´ FLORIPA e nº2 Março 2013
Para conhecer mais sua cidade
Panorâmica
Sul da Ilha e Beira-Mar Norte na rota de expansão do mercado imobiliário Horizontes
A criatividade e o senso de oportunidade dos jovens empreendedores locais Almanaque
Os laços culturais que unem a Ilha de Santa Catarina ao Arquipélago dos Açores
A caminho da cidade inteligente florianópolis APOSTA NA INOVAÇÃO E NO CONHECIMENTO PARA resolver ANTIGOS PROBLEMAS COM NOVAS TECNOLOGIAS
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Editorial
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FLORIPA
Uma publicação do Grupo RIC PRESIDENTE
Mário J. Gonzaga Petrelli
Grupo RIC/SC Vice-presidente-Executivo
Marcello Corrêa Petrelli Diretor Comercial
Reynaldo Ramos Diretor Administrativo e Financeiro
Albertino Zamarco Jr. Diretor Operacional
Paulo Hoeller Diretor de Redação Notícias do Dia
Luís Meneghim
Revista FLORIPA É Coordenador-geral E DIAGRAMAÇÃO
Victor Emmanuel Carlson Gerente DE VENDAS
Cleo Feigel Editor-executivo
Diógenes Fischer REPORTAGEM
Adão Pinheiro, Carol Macário, Carolina Moura, Cléia Schmitz, Fabrício Umpierres, Mateus Boing, Mônica Pupo e Paulo Clóvis Schmitz MAPA
Rogério Moreira Júnior Consultora de moda
Débora Ferreira Fotografia
Débora Klempous, Rosane Lima e Victor Emmanuel Carlson Foto de Capa
Markito/Fotomundo distribuição
Simone Cristina de Souza e Cláudia Catani REVISÃO
Sergio Luiz Meira IMPRESSÃO
Gráfica Posigraf www.ricmais.com.br/sc/revistafloripae Av. do Antão, 1857 Altos do Morro da Cruz – Centro CEP 88025-150 – Florianópolis/SC (48) 3251-1440
Um novo rumo para Florianópolis A Cidade-Estado de Cingarupa, no Sudeste Asiático, é considerada uma referência para as chamadas smart cities, as cidades inteligentes. A atração de empresas de tecnologia aliada à visão de desenvolvimento sustentável transformou uma antiga cidade portuária em um modelo para o mundo. É inspirando-se em exemplos como este que Florianópolis espera encontrar um modelo de desenvolvimento que atraia empresas inteligentes, ligadas à inovação tecnológica, e com elas pessoas inteligentes, com a formação adequada para criar um ambiente de negócios que resulte em qualidade de vida para toda a população. Em sua segunda edição, nós, da revista Floripa É apresentamos a visão das pessoas envolvidas nesse projeto, reforçando a importância de encontrar novos rumos para a cidade por meio da economia criativa. Temos ciência dos desafios e das dificuldades que podem surgir no caminho para concretizar este projeto – sejam elas estruturais, como o Custo-Brasil, ou de mentalidade, como a de pequenos grupos contrários ao desenvolvimento das iniciativas privadas. Por outro lado, apoiamos e estimulamos pessoas e empresas que inovam e trabalham para criar um ambiente de negócio sustentável. Esta é a proposta da revista Floripa É: manter o leitor atualizado sobre a sua cidade e informado a respeito dos novos rumos e perspectivas para o desenvolvimento de Florianópolis. A revista possui ampla e diversificada distribuição, alcançando um perfil de leitor diferenciado e qualificado. O Grupo RIC deseja a todos um feliz aniversário pelos 287 anos de Florianópolis. A revista Floripa É, por meio do jornal Notícias do Dia, é um presente para todos os moradores da nossa querida cidade.
Marcello Corrêa Petrelli Vice-Presidente-Executivo Grupo RIC
“ apoiamos e estimulamos pessoas e empresas que inovam e trabalham para criar um ambiente de negócios sustentável”
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Índice
Gastronomia
Panorâmica
Victor Carlson
Débora Klempous
Delícias do mar para saborear o aniversário da cidade
Uma festa para o paladar................48 Cafés, lanches e vinhos...................58
Almanaque Victor Carlson
O Sapiens Parque, centro de inovação e conhecimento instalado no Norte da Ilha
Inteligência a serviço da cidade.......................................8 Novos ares na prefeitura.................................................20 Saúde de ponta...............................................................24 Expansão concreta.........................................................26
Horizontes Rosane Lima
A moda invade as ruas de Santo Antônio de Lisboa
Mulheres de Floripa.......................64 A legítima herança açoriana..........72 Fortes impressões..........................78 Do palco para as telas...................82 Tiago e Rafael comemoram o sucesso nacional de sua grife de camisetas made in Floripa
Embaixada cultural.........................86
Prontos para empreender...............................................36
Ambientes com personalidade........88
Pensando no futuro........................................................40
Para ver muito mais........................92
Mais energia para a cidade..............................................44
Uma ilha cosmopolita.....................96
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FLORIANÓPOLIS, 287 ANOS. UM A VERDADEIRA AUL A DE DESIGN E XTERIOR.
A WOA dá os parabéns à cidade que viu nossa empresa nascer e que inspira nossas mais belas obras. Obrigada, Florianópolis.
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Panorâmica
Inteligência a serviço da cidade F L O R I P A
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Panorâmica
No Sapiens Parque, um telão de nove metros de comprimento mostra informações multimídia sobre os projetos para transformar Floripa em uma smart city
COMO A CAPITAL DA INOVAÇÃO QUER DEIXAR DE SER APENAS UM LAR DE CÉREBROS E EMPRESAS DE TECNOLOGIA PARA TORNAR-SE UMA CIDADE INTELIGENTE PARA AS PESSOAS E O MEIO AMBIENTE Texto Fabrício Umpierres Fotos Débora Klempous
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Panorâmica4Inteligência a serviço da cidade
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Na avaliação de Santos, apesar de todos os problemas que a Capital vem enfrentando em função do seu crescimento desordenado, há na cidade condicionantes únicas que permitem sonhar com um futuro inteligente – especialmente o fator humano e as características naturais. “Nossos índices de educação e saúde estão entre os melhores do Brasil. Além disso, temos proporcionalmente o maior número de estudantes universitários do país. Como contamos, na média, com uma boa qualidade de vida, isso ajuda a trazer pessoas qualificadas e com bom poder aquisitivo”, observa o professor da UFSC. “O problema é que nosso planejamento urbano e nosso sistema de saneamento básico são um zero à esquerda”, opina. Há décadas participando de missões empresariais pelo planeta, Henry Quaresma coleciona exemplos de lugares que, com tecnologia e inovação, acabaram com graves problemas urbanos e se tornaram polos de atração de investimentos. O grande exemplo para ele é Cingapura, a cidade-estado do Sudeste Asiático que hoje é Sapiens Parque considerada a Farmaco; Inova Lab mais importante Fim da rota smart city do continente. “Por ser uma cidade portuária, tinha sérios problemas de Centro Administrativo SC violência e Secretarias; ACATE; Corporate Park; Senai; prostituição, além Square Corporate de um sistema
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ParqTec Alfa Celta; Fapesc; Inova SC; Techno Towers UFSC UFSC; Eletrosul; Fundação Certi Parque Viva a Ciência
UDESC UDESC; FIESC; CIASC; CELESC; ÚNICA; EPAGRI
Aeroporto Hercílio Luz Início da Rota
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Futuro traçado da Rota da Inovação
Arte Rogério Moreira Jr.
á quem ainda não saiba, mas a capital catarinense – com suas 42 praias e natureza exuberante – hoje enriquece mais em função do setor de tecnologia do que do turismo ou do funcionalismo público. Em 2012, as cerca de 550 empresas de hardware, software e incubadoras instaladas em Florianópolis geraram uma receita superior a R$ 1 bilhão para o município. E as cifras só tendem a crescer, pois o ritmo anual de expansão do setor é de 16% e há forte demanda por mão de obra qualificada na região. É com base na força desta indústria limpa e bilionária que a Prefeitura Municipal iniciou um ambicioso projeto para transformar Florianópolis em uma smart city (cidade inteligente) e estimular o desenvolvimento de um ambiente de negócios inovador que resulte em qualidade de vida para a população. Mas o que é de fato uma smart city? “As cidades inteligentes são aquelas que unem inovação, conhecimento e soluções em várias dimensões, desde o uso sustentável de recursos naturais e sistemas eficientes de transporte e segurança até transparência nas ações do governo e facilidade para atração de eventos”, resume Henry Quaresma, engenheiro e diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Para o consultor e professor da UFSC Neri dos Santos, a cidade inteligente é aquela que prioriza o aspecto humano. “Nela você pode trabalhar, morar, se divertir e ter qualidade de vida sem precisar fazer grandes deslocamentos”, resume. Ele cita o exemplo de Paris, planejada em torno de sub-prefeituras (arrondissements) que oferecem todos os serviços básicos aos moradores. “Ninguém mora a mais de 500 metros de uma estação de metrô em Paris”, exemplifica. Mas esta não seria uma realidade quase utópica para uma cidade como Florianópolis, que sofre cada vez mais com a falta de mobilidade e o aumento da violência?
Inteligência a serviço da cidade Panorâmica
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Para Henry Quaresma, estudar os modelos de smart cities implantados ao redor do globo pode trazer novas ideias para Florianópolis viário muito ruim. Mas a partir da atração de empresas de tecnologia e uma série de ações do poder público, hoje é uma referência mundial, tem um sistema de transporte público e controle de tráfego exemplar e conta com uma população de alto nível intelectual e cultural”, resume. Outro projeto que impressionou o diretor da Fiesc foi o de Masdar City, um bairro dentro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que, em pleno deserto, desenvolveu uma tecnologia de agricultura a partir de energia solar e só permite a circulação de carros elétricos.
MAS AO CONTRÁRIO DESTES exemplos, onde jorram petrodólares e investimentos milionários de multinacionais, o modelo que pode fazer de Florianópolis uma cidade inteligente está baseado no conhecimento e na tecnologia produzida localmente.
“Nosso padrão de polo tecnológico é diferente do de outras cidades brasileiras. Não queremos uma multinacional apenas para abrir um escritório aqui, contratar pessoal de acordo com sua necessidade e depois ir embora quando a mão de obra se tornar mais cara”, explica Rui Gonçalves, empresário do setor de tecnologia há 23 anos que foi escolhido pelo prefeito Cesar Souza Junior para comandar a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável. E vai além: “Florianópolis já gerou mais de 500 empresas, 500 grifes. Podemos desenvolver aqui nosso Google, por que não? Assim você cria o conhecimento e vende como produto, como solução”. Ao montar sua primeira empresa na Capital em 1990, Gonçalves não só testemunhou como ajudou a desenvolver o potencial tecnológico da cidade. “O mercado de tecnologia começou porF L O R I P A
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que quem se formava não tinha o que fazer por aqui. Criamos as empresas para termos o nosso emprego, porque queríamos ficar na cidade”. Mais de duas décadas depois, além de ser o segmento que mais fatura, a tecnologia é a segunda principal fonte de receita para os cofres públicos do município. Aumentar esta receita fomentando mais empresas e postos de trabalho é a missão do empresário que presidiu, entre 2008 e 2012, a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate). “Queremos convencer o poder público, não só municipal, mas futuramente o estadual e quem sabe o nacional, a utilizar as tecnologias produzidas localmente. Por outro lado, vamos mostrar aos empresários que o município não deve ser visto apenas como um cliente a ser explorado, mas como um grande parceiro que está fomentando o desenvolvimento”, esclarece Gonçalves.
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Panorâmica4Inteligência a serviço da cidade
“onde houver boas ideias o capital vai atrás. Uma ideia pode valer um real. Já uma ideia com uma boa execução vale um milhão. Por isso, a receita é ter os nerds (cérebros) e o dinheiro (de investidores e empreendedores) para que as ideias gerem valor por aqui”, diz o secretário, que defende também um Plano Diretor Econômico para a cidade – uma legislação municipal que favoreça o ambiente de negó-
cios, facilitando a abertura de empresas e até mesmo regularizando o trabalho em casa (home office). A abertura de capital de pequenas empresas na Bolsa de Valores de São Paulo e a criação de um fundo garantidor de recursos para que o município seja o avalista de empreendedores locais também estão na lista de ações planejadas pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável.
Gonçalves: a receita é fomentar uma economia de inovação na cidade, o que inclui a criação de um Plano Diretor Econômico e de um fundo municipal para alavancar empresas locais F L O R I P A
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Mas isto é para atrair o dinheiro. Para convocar os nerds, a Secretaria criou o projeto “Floripa sem Fronteiras”, que vai na contramão de um programa do governo federal que dará incentivos para que 100 mil jovens estudem fora do país. Com esta iniciativa, o município quer fazer o movimento inverso e atrair especialistas do Brasil e do mundo, concedendo bolsas de mestrado e doutorado, para investir em pesquisa e desenvolvimento, qualificar o mercado e ajudar a formar jovens carentes da região em cursos técnicos. A falta de mão de obra especializada é um pesadelo para os empresários do setor. “Já temos uma escassez de profissionais e sabemos que, se mandarmos este contingente para outros países, os melhores cérebros não vão voltar”, afirma Rui. Estudo feito pela Acate apontou 2,2 mil vagas abertas no segmento em 2012, número que pode chegar a até 5,4 mil em 2013. “Nossa ideia é promover algo como foi a vinda da Eletrosul para Florianópolis na década de 1970, que mudou a vida da cidade. Vieram 2 mil pessoas, melhoraram as universidades, o setor de comércio e serviços. Se pudermos atrair uma nova legião de talentos para a região, isso vai desenvolver a economia”, conclui o secretário.
Uma das primeiras ações para mostrar o potencial da cidade na área de tecnologia e economia criativa é a implantação de uma “rota da inovação”, saindo do aeroporto Hercílio Luz e chegando até o Sapiens Parque, em Canasvieiras. O percurso inclui o espaço destinado ao futuro parque Viva a Ciência, no aterro da Baía Sul, passa pela Universidade Federal de Santa Catarina, na Trindade, pela Universidade do Estado (Udesc), no Itacorubi, e segue pela SC401, onde se concentram importantes centros de empreendedorismo e negócios (Parque Tecnológico Alfa, a futura
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Panorâmica4Inteligência a serviço da cidade
sede da Acate, Corporate Park, entre outros) e a sede do governo do estado, até chegar ao Sapiens Parque, onde já existe o Centro de Visualização da Florianópolis do Futuro, inaugurado no ano passado. No Parque, será criada uma estrutura para receber turistas, pesquisadores e empresários interessados no que a cidade oferece em termos de inovação. Uma das inspirações para esta rota é o “Grand Boulevard” do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que atravessa as cidades de Daly City e San Jose, no coração do polo tecnológico da Califórnia – uma espécie de plano diretor para disciplinar o crescimento de forma sustentável em uma das regiões mais inovadoras do planeta. “Queremos fazer um trabalho de referência para a cidade e a população, com sinalização especial, novas opções de mobilidade a partir de linhas de transporte, ciclovias e até utilização de carros elétricos”, antecipa Luiz Salomão Ribas Gomes, doutor em engenharia e pesquisador responsável pelo Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional (LOGO), da UFSC, que vai desenvolver o conceito e construir a marca desta futura rota de inovação, a pedido da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável. A fase de elaboração do projeto, iniciada em março, deve estar concluída até dezembro, com implementação prevista para 2014. Nos próximos meses, serão realizados pelo menos dez “workshops criativos” com as comunidades do entorno desta rota para que a população “ajude a pensar, entender e também utilizar esta marca para a cidade”, diz Gomes. Outras ideias poderão ser enviadas pelo site do projeto, um ambiente virtual que será lançado para ampliar a participação popular.
Quando as empresas pontocom começaram a se destacar na economia local, se tornou um chavão dizer
Gomes: “Queremos fazer um trabalho de referência, com sinalização especial, novas opções de mobilidade a partir de linhas de transporte, ciclovias e até utilização de carros elétricos” que Florianópolis tinha tudo para ser o “Vale do Silício brasileiro”, em comparação com a região da Califórnia onde nasceram as principais empresas americanas de tecnologia (Apple, Google, Microsoft e HP, por exemplo). Mas para alguns especialistas, o verdadeiro espelho de Florianópolis está em outros dois lugares bem distantes e bem menos conhecidos: a cidade australiana de Melbourne, tida como a mais inteligente do mundo, e a Ilha de Malta, entre a Itália e o norte da ÁfriF L O R I P A
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ca, que tem mais semelhanças com a Ilha de Santa Catarina do que se pode imaginar. “É praticamente a mesma população de Florianópolis, temos um IDH um pouco maior e um PIB equivalente. Malta está no meio do Mar Mediterrâneo, recebe muitos turistas de vários continentes e também está desenvolvendo um projeto para ser uma smart city até 2021”, enumera o consultor Neri dos Santos. Logo, não é preciso ser uma megalópole para ser uma cidade inteligente.
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Panorâmica4Inteligência a serviço da cidade
Localizado entre as praias de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus, o Sapiens Parque terá arena multiuso, hotéis, museus, centros gastronômicos e de compras, centros de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, praças, lagos e um parque natural com 2 milhões de metros quadrados
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Inteligência a serviço da cidade Panorâmica
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Experiências internacionais Ilha de Malta (Europa) É considerada por especialistas uma cidade “gêmea” de Florianópolis graças a semelhanças como geografia, população (420 mil habitantes), PIB e IDH equivalentes aos da capital catarinense. A partir de investimentos privados, estão sendo desenvolvidas na região soluções na área de eficiência energética e há incentivos a empresas inovadoras, com ênfase para o desenvolvimento do turismo na região.
Cidades quase gêmeas FLORIANÓPOLIS Área: 435km2 (ilha e continente) População: 420 mil habitantes IDH: 0,875 PIB: R$ 8 bilhões Base econômica: Economia baseada em TI (45%), comércio e turismo
ILHA DE MALTA Área: 316 km2 (arquipélago) População: 420 mil habitantes IDH: 0,865 PIB: EUR 10 Bilhões Base econômica: Manufatura eletrônica, têxtil e turismo Fonte: Projeto Florip@21
Cingapura (Ásia) Em uma das maiores metrópoles do sudeste asiático, o trânsito deixou de ser um inferno graças a soluções como um sistema de pedágio inteligente que identifica as regiões onde há maior tráfego, cobra mais por isso, mas sugere outras rotas aos motoristas. O sistema de metrô é um dos mais modernos do mundo e, para incentivar o transporte coletivo em detrimento do individual, o governo sobretaxou em até 100% a compra de automóveis.
FLORIANÓPOLIS Masdar City (Oriente Médio) Desenhado por um dos maiores arquitetos do mundo, o britânico Norman Foster, Masdar City, nos Emirados Árabes, é uma espécie de bairro experimental e altamente tecnológico de Abu Dhabi, onde só se pode circular com carros elétricos, as ruas são resfriadas por uma enorme torre eólica e há até uma “polícia verde” que gerencia o gasto de energia de quem mora lá. O investimento é de US$ 1,4 bilhão e tem em seu centro um instituto ligado ao Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Melbourne (Oceania) Graças a políticas como transparência governamental, tecnologias voltadas para infraestrutura urbana (controle de tráfego, estacionamento e poluição sonora), realização de eventos culturais (música, moda) e ambiente propício para negócios inovadores, a cidade australiana de pouco mais de 4 milhões de habitantes foi eleita em pesquisa da revista inglesa The Economist como “a melhor cidade do mundo para se viver”.
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dos conectados pelo conceito de inovação. “Das SC-401 e 403 até a baía de Canasvieiras e Ponta das Canas, queremos criar um distrito inteligente, que suporte quem mora e trabalha naquela região. A partir disso, podemos levar estes conceitos a outros pontos da cidade, como o sul, tendo como referência o Campeche”. A lógica é: se não for preciso se deslocar diariamente do Norte ou Sul da Ilha até o Centro, o sistema de transporte fica menos sobrecarregado e haverá menos carros nas ruas. “Atividades que envolvam tecnologia e inovação não necessariamente precisam cumprir o horário convencional. É um incentivo para a mobilidade”, defende Gonçalves.
Para Neri dos Santos, uma smart city deve priorizar o aspecto humano: “Nela é possível morar, trabalhar, se divertir e ter qualidade de vida sem precisar fazer grandes deslocamentos” É o caso do balneário de Búzios, no Rio de Janeiro, a primeira região do Brasil a testar este conceito. O projeto, que tem investimentos de R$ 40 milhões da distribuidora local de energia, já colocou chuveiros abastecidos com energia solar nas praias, internet grátis por toda a orla, medidores de luz digitais e utilização de carros elétricos. Isso tudo derivado de um problema ambiental da região: a média de consumo de energia no balneário é o dobro da média nacional.
Reduzir os problmeas de mobilidade local a partir do desenvolvimento de polos regionais é o que defende Santos, que cita um projeto para desenvolver o Norte da Ilha que tem como base o Sapiens Parque. Complexo de inovação concebido pelo Governo de Santa Catarina e pela Fundação Certi/UFSC, o Sapiens Parque foi criado com o objetivo de gerar em até 20 anos cerca de 30 mil postos de trabalho em áreas como tecnologia, serviços, esporte e lazer, toF L O R I P A
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Quem conhece e estuda os exemplos mundiais das smart cities sabe que tudo começa com a universalização do acesso à internet para a população, seja no Centro, em bairros, praças e outros espaços públicos. Com base nas experiências que viu mundo afora, Henry Quaresma é categórico: “com internet de alta velocidade você pode trocar a reunião tradicional pela teleconferência e não perder tempo com deslocamentos, pode utilizar e encontrar serviços a partir de um smartphone ou tablet e se informar sobre o transporte coletivo”. Segundo o diretor da Fiesc, tudo isso serve para estimular a inovação e o ambiente de negócios no município. “É incrível como uma solução relativamente simples pode desenvolver uma sociedade”, completa. Em Florianópolis, a Prefeitura prevê a instalação de internet Wi-Fi em todos os mais de 200 pontos onde há prestação de serviço à população, como escolas, centros de saúde e órgãos da administração pública. “Isso vai permitir a implantação de salas de aula digitais. Inclusive, já temos um projeto com a Acate para produção de conhecimento a ser aplicado aos alunos da rede pública”, adianta o secretário Rui Gonçalves.l
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Panorâmica4Novos ares na prefeitura Daniel Queiroz
Logo nos primeiros dias de governo, Cesar assinou um pacote de medidas que incluiu a renegociação de contratos e a suspensão de alvarás para a construção civil
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Novos ares na prefeitura OS PRIMEIROS MESES DE GESTÃO DE CESAR SOUZA JÚNIOR SÃO MARCADOS PELO RITMO INTENSO DE TRABALHO E PELA DISPOSIÇÃO DE IMPLANTAR MEDIDAS URGENTES PARA A CIDADE Texto Mateus Boing
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o dia 1º de janeiro, momentos antes de ser empossado prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior pegou sua equipe de surpresa ao dizer à imprensa que assinaria naquele mesmo dia “pelo menos 15” das medidas que haviam sido anunciadas uma semana antes, entre elas a suspensão de alvarás para a construção civil, a transmissão online de licitações e a renegociação de contratos. Embora não fossem novidade, nem todos os decretos estavam redigidos e prontos para receber assinatura. O grupo responsável pela tarefa teve então que varar a madrugada para completar os textos. O pacote acabou sendo publicado no Diário Oficial de 7 de janeiro, alguns decretos com data do dia 1º e outros do dia 4. Alguns integrantes da equipe de governo chegaram a pensar que a surpresa havia sido proposital, uma forma de Cesar Souza Júnior “mandar um recado” pela imprensa e com isso botar pressão na equipe. Outros acreditam que ele não sabia que o pacote de medidas ainda não estava inteiramente pronto. De um jeito ou de outro, o episódio serviu para revelar algumas características que o novo prefeito deseja imprimir à sua administração: senso de urgência, disposição para
o trabalho e cobrança por resultados. Ao mesmo tempo, deixou transparecer detalhes como falta de comunicação interna e certa impulsividade nas decisões, que só o tempo dirá se são circunstanciais ou permanentes. O que não se pode negar é que a nova gestão começou surpreendendo. E isso ainda em dezembro, antes mesmo do início oficial, com as decisões de suspender o desfile de Carnaval e de manter o secretário Rodolfo Pinto da Luz na Educação, além do anúncio do pacote de medidas já mencionado. O ritmo de trabalho seguiu intenso em janeiro e teve seu pico na primeira quinzena de fevereiro, durante a segunda onda de ataques criminosos em Santa Catarina. Faltando cerca de duas semanas para a gestão de Cesar Júnior completar 100 dias, não será surpresa se a palavra “dinamismo” aparecer nessa tradicional primeira avaliação de governo. “Ele está botando o pessoal para trabalhar. O Cesar sempre foi dinâmico, mas está com energia além da expectativa e não vai parar tão cedo”, disse a secretária-executiva Cláudia Ferreira, que o conhece há nove anos. A preferência por colaboradores de longa data é outra marca deste início de mandato. Parte do primeiro escalão é formada por pessoas que já trabalham com Cesar
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Panorâmica4Novos ares na prefeitura
Com o vice-prefeito João Amin (esq.) e o Secr. de Educação Rodolfo Pinto da Luz Marco Santiago
No projeto Prefeitura no Bairro, levando a administração pública até a população Daniel Queiroz
Durante a reportagem, quatro nomes foram citados como referências para Cesar Souza Júnior. O pai, Cesar Souza, é exemplo de vida. Costumam almoçar juntos às sextas-feiras. O ex-deputado Julio Garcia, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas, é um dos interlocutores mais frequentes. Conversam bastante por telefone. Já Winston Churchill é quase uma obsessão para o prefeito, que lê tudo que lhe cai nas mãos sobre o primeiro-ministro inglês. Em termos administrativos, Cesar teve a oportunidade de conhecer um pouco mais a fundo a gestão de Eduardo Paes na prefeitura do Rio e gostou do que viu, principalmente de ações que melhoraram a eficiência da máquina pública carioca. Quando não há compromisso agendado, costuma chegar à prefeitura por volta das 9h. No gabinete, toma vários cafezinhos por dia, de vez em quando pede algum assado de forno e suco e geralmente vai a pé almoçar em restaurantes de bufê a quilo no centro. Descrito como uma pessoa simples, serena e inteligente, ele desperta admiração em subordinados. “Tenho ele como exemplo”, conta o motorista particular Leandro Melo. Quando questionados sobre as falhas de Cesar Souza Júnior, alguns assessores demoraram mais para responder e outros menos, mas as respostas coincidiram: falta de pontualidade – o que eles reconhecem ter melhorado bastante desde que assumiu a prefeitura – e o hábito de não atender telefonemas de quem não conhece.l
Os primeiros 80 dias dO PREFEITO Cesar Souza Júnior Daniel Queiroz
Souza Júnior há mais de cinco anos. A cobrança, nesses casos, é bem mais dura do que sobre secretários que o prefeito conhece menos, o que não deixa de ser natural. Ele é descrito pelos integrantes de sua equipe como uma pessoa calma, serena, mas sujeito a explosões eventuais. O chefe de gabinete Carlos Eduardo de Souza Neves, o Mamute, e o secretário de Administração e Previdência Gustavo Moroski são dois dos assessores mais próximos do prefeito. Eles confirmam que a cobrança é diária. “Cobra ação e cobra resultado. Em alguns momentos bate na mesa se objetivos previstos não foram atingidos”, revela Moroski. “Mas nunca de forma grosseira”, completa Mamute. “Nunca me senti humilhado por ele. Já discordei, mas nunca discutimos.”
Cobrando agilidade e resultados em reunião com membros da equipe de governo F L O R I P A
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Panorâmica4Saúde de ponta
No SOS Cárdio, novos equipamentos facilitam o trabalho dos médicos e ampliam as chances de recuperação dos pacientes
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Saúde de ponta CENTROS MÉDICOS DA CAPITAL IMPLANTAM NOVOS TRATAMENTOS E PROCEDIMENTOS TECNOLÓGICOS, EM SINTONIA COM OS MAIS RECENTES AVANÇOS NA MEDICINA Texto Mateus Boing Fotos Débora Klempous
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ma minúscula bomba de sucção, do comprimento de uma caneta, que garante até seis horas de sobrevida a pacientes com coração em colapso. Um eletrodo implantado diretamente no cérebro ou na medula para tratar doentes com Parkinson, epilepsia ou dor crônica. Um aparelho de radiocirurgia que possibilita operar tumores profundos no cérebro sem precisar abrir o crânio. Um implante de válvula por cateterismo capaz de dar nova vida a idosos com saúde frágil demais para cirurgia cardíaca. Toda essa tecnologia de ponta no campo da medicina está hoje disponível não apenas nos mais avançados hospitais do mundo, mas também em centros médicos de Florianópolis como o SOS Cárdio e o Baía Sul Medical Center. O cardiologista Fernando Graça Aranha conta que o procedimento que já salvou a vida de centenas de pacientes idosos – chamado de implante percutâneo de válvula aórtica – surgiu no mundo há 10 anos e desde 2008 é realizado no SOS Cárdio, um dos primeiros hospitais do país a ser habilitado para fazê-lo. Ele cita o caso de uma senhora que sofria de estenose aórtica (doença para a qual o implante é indicado) e só respirava com ajuda de aparelho. “Ela tinha mais de 40% de chance de morrer se fosse operada. Recebeu o implante e hoje até dirige o carro”, diz o médico.
O neurologista Marcelo Linhares, que atua no Baía Sul Medical Center, recorda outro exemplo em que um resultado positivo não seria possível 10 anos atrás. Um paciente com Parkinson que tinha de ser pressionado contra a parede para ser alimentado vive hoje sem os tremores típicos da doença graças a eletrodos implantados no cérebro. “Me emociono quando lembro desse caso”, afirma Linhares. A qualidade das imagens anatômicas, o desenvolvimento de medicamentos e drogas anestésicas, a possibilidade de supervisão clínica do paciente à distância, além dos bancos de dados que permitem controlar e contabilizar tudo
o que acontece num hospital, são outros benefícios que a tecnologia trouxe para a medicina nos últimos anos. Apesar dos avanços, Fernando Graça Aranha acredita que a medicina atual será considerada como “da idade da pedra” daqui a 50 anos ou 100 anos, quando órgãos totalmente artificiais ou construídos em laboratório a partir de células tronco poderão elevar a expectativa de vida média para 150 anos. Os médicos não acreditam, no entanto, que possam um dia ser considerados obsoletos. “A tecnologia não substitui a experiência”, diz o neurocirurgião Irineu Brodbeck, diretor-geral do Baía Sul Medical Center.l
Irineu Brodbeck (esq.), do Baía Sul Medical Center, e Fernando Graça Aranha, do SOS Cárdio
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Panorâmica4Expansão concreta Débora Klempous
A verticalização dos imóveis é defendida pelos empresários da construção civil como uma forma inteligente de ocupar espaços em Florianópolis
Panorâmica
Expansão concreta COM A PREVISÃO DE UM AUMENTO DE ATÉ 20% NAS VENDAS ESTE ANO, O MERCADO IMOBILIÁRIO LOCAL APRESENTA LANÇAMENTOS PARA TODOS OS TIPOS DE PERFIL Texto Adão Pinheiro
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buscam imóveis preferem residências com dois dormitórios, 86% querem pelo menos uma suíte, 25% indicaram a piscina como área de lazer preferível e 63% buscam imóveis com duas vagas de garagem. O centro continua sendo a região de maior procura, seguido dos bairros Estreito e Campeche. Lucas Madalosso, diretor de Marketing do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais de Santa Catarina (Secovi), destaca que a procura por novos imóveis na cidade é segmentada por Rosane Lima
nvestir no setor imobiliário em Florianópolis sempre foi uma tática atraente para quem quer capitalizar dinheiro com segurança e liquidez. Em um cenário aquecido de lançamentos, uma unidade na planta em endereços como a Beira-Mar Norte ou mesmo o Sul da Ilha – para onde estão sendo direcionados alguns dos mais modernos empreendimentos da capital – costuma valorizar em torno de 30% após a entrega das chaves. Dependendo da localização do imóvel esse índice pode chegar a 120%, segundo avaliação dos empresários do setor. Mesmo assim, as vendas na planta ainda não são comuns em Florianópolis, que entregou 2.650 novos apartamentos em 2012, com uma média de 180 metros quadrados de área por unidade. Por aqui a maioria dos negócios ocorre no último ano de construção. A previsão do setor para este ano é que as vendas aumentem de 15% a 20% em relação ao ano anterior. Os imóveis com maior oferta são os com dois ou três dormitórios. “Essa tendência se deve ao fato de esse tipo de residência atender ao aumento da renda dos brasileiros”, atesta o empresário Hélio Bairros, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis. A pesquisa de demanda anual feita pelo setor de economia e estatística da entidade indica que 37% das pessoas que
Bairros: a busca por segurança e convivência faz crescer a oferta de condomínios fechados
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Panorâmica4Expansão concreta Daniel Queiroz
Apesar da grande procura, o volume de lançamentos no Centro é cada vez menor devido aos altos custos decorrentes da escassez de terrenos
Por outro lado, os empresÁRIOS da construção civil também defendem a verticalização das construções como uma forma inteligente de ocupar os espaços em Florianópolis, Rosane Lima
região. Bairros como Trindade e Itacorubi concentram uma grande demanda por apartamentos de dois e três quartos, com preços que variem de R$ 280 mil a 380 mil. Ali, as vendas são puxadas principalmente pelo aquecimento natural do começo de ano e pela chegada de novos acadêmicos às universidades de Florianópolis. Quase 60% dos imóveis à venda da cidade estão na faixa de preço que varia de R$ 200 mil a R$ 500 mil. Os apartamentos e casas de luxo com valor superior a R$ 1 milhão representam 12% da amostra de ofertas de imóveis da capital, de acordo com pesquisa do Sinduscon. Segundo o presidente da entidade, o setor identificou em Florianópolis uma procura maior por moradias em condomínios fechados, com áreas comuns que tenham opções de lazer e conforto. “Essa é uma nova tendência, uma vez que associa a ideia de segurança à necessidade de convívio social”, diz Hélio Bairros.
Koerich: a redução dos impactos ambientais é uma tendência que chegou para ficar F L O R I P A
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devido às limitações geográficas e ambientais da cidade. De olho nesta demanda de mercado, o segmento se rendeu à nova ordem de consumo e percebeu que investir em soluções que flexibilizem a rotina dos consumidores e contribuam para a preservação do meio ambiente influi diretamente no sucesso dos empreendimentos. Reduzir o impacto das construções e buscar economia de recursos naturais são ações que fazem parte, por exemplo, da filosofia da WOA Empreendimentos Imobiliários. No Simphonia WOA Beiramar, a construtora implantou um sistema de redução no consumo de energia, reaproveitamento de recursos e destinação correta de resíduos sólidos. O projeto prevê ainda a captação de água da chuva para ser utilizada nas torneiras das áreas comuns do prédio. “A redução da água disponível para consumo no planeta fará com que nos próximos anos as construtoras adotem novos sistemas para
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Panorâmica4Expansão concreta Rosane Lima
No Simphonia WOA Beiramar, a construtura planeja otimizar o consumo de energia e água, além de promover a destinação correta de resíduos geradora e as placas vão auxiliar nesse processo”, detalha Ronaldo. A ferramenta não só contribui para o meio ambiente como também representa economia aos moradores,
que poderão perceber a redução no valor da conta de luz.
piscina, academia, área gourMET
Rosane Lima
otimizar o seu uso”, afirma o diretor da WOA Empreendimentos Imobiliários, Ronaldo Koerich. Segundo especialistas, a prática de reutilizar água da chuva pode reduzir pela metade os gastos com o consumo de recursos hídricos. Em edifícios comerciais ou residenciais, a economia é em torno de 30% com a captação para uso em descarga sanitária. Se utilizada também para irrigação de áreas verdes, faxinas, lavagem de estacionamento e áreas comuns, a economia pode chegar a 70%. O aquecimento da água das torneiras e dos chuveiros no complexo Simphonia se dará por meio de geradores alimentados por gás natural, uma energia moderna e versátil que significa conforto, economia, comodidade e segurança aos usuários. Aliadas ao sistema de geradores, a WOA instalará placas de aquecimento solar que formarão um sistema híbrido. “O que também gera mais economia, uma vez que a água já estará aquecida pela
Wollinger: aposta na demanda por imóveis financiados pela Caixa e adquiridos na planta F L O R I P A
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e parquinho para as crianças. A variedade nas opções de serviços e lazer está no topo da lista das preferências de quem procura imóveis para comprar em Florianópolis. Os principais lançamentos agregam estruturas de clube dentro do modelo de condomínio residencial. O diretor-executivo da Hantei Engenharia, Aliator Silveira, explica que o condomínio Águas do Santinho, por exemplo, conta com uma piscina semiolímpica aquecida com água tratada com sal, sem o uso de cloro. O projeto tem ainda salão gourmet, sala de jogos, espaço fitness, cinema, infraestrutura de bar, sauna seca e a vapor, parques infantis, espaço pet, vagas para visitantes e acessibilidade em todo o empreendimento. A diretora comercial da Koerich Imóveis, Márcia Koerich, diz que a construtora aposta na ideia de dis-
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Panorâmica4Expansão concreta Rosane Lima
atender a uma variedade de modelos familiares.
com a escassez de terrenos
Márcia: novos empreendimentos priorizam espaços menores em áreas nobres da cidade -condicionado split e hidrômetro individual. Além da proposta diferenciada de construção, o empreendimento conta com itens de lazer como quadra de esportes, espaço fitness e piscinas, que conseguem Rosane Lima
ponibilizar para os moradores atividades que, até pouco tempo atrás, não poderiam ser realizadas dentro de um condomínio residencial, como reuniões de trabalho, cuidados especiais com animais de estimação e alguns tipos de atividades físicas. Os dois empreendimentos da linha Studios Koerich lançados em 2012 – Studio Central, próximo ao Centro; e Studio Oceano, próximo à Beira-Mar Norte – apostam em um novo conceito de imóvel inspirado em empreendimentos de grandes centros urbanos como Nova York e São Paulo. “Eles atendem à demanda de um público cada vez mais exigente e que precisa de espaços menores e com excelente localização”, destaca Márcia. Além de empreendimentos de luxo como o Orla Marítima Residence, entregue em novembro de 2012, e o comercial Koerich Empresarial Rio Branco, que fica pronto em maio deste ano, a construtora lançou recentemente o Koerich Beiramar Office. Por conta desta diversificação, conforme Márcia, a empresa já vendeu apartamentos na planta que valorizaram 120% na entrega das chaves. Atenta a todos os tipos de mercado, a Formacco Cezarium tem apostado na demanda por imóveis com financiamento da Caixa Econômica Federal, destinados principalmente à classe média. Segundo o gerente comercial da construtora, Aloísio Wollinger, os clientes costumam adquirir apartamentos na planta e efetuam a contratação na fase de construção, o que gera uma valorização de pelo menos 30% na entrega das chaves. Entre os prédios lançados pela construtora, ele destaca o Reggio di Calabria, no bairro Pantanal, desenvolvido com planejamento inteligente dos cômodos, piso de porcelanato, infraestrutura para ar-
Residencial Reggio di Calabria, da Formacco: infraestrutura inteligente e opções de lazer F L O R I P A
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no Centro, o metro quadrado na região hoje varia de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Isso tem levado as construtoras a procurarem novos territórios para expansão. “Hoje, o lugar onde a construção civil tem se desenvolvido acima da média, tanto na qualidade como na quantidade de empreendimentos, é o Sul da Ilha”, destaca Lucas Madalosso, diretor de Marketing do Secovi da Grande Florianópolis. Em franca expansão e com elevadas taxas de crescimento, a região virou a menina dos olhos de construtoras de grande porte quando o assunto é investir. A beleza da paisagem que reúne mar e mata nativa serve de atrativo para fisgar empreendedores de ponta e para atrair moradores vindos de outras cidades. Com projeto arquitetônico assinado pelo Studio Domo, um dos mais importantes escritórios de arquitetura de Santa Catarina, e projeto de design de interiores do renomado escritório Anastassiadis Arquitetos, o D’Beach, lançado pela incorporadora Alfa Realty, é um exemplo do novo conceito de construção que está sendo erguido no Sul da Ilha. Do lado de fora, os moradores têm acesso a todos os privilégios de quem mora na praia. Dentro do residencial, sky lounge na cobertura com piscina de borda infinita, deque com solarium, salão de festas e espaço gourmet interno e externo são alguns dos diferenciais. Márcio Vieira Guimarães, diretor comercial da Imobiliária Volcato, explica que a venda de imóveis no Sul da Ilha atende a um mercado conceitual, que está sendo descoberto principalmente por investidores do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Clientes europeus de países como
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Panorâmica4Expansão concreta
O Ilha do Campeche Residence, da Lumis, é um dos diversos condomínios residenciais que serão entregues ainda este ano no Sul da Ilha fisticação, criatividade e diferencial de serviços. A gerente comercial da Lumis Construtora e Incorporadora, Cristine Weber Machado, reforça que o mercado imobiliário no Sul de Florianópolis encontra-se em um momento de franca expansão. “A tendência por aqui é a busca por um novo estilo de vida, o equilíbrio entre Victor Carlson
França, Alemanha e Polônia estão entre os estrangeiros que também investem nas praias da região. Ele cita como exemplo de imóveis-conceito o condomínio D’Beach, um dos empreendimentos dos quais a corretora é representante. Conforme o corretor, as praias mais procuradas para novos investimentos na região são as praias dos Açores, Morros das Pedras e Novo Campeche. Segundo o gerente comercial da Imobiliária Buzz, Geraldo Abud Rossi, o Sul da Ilha é definitivamente a “bola da vez” do mercado imobiliário em Florianópolis. A região foi a segunda em emissão de alvarás para a construção civil da capital no ano passado. Quem procura um apartamento nessa área da cidade, conforme o corretor, está atrás de qualidade de vida. “Cerca de 70% das pessoas que compram um apartamento ou uma casa na região o fazem para morar”, destaca. Para atender ao novo perfil de empresários que se estabelecem nestas praias, as construtoras investem em um mercado que se destaca pela so-
A região no entorno do bairro Campeche é hoje uma das mais valorizadas da capital F L O R I P A
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morar bem e o convívio harmonioso com a natureza”, destaca. Tanto para quem busca apartamentos compactos como para quem investe nos de alto padrão, conforme Cristine, o Campeche oferece todo o encanto de morar na praia, com a comodidade de estar próximo do centro. A Lumis entregará em dezembro o Ilha do Campeche Residence, um empreendimento com apartamentos de dois e três dormitórios, coberturas de dois dormitórios, uma ou duas garagens por apartamento, hobby box, sacada com churrasqueira, piso de porcelanato e infraestrutura para ar-condicionado split e TV por assinatura. O condomínio conta com piscina adulto e infantil, prainha, salão de festas com espaço gourmet, playground, playbaby, fitness e deque para exercícios. Também tem controle de acesso principal com leitor biométrico e monitorado por câmeras digitais; sistema de água quente com aquecimento solar, vagas para visitantes e para portadores de necessidades especiais e reaproveitamento de água da chuva.l
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Horizontes
Namorados e sócios, João Vítor e Jéssica criaram a empresa de delivery Cine Burger ainda na universidade e hoje atendem até 4 mil pedidos por mês
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Prontos para empreender COM POUCA IDADE, BOAS IDEIAS E MUITO SENSO DE OPORTUNIDADE, JOVENS EMPRESÁRIOS INVESTEM NO POTENCIAL DE FLORIANÓPOLIS PARA NOVOS NEGÓCIOS Texto Cléia Schmitz Fotos Rosane Lima
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em só de concurso público se alimentam os sonhos dos jovens brasileiros. O empreendedorismo é uma alternativa cada vez mais considerada por quem está apenas começando a fase produtiva. Pesquisa realizada pela organização Endeavor em universidades brasileiras mostrou que mais da metade dos entrevistados gostaria de ser empreendedor. Em Florianópolis não é diferente. Tradicionalmente conhecida como terra de funcionários públicos, a cidade já abriga um expressivo grupo de jovens com negócios promissores. “Florianópolis tem ótimo potencial para negócios na área de turismo e tecnologia da informação, áreas em que os jovens trafegam muito bem pois entendem como poucos a linguagem do público-alvo”, observa Soraya Tonelli, gerente da unidade de atendimento do Sebrae/SC. Segundo a consultora, as mudanças nas relações de trabalho têm ajudado a despertar uma visão mais empreendedora nos jovens brasileiros. “Pode faltar emprego para todo mundo, mas não falta trabalho”, destaca Soraya. Também não faltam oportunidades. Filhos de funcionários públicos, os irmãos Débora, 33 anos, psicóloga, Renato, 28, publicitário, e André Souza Tristão, 32, professor de educação física, nunca tinham pensado em se tornar empre-
endedores. Até Débora vir com a ideia de uma franquia especializada em cervejas importadas. A dúvida era se Florianópolis era um bom mercado. E aí entra aquela hora em que parece que o universo conspira a favor. “Nosso irmão Bruno é sócio de uma casa noturna e pedimos para ele fazer o teste”, conta Renato. O resultado foi animador. As cervejas importadas tiveram ótima receptividade, suficiente para Renato e seus irmãos apresentarem o plano de um quiosque para o Shopping Iguatemi de Florianópolis. Proposta aprovada, em dezembro de 2011 eles inauguraram a Beer Boss. “Fomos os primeiros em Florianópolis e nosso diferencial é que não queremos apenas vender a bebida, mas também a cultura de como beber uma boa cerveja”, explica Renato. A loja tem cerca de 100 rótulos diferentes, incluindo cervejas artesanais de Santa Catarina. Com foco em presentes, a Beer Boss não poderia ter sido aberta em período mais favorável, véspera de Natal. As vendas do primeiro mês foram animadoras. “Mas não foi fácil. Sem experiência anterior, fizemos muitas coisas às cegas. Passado um ano, temos referências para planejar melhor”, afirma Renato. A meta agora é formatar um modelo de franquia e expandir o negócio. Para capitalizar a empresa, um novo sócio se juntou aos Tristão, Gustavo Savi, 40 anos. Os irmãos estão empolgados. Sem “tra-
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Horizontes4Prontos para empreender
dição cervejeira”, eles viraram apreciadores de cervejas nobres. “Temos que entender do negócio”, brinca Renato. E se tem algo que conta no resultado de um negócio é o gosto pelo que se faz. Fãs de rock, os amigos Rafael Lange, 30, e Tiago Durante, 33, decidiram criar a Camisetas Liverpool em 2008, num papo informal de mesa de bar. A ideia era apostar em estampas exclusivas inspiradas na cultura pop dos anos 80. Até aí nenhuma novidade. Mas a criatividade da dupla transformou um investimento inicial de R$ 400 em um negócio que já alcançou a marca de 100 mil camisetas vendidas e conquistou mercados exigentes como Rio de Janeiro e São Paulo. Com duas coleções anuais, a Liverpool está presente em 140 lojas no Brasil. “É o que conseguimos atender no momento, mas queremos dobrar a produção em 2012. A média atual é de 20 a 30 mil camisetas por coleção”, explica Rafael. No ano passado, o faturamento aumentou em 130%, percentual que deve se repetir em 2013. O sucesso já despertou o interesse de investidores, mas por ora a dupla prefere seguir sozinha. “Sabemos que no futuro não vai ter outro jeito”, adianta Rafael. André e Renato, da Beer Boss, apostaram em um formato inédito no mercado local
E qual o segredo da Liverpool? “Camisetas são como cartões de visita. Acho que nossos clientes gostam do que fazemos porque fugimos dos clichês, investimos para não deixar as coisas tão óbvias”, observa o empreendedor, que se diz surpreso com o próprio sucesso. “Foi tudo muito rápido. Abrimos a empresa em 2008, mas só começamos a nos dedicar a ela em 2010. Sou músico e nunca pensei em ser empreendedor, achava que nunca teria capacidade para isso”.
Filhos de empreendedores, o casal de namorados Jéssica Serafim, 21, e João Vítor Camargo, 22, já imaginavam que seguiriam a trajetória dos pais no futuro. Só não sabiam que isso aconteceria tão cedo, antes mesmo de terminarem a faculdade de Administração que ambos fazem na Universidade Federal de Santa Catarina. Aliás, foi na sala de aula que tudo começou. Em 2011, quando estavam na quarta fase do curso, eles tiveram que fazer um plano de negócios como trabalho de uma disciplina. Assim nasceu a hamburgueria Cine Burger. Jéssica conta que a ideia era colocar o plano em prática depois da for-
matura. Mas os pais de João, donos de uma rede de franquias de videolocadoras, decidiram apostar no negócio e investiram R$ 30 mil na ideia. O jovem casal ainda teve outro estímulo: o prêmio do Concurso Estadual de Plano de Negócios para Universitários do Sebrae de Santa Catarina, que rendeu à Jéssica uma viagem para conhecer as empresas do Vale do Silício, nos Estados Unidos, incluindo a Google. A Cine Burger começou exclusivamente como delivery, em fevereiro de 2012. “Lembro bem, no primeiro dia da empresa recebemos 15 pedidos”, conta Jéssica. Hoje, a média é de 3,5 mil a 4 mil pedidos por mês. E o negócio já ganhou uma loja física no bairro Santa Mônica. Para a dupla, a história está só começando. “Muitas pessoas nos perguntam se é uma franquia. Esperamos que esta seja a primeira de muitas lojas”, afirma Jéssica, que não esconde a empolgação. “É exaustivo, ainda estudamos de manhã, mas empreender é muito bom”.l
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Horizontes Fotos Carlos Mello/divulgação
As obras de ampliação vão aumentar em até 50% a capacidade de tratamento de água da estação de Morro dos Quadros, em Palhoça
Pensando no futuro
CASAN DEVE APLICAR R$ 1, 5 BILHÃO NOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS PARA AMPLIAR O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA REGIÃO
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assando por uma fase e ritmo histórico de novos investimentos, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) vem apresentando sucessivos balanços positivos e tem projetos a curto, médio e longo prazo para ampliar o abastecimento de água na Capital e Região Metropolitana. Gradativamente, de forma sustentável, ao longo dos últimos anos, a empresa também vem se colocando entre as principais do segmento de saneamento básico do país. Para o presidente da Casan, Dalirio Beber, os resultados positivos mostram
evolução no processo de viabilidade da empresa e contribuem para o plano de investimentos que prevê a aplicação de R$ 1, 5 bilhão em recursos nos próximos quatro anos para melhorias operacionais e ampliação do sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água em Florianópolis e nas diversas regiões do estado onde a estatal atua. “Estamos vencendo etapas e tornando a empresa viável e atrativa também para novas parcerias e investimentos a médio e longo prazo”, observa Beber. Para o diretor financeiro da Casan, Laudelino Bastos o maior desafio vencido
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Pensando no futuro Horizontes
em 2012 foi a formalização de importantes contratos de financiamento nacionais e internacionais. Entre estes, o financiamento junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), do governo federal, no valor de R$ 502 milhões, e com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), da ordem de R$ 270 milhões.
ALÉM DOS INVESTIMENTOS GLObais na ampliação do saneamento na Capital, o principal desafio é garantir o abastecimento de água na Região Metropolitana que mais cresce no país, segundo dados do IBGE. Panorama que está inserido no último Atlas de Abastecimento Urbano de Água, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o qual mostra uma realidade que poucos admitem enxergar: a água é um bem finito. Os dados levantados acerca das condições dos mananciais e dos sistemas de produção de águas revelam que 64% dos municípios brasileiros estudados necessitam de investimentos prioritários em produção de água até 2025. Atenta a esta realidade, a Diretoria de Expansão da Casan já tra-
balha a médio e longo prazos neste sentido. Entre os projetos e recursos selecionados pelo governo federal a serem inclusos nas obras do PAC 2, anunciados recentemente, há dois projetos elaborados pela companhia para o fortalecimento do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Florianópolis. O principal deles é o macroprojeto para instalar uma nova estrutura de captação a partir do rio Tijucas, no município de Canelinha, orçado em R$ 235 milhões e que vai resolver em definitivo o abastecimento de água na Capital durante o ano e na alta temporada de verão, especialmente a região Norte da Ilha, além de alguns municípios da Região Metropolitana, ao menos, pelos próximos 30 anos. A carta consulta e o projeto técnico foram aprovados depois de cerca de dois anos de tramitação no Ministério das Cidades e prevêem a implantação de uma grande adutora e a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) com capacidade de 1.600 litros por segundo. A novidade é a implantação de um trecho de adutora submarina
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entre o município de Gov. Celso Ramos e o Norte da Ilha, que também receberá o reforço de uma adutora auxiliar de água tratada, orçada em R$ 61 milhões. Antes da realização deste macroprojeto, nos próximos três a quatro anos, a Casan já trabalha em curto prazo com outra obra em andamento e vital para a garantia do abastecimento de água da Capital e da Região Metropolitana. É a ampliação em até 50% da capacidade de tratamento da Estação de Morro dos Quadros, a principal estação do sistema integrado, localizada em Palhoça, cuja capacidade já ficou limitada diante do crescimento populacional da Capital e Região Metropolitana, com atendimento estimado atualmente para 700 mil habitantes. O investimento é de R$ 13 milhões e 835 mil, em parceria com o Governo Federal, via PAC 2, e financiamento da Caixa Econômica Federal. A melhoria total do Sistema acontecerá com outra obra complementar: a implantação de duas novas adutoras para condução de água tratada, em fase de liberação de recursos.l
A barragem do Rio Pilões, na Reserva do Tabuleiro, é a principal fonte de captação de água da Casan para abastecer a Grande Florianópolis F L O R I P A
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Horizontes Divulgação
O Projeto Megawatt Solar prevê a instalação de painéis fotovoltaicos para produzir o equivalente ao consumo anual de 570 residências
Mais energia para a cidade
COM A AMPLIAÇÃO DA REDE E A IMPLANTAÇÃO DE TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS, A ELETROSUL REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM FLORIANÓPOLIS
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uando a sede da Eletrosul Centrais Elétricas foi transferida do Rio de Janeiro para Florianópolis, em 1975, pela localização geograficamente estratégica para sua área de atuação, a cidade era um “pedacinho de terra perdido no mar” – como descreveu na música o poeta Zininho. Hoje, após aceleradas transformações, a capital catarinense tornou-se modelo em qualidade de vida, desenvolvimento sustentável e potencial econômico. No ano em que completa 287 anos, a Eletrosul escolhe a Ilha de Santa Catarina como protagonista de mais uma iniciativa inédi-
ta. No mês de janeiro, deu início à implantação do Projeto Megawatt Solar, a primeira usina fotovoltaica brasileira integrada a um prédio público. Outro marco histórico nessa relação de parceria e vanguarda tecnológica entre a Eletrosul e Florianópolis foi a construção da linha de transmissão submarina de 4,4 quilômetros de extensão que conectou a Ilha ao Sistema Interligado Nacional, em 2009. Considerado um empreendimento inédito na América Latina, em função das características técnicas, o moderno sistema de transmissão de energia contou com investimentos de R$ 172 milhões, provenientes do Programa de
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Horizontes4Mais energia para a cidade Divulgação
A instalação da linha submarina conectada ao Sistema Nacional aumentou em 150% a capacidade de recebimento de energia em Florianópolis Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. O projeto envolveu ainda a construção de duas linhas de transmissão: uma de Biguaçu a Palhoça, com 17 quilômetros de extensão, e outra de Biguaçu a Desterro, com 55 quilômetros. Além disso, foram implantados 32 quilômetros de linha para integração das novas instalações ao sistema elétrico existente. Dessa forma, a capacidade de recebimento de energia em Florianópolis teve um aumento de 150%, eliminando riscos de blecautes e garantindo o reforço energético para acompanhar o crescimento da Capital e região.
Nos próximos meses, uma área de 10 mil metros quadrados receberá mais de 4,2 mil módulos fotovoltaicos, que serão instalados na cobertura e estacionamentos da sede da Eletrosul, em Florianópolis. O Projeto Megawatt Solar será capaz de produzir, em média, 1,1 gigawatt-hora (GWh) de energia por ano, equivalente ao consumo de 570 residências. A usina solar, que terá investimento de cerca de R$ 9 milhões, conta com financiamento
do banco de fomento alemão KfW, e apoio técnico da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), do Instituto Ideal e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A energia gerada pelo Megawatt Solar será conectada à rede de distribuição local e vendida no mercado livre, por meio de leilões. Outro ponto inovador é que a compra dessa energia poderá ser associada a um Selo Solar, criado pelo Instituto Ideal, que serve como uma espécie de atestado do comprometimento das empresas com o desenvolvimento sustentável. O presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, destaca que a proposta do Megawatt Solar vai além do incentivo à exploração da energia solar fotovoltaica no Brasil. “Não se trata apenas de incorporar mais um empreendimento de energia renovável ao portfólio da empresa, mas sim iniciar o desenvolvimento de um mercado novo para a energia elétrica no Brasil, projetando Florianópolis a um patamar de pioneirismo e inovação”, salienta. Outra iniciativa nesse sentido é o projeto Casa Eficiente, criado pela Eletrosul em parceria com a Eletrobras e F L O R I P A
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a UFSC. A proposta é incentivar a aplicação de tecnologias sustentáveis em residências, aproveitando os recursos disponíveis na natureza e diminuindo os gastos com energia. Com projeto arquitetônico desenvolvido para as condições climáticas da região litorânea do Estado, a casa simula a habitação de uma família de quatro pessoas. Por suas características inovadoras, a Casa Eficiente tornou-se um ponto de referência em Florianópolis. Em uma área de 206,5 m2, são utilizados sistemas e soluções integradas voltadas à eficiência energética e conforto térmico, como a geração de energia fotovoltaica interligada à rede, estratégias passivas de condicionamento de ar, aquecimento solar de água, aproveitamento da água de chuva, tratamento de efluentes, reuso de águas e equipamentos que proporcionam baixo consumo da água. Desde a inauguração, em 2006, mais de 14 mil pessoas já visitaram a Casa Eficiente. O agendamento de visitas pode ser feito pelo telefone 0800 646 1312 ou pelo e-mail casaeficiente@eletrosul. gov.br. Mais informações no site www. eletrosul.gov.br/casaeficientel
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And ré Va sconcelo
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Uma festa para o paladar PARA COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DA CIDADE, SEIS DOS MELHORES CHEFS LOCAIS SUGEREM UMA SEQUÊNCIA DE DELÍCIAS DE DAR ÁGUA NA BOCA Texto Mônica Pupo Fotos Victor Carlson Natural de Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis, Alysson Müller é um entusiasta desta mistura de escolas culinárias. À frente do Rosso Cozinha Regional, ele elabora pratos que apostam na fusão de produtos regionais e técnicas francesas. “A influência da cultura e dos alimentos típicos de Floripa sempre foi muito marcante para mim, afinal nasci, cresci e aprendi a cozinhar na cidade”, diz o cozinheiro autodidata com seu inconfundível sotaque manezinho. Mas não são apenas os Renato chefs nativos que se deixam Ju sto Jún ior influenciar pelos sabores da Ilha. Morando em Florianópolis há vinte anos, o paulistano André Vasconem se limitar às onipresencellos também faz questão tes sequências de camarão de incluir produtos locais em e anchovas grelhadas, a suas preparações. Tanto que se gastronomia de Florianótransformou em uma espécie de polis está se tornando mais “embaixador” da gastronomia variada a cada dia. Com o crescimento florianopolitana. “Quando sou da cidade na última década e a chegada convidado para trabalhar em de novos moradores – incluindo alguns eventos no Rio de Janeiro ou São chefs de cozinha – surgiram diferentes Paulo, por exemplo, faço queshábitos, pratos e sabores. Combinando tão de priorizar esse intercâmingredientes típicos, sobretudo peixes e bio gastronômico, enfatizando frutos do mar, com técnicas da cozinha o uso de frutos do mar e outros internacional, a gastronomia local inoalimentos que são abundantes va e se renova a cada dia, dando origem por aqui”, conta. a preparações sofisticadas sem perder Outro cozinheiro que adotou o charme ilhéu. a capital catarinense como lar
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foi o carioca Renato Justo Júnior. Nascido e criado na praia, ele não teve dificuldades para adaptar-se aos novos ingredientes que encontrou em Florianópolis, onde vive há dois anos. “Os frutos do mar sempre fizeram parte da minha cozinha e aqui me surpreendi com a fartura e a qualidade dos pescados”, conta o chef, que investe em pratos à base de peixes típicos como tainha, robalo e garoupa. A seguir, delicie-se com as receitas que seis renomados chefs de restaurantes locais escolheram para homenagear Florianópolis no seu aniversário de 286 anos.
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Gastronomia4Uma festa para o paladar
ROBALO GRELHADO COM LINGUIÇA E SHITAKE Em homenagem ao aniversário da cidade que o acolheu há duas décadas, o chef paulistano André Vasconcelos sugere o robalo grelhado acompanhado de linguiça Blumenau, cogumelo shitake e purê de aipim. Ex-cenógrafo e apaixonado por cinema, ele comanda o bistrô Muito Além do Jardim, batizado em homenagem à comédia estrelada por Peter Sellers, de 1979. No caminho para a praia da Joaquina, a casa envidraçada é decorada com fotos de ícones da sétima arte e possui apenas quatro mesas, com direito a uma biblioteca de livros e revistas de gastronomia. Muito Além do Jardim De quinta a sábado, das 19h às 23h. Beco dos Surfistas, 39, Estrada Geral da Joaquina, Lagoa da Conceição. (48) 3232-5181. www.bistromuitoalemdojardim.com
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Uma festa para o paladar Gastronomia
BACALHAU A MANÉ FREDO No Brasil desde 1988, a portuguesa Maria Helena Moreira decidiu investir em sua especialidade: receitas típicas preparadas de acordo com a tradição lusitana. Para comemorar o aniversário de Florianópolis, ela sugere o bacalhau a Mané Fredo, feito com o lombo do bacalhau crocante sobre cama de purê de tomate com batatas sauté, alho-poró, vinho branco e lâminas de amêndoas. Instalado em um casarão açoriano do século XX, o espaço também inclui uma cafeteria, onde é possível degustar doces portugueses. Delícias Portuguesas De terça a sábado, das 11h30 às 23h30. Rua Visconde de Ouro Preto, 559, Centro. (48) 3224-6448.
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POLVO CROCANTE À MODA ORIENTAL Crocante por fora e macia por dentro, a iguaria assinada pelo chef Alysson Müller, do Rosso Cozinha Regional, tem guarnição de purê de mandioquinha e um toque agridoce devido ao uso do molho tarê. É uma das diversas opções no cardápio repleto de receitas que valorizam os ingredientes locais. O restaurante fica no histórico bairro de Santo Antônio de Lisboa e destaca-se pela ampla fachada envidraçada e um charmoso deque à beira-mar, com o piso forrado de conchas. Na decoração da área interna predominam o uso da cor vermelha e móveis de madeira. Rosso Cozinha Regional De segunda a sábado, do meio-dia à meia-noite. Aos domingos, até as 17h. Rua Gilson da Costa Xavier, 201, Santo Antônio de Lisboa. (48) 3206-7665. www.rossorestro.com.br
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Uma festa para o paladar Gastronomia
RISOTO SANTINHO Natural de Iporã do Oeste, no extremo oeste de Santa Catarina, o jovem chef Jordan Franzen, do Risotteria Suprema, costuma batizar suas receitas com nomes de praias ou regiões famosas da Ilha. É o caso do Santinho, que leva aspargos frescos, açafrão da terra, manteiga, alho, cebola, cebolinha e parmesão. “A proposta é fazer uma releitura gastronômica destes pontos turísticos”, diz Franzen. Inaugurada em 2011, a casa é especializada em risotos e oferece dezoito variedades do prato e uma carta de vinhos com mais de oitenta rótulos. Risotteria Suprema De terça a sexta, das 11h30 às 14h e das 19h às 23h30. Sábados a domingos, do meio-dia às 15h. Rodovia João Paulo, 130, João Paulo. (48) 3234-0301. www.risotteriasuprema.com.br
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VIEIRAS AO ESPUMANTE Após estudar na renomada escola de gastronomia Le Cordon Bleu, em Paris, o carioca Renato Justo Júnior veio para Floripa abrir o La Provence, um charmoso bistrô na Lagoa da Conceição. Ali ele prioriza o uso de ingredientes frescos, como as vieiras que chegam ainda vivas ao restaurante antes de serem salteadas no espumante com alho-poró, azeite de oliva extravirgem e ervas de Provence. A iguaria ainda é temperada com sal de Guérande, também chamado de flor de sal. Fonte de sais minerais e totalmente natural, o condimento confere um sabor único e delicado aos alimentos. Bistrô La Provence De terça a sábado, das 19h30 às 0h30. Travessa Leopoldo João Santos, 93, Lagoa da Conceição. (48) 3223-6762
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FILÉ DE BADEJO GRELHADO COM MOLHO DE CAMARÃO Filho de italianos e morando há 22 anos na Ilha, o chef paulistano Rodolpho Luiz Gualtiere é adepto da filosofia “cozinho o que a cidade oferece”. No Villa Maggioni, um bistrô especializado em comida mediterrânea, ele serve pratos como o filé de badejo grelhado com caldo de camarão, tomate, cebola, azeitonas e manjericão, acompanhado de arroz com sálvia. Outros frutos do mar abundantes na região, como polvo e lula, também fazem parte do cardápio. Instalada à beira da Lagoa da Conceição, a casa tem um ambiente aconchegante,com clima de jardim de inverno e decoração composta por orquídeas e peças de antiquário. Villa Maggioni De quarta a sábado, das 19h à meia-noite. Domingos, do meio-dia às 17h. Rua Canto da Amizade, 273, Canto da Lagoa, Lagoa da Conceição (48) 3232-6859. F L O R I P A
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OUTRAS OPÇÕES PARA COMER BEM EM FLORIPA
8 Vila Terceira – Rod. Baldicero Filomeno, 7808 – Ribeirão da Ilha. (48) 3337-5793.
Continente
Norte da Ilha
8 Chico Toicinho – Rua Desembargador Pedro Silva, 2392 – Coqueiros. (48) 3954-2222. Av. Ivo Silveira, 2445 (Supermercado Angeloni) – Capoeiras. (48) 3348-9795.
8 Cantina Santa Maria – Rua Apóstolo Paschoal, 267 – Canasvieras. (48) 3266-2652. 8 Chez Altamiro – Rod. João Gualberto Soares, 7742 – Rio Vermelho. (48) 3269-7727.
8 Churrascaria Riosulense – Rua Evaldo Schaeffer, s/n – Jardim Atlântico. (48) 3244-0180.
8 Il Caravaggio – Av. Luiz Boiteux Piazza, 3180 – Cachoeira do Bom Jesus. (48) 3284-8210. Victor Carlson
8 Di Taroni Trattoria – Av. Eng. Max de Souza, 730 – Coqueiros. (48) 3249-2040. 8 Galeto da Mamma de Gramado – Av. Plácido de Castro, 201 – Coqueiros. (48) 3249-6028. 8 Sobradinho – Comida brasileira. Rua Desembargador Pedro Silva, 3130 – Coqueiros. (48) 3240-5109.
Centro e região 8 Bistrô do Jardim – Largo Benjamin Constant, 663 – Centro. (48) 3224-1137. 8 Il Gallo Del Mare – Av. Jorn. Rubens de Arruda Ramos, 2568 – Centro. (48) 3024-4497. Divulgação
& Coisas de Maria João – Rua Cônego Serpa, 57 – Santo Antônio de Lisboa. (48) 3338-1937. 8 Ponta d’Agulha Costelaria – Rod. SC-401, 7626 – Santo Antônio de Lisboa. (48) 3338-2850. 8 Porto Fino – Av. dos Búzios, 1760 – Jurerê Internacional. (48) 3261-6050. 8 Simple on the beach – Av. dos Salmões, 1232 – Jurerê Internacional. (48) 3369-6461. 8 Trattoria Campione – Av. das Raias, 400 – Jurerê Internacional. (48) 3207-4426.
& Lenha & Oliva – Rua Vera Linhares de Andrade, 1870 – Córrego Grande. (48) 3206-3242.
8 Zé do Cacupé – Rod. Haroldo Soares Glavan, 1964 – Cacupé. (48) 3335-6229.
8 Outback Steakhouse – Beiramar Shopping, 1º piso, Rua Bocaiúva, 2468 – Centro. (48) 3039-0935.
Lagoa da Conceição
8 Wa Sushi – Rua Lauro Linhares, 1371 – Trindade. (48) 30251700. Rua Clodorico Moreira, 67 – Santa Mônica. (48) 3024-7521.
8 Brancaleone – Rua Moacyr Pereira Júnior, 112 – Lagoa da Conceição. (48) 3232-3002.
Sul da Ilha
8 Chef Fedoca – Rua Senador Ivo D’Aquino, 133 – Lagoa da Conceição. (48) 3232-0759.
8 Ostradamus – Rod. Baldicero Filomeno, 7640 – Ribeirão da Ilha. (48) 3337-5711.
8 Nigiri – Av. Afonso Delambert Neto, 413 – Lagoa da Conceição. (48) 3232-5761.
8 Porto do Contrato – Rod. Baldicero Filomeno, 5544 – Ribeirão da Ilha. (48) 3337-1026.
8 O Barba Negra – Av. das Rendeiras, 1628 – Lagoa da Conceição. (48) 3232-5098.
8 Rancho Açoriano – Rod. Baldicero Filomeno, 5634 – Ribeirão da Ilha. (48) 3337-0848.
8 Sabor da Costa – Costa da Lagoa, ponto 16 – Costa da Lagoa. (48) 3335-3070.
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Pausa para um cafezinho AS CAFETERIAS DA CAPITAL OFERECEM AMBIENTES CRIATIVOS E ACONCHEGANTES PARA SABOREAR DIFERENTES ESTILOS DE CAFÉS PREMIUM
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imples ou sofisticadas, mas sempre charmosas, elas são onipresentes na cidade. Onde quer que se vá em Floripa, quase sempre se está próximo a uma cafeteria, onde é possível provar de um tradicional expresso às mais variadas combinações da bebida. Seja no verão ou no inverno, pela manhã, após o almoço ou no fim da tarde, estes locais se transformaram em ponto de encontro para os amantes de um bom café.
GOLES DE CULTURA Inaugurado em 2012, o Pérolas da Ilha Café, Cultura e Arte valoriza a cultura local ao oferecer aos clientes uma biblioteca com obras raras de autores ilhéus, além de uma coleção de discos de músicos nativos da região. A decoração inclui ainda peças de artesanato e móveis antigos. Com vinte opções, a carta de cafés inclui o mocha, preparado com expresso, chocolate derretido, leite vaporizado e chantilly. Para comer, o cardápio lista petiscos com influência açoriana, como pastel de berbigão e bolinho de banana, além de lanches e sobremesas. O Pérolas da Ilha Café, Cultura e Arte fica na Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 443, Pantanal. Atende de segunda a sexta, das 11h às 22h. Aos sábados, das 11h às 21h. (48) 32256620. www.perolasdailhacafe.com.br
Pérolas da Ilha
SONS E SABORES Um mix de cafeteria com loja de CD e DVD, o Sintonia Música e Café é todo decorado com móveis e objetos de Bali (todos à venda) e investe na temática musical. Seguindo esta proposta, todos os pratos e bebidas recebem nomes de cantores famosos, a exemplo do café Elis, preparado com cappuccino, sorvete de creme, chantilly e grão de café. Para acompanhar, o bolo de especiarias leva damasco, maçã, ameixa preta, castanha-do-pará, amêndoa, cardamomo, pimenta-da-jamaica, cravo e canela. O Sintonia Música e Café fica na Avenida Afonso Delambert Neto, 740, lojas 4 e 5, na Lagoa da Conceição. Aberto diariamente, do meio-dia às 23h. (48) 3232-8877.
Café Paris
a e Café Sintonia Músic F L O R I P A
CAFÉ À FRANCESA Em clima de cafeteria francesa, o Café Paris é decorado com imagens de tradicionais paisagens parisienses. Uma boa pedida para os dias quentes é o ice coffee, que mistura expresso, creme de leite e gelo com cobertura de chantilly e calda de chocolate. Para acompanhar, há bolos de laranja e de cenoura sem lactose, além de sanduíches quentes e frios, salada de frutas, tortas, doces e salgados diversos. O Café Paris fica na Av. Prefeito Osmar Cunha, 106, no Centro. Aberto de segunda a sábado, das 11h às 23h. Aos domingos, do meio-dia às 23h. (48) 30347992. www.cafedeparis.com.br
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Muito mais que um lanche SANDUÍCHES E QUITUTES COM UM TOQUE GOURMET FAZEM SUCESSO EM CAFÉS, PADARIAS E LANCHONETES COM PROPOSTAS DIFERENCIADAS
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ara quem deseja matar aquela fome inesperada ou até mesmo substituir uma refeição sem abrir mão da qualidade e do sabor, Florianópolis também oferece excelentes opções de lanches a qualquer hora do dia ou da noite. Muito além do bom e velho misto quente, os estabelecimentos ilhéus se destacam pelos sanduíches turbinados e criativos. Para quem deseja completar a refeição com uma sobremesa, é possível ainda se deliciar nas docerias da cidade.
O VERDADEIRO PÃO FRANCÊS Misto de padaria e cafeteria, o Café François é inspirado nas tradicionais boulangeries francesas. Elaborado pelo francês Benoit Cousin, o cardápio lista opções de lanches, doces, cafés e vinhos, além de cerca de 300 variedades de pães. Entre os sanduíches o destaque fica por conta do tartine louvre, preparado sobre uma fatia de pão de campanha com lombo canadense, pasta de alho, queijo, tomate, presunto defumado, caponata, queijo brie e azeitonas, acompanhado de salada. O Café François fica na Rodovia SC-401, 8600, bloco 4, no Corporate Park de Santo Antônio de Lisboa. Abre de segunda a sábado, das 9h às 21h30. (48) 32260004. www.cafefrancois.com.br
ASSINATURA DO CHEF A novidade do café bistrô La Padá para 2013 é o cardápio assinado pelo renomado chef Vitor Gomes, que inclui sanduíches, pratos executivos e aperitivos, além dos doces e salgados já consagrados. Entre as opções de lanches figura o “Lá da horta”, que leva berinjela grelhada, lascas de cenoura, mix de cogumelos salteados, pasta homus e alface roxa, montados no pão soft. Outros itens com boa saída são os hambúrgueres e as empadas de frango e palmito. O café La Padá fica na Av. Rio Branco, 597, Centro. Abre de segunda a sábado, das 8h às 23h. (48) 3322-0099. www.lapadacafe.com.br
La Padá
Café François
Casa de Chá Mayra Pauli F L O R I P A
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DOÇURAS COM CHÁ Para quem prefere algo mais doce, a dica é provar o saint-honorè servido pela Casa de Chá Mayra Pauli. O quitute é feito sobre um base de mil folhas com massa de profiteroles, recheio de creme de confeiteiro e caramelo. Além de outras delícias adocicadas, a casa oferece uma variada carta de chás premium. Entre as opções está a infusão “Equilíbrio”, uma mistura de chá vermelho, melissa, camomila, mel, anis, frutas vermelhas e ginseng que, além de aquecer, proporciona uma sensação relaxante. A Casa de Chá Mayra Pauli fica na Rua Coronel Maurício Spalding de Souza, 1020, no bairro Santa Mônica. Abre de terça a sábado, das 13h30 às 20h. (48) 3234-2339. www.mayrapauli.com.br
NOSSO CONDOMÍNIO HOJE O SINDICONDE é o sindicato patronal dos Condomínios nos municípios de Biguaçu, Florianópolis, Palhoça e São José no estado de Santa Catarina, prestando serviços à todos no horário das 13 às 17 horas de segunda a sexta-feira. Com atendentes bem preparados e informados em tudo o que acontece no mundo condominial, coloca-se a disposição para sempre atender com presteza e conhecimento em todas as dúvidas dos síndicos, condôminos e usuários, tanto residenciais e comerciais. Anualmente negociamos com o sindicato laboral a convenção coletiva de trabalho. A preocupação do SINDICONDE é esclarecer a todos o que dispõem as Leis, as obrigações e os problemas do dia a dia. Para tanto, nosso departamento jurídico é dos mais competentes e contamos com a participação dos nossos colaboradores com o mais amplo conhecimento dos problemas de segurança, energia elétrica, água e esgoto, lixo, trabalhista, entre outros. Estamos profundamente empenhados no problema de energia elétrica, que é a causadora da maioria dos acidentes nos condomínios edilícios, estrutura das edificações, tudo acompanhado por engenheiros especializados em cada área e sem custo algum. Além disso, estamos trabalhando muito para a solução da água e esgoto na nossa região, com parceria da
AGESAM que é o órgão fiscalizador de tudo que se liga ao fornecimento, qualidade e atendimento aos nossos usuários. Junto com a COMCAP, temos seguidas reuniões para melhoramento e gerenciamento dos resíduos sólidos, visando o correto acondicionamento, coleta, transbordo, reciclagem e destino final do lixo. “Não geração de resíduos é a grande meta”. Quanto à segurança, temos contado com os conhecimentos adquiridos nas reuniões da CONSEG, cujas oportunidades são oferecidas por profissionais competentes e pela Polícia Militar que em muito tem melhorado na qualidade de vida da nossa região. Lamentável é a posição da Prefeitura Municipal de Florianópolis e Bombeiro que não falam o mesmo idioma com relação aos alvarás de funcionamento nos condomínios comerciais. Por mais que temos lutado e apresentado soluções de segurança dentro dos condomínios, não obtivemos sucesso até agora. Mas nossa luta continua, mesmo que tenhamos que usar o judiciário para tanto. Como na maioria das cidades brasileiras a segurança nas edificações não existe por falta de fiscalização. Nossa esperança e nosso trabalho são permanentes, contamos com a colaboração de todos, pois juntos chegaremos ao desejado.
SINDICONDE – SINDICATO DOS CONDOMÍNIOS DE EDIFÍCIOS DA GRANDE FLORIANÓPOLIS Abrangência: Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. Av. Osmar Cunha, 183 – Ceisa Center, Bloco B – Sobreloja Telefone: (48) 3333-8677 – e-mail: sindiconde@sindiconde.com.br Horário de atendimento ao público: 13:00hs às 17:00 hs
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O mapa do vinho na Ilha CASAS ESPECIALIZADAS NA BEBIDA OFERECEM OS MELHORES RÓTULOS NACIONAIS E IMPORTADOS, ALÉM DE CURSOS E DEGUSTAÇÕES ENOGASTRONÔMICAS Texto Mônica Pupo Fotos Victor Carlson
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egustar um bom vinho é um ritual com diversas etapas, a começar pela escolha do rótulo. Em Florianópolis, os apreciadores da bebida têm à disposição diversas lojas especializadas, com opções das mais variadas nacionalidades, uvas e safras. O destaque fica por conta dos vinhos catarinenses de altitude, produzidos a 900 metros acima do nível do mar, entre as cidades de São Joaquim, Caçador e Campos Novos. Para quem deseja se aprofundar no tema, alguns estabelecimentos também oferecem sessões de degustação e cursos de sommelier.
O MELHOR DE DOIS MUNDOS Fundada em 1995, a Essen Vinhos é uma das mais antigas lojas de vinhos da Ilha. Sob o comando do enólogo Nelson Essen Burg, vende exclusivamente rótulos nacionais, totalizando cerca de 400 variedades de pequenos produtores do Sul do Brasil. Entre os destaques catarinenses está o Quinta da Neve Cabernet Sauvignon 2010, produzido em São Joaquim. Instalada num amplo imóvel, a casa oferece espaço para degustação e cursos para sommeliers. No local funciona também uma loja da importadora Decanter, com 900 rótulos de 18 países. A Essen Vinhos fica na Rua Hermann Blumenau, 207, Centro. Abre de segunda a sexta, das 9h às 20h. Aos sábados, até as 18h. (48) 3223-1500. www.essenvinhos.com.br
SELEÇÃO DIVINA A importadora Santa Adega trabalha com vinhos de catorze países, entre eles Austrália, Canadá, África do Sul e Estados Unidos. Há ainda rótulos brasileiros e, claro, catarinenses, a exemplo do Villa Francioni Francesco 2006, produzido em São Joaquim. Ao todo, o estabelecimento oferece um acervo de 700 opções de vinhos e espumantes selecionados pelo proprietário e sommelier Eduardo Machado Araújo. Em um espaço anexo, são ministrados cursos de degustação e harmonização. A Santa Adega fica na Rua Joe Collaço, 163, no bairro Córrego Grande. Abre de segunda a sexta, das 9h às 19h. Aos sábados, até as 13h. (48) 3234-1296. www.santaadega.com.br
Essen
ARES DE VINÍCOLA Localizada na SC-401, a loja Carvalho Francês recria o ambiente típico de uma vinícola num amplo espaço de 450 m² com duas caves subterrâneas, decoradas com barris de carvalho e com climatização adequada à preservação de mais de 13 mil garrafas. A adega conta com rótulos nacionais e importados, a exemplo do chileno Aresti Family Collection 2008. Também comercializa acessórios para enófilos e oferece degustações com pães e queijos. A Carvalho Francês fica na SC-401, 7563, em Santo Antônio de Lisboa. Aberta de terça a sábado, das 10h às 21h. (48) 3238-6702. www.carvalhofrances.com.brl
Santa Adega
Car valho Fran
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Mulheres de Floripa SANTO ANTÔNIO DE LISBOA, UM DOS LUGARES MAIS CHARMOSOS DA ILHA, FOI O CENÁRIO ESCOLHIDO PARA ESTE ENSAIO QUE DESTACA o perfil multifacetado DaS MULHERES QUE VIVEM, TRABALHAM E SE DIVERTEM na capital catarinense
Brinco, pulseiras e anel
Vanessa Heichsen Camisa
Delúria Calça
Graça de Maria Clutch
Ms. Siebert Sapato
Arezzo
Mulheres de Floripa Almanaque
Camisa
Delúria Saia
Graça de Maria Cinto e bolsa
Carioca Calçados Sapatos
Arezzo Brincos
Vanessa Heichsen
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Almanaque4Mulheres de Floripa
Vestido
DelĂşria Cinto
Carioca Calçados Bolsa e sapatos
Arezzo Brinco
Vanessa Heichsen
Mulheres de Floripa Almanaque
Brinco, colar e anel de caveira
Ms. Siebert Camiseta
Liverpool Short e blaser
Graça de Maria Sapatos
Carioca Calçados
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Almanaque4Mulheres de Floripa
Modelo Carol Ecco/Ford Models SC Produção de Moda Débora Ferreira Assistente de Produção Norma Barcellos Beleza Rafael Valentini Fotos Victor Emmanuel Carlson Agradecimento Restaurante Coisas de Maria João / Santo Antônio de Lisboa
Casaco de malha e calça
Oset Camiseta
Liverpool Brinco, colares e anel
Vanessa Heichsen Bota
Arezzo
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Decoração e design na ilha
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ocê já decorou a sua casa? Planejar os objetos que serão utilizados para deixá-la ainda mais aconchegante e bonita é uma atividade prazerosa. E mesmo quem não possui conhecimentos na área consegue dar um toque de estilo e personalidade ao lar. Para isso, vale investir em objetos de decoração que combinem com seu estilo ou que estejam de acordo com o clima que deseja para os ambientes. Em Florianópolis, há muitas lojas de artigos de decoração e design, o que torna essa tarefa ainda mais fácil de ser realizada. Espalhadas em todas as regiões da cidade, é possível encontrar objetos exclusivos e personalizados, rústicos e com referência a cultura açoriana da ilha, sofisticados e
Felipetto Idélli Ambientes
raros. Se você não sabe por onde começar, visite as lojas da cidade e peça auxílio, certamente irá encontrar aquilo que deixará seu lar ainda mais agradável.
PEÇAS DIFERENCIADAS Decoração com estilo florianopolitano é o que se encontra na Lua Nova. A loja oferece aos moradores da cidade e aos turistas uma série de peças decorativas cheias de significados e que retratam a cultura local. Há desde vasos, cestos e esculturas, até móbiles e luminárias artesanais com design diferenciado e matéria-prima reciclável. A Lua Nova é uma boa opção para quem deseja dar um toque especial e charmoso à casa, com referências à cultura da ilha e toques rústicos. Localizada na Lagoa da Conceição, rua Henrique Veras Nascimento, 121. CONFORTO SOB MEDIDA Se você busca móveis personalizados de alta qualidade e objetos diferenciados encontrará na Felipetto Idélli Ambientes. Além de móveis sob medida, a loja oferece uma gama de artigos de decoração, com destaque para os vasos de vidro, cerâmica e porcelana e para uma mesa de jantar cujo pé é feito com tronco de árvore gigantesco. A peça é única, abriga 12 cadeiras e chama a atenção de quem gosta de design diferenciado e peças rústicas. A Felipetto Idélli Ambientes fica na Rodovia SC 401, 6977, Saco Grande. (48) 3248-2797.
Lua Nova
FORMAS SENSUAIS Dante Castelani nasceu em 1945 e atuou por anos como empresário a frente de uma empresa de alimentos em conserva. Com a falência do negócio decidiu se voltar à arte e dar asas ao dom. A partir dos anos 1980 sua arte aflorou e foi sendo explorada de diversas maneiras, mas é na escultura que Dante se destaca. O artista cria peças e bustos em diversos materiais como madeira, pedras, cerâmica e bronze. É fácil identificar a obra de Dante, pois as esculturas retratam instintivamente a beleza e a sensualidade feminina. O ateliê do artista está localizado na Rodovia Antônio Luiz Moura Gonzaga, 2404, Rio Tavares.l
Dante Castelani F L O R I P A
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Circuito das joias
oias fazem sucesso entre as mulheres e na capital catarinense não é diferente. Com propostas cada vez mais diferenciadas e personalizadas, as peças conquistam a todos os estilos femininos, desde as mais clássicas, que não abrem mão de sofisticação, até as modernas, que gostam de peças coloridas e impactantes. Destaque para as criações com pedras, maxi colares e brincos grandes.
ESSÊNCIA MINERAL A designer argentina Daniela Zadek gosta de usar pedras, de preferência mais próximas de seu estado natural, na produção de suas “joias essenciais”, como ela mesma chama. Os colares, brincos e anéis criados chamam atenção pelo design marcante e colorido das pedras. Daniela é formada em Design Industrial pela Universidade de Buenos Aires e já trabalhou com Jade Jagger, filha do cantor Mick Jagger, na ilha de Ibiza. Também fez parte da equipe da joalheira Garrard, responsável pela criação das joias da coroa britânica, em Londres, na Inglaterra. Suas peças podem ser encontradas em diversos locais mundo afora e em Florianópolis na loja Strass, na rua Vidal Ramos, 224, no Centro – www.danielazadek.blogspot.com criações personalizadas Com o propósito de criar peças contemporâneas e sofisticadas, Letícia Portella foi para Floren-
Daniela Zadek
Letícia Portela
Bruna Tessaro
ça, na Itália, aprender a arte do design de joias. Essa gaúcha que mora há 28 anos em Florianópolis usa pedras e outros materiais que julga interessantes para criar suas joias. Madeira, couro de tilápia, seda pintada a mão e até mesmo a renda de bilro já foram usadas por ela, que desenvolve peças personalizadas. Letícia atende clientes com horário marcado em seu ateliê no Centro de Florianópolis e cria joias que conseguem refletir tudo aquilo que a cliente desejar. O ateliê atende apenas com hora marcada e fica na rua Alves de Brito, 141, no Centro – www.leticiaportella.com.br
NOVIDADES E TENDÊNCIAS Com mais de 20 anos de mercado, a Bruna Tessaro se destaca em Florianópolis como uma das principais revendas de joias, pratas e relógios da cidade. A marca é considerada o maior atacado do Sul do Brasil, sempre com novidades e tendências do setor. São quatro lojas na região metropolitana da capital, sendo duas delas no Centro de Florianópolis, além do e-commerce realizado através do site. As mulheres que buscam por joias, pratas, peças com pedras e foleadas a ouro de qualidade e requinte e relógios de grandes marcas nacionais, encontram na Bruna Tessaro. Rua Deodoro, 219 e rua Felipe Schmidt, 232, ambas no Centro de Florianópolis – www.brunatessaro.com.brl
Textos Débora Ferreira
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Grupo folclórico na Ilha Terceira, uma das nove do arquipélago dos Açores e cujos costumes mais se assemelham aos de Florianópolis
A legítima herança açoriana
DA RELIGIOSIDADE AO SOTAQUE MANEZINHO, PESQUISADORES INVESTIGAM O QUE REALMENTE OS COLONIZADORES AÇORIANOS NOS DEIXARAM COMO LEGADO
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Texto e Fotos Paulo Clóvis Schmitz
ais de 260 anos após a chegada dos primeiros casais vindos do arquipélago dos Açores, a principal herança que fica das famílias que colonizaram a Ilha de Santa Catarina é a religiosidade,
com uma ênfase especial ao culto ao Divino Espírito Santo. Há outras marcas no modo de falar e de ver o mundo dos nativos de Florianópolis, mas muito do que se atribui à vertente açoriana deve-se na verdade a contribuições lusitanas do continente, o que é mais perceptível na arqui-
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A legítima herança açoriana Almanaque
tetura, e ao legado de outras etnias. Nem a caça à baleia, nem a tradição das rendas de bilro, como se chegou a acreditar, foram práticas trazidas pelos colonos que desembarcaram na Vila do Desterro entre 1748 e 1756. A devoção ao Divino Espírito Santo se encaixa no apego à religião que sempre moveu os açorianos, fustigados por vulcões e terremotos, pela oscilação de boas e más safras agrícolas e por um grande isolamento geográfico. No arquipélago há mais de 170 impérios do Divino, localizados à beira das estradas, cada um com desenho e cores próprias, abençoando as comunidades. O culto – nascido na vila de Alenquer, em Portugal, por obra da rainha Isabel de Aragão, que teve uma graça atendida e pacificou o país no século XIV – correu o mundo com os açorianos, que estão em todos os continentes e que durante o século passado concentraram suas migrações para os Estados Unidos e Canadá, atrás de oportunidades que rareavam nas ilhas portuguesas.
Em Santa Catarina, ESTA É UMa tradição que alcança 18 municípios, de Araquari a Jaguaruna, e está presente em 14 comunidades de Florianópolis. Na Capital, o ciclo das festas começa em maio, depois do Pentecostes (50 dias após a Páscoa), e vai até setembro. Dos impérios originais, restaram os da Lagoa da Conceição, Ribeirão da Ilha e Trindade, que estão perto das igrejas. Em Santo Antônio de Lisboa e no Ribeirão a novena ainda é rezada em latim. Os eventos têm o apoio da Fundação Franklin Cascaes, braço cultural da prefeitura, e incluem um grande número de ritos, missas, entoação de hinos, procissões, shows musicais, bingos, leilões e foguetórios – uma mescla do sacro com o profano que é pouco comum entre as manifestações religiosas no Brasil.
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O artesanato produzido na ilha de São Miguel retrata a força da religiosidade açoriana
Um dos 170 impérios do Divino localizados à beira das estradas por todo o arquipélago Além das festas religiosas, há historiadores que atribuem aos açorianos transplantados para o hemisfério sul a origem de outras manifestações culturais que hoje estão desaparecendo, mas até pouco tempo atrás faziam parte da rotina dos moradores de Florianópolis. Aí se incluem as atividades da pesca e F L O R I P A
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da agricultura, pratos como a massa sovada e o arroz doce, folguedos como o entrudo (carnaval antigo) e as brincadeiras com o boi, as danças do pau de fita e da ratoeira, as cantorias e ternos de reis, a cerâmica utilitária e decorativa, os jogos e parlendas, as crenças e superstições, as rimas e adivinhas.
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Almanaque4A legítima herança açoriana
A pesquisadora Lélia Pereira da Silva Nunes qualifica a saga açoriana como “uma história social ímpar cujo legado venceu o tempo, perpassou gerações e hoje retrata a alma, o sentir, o fazer, o imaginário de nossa gente”. Essa herança é tratada pela professora como “um patrimônio cultural expresso por traços sobreviventes de uma longínqua matriz perdida no tempo, sem qualquer registro que não o da tradição oral”. Na linha oposta, o historiador Carlos Humberto Corrêa, falecido em 2010, achava que pouca coisa da cultura de Florianópolis e seu entorno tem a marca dos colonizadores açorianos. “Sobrou muito pouco do pouco que eles trouxeram, porque os açorianos eram pobres em termos econômicos e quase nada em termos culturais”, afirmou. Para Corrêa, existe uma supervalorização dessa influência e o fato de não existirem escolas nos Açores na época da emigração é um dado desconsiderado pelos estudiosos do fenômeno da ocupação do sul do Brasil.
De qualquer forma, o fato é que a Ilha de Santa Catarina recebeu quase 7 mil pessoas em meados do século XVIII, a maior parte delas açorianos fugidos da pobreza no arquipélago e estimulados pelo interesse da corte portuguesa de ocupar uma região estratégica no sul do Brasil. Porém, os víveres, apetrechos agrícolas, armas, animais e subsídios prometidos não estavam à espera dos imigrantes. Graças a um forte intercâmbio iniciado nos anos de 1980 pela UFSC, envolvendo a Universidade dos Açores e entidades culturais do arquipélago, existe hoje uma troca substancial entre dois mundos que passaram mais de dois séculos sem comunicação. É comum grupos folclóricos de canto e dança virem para Acima, casa destruída por terremoto na Ilha do Faial. No centro, fumaça sulfurosa em região de atividade vulcânica, na Ilha de São Miguel. Abaixo, vilas localizadas na cratera de um antigo vulcão, também em São Miguel F L O R I P A
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Uma das possíveis origens da farra do boi, a tourada à corda organizada nos Açores tem regras bem definidas e proíbe maltratar o animal Santa Catarina e professores, pesquisadores e jornalistas de Florianópolis visitarem os Açores. “Os últimos 20 anos foram de relacionamento constante”, afirma Joi Cletison Alves, historiador e coordenador do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade Federal de Santa Catarina.
Do outro lado do Atlântico o interesse é mais concentrado no fenômeno da recente migração em massa para os Estados Unidos e Canadá, mas a preocupação com os vestígios remanescentes da presença açoriana no Sul do Brasil (o que inclui também o Rio Grande do Sul) tem aproximado ilhéus daqui e de lá. Uma prova disso é a participação do engenheiro florianopolitano Paulo Ricardo Caminha, estudioso das tradições açorianas, no programa “Manhãs de Sábado”, na rá-
dio RTP Antena 1 Açores. Em sua casa, na Capital, ele edita entrevistas e grava crônicas sobre aspectos da cultura do litoral catarinense que vão ao ar uma vez por semana na emissora de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel. Joi Cletison diz que a Ilha Terceira – uma das nove que compõem o arquipélago dos Açores – é a que tem mais identificação com Florianópolis, pela sua hospitalidade e pelo perfil festeiro de sua população. “Ali, as pessoas também falam bastante”, brinca o historiador, referindo-se à linguagem apressada dos manezinhos. A Terceira é famosa pelas festas sanjoaninas (por aqui, juninas), em homenagem a São João, e pelas touradas à corda, que chegam a atrair turistas e trazem de volta, em alguns meses do ano, os açorianos que moram no continente europeu ou na América do Norte. F L O R I P A
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As touradas têm, elas sim, um desdobramento na ilha do Atlântico Sul. Na Terceira, pequenas comunidades se preparam, a partir de maio, para uma brincadeira que consiste em soltar touros em um lugar delimitado, sob o controle dos “chapinhas”, homens que têm a missão de atiçar e, ao mesmo tempo, evitar que o animal dispare e provoque danos às pessoas e ao patrimônio público. Na tradição açoriana não há maus tratos, a troca de animais é constante e existem regras bem definidas sobre o ritual, que começa nas “ganaderias” (estâncias de gado) e termina horas depois com uma grande confraternização popular. Em Florianópolis, a farra do boi, que tinha um foco parecido, passou a ser questionada por conta do aumento de casos de violência registrados contra os animais.l
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Almanaque4Fortes impress천es Victor Carlson
Fortes impressões
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DE SEU ATELIÊ NA CARVOEIRA, SAMUEL CASAL CRIA ILUSTRAÇÕES E GRAVURAS QUE TÊM CHAMADO A ATENÇÃO DE EDITORAS E GALERIAS DE ARTE EM TODO O BRASIL Texto Carolina Moura
Samuel (pág. ao lado) transita entre a arte digital e as técnicas tradicionais, produzindo para o mercado editorial e para o de artes plásticas
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no ateliê montado dentro de casa, no bairro da Carvoeira, que Samuel Casal entalha e prensa suas gravuras, técnica que aprendeu há dez anos e que se tornou sua principal forma de expressão artística. Ilustrador freelancer para livros nacionais e internacionais, publicações como a revista Superinteressante e a Folha de São Paulo, e autor de quadrinhos, além de gravador, ele ainda recebe reações de surpresa quando conta que mora e trabalha em Florianópolis. Por sua projeção no mercado de artes gráficas, as pessoas assumem que sua base de operações é a capital paulista, mas ele garante que conseguiu construir toda a sua carreira sem precisar sair da Ilha. Samuel é ilustrador profissional desde os 16 anos, mas acredita que foi só por volta de 2000 que finalmente conseguiu construir uma identidade própria nos desenhos feitos em computador. Sua técnica na época consistia em come-
çar por uma tela preta e ir apagando trechos dela para dar forma à imagem. Com isso ele começou a receber comentários de pessoas que perguntavam: “é xilogravura?” “Me deu uma curiosidade e fui até o ateliê de gravura do Centro Integrado de Cultura (CIC) estudar a técnica. A linguagem era completamente diferente, mas o meu método de compor a imagem no computador era o mesmo, ambos partiam de uma mancha negra e iam abrindo luz”, conta Samuel. Sua primeira série foi exposta em 2005 no Museu do Trabalho, em Porto Alegre. Daí em diante não parou mais, mesmo que houvesse pouco mercado para sua arte na época. “Comecei a fazer gravuras e empilhar em casa.” As coisas começaram a acontecer em 2011, quando ele expôs pela primeira vez em São Paulo, com uma série de gravuras gigantes na Galeria Choque Cultural. No ano seguinte expôs em outro braço da mesma galeria, onde decidiu
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Almanaque4Fortes impressões
Com uma carreira premiada nos quadrinhos, o artista hoje explora as possibilidades da xilogravura e de outras técnicas de impressão fazer uma instalação. Ele levou uma prensa até o espaço de exposição e com ela passou a imprimir pequenas gravuras, que as pessoas podiam levar para casa. “Meu objetivo ali foi mostrar uma gráfica primitiva. Na exposição das gravuras gigantes tinha obra de R$ 9 mil, algo que não é acessível à maioria das pessoas”, explica. Em uma tarde passaram 500 pessoas pelo local, podendo comprar as obras por R$ 50. Nessa época ele foi convidado a participar de um programa em um canal de TV a cabo, que também entrevistou a gravadora octogenária Thereza Miranda e o artista mineiro Rubem Grilo, de quem Samuel é fã desde pequeno. No programa, Thereza comentou sobre como o material para a gravura é caro, da tinta ao papel. E logo em seguida aparecia Samuel, imprimindo nos saquinhos de padaria que foram usados para embalar as peças em sua exposição. “A gravura ainda é uma coisa de domínio muito clássico. E aí surge um guri cheio de tatuagem e começa a fazer adesivo”, diverte-se.
Freelancer no mercado editorial desde 2006, Samuel tem grande demanda de trabalhos de ilustração, mas sabe que com uma simples mudança de editor de arte a relação com determinada publicação pode se extinguir. Por isso sempre buscou alternativas. “O que eu quero fazer da minha vida é continuar desenhando. Então decidi aprender a fazer tatuagem, que é uma forma de desenhar e me manter financeiramente. Junto com alguns amigos já tive um ateliê de serigrafia e fazia estampas para camisetas. Sempre fui cavando formas de continuar desenhando”, diz o artista.
Seja por retorno financeiro ou por possibilidade de expressão, Samuel está constantemente buscando novas formas de se expressar, sem perder a identidade que já caracteriza o seu trabalho. “Não vou tentar amanhã fazer aquarela”, diz. Uma das formas que mais o interessou foi a pintura com estêncil, por funcionar de forma parecida com a gravura, já que também usa o corte em vez do pincel. “Eu vi que não me dava bem com o pincelar das coisas, precisava ser mais incisivo. Eu pintava com facas”. A maior parte dessas técnicas ele estuda até dominar e as guarda em seu repertório, sem necessariamente aplicar todas em seu trabalho. Seu tempo hoje é divido em duas partes: metade para a ilustração editorial e metade para a gravura. Mas outros projetos podem vir em breve; possivelmente mais trabalhos para o mercado de quadrinhos, área em que já foi premiado. Ou então alguma técnica totalmente nova, movido pela necessidade de continuar experimentando.l
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Almanaque Divulgação
A ópera Carmen, de Georges Bizet, foi apresentada em quatro datas no início do ano e atraiu centenas de espectadores em todo o Brasil
Do palco para as telas REDE CINEMARK EXIBE APRESENTAÇÕES DE ÓPERA E BALÉ DA COMPANHIA INGLESA ROYAL OPERA HOUSE EM ALTA DEFINIÇÃO
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avanço da alta definição de imagens e áudio tornou possível apreciar grandes espetáculos de música e dança em uma sala de cinema com qualidade cada vez mais próxima da experiência ao vivo. Prova disso é a série de apresentações do Royal Ópera House que poderão ser assistidas pelo público de Florianópolis nos cinemas do Floripa Shopping.
Até o mês de junho, a Rede Cinemark exibe, com exclusividade no Brasil, a temporada 2012/13 de óperas e balés da companhia londrina com projeção 2k (alta definição), áudio 5.1 e legendas em português. “O sucesso da temporada anterior, que apresentamos entre fevereiro e maio de 2012, confirmou o grande interesse do público brasileiro pelos espetáculos de uma das mais importantes casas de ópera e balé da atualidade”,
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Almanaque4Do palco para as telas Fotos Divulgação
O balé Alice no País das Maravilhas, com coreografia de Christopher Wheeldon, é a próxima atração programada para esta temporada afirma Bettina Boklis, Diretora de Marketing da Cinemark Brasil. Depois das óperas La Bohéme e Carmen e do balé A Bela Adormecida, apresentados entre janeiro e março deste ano, a próxima atração programada para esta temporada é o balé Alice no País das Maravilhas, que será exibido no dia 28 de março. Com coreografia de Christopher Wheeldon e música de Joby Talbot, o balé foi baseado no conto de Lewis Carrol, que conta a história de Alice, o valete de Copas e a rainha de Copas. Participam também da história o coelho branco, o chapeleiro maluco sapateador e a lagarta sinuosa. Wheeldon cria uma coreografia a partir do conto, sem recorrer às técnicas clássicas da dança.
Já em abril, é a vez da ópera Fausto, de Charles Gounod. A obra voltou ao repertório do Royal Opera House com a produção teatral de David McVicar, em 2004. Em cinco atos, o espetáculo conta a história do
filósofo Fausto, que vende sua alma ao demônio em troca da juventude. O espetáculo tem regência do maestro Evelino Pidò e os cantores Vittorio Grigolo, René Pape e Angela Gheorghiu nos papéis principais. La Fille mal gardée, com música de Ferdinand Hérold e coreografia de Frederick Ashton, é o último balé da temporada, com exibições no mês de maio. O espetáculo conta a história de Lise, interpretada por Roberta Marquez, que está prometida pela mãe ao filho de seu vizinho rico, o jovem Colas (papel de Steven McRae). Assinada por Christopher Carr, a produção do Royal Opera House é repleta de humor, com belas coreografias. A temporada termina com a ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi, sob a batuta de Nicola Luisotti e direção de Daniele Abbado, em junho de 2013. Em quatro atos, a trama é baseada na história bíblica do Rei Nabucodonosor e retrata a captura dos hebreus e a luta do Rei contra F L O R I P A
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sua filha Abigail. O renomado tenor Plácido Domingo, que tem cantado papéis de barítono, assume o papel de Nabucco, enquanto a soprano Liudmyla Monastyrska interpreta o difícil papel de Abigail. Os ingressos dessa temporada podem ser adquiridos no site do Cinemark ou na bilheteria do Floripa Shopping duas semanas antes de cada espetáculo. Os valores variam entre R$ 60 (inteira) e R$ 25 (meia).l
PRÓXIMOS espetáculos Alice no País das Maravilhas 28/03 (quinta-feira) às 16h15m (ao vivo) Fausto 20/04 às 11h 21/04 às 16h 23/04 às 19h 25/04 às 19h Mais informações: www.cinemark.com.br/royal-opera-house
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Almanaque4Embaixada cultural Rosane Lima
Para Defournier, além de ser uma escola de francês, a AL também é um importante centro de difusão de cultura e arte
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Embaixada cultural A ALIANÇA FRANCESA COMPLETA 57 ANOS EM FLORIANÓPOLIS COMO A PRINCIPAL DIVULGADORA DA LÍNGUA E DA CULTURA FRANCESAS NA CAPITAL Texto Mateus Boing
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e o escritor Antoine de Saint-Exupéry voltasse a pousar seu avião postal no Campeche amanhã, haveria boas chances de ele fazer amizade com os alunos da Escola Básica Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes. Localizada a poucos metros da Avenida Pequeno Príncipe, a escola incluiu o francês como matéria optativa neste ano letivo. A inclusão foi resultado de um convênio entre a prefeitura e a Aliança Francesa de Florianópolis, que fornece o professor, a metodologia e a possibilidade de se fazer exame de proficiência na língua gratuitamente. De acordo com o diretor-geral da entidade, Fernand Defournier, convênios desse tipo não só cumprem a função de difundir a língua e a cultura francesa, mas também se alinham à iniciativa do governo brasileiro de enviar estudantes ao exterior por meio de programas como o Ciência sem Fronteiras. Além do ensino do francês, a instituição se dedica a divulgar a cultura francesa na cidade com a promoção de shows, exposições e encontros com artistas e intelectuais franceses (veja ao lado).
“A Aliança Francesa tem de ser vista como escola de francês e centro cultural”, diz Fernand. A própria sede da entidade serve como ponto de encontro. Embora os principais eventos culturais sejam realizados em espaços maiores, como museus, shoppings e cinemas, o sobrado azul da Rua Visconde de Ouro Preto abriga um café e uma midiateca com acervo de mais de 4 mil itens. Livros, CDs e DVDs, além de jornais e revistas franceses, podem ser emprestados mesmo por quem não é aluno da entidade (nesses casos é cobrada anuidade de R$ 100 ou semestralidade de R$ 50). A Aliança Francesa é uma instituição sem fins lucrativos vinculada ao governo francês. Foi criada em 1883 por um comitê de notáveis que incluía o cientista Louis Pasteur e o escritor Jules Verne. Apenas dois anos depois, em 1885, era aberta a primeira AL brasileira, no Rio de Janeiro. Em Florianópolis, ela existe desde 1956. A entidade da Capital é considerada pela Delegation Generale de l’Alliance Française de Paris au Brésil como uma das 10 melhores entre as mais de 40 existentes no país.l F L O R I P A
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Calendário de eventos De 23 de março a 12 de abril Exposição La Terre en Héritage. Fotos aéreas que o fotógrafo Yann Arthus-Bertrand tirou em diversas partes do mundo. Além de texto e fotos do escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry. No Centro Integrado de Cultura (CIC). Entrada gratuita. 25 de março A Lista de Carla. Exibição do documentário franco-suíço do diretor Marcel Schüpbach, que mostra o esforço de uma promotora para trazer à Justiça criminosos de guerra da antiga Iugoslávia. No Centro Cultural Badesc, às 19h. Entrada gratuita. 23 de abril Concerto de piano e violino com o catarinense Juliano Alves dos Santos e o francês Frédéric Pelassy. No programa, peças de Mozart, Beethoven e Prokofiev. Local: Teatro Álvaro de Carvalho. Horário: 19h30min. Entrada: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). De 3 a 10 de maio Festival Varilux de cinema francês. Pelo menos 15 produções da França serão exibidos em dois cinemas da Capital. Local: Shopping Beiramar e Paradigma. Mais informações: www.affloripa.com.br
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Quem visita a mostra encontra soluções criativas como o loft “Made in Brasil”, apresentado pela arquiteta Juliana Pippi na edição 2012
Ambientes com personalidade REALIZADA SIMULTANEAMENTE EM FLORIANÓPOLIS E ITAJAÍ, A MOSTRA CASA COR DESTE ANO APOSTA EM NOVAS IDEIAS PARA A CUSTOMIZAÇÃO DE ESPAÇOS INTERNOS Texto Mateus Boing
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edição catarinense da Casa Cor, a mais importante mostra de arquitetura e decoração do país, chega repleta de novidades ao seu 17º ano. A principal delas é que o evento passa a ocorrer simultaneamente em duas cidades: Florianópolis e Itajaí. Na Capital, a mostra será realizada no Jazz Club, um dos condomínios do empre-
endimento Simphonia WOA, na Beira-Mar Norte. Em Itajaí, a sede será o complexo multiuso Riviera Concept, na Praia Brava. Com o tema Design, Arte e Artesanato personalizando a sua casa, a edição 2013 da Casa Cor Santa Catarina tem a proposta de mostrar como esses elementos, juntos, podem agregar valor à decoração. A mostra acontece de 18 de maio a 20 de junho.
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Almanaque4Ambientes com personalidade
Na capital, a Casa Cor acontece no condomínio Jazz Club (esq.), na Beira-Mar Norte. Em Itajaí a sede será o Riviera Concept, na Praia Brava “Por meio do design, da arte e do artesanato, podemos valorizar, personalizar e personificar a arquitetura de interiores, permitindo que o cliente tenha uma casa com a sua cara e traços de sua personalidade”, diz Lucas Petrelli Wilmer, diretor executivo do evento. Entre os ambientes da mostra em 2013, três serão temáticos: o espaço Inspiração do Artesão, o Atelier da Marchand e o Ateliê do Artesão. Junto com os demais espaços, eles concorrerão aos prêmios de Melhor Adequação ao Tema e de Melhor Utilização do Artesanato.
NA OPINIÃO DE duas arquitetas premiadas na edição do ano passado, a tecnologia é outro aspecto que terá destaque na Casa Cor. “Acredito que veremos espaços mais coloridos e alegres, com a tecnologia voltada para aliar conforto e sustentabilidade”, diz Cintia de Queiroz, que ganhou o prêmio de melhor adequação ao tema com o ambiente Home Theater. “Teremos muitas novidades em iluminação, móveis diferenciados, além das novidades tecnológicas, que nos surpreendem a cada ano”, afirma Rosângela Buitone, vencedora do prêmio de melhor execução de projeto com o ambiente Jardim da Lagoa. Além delas, mais de 50 outros arquitetos já confirmaram presença na edição catarinense da Casa Cor. Entre nomes conhecidos e jovens talentos estão
Beto Gerbara, Maria Filártiga, Juliana Pippi, Anna Maya, Anderson Shussler e Helena Rocha. Ao todo, serão 45 ambientes em 3,5 mil metros quadrados de área expositiva. O ingresso comprado para a mostra em Florianópolis dá direito à entrada em Itajaí e vice-versa, independentemente da data da visita. “A capital já tem a tradição de receber o evento, e a região de Itajaí é reconhecida nacionalmente como um dos principais polos do setor de decoração no Brasil. Temos certeza que estar presente nessas duas cidades será um grande trunfo para a Casa Cor”, diz Lucas Petrelli.l
O “Loft do Chef”, assinado pelo arquiteto Rico Mendonça, foi outro ambiente que chamou a atenção do público no ano passado
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Almanaque4Para ver muito mais
Com mais de dez anos de experiência em televisão, a nova apresentadora do Ver Mais também pretende sair às ruas para fazer reportagens
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Para ver muito mais A CHEGADA DA APRESENTADORA KAREM FABIANI, QUE ESTREIA EM ABRIL NA RIC TV RECORD, MARCA A NOVA FASE DO PROGRAMA VER MAIS
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Texto Carol Macário Foto Débora Klempous
mulher moderna está sempre antenada nas novidades e tendências do universo da moda, beleza e cultura, além de estar atenta às discussões do mundo contemporâneo, sem nunca se desconectar do que ocorre em sua cidade e região. Essa é exatamente a proposta do programa Ver Mais, da RIC TV Record: levar ao público informação, entretenimento e descontração em formato de revista eletrônica. E o programa está cheio de novidades. A partir de abril terá cenário mais moderno, mais tempo no ar e uma nova estrela à frente das câmeras, com a estreia da apresentadora Karem Fabiani. São mudanças significativas, mas uma coisa vai permanecer igual: o Ver Mais continuará a ser um espaço para abordar cultura, educação, saúde, moda e tendências, sempre de forma leve e descontraída. “A proposta é olhar para a cidade, ver o que as mulheres estão fazendo e buscar a novidade, o serviço, a informação”, afirma o diretor regional da RIC TV Record de Florianópolis, Roberto Bertolin. Entre as mudanças está o tempo do programa, que passará a ter uma hora de duração, das 13h30 às
14h30, de segunda a sexta-feira. Outra novidade é que, a partir de agora, a atração será produzida e transmitida 100% em alta definição. Mas a grande expectativa é mesmo com relação à nova apresentadora do Ver Mais, a jornalista Karem Fabiani. “O programa tem um perfil que gosto. É solto e convida a ficar à vontade com o público”, afirma a nova contratada da RIC TV Record. Aos 34 anos, Karem tem mais de uma década de experiência em televisão e já atuou no Rio de Janeiro e em Curitiba. Gaúcha de nascimento, veio para Santa Catarina aos oito anos de idade. Enquanto se reúne com a produção para definir os detalhes da nova versão do programa, ela diz estar feliz com o desafio. “O Ver Mais permite uma linguagem mais direta. Fala de assuntos que possibilitam ter uma conversa mais informal com o telespectador”, observa Karem. Cheia de ideias, ela não vê a hora de estrear e avisa que também pretende sair às ruas para fazer reportagens. “Em todas as praças da RIC TV Record no Estado, o Ver Mais tem a marca da apresentadora. Aqui não vai ser diferente”, diz Roberto Bertolin. Aguarde que abril vem chegando com novidades!l
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Uma ilha cosmopolita SÉRIE MIGRANTES, PRODUZIDA PELA RIC TV RECORD, MOSTRA COMO A INFLUÊNCIA DOS MORADORES VINDOS DE OUTRas cidades MUDOU O PERFIL DE FLORIANÓPOLIS Texto Carolina Moura
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mundo não tem limites. Fronteiras são linhas imaginárias criadas pelo homem, e faz parte da natureza humana transpô-las. É com essa reflexão que começa o primeiro episódio de Migrantes — Histórias, conquistas e realizações, série jornalística exibida pela RIC TV Record entre novembro de 2012 e janeiro deste ano.
Motivada pelo resultado do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que 51,7% dos habitantes de Florianópolis vêm de outras cidades, estados ou países, a produção buscou entender a importância desses novos moradores para o desenvolvimento da cidade. “Da mesma forma que o verdadeiro pai ou mãe é aquele que cria, você se torna cida-
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dão do lugar onde escolhe viver”, diz Antônio Barbosa, diretor da série e ele próprio um migrante. Nascido no Rio Grande do Sul, Barbosa conta que sua relação com Floripa começou há 22 anos, quando se encantou pela cidade durante uma viagem e decidiu fixar residência por aqui. Durante a produção, ele conta que acabou encontrando várias pessoas com experiências semelhantes à sua. No total foram 26 personagens distribuídos nos dez episódios da série, de origens tão diversas como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, além de catarinenses e estrangeiros.
SEGUNDO o diretor, uma característica comum que ele percebeu em todas essas pessoas foi o forte espírito empreendedor, algo que ajudou a impulsionar o desenvolvimento local. “Se Florianópolis tem hoje essa qualidade de vida e muitos avanços, em grande parte é por causa do trabalho dessas pessoas, que trouxeram suas experiências de fora e foram agregando-as à cidade”, diz Barbosa. Entre os entrevistados, há donos de lojas, restaurantes, cafés, uma escola e até um centro de cultura do skate. E todos eles contribuíram para tornar a Ilha o local cosmopolita que é hoje, bem diferente da cidade pequena e provinciana que era no passado. Resultado de cinco meses de trabalho e com cerca de 500 GB de material bruto coletado, a série é um registro documental da transformação que Florianópolis sofreu nos últimos 30 anos, com foco principalmente nas histórias pessoais. A preocupação em mostrar diferentes experiências de vida fica evidente na divisão feita em cada episódio, abordando a chegada à cidade, as conquistas e a paixão pela Ilha de Santa Catarina. Para Manu Scarpa, responsável pelo roteiro e pesquisa da série, as conquistas se destacam, mostrando que mudar de cidade pode significar uma mudança de vida. “Acho que isso aflora nas pessoas que vem pra cá”, observa Manu. “Elas acabam realizando outros sonhos aqui.” Alguns episódios da série Migrantes estão disponíveis no site RICmais.com.br. Confira no endereço http://bit.ly/XBePV7l
A modelo criciumense Vanessa Brina é uma dos 26 migrantes destacados na série
Eduardo Campos veio de Belo Horizonte para abrir um restaurante em Floripa
Cezar Blum saiu de Curitiba e hoje é sócio de um bar na Lagoa da Conceição F L O R I P A
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