Joinville é #2

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´ JOINVILLE e nº2 Março 2013

Para conhecer mais sua cidade

Panorâmica

As tendências e as oportunidades no mercado imobiliário Horizontes

Os próximos passos na recuperação do Hospital Municipal São José Almanaque

Os sonhos e as conquistas dos membros da Companhia Jovem do Balé Bolshoi

Crescimento no horizonte NOVAS INDÚSTRIAS, MELHORIAS NA SAÚDE E UM COMÉRCIO PULSANTE IMPULSIONAM A ECONOMIA DA MAIOR CIDADE CATARINENSE




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Editorial

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JOINVILLE

Uma publicação do Grupo RIC PRESIDENTE

Mário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC/SC Vice-presidente-Executivo

Marcello Corrêa Petrelli Diretor Comercial

Reynaldo Ramos Diretor Administrativo e Financeiro

Albertino Zamarco Jr. Diretor Operacional

Paulo Hoeller Diretor-Regional Joinville

Silvano Silva Diretor de Redação Notícias do Dia

Luís Meneghim

Revista JOINVILLE É Coordenador-geral

Victor Emmanuel Carlson Gerente Comercial

Jackeline Moecke Editor-executivo

Diógenes Fischer Edição de arte e Diagramação

Victor Emmanuel Carlson REPORTAGEM

Adão Pinheiro, João Batista, Leo Laps, Lorena Trindade, Oswaldo Ribeiro Jr., Rosana Rosar e Sandro Gomes Fotografia

Carlos Junior, Fabrício Porto, Fabrízio Motta e Leo Laps Foto de Capa

Lionei Sasse distribuição

Josiléia Villas Boas REVISÃO

Sérgio Meira IMPRESSÃO

Gráfica Posigraf www.ndonline.com.br/revistaJoinvilleE Rua Xavantes, 120, bairro Atiradores CEP 89203-210 – Joinville/SC (47) 3419-8000

Um retrato da Joinville de hoje No aniversário de 162 anos de Joinville, o Grupo RIC, por meio do jornal Notícias do Dia, presenteia a cidade, pelo segundo ano consecutivo, com a revista Joinville É. A publicação destaca o momento atual e as perspectivas econômicas da cidade, além de privilegiar os personagens joinvilenses, tanto os de nascimento quanto os “de coração”. Nessa edição, destacamos a nova fase na economia do município, que vem atraindo a atenção de indústrias globais como a General Motors e a Brunswick, entre outras. O fato dessas companhias escolherem Joinville para instalar suas novas fábricas no Brasil demonstra um interesse cada vez maior dos investidores nacionais e internacionais pela estrutura da região. Além disso, as empresas já instaladas na cidade continuam ampliando sua produção e suas vagas de trabalho, reforçando a previsão de que o Norte catarinense será uma das regiões que mais crescerão no país até 2025. No meio empresarial, a expectativa é de que a indústria joinvilense deva contratar mais de cinco mil engenheiros nos próximos 20 anos. Mas o foco da revista Joinville É não está apenas na indústria. Essa edição traz ainda outros assuntos, como as jovens promessas no esporte, os pequenos empresários que mantém a tradição empreendedora local e a expansão da construção civil com a procura cada vez maior por condomínios fechados e apartamentos. Na área cultural, mostramos os talentos da dança formados pela Escola Bolshoi e a trajetória do artista plástico Antônio Mir, entre outros assuntos. É com grande satisfação que, mais uma vez, parabenizamos a cidade e seus moradores nas páginas de Joinville É. Desejamos uma boa leitura e um feliz aniversário aos joinvilenses.

Marcello Corrêa Petrelli Vice-Presidente-Executivo Grupo RIC/Sc

“Joinville É destaca o momento atual e as perspectivas econômicas da cidade, além de privilegiar os personagens joinvilenses”



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Índice

Horizontes

Panorâmica Rogério Souza Jr/ND

Recuperação intensiva...................26 Parcerias bem-vindas....................30 A caminho do centenário................32 Inovação no campus.......................34 Fabrício Porto

Torcida do JEC: grandes esperanças para 2013 A General Motors é uma das empresas que estão apostando na economia joinvilense

Atrativos para a indústria.................................................8 A força dos pequenos.....................................................12

Com a bola toda.............................36 Talentos promissores.....................40

Almanaque Fabrício Porto

Fabrízio Motta

Ceviche de camarão à espanhola da Mercearia Sophia

Um mundo de sabores...................42 Cidade sobre duas rodas................50 Construtoras prevêem um crescimento de até 4% no mercado imobiliário este ano

Um olhar pioneiro..........................54

Expansão imobiliária......................................................14

Sonhos na ponta dos pés...............58

Os caminhos do comércio................................................22

Soltando a voz na telinha..............64

JOINVILLE É



Panorâmica 8

Rogério Souza Jr/ND


Panorâmica

Atrativos para a indústria OS ALTOS ÍNDICES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO DE JOINVILLE E A QUALIDADE DA MÃO DE OBRA LOCAL VÊM ATRAINDO EMPRESAS DE RENOME INTERNACIONAL PARA MONTAR SUAS FÁBRICAS AQUI Texto Lorena Trindade

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timentos feitos em 2010, sobretudo pelas indústrias, segundo o IBGE, vêm aparecendo apenas agora, ou seja, a partir de meados de 2012 e princípio de 2013. A instalação da fábrica da General Motors na cidade é prova disso. Os investimentos chegam a R$ 350 milhões e a intenção é produzir 120 mil motores e 200 mil cabeçotes anualmente. A GM deverá estar funcionando com toda a sua capaDivulgação

té 2025, Joinville deve ser a cidade média – com mais de 500 mil habitantes – que mais crescerá no Brasil. A principal responsável por este fenômeno será a indústria, força motriz do desenvolvimento do município. No ano passado o Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de riquezas da cidade, foi o maior entre as cidades de Santa Catarina e o 25º maior do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do valor mais alto do PIB municipal nos últimos sete anos, somando R$ 18,4 bilhões. “Os olhos do Brasil estão voltados para a região de Joinville, um dos locais que mais crescem no país”, afirma João Carlos Gonçalves, presidente da Câmara de Vereadores. “É uma grande alegria sediarmos um polo industrial de referência nacional, já que nossa cidade é privilegiada por sua logística eficiente e mão de obra qualificada”, completa. Ainda conforme os dados do IBGE, o município destacou-se também pela criação de vagas de emprego em 2012. Foram geradas cerca de 11,4 mil novas vagas, com 4,9 mil profissionais – 43% desse total – absorvidos pela indústria da transformação. No fim do ano passado, por exemplo, a Whirlpool, maior fábricante de refrigeradores do mundo, com 6 mil colaboradores, abriu as portas para a contratação de 850 funcionários para a linha de produção. Os reflexos dos inves-

Gonçalves: “Joinville é referência nacional na indústria por sua logística eficiente e mão de obra qualificada”

JOINVILLE É

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Panorâmica4Atrativos para a indústria Divulgação

Aguiar: “As referências internacionais vão estimular nosso parque fabril a ser mais eficiente”

Conforme estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, entre as maiores cidades catarinenses, Joinville foi a que teve o maior salto na quantidade de empresas criadas, com um incremento de 23% de 2011 para 2012. Na opinião de Mario Cezar de Aguiar, presidente Carlos Junior/ND

cidade até o fim deste ano. Outra gigante da indústria automobilística que decidiu instalar-se na região em 2012 é a BMW. A montadora alemã deve construir sua primeira unidade no Brasil no município de Araquari, na Grande Joinville. Em uma primeira fase, os investimentos chegarão a R$ 528 milhões. Cerca de mil empregos serão gerados e a montadora deve começar a produzir os primeiros carros em 2014. Também recém-chegada a Joinville, a norte-americana Brunswick, maior fabricante de barcos de lazer do mundo, instalou aqui sua primeira fábrica no país. Inaugurada em novembro de 2012, a nova unidade tem capacidade para produzir até 400 iates por ano. São barcos que custam entre R$ 150 mil e R$ 1,4 milhões. Segundo Jorge Valdes, diretor operacional da Brunswick no município, o investimento de US$ 22 milhões na planta de Joinville é uma das maiores iniciativas de crescimento mundial para a empresa. De acordo com ele, esta é uma plataforma estratégica para a companhia. “O mercado brasileiro é nosso principal foco de expansão na América do Sul”, afirma. Segundo Valdes, a qualificação dos profissionais locais foi um dos motivos que fizeram a empresa optar por Joinville. Atualmente, a Brunswick conta com 80 colaboradores na cidade. “A mão de obra é muito bem preparada, principalmente no processo de alta precisão, como a laminação. Estamos muito satisfeitos com as pessoas que temos na empresa hoje”, acrescenta o executivo. Mas há outros fatores, como a estrutura oferecida pelo condomínio industrial Perini Business Park, onde a fábrica está instalada, e a possibilidade de tributos mais baratos em Santa Catarina se comparados a outros estados. A Brunswick não revela qual sua projeção de faturamento anual mas, de acordo com Valdes, o faturamento nos três primeiros meses ficou dentro do esperado.

A fábrica da General Motors deve produzir 120 mil motores e 200 mil cabeçotes por ano JOINVILLE É

da Associação Empresarial de Joinville (Acij), são muitos os fatores que tornam o município atraente para essas empresas. Além da qualidade da mão de obra, ele aponta a localização privilegiada da cidade, cortada por duas rodovias federais, a BR-280 e a BR-101 duplicada, além da proximidade de quatro portos (Itapoá, São Francisco do Sul, Navegantes e Itajaí) e dois aeroportos (Joinville e Navegantes), num raio de 70 quilômetros. Aguiar destaca ainda a estrutura econômica diversificada, com um comércio bem posicionado, e mercados como serviços e construção civil em franca expansão. Ainda segundo o presidente da Acij, a cidade já pode sentir o impacto da vinda de gigantes industriais, como Brunswick, BMW e GM. “São empresas de classe mundial, que certamente contribuem para qualificar ainda mais nossa mão de obra e elevar os bons padrões e práticas de gestão e produção que já temos”, avalia. “Estas referências internacionais vão estimular o nosso parque fabril a buscar melhoria contínua em qualidade, eficiência e tecnologia”, completa Aguiar. l



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Panorâmica

A força dos pequenos MICROEMPRESÁRIOS JOINVILENSES COMbinam OPORTUNIDADE, BOAS IDEIAS E MUITA DEDICAÇÃO AO TRABALHO Texto Oswaldo Ribeiro Jr. Fotos Fabrício Porto

Superação em família Das tragédias da vida surgem novas oportunidades. Hoje, o empresário Norberto Davet, pioneiro no ramo de parques aquáticos em Joinville, é dono de uma propriedade de 165 mil m² banhada pelo rio Cubatão, onde funciona o Park Aquático Recanto Davet, na estrada do Pico, em Pirabeiraba. Área que ele adquiriu num acordo familiar em 1986 quando, junto com a mãe, construiu um quiosque à beira do rio para atender quem lhe procurava para curtir o dia no Cubatão. Em 1995, porém, uma enchente destruiu a propriedade. Mas o que foi um baque para o empreendedor Norberto, tornou-se incentivo para investir na estrutura que conta hoje com campo de futebol, tobogãs, lanchonetes, salão de festas, três piscinas, quiosques, banheiros e estacionamento para 800 carros de passeio. E vai crescer: “Vamos construir chalés, instalar mais piscinas e construir uma torre de 24 metros, com tobogã”, projeta Norberto, que trabalha com a esposa e quatro dos sete filhos.

Moda para malhar Joinvilense de nascença, desde pequena Cláudia Helena Gastaldi, 42 anos, gostava de criar peças de roupas. Era uma diversão, e continua sendo. “Faço exatamente aquilo que gosto e me envolvo com o trabalho de forma total”, comenta, acrescentando que muitas vezes “passa do horário” sem perceber enquanto administra a Montfler Fitness, confecção instalada na Rua Voluntários da Pátria, no bairro Itaum. Cláudia atua em um segmento de moda voltado às academias e às atividades físicas, e está satisfeita com o nicho de mercado que escolheu. Tanto que, em breve, passará a oferecer seus produtos pela internet. “Um novo site já está sendo construído e vamos começar a investir em divulgação para expor ainda mais nossa marca”, planeja a empresária. JOINVILLE É


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Panorâmica Fabrício Porto

Vilson Buss, diretor da Construtora Rôgga S/A, projeta um aumento na verticalização dos imóveis para atender diferentes perfis de clientes

Expansão imobiliária NOVOS PADRÕES DE MORADIA, RENDA EM ALTA E CRÉDITO DISPONÍVEL AQUECEM A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA MAIOR CIDADE DO ESTADO Texto Adão Pinheiro Fotos Fabrício Porto

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s construções centenárias erguidas em estilo enxaimel ainda mantêm o charme da antiga Colônia Dona Francisca na cidade que hoje é uma referência econômica no Sul do País. Enquanto os turistas capricham nas fotos do casario histórico, por trás de tapumes e placas a construção civil residencial e co-

mercial avança em todos os bairros de Joinville. A exceção é o Centro, que já dá sinais de esgotamento na disponibilidade de terrenos para novos investimentos. A previsão para este ano é que o setor cresça de 3,5% a 4% em comparação com o ano passado. “O mercado está retomando seu equílibrio e as perspectivas para 2013 são positivas”, afirma Marco Antônio Corsini, presi-

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Panorâmica4Expansão imobiliária Fabrício Porto

Corsini, do Sinduscon: mercado local atende a todos os níveis de exigência e poder aquisitivo de exigência e de poder aquisitivo”, destaca o presidente do Sinduscon. “Uma tendência que estamos percebendo é um aquecimento do mercado nos bairros, motivado por obras do Programa Minha Casa Minha Vida, voltadas às famílias de renda mais baixa”, completa. Fabrízio Motta

dente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Desde 2010, o setor imobiliário local vive um crescimento amparado não só pelo aumento na oferta de crédito com juros menores, mas também pela mudança de comportamento do mercado joinvilense, que passou a importar modelos de construções trazidos do Paraná. Exemplo disso são as casas geminadas, os condomínios fechados e a preferência por apartamentos. “Até pouco tempo atrás, as pessoas daqui preferiam morar em casas com terrenos grandes por questões culturais”, destaca Gilberto Lessa dos Santos, arquiteto e urbanista do Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (IPPUJ). As moradias geminadas, por exemplo, começaram a surgir somente nos últimos quatro anos. O presidente do Sinduscon explica que a verticalização é outra forte tendência não apenas no mercado local, mas em diversos grandes centros, impulsionada principalmente pela falta de terrenos disponíveis nas áreas centrais das cidades. “Em Joinville também vivenciamos esta indisponibilidade de imóveis. Por isso, a construção de edifícios mais altos é uma opção natural do nosso mercado”, destaca Corsini. A afirmação do presidente do Sinduscon é referendada por Vilson Buss, diretor da Construtora Rôgga S/A, empresa que projeta um aumento significativo da verticalização para atender diferentes públicos no município. Com a elevação da renda da população e o crescimento das classes média e alta, surge também a demanda por imóveis para atender o mercado de luxo em Joinville. “Temos excelentes opções para todos os tipos de público e o setor tem conseguido atender a todos os níveis

Gilberto Lessa, do IPPUJ, enfatiza que este é também um bom momento para o mercado de construções residenciais horizontais e de condomínios fechados, principalmente na região Sul da cidade, em bairros como João Costa e Itaum. Segundo ele, nos dois últimos anos registrou-se um crescimento da demanda por empreendimentos comerciais e residenciais no Centro, mas o que se percebe é uma redução na oferta de novos imóveis naquela região devido à redução das áreas disponíveis e à grande valorização dos terrenos.

EM JoiNVILLE, COnstrutoras

Novos empreendimentos avançam em todos os bairros da cidade JOINVILLE É

e incorporadoras investem cada vez mais em pesquisas de mercado para elaborar um planejamento eficaz para o lançamento de empreendimentos comerciais e residenciais. “Trabalhamos com pesquisas de mercado que auxiliam a construtora no desenvolvimento das linhas de produto”, destaca Vílson Buss, diretor da Rôgga S/A . Com as análises em mãos, a construtora aperfeiçoa seus projetos e vai ao encontro do que o cliente busca.



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Panorâmica4Expansão imobiliária Divulgação

Jonas, Marcelo e Emerson, da Perville Construções, apostam em condomínios empresariais com soluções customizadas e pré-fabricadas

FENÔMENO DOs grandes CENTROS urbanos, a proposta dos condomínios fechados vêm conquistando famílias que buscam segurança e espaço para Fabrício Porto

Os estudos contribuíram para criar as quatro linhas de produtos da construtora: Home Club, Comfort, Easy Club e Soft. Conforme Buss, o consumidor está bastante seletivo, mas a empresa registra uma demanda crescente de compradores conscientes da segurança do investimento em imóvel. “Os investidores estão buscando uma boa relação custo/benefício, retorno do investimento, localização que facilite a mobilidade e a solidez da construtora”, acrescenta o executivo. Atualmente a Rôgga conta com 1,3 mil apartamentos em construção. Para 2013, a previsão é lançar outros nove empreendimentos na região, com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 225 milhões. O montante financeiro envolvido nos novos projetos coloca a empresa como uma das principais construtoras e incorporadoras do mercado catarinense.

O Mirabilis, no Santo Antônio, é um dos projetos da Rôgga no padrão Home Club JOINVILLE É

os filhos brincarem à vontade. “Em Joinville, é crescente a demanda por este tipo de empreendimento, sejam imóveis de alto padrão ou mais acessíveis”, destaca Luiz Santana, diretor da Aeon Incorporação Imobiliária. O empresário explica que existe um mercado promissor para a construção de condomínios fechados de alto padrão na cidade devido à falta de opções para quem procura este tipo de imóvel. Além da possibilidade de construir a “casa dos sonhos”, os condomínios fechados oferecem outras vantagens, que vão dos tradicionais parquinhos infantis até salas de cinema e quadras poliesportivas. Na análise de Santana, outra explicação para o aumento na procura por casas em condomínios fechados é uma mudança no perfil da população de Joinville, atualmente com maior poder aquisitivo. “Há 15 anos, este tipo de negócio não pros-



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Panorâmica4Expansão imobiliária Fabrício Porto

peraria por aqui”, observa. A incorporadora lançou recentemente o condomínio Quinta de Queluz, com 12 casas, e se prepara para lançar um novo empreendimento ao longo de 2013. A ampliação dos investimentos no setor, no entanto, esbarra no aumento do valor do metro quadrado dos terrenos destinados à construção de condomínios fechados. Atualmente, o preço varia de R$ 900

a R$ 1.000. Considerando que um condomínio necessita acima de dez mil metros quadrados para ser construído, só em terreno o investimento pode chegar a dez milhões de reais.

Os condomínios empresariais também começam a ganhar força no mercado imobiliário joinvilense. Com tecnologia internacional, a Perville Construções pretende crescer neste segmento em Santa Catarina. JOINVILLE É

Santana, da Aeon, destaca a crescente demanda por residenciais fechados na cidade, de imóveis de alto padrão até os mais acessíveis A empresa nasceu em 1999 com o desafio de construir o Perini Business Park, considerado o maior condomínio industrial multissetorial do Brasil. A construtora entrega empreendimentos de forma customizada, utilizando peças pré-moldadas que obedecem a normas internacionais de alto padrão. “Somos uma empresa ítalo-brasileira que atende às exigências de diferentes setores do mercado corporativo”, afirma Marcelo Hack, presidente da Perville. A construtora adota o chamado “sistema aberto de construção industrializada”, que permite que elementos pré-fabricados possam ser montados, desmontados, reutilizados ou adaptados a outros elementos construtivos. A Perville desenvolve e produz os maiores painéis pré-moldados disponíveis no mercado brasileiro, que economizam tempo e mão de obra no fechamento dos prédios. “É como um lego gigante”, brinca Jonas Tilp, diretor comercial da empresa. O diferencial das grandes peças pré-fabricadas é trazer velocidade à construção, utilizar elementos que captam água da chuva, compor a proteção para descargas atmosféricas, fornecer isolamento térmico e acústico e dispensar a necessidade de pinturas externas. “Entendemos que a sustentabilidade não é uma opção e sim uma necessidade. Desta forma, investimos permanentemente em desenvolver materiais e processos que promovam a redução de energia e volumes consumidos”, diz Emerson Edel, engenheiro responsável e diretor de operações da Perville. l



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Panorâmica

Os caminhos do comércio ENTRE GRANDES REDES, PEQUENOS LOJISTAS E CENTROS DE COMPRAS, AS RUAS DE JOINVILLE SÃO TESTEMUNHAS DA EXPANSÃO DO VAREJO LOCAL AO LONGO DOS ANOS Texto João Batista Fabrício Porto

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onhecida como a “Manchester Catarinense” em função do crescimento industrial que marcou as últimas décadas do século passado, Joinville mostra hoje uma economia bem mais diversificada e dinâmica. Atualmente, mais de um terço das empresas em atividade no município atuam no comércio – um setor que tem sua própria diversificação, abrangendo desde pequenos comerciantes até grandes redes de varejo e shopping centers. A Rua Dr. João Colin, que se estende do Centro até o bairro Santo Antônio, reflete boa parte dessa variedade em opções de compras. Ao longo de seus 3,3 quilômetros estão distribuídas lojas de calçados, farmácias, boutiques, verdureiras, concessionárias e revendas de veículos, oficinas mecânicas e lojas de variedades, entre outros estabelecimentos. A rua ainda é endereço do shopping Cidade das Flores, de dois grandes supermercados das redes Angeloni e Giassi, e das lojas de material de construção das redes Breithaupt, Casas da Água e Balaroti. A Midas, tradicional livraria de rua, a não menos tradicional Empadas Jerke e o acervo literário de O Sebo completam o charme de uma cidade que mistura o antigo e o moderno.

Mais de um terço das empresas em atividade no município atuam no ramo comercial No Centro, os primeiros caminhos da Joinville colonial se transformaram nos principais corredores comerciais do coração da cidade. A Rua Nove de Março tem suas lojas de vestuário, calçados, cosméticos e acessórios, enquanto a Rua do Príncipe exibe relojoarias, lojas de móveis e eletrodomésticos, papelarias, boutiques e farmácias à sombra dos prédios centenários nas proximidades da Rua das Palmeiras e da Catedral de Joinville. Na Rua 15 de Novembro destacam-se grandes redes de varejo, como Casas Bahia, Magazine Luiza, Lojas Colombo, Koerich e Salfer. Já na Rua JOINVILLE É

Abdon Batista, as óticas dominam a paisagem de um lado a outro. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, Carlos Grendene, destaca a representatividade do comércio na economia da cidade. “O comércio já disputa índices de empregabilidade com a indústria e o setor de serviços. Através da indústria, o comércio se fortaleceu e hoje é uma força viva da economia”, avalia o dirigente. Na página ao lado, mostramos alguns exemplos de lojistas que fazem parte dessa história e contribuem com seu trabalho para manter a variedade e a atratividade do comércio local.l



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Panorâmica4Os caminhos do comércio

A força do comércio joinvilense não está restrita às regiões centrais. Lojistas tradicionais, que cresceram com as comunidades, ainda são destaques. No bairro Itaum, na zona Sul, a Comercial Romeu Retzlaff é referência em materiais de construção há 26 anos. Apesar da concorrência das grandes redes, o fundador da loja que leva seu nome afirma que se diferencia por um atendimento personalizado e pelo relacionamento de amizade mantido com os clientes. Empreendedor, nascido e criado na cidade, Romeu deixou o trabalho numa madeireira para apostar no próprio negócio. Para ele, Joinville continua sendo terra de oportunidades. “Se tiver uma cidade melhor no Brasil, eu desconheço”. Comercial Romeu Retzlaff R. Monsenhor Gercino, 2294 – Itaum

Vendendo saúde Há 45 anos, Roque José de Souza abriu a peixaria que leva seu nome no bairro Boa Vista. Mas antes de ter comércio fixo, ele andava de bicicleta pelas ruas do bairro vendendo os peixes que trazia do Mercado Municipal. Hoje aos 73 anos, afastado da função de comerciante há cinco, o peixeiro natural de Itajaí tem delegado o comando do balcão para a filha Teresinha, que persiste no ramo mantendo a marca do pai. “Na época que comecei se comia mais peixe, havia muita diferença para hoje, mas o pessoal já está se conscientizando e comprando mais, porque peixe é saúde”, relembra, sem perder a chance de fazer propaganda do produto que vendeu quase a vida inteira. Peixaria do Roque R. Albano Schmidt, 2115 – Boa Vista

Tradição e modernidade Perto do Centro, a Relojoaria e Ótica Sidy é uma das opções de compra de joias,

Fabrício Porto

Aposta no relacionamento

Presentes em diversos bairros, os pequenos lojistas conferem variedade ao comércio local óculos e relógios mais tradicionais, atuando desde 1982. Além de produtos modernos, a loja oferece serviços especializados, com oficina de ourivesaria e consertos de qualquer tipo de relógio. Em tempos de grande concorrência e pesada carga tributária, dedicação e atendimento qualificado são diferenciais para garantir o sucesso do negócio. “Hoje os tempos são mais difíceis, mas estamos sobrevivendo. Sou eternamente grato à Joinville”, comenta Raul Sidney Hasse, natural de Ituporanga e que começou no ramo como funcionário. “Me sinto joinvilense de verdade, pois quem faz a cidade somos nós”. Sidy Relojoaria e Ótica Av. Getúlio Vargas, 594 – Anita Garibaldi

Crescendo com a vizinhança No bairro Aventureiro, na zona Leste, a Joyce Modas tem vestido famílias inteiras desde 1986, quando a região estava em pleno crescimento. A loja surgiu da iniciativa de três irmãs, que viram potencial no comércio local. Hoje, maior e mais moderna, trabalhando com marcas reconhecidas internacionalmente, a loja está à altura do bairro mais populoso da cidade, mas não deixa de atender de forma pessoal clientes JOINVILLE É

novos ou antigos. “A gente se desenvolveu junto com o bairro. As relações interpessoais ainda são fortes e continuamos atendendo famílias inteiras porque a loja tem tudo que uma família precisa para vestir”, comenta a sócia-proprietária Julita Michels. Joyce Modas R. Tuiuti, 2350 – Aventureiro

Pioneiros do pãozinho Com uma história própria, o Distrito de Pirabeiraba, na região Norte, é apenas oito anos mais novo que Joinville. Em abril, chega aos 154 anos. Colonizado por descendentes europeus, o lugar é reduto de famílias tradicionais, como a Lemke, sobrenome que virou marca de uma das primeiras panificadoras da região. “No começo só tinha nós, mas o distrito cresceu bastante e depois apareceram novas padarias”, comenta Sedrik Carlos Lemke, que, junto com o pai, Ilírio Lemke, administra o comércio aberto pelo avô há quase 50 anos na rua Olavo Bilac. “As pessoas fazem compras no supermercado, mas vêm comprar o pão aqui”, diz, sobre o perfil de antigos e novos clientes. Panificadora Lemke R. Olavo Bilac, 454 – Pirabeiraba



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Horizontes Fabrício Porto

O Complexo Ulysses Guimarães já conta com um novo sistema de climatização amenizando um antigo problema do hospital

Recuperação intensiva EM MENOS DE DOIS MESES, O HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ GANHOU SOLUÇÕES EM ATENDIMENTO E INFRAESTRUTURA QUE HÁ ANOS ERAM AGUARDADAS NA UNIDADE Texto Oswaldo Ribeiro Jr.

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ão seria exagero dizer que os primeiros passos de Udo Döhler como prefeito eleito de Joinville foram dados no Hospital São José. Logo no dia 2 de janeiro, acompanhado da recém-constituída equipe de governo, ele visitou o hospital e definiu algumas metas iniciais. Entre elas restabelecer a climatização do quarto andar do Complexo Ulysses Guimarães, fa-

zer um inventário das instalações físicas, elétricas e hidráulicas, integrar a gestão do hospital à Secretaria Municipal de Saúde e modernizar a unidade. O objetivo dessas medidas foi dar início à solução de um problema antigo, crônico e que atinge diretamente os pacientes que todos os dias encaravam calor, filas e longas esperas por atendimento. Döhler, que por muito tempo foi gestor voluntário de outro hospital da cidade (o Dona Helena),

JOINVILLE É



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Horizontes4Recuperação intensiva

UMA AÇÃO QUE AINDA PRECISA ser feita, segundo o prefeito, é estabelecer um melhor entendimento entre município, Estado e União quanto à gestão hospitalar. Diante dos problemas encontrados no Hospital São José, somados à superlotação que atinge o Hospital Regional e à falta de médicos na rede de saúde, Udo Döhler solicitou uma

Jaksson Zanco/Divulgação

sabia que o desafio seria grande. “Quantas vezes fui até o São José e vi condições desumanas entre os pacientes. Como cidadão, fiquei indignado”, comenta o prefeito. “Tais situações mexeram comigo e fizeram prioritárias as ações que agora, pouco a pouco, estamos implantando no hospital”. Ações como a que foi tomada no dia 4 de janeiro, com o remanejamento de 19 pacientes para o setor D, até então desativado. No mesmo dia, outro anúncio importante: o Hospital Dona Helena havia autorizado o empréstimo do “Arco em C”, equipamento essencial para a realização de cirurgias ortopédicas de grande porte. Segundo o prefeito, este arco cirúrgico, juntamente com outro emprestado dias depois pelo Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e o ultrassom doado pela Construtora e Incorporadora Correa, eliminaram as filas por exames que necessitam destes aparelhos. “Resolvemos rapidamente este problema, mas ainda há muito o que fazer”, afirma Döhler, que pretende dentro de um ano ter “melhoras sensíveis” no Hospital São José. O prefeito lembra que um dos problemas que mais incomodavam os usuários do hospital, a falta de condicionadores de ar, já foi resolvido com melhorias no sistema de climatização. “Os pacientes sofriam com esta situação e agora ela já está sanada”, ressalta.

Reuniões semanais entre a prefeitura e a Secretaria Estadual de Saúde para agilizar a solução dos problemas já tiveram como resultado um repasse de R$ 14 milhões para o São José audiência com o secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, no dia 7 de janeiro. Depois da primeira conversa, ficou decidido que este encontro passará a ser realizado semanalmente. De lá para cá, o prefeito anunciou um acordo com o governo do Estado para garantir um repasse de R$ 14 milhões para o São José. O anúncio ocorreu no dia 12 de fevereiro. No dia seguinte, o secretário Dalmo de Oliveira disse em entrevista ao jornal Notícias do Dia que não havia sido comunicado do acordo. Segundo Udo Döhler, o secretário não estava presente à reunião que ele teve com o governador Raimundo Colombo. “O que houve foi uma falha de comunicação que já foi resolvida”, contemporiza o prefeito. Boa parte dos recursos do Estado deverá ser aplicada na infraestrutura do Complexo Ulysses Guimarães, obra que se arrasta há pelo menos cinco anos. “Não é possível que esta situação permaneça como está. Precisamos melhorar as estruJOINVILLE É

turas, instalar novos equipamentos e por um ponto final nesta obra que já era para ter sido concluída há muito tempo”, enfatiza Döhler.

PARA O PREFEITO DE JOINVILLE, a implantação de novas tecnologias no sistema público de Saúde vai ajudar a solucionar muitos dos problemas que hoje tiram a paciência de quem procura atendimento em qualquer unidade do município. E com recursos do Ministério da Saúde, a administração pública deu em fevereiro os primeiros passos neste sentido. No dia 18, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu 367 computadores entregues pelo governo federal. Parte dos equipamentos será destinada para 56 postos de Saúde e cerca de 150 vão para o Hospital São José. “Este investimento vai agilizar o atendimento à população de forma significativa, especialmente no hospital municipal, onde precisamos fazer com que a pessoa chegue à unidade e seja prontamente atendida”, garante o prefeito.l



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Horizontes

Parcerias bem-vindas Com melhorias no Complexo Expoville e expectativas de apOio PRIVADO para obras de saneamento básico, Prefeitura de Joinville pretende organizar investimentos

Jaksson Zanco/divulgação

I

nvestir em parcerias público-privadas (PPPs) para aliviar o caixa da Prefeitura e garantir a prestação de serviços de qualidade para a população. Esta foi uma das bandeiras de campanha do prefeito Udo Döhler, que, poucos meses após assumir a prefeitura, já começa a ser colocada em prática. Uma destas parcerias envolve as obras de melhoria e ampliação do Complexo Expoville, em andamento desde julho de 2012. Outra, já bem encaminhada, inclusive com autorização para lançamento de processo licitatório, deve viabilizar obras de saneamento básico financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e coordenadas pela Companhia Águas de Joinville, com recursos na ordem de R$ 68 milhões. Para o prefeito, parcerias como as implantadas em algumas rodovias federais como a BR-101 e até mesmo nas obras em andamento nos estádios de futebol pelo país visando a Copa do Mundo de 2014 servem como referência. “Temos também agora uma proposta nacional de implantação deste tipo de parceria nas operações portuárias”, acrescenta Döhler. “São iniciativas que desoneram o poder público e oferecem mais qualidade na prestação de serviços”, observa o prefeito. Ele lembra que existem diversos modelos diferenciados de parcerias público-privadas que podem ser

Texto Oswaldo Ribeiro Jr.

Döhler: “PPPs desoneram o poder público e oferecem qualidade na prestação de serviços” implantados. “As PPPs são instrumentos que podem ser organizados no sistema de concessão, de gestão ou de partilhamento, entre outros”, explica Döhler. “Elas oferecem capacidade de gestão ao governo, que transfere parte da responsabilidade ao executor e fica com o papel de fiscalizar o bom andamento da parceria”, comenta o prefeito.

localizado no principal acesso de Joinville, o Complexo Expoville está sendo administrado por uma concessão onerosa vencida pelo consórcio Viseu-Caex em julho deste ano. A meta é transformar o pavilhão Nilson Bender, construído na décaJOINVILLE É

da de 1970, em um centro de convenções com 17 auditórios e capacidade para 5 mil pessoas sentadas. Inaugurado em 2006, o Megacentro Wittich Freitag também está nos planos da responsável pela reforma. A edificação, que hoje tem 11,4 mil m² será ampliada para 18 mil m². A Expoville também deverá se tornar um parque público ecológico. Dos 209 mil m², 80 mil serão destinados ao parque. O projeto passa por reavaliações e a Justiça chegou a suspender os trabalhos cobrando um grupo fiscalizador da obra – problemas que, segundo o prefeito Udo Döhler, já estão perto de serem solucionados.l



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Horizontes

A caminho do centenário HOSPITAL DONA HELENA AMPLIA SUA ESTRUTURA E PROJETA A CONCLUSÃO DO NOVO CENTRO CLÍNICO PARA O ANIVERSÁRIO DE 100 ANOS, EM 2016

Divulgação

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undado em 1916 como Sociedade de Socorro das Senhoras Evangélicas, o Hospital Dona Helena prepara-se para um centenário de grandes realizações. A principal delas é inaugurar, em 2016, um novo e amplo prédio de 26 mil metros quadrados e 12 andares. Um marco para celebrar os primeiros passos dados no início do século passado, por iniciativa de Helena Dorothea Trinks Lepper, imigrante da Saxônia e mulher de Hermann August Lepper, fundador da malharia Lepper e da Associação Empresarial de Joinville (Acij). A intenção desta generosa mulher, que foi homenageada ao emprestar seu nome para o hospital, era inicialmente montar uma casa de idosos e um jardim de infância. Mas, pelas mãos do doutor Norberto Bachmann, o primeiro paciente chegou à sociedade e deu início à história de um dos mais conceituados hospitais do Sul do Brasil. Uma das principais novidades no ano passado foi a entrega do hall do Centro Clínico, que modificou a entrada do prédio novo, o qual começou a ser construído em 2007 ao lado da sede antiga. Sede das emergências adulta e infantil, dos serviços de neurologia e oncologia, do Centro Cirúr-

Texto Oswaldo Ribeiro Jr.

Sede das emergências, o Centro Clínico vai absorver os serviços prestados a pacientes externos gico Ambulatorial (CCA) e do Núcleo de Atendimento Integrado à Mulher (Naim), o Centro Clínico recebeu em 2012 o Centro de Diagnóstico Ortopédico (CDO), além de espaço para administração, direção e tecnologia da informação. Até 2016, data de seu centenário, o hospital pretende transferir para o Centro Clínico todos os serviços prestados a pacientes externos. O empreendimento de 26 mil metros quadrados deve receber ainda clínicas médicas e consultórios. O médico Marcos Antônio Navarro, diretor JOINVILLE É

clínico do Dona Helena, diz que o objetivo do Centro Clínico é ser uma unidade de atendimento a pacientes externos ambulatoriais e para exames complementares, além de atender como Hospital Dia e oferecer os serviços do setor de quimioterapia e do centro cirúrgico ambulatorial. Os planos da direção incluem a aquisição de um aparelho de tomografia PET-Scan e um acelerador linear, equipamentos que contribuirão para aprimoramentos tanto na área do diagnóstico como no acompanhamento do tratamento de câncer.l


Acompanhe os trabalhos na Câmara de Vereadores de Joinville Acompanhe as sessões, audiências públicas e comissões técnicas ao vivo. As sessões sempre às terças, quartas e quintas-feiras às 17 horas. E em tempo real você pode ver tudo através do site. A TV Câmara também transmite as sessões ao vivo. Canal Legislativo 16 da NET com reprise durante a programação. Assista, acompanhe, compareça. Sua participação é fundamental!

Site: www.cvj.sc.gov.br • Twitter: @camarajoinville

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Horizontes Fabrício Porto

Sandra: “A ideia é fazer com que cada chefe de departamento seja também um gestor, com visão abrangente do contexto institucional”

Inovação no campus A PROFESSORA SANDRA FURLAN ASSUME A REITORIA DA UNIVILLE DISPOSTA A MELHORAR A GESTÃO APOSTANDO NA VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS E NA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO Texto João Batista

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s corredores, salas de aula e laboratórios da Univille são ambientes bem conhecidos da professora Sandra Furlan, que integra o quadro docente desde 1997, quando a instituição vivia o primeiro ano de reconhecimento como universidade. Eleita e empossada reitora no final do ano passado, ela inicia seu primeiro mandato com a experiência executiva acumulada nos últimos quatro anos na vice-reitoria. Natural de Taubaté (SP), há 20 anos em Joinville,

Sandra prepara-se para promover mudanças significativas nos processos de gestão, priorizando a aplicação de políticas voltadas à profissionalização do quadro funcional e ao relacionamento com os acadêmicos. “Nosso trabalho nesse primeiro momento está focado nas pessoas, adequando a estrutura física para melhorar a integração entre setores que hoje estão distanciados e estabelecendo um programa de acolhimento aos estudantes”, comenta. As mudanças ainda passam pela revisão de processos

JOINVILLE É


administrativos e políticas de gestão com base nas diretrizes estabelecidas no planejamento estratégico. “A ideia é fazer com que cada chefe de departamento seja mais que um dirigente de curso. Seja também um gestor, com visão do todo, compreendendo o contexto institucional”, assinala Sandra. Segundo a reitora, é a qualificação dos processos, ancorada na definição de metas e em indicadores de desempenho, que gera a sustentabilidade econômico-financeira e a qualidade acadêmico-científica da instituição. No campo do ensino, as propostas defendidas em campanha passam pela criação de cursos e pelo incentivo a projetos de pesquisa e extensão. Os cursos de Engenharia Civil e Fotografia são as mais recentes opções de graduação para 2013. “Estamos atentos às necessidades e às demandas da região para a oferta de novos cursos”, observa a reitora. Outras ações envolvem o fortalecimento dos cursos de licenciatura e a ampliação da oferta de bolsas de estudos, que beneficiam hoje mais de três mil alunos.

Se inovaR é a palavra de ordem NA gestão, ela também está presente quando se trata de novas tecnologias. Dentro dessa visão está uma atenção especial à incubadora do Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região (Inovaparq), criada em 2010, em parceria com outras três universidades, para atender novas demandas do desenvolvimento econômico, qualificar a formação universitária e estimular o empreendedorismo. “A intenção é transformar Joinville em um polo de geração de conhecimento, criando um ambiente propício à inovação, trazendo recursos e movimentando a economia da cidade”, afirma Sandra. Para garantir investimentos, o desafio da nova reitora é também reestabelecer uma relação amistosa com a Prefeitura. A parceria entre a universidade e a administração municipal está abalada desde 2000, devido à falta de repasses que gerou uma dívida milionária para a instituição. O tema já foi discutido com o novo prefeito e a promessa é de entendimento em função dos interesses comuns. “A universidade, por meio de seus cursos, está inserida principalmente nas áreas de saúde do município. Precisamos de campo de estágio, vivenciar a prática e contribuir para melhorar os serviços, mas também precisamos ter um melhor retorno e reconhecimento por parte da prefeitura”, defende a reitora.l

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Horizontes Fabrício Porto

A torcida tem comparecido em massa à Arena para acompanhar as partidas do JEC, que disputa três campeonatos este ano

Com a bola toda EMBALADOS PELO JEC, OS ESPORTES COLETIVOS DE JOINVILLE PASSAM POR UMA ÓTIMA FASE E PROMETEM MUITOS GOLS, CESTAS E ATÉ TOUCHDOWNS PARA A TORCIDA EM 2013

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Texto Lorena Trindade

oinville passa por um período de ebulição no esporte e tem se destacado nacionalmente em diversas modalidades. O carro-chefe dessa boa fase esportiva da cidade é o futebol. Desde que o Joinville Esporte Clube voltou à Série B, em 2011, o torcedor tricolor tem vivido “em lua de mel” com o time. Mesmo que o JEC ainda não tenha engrenado no Campeonato Cata-

rinense de 2013, este ano promete ser de muitas emoções, pois o “coelho” (como o time é carinhosamente chamado pela torcida) disputará também a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Marcus Silva, as metas para a temporada estão claras. Para ele, o time é um forte candidato ao título estadual. “Vamos batalhar até o

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Com a bola todaHorizontes

Outro esporte que tem mexido com o coração do joinvilense é o futsal, com o time local da Krona Futsal trazendo cada vez mais alegrias para a torcida. Apoiada em um projeto consistente, desde o ano passado a equipe é treinada por Fernando Ferretti, considerado um dos melhores técnicos do mundo na modalidade pelo site especializado Futsal Planet. No ano passado, a Krona chegou às finais de todas as

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último instante”, frisa. Na Copa do Brasil, o JEC já tem adversário para a estreia: será o Aracruz, do Espírito Santo, e a primeira partida está prevista para ocorrer no dia 3 ou 10 de abril. Se passar pela equipe capixaba, enfrenta o Santos, de Neymar, na segunda rodada. Além da intenção de fazer uma boa campanha nesta competição, o Joinville tem um objetivo maior para este ano, que é chegar à Série A do Brasileirão. Em 2012, o time ficou em 6º lugar, faltando subir apenas duas posições para integrar a elite do futebol brasileiro. Na avaliação de Marcus Silva, o Joinville está caminhando para um maior entrosamento entre novos e antigos jogadores, além de haver uma evolução nos aspectos técnico e tático. Segundo o dirigente, um dos grandes diferenciais do JEC entre as equipes do Estado são seus torcedores. “A torcida é a força motriz do time”, garante. A respeito da possível construção do terceiro anel na Arena Joinville, Marcus Silva diz que a diretoria do clube vem conversando sobre isso com a Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Fejel). “Espero que ainda este ano possamos ter boas notícias, não especificamente sobre a ampliação, mas sobre melhorias no estádio”, acrescenta Silva.

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Com um time reforçado, a Krona Futsal quer disputar o primeiro lugar na Liga Nacional competições disputadas e foi campeã de três delas: Superliga de Futsal, Jogos Abertos de Santa Catarina e Campeonato Catarinense. Foi vice em outras duas, a Liga Nacional e a Taça Brasil de Clubes. No intuito de alcançar seu maior objetivo – vencer todas essas competições, mas principalmente a Liga Nacional – a Krona trouxe nomes de peso para seu elenco. São atletas que marcaram os torneios nacionais em 2012, como Daniel Sakai e Pelé, vindos do Botafogo (RJ); Valença e Dyego Zuffo, da Copagril (PR); Deives, da Intelli (SP), Zequinha, do Tubarão, no sul do Estado; Willian e Elisandro, de Jaraguá do Sul. Além desses reforços, o time de Joinville conseguiu manter parte da base que atuou na temporada passada. “Uma equipe do tamanho da nossa tem que ganhar tudo”, pontua Ferretti. De acordo com o supervisor do time, James Veiga, outra conquista importantíssima para a equipe foi a aquisição da franquia na Liga. “Agora temos uma autoJOINVILLE É

nomia maior e poderemos decidir, juntamente com as outras equipes franqueadas, o melhor destino para a Liga Nacional”, comemora.

Da bola nos pés para a bola no alto, a cidade mantém sua tradição de força também no basquete. Fundado em 2008, o Basquete Joinville é o grande representante local nas competições de nível nacional. Com um sólido patrocínio de empresas locais e apoio da comunidade, que costuma lotar o Ginásio Municipal Ivan Rodrigues a cada apresentação, o time disputa atualmente a quinta edição do Novo Basquete Brasil (NBB), principal campeonato da Liga Nacional de Basquete. A equipe regida por Enio Vecchi sofreu alterações importantes da temporada passada para a atual. O time foi completamente reformulado e apenas dois atletas permaneceram: os alas Durval e Renato. O técnico no ano passado era José Neto, hoje no Flamengo (RJ), líder do campeonato.


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Horizontes4Com a bola toda Fabrício Porto

O Basquete Joinville até empolgou em algumas partidas, mas desde o início do returno do NBB não conseguiu se recuperar e terá dificuldades para se classificar para os playoffs. Para o ano que vem, não deverá contar com o seu principal patrocinador, a Romaço, mas o supervisor da equipe, Luis Silva, acredita na continuidade do projeto, mesmo com o futuro incerto. “Estamos atrás de outro patrocinador. Podemos não disputar o NBB em 2014, mas o basquete não vai deixar de existir em Joinville”, ressalta.

Além de comemorar as cestas do basquete e os gols do futebol, o torcedor joinvilense também celebra o touchdown. A história do futebol americano na cidade tem quase 20 anos e teve início com uma equipe chamada Joinville Blackhawks – que, em outras formações, teve os nomes Joinville Panzers e Caxias Panzers. Atualmente, o maior representante local do esporte é o Joinville Gladiators, fundado em 2008. O time é resultado da união de alguns dos jogadores Arquivo Notícias do Dia

O Gladiators é a grande força estadual no futebol americano

O Basquete Joinville busca novos patrocinadores para 2014 das equipes antigas e jovens talentos garimpados na cidade. Segundo Romenito Siewert, um dos técnicos e dirigentes do grupo, o time do “Glads” conta hoje com cerca de 50 integrantes. A maioria dos atletas têm outras atividades: são bancários, empresários, médicos, entre outros. Nos seus quase cinco anos de história, o Gladiators já conquistou três vezes o campeonato catarinense de futebol americano (2009, 2010 e 2011). Em 2009, foi o 6º colocado do Torneio Touchdown, competição nacional paralela ao Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, sagrou-se campeão estadual do Torneio Bruiser Kick Off. Para 2013, a equipe aguarda a decisão sobre sua participação na versão brasileira da Liga de Futebol Americano (LFA), que deve começar sua primeira temporada no segundo semestre deste ano. Se o Joinville Gladiators for confirmado na LFA, continuará treinando e pertencendo à cidade, mas passará a jogar na capital paulista, onde está sendo montada uma estrutura para realização e transmissão das partidas.l

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Horizontes

Talentos promissores TRÊS ATLETAS QUE COMEÇARAM SUAS CARREIRAS EM JOINVILLE HOJE SE DESTACAM EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS NAS QUADRAS, NAS PISTAS E NOS ESTANDES DE TIRO Texto Lorena Trindade Fotos Fabrício Porto

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tênis corre nas veias de Gabriel Boscardin, 15 anos. A mãe, Carolina Boscardin, também fez carreira no esporte – treinou, inclusive, ao lado de Gustavo Kuerten – e foi a primeira professora do filho. Os passos iniciais no esporte foram aprendidos aos 3 anos, as competições vieram aos 8 e a partir dos 10, treinos todos os dias. O joinvilense faz parte da equipe de Ricardo Schlachter e treina no Joinville Tênis Clube. Para ele, o maior tenista de todos os tempos é Roger Federer. Mas ao lado do suíço não pode faltar Guga, até pela relação pessoal entre os dois. “A minha primeira raquete foi ele quem deu”, conta Gabriel. O sonho do garoto é jogar tênis profissionalmente e chegar a Roland Garros. Para isso, tem uma rotina diária de treinamentos. Em dezembro de 2012 foi campeão na categoria até 14 anos do 5º Casely International Championships e do The American Cup, ambos na Flórida, Estados Unidos. A lista não para por aí. Na mesma categoria, foi campeão Aos 15 anos, Gabriel é uma das promessas do tênis catarinense e treina com afinco para competir no circuito profissional JOINVILLE É


Talentos promissoresHorizontes

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estadual e brasileiro (simples e duplas); e campeão dos Joguinhos Escolares de Santa Catarina.

Uma paixão descoberta depois dos 30. Foi assim que o tiro esportivo deixou de ser hobby e passou a ser profissão para Rosane Ewald, 39 anos. Ela é de Blumenau, mas mora em Joinville há 15 anos, e atualmente é campeã brasileira em três modalidades: carabina ar, 40 tiros, 10 m, chumbinho; carabina 22 deitada, 50 m, estande aberto; e carabina três posições (deitada, de pé e de joelhos), 50 m, 60 tiros. Rosane compete com duas armas, uma pesa 5,5 kg e a outra 6,5 kg. Aos 31 anos, deixou a gerência financeira de uma multinacional para dedicar-se integralmente ao esporte. Hoje, orgulha-se de suas conquistas. Entre elas estão os recordes brasileiros nas Copas do Mundo no Rio em 2006 e no Maranhão em 2008. No mesmo ano, foi também bicampeã sul-americana na Argentina. Nos Jogos Panamericanos de Guadalajara, México, em 2011, ficou em décimo lugar na modalidade 3x20 (disputa nas três posições sem interrupção). O próximo alvo de Rosane? Participar das Olimpíadas do Rio e vencer uma prova. “Vou chegar lá”, garante a atiradora.

Campeã brasileira em três modalidades de tiro, Rosane prepara-se para os jogos do Rio em 2016

A atleta Tamiris de Liz, 17 anos, nem chegou à maioridade e já coleciona conquistas importantes. A maior delas é ter ido aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando ainda tinha 16 anos. A joinvilense, que começou no atletismo aos 10, foi convocada para ser reserva da equipe brasileira do revezamento 4x100m. Antes da capital britânica, participou do Cam-

Os bons resultados levaram Tamiris às Olimpíadas JOINVILLE É

peonato Mundial Júnior de Atletismo em Barcelona, Espanha, em julho do ano passado. Nesta competição, Tamiris conseguiu duas medalhas de bronze, uma nos 100m e outra na prova de revezamento 4x100m. Para 2013, a menina tem outro desafio: terminar o terceiro ano do ensino médio. “Quero fazer faculdade de educação física, mas ainda não sei se tentarei vestibular este ano”, diz. Tamiris tem propostas para treinar em São Paulo ou competir e estudar em uma universidade dos Estados Unidos. “Ainda estou decidindo, junto com minha família e minha técnica, o que é melhor para mim”, conta. De uma forma ou de outra, o objetivo da atleta é participar de sua segunda Olimpíada. “Dessa vez numa prova individual e com direito a pódio”, completa.l


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Almanaque

Um mundo

Um dos drinks s贸lidos do Poco Tapas: licor de laranja esferificado com Nutella em p贸

de sabores


Um mundo de saboresAlmanaque

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Uma das deliciosas invenções do chef Fábio Espinosa, do bistrô Mama Lu: camarões VG na manteiga de garrafa com fetuccini de palmito pupunha e velouté de moqueca de sororoca ao tucupi amazônico

A VARIEDADE GASTRONÔMICA DE JOINVILLE PODE SER APRECIADA EM RESTAURANTES ONDE A CULINÁRIA INTERNACIONAL SE MISTURA COM INGREDIENTES LOCAIS PARA SURPREENDER OS MAIS EXIGENTES PALADARES Texto Sandro Gomes Fotos Fabrício Porto

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onhecida por combinar as tradições dos imigrantes com a modernidade da indústria de ponta, Joinville tem uma variedade de restaurantes que não deixa nada a dever aos grandes centros gastronômicos do mundo. Na cidade é possível provar desde a comida típica germânica, com chucrute e joelho de porco, até a sofisticada gastronomia molecular, que inclui surpresas como o “Bafo de Dragão”, sobremesa à base de pipoca e nitrogênio líquido que faz quem a prova soltar fumaça pela boca e nariz, literalmente. “Quebra o gelo. Tem gente que vem aqui só pelo Bafo de Dragão. Chegam sérios, mas quando veem a fumaça soltam

aquela gargalhada”, diz a chef Débora Roberge, formada em Gastronomia pela Univille. É ela quem administra o exótico Poco Tapas, restaurante que aposta nas pequenas porções da gastronomia molecular para saciar todos os sentidos. Segundo o proprietário Fábio Mattos, chef há 18 anos, a proposta é promover uma “revolução criativa” nas receitas. Um exemplo é o inusitado croquete de jacaré no marshmallow de shoyu, apresentado no último Festival Gastronômico de Joinville, que envolveu diversos restaurantes locais entre janeiro e fevereiro deste ano. Outro sucesso da casa são os “drinks sólidos”, como a esfera de licor de laranja com Nutella em pó. Por proporcionar uma experiência sensorial JOINVILLE É

única, o Poco Tapas foi eleito em 2012 como um dos cinco “achados sensacionais” do Brasil por um guia turístico de circulação nacional. “Sensacional” é uma palavra que também harmoniza perfeitamente com o charmoso Bistrô Mama Lu. A elegância está nas toalhas de cem fios, no finíssimo cristal, no piano que toca sozinho e nas gravuras do artista plástico Juarez Machado. De tanta beleza e requinte, chega a assustar. Mas o chef e proprietário Fábio Espinosa garante: “É mais barato que muita choperia. Nosso prato mais caro custa R$ 47”. Em seus pratos, o chef valoriza ingredientes brasileiros, com ênfase para produtos de Santa Catarina. A paixão pelos


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Almanaque4Um mundo de sabores

sabores locais levou Espinosa a abrir a Semana de Gastronomia do Costa Esmeralda, em Itapema, palestrando sobre a sororoca, segundo ele um dos melhores peixes do litoral catarinense. Um dos pratos mais pedidos da casa é justamente uma combinação desta iguaria local com a tradição culinária do Norte do país: camarões VG na manteiga de garrafa, acompanhados por fetuccini de palmito pupunha e velouté de muqueca de sororoca ao tucupi amazônico.

Outra casa que aposta na alta gastronomia tem seu nome inspirado na abreviação para “Denominação de Origem Controlada”, termo usado para garantir a procedência de produtos regionais de diversas partes do mundo. Este é o espírito do D.O.C Cuccina e Co., que trabalha com pratos autorais e altamente elaborados. Tudo de acordo com os preceitos da slow food: comer devagar e bem, deixando de lado a correria do dia a dia. O restaurante participou do Festival Gastronômico de Joinville com um ceviche de camarão com pimenta e butiá. Além do ceviche, o proprietário Márcio Alexandre Zanini tem outra sugestão: o magret de canard com purê de beter-

O ceviche da camarões brancos com cebolas roxas e chips de banana da Mercearia Sophia

O filé mignon, preparado de dez formas diferentes, é o destaque do Veneza Cucina Italiana

O magret de canard com purê de beterraba, mistura cor e sabor no D.OC. Cuccina e Co.

raba e molho de tangerina. Um prato de inspiração francesa, sofisticado, saboroso e muito colorido. Segundo Zanini, este prato é o melhor exemplo da proposta de conciliar sabor e arte que ele quer imprimir na casa, que também valoriza artistas locais com exposição de pinturas e música ao vivo, normalmente às quartas e sextas-feiras, com violino, piano e violão. Mantendo o clima do velho continente, a Mercearia Sophia é uma excelente opção de bar e restaurante com um cardápio diferenciado. Durante sete anos esteve instalada no Mercado Público, onde JOINVILLE É

resgatava a gastronomia regional. Desde setembro de 2012 ganhou um novo endereço e uma nova proposta: servir comida tradicional espanhola. É também a única casa de Joinville que trabalha com vinhos espanhóis exclusivos, a exemplo do “Indígena”, feito com uva garnacha. Seu proprietário, Therence Mir, é filho do artista plástico Antônio Mir, espanhol radicado no Brasil que ainda mantém fortes vínculos com o mediterrâneo. “Preparamos a comida que eu comia na casa da minha avó”, diz o proprietário, no meio do salão principal, cercado por



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Almanaque4Um mundo de sabores

parreiras originárias da Espanha e quadros pintados pelo pai. No menu, além da tapa (aperitivo) do dia, há também versões de paella, pato com alcachofra, salada Madri com lascas de jamon serrano e nhoque gratinado de berbigão com talharim puxado no camarão e molho de manteiga. Entre as opções do cardápio, Therence destaca o ceviche de camarão branco com cebola roxa e pimenta vermelha, limão, coentro verde, sal agi e chips de banana. Muito mais do que oferecer delícias inspiradas na gastronomia do Norte da Itália, o Veneza Cucina Italiana é o restaurante preferido dos amantes em Joinville. Pedidos de casamento acontecem com frequência no espaço que remete à romântica cidade italiana. O carro-chefe do menu é o filé mignon, preparado em pelo menos dez formas diferentes. Uma das versões mais saborosas traz medalhões ao tabasco verde, com mel trufado e gergelim preto. Tudo preparado pela chef Lorraine Kamarowski, que durante sete anos trabalhou na Itália.

MAs UMA CIDADE COLONIZADA por alemães não podia deixar de lado as delícias típicas germânicas. O Biergarten carrega esta tradição com orgulho e os-

O Chucrute Garni do Sopp: ideal para provar um pouco de cada especialidade germânica tenta o título de melhor cozinha alemã de Santa Catarina. Desde 2001, celebridades como Ziraldo, Brito Junior, Débora Secco, Arnaldo Antunes e uma infinidade de famosos – inclusive Alex Atala, considerado o melhor chef do Brasil e um dos melhores do mundo – já saborearam os pratos da casa. O Biergarten prepara receitas tradicionais da culinária germânica, a exemplo do marreco recheado com repolho roxo e o goulash. Mas também é especializada nos sabores do mundo, como os do suculento carré de cordeiro grelhado na brasa, acompanhado de risoto de parmesão.

Além da comida típica, o Biergarten reserva surpresas como o carré de cordeiro com risoto JOINVILLE É

Seguindo a linha tradicional germânica, não podemos esquecer do Sopp e suas delícias. Fundado em 1986 por Carmem e Darci Köntopp, no começo a ideia era fazer apenas uma choperia e vender petiscos. Com o passar do tempo o movimento aumentou e hoje o Sopp tornou-se referência em comida típica. A dica para quem visita o restaurante é pedir o Chucrute Garni, um grande prato montado com kassler (bisteca de porco), einsbein (joelho de porco), além de salsichão vermelho e branco, acompanhados de chucrute e um purê de batata com maçã, cebola e linguiça frita. O churrasco também tem sua vez na gastronomia de Joinville. A proposta da Churrascaria Poial Tropeiro é resgatar o típico churrasco regional. No cardápio, diversos cortes temperados à maneira tradicional do Norte Catarinense ou apenas com sal grosso, grelhadas em churrasqueira com brasa de carvão. Além das carnes, a casa oferece outras opções como frango e peixes, com destaque para o galeto al primo canto e seus tradicionais acompanhamentos. A tematização da casa é baseada na história dos tropeiros, que com suas rotas de distribuição de mercadorias formaram as primeiras ligações interioranas entre comunidades distantes no Sul e Sudeste do Brasil.l



48 48 BEM VINDO X Programa

Almanaque4Um mundo de sabores

SUGESTÕES DE Restaurantes Se a intenção é comer bem, Joinville conta com uma infinidade de opções. São mais de 200 estabelecimentos filiados ao Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Joinville. Entre eles há restaurantes típicos, choperias, churrascarias, petisqueiras, casas especializadas em frutos do mar, comida chinesa, japonesa e até australiana.

8 Sopp – Abre de segunda a sábado, das 18 às 23 horas. Pratos variam de R$ 30 a R$ 50. Chucrute Garni a R$ 89 para duas pessoas. Bacalhau ao Sopp, R$ 152. Rua Marechal Deodoro, 640 – América. (47) 3422-3637.

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8 Bistrô Mamma Lu – Abre de segunda a domingo, das 19 às 23 horas. Menu Confiance: Quatro pratos por R$ 68 e seis pratos por R$ 89. Menu Sensorial: Nove pratos por R$ 130, servidos apenas se toda a mesa pedir. Rua Otto Boehm, 592 – América. (47) 3439-3050. 8 Veneza Cucina Italiana – Atende para jantar das 18 às 23h30. Às sextas-feiras e sábados fecha à meia-noite. Aos domingos abre apenas para almoço. Também oferece serviço de delivery. Rua Saí, 65 - Anita Garibaldi. (47) 34330443. www.venezacucinaitaliana.com.br.

8 Poial Tropeiro – Abre para almoço diariamente, das 12 às 14h30 e para o jantar de terça a sábado, das 19 às 23h30. O rodízio de galeto al primo canto custa R$ 29 por pessoa. Rua 15 de Novembro, 1903 – Glória. (47) 30291533. www.poialtropeiro.com.br 8 Biergarten – Atende todos os dias. Domingos apenas para almoço e segundas só à noite. De terça a sábado, atendimento das 11 da manhã a uma da madrugada. Durante o almoço também serve buffet com oito tipos de saladas, 14 pratos quentes, além de sequência de picanha, mignon, contra-filé e filé à parmeggiana com queijo coalho grelhado. R$ 46,90 livre. Rua Visconde de Taunay, 1183 – Atiradores. (47) 3423-3790 8 Mercearia Sophia – Abre de terça a sexta-feira, das 18 horas à meia-noite. E sábado das 11 às 17 horas é dia de comer paella. Sábados à noite, domingo e feriados, fecha para eventos. Para as crianças, cardápio kids. Imperdível o hambúrguer de picanha. Rua Aubé, 772 – Boa Vista. (47) 3028-2404 8 D.O.C. Cucina & Co – Funciona de segunda a sábado, das 19 às 23h30. Atende com reservas e fecha para eventos. Por R$ 70 é possível provar o menu degustação, com duas entradas, quatro pratos e uma sobremesa. Rua Visconde de Taunay, 146 – Centro. (47) 3025-3822. www. facebook.com/DocCucinaCo

8 Poco Tapas – Serve menu degustação com dez tapas (pequena porção) e uma sobremesa, por R$ 75. Prato por prato, todas as tapas são apresentadas pelo garçom. Atende de terça-feira a sábado, das 18h30 às 24 horas. Rua Piauí, 109 – Bucarein. (47) 9915-7145. www. pocotapas.com.br 8 Didge Steak House Pub – Comida australiana. Rua Visconde de Taunay, 368 – Centro. (47) 3028-7988. 8 Otto Café Bar – Boa música e comida de primeira. Rua Visconde de Taunay, 1186 – Atiradores. (47) 3439-2290. 8 Chimarrão Churrascaria – Um dos melhores churrascos de Joinville. Rua Visconde de Taunay, 343 – Centro. (47) 3027-7632. 8 Chico Mineiro – A típica comida de Minas. Rua Mário Lobo, 106 – Shopping Cidade das Flores. (47) 3422-2752. 8 Restaurante Pedrinni – Especializado em frutos do mar. Rua Padre Kolb, 1396 – Bucarein. (47) 3422-2945. 8 Zum Schlauch – Comida e diversão tipicamente germânicas. Rua Visconde de Taunay, 555 – Centro. (47) 3422-2909. 8 Rostih Haus Batataria – Especializada em batatas suíças. Rua General Valgas Neves, 389 – Anita Garibaldi. (47) 3025-7740.

A listagem completa com todos os restaurantes pode ser conferida em www.vivabemaqui.com.br

JOINVILLE É


Dê mais visibilidade para o seu balanço social. Seja nosso parceiro.

O Instituto RIC de Atitude Social foi criado pelo Grupo RIC para ser o seu braço nas ações sociais, ambientais e educacionais. Tem desenvolvido, desde sua fundação, uma série de projetos relevantes e conta com parceiros que buscam atuar de forma objetiva e com bons resultados sociais. Veja a seguir alguns dos projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento do Instituto RIC e se torne nosso parceiro dando mais visibilidade para as ações da sua empresa.

Respira Floripa, Respira Curitiba e Respira RIC.

Tenda “Pulmão” do Projeto Respira Feliz na Festa do Traba-

Trabalho de conscientização sobre as doenças pulmonares,

lhador (01/05)

seu diagnóstico e tratamento. O projeto teve grande divulgação

Durante a Expoville, os mais de 90 mil visitantes da Festa re-

em mídias.

ceberam informações sobre o funcionamento dos pulmões

Programa Respira Feliz. Campanhas realizadas nas ruas, voltadas para o público em geral. Saúde, Educação e Meio Ambiente. Programa Gerenciamento de Stresse. Programas de ginástica laboral, alimentação saudável e condicionamento físico para os funcionários do Grupo RIC.

e como protegê-lo das impurezas e substâncias a que nos expomos diariamente. Participação no Dia do Desafio (30/06) representando Joinville Evento mundial que tem como objetivo incentivar a prática esportiva. Durante a iniciativa, os colaboradores participaram de um aulão de dança e alongamento. Ações especiais no Dia Mundial sem Tabaco (31/05) e Dia

Programa de Combate ao Tabagismo.

Nacional de Combate ao Fumo (29/08)

Estendido a todos os colaboradores do Grupo RIC.

O local usado normalmente pelos colaboradores fumantes foi interditado durante todo o dia, uma intervenção lúdica, mas

Ações do Instituto RIC em Joinville em 2012

que serviu para reflexão e convite ao abandono do vício.

Comemorações pelo Dia Internacional da Mulher (08/03) Aulas especiais de Ginástica Laboral, na qual todas as funcionárias receberam flores. O dia representa a luta pela igualdade de direitos e liberdade.

institutoric.org.br facebook.com/instituto.ric


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Almanaque

Cerca de 12% dos deslocamentos diários no trânsito de Joinville são feitos de bicicleta, equanto a média brasileira é de apenas 1,75%

Cidade sobre duas rodas O HÁBITO DE ANDAR DE BICICLETA FAZ PARTE DA HISTÓRIA DE JOINVILLE, QUE CONTA COM UMA EXTENSA REDE DE CICLOVIAS E UM MUSEU DEDICADO EXCLUSIVAMENTE AO TEMA Texto e Fotos Leo Laps

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iberdade absoluta. É com um brilho no olhar que o jornalista Valter Fernandes Bustos lembra da primeira vez em que teve essa sensação. Aos seis anos de idade, em um domingo de outono no final da década de 1950, ele subiu em uma Caloi Fiorentina aro 24, sem rodinhas, e descobriu – para sua pró-

pria surpresa – que sabia pedalar. “Aí fui pela cidade, sem lenço e sem documento. Quando voltei para casa, já de noite, minha mãe chorava, me batia e me abraçava”, recorda o paulista residente há duas décadas em Joinville. Treze anos atrás, Bustos presenteou a cidade com a criação do Museu da Bicicleta, único em todo o continente. Depois de um período de

JOINVILLE É


Cidade sobre duas rodas Almanaque

portas fechadas, o museu reabre este ano, exatamente no dia do aniversário da cidade, 9 de março. Como coordenador da Estação da Memória, complexo cultural onde se localiza o museu, o jornalista diz não ter dúvida alguma: Joinville ainda merece ser chamada de “Cidade das Bicicletas”. O título foi recebido com honras em 1950, quando o município contabilizava uma bicicleta para cada dois habitantes. A proporção se mantém até hoje, mas agora as magrelas dividem as ruas com um número cada vez maior de automóveis. “Mas você ainda vê muita gente pedalando aqui, principalmente para ir trabalhar”, acrescenta Bustos. “Há também grupos que se reúnem para passeios e a criação de mais ciclovias é uma reinvindicação constante da comunidade”, completa. Atualmente, a cidade de meio milhão de habitantes conta com 115 quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas. O plano do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj) é construir mais 215 quilômetros delas nos próximos anos, além de desenvolver soluções como construir bicicletários seguros com vigilância eletrônica nos terminais de ônibus, implantar estações para aluguel de bicicletas e criar uma área no Centro onde os carros circulem a uma velocidade máxima de 30 km/h, compartilhando as ruas com os ciclistas. “A geografia da cidade, sem muitos morros, facilita muito o uso da bicicleta”, explica o gerente de mobilidade do órgão municipal, Gilson Perozin. “E com a frota de veículos aumentando e tornando o trânsito cada vez mais lento, as bicicletas continuam sendo uma opção econômica e prática para se locomover entre a casa e o trabalho”. Segundo pesquisa feita em 2010, quase 12% dos deslocamentos diários em Joinville

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Valter Bustos é o fundador do Museu da Bicicleta de Joinville, único do gênero nas Américas

Criado há 13 anos, o museu volta a abrir suas portas aos visitantes a partir do dia 9 de março são feitos pedalando – muito acima da média nacional de 1,75%.

Segundo, perozin, os joinvilenses estão mais conscientes de que é necessário investir em um sistema cicloviário adequado e seguro. “‘Para construir as vias cicláveis, tiramos lugar dos carros e acabamos com vagas de estacionamentos. É polêmico, principalmente entre os comerciantes, mas hoje em dia os próprios moradores exigem mais ciclovias”, atesta Perozin, que conta com a parJOINVILLE É

ceria do Movimento Pedala Joinville – criado há seis anos com o objetivo de divulgar e resgatar o uso da bicicleta no município – para informar a população. “Nosso objetivo é que, em dez anos, os deslocamentos diários de bicicleta em Joinville cheguem a 20%”, afirma o presidente do movimento, Laércio Batista Jr., que pedala diariamente para ir trabalhar em sua farmácia no Centro da cidade. Para ele, foi da indústria local que nasceu essa cultura das bicicletas. “Quando


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Almanaque4Cidade sobre duas rodas

Na saída de fábrica da Fundição Tupy, uma tradição de Joinville: trabalhadores da indústria usando a bicicleta para ir e voltar do trabalho Joinville ganhou o título de Cidade das Bicicletas, a saída de fábrica da Fundição Tupy, no bairro Boa Vista, tomava a rua toda, e até hoje a grande maioria dos funcionários usa a bicicleta para ir ao trabalho”, conta o farmacêutico. Para manter e intensificar este hábito, inclusive entre os mais jovens, o Pedala Joinville faz campanhas e palestras nas escolas da cidade. “É difícil mudar os hábitos dos adultos. Não somos radicais contra os automóveis, mas precisamos refletir se estamos utilizando-os de maneira racional. É algo que vem sendo pensado nas cidades do mundo todo”, argumenta. Assim como Batista, o criador do Museu da Bicicleta não poderia deixar de ser um militante do uso desse meio de transporte. Bustos pedala para ir trabalhar, escreve artigos mensais para uma revista especializada e trata cada peça do acervo do museu com extremo cuidado: todas as bicicletas expostas, mesmo aquelas construídas há décadas, recebem manutenção constante e estão sem-

pre prontas para serem pedaladas. Entre os maiores tesouros, o jornalista aponta uma bicicleta Peugeot Tour de France 1947 vermelha, com aros tubulares de madeira, ou então as peças únicas criadas pelo artista Israel Nicolau a partir de materiais recicláveis. Há também um riquixá

trazido da Índia, bicicletas e triciclos de todos os formatos e para todas as idades, além de peças, placas, quadros e pôsteres relacionados ao mundo do pedal. E uma Caloi Fiorentina, bem parecida com aquela que tornou mágico aquele domingo do final da década de 1950, também está lá, entre as valiosas peças do museu mais visitado de Joinville.

Museu da Bicicleta Anexo à Estação da Memória (antiga estação ferroviária da cidade): Rua Leite Ribeiro, s/n – Bairro Anita Garibaldi – (47) 3422-5222 / 3455-0372. www.museudabicicleta.com.br

Grupos de pedalada

Perozin: população exige que o município invista em um sistema cicloviário adequado JOINVILLE É

No site do Movimento Pedala Joinville, há uma sessão com telefones de contato de vários grupos para praticar. O endereço também oferece classificados e um serviço para monitorar o estado das vias cicláveis, além de dicas de livros e outras informações. sites.google.com/site/movimentopedalajoinville/ l


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Stammhaus Café

Em julho de 2010 inaugurava, no Mercado Municipal de Joinville, o Stammhaus Café. Com um toque de jovialidade, requinte e sem perder a tradição que o público aprecia. Inicialmente com petiscos e uma boa carta de cervejas, logo o cardápio se expandiu e a casa cresceu, sendo reconhecida pelo saboroso almoço com os ingredientes típicos do próprio mercado. Oferecendo também happy hours no final da tarde. Mas, talvez a maior mudança que a casa trouxe foi a ampliação e consolidação das apresentações artísticas na varanda em frente a praça Hercílio Luz. Onde aos sábados são embalados pelos mais variados ritmos, tocados por bandas da cidade, para um público cada vez maior. Hoje esta praça é destaque em eventos e denominada por quem passa como o espaço mais democrático de Joinville. www.stammhaus.com.br / (047) 3026-3898.

Argamassa

Euromax

Conservatório Belas Artes O Conservatório Belas Artes iniciou 2013 realizando um sonho e trazendo mais uma opção para a cultura joinvilense. A escola começou a construção da nova sede, que contará com cinco andares, salas preparadas acusticamente e climatizadas, auditório, cantina, estúdio de gravação... Reconhecido em Joinville e região, o Belas Artes disponibiliza cursos profissionalizantes nas áreas de música, teatro e artes visuais. Outra novidade deste ano foi a abertura do curso técnico em canto, com um sistema de ensino dinâmico, com metodologia específica da escola, tudo organizado por pedagogos e musicistas graduados e pós-graduados. Incorpore a arte em sua vida! Venha conhecer o Conservatório Belas Artes, na Rua Aubé, 427, Centro. Telefone: (47) 3026-1816.

Euromax, empresa do segmento de argamassas e rejuntes, fabricante de argamassas colantes, rejuntamento cimentício, rejuntamento epóxi, reboco, contrapiso, linha completa de argamassas. Destaca a argamassa autofugante, para pastilhas de vidro, que utiliza o moderno conceito de colar e rejuntar simultaneamente. Produzida em 14 cores básicas, do mostruário e mais de 100 sob encomenda. Com consumo aproximado de 4kg/m² – Forma juntamente com as pastilhas de vidro, um acabamento que é tendência na atualidade, trabalhando o conceito de exclusividade. www.argamassaseuromax.com 0800-645-7888

Confiabilidade

em sistemas

contra incêndio

A ACR é uma empresa genuinamente Joinvillense, especializada em segurança e proteção contra incêndio, fundada em 2001, com 12 anos de experiência, atendendo todas as regiões do Brasil. A ACR conta com uma equipe técnica especializada, com formação e vivência adequadas para diagnosticar e propor as melhores soluções para o seu projeto ou negócio. Além disso, possui uma equipe especializada e ca-

pacitada entre engenheiros e técnicos, com efetiva experiência em sistemas integrados contra incêndio bem como treinamentos, fornecendo produtos de alta tecnologia e eficiência comprovada. Rui Barbosa, 721 – Jlle/SC – (47) 3435-4310 – orcamento@ acrincendio.com.br. Parabenizamos Joinville pelos seus 162 anos de história, desenvolvimento e Beleza.


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Almanaque4Um olhar pioneiro

Título: Flor Técnica: óleo/ lienzo Tamanho: 89x113cm Local: Múrcia, Espanha

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Almanaque

Um olhar pioneiro ANTONIO MIR NASCEU NA ESPANHA, MAS FOI EM JOINVILLE QUE DEU OS PRIMEIROS PASSOS DE SUA CARREIRA COMO PINTOR E AJUDOU A FOMENTAR O MERCADO DE ARTES PLÁSTICAS LOCAL Texto Rosana Rosar

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omecei em 1966, na minha primeira exposição individual, em Curitiba, e não parei mais. A frase do artista plástico espanhol Antonio Mir, 63 anos, remonta ao início da carreira que só parou mesmo em 2008, ainda que temporariamente, por causa de uma diverticulite (perfuração dos intestinos) que o deixou 58 dias na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Dona Helena. Ele chegou ao Brasil aos oito anos de idade, vindo de Lorca, no sudeste da Espanha. Em 1968 ajudou a criar a Coletiva de Artistas de Joinville, evento pioneiro das artes plásticas na cidade, que este ano chega à sua 43ª edição. A exuberância da cor em suas pinturas, que retratam peixes, barcos, flores, ciclistas e paisagens, fizeram o artista ser reconhecido na Europa a partir dos anos 1990. Em Puerto Del Mazarron, localidade do município de Mazarron, na Espanha, Mir mantém uma casa e um ateliê para onde planeja retornar. “Morei lá de 1992 até vir passar férias no Brasil em 2008 e ficar doente. Estou esperando me recuperar para voltar”, conta. “Quero fazer o circuito europeu de novo”. Atualmente, Mir trata problemas de saúde, como a dificuldade para caminhar, no JAE Residencial e Pousada, em São Francisco do Sul. Isso não o impede de planejar uma nova exposição de gravuras. Com mais de 200 imagens catalogadas digitalmente para venda ele procura um local para voltar a mostrar suas obras. A arte, segundo Antonio Mir, foi um diferencial em sua vida desde a infância. Ele

lembra que quando chegou ao Brasil era bem diferente dos meninos joinvilenses. “Mas percebi que o desenho era uma potencialidade que eu tinha. Desenhava muitos mapas nas aulas de geografia, moinhos, trens... Desenhava no caderno das meninas”, recorda.

Em 1966, Mir se mudou para Curitiba e foi aluno ouvinte da Escola de Belas Artes. Foi o começo de uma carreira de destaque nacional. “Ganhei vários prêmios. Entre eles destaco a Bienal Internacional de São Paulo, em 1973, e o Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna (MAM/ SP), em 1975. Também criei em Joinville a coletiva de artistas mais tradicional e antiga no Brasil”, detalha. Décadas depois de se juntar a nomes como Nilson Delai e Hamilton Machado para criar o grupo considerado pioneiro nas artes plásticas de Joinville, Mir ainda guarda na memória todos os detalhes da primeira exposição. Depois de pedir ao então prefeito Harald Karmann um espaço para expor, o artista abordou o governador Ivo Silveira no hall do Hotel Colon, no Centro. “Eu estava cuidando da exposição numa sala do antigo correio e vi uma movimentação impressionante. Pedi para o governador que viesse ver as obras”, conta. “Ele gostou muito, cumprimentou o Doutor Karmann e pediu para que a coletiva fosse feita todos os anos como parte do calendário de comemorações da cidade”, orgulha-se. Cidadão honorário de São Francisco do Sul, homenageado pela Câmara de Verea-

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Almanaque4Um olhar pioneiro

A tela Marina, na técnica óleo/lienzo, característica do artista, mede 116x89cm e é uma das obras de Antonio Mir expostas em Joinville rias aqui. Lá é mais fácil do que no Brasil. As obras circulam e existe um mercado melhor para as artes”, compara. Mas o artista ainda aposta no mercado nacional. Ele conta que já foi procurado por empresas como a Tigre, que comprou algumas de suas gravuras digitalizadas

para presentear os funcionários. “É o trabalho ideal para uma empresa dar de presente. São obras de arte de qualidade a custo razoável”, avalia. Quem quiser adquirir as gravuras deve entrar em contato com o filho do artista, Therence Mir pelo telefone (47) 9141-1211.l Fabrício Porto

dores de Joinville e possuidor das medalhas Anita Garibaldi, entregue pelo Governo do Estado, e do mérito civil, entregue pela Casa Rainha Isabel, na Espanha, Mir diz que não pode reclamar de falta de reconhecimento. “Através de mim muita gente começou a comprar arte e Joinville tornou-se a capital cultural do Estado nos anos 1970 e 1980. Sempre fui reconhecido, mas acho que a política cultural precisa ser feita de forma diferente”, avalia. Crítico do fechamento de espaços como o Museu de Arte de Joinville (MAJ) por falta de manutenção, o artista sugere que se estabeleçam parcerias para viabilizar as reformas. “Eu acho uma verdadeira falta de amor e de respeito à cultura os museus estarem fechados. Será que ninguém tem criatividade para resolver isso?”, questiona. De 1992 até 2008, Antonio Mir dividiu seu tempo entre a Europa e o Brasil e expôs suas obras em Paris, Barcelona, Londres, Milão, Berlin, e em outras cidades do circuito europeu. “Eu passava o ano lá e vinha passar dois meses de fé-

Mir continua apostando no mercado brasileiro mas espera retornar à Espanha em breve JOINVILLE É



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Almanaque4Sonhos na ponta dos pés

Vindos de todas as partes do Brasil, os integrantes da Companhia Jovem enfrentam as saudades da família para se dedicarem à dança em Joinville


Almanaque

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Sonhos na ponta dos pés Há quatro anos na Companhia Jovem, a joinvilense Karine de Matos ensaia para sua segunda turnê na Rússia com o colega Diego da Cunha

INSPIRADOS PELOS COLEGAS QUE HOJE ATUAM NO EXTERIOR, OS JOVENS INTEGRANTES DA COMPANHIA DE BALÉ BOLSHOI NÃO MEDEM ESFORÇOS PARA APERFEIÇOAR SUA ARTE Texto e Fotos Leo Laps

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um futuro que começa cedo, muito cedo. Que exige disciplina, foco e muita força de vontade. Mas também é um futuro que contempla uma vida voltada para as artes e a oportunidade de conhecer o mundo. Fundada há 13 anos, a Escola do Teatro Bolshoi de Joinville é a única extensão da conceituada companhia de balé fora da Rússia. Na cidade do Festival de Dança, cerca de 350 crianças de todo o Brasil estudam hoje em um complexo de 6 mil metros quadrados, anexo ao Centreventos Cau Hansen. Quando formados, depois de até oito anos de estudos, alguns passam a fazer parte da Companhia Jovem, formada pelos melhores talentos da escola.

A maioria começa a estudar a arte da dança ainda criança. Muitas deixam suas famílias para viver em uma Casa Social, com outros pequenos bailarinos. Selecionados em grandes audições realizadas anualmente em escolas de todo o país, eles buscam realizar sonhos como o de Luzemberg Santana, de João Pessoa, selecionado aos nove anos de idade para estudar no Bolshoi. Depois de dez anos dedicados à dança, o jovem de 19 anos foi contratado em 2012 para fazer parte da Royal Winnipeg Ballet, a mais tradicional companhia do Canadá. “Não foi fácil crescer longe da família, passar o Dia das Mães longe de casa. Essas foram as coisas mais difíceis para mim”, relembra Luzemberg, que só passou a acreditar mesmo

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Almanaque4Sonhos na ponta dos pés

em seu potencial quando entrou para a Companhia Jovem. A acreana Stephanine Ricciardi é outro exemplo de talento revelado pela Escola Bolshoi que hoje se apresenta em palcos internacionais. Ela já atuou pela Companhia Salzburger Landestheather, da Áustria, e hoje mora na Alemanha, onde dança pelo Teatro Dortmund. A bailarina inspira muitos jovens por ter começado a dançar tarde para os padrões da profissão. Stephanine se apaixonou pelo balé aos 13 anos, e chegou ao Bolshoi com quase 16. “Mas sempre ouvi dos meus professores que, se eu me esforçasse todos os dias, poderia recuperar este tempo perdido. Tive de me virar do avesso para conseguir a técnica necessária para minha idade”, recorda a bailarina. “Hoje, vejo que tudo que conquistei foi devido à Escola Bolshoi. Acho que não poderia ter acontecido nada melhor na minha vida”.

ENTRE OS ATUAIS INTEGRANTES da Companhia, o paulista Edgar Oliveira, 19 anos, e o carioca Davi do Nascimento Lopes, 18, também chegaram a Joinville depois da idade considerada ideal para entrar no Bolshoi. O primeiro quase trilhou outro caminho, o da ginástica olímpica. Aos 15 anos, um professor o convenceu de que seu dom estava na dança. “Hoje estou na companhia que considero a melhor do Brasil, pela estrutura, pelo método, e pelos professores. É uma experiência única”, conta Edgar. “O diferencial desta escola é a formação completa: aprendemos não apenas balé, mas teoria da arte, piano e artes cênicas”, complementa Davi, que chegou ao Bolshoi aos 14 anos. Outra que veio de longe para integrar a companhia foi a piauiense Caroline Machado, 19 anos. Ela precisou insistir muito para que seu pai deixasse a filha caçula se mudar para Join-

Edgar (em pé) e David destacam a formação completa que receberam na Escola Bolshoi ville aos 11 anos. “Quando tinha nove anos, vi uma apresentação do Bolshoi num campo de futebol de Teresina e me apaixonei. Mas na minha cidade não haviam boas escolas de dança, ou então elas logo fechavam”, conta. Dois anos depois, Caroline entrava pela primeira vez na escola joinvilense, sentindo ao mesmo tempo medo e per-

A piauiense Caroline (esq.) e a catarinense Carolina sonham com palcos internacionais JOINVILLE É

plexidade. Foi quando se deu conta de que iria passar muito tempo longe da mãe e do pai. “Mas sempre digo que não escolhi o balé, foi ele que me escolheu. Não sei se poderia viver, hoje, sem a dança”, afirma a bailarina. Jovens da própria cidade de Joinville também encontram na Escola Bolshoi uma oportunidade de desenvolver seu talento na dança. Há quatro anos na Companhia Jovem, Karine de Matos foi selecionada quando tinha apenas oito anos, em uma das primeiras audições da instituição. Hoje ela é uma das bailarinas de maior destaque da companhia e está se preparando para uma segunda turnê na Rússia com o colega Diego da Cunha. Já a blumenauense Carolina Sches, que também vive com a família na cidade, acaba de se formar e entrar para a Companhia. Desde os nove anos na Escola Bolshoi, ela demorou alguns anos para se apaixonar de vez pelo mundo do balé. “Quando tinha 13, 14 anos, comecei a me inspirar em grandes bailarinas, a estudar e treinar com mais afinco”, conta. Hoje, o sonho de Carolina e de seus colegas de Companhia é seguir o mesmo rumo de bailarinos como Luzemberg Santana e Stephanine Ricciardi, se apresentando nos grandes palcos da Europa e da América do Norte. “Lá fora, o balé tem a mesma fama do cinema, há um grande reconhecimento”, conta Carolina. A Companhia Jovem foi fundada em 2008 e faz turnês por todo o país representando a Escola Bolshoi de Joinville. Nos dias 14 e 15 de março, os joinvilenses terão mais uma chance de apreciar o talento dos bailarinos da cidade em uma apresentação de gala que celebra o aniversário de 13 anos da instituição no Brasil. As apresentações acontecerão no Teatro Juarez Machado (Avenida José Vieira, 147, América) e os ingressos custam R$ 20 (inteira) ou R$ 10 (meia). l



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Mazzon

Móveis

A Mazzon Móveis é sinônimo de beleza, conforto e qualidade. Oferece aos seus clientes produtos exclusivos, que variam do estilo clássico ao comtemporâneo. Em nossa loja você encontra uma ampla linha de quartos, salas, cozinhas e sofás em couro. Tudo em madeira nobre, em diversos acabamentos e com uma vasta gama de tecidos. Faça-nos uma visita e confira nossos preços e condições de pagamento facilitado. Av. Getúlio Vargas, nº 389, Bucarein – Joinville/SC. (47) 3028-2545.

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Almanaque4Soltando a voz na telinha

Jornalista formada pela Univali, Evelise estreou na frente das câmeras em 2011 jå como apresentadora


Almanaque

Soltando a voz na telinha DONA DE UMA VOZ GRAVE E MARCANTE, A JOVEM EVELISE BREMEN COMEÇOU CEDO NO RÁDIO E HOJE APRESENTA O PROGRAMA VER MAIS NA RIC RECORD Texto Rosana Rosar Foto Fabrício Porto

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os programas amadores de rádio registrados em fita cassete quando ainda era criança até tornar-se apresentadora na RIC Record, a jornalista Evelise Laís Bremen, 25 anos, sempre apostou no poder de sua voz. Decidida desde muito cedo a ser apresentadora e com o apoio incondicional da família, Evelise estreou em uma rádio gospel quando tinha apenas 13 anos. Ao lado do irmão Cleber Tiago Brenem, na época com 17 anos, ela apresentava um programa e interagia com os ouvintes que pediam músicas todas as sextas, das 23h30 até a meia-noite. De lá para cá, Evelise foi acumulando experiências e hoje pode ser vista na TV de segunda a sexta, das 14h às 14h35, à frente do programa Ver Mais. Apresentar um programa de televisão, segundo a jornalista formada em 2012 pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), foi um sonho concretizado assim que chegou à RIC Record. Antes de 25 de março de 2011, dia em que estreou no Ver Mais, Evelise já tinha atuado como radialista em emissoras de rádio gospel, comercial e popular em Joinville, mas

nunca tinha estado diante das câmeras profissionalmente. “Sempre tive o sonho de ser apresentadora de TV, mas eu queria pular a parte de ser repórter, porque é um trabalho muito duro. Hoje eu faço reportagem, mas é diferente. Cheguei aqui já como apresentadora, do jeito que eu queria”, comemora. A vontade de trilhar esse caminho surgiu quando Evelise tinha apenas sete anos de idade. “Eu gravava programinhas com as amigas, meu pai revisava e dizia o que tinha que melhorar. E sempre falavam da minha voz. Diziam que eu podia ser radialista por ter a voz grave”, relembra. Hoje, a rotina profissional de Evelise começa às 9h, no salão de beleza. Às 10h30, ela chega no estúdio para começar o trabalho com a produtora e repórter Dani Lando, analisa jornais e e-mails. Às 13h vai para o camarim retocar a maquiagem e trocar de roupa. Depois disso, apresenta a revista eletrônica que incorpora moda, gastronomia, saúde, artesanato e outros temas ao dia a dia dos telespectadores locais. Para a cidade onde nasceu Evelise só tem elogios. “Adoro Joinville. Nasci e vivi aqui minha vida toda; e não pretendo sair”.l

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