Câncer de vias biliares O câncer das vias biliares é raro e resulta do crescimento de um tumor nos canais que conduzem a bile produzida no fígado para a vesícula biliar. A bile é um líquido importante na digestão, pois ajuda a dissolver as gorduras ingeridas nas refeições. O câncer das vias biliares é mais comum entre os 60 e 70 anos e pode-se localizar dentro ou fora do fígado, na vesícula biliar ou na ampola de Vater, uma estrutura que resulta da união do ducto pancreático com o ducto biliar. O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma (>90% dos casos). Esse câncer é difícil de ser detectado nos estágios iniciais, sendo que os sintomas apresentados por ele normalmente estão associados a obstruções nas vias biliares, que acontecem quando a doença já está um pouco mais avançada. Os sintomas de câncer de vias biliares podem incluir: • icterícia (pele e olhos amarelados) • coceira • dor abdominal • febre • perda de peso • perda de apetite • fraqueza • urina escurecida • fezes esbranquiçadas • náuseas e vômitos As causas do câncer de vias biliares podem ser: colelitíase (pedra na vesícula), pólipos na vesícula, tabagismo, inflamações das vias biliares (doença autoimune), obesidade, exposição a substâncias tóxicas e infecção por parasitas.
Quanto ao diagnóstico, a maior parte dos tumores das vias biliares é diagnosticada em fase avançada, quando surgem os sintomas. A partir da suspeita clinica são solicitados exames de imagem (tomografia/ ressonância de abdome/ colangiorressonância) que permitem a visualização da lesão suspeita e estadiamento da doença. A biópsia confirmatória é essencial para o diagnóstico definitivo. Com base no tamanho do tumor, eventual existência de gânglios linfáticos acometidos (linfonodos) e presença de metástases (quando o câncer já espalhou para outras partes do corpo), o médico avaliará o estágio da doença. Esse processo, chamado de
estadiamento, é importante para orientar a estratégia de tratamento. Tratamento: a cirurgia constitui a principal modalidade de tratamento, com intuito curativo, quando a doença é considerada localizada e ressecável. Em caso de doença irressecável cirurgicamente, pode ser discutida a necessidade de algum procedimento cirúrgico paliativo para desobstrução das vias biliares. A quimioterapia pode ser indicada para complementar o tratamento cirúrgico ou com intuito paliativo. Dependendo das condições de saúde do paciente, muitas vezes a melhor alternativa é o suporte clínico exclusivo/ cuidados paliativos.
DR. RIVADÁVIO ANTUNES MENACHO DE OLIVEIRA CRM/PR 37975 | RQE 22209 | Oncologia Clínica CURRÍCULO • Graduado em Medicina pela Universidade de Marília (UNIMAR); • Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade de Caxias do Sul (UCS); • Mestrado Profissional em Terapia Intensiva pelo IBRATI – Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva; • Residência Médica em Oncologia Clínica pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre; • Preceptor da Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital do Câncer de Londrina.
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Revista Saúde | Junho . 2021 | rsaude.com.br
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