e r c a d e l a c o s t a a f r i c a n a E s s o r p r e n d e n t e y, p o r q u é n o d e c i r l o , i n d i g n a n t e D i f í c i l m e n t e e n L a n z a r o t e s e e x p o n e a u n a r t i s t a q u e n o s e a h o m b r e , b l a n c o , e u r o p e o y h e t e r o s e x u a l y e s o d i c e m u c h o d e n o s o t r o s c o m o s o c i e d a d . L a i s l a n e c e s i t a d e o t r o s r e l a t o s y o t r a s p r o p u e s t a s a r t í s t i c a s y e s o s o l o s e c o n s i g u e e x i g i e n d o a n u e s t r a s i n s t i t u c i o n e s q u e c a m b i e n e l r u m b o h a c i a u n m o d e l o m á s i n c l u s i v o y d e m o c r á t i c o

10 “ D e s o b e d i e n c i a s y r e s i s t e n c i a s ” , “ L o ( i n ) v i s i b l e ” , “ E s p a ñ a : f ú t b o l , p l a y a y b a n d e r a ” , “ F u e r a d e j u e g o : d e p o r t e , p o d e r y m a c h i s m o ” U n r e p a s o p o r l o s t í t u l o s d e l a s e x p o s i c i o n e s q u e h a c o m i s a r i a d o d a u n a i d e a d e s u e s p í r i t u c r í t i c o y s u c a r á c t e r c o n t e s t a t a r i o . E s t e a c t i v i s m o a r t í s t i c o , ¿ q u é a l e g r í a s y o b s t á c u l o s l e h a d e p a r a d o ?

Fotografía: Bruto

“De Leandro Perdomo me impresionó su capacidad de hablar sin pelos en la lengua, sin miedo ni autocensura” “Hay que tomar partido como ciudadano, pero también como comisario, como profesional cultural” Adonay Bermúdez Director artístico de la 11º Bienal de Arte de Lanzarote Estudio

No voy a mentir diciendo que no me ha generado obstáculos, por que han sido muchos Eso sí, me ha dado también muchas alegrí as Adoptar una posición crítica y contestataria ha provocado que esté vetado en varias instituciones, muchas de ellas en Canarias, pero también me ha abierto puertas, muchas de las invitaciones que recibo son consecuencias de esas temáticas que abordo Si vivir de la cultura es complicado, si sumamos este hándicap Pese a las dificultades, no me arrepiento de mi línea curatorial.

i s l a y d e l m u n d o . ¿ Q u é t e m a s d e b e r í a m o s a b o r d a r c o n m a y o r u r g e n c i a e n l a i s l a ?

13 2 > proa miguel Ángel miguel BorBolla (eñ drag0)

E l ser que es y fue, un paraguas abierto. ¿Saben quién soy, verdad? Soy el hombre del paraguas abierto. Soy el que pasea por los lagrimales cuan do nadie más lo hace Cuando las lágrimas se deslizan por vuestras mejillas, que son las mías, cuando la lluvia salada forja surcos en la delicada piel que el pensamien to se niega a ver envejecer Soy el calor cuando el frío se asienta en tu pecho, cuando las tinieblas del p e n s a m i e n t o t e e nv u e l ve n ; e n t o n c e s e s c u a n d o p u e d e n verme. No saben cómo, ni por qué, pero cuando me necesitan y me llaman siempre acudo con mi paraguas a vuestro encuentro. Es e n t o n c e s c u a n d o n o s e n c o n tramos, cuando veo vuestra cara m o j a d a , v u e s t ra s m a n o s t e m b l o r o s a s y v u e s t r o s o j o s t e m e r o s o s d e p e n s a m i e n t o s i n c o m p r e n s i b l e s e n e l p r o p i o pensar asustado, atormentados Y el paraguas se abre, y yo, como s i e m p r e , s o n r í o c o n d u l z u ra mientras seco vuestras mejillas y t o m o v u e s t ra s m a n o s , y p e n samos en la hermosura de estar v ivo s C r e a r y s o ñ a r p a ra n o mendigar en libertad hacia donde caminar Les abrazo y les llevo lejos de la lluvia y el frío Las tinieblas quedan atrás y por un m o m e n t o , l e s ve o s o n r e í r d e nuevo, y nace el ser que fue y es, amor Qué hermosura dejar penetrar en mí la necesidad de verme sonreír en vosotros, les observo viejitos y sonrientes como el niño que fui. Vuestra sonrisa ingenua y feliz empieza su búsqueda, de la primera lección aprendida, aquellas sombras que quisieron marchitar la verdad de vuestra inocencia, de andar con dudas silenciosas en defensa del amor, del amar sin condición, pensamiento de mi ser, el maltratado rostro, sonrisa del cachorro feliz que fueron Cuando aparece en vuestro rostro de pronto vuelven a ser preciosos No necesitan hablarme porque sus ojos hablan por mí, y me dicen todo lo que un hombre del paraguas podría desear escuchar. Me dicen: cómo lo haces, siempre lo consigues, nunca nos dejas solos en los días grises, gracias, muchas gracias Mientras veo todo eso en vuestros ojos me siento tan feliz porque así somos los hombres del paraguas. Sigo mirándoles a los ojos, ahora vivos de nuevo, llenos de cariño y gratitud, de ternura y quietud Y mientras os sigo mirando, lenta mente, la tristeza se adueña de mí. Porque sé que pron to volveré a perderles La tormenta se aleja de vosotros y corréis de nuevo en busca de la luz, de la vida Quizás haya algún ser de la luz que les espera para volver a compartir todos los amaneceres del mundo, para poder ver despertares con vuestros rostros maquillados de felicidad, para hacerles olvidar que h ay t o r m e n t a s y p a ra q u e n o piensen más en mí... ¿Saben? A veces me gustaría ser un hombre de la luz Quizás así no les vería con el pelo mojado, ni tiritando, ni desori entados en la penumbra del que hacer pensante Me gustaría verles relucientes como el sol, llenos de vida como un río en primavera y alegres como una mañana en el bosque... pero solo soy un humilde hombre del paraguas Tan solo sé abrazar y dar ternura, agitar los bra zos para que la tormenta se aleje de vuestros rostros, sonreírles y decir les (ustedes o vosotros) con mis ojos que nunca dejaré que lloréis. Pero eso no es lo que hacen los hombres de la luz. Ellos son de otro modo. Ellos temen la oscuridad y la tempestad del pensamiento y nunca se atreven a venir a buscarnos cuando el miedo nos atrapa sin avisar. Pero son pacientes, y cuando la luz vuelve a cubrir vuestros cabellos con el aura que yo nunca alcanzo a ver, entonces, y solo entonces, vendrán a buscarnos. Yo desde lejos os veo marchar y hasta creo distinguir el halo del que os hablé Mis ojos brillan, mis labios sonríen, pero a la vez siento que en mi corazón algo ha vuelto a morir de nuevo. Soy el hombre del paraguas abierto, ¿recuerdan? Quizás algún día, cuando marchen de nuevo en su camino hacia la luz del sol, su rostro se vuelva hacia mí y me digan: ven, cierra el paraguas, queremos enseñarte el amanecer FUE Y ES, UN PARAGUAS ABIERTO Agur lagun

EL SER, QUE

D i s e ñ o : w w w . f e r n a d n o b a r b a r i n . c o m

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Sonó el despertador o al menos yo creí oírlo Era otro día más de esos en que madrugar era el sino de los pobres, donde ir a traba jar era la rutina diaria para más tarde darte cuenta que lo que te habían pagado a final de mes por ese trabajo no llegaba a cubrir tus gastos Sonó el despertador o al menos yo lo oí claramente, corrí las cor tinas de la ventana y me dirigí al cuarto de baño para expeler lo acumulado durante la noche Sentado en el retrete aún medio dormido, sentí que tras la cortina de la bañera algo hacía ruido Apenas un ligero movimiento pero lo suficiente para estremecer la cortina e inquietarme Ante el silencio continuado después del primer susto, decidí lavar me primero la cara para despejarme por completo y así poder enfrentarme al supuesto ladrón que en mi baño se escondía Una vez lavado y secado, me dirigí temeroso a correr las cortinas de delfines que colgaban de la barra de la bañera, temiendo que algún individuo me saltara con un cuchillo y me atacara Siempre fui un cobardica Al apartar las cortinas con todas mis fuerzas mis ojos no podían creer lo que había en la bañera y del susto caí de culo al suelo Ella me miraba sonriendo, calladita y quieta, sin asustarse, pero ocupando con su negrura toda la bañera Mi sorpresa se refleja ba en la tembladera que tenía en todo el cuerpo No podía moverme, no podía levantarme Así debió de pasar algún tiempo hasta que la foca decidió saltar de la bañera y acercarse a mí Yo temblé, ella me besó Me atreví a levantar la mano y a tocarla Ella se dejó y parecía gustarle No sabía qué hacer La miraba y ella parecía hablarme, pero seguía congelado ante aquel tremen do animal que había aparecido en mi baño Se levantaba sobre sus extremidades anteriores casi a una altura del suelo Ladeaba en ocasiones la cabeza y dejaba entrever unas cicatrices Me levanté para ir a desayunar, pues la hora de salir de casa para trabajar se acercaba Ella me acompañaba y se veía feliz Desayunamos juntos Todo el día en la oficina lo pasé distraído pensando en todo lo que me había sucedido, a la par que feliz por tener al fin una mascota Al regresar de vuelta a casa ella me esperaba sonriente y yo, a pesar de ser tarde y estar cansado, decidí sacarla a pasear para que conociera el barrio ¡Cómo disfrutó Vilma (decidí llamarla así) del paseo! Fue un día de emociones y terminé agotado Después de dejar a Vilma acostada en su bañera caí rendido en mi cama y no me desperté hasta que nuevamente el maldito despertador sonó Madrugar siempre fue la penitencia del pobre Me dirigí al cuarto de baño para expeler lo acumulado durante la noche y la vista se me fue directamente a la bañera Vilma no se encontraba allí No sé si acaso llegó a existir algún día o acaso se había fugado durante la noche Hay veces que confundo la realidad con los sueños PÉREZ www francisperez es texto: MARIO M. RELAÑO hisaetuvalu wix com/mariomrelano Vilma

> abc sub Foto: FRANCIS

ENTRE SÍ SON LOS SIGUIENTES: Erizos de mar (Echinoidea) Ofiuras (Ophiuroidea) Estrellas de mar (Asteroidea) Lirios de mar (Crinoidea) Holoturias (Holothuroidea) Este grupo animal presenta un sistema ambulacral, formado por tubos y cámaras que recorren todo el interior del animal y que desemboca externamente a través de múltiples pies ambulacrales Puede intervenir en el desplazamiento, en la respiración, en la percepción sensorial, en la alimentación y en la sujeción al sustrato Tienen un esqueleto interno El animal se encuentra rodeado por una capa de tejido epidérmico, bajo esa capa se encuentra la dermis, es en ella donde se encuentran los osículos calcáreos, unas placas de carbonato cálcico que se articulan entre sí, o que se fusionan unas con otras para llegar a formar un capa razón rígido como el de los erizos de mar Los osículos frecuen temente están dotados de espinas o tubérculos que sobresalen del cuerpo, dando el aspecto espinoso característico

En nuestro afán por catalogar a todos los seres vivos, también hemos hecho clasificación de los se re s h u m a n o s , a s í , h e m o s d e f i n i d o a l o s p o l í m a t a s c o m o a l g u i e n c o n a m p l i o s c o n o c i m i e n t o s e n m a t e r i a s m u y d i v e rs a s , q u e n o t i e n e n p o rq u é e s t a r re l a c i o n a d a s e n t re s í . A r i s t ó t e l e s e n t ra d e n t ro d e e s t a c a t e g o r í a ; t e n í a c o n o c i m i e n t o s e n m e t a f í s i c a , p o l í t i c a , b i o l o g í a e i n c l u s o e n p o e s í a , e n t re o t ra s m a t e r i a s Dentro del mundo de la biología, el gran filósofo se interesó mucho en la zoología, admirado tal vez por las estructuras que definen a algunos grupos animales, como por ejemplo los equi nodermos, y no es para menos El filósofo griego describió en el libro Historia Animalium este órgano masticador al que pos teriormente se le da el nombre de linterna por su parecido con las torres circulares o poligonales que se construyen sobre las cúpulas y que están provistas de ventanas verticales que favo recen la entrada de luz en los edificios sobre los que se erigen Esas ventanas también presentes en el órgano bucal de los eri zos de mar sirven de puntos de anclaje para la musculatura que mueven los dientes en un movimiento protráctil, es decir, que entra y sale del caparazón del animal La luz, que este sabio proyectó sobre numerosos temas le hace valedor del nombre que recibe esta estructura de belleza inspi radora "Linterna de Aristóteles" Linterna De aristóteLes, mandíbulas y osículos accesorios de erizos de marna de

Aristóteles

rosa elena Betancort leme s> la mar Linter

16 EQUINODERMOS, DEL GRIEGO EKHINO: "PÚA", Y DERMA: "PIEL", QUIERE DECIR LITERALMENTE "PIEL ESPINOSA" SE TRATA DE UN CONJUNTO DE ANIMALES FORMADO POR CINCO TIPOS CON PUNTOS EN COMÚN, PERO BASTANTE DIFERENTES

De unos grupos a otros difiere mucho su forma de alimentar se, algunos son filtradores, otros carnívoros e incluso herbívo ros. Muchos de los erizos de mar pertenecen a estos últimos y van ramoneando las algas que se encuentran creciendo sobre las rocas Este ramoneo se lleva a cabo gracias al aparato mas ticador que conocemos como linterna de Aristóteles Esta estructura de simetría pentámera, está formada por un com plejo conjunto de estructuras esqueléticas y músculos que se encuentra en el interior del caparazón del erizo Lo único que sobresale son los cinco potentes dientes calcáreos con los que van desmenuzando el alimento Los dientes están en continuo crecimiento pues se desgastan debido al roce con la roca. La linterna rodea a la cavidad bucal y la faringe, que se comuni ca a su vez con el esófago

P

PL

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Los viejos traficantes sueñan Amoldados al mullido colchón de sus camas, los viejos trafi cantes sueñan pero no descansan No sueñan con los misiles que venden Sueñan con otra cosa Los viejos traficantes ya no van a la feria de misiles. Están en un punto más allá del horizonte. No les hacen falta los infini tos stands del gran bazar, con las copas de champán francés que sirven entre tanque y tanque; con brillantes subfusiles expuestos como broches de Tiffany; con recepcionistas, en un stand de pistolas griegas, haciendo ver que se disparan bajo la mandíbula; con la sinceridad de la sección militar de la britá nica Rolls Royce: “Pioneros en el poder que importa”; con sus t o i l e t t e s d o n d e u n t e n i e n t e b r i t á n i c o y u n j e f e d e v e n t a s e s t o nio acaban follando Eso, los viejos traficantes probable mente también lo han hecho En sus largas vidas, ya han pillado mil abanicos de algún stand que vende cañones Ya han visto mil veces a los clientes de Smith & Wesson apretar los gatillos de sus pistolas y revólve res con la canción Stand by me de Ben E. King sonando en los altavoces Ya han visto mil maniquíes de plástico en forma de soldado con la pierna arrancada de cuajo Ya han escuchado mil veces un cuarteto interpretando La vie en rose de Edith Piaf en el stand de un fabricante turco de balas Ya han res pirado todo eso y ya lo tienen aburrido, muy aburrido, porque todo eso, el abanico con pólvora, el maniquí ensangrentado, la azafata que se suicida y las balas danzando con la voz rota gu ILLE RMO CE RvERA / tExtO: àCId gARCIA LAN

Los viejos traficantes sueñan Amoldados al mullido colchón de sus camas, los viejos traficantes sueñan pero no descansan No sueñan con los misiles que venden Sueñan

> captura FOtOgRAFíA:

19 de Piaf, todo eso son, en el fondo, ellos Una feria llena de monstruitos A una mujer barbuda no le atrae otra mujer bar buda Por eso se quedan en el colchón L o s t r a f i c a n t e s h a n e m p e z a d o a e n v e j e c e r y s u s c u e r p o s p r e f i e r e n e l s i l e n c i o s o t a c t o d e c o l c h ó n a l d e l a m o q u e t a d e l a f e r i a , t a n l l e n a s d e e s a s s o n r i s a s q u e e l l o s s a b e n f a l s a s p o r q u e s o n e x a c t a m e n t e c o m o l a s s u y a s P r e f i e r e n e l c o l c h ó n , e s e o b j e t o q u e n o t e i n t e r p e l a l o m á s m í n i m o L e j o s d e l a s g r a n d e s p a n t a l l a s d e t a n a l t a t e c n o l o g í a q u e p a r e c e n e s t a l l a r d e v e r d a d Ese es el sueño, el motivo por el que duermen y no descansan: la verdad Los viejos traficantes mueren sabiendo que ni siquiera han amado los misiles. Los proyectiles acaban siendo

pesados y los estallidos que produce, demasiado lejanos Se les acaba el tiempo, como se les terminó a los destinatarios finales de las toneladas de misiles que han vendido, y lo que buscan y han buscado durante su existencia es otra cosa El mástil de un velero, por ejemplo. Feria tras feria, estallido tras estallido, ese es el tipo de cosas que han soñado. Pero no un mástil cualquiera El mástil más alto Quieren el más alto Porque no quieren tener Quieren poseer Ese es el naufragio El de verdad Un naufragio mil veces más profundo que todos los hundimientos de la última batalla en la bahía de Santiago por la posesión de Cuba FIN

carlos reyes> orillas

“Trasera paraíso” 21

“ Trasera paraíso” es la denominación de la parte más alta del teatro. Las últimas butacas, las más baratas Allá arriba casi puedes tocar los frescos del techo, prueba de que el paraíso también tiene su trastienda. Una especie de periferia o de destierro Siempre he preferido pensar que la vida se desarrolla alrededor de una caja escénica. Una obra continua, Theatrum mundi La fotografía me permite situarme como espectador y elijo la posición menos noble. Encaramado al fondo, con una visión aérea privilegiada, antesala de una isla y su reflejo

Menos eficiencia en agua caliente

22 > artículo rodr igo riera

El cambio global, término más apropiado para nombrar a lo que muchos conocen como cambio climático, tiene una serie d e c o n s e c u e n c i a s e n l o s o rg a n i s m o s v i v o s q u e h a b i t a n e n n u e s t ro p l a n e t a Po r e j e m p l o , e l i n c re m e n t o d e l a t e m p e ra t u ra , t a n t o e n e l m e d i o t e r re s t re c o m o e n e l a c u á t i c o , p ro v o c a l a m i g ra c i ó n d e e s p e c i e s t ro p i c a l e s a a g u a s m á s f r í a s , y l a d e s a p a r i c i ó n p a u l a t i n a d e e s p e c i e s d e l a t i t u d e s p o l a re s S i n e m b a rg o , e s t e c a l e n t a m i e n t o t i e n e i m p l i c a c i o n e s m á s p ro f u n d a s d e l a s q u e s e c re í a e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e l o s e c o s i s t e m a s . E n c o n c re t o , s e h a o b s e r v a d o re c i e n t e m e n t e q u e a f e c t a a l i n t e rc a m b i o d e m a t e r i a y e n e rg í a e n t re l a s e s p e c i e s a l o l a rg o d e l a s re d e s t r ó f i c a s . E n e s t a s re d e s c a d a o rg a n i s m o e s c o n s i d e ra d o c o m o u n e s l a b ó n d e t ra n s f e re n c i a d e e n e rg í a , t a n t o e n e l m e d i o t e r re s t re c o m o e n e l a c u á t i c o , d e b i d o a q u e o b t i e n e e n e rg í a a l i m e n t á n d o s e d e n i v e l e s t r ó f i c o s i n t e r i o re s y a s u v e z c o n s t i t u y e u n re c u rs o a l i m e n t i c i o p a ra n i v e l e s t r ó f i c o s s u p e r i o re s . En un estudio publicado hace unas semanas, varios investiga dores observaron que el incremento de temperatura disminuye la eficiencia de transferencia de energía y materia entre los eslabones de las redes tróficas. Esto se intuía a partir de mode los que simulaban lo que ocurriría en escenarios futuros de calentamiento global. Sin embargo, no existía ninguna eviden cia obtenida a partir de resultados procedentes de experimen tos o del medio natural. Estos autores analizaron durante un período de siete años una comunidad de un estanque formada por algas, fitoplancton, zooplancton, invertebrados y bacterias. Este experimento se llevó a cabo en tanques que fueron calen tados 4ºC por encima de su temperatura ambiente y se realizó a esa temperatura porque es la previsión que ha hecho el IPCC (Grupo Intergubernamental de Expertos sobre el Cambio Climático) para el Atlántico Norte Los tanques con agua más caliente presentaron una disminución evidente de la eficiencia en transferir la energía de unos grupos tróficos a otros en com paración con los tanques a temperatura ambiente La eficien cia es la biomasa o energía que se transfiere de un nivel trófi co al siguiente ¿Cuándo se lleva a cabo esta transferencia? En el momento en que un ser vivo cede su materia orgánica a un depredador, un carroñero o un parásito Los resultados del estudio son una de las muchas repercusiones del aumento de la temperatura del agua para el funcionamien to de los ecosistemas Esto es debido principalmente a que afecta al metabolismo de las especies, reduciéndose la eficien cia de materia y energía que se transfiere de un grupo trófico al siguiente Dentro de unos años, una gran parte del carbono utilizado para la fotosíntesis volverá a la atmósfera en forma de calor y CO2 Por tanto, muchos de los servicios que nos pro porciona la naturaleza, como la provisión de alimento, se verán disminuidos Rodrigo Riera Assistant Professor (PhD) Biodiversity and Conservation Group (BIOCON) IU ECOAQUA University of Las Palmas de Gran Canaria Canary Is , Spain

No creo en las sombras sin gente Ni siquiera en la tuya Te derramaste entre los pliegues de mis sueños, extendiste tu silueta incierta y te desvaneciste Quedaron la pisada firme de tu mirada, el surco de una caricia y un atisbo de humedad en los labios, pero se marchó batiendo las alas con las primeras luces de la mañana Si abro los ojos caigo al abismo Te describo tallando palabras en el aire Trato de arrancar certezas a tu alma efímera Si salto de página se rompe la magia La luz cierra de golpe mi libro Araño las sábanas buscando incunables en las estanterías de mis sueños. Hay imágenes tan nítidas que trascienden la natu raleza bidimensional de los recuerdos Busco y busco Acaso en una hendidura por donde hubieras podido caer, entre el rastro de mis vidas pasadas y destellos de mis días futuros En mil noches sin luna Leo atentamente los reflejos de la bajamar y no te encuentro Escudriño palabras en el silbo del viento ¿Dónde estás? Tu tacto enciende mi piel. El eco de tu voz cálida me acaricia y el brillo de tus ojos encandila mi noche. Como una estrella, inmutable y eterna. Juego en la noche sedosa de tu cabello y con una sonrisa Con una sonrisa rasgas la llanura de tu ros tro, del color y el aroma dulce de la tierra natal Tiendes tus manos y cuando voy a recogerte entre mis brazos, te escapas volando transformada en una mariposa de un sonriente azul metálico En las sombras te busco En la niebla y en el agua Te dibujo en mi mente y tu luz se diluye, lánguida y romántica, en una pin celada de acuarela. El papel invisible absorbe cada trazo defi nido. Lo expande, lo derrama. Como tu presencia, se desvane ce Extiendo mis manos pero no alcanzo a tocar tus dedos Busco el silencio absoluto para percibir la más mínima nota de tu eco Nada Tan nítida fuiste que me resisto a creer que no existas, hayas existido o vayas a existir Debes estar en algún ayer o mañana E n a l g u n a re n d i j a e n t re e l re c u e rd o y l a p re m o n i c i ó n Espérame. Seguiré buscándote. ¿Dónde estás?

Fotografía: Laura Ballesteros

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> mi isla LuIS MIguEL COLOMA http://islaflipica blogspot com

Marius Ionut Scarlat “DONDE LOS PERROS NO LADRAN” @mariusionut25 www mariusionutscarlat com

Entrevista: Lana Corujo y David Machado para el Área de Cultura del Cabildo de Lanzarote · Fotografía: Adriana Sandec Tayó > almacenados 25 D e s p u é s d e 2 5 a ñ o s , e l a r t i s t a d e U g a v u e l v e a E l A l m a c é n c o n s u e x p o s i c i ó n “ J u g a n d o e n t r e l í n e a s ” h a s t a e l 5 d e n o v i e m b r e

¿ C ó m o e s l a i s l a d e L a n z a ro t e q u e e x i s t e e n l a o b ra d e Ta y ó ? E s u n a i s l a a b i e r t a s o b re e l e s p a c i o y e l t i e m p o A t e m p o ra l F l u y e s o b re u n a m i ra d a c u l t u ra l q u e c r u z a l a h i s t o r i a v i a j a n d o h a s t a e l p re s e n t e , y a s e a a t ra v é s d e l a c o m u n i c a c i ó n o ra l , e s c r i t a o v i s u a l E s u n a i s l a re l a c i o n a l , q u e s e d e s p l i e g a s o b re l a a n t ro p o l o g í a h a s t a re v e l a r u n e s p í r i t u d e re e n c a n t a m i e n t o d e l e s p a c i o , t ra n s f o r m a n d o e n s a g ra d o t o d o l o q u e f l o t a s o b re s u p i e l E s u n a i s l a s í m b o l o , q u e s e e n t re c r u z a e n u n a re d s i m b i ó t i c a c o n t o d a s l a s i s l a s, c o n l a i n s u l a r i d a d , re v e l á n d o s e p l a n e t a , m u n d o y u n i v e rs a l i d a d Muchas de tus pinturas e instalaciones no se enmar can en un proceso acotado, sino en una visión del tiempo propia que se acompasa muchas veces con los ciclos naturales, ¿nos puedes contar lo determinante en tu proceso? El proceso de mi obra tiene genética de campesinas, ritmo de labradores, paciencia de pescadores y actitud de natura leza Es un hacer que se construye paso a paso, formando capas, sumando estratos La obra aparece sola, sin esfuerzo Crece como una planta y madura como una fruta Yo solo la cuido La acaricio como el viento acaricia y desgasta la lade ra de lava Con el paso de los años aparece la obra Las obras nuevas valorizan las antiguas y las primeras le dan sentido y significado a las actuales, se transforman en instalaciones, se polinizan y aparecen nuevas conexiones y es esta visión del tiempo insular, ancestral y universal, la que se acerca a la contemporaneidad desde sus bordes

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28 29 30 31 32 33 34 J o s é L u i s F e r n á n d e z M i g u e l G . M o r a l e s T a y ó M e g u i H e r n á n d e z C é s a r C o r u j o R u i z b e r A n a R u i z E d u a r d o C a r r i l l o GR ACIAS A L A COL ABOR ACIÓN DE: La sección “MARTE, mar y arte” ofrece un espacio de diálogo para artistas canarios o residentes en Canarias, cuyas obras estén inspiradas en el mar Aquí tienen cabida las diferentes disciplinas artísticas que habitan en las islas

28 “SIN TÍTULO”(2021) ACRÍLICO SOBRE LIENZO DE 60 X 73 CM Y ese día sin avisar, partió. J O SÉ LU I S F E R NÁN D E Z

M I G U E L G. M O RAL E S

Así comienza el poemario Lo imprevisto escrito en la prisión de Fyffes por el joven poeta Domingo López Torres (Tenerife 1907 1937). Su pareja, Maruca Reyes, guarda toda una vida esta obra para legarla a la Memoria Histórica de un país que no ha sabido mirar su pasado Miles de víctimas de la represión fascista descansan en el fondo del Atlántico que baña nuestras islas Una de las mentes más privilegiadas de su época, Domingo López Torres, fue asesinado por el método del ahogamiento forzoso una madrugada de Febrero de 1937, en la bahía de Santa Cruz de Tenerife, tras el Golpe de Estado

¡qué profundo correr por mares de silencio! / las empinadas desbocadas venas / rompiendo limpios mares pudorosos / con la brisa, el calor, la flor, el grito. / ampulosas redondas nubes grises

29 “LOS MARES PETRIFICADOS” 2011. MEDIOMETRAJE B&N

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La superficie del jardín brilla pulida en el cenit solar del mediodía insular Una cinta de Moebius flota, más allá del tiempo y del espacio, cíclicamente interminable, desplegando los espejos culturales de la memoria Sentando sobre su borde duerme un tal Espinosa que sueña con un Lancelot aventurero, más allá del horizonte marino Mientras una Dorotea atareada se entretiene modelando en barro evas y adanes viajeros. Y un niño manriqueño hace cabriolas entre los cráteres, persiguiendo las fantasías de un profesor Lasso que imagina creacionismos nuevos La voz de la realidad va proyectando futuros que “cabalgan a hombros de gigantes”… Y las campesinas cantan poemas… y la naturaleza hace el paisaje..

TAYÓ

“JUGANDO EN EL JARDÍN” 2009 2020. ÓLEO LIENZO. 116X89 CM.

M E G U I H E R NÁN D E Z

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En la mitología clásica Medusa era una gorgona que, siendo doncella e hija de deidades marinas, fue violada por Poseidón (Dios del Mar) La diosa Atenea, enfurecida porque este hecho hubiese tenido lugar en su templo, convirtió el cabello de la joven en serpientes y la condenó a transformar en piedra todo aquello que miraba

“GORGONA”

32 CÉSAR C O R UJ O SA AVE D RA "OSCURIDAD" HIERRO Y MADERA. 145 X 160 CM A las profundidades de tus temores, estás perdido, perdido sin sentido,sin luz,sin atardecer, hundido seco en el fondo del océano Pero ¿ Cuántas veces te he visitado?, ¿ Cuanto me has enseñado?, y siguen creciendo mis paranoias y recaes con alguna metonimia ¿ Es la oscuridad?, ¿ Es el abismo?, ¿ Es la profundidad o es tú cabeza?, y deslizas tus piernas por las frías aguas y por las calientes, paso a paso avanzas subiendo de escalón en escalón de bote en bote,pero siempre caminando. Abres puertas cierras ventanas, siempre acompañado de tú incombustible amigo, Él nunca deja de avanzar, sorteando los muros encontrados vez una salida y una nueva entrada y cruzas la puerta sin preguntarte hacia dónde...

33 “CAMINOS CRUZADOS” Agua, Fuego, Tierra y Aire, caminos cruzados que forjan nuestra persona R U I Z B E R ANA R U I Z B E R NAL

34 E D UAR D O CAR R I L LO "UN CAYUCO AZUL Y BLANCO" Todo es azul y blanco: El cielo y las nubes El mar y la espuma La bandera de Tenerife Y la pinturadel cayuco Todo es azul y blanco: Todo menos los 24 cadáveresflotando a la derivaen mitad del Atlántico 16 05 2021 Alexis de La Cruz

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