Caro leitor,
É com felicidade que anunciamos o lançamento da primeira edição da nossa querida liame. Depois de muito trabalho, foi possível dar início a este projeto tão lindo e, esperamos, impactante para a vida de tantos pais e mães que existem em nosso país.
Nesta edição inaugural, buscamos apresentar temas relacionados à composição das famílias no Brasil, a experiência da criação sendo um pai solo, assim como alguns dos seus principais desafios, o ensino e a importância da diversidade aos filhos e os aspectos ligados ao equilíbrio do tempo ligado ao uso de telas pelos pequenos.
Além disso, tivemos a honra de contar com a participação de nosso time de colunistas Alexandre Coimbra Amaral, Ana Jannuzzi e Camila Antures, que tiveram seus textos ilustrados pelo talentoso artista coreano Kim Jam, trazendo obras enriquecedoras para os textos.
Já nas seções, além de artigos ligados ao drama da adoção no Brasil, com dados muito interessantes sobre o tema, trouxemos recomendações de lugares e exposições muito interessantes para levar os filhos para conhecer e aproveitar o tempo em família para relaxar.
Por fim, no eixo para crianças, desenvolvemos atividades interativas dos mais variados tipos para que a liame também possa ser aproveitada por elas, trazendo novas formas de promover entrenimento para ambos os públicos no mesmo lugar!
Com carinho, liame.
ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing
Graduação em Design
dsg3b 2024.1
Projeto III
Marise de Chirico
Cor, Percepção e Tendências
Paula Csillag
Infografia e Visualização de Dados
Marcelo Pliger
Ergonomia
Matheus Passaro
Carolina Bustos
Finanças Aplicadas ao Mercado
Alexandre Ripamonti
Marketing Estratégico
Leonardo Aureliano
Produção Gráfica / Materiais e Processo
Mara Martha
O que nós buscamos?
A liame busca auxiliar pais ou responsáveis de primeira viagem que procuram apoio e orientação na jornada da criação e educação de seus filhos. Reconhecendo os desafios únicos e as incertezas que acompanham essa fase tão importante da vida, a missão da liame é fornecer um ambiente acolhedor e acessível, em que os pais possam encontrar respostas para sua dúvidas e preocupações. Garantindo um conhecimento acerca da educação positiva, entendendo que o desenvolvimento saudável das crianças depende não apenas de disciplina, mas também de conexão emocional, respeito mútuo e comunicação eficaz. Nossa abordagem é leve e encorajadora, sem discriminação, reconhecendo que ser pai ou mãe pode ser desafiador, mas também uma experiência recompensadora.
Nossa equipe
Fefe Gabi Gustavo Lucas Luz Madu RafaColaboradores
Alexandre Coimbra Amaral
Terapeuta familiar, de casais e de grupos. É mestre em psicologia pela puc Chile e palestrante em empresas, escolas e instituições de saúdes por todo o Brasil. Atua como psicólogo do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e é autor do best seller “Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise”. Dentre seus temas de palestra estão: comunicação e colaboração em situações de conflito, saúde mental, transições da vida profissional, familiar e conjugal.
Ana Bárbara Jannuzzi
Médica pela ufrj e pós-graduada em Pediatria e em Sono na Infância e Adolescência. É autora do best seller “O ano de ouro”, um guia para orientar mães no primeiro ano de vida do bebê. Desenvolveu cursos voltados para a gestação e o parto, os cuidados com os filhos e sobre o amadurecimento deles, que já impactaram mais de 20 mil famílias pelo Brasil. Idealizadora do programa de Capacitação Profissional em Sono e Rotina em parceria com a Faculdade de Brasília.
Camila Antunes
Médica pela ufrj e pós-graduada em Pediatria e em Sono na Infância e Adolescência. É autora do best seller “O ano de ouro”, um guia para orientar mães no primeiro ano de vida do bebê. Desenvolveu cursos voltados para a gestação e o parto, os cuidados com os filhos e sobre o amadurecimento deles, que já impactaram mais de 20 mil famílias. É também idealizadora do programa de Capacitação Profissional em Sono e Rotina em parceria com a Faculdade de Brasília.
Kim Jam
Ilustradora da Coreia do Sul. Conhecida pelo seu estilo artístico baseado em cores chapadas, a artista possui um amplo portfólio de trabalhos colaborativos para grandes marcas de muitos setores como Samsung, lg, Adidas e muitas outras. Além de ilustrações, atua produzindo estampas para o vestuário feminino e também para animais de estimação, fachadas de eventos ou para espaços públicos, além de materiais impressos e embalagens.
Seções
8 educadores que nos fazem refletir sobre a educação no brasil
Os 20 melhores buffets infantis de São Paulo
8 passos para melhorar o românce após ter filhos
Mães compartilham experiências com educação positiva
Hot Wheels City Experiênce chega ao Ibirapuera em março
Conheça as fases do trabalho de parto e o que esperar delas
Como a ioga pode ajudar no preparo para o parto
Conheça 3 livros que falam de parentalidade
7 passeios em família incríveis para fazer em São Paulo
10 perguntas que você deve fazer para criar filhos felizes
Autocuidado é um dos maiores desafios da maternidade
Burocracia é determinante na adoção no Brasil
Adoção no Brasil: o drama entre jovens e família
Colunas
Por que evitar frases autoritárias na educação dos filhos?
Médica pondera, ser mãe exige fazer uma
pausa para si mesma
Ser mãe dá trabalho… em todos os sentidos: desafios e recompensas
Para crianças
O Patinho Cinza: em busca de aceitação
Vamos colorir O Patinho Cinza?
Cinderelo: o sapato de cristal e o príncipe
Vamos colorir o Cinderelo e as Fadas
7 curiosidades sobre o espaço para as crianças
Vamos aprender a fazer uma peteca?
Vamos aprender e jogar o tabeuleiro Mancala
Jogo dos 7 erros
Os melhores desenhos animados de 2024
Vamos conhecer alguns dos mascotes
Diversidade
20
Como explicar aos pequenos e o que conversar com eles?
Entrevista
30
O que aprendi ao virar pai solo e a relação do bem-estar feminino
Educação positiva
44
Saiba o que é e como colocá-la em prática com as crianças
58
Conheça os mitos e riscos por trás desta exposição
Tecnologia
8 educadores que nos fazem refletir sobre a educação no Brasil
Para celebrar o Dia Nacional da Educação, comemorado em 28 de abril, reunimos em uma lista especial as trajetórias de 8 educadores brasileiros
Macaé Evaristo
Professora da rede municipal escolar de Belo Horizonte começando aos 19 anos, Macaé Evaristo foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária municipal de educação em Belo Horizonte (em 2009) e também de secretária estadual de educação de Minas Gerais (em 2015).
Nascida em São Gonçalo do Pará, no interior de Minas Gerais, inspirou-se em sua própria mãe e família ao optar pela carreira docente. A mineira é, desde então, uma referência nacional e internacional no debate sobre inclusão e diversidade na educação, e hoje exerce o mandato de deputada estadual.
Paulo Freire
Nascido no estado do Recife (PE), Paulo Freire (1921-1997) é considerado – fora o Patrono da Educação Brasileira – um dos pensadores mais relevantes na história da pedagogia em todo o mundo, tendo influenciado diretamente o movimento da pedagogia crítica. No início de sua carreira como pedagogo, ele criou um método de alfabetização que, de tão eficaz, foi adotado pelo governo brasileiro em 1964, através do Plano Nacional de Alfabetização. Porém, o golpe militar de 1964 suspendeu a ideia. A ditadura, no entanto, não foi suficiente para impedir a disseminação de seus ideais populares e libertários.
Pensador e professor Deputada e professora
Antropólogo, sociólogo, professor, escritor, indigenista e político. Darcy Ribeiro (19221997) foi tudo isso e mais um pouco, tanto que hoje é considerado um dos grandes defensores da educação pública e de qualidade, tornando-se uma referência em políticas públicas educacionais , sendo até Ministro.
Formado antropólogo, reconhecido como folclorista e autodefinido como educador popular. Esse é o Sebastião Rocha, mais conhecido como Tião Rocha. O mineiro de Belo Horizonte, nascido em 1948, é dono de uma das personalidades mais peculiares do universo da educação brasileira. Ferrenho defensor de territórios educativos, ele costuma dizer que um dos principais equívocos da sociedade foi delimitar a escola como um espaço da educação. Em 1984, Tião acabou fundando o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), instituição de aprendizagem sem fins lucrativos.
Educador e folclorista
Cientista social e pesquisador em educação, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (ufmg), Miguel Arroyo, é um dos maiores defensores da educação integral na política educacionai brasileira. Entusiasta de uma proposta de educação popular, que seja abranjente para todas os alunos.
Localizada em Carapicuíba, a Casa Redonda é um espaço que, bem no meio da natureza, recebe crianças dos dois até os seis anos para fazer o que elas mais sabem: brincar livremente. Fundadora dessa escola, a pedagoga Maria Amélia Pereira Pinho (19392021), mais conhecida como Péo, é reconhecida nacionalmente por defender e praticar o brincar com as crianças desde a primeira infância.
Ela acreditava que, através das suas infinitas brincadeiras, as crianças expressam “o modo singular de como elas se apropriam do mundo que está à sua volta por meio da espontaneidade”.
Pedagoga e professora
Patrono da sociologia brasileira, Florestan Fernandes (1920-1995) inovou ao utilizar seus profundos conhecimentos sociológicos para olhar a educação brasileira. Para ele, era preciso entender a razão da escola no país ser tão excludente, e para isso era necessário debater temas como desigualdade social.
Uma das principais referências brasileiras sobre educação integral, Jaqueline Moll é pesquisadora e professora. Ela foi responsável pelo desenho e implementação do Mais Educação, programa do governo federal que teve início em 2007 e chegou a mais de 60 mil escolas públicas do país, impulsionando a educação integral.
Ela acredita que o Brasil precisa de uma escola que acolha seus estudantes em todos os âmbitos, promovendo assim não somente o aprendizado das disciplinas no formato didático, mas também o exercício de outras áreas do desenvolvimento humano.
Pesquisadora e professora
Os 10 melhores buffets infantis de São Paulo
Muita gente adora fazer as festinhas dos filhos nos buffets infantis, mas estão cansados de festas iguais
Espaço Jabuticabeira
O maior buffet infantil a céu aberto de São Paulo! A ideia do Buticabeira é super legal: reviver aquela época que as crianças brincavam na rua, subiam em árvores e abusavam da criatividade. Lá a criançada vai soltar a imaginação e vai se divertir demais.
Localização: Pinheiros
Buffet Wood
Como eles mesmos dizem, o Buffet Wood nasceu para resgatar o clima de festas infantis de antigamente. Além de opções deliciosas de cardápios, eles oferecem uma mistura divertidíssima de brincadeiras lúdicas com vídeo games modernos!
Localização: Moema
Espaço Tragaluz
O Espaço Tragaluz é completamente diferente do que a gente está acostumado! Ele fica numa casa sensacional, com tudo que as crianças mais adoram: um super jardim, sala de artes e música e, claro, muitos brinquedos! Além disso, eles têm brincadeiras e oficinas.
Localização: Vila Olímpia
Spazio Realle
O Spazio Reale é um buffet infantil com uma proposta super bacana: festas lúdicas, cheias de oficinas e recreações. Lá não tem nada daquilo de deixar as crianças nos brinquedos e só ficar olhando. Pelo contrário! Eles criam várias brincadeiras e oficinas para a criançada.
Localização: Moema
Espaço Formigueiro
Com 2 unidades, o Espaço Formigueiro transforma a festa dos seus filhos em uma super aventura! As 2 unidades são bem grandes e comportam muita gente, e contam com brinquedão, casa na árvore piscina de bolinhas, cama elástica, piscina, e campinho de futebol.
Localização: Vila Olímpia e Alto da Lapa
Esse é um buffet incrível, com vários espaços temáticos e uma pegada bem diferente. O Miniland mistura fantasia e imaginação com brincadeiras educativas e muita diversão! As crianças bricam e aprendem no mesmo tempo, sempre em um ambiente temático.
Localização: Bairro do Tatuapé e Pinheiros
A Praça Pitangueira é um espaço criado por pais para transformar uma festinha infantil em um momento inesquecível! Têm várias oficinas super legais, além dos brinquedões que as crianças amam, uma pracinha super aconchegante para os pais e até uma floresta.
Localização: Moema e no Shopping Eldorado
O Kid Recanto é mais um buffet infantil com mais de uma unidade e muuuuitas opções de temas de festa. Eles personalizam tudo e trazem os persongens preferidos das crianças pra festa! O Kid Recanto também tem vários brinquedos, piscina de bolinhas, e campinho.
Localização: Vila Romana, Tucurivi e Sanatana
Brinquedão, tirolesa, arvorismo, mini quadra de futebol, casinha, piscina de bolinhas, vídeo games… Tudo isso e muito mais você encontra No Galpão! A proposta deles é simples e divertida: correr, brincar, pular, imaginar, e se divertir muito!
Localização: Pinheiros
O Planeta Kids oferece vários tipos de festas, com vários temas super divertidos! Eles fazem a decoração completa, pensando nos mínimos detalhes, e deixam tudo do jeitinho que a criança quer! De Balada Teen a Safari, de Halloween a Princesas da Disney.
Localização: Várias unidades em SP
8 passos para manter o romance após ter filhos
Passos para um casamento feliz e romântico, especialmente para casados e com filho
“Quando alguém lhe diz que as crianças não serão um empecilho para o romance em seu casamento, ou é ingênuo ou é alguém que está desesperado para ter netos”, diz Betsy Kerekes, autora de “101 Dicas para um casamento mais feliz”
Quando há crianças pequenas, o tempo para o casal torna-se “item de luxo”. No entanto, é uma questão de vontade, ordem e esforço. A seguir estão dicas de Betsy Kerekes para um casamento feliz e romântico, especialmente para casados e com filhos:
1. Lembre-se de que o amor é uma decisão, não um sentimento É impossível manter as borboletas no estômago de seu marido ou esposa constantemente, especialmente quando as crianças estão pedindo-lhe todo o seu tempo e energia. Basta lembrar que seu relacionamento com seu cônjuge vem primeiro. Se você quer o melhor para seus filhos, (quem não?), o sucesso do seu casamento é primordial. Se você quer que seus filhos sejam felizes, mantenha o seu cônjuge feliz. Eles estão felizes juntos.
2. Não deixe seu filho tomar o bastão
Se a sua devoção a seus filhos chegou a um ponto em que eles vão passar por cima (Seja honesto, você faz as coisas que podem ir nessa direção?), pode haver um acúmulo de estresse em casa. Talvez seja o seu cônjuge que não concorda com seus métodos de disciplina ou talvez você mesmo perceba que está sendo governada por uma criança de dois anos. Quando se trata de disciplina, é imperativo que ambos os pais estejam na mesma linha. Quando existem lacunas nos fundamentos do castelo, o jovem príncipe ou princesa vai encontrá-los e tirar proveito em fazê-los os bobos de toda a corte.
As crianças são sensíveis ao ambiente, elas percebem a tensão entre os responsáveis e são afetadas pelos sentimentos negativos
3. Manter “sempre” a comunicação
Seja para discutir os estilos de educação ou quanto tempo se passou desde a última vez que foram capazes de compartilhar um momento íntimo, a comunicação deve ser aberta e honesta. Se você tem algo a dizer ao seu cônjuge, faça isso. Não esconda nada, pois isso pode crescer e causar uma explosão.
4. Quando chegar a hora de falar, faça isso bem
Não faça uma lista de falhas e de repente jogue para o outro. Ninguém gosta de ser atacado. Esse é mais um motivo para falar quando algo está errado. E isso pode ser feito de uma maneira adequada e o golpe é minimizado. Por exemplo: “Deveríamos nos esforçar mais para deixar a cozinha mais organizada”.
5. Coloque o seu cônjuge primeiro
Apesar aprendider no jardim de infância a compartilhar, nós permanecemos egoístas. Queremos o que queremos, quando queremos. Tecnologia e sociedade como um todo não ajudam a quebrar esse hábito, mas a família feliz exclui totalmente o egoísmo. Deixe o seu cônjuge escolher. Tê-lo feliz faz você feliz. .
6. Tenha encontros
Só porque você é casado e tem filhos isso não significa que sua vida social acabou. Você precisa ter um bom tempo a sós com o seu parceiro. Crie um compromisso sem sair. Nada de passar suas noites em quartos separados, cada um em seu computador ou telefone, desligue tudo. Desfrute de um bom filme com pipoca e um copo de vinho. Cada casal tem um preferido. Se agende para fazer isso.
7. Encontre um momento de comunicação
Se é difícil conversar durante as refeições porque você está muito ocupado atendendo os filhos, sente-se um pouco no sofá, O contato físico ajuda. Sim, mesmo se você está irritado, e uma parte sua toca o seu cônjuge, isso alivia a tensão e ajuda a levar os problemas de uma maneira mais calma. Experimente.
8. Seja grato
Eu odeio ser o tipo de portador com más notícias, mas você não é Super-Homem ou Mulher Maravilha. Você não pode cobrir tudo. Deixe seu cônjuge ajudar você, peça ajuda, mas não exija. Quando a ajuda chega sem ser solicitada, seja grato. As palavras “obrigado” e “eu te amo” ajudam muito, ainda mais com beijos
Diversidade: como explicar aos pequenos e o que conversar com eles?
Diversidade de gênero ainda é um assunto tabu para muitas famílias. Por medo de errar, confusão de conceitos ou preconceito, muitas vezes a questão da identidade de gênero é excluída das conversas sobre educação dos filhos
por Ninhos do BrasilMas o silêncio, por sua vez, acaba que transmite uma mensagem: a de que isso não existe. Que existências que acabam se destoando do padrão menino ou menina não são válidas. Quais as consequência? O sofrimento de quem não integra o que socialmente é visto como padrão.
E nós não queremos que nada disso aconteça! Queremos ver as nossas crianças e adolescentes sendo felizes e se sentido amados da forma como eles são, não é mesmo? Por isso, propomos uma conversa aberta sobre o tema. Vamos nessa?
Identidade de gênero, orientação sexual e sexo: qual é a diferença?
Não faz tanto tempo desde que esses conceitos começaram a ganhar uma grande visibilidade. É comum que ainda haja confusões entre os termos. Esta ilustração a seguir ajudará a entender a diferença entre eles:
Triste estatística: 62,5% das pessoas lgbtqia+ entrevistadas já pensaram em suicídio. 52,6% já sofreram algum tipo de violência lgbtfóbica (na rua, na escola, ou em casa) fonte: Ensaios sobre o perfil da comunidade lgbtqia+, do Instituto Brasileiro da Diversidade Sexual
Diz respeito às características biológicas, no caso dos órgãos internos e genitais. É determinado assim que nascemos (ou até antes, no ultrassom da barriga): menino ou menina. Embora seja mais raro, pode acontecer ainda o desenvolvimento dos órgãos de ambos sexos. Nesse caso, temos as crianças que
Apesar de serem parte importante do corpo, não são os genitais que definem nossas capacidades individuais, formas de expressão e afetos. Aí, chegamos em outros conceitos:
Gênero ou identidade de gênero
É como as pessoas se sentem, isso independente da sua anatomia, preferência ao serem representadas na sociedade e a pessoa cisgênero é aquela que se identifica psicologicamente e socialmente com o sexo biológico.
Tal identidade e forma de expressão de gênero pode aparecer já na primeira infância, porém, não necessariamente, como veremos adiante ao longo da matéria.
Expressão de gênero
Forma como a pessoa se apresenta socialmente, a partir de roupas e penteados, por exemplo, em relação à expectativa que a sociedade tem. Aqui pode-se identificar padrões mais usualmente associados às representações de figuras femininas, masculinas ou andróginas, o que não necessariamente têm a ver com sexualidade.
Orientação afetivo-sexual
Diz respeito a para quem a pessoa vai direcionar seus afetos e desejos amorosos. E normalmente os indivíduos só vão reconhecer qual é sua orientação próximo à puberdade.
LGBTQIA+: o que significa cada letra?
A sigla abrange várias manifestações de identidade e sexualidade na luta por direitos, reconhecimento e respeito.
L = Lésbicas (mulheres que sentem uma atração afetiva e/ou sexual por outras mulheres);
criamos os filhos para serem indivíduos independentes de nós, não para atender às nossas necessidades ou expectativas
= Transgênero, transexual e travestis (ambos são pessoas que não se identificam com o gênero designado ao nascer ou se identificam com mais de um gênero);
Q = Queer (são pessoas que transitam entre as noções de gênero, como drag queens, ou simplesmente qualquer pessoa que não seja heterossexual ou cisgênero);
I = Intersexo (pessoas que por questão biologica estão entre o feminino e o masculino);
A = Assexuais (não sentem nenhum tipo de atração sexual por nenhuma pessoa);
O + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e gênero.
Existem crianças LGBTQIA+?
Quando começa a se manifestar?
As crianças de várias idades e nos mais diversos momentos de suas vidas podem acabar se descobrindo como parte da comunidade lgbtqia+, sendo representadas no T ou I. É essencial reconhecer e dar voz a isso, especialmente quando se há sofrimento em relação aos corpos e às expectativas sociais. Já as outras categorias se manifestar a partir do início da puberdade.
Com que idade se reconhece que uma criança é trans?
Não há uma idade certa, cada criança existe um tempo e um processo.
A filha da autora do livro “Minha Criança Trans”, a Thamirys Nunes, relatou que a sua filha começou a demonstrar os seus primeiros sinais antes mesmo de ter os 2 anos de idade.
cadeiras, podem transitar entre os diferentes gêneros: ser a mamãe ou o papai, independentemente do gênero, gostam de boneca e de carrinho. Isso faz parte das suas descobertas. Para Thamirys, o fator que é decisivo é a insistência e persistência da criança em se afirmar com um gênero que não coincide com o sexo biológico. Para ela, o alerta ficou mais nítido “quando a questão e a insatisfação apareciam não só nas brincadeiras, mas se repetiam em diversas situações diferentes, como no banho, na hora de se vestir, de ir à praia, entre outras”, complementa.
A pediatra Ana Carolina Novo, que atua no Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (amtigos), no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, nos ajuda a entender como isso acontece:
Segundo ela, mesmo que as crianças ainda não entendam toda a magnitude ou significado do que é gênero, desde os primeiros meses, os bebês vão percebendo padrões femininos e masculinos. Isso ocorre por conta dos detalhes presentes na face e na voz, por exemplo.
Por volta de 2 anos, “elas já reconhecem brinquedos e roupas de meninos e de meninas e fazem escolhas em função disso. Mas nessa idade ainda acham que o gênero muda se mudar de roupa e cabelo”, explica. “Entre quatro e seis anos de idade, as crianças entendem que o gênero é estável e não vai mudar. E, a partir daí, é que ocorre uma escolha de roupas e de brincadeiras associados ao gênero ainda maior”.
Esse recohecimento de gênero – coincidente ou não com o sexo biológico – não tem nada relacionado com educação, muito menos com “ideologia de gênero”. Alguns estudos já apresentaram que a área do cérebro ligada à identidade de gênero se constitui separadamente ao desenvolvimento da genitália. A coincidência entre os dois pode ocorrer ou não.
Idade para se descobrir? Existe?
Se a questão da identidade pode aparecer desde a primeira infância, a de orientação sexual demora para se manifestar.
Já que a própria sexualidade e ou interesse pelo tema tende a se manifestar já a partir do surgimento de hormônios na puberdade. É isso que pode variar de criança para criança, desde os 8 até os 14 anos.
Apesar de serem populares os relatos das pessoas que afirmam se saberem gays mesmo antes de entenderem o que é sexualidade, acontece uma confusão de conceitos.
“A sexualidade é um conceito bem amplo que abrange diversos aspectos, assim como o sexo (anatômico), a identidade de gênero, papel ou expressão de gênero e a orientação afetivo-sexual”, explica a Dra. Ana Carolina.
O designer Mateus Conceição lembra que, por volta dos 10 anos de idade, rezava todas as noites para não gostar mais de meninos.
Hoje, consegue superar fases da descoberta:
“Por volta dos 7 anos, eu ainda sem saber o que seria a sexualidade, percebi que era por meninos que me atraia mais e dos meus 10 anos aos meus 16 vivi em negação, mesmo sem eu sentir nenhum preconceito e aos 17 anos comecei a me aceitar, mas só por volta dos 25 anos que consegui ficar bem dentro de mim”, conta.
Como falar sobre a diversidade com as crianças?
Para que as pessoas não precisem levar tanto tempo as escondidas e em sofrimento, é importante que assuntos assim sejam debatido de forma natural desde a infância. Isso independemente de pensar que seus filhos são ou não lgbtqia+.
Existem pais que acreditam que isso possa despertar nas suas crianças uma vontade de ser gay, lésbica, trans ou erotizar as crianças. Nada disso acontece!
O risco de falar sobre diversidade com as crianças são alguns como: 1) se forem heterossexuais e cisgêneros, as crianças acabarão por ser muito respeitosas com quem for diferente; e 2) se se descobrirem gays, lésbicas ou transgêneras, não sentirão medo dos seus próprios sentimentos e assim saberão que podem contar com a família. Ou seja, só há bons motivos para tal!
O ator Leandro Gomez comenta, por exemplo, nesta entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que o apoio dos seus responsáveis foi extremamente fundamental para que ele pudesse se entender e se aceitar sem nunca precisar ficar “no armário”.
Como fazer isso, então?
Demonstrar respeito a todas as pessoas, isso independete do seu gênero ou sexualidade já é o primeiro passo. Para assim, a criança e o adolescente já percebem que na sua família não há espaço para preconceito.
Mas também é muito essencial verbalizar e conversar sobre o tema, para saber nomear todas as coisas. “As crianças trans sempre existiram, mas nunca apareciam. Agora elas aparecem cada vez mais na mídia, e isso dá uma maior chance aos pais das crianças cis de falar sobre esse assunto”, como explica a Doutora Ana Carolina.
“O importante é se falar sempre de forma tranquila e sem querer explicar tudo, mas respondendo à dúvida da criança e sempre pensando na forma e conteúdo adequado à idade”, complementa.
Vários livros infantis ajudam a trazer o assunto sobre diversidade de gênero para as conversas de pais e filhos. Isso pode acontecer com naturalidade. No canal Fafá conta Histórias no Youtube, tem uma playlist com alguns desses livros.
Crianças e diversidade: como apoiar coleguinhas que se identificam como LGBTQIA+?
Quem nunca ouviu aquela frase: “nenhuma das crianças nasce preconceituosa”? Isso também se aplica à convivência com as pessoas lgbtqia+. Se a criança cresce em uma família que estimula o respeito a todas as pessoas e as suas diferenças, o tratamento com os coleguinhas será o mesmo.
Contudo, muitas crianças ainda recebem acabam por receber muitos exemplos negativos e de pouca empatia dentro de casa. Por isso, na escola e nos ambientes que frequentam, seus filhos podem ser aliados de quem mais precisa de acolhimento.
Existem certas maneiras de se apoiar coleguinhas que se identificam como lgbtqia+, como por exemplo:
Combatendo o bullying: se seu filho perceber que outra criança está sofrendo com comentários e “piadinhas”, ensine a prestar apoio e levar o assunto para os adultos.
Convidando para o grupo: o coleguinha que é lgbtqia+ tem poucos amigos ou não é chamado para as atividades? Fale com seu filho sobre incluir essas crianças aos grupos.
Prestando atenção ao seu posicionamento na escola: em alguns casos, mesmo quando a criança denuncia o bullying, as escolas não providênciam a segurança para os lgbtqia+ Nesse caso, cabe aos pais cobrar mudanças.
Acho que meu filho/minha filha é LGBTQIA+. O que fazer quando essa dúvida surge?
Reunimos algumas dicas e informações para pais e mães que estão lidando com a descoberta da sexualidade ou da identidade dos filhos.
Ter o assunto sobre diversidade presente em casa de forma natural ajuda a criança a se entender (e se aceitar)
Falar de forma tranquila, sem querer explicar tudo mas respondendo à dúvida da criança e sempre pensando na forma e no conteúdo adequados à idade.
Ouvir a criança, reconhecer seus gostos e sentimentos, sem julgar as preferências por um tipo de brinquedo ou outro.
Mesmo que procure fazer uma educação neutra em relação a gênero, a família não vive isolada da sociedade, e as crianças podem perceber e se identificar mais com algum estereótipo de gênero presentes na sociedade.
Repreender, ameaçar etc. só vai incentivar que seu filho ou filha minta e se afaste de você.
Respeitar a privacidade: é normal que os adolescentes preferem não falar sobre detalhes da sexualidade com os pais e prefiram conversar com um profissional ou com amigos. Certifique-se apenas de que ele esteja feliz.
Lembre-se: criamos os filhos para serem indivíduos independentes de nós, não para atender às nossas necessidades ou expectativas pessoais.
Não existe culpa dos pais ou “onde foi que eu errei”. Como já dito, isso é uma característica.
A família pode precisar de apoio também, seja por expectativas frustradas, seja pelo medo de que seus filhos sofram, ou ainda para receber dicas e trocar experiências sobre as melhores formas de lidar.
Como ajudar e apoiar sua criança no processo de descoberta da identidade ou sexualidade?
Antes de tomar qualquer atitude, ouça. Mesmo quando a família é aliada, muitas vezes não é fácil para as crianças explicarem como estão se sentindo, o que leva os adultos a darem pouca importância.
Se a criança relata desconforto com imposições de gênero (brinque com boneca ou não brinque com boneca) ou com algumas situações sociais, chegou a hora de prestar atenção.
O primeiro passo é conversar em casa, ouvindo, acolhendo e deixando claro que o amor pela criança nunca vai mudar.
Fale sobre como as diferenças nos tornam especiais, dê exemplos positivos de pessoas lgbtqia+ que você admira e respeita o tempo do seu filho.
Buscar apoio para lidar com a diversidade de gênero e lutar contra o preconceito
Um acompanhamento profissional não deve ser descartado, principalmente no caso das crianças trans. Consulte especialistas como psicólogos, psiquiatras e endocrinologistas, buscando profissionais acolhedores e que respondam suas dúvidas (e as das crianças) com paciência.
No Brasil, existem duas instituições ligadas a universidades dedicadas a oferecer apoio e acompanhamento para as crianças e familiares: o amtigos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (usp), e o proting (Programa de Identidade de Gênero), ligado ao Hospital das Clínicas da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há também importantes grupos de apoio: a ong “Mães pela Diversidade” (que, apesar do nome, também recebe pais) atua no acolhimento e apoio a famílias e na luta política por direitos iguais para pessoas lgbtqia+ Fernanda Janeiro, mãe e participante das atividades da ong, conta: “Medo é o que mais traz pais e mães até a gente. Principalmente o medo da violência, mas também de outras opressões, como a religiosa”.
O coletivo promove as ações, eventos e salas de reuniões estaduais. Para fortalecer o cuidado e empoderamento das famílias, ele conta com auxílio de diversos profissionais, os psiquiatras, psicólogos e advogados.
criamos os filhos para serem indivíduos independentes de nós, não para atender às nossas necessidades ou expectativas
O que aprendi ao virar pai solo e a relação do bemestar feminino
Ton Kohler perdeu a esposa há 5 anos e, desde então, abraçou o cuidado integral dos filhos pequenos. Foi só aí que entendeu o quanto ajudar a trocar a fralda e dividir as contas não é nem metade do que as mulheres fazem na criação das crianças
por Ton KohlerTon e seus filhos passando um tempo juntos, além de incentivar o hábito da leitura
Era uma sexta-feira à noite quando o curitibano Ton Kohler, do perfil Papai em Dobro, recebeu um telefonema que transformou a sua vida. Era a academia na qual sua esposa treinava muay thai pedindo que ele fosse para lá. Ao chegar, se deparou com ela sem vida em decorrência de uma parada cardíaca fulminante. O pai de Pedro e Mariana, à época com 3 anos e 1, respectivamente, se viu sozinho. “Me tornei pai solo por uma questão do destino. Tivemos que ser fortes e nos reinventarmos para seguir com as nossas vidas”, relembra.
A partir daquele momento, Ton não só precisaria lidar com a paternidade solo – juntamente ao seu luto e ao das crianças – como também enfrentaria uma jornada de dificuldades, preconceitos e julgamentos. Nesse caminho, porém, também se deparou com muitas descobertas. “Ninguém nunca está preparado para enfrentar uma situação dessas e muitas camadas se abrem quando um homem assume o papel integral dos cuidados dos filhos: o lar, a educação, o afeto, as finançasconta Ton.
Agora, cinco anos depois, com as crianças já com 8 e 6 anos, ele divide com a Mina suas percepções sobre o que acontece quando um homem vira pai solo – e o que isso tem a ver (e muito!) com o bem-estar feminino, das crianças e da sociedade como um todo.
Que nenhum pai se sinta menos homem por participar mais dos cuidados
1. Percebi o quanto a sociedade é extremamente machista
“Nos primeiros anos, meus filhos queriam estar sempre grudados no meu peito, enrolados nos meus braços, abraçados às minhas pernas. Quando eu chegava em algum lugar carregando eles – as bolsas, os carrinhos, os brinquedos –, fosse em um restaurante, buffet infantil, uma loja de roupa ou até em uma clínicas médica, a pergunta inconveniente que sempre ouvia era: ‘Cadê a mãe dessas crianças?’. Muita gente também me dizia: ‘Ton, você precisa casar de novo e dar uma mãe para elas’. Cheguei a escutar: ‘Ton porque você não deixa um filho com cada avó e vai cuidar da sua carreira?’. Foi quando comecei a me perguntar: mas, eu ouviria essas frases se eu fosse mulher?”
“Fui me dando conta do quanto a comunidade é machista e nem sempre recebe bem um homem que cria sozinho seus filhos. As pessoas sempre ficam procurando uma mulher em volta para justificar crianças limpinhas e educadas. A sociedade desencoraja o pai a assumir seu papel pelo mito da incapacidade paterna em vez de acolhê-los e não duvidar de suas capacidades. Precisamos aceitar mais homens cuidadores para o bem-estar das mulheres, incentivar esses pais a tomarem essa responsabilidade para si, que é a mesma que uma mãe tem para com seus filhos.”
2. Entendi, enfim, o que é essa carga mental gerada
“Eu me achava um excelente pai. Quando era casado, limpava, cozinhava, dava jantar, banho, trocava fralda, fazia a limpeza da casa e tudo mais – o que nunca foi um problema para mim. Só que não abria a agenda da escola, não
marcava as consultas da pediatra, não pensava na roupa do balé, não me preocupava em saber se havia cuecas e calcinhas nas gavetas, não acompanhava o calendário de vacinas, não cortava as unhas, não levava ao cabeleireiro… Essas funções e mais um monte de outras coisas estavam somente na cabeça da minha esposa. Então, quando comecei a fazer absolutamente tudo, conheci verdadeiramente a carga mental que ela carregava. Percebi que, sim, eu até era um bom executor de tarefas, mas não ocupava meu tempo com a gestão do lar e estava longe de dividir igualmente as tarefas da casa e das crianças. Foi aí que passei a viver a carga mental e entender que, nesse aspecto, eu era um pai ausente. É urgente falarmos a respeito da sobrecarga materna. Por mais que um pai divida (e aqui o verbo é dividir mesmo, não ajudar) as tarefas práticas, se ele não se der conta e não compartilhar essa função de planejar e gerir a vida dos filhos de forma plena, de nada vai adiantar.”
3. Me dei conta de que o homem pode fazer tudo o que a mulher faz “Os pais têm total capacidade de cuidar dos filhos da mesma maneira que as mães. Fora que há um enorme prazer e muitos benefícios nisso. Basta querer e deixar as muletas sociais de ‘nunca aprendi’ ou ‘isso é coisa que mulher faz’. Quando me vi sozinho, tendo que aprender a vestir e a fazer chuquinhas na minha filha, me apavorei. Passar sozinho por essas fases do desfralde, do terrible two, ser colo, desfazer brigas, acolher as birras em meio a uma pia cheia de louça para lavar, resolver o jantar… Mas, com o tempo e prática, tudo se torna possível. Tenho prazer de ser integrante do grupo de WhatsApp da
escola, saber tudo sobre vacinas e a saúde deles. Independentemente de enfrentar e viver cada fase, minha principal conquista é encontrar prazer e ser feliz cumprindo o papel de pai de maneira profunda.”
“E falo dessa conquista porque, quando somos homens, não encontramos esses valores, tudo isso é trabalho, é chato, é cansativo, ‘é coisa de mulher’. Para que nossas filhas possam viver futuramente a equidade parental, precisamos ensinar nossos meninos a importância disso, que prover financeiramente é apenas uma parte da paternidade. Porém, é necessário que haja espaço para que se experimente, sem julgamento, e que nenhum pai se sinta menos homem por participar mais desses cuidados. Esse mito precisa ser derrubado.”
4. Ganhei muito ao assumir o papel de pai em tempo integral
“Eu não fazia ideia de que a sociedade não estava pronta para ver um homem vestindo bem sua filha, cuidando da casa, da alimentação, da educação e todo o resto e, o mais importante, encontrando alegria e felicidade nisso. Perdi muito tempo, pois, se eu soubesse dos benefícios de vivenciar a paternidade profunda e integralmente, teria aprendido a vestir minha filha desde bebê, teria os levado mais às festinhas infantis, teria entrado antes no grupo de WhatsApp da escola. Enfim, os pais participativos têm mais autoestima e um melhor desempenho profissional, passam a viver mais tempo e com mais qualidade – isso
os pais participativos têm mais autoestima melhor desempenho profissional
tudo já foi provado cientificamente. Assumir esse papel não só alivia a carga e a responsabilidade das mães, como melhora a qualidade de vida dessas mulheres, que tiram um peso das costas – e tudo isso é benefício bem-estar da família.” conta ele.
5. Nenhum homem precisa ficar viúvo para se dar conta disso “Os homens são muito resistentes em mudar seu estilo de vida. Ninguém precisa esperar viver uma situação extrema como a que aconteceu comigo para perceber e compreender o quanto todo mundo ganha com pais e homens mais participativos. Vejo que alguns amigos mais próximos se tornaram mais presentes para família pelo choque de me ver perder minha esposa e depois criar os dois sozinho. Isso gerou uma transformação no meu entorno. Mas ninguém precisa ser viúvo para entender o que falta ser feito para o bem-estar feminino, isso em relação à equidade parental. O bem-estar familiar exige igualdade no todo e de todos. Bora praticar?”
ninguém precisa ser viúvo para entender o que falta ser feito para o bemestar feminino, isso em relação à equidade parental dos pais
Mães compartilham experiências com educação positiva
Modo de criação se opõe a práticas punitivas e violentas, mas não nega disciplina
Quando Andressa Eberhardt, 32, engravidou de Luna, 8, ela sabia que queria criar sua filha de maneira diferente de como havia sido educada. Contudo, não sabia que apenas a certeza de ser contra castigos físicos não seria suficiente para sustentar essa mudança.
“Quando a minha filha tinha dois anos e pouco, eu percebi que precisava de algo a mais, porque eu não conseguia sozinha”, conta. “Eu não sabia o que fazer porque tinha conflitos diários com a criança e eu não sabia lidar. Eu sabia que era errado, eu não queria fazer isso, mas eu não sabia fazer diferente.”
Foi assim que, por meio dessas pesquisas, Andressa conheceu a educação positiva. Hoje, é educadora parental e compartilha suas experiências com a criação da filha em redes sociais, como Instagram e TikTok.
Segundo ela, o processo de melhorar sua relação com a filha envolveu entender que as mudanças precisavam partir de si mesma, e não da criança. “A gente chega num ponto da educação respeitosa que a gente cura quem nós somos mesmo, nossas feridas da infância. Não é romantizar, mas melhora muito o seu próprio entendimento das suas ações”, diz.
Para a psicóloga Manuela Moura, mestre em psicologia do desenvolvimento, a educação positiva de fato passa por entender que a responsabilidade pelas mudanças de comportamento deve partir do adulto.
A educação positiva é uma das maneiras de educar que busca considerar a criança como indivíduo próprio, além de respeitar as fases de desenvolvimento do ser humano. Quem pratica esse tipo de parentalidade discorda de atitudes punitivas e agressivas, o que não significa que não há disciplina ou conflitos.
“Durante muito tempo, medidas que hoje
são consideradas práticas violentas foram consideradas práticas educativas”, pondera Moura. De acordo com a especialista, a discussão sobre educação positiva se inicia apenas após a concretização dos conceitos de infância e adolescência, e ganha força com marcos como o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990. “Antes, as crianças eram tratadas como mini adultos”, comenta.
A primeira vez que a teoria foi esquematizada e publicada como método de educação foi com o livro “Disciplina Positiva”, da psicóloga norte-americana Jane Nelsen, em 1981. A especialista colaborou com a terapeuta Lynn Lott para criar guias e programas de treinamento para adultos, que deveriam aprender a cuidar de crianças de acordo com os princípios da educação positiva.
Hoje, Nelsen está por trás de diversos programas de treinamento e certificação que visam capacitar familiares, professores e outras pessoas envolvidas na criação de crianças e adolescentes. Dentre os princípios da disciplina positiva, está a noção de ser firme e gentil simultaneamente.
Moura explica que a educação positiva se passa pela noção de entender as questões da criança a partir da compatibilidade neurológica e psíquica dela, validando o direito de expressão de acordo com cada idade. “Você não precisa agredir fisicamente uma criança para que ela seja educada”, diz.
Segundo a psicóloga, boa parte da dificuldade de entender esse método de educação está justamente na mudança geracional. A maior parte dos pais de hoje em dia foram educados da maneira tradicional, muitas vezes envolvendo práticas agressivas e punitivas, sendo necessario mudar isso.
“É o adulto quem tem que aprender a regular as suas próprias emoções para ajudar as crianças”, aponta. O processo é longo e repetitivo, e consiste também em ensinar a criança a expressar os seus sentimentos e lidar com as consequências das próprias ações.
“É muito engraçado porque para qualquer outra coisa a gente estuda, pesquisa, e para filhos não. Na verdade a gente não faz ideia do que estamos fazendo”, comenta Isabelli Gonçalves, que além de criadora de conteúdo, é educadora parental e formada em neurociências e desenvolvimento infantil, além de ser mãe de duas meninas.
Isabelli também não iniciou a sua trajetória como mãe praticando a educação positiva, mas considera que sua relação com as filhas mudou para melhor após passar a aderi-la.
“A partir do momento em que isso começou a tomar um alcance maior, acabou me assustando um pouco essa proporção e como isso iria afetá-las”, comenta.
Apesar de ter modificado a maneira como compartilha as experiências nas redes, buscando expor menos as crianças, segue produzindo conteúdo para mostrar que o método funciona na prática e tentar questionar os mitos que surgem em torno dele. “Educação positiva não é deixar a criança fazer o que ela quiser. Isso é negligência”
“Eu comecei a sentir que eu não estava conseguindo criar um vínculo com a Helena, eu ia repetindo esses padrões [que vivi na infância]”, relata. “É uma forma de educação não natural para todos nós.”
A mudança veio após pesquisas e estudos intensos, mas tal conhecimento sobre esse assunto não torna o processo menos desafiador. “Apesar de eu já estar há três, quatro anos trabalhando com isso, cada fase é um novo desafio”, diz.
Para Isabelli, a educação positiva modificou a sua relação com as filhas e a capacidade das crianças de expressar sentimentos e necessidades. Quando começou a conhecer mais sobre o assunto, sentiu vontade de compartilhar as informações que havia aprendido, e por isso passou a postar sobre o assunto nas redes sociais. Hoje, se aproxima dos 500 mil seguidores no Instagram e conta com mais de um milhão no TikTok.
A educação positiva não é deixar a criança fazer o que quiser.
Isso no caso é
negligência
Hot Wheels City Experience chega ao Ibirapuera em março
Saiba mais sobre o evento relacionado a famosa marca de carrinhos
que enlouquece as crianças
A partir de março de 2024, São Paulo será palco da primeira edição brasileira da Hot Wheels City Experience, um evento focado no universo dos carros em miniatura. Localizada na oca– Parque do Ibirapuera, a exposição visa atrair fãs de todas as idades com atividades interativas e educativas relacionadas à famosa marca de carrinhos.
A Hot Wheels City Experience traz uma boa proposta de entretenimento abrangente, projetada para cativar visitantes de todas as idades. Em um ambiente coberto e amplamente preparado, o evento apresenta uma rica variedade de atividades que vão desde a exposição de carros históricos da marca, passando por oficinas de pintura onde os pequenos e os adultos podem desenhar e decorar seus próprios Hot Wheels, até um laboratório criativo onde é possível testar a imaginação construindo pistas personalizadas.
Um dos destaques é a área de kart, aberta a crianças e adultos, prometendo entregar a sensação de pilotagem em um ambiente seguro e adaptado, embora seja importante notar que esta atividade possui um custo adicional. Além disso, trampolins, escorregadores e o lançamento do Hot Wheels Unleashed garantem a adrenalina do evento.
O coração da exposição bate no Museu Hot Wheels, onde a história e os modelos icônicos da marca são celebrados, permitindo aos visitantes uma viagem nostálgica através de décadas de inovação e design. A experiência é complementada por uma loja oficial, onde colecionadores e novos fãs podem adquirir seus modelos favoritos, além de uma variedade de food trucks que prometem satisfazer todos os gostos com suas opções culinárias.
Localizada na Av. Pedro Álvares Cabral, S/n – Portão 2, a oca é acessível por metrô (Linha 5 - Lilás) e diversas linhas de ônibus. A exposição,
que é pet friendly e acessível para pessoas com mobilidade reduzida, sugere uma duração de visita de aproximadamente uma hora e meia. Os ingressos já estão à venda.
Hot Wheels City Experience – São Paulo: Informações Práticas
Onde: Oca Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, S/n – Portão 2 – Moema, São Paulo, 04094-050)
Quando: A partir de 21 de março. Duração aproximada de 1h30
Preços a partir de:
• Pré-venda: R$ 85,10 (inteira) e R$ 41,40 (meia; veja mais informações sobre o benefício aqui)
• Flex (acesso a qualquer hora, de quarta a sexta): R$105,80 (inteira) e R$ 52,90 (meia)
• Karting (Grande ou Pequeno): R$ 47,15 (não inclui entrada)
a exposição visa atrair fãs de todas as idades com atividades interativas e educativas relacionadas à famosa marca de carrinhos
Educação positiva: saiba o que é e como colocá-la em prática com as crianças
A educação positiva não é um manual de como educar as crianças, e sim um convite para refletirmos sobre o que queremos transmitir aos nossos filhos
porNinhos do Brasil
Achamada de educação não violenta, disciplina positiva ou educação para a paz, a educação positiva é uma visão de formação do ser humano que tem ganhado destaque entre famílias, educadores e na mídia.
Nos tópicos a seguir, você aprende mais sobre a educação positiva e como colocá-la em prática na sua casa.
O que é educação positiva?
Para falar sobre o que é educação positiva, vale primeiro a gente citar pontos que essa abordagem pretende contrapor.
Quase todo mundo já vivenciou ou ouviu falar de situações em que as crianças eram criadas com palmadas, castigos e ameaças, certo? Esses são os métodos baseados em ações de punição e nas repressões.
A educação positiva, por outro lado, se apresenta como uma visão não punitiva de educação. Em vez de castigar, ela tenta fazer a criança pensar. Em vez de punir o mau comportamento, ela busca estimular as boas ações. Em vez de impor regras arbitrárias, ela procura construir acordos e cumpri-los.
Desse modo, a educação positiva tem foco na autonomia da criança, no afeto, na compreensão e no respeito.
Qual é o objetivo da educação positiva?
Pode-se dizer que a educação positiva tem como objetivo respeitar a criança como um sujeito.
Você, melhor do que ninguém, sabe o quanto seu filho é uma pessoa cheia de personalidade, ideias e opiniões. Então, não faz sentido negar essa individualidade e tratar a criança como se fosse um objeto, sem direito a voz e vez, certo?
Pela educação positiva, as regras do dia a dia são combinadas com o objetivo de fazer a criança entender o porquê delas. Assim, os filhos não são forçados a obedecer por obedecer, mas sim estimulados a entender o motivo das normas e as consequências dos seus atos.
Portanto, o objetivo dessa abordagem é formar pessoas mais conscientes do seu papel, mais dispostas ao diálogo e cientes da importância dos acordos e da gentileza.
Quais são os pilares da educação positiva?
A educação positiva se fundamenta em princípios como:
• Diálogo;
• Estabelecimento de regras claras;
• Entendimento sobre o motivo das regras;
• Solução pacífica de conflitos;
• Foco nos acertos e não nos erros
Educação positiva dos seus filhos: como aplicar?
Você talvez esteja pensando: “Falar é fácil, quero ver colocar em prática!” E, realmente, não é fácil colocar a educação positiva em prática. É um esforço diário, com um pequeno avanço por vez, mas vale a pena.
Um dos primeiros passos para aplicar a educação positiva em casa é entender que as regras valem para todos. Assim, é fundamental que os pais deem o exemplo.
Você combinou com seus filhos que todos devem se tratar com respeito? Então, pode dar tudo errado se a criança ouvir você sendo grosseiro e ou desrespeitoso com alguém. Desse modo, é preciso que mães e pais estejam cientes de que, para que os filhos entendam as regras como importantes e necessárias, eles precisam ver nos pais o mesmo respeito.
Além disso, faz parte da educação positiva a noção de que as crianças precisam saber o porquê das regras. Ou seja, em vez de dizer: “Você vai dormir agora porque eu estou mandando e,
se desobedecer, vai ter castigo!”, uma criação positiva implica dizer: “Você sabe que tem escola de manhã, certo? Se dormir tarde, vai prejudicar seu dia amanhã”. Percebeu a diferença?
Pais amorosos e preocupados com a educação da filha
Outro ponto importante é fazer o chamado reforço positivo, elogiando as crianças pelos acertos em vez de apenas criticar e punir elas pelos erros cometidos.
Também vale destacar que, quando seus filhos acabarem quebrando as regras, o que deve ser atacado é o seu comportamento, não a criança. Por exemplo, se seu filho bateu no irmão menor, não diga algo como “Você é um mau irmão!” ou “Você não sabe se comportar!” É mais positivo que dizer: “Bater nas pessoas não é legal. Isso machuca e as deixa muito tristes. Você gostaria que alguém fizesse isso com você?” Essa é uma forma de condenar apenas o comportamento, sem rotular e desmerecer a criança.
Enfim, para aplicar a educação positiva em casa, é preciso diálogo, carinho e respeito. Os limites precisam ser definidos e explicados à criança, para que ela saiba por que fazer as coisas de um jeito e não de outro.
Como resolver birras com a educação positiva?
A famigerada “birra” da criança, temida por tantos pais e mães, é um desafio que requer muita calma e determinação para ser superada. E a educação positiva p ode dar algumas ferramentas para isso.
Antes de tudo, é preciso repensar o próprio conceito de birra. Chamar a resistência da criança de birra implica afirmar que ela está agindo daquele jeito porque quer, por pura teimosia. E não é isso.
A criança que reage de forma violenta e resistente a algo está apenas demonstrando que ainda não tem maturidade para lidar com aquela situação. Ela não escolhe reagir daquele jeito. Por isso, quando a “birra” acontecer, você pode agir da seguinte maneira para resolver:
Primeiro, tire a criança do foco da confusão. Leve-a para um lugar mais calmo para conversar.
Acalme-a. Não adianta querer conversar durante uma das crise de choro ou de raiva. Vale ensinar seu filho a respirar profunda e lentamente, pensando em coisas agradáveis, para fazê-lo voltar ao estado de calma.
Valide os sentimentos da criança. Diga a ela que você sabe como ela se sente e entende que ela se sinta assim.
Explique que sentir raiva é normal, mas isso não significa que ela pode bater em alguém, ou quebrar coisas, ou gritar
objetivo dessa abordagem é formar pessoas mais conscientes do seu papel, mais dispostas ao diálogo e cientes da importância dos acordos e da gentileza
com as pessoas, visto que não levará a lugar algum. Além disso, vale-se muito a pena pensar em formas de prevenir essas reações extremistas das crianças antes que aconteçam. Por exemplo, se vocês estão no parquinho e a hora de voltar para casa está chegando, avise seu filho antes: “Brinque mais um pouquinho e daqui a pouco vamos para casa, certo?”.
Ou, se você vai ir ao shopping com uma criança e não tem condições realizar determinada compra de algo caro caso ela peça, explique isso antes de sair de casa. “A gente vai sair e não podemos comprar nada caro hoje. Então, se você quiser muito algum brinquedo, vamos colocar isso na sua lista de Natal?”.
Essas são maneiras de preparar a criança para o momento, ajudando-a a lidar com a situação e reduzindo o risco de uma explosão de sentimentos e emoções.
Educação positiva no Brasil: qual é o cenário atual?
Nos últimos anos, tem crescido no Brasil a procura por conteúdos sobre educação positiva. Como vimos, há cada vez mais autores falando sobre o tema. Ainda que com nomes ou nuances levemente diferentes, todos pregam o respeito à infância.
Também há escolas que incorporaram os elementos da educação positiva à proposta pedagógica de ensino das crianças. Quando for escolher a escola do seu filho, converse a respeito desse assunto com os responsáveis de ensino da instituição.
Se você deseja se informar melhor sobre essa visão de educação, uma dica é seguir influenciadores que tratam do tema, como os perfis de Elisama Santos, Quartinho da Dany e Educação para a Paz no Instagram. Vale também procurar livros sobre o assunto. Abaixo, citamos algumas das opções à venda nas livrarias.
3 livros sobre educação positiva para conhecer o assunto
• “Educação Não Violenta”: Elisama Santos, propõe às mães, os pais e os professores um caminho alternativo para desconstruir a tradição autoritária e violenta de criação dos nossos filhos.
• “Nossa Infância, Nossos Filhos”: Thais
Basile leva os adultos a refletir sobre a educação dos filhos resgatando sua própria infância. Assim, ela mostra que a educação positiva passa primeiro pela reeducação dos pais.
• “Disciplina Positiva”: Jane Nelsen apresenta as bases de uma mudança na forma de educar as crianças, tratando-as com respeito e encorajamento, para que cresçam confiantes e empáticas na sociedade.
Por fim, quais são os benefícios da educação positiva?
Educar os filhos de maneira positiva traz diversos benefícios para o desenvolvimento e auxilia a definir o tipo de pessoa que eles serão quando começarem a atuar na sociedade.
A educação positiva faz com que as crianças cresçam com melhor autoestima e noções mais claras de liberdade, responsabilidade e respeito, por todas as pessoas por exemplo.
Além disso, valorizar mais os acertos do que os erros ajuda as crianças a desenvolverem uma visão de mundo mais otimista e uma postura afirmativa perante a vida.
Às vezes esse caminho pode ser difícil de seguir? Pode, mas com dedicação e amor, é possível que vocês cheguem lá – e juntos! Vale muito a pena!
O que fazer no momento da birra?
Respire fundo e lide com as suas prórpias emoções, lembrese, é o (a) resonsável aquele que tem o dever de ensinar a criança a lidar com os seus sentimentos, permita o choro dela e ofereça um abraço para acalmar. Escute e deixe as crianças falarem o que sentem, ajuda na prática dela conseguir comunicar o problema, nomeando o sentimento em pouca palavras: “Imagino que esteja triste/frustrado etc, com o que aconteceu.“. Acolha o sentimento, de forma a redirecionar o comportamento. “Tudo bem sentir raiva, bater machuca. Desenhe a sua raiva para eu entendê-la.“
A educação positiva faz com que as crianças cresçam assim com melhor autoestima e com noções bem mais claras
Conheça as fases do trabalho de parto e o que esperar delas
Dos pródromos, ou “ensaio geral”, até a dequitação da placenta, entenda a fisiologia do parto
O trabalho de parto é geralmente tema de muitas dúvidas, medos e cercado até de mitos. Então, para desmistificar esse processo que é tão natural, a crescer conversou com a parteira Ana Cristina Duarte e a obstetra Larissa de Freitas Flosi, que explicam o que esperar de cada etapa até o nascimento do bebê e a dequitação da placenta – quando consideramos que o parto termina.
O parto normal pode ser dividido em seis fases: os pródromos, a fase latente, a fase ativa, transição, período expulsivo e dequitação da placenta. Mas essas etapas nem sempre são tão bem definidas.
Ana Cris, diretora e proprietária da casa de parto cria, em São Paulo, explica que não há uma duração correta para nenhuma das fases e, desde que mãe e bebê estejam bem, não há problema se o tempo for maior ou menor do que o esperado para cada uma. “O mais importante é o acompanhamento da gestante, para garantir o bem-estar materno e fetal”, completa.
Ainda assim – mesmo sem regra certa que valha para todas as mulheres – é importante conhecer e observar os sinais de cada uma das fases, para passar pelo processo de parto tranquila e sem pressa. Também, é fundamental o acompanhamento com uma equipe cuidadosa e respeitosa com a mãe e o bebê. “Se está tudo bem com a mãe e com o bebê durante o acompanhamento do trabalho de parto, não precisamos ter um ‘reloginho’ na nossa cabeça para dizer como o trabalho de parto deve progredir. Podemos deixar a natureza seguir o seu curso e intervir apenas quando for necessário”, defende Dra Larissa.
Segundo as especialistas, a dilatação é uma consequência de um trabalho de parto bem
assistido e também de um bebê bem posicionado para nascer. “Hoje em dia, a gente sabe que a posição do bebê no canal de parto é muito mais importante para se levar em consideração do que qualquer outra coisa”, conclui a coordenadora médica do Coletivo Nascer. “É importante para que a mulher não se desespere achando que há algo fora do normal, mas para além da preparação, é fundamental estar acompanhada de uma equipe que atue de acordo com as evidências e não se apresse por causa de limite de tempo pré determinado arbitrariamente”, completa Ana Cris.
As fases do trabalho de parto
Pródromos: Pródromos são como os prenúncio dos trabalhos de parto, como se fossem um “ensaio geral” e podem durar desde algumas horas até semanas. Nesse período, ocorre a preparação do colo do útero para o início do parto. “Essa fase pode, inclusive, não existir. Não necessariamente a paciente vai passar pelos pródromos”, explicou a Dra. Larissa. Na maioria das vezes, a mulher apresenta algumas contrações e sente um pouco de dor, mas sem ritmo definido.
Mamãe com seu pequeno bebê recém-nascido
Fase latente: Esse período marca o início da dilatação. “Basicamente, a fase latente é classificada como os primeiros três centímetros de dilatação e também pode demorar de algumas horas até alguns dias”, explicou a Dra. Larissa. Aqui, a mulher geralmente apresenta contrações, mas o tempo entre elas é bem espaçado.
Fase ativa: Nessa fase, acontece a dilatação efetiva e descida do bebê na pelve. “Começa a partir de 4 a 6 centímetros de dilatação. Aqui, a mulher já está com contrações ritmadas, durando pelo menos 40 segundos cada uma”, explicou Larissa. Geralmente, nesse momento também ocorre a ruptura da bolsa. “A paciente tende a ficar mais quietinha e é um momento em que ela se conecta mais com o próprio corpo. Aqui, as medidas de manejo da dor, como massagens e aromaterapia, são muito bem-vindas”, acrescentou.
Transição: É o período entre o final da dilatação completa e o início do período expulsivo. Nessa fase, pode acontecer de a paciente acabar vomitando. “Geralmente, o vômito vem quando o bebê está passando pelo canal
é importante conhecer e observar os sinais de cada uma das fases
mais estreito da bacia, porque isso gera dor e desconforto na paciente”, explicou a Dra. Larissa. “É bem comum também que a mulher comece a dar uma ‘desesperada’ e ache que o parto não vai dar certo ou que o bebê não vai nascer”, completou a médica.
Período expulsivo: Ocorre quando a dilatação é total e o bebê vai nascer. “Se for o primeiro parto da mulher, o tempo estimado é de 3 horas. Mas se for o segundo parto ou mais, o período aproximado é de 2 horas ou menos”, explicou a obstetra.
Dequitação: Saída da placenta, geralmente tem duração de até uma hora
Como a ioga pode ajuda no preparo para o parto?
A atividade pode funcionar como um preparativo do corpo e da mente da gestante, trazendo benefícios para além da gravidez
A ioga pode ser uma ótima prática para quem está grávida. Ela é uma atividade milenar que oferece diversos benefícios para a saúde física e mental. No caso das gestantes, em especial, ela pode ser uma aliada ainda mais importante: ajuda a controlar a ansiedade, manter o corpo ativo… e até a se preparar para o parto!
As posturas e as técnicas de respiração ajudam tanto a fortalecer os músculos do assoalho pélvico quanto a treinar o corpo para controlar melhor a entrada e a saída de ar dos pulmões. A prática leva a gestante a melhorar sua flexibilidade, força e resistência muscular.
“Na ioga, respiramos mais devagar e mais profundamente. Fisiologicamente, isso faz muito sentido para a mãe e a oxigenação do bebê também é muito beneficiada. São indutores de relaxamento que podem ajudar na hora h, especialmente para o parto normal”, explica a instrutora Ana Luiza Zarif (sp), especializada em gestantes e puérperas.
Em outras palavras, a ioga pode funcionar como uma preparação completa do corpo e da mente, pois ela prepara a mulher não só para se sentir mais confiante e calma para parir, mas também para ter mais controle do próprio corpo, o que ajuda (e muito!) na fase expulsiva e de contrações do trabalho de parto.
“Tendo experimentado diferentes possibilidades e técnicas com seu corpo precisamente, você tem mais consciência corporal para se mexer e fazer aquilo que é mais natural e necessário durante o parto”, diz Ana Paula Malagueta Gondim, professora de ioga especializada na área de gestação
Conheça 3 livros que falam de parentalidade
Algumas coisas sobre a parentalidade positiva não podem ser aprendidas sozinho. Aqui estão alguns livros que oferecem informações vitais sobre a prática
É inegável que a educação dos filhos é o maior desafio e responsabilidade dos pais, influencia na essência da criança até a sua fase adulta. Por isso, muito se fala em parentalidade positiva, estilo de criação que busca criar um ambiente saudável para o desenvolvimento infantil, promovendo relacionamentos fortes, saudáveis e construtivos.
1. “Educação não violenta”
O título de Elisama Santos explora como estimular autoestima, autonomia, autodisciplina e resiliência. A autora aborda, de forma empática, como a educação não violenta vai além dos relacionamentos intrafamiliares, e demonstra como é importante olhar para si com mais cuidado nesse processo.
2. “A raiva não educa. A calma educa.”
A pedagoga e educadora de parentalidade Maya Eigenmann destaca que o processo de educação não deve ser autoritário, constrangedor ou ameaçador. Busca propor uma abordagem respeitosa, onde as necessidades e os sentimentos das crianças são prioridades, sem deixar de estabelecer os limites necessário.
3. “Um Compromisso por Dia para Pais e Filhos”
Carla Nacif e Robson Hamuche sugerem pequenas atividades diárias com o objetivo de fortalecer os laços familiares e promover a felicidade. Eles convidam os leitores a se comprometerem a incorporar esses momentos de conexão em suas vidas e atividades do dia-a-dia
Fonte: Pexels
Telas e crianças: conheça os mitos e riscos por trás desta exposição
Como os pais podem mediar essa relação entre os jovens e os aparelhos?
por Mayara PeninaTelas e crianças. Um assunto que aparece com muita frequência no Lunetas e sempre gera especulações, dúvidas e, às vezes, até polêmicas. Em um mundo tão conectado e tecnológico, é praticamente impossível que as crianças não tenham acesso, em algum momento, à “telinha” de computadores, televisões, tablets, telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos. Porém, até que ponto esse contato é saudável para a saúde e o desenvolvimento infantil? Ele é importante e produtivo, mas também pode causar danos. Ele faz parte do cotidiano familiar, mas deve ser controlado. Afinal, quais orientações os pais devem seguir em relação a este mundo? Existem regras a serem seguidas? E como usar a tecnologia a favor das crianças? Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2015, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), oito em cada dez crian ças e adolescentes entre nove e 17 anos usam a internet com frequência, o que representa 23,7 milhões de jovens em todo o país. Este número teve um aumento expressivo em um ano, já que em 2014, 21% dos entrevistados disseram ter acesso a rede mais de uma vez por dia e, em 2015, atingiu 68%.
A 4ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil – que en trevistou 3.068 crianças e adolescentes entre nove e 17 anos em 350 cidades de todas as regiões do país – ainda constatou que o uso de equipamentos móveis para acessar a internet se manteve significativo entre o público jovem. Em 2014, 82% revelaram acessar a rede por meio do telefone celular e, em 2015, essa proporção foi de 85% – sendo que 31% desta porcentagem de crianças e adolescentes tiveram acesso dispositivo.
Ainda de acordo com a pesquisa, 18% dos entrevistados disseram ter deixado de comer ou dormir por causa da internet; 20% confessaram ter passado menos tempo com família, amigos ou fazendo lição; 20% se sentiram mal em algum momento por não poder usar a rede; e 15% se pegou navegando sem estar realmente interessado no que via.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (sbp) lançou no fim do ano passado um conjunto de orientações sobre exposição às telas e seus possíveis efeitos nocivos, de acordo com as idades e as etapas do desenvolvimento cerebral, mental, cognitivo e psicossocial das crianças e adolescentes. O documento “Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital” foi inspirado em estudos e recomendações internacionais e adaptadas à nossa atual realidade nacional.
Para crianças entre dois e cinco anos, o limite recomendado é de uma hora diária. Já as de seis anos não devem ter contato com jogos violentos e, até os dez anos, nenhuma criança deve ter televisão ou computador nos próprios quartos para evitar a vulnerabilidade do acesso a conteúdos inapropriados.
Para Liubiana Arantes de Araújo, neurologista pediátrica e presidente do Departamento de Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, a criança não deve gastar essas duas horas máximas recomendáveis de uma só vez, e sim fazer intervalos para a exposição às telas. “A criança também não deve ter acesso às telas durante as refeições, para que a alimentação não seja prejudicada, e duas horas antes de dormir, para não afetar a qualidade do sono”, explica.
Em relação aos possíveis perigos para o desenvolvimento infantil, a sbp alerta que a exposição constante às telas pode aumentar a ansiedade, estimular um comportamento violento ou agressivo, causar transtornos de sono ou de alimentação, prejudicar o rendimento escolar, afetar relações em sociedade, facilitar o incentivo à sexualidade precoce, e expor a criança precocemente a drogas, entre outros.
De acordo com Liubiana, a criança que tem uma grande exposição a computadores e celulares, por exemplo, pode ter problemas em sua saúde ocular (devido ao olhar fixo e aberto diante da tela), auditiva (devido ao uso de fones de ouvido), manual (pela repetição de movimentos) e de postura.
Ainda segundo a presidente da sbp, “o cérebro da criança é como uma esponja e recebe estímulos que moldam o seu comportamento e sua personalidade”.
Portanto, se a criança for exposta, mesmo que passivamente, às telas com cenas de violência ou de uma tragédia, isso vai gerar um sofrimento para o pequeno. Por isso, os pais devem tomar cuidado com o que deixam ligado perto de seus filhos.
Além disso, dizer “meu filho não sai no celular” é uma contradição, pois referência é fundamental para o comportamento.
Como são as orientações lá fora?
A Academia Americana de Pediatria reviu as suas recomendações sobre a exposição de crianças à tecnologia. Orientações como a de que pequenos de até dois anos não deveriam ter nenhum contato com telas e a de que o acesso das crianças maiores à televisão deveria ser restrita a duas horas diárias foram mudadas por recomendações médicas.
Após a flexibilidade, as recomendações sobre o tempo de tela saudável – aquele usado para fins de entretenimento, ou seja, sem contar o período destinado a pesquisas e tarefas escolares – é de nenhuma exposição diária às telas para crianças de 0 a 18 meses; de uso limitado a uma hora por dia, com programação de qualidade e apropriada à idade, para as de dois a cinco anos; e de quantidade de tempo determinável pelos pais, mas sempre com monitoramento dos conteúdos acessados, para as de 6 anos ou mais.Os pediatras americanos mudaram suas recomendações com foco mais no conteúdo assistido e menos no tempo em que os pequenos passam vidrados de frente às telas.
Críticas de pesquisadores
Vários governos têm recomendações relacionadas ao tempo de exposição das crianças
diante as telas tecnologicas. Porém, alguns desses pesquisadores contestam a falta de evidências científicas sobre o real impacto da tecnologia na vida e desenvolvimento do crescimento das crianças.
Uma recente carta aberta publicada por cientistas e pesquisadores de várias áreas (como Educação, Psicologia e Direito) de diversas universidades (como Harvard, Oxford, Cambridge e Columbia) questiona o que eles chamam de “pânico moral” sobre a atual preocupação em relação ao tempo de exposição às telas. Para o grupo, o que há atualmente é um alarmismo em relação aos danos que as telas podem causar às pessoas e não evidências. Eles explicam na carta que não faz sentido discutir sobre a quantidade de exposição, mas sim sobre a qualidade do conteúdo acessado.
Em defesa de que as tecnologias digitais são parte da vida das crianças do século 21, os pesquisadores ainda afirmam que
Celulares, tablets e computadores não precisam ser vilões, mas a relação desses dispositivos com as crianças precisa ser cuidada de perto
o foco na exposição dos pequenos às telas é uma abordagem inapropriada, já que a saúde e o bem-estar infantil dependem de vários fatores, como o ambiente familiar e o nível socioeconômico dos pais.
Perigo para os olhos?
O constante acesso às telas de televisores, computadores e smartphones, por exemplo, causa mesmo algum dano à visão das crianças? De acordo com Dr. João Alberto Holanda de Freitas, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a resposta é “não”. Segundo o oftalmologista, o que pode acontecer é a chamada “síndrome do olho seco”, caracterizada pela evaporação mais rápida do canal lacrimal devido a falta do piscar. João Alberto reforça que o contato visual com as telas não oferece risco oftalmológico, nem afeta a quantidade de lágrimas das crianças.
Entretanto, em casos de caso visão cansada, olhos secos, ou qualquer outro incômodo após longa exposição às telas, ele recomenda o uso de um colírio lubrificante. “Mas o ‘piscamento’ é essencial para lubrificar o olho”, conclui. De acordo com os estudos da Academia Americana de Oftalmologia, olhar direto para telas não causa danos oculares permanentes. Segundo os oftalmologistas americanos, o que acontece é que olhar por muito tempo para elas, principalmente se a distância dos olhos for pequena, faz com que a pessoa pisque menos, o que pode ocasionar uma vista cansada ou a síndrome do olho seco.
Crianças e telas: liberar ou proibir?
No mundo atual, é praticamente inevitável que qualquer criança não tenha acesso (mesmo que muito restrito) à televisão, computador, videogame, tablete, ou aparelho celular. A não ser quando a criança vive em condições remotas de acessibilidade, possibilidades e informação, é comum que os pequenos tenham contato com este mundo das telas brilhantes, seja em casa, na sala de aula, ou por meio de amigos primos e colegas próximos.
E, entre as questões que permeiam as dúvidas de pais em relação ao acesso dos filhos às telas está a de liberar ou proibir o uso de aparelhos eletrônicos e tecnológicos, bem como o acesso à Internet que as crianças possuemt.
Para quem acha que não ter televisão em casa é uma tarefa difícil, Anne Sobotta prova o contrário. Instrutora e formadora em yoga para gestantes, mães e bebês em Santo Antônio do Pinhal (SP), Anne conta que quando engravidou de Jada – sua filha que hoje tem dez anos – já não tinha TV na casa onde elas moravam na Bahia.
A francesa, que vive no Brasil há cerca de 15 anos, diz achar que a televisão tem um poder de atração enorme perante as pessoas e que não queria isso para sua família.
Em relação ao uso de outras telas, Anne conta que ela e seu parceiro usam muito o computador e tablet em seus trabalhos. Jada também tem permissão para usá-los, porém, sob supervisão da mãe. A menina tem acesso a vídeos com conteúdos pedagógicos – como um programa de ciências francês –, filmes em outros idiomas para estimular a linguagem trilíngue da família, aplicativos educativos ou pesquisas.
Jada não tem acesso a nenhuma rede social, nem sob monitoração. “Prezo por ela poder se relacionar com pessoas em carne e osso, com outras crianças e adultos. Tento adiar o máximo possível as relações virtuais de minha filha”, diz Anne. A instrutora de yoga fala que se apavora ao ver tantas crianças ganhando celulares de seus pais.Ana Paula Silva, proprietária da empresa socioambiental Morada da Floresta, e seu marido também já não tinham televisão antes de terem filhos. Com a chegada de Violeta e Micah, atualmente com oito e seis anos, o costume permaneceu. “Preferimos não ter TV para possuir maior controle sobre o que eles têm acesso”, conta Ana. Porém, as crianças já possuem acesso à TV na casa de familiares ou de amigos, o que não acontece com muita frequência. No caso de computadores, eles têm o acesso limitado e aos conteúdos supervisionados.
A tecnologia como ferramenta
Com pensamentos diferentes aos de Anne a Ana Paula, Fabiana Almeida, mãe de Pedro e de Lucas, de oito e cinco anos respectivamente, diz que o acesso às telas em sua casa é liberado, mas sob supervisão dela e do pai das crianças. “Eu controlo conteúdo, conversamos muito e ficamos de olho no que eles assistem, tento me policiar para não ficarem o dia inteiro com as telas e evito deixar usarem antes de dormir”, conta. A mãe fala que cada um dos meninos tem um tablet e, no quarto deles, há uma televisão e um videogame. Segundo Fabiana, os filhos gostam muito de jogos e de verem vídeos na Internet. O uso do tablet, inclusive, é liberado quando a família sai a passeio ou vai a um restaurante. “Eles não têm paciência nesta idade. Mas, se estão com o tablet, conseguimos ficar mais tempo e aproveitar um pouco mais o lugar”, explica. Elisa Dreux, mãe de Julia, de um ano e sete meses, também acredita que as telas devem ser liberadas para as crianças sem maiores preocupações. Ela, que parou de trabalhar para se dedicar à filha em casa, conta que recorre à televisão para poder fazer tarefas domésticas, já que a pequena pede sua atenção para brincar e só fica sozinha se estiver em frente à TV. “Em casa sempre estamos com a TV ligada em vídeos ou desenhos praticamente o dia inteiro”, diz. Para Elisa, o tablet – que tem aplicativos pedagógicos e vídeos infantis – é um recurso para que sua filha se mantenha entretida durante trajetos no carro ou em um restaurante com os pais, por exemplo. “Eu sempre falei que minha filha não teria tablet e não assistiria à televisão. Mas, por mais que muitos falam que faz mal, na prática acaba não funcionando desse jeito.
De acordo com a mãe, a tecnologia até ajuda na educação, pois sua filha tem aprendido palavras, números e letras com jogos no tablet. “Não podemos somente falar que a tecnologia atrapalha a criança. É só saber usar”, conclui.
Quando se trata da liberação ou proibição das telas na infância, cada família tem seu ponto de vista e seu costume, de acordo com seu estilo de vida – que devem ser respeitados e seguidos fora de casa por parentes, educadores e cuidadores da criança. As telas e as tecnologias podem oferecer benefícios ou prejuízos, depende de como são usadas , por quem são avaliadas e onde são usadas.
A TV aberta ou fechada tem mais porcarias do que coisas boas. Decidi que a televisão não faria parte das nossas vidas
7 passeios em família incríveis para fazer em São Paulo
Confira diversos passeios ao redor da cidade!
São Paulo impressiona não só pelo seu tamanho e por ser a maior cidade da América Latina, mas também pela variedade de passeios e atividades que oferece. De amplos espaços ao ar livre a animados eventos culturais, famílias com crianças ou adolescentes terão muitas opções para se divertirAqui não faltam atrações para as crianças, então, separamos alguns passeios que você pode fazer em São Paulo com crianças. Não se assuste com o tamanho da cidade. Explore cada cantinho da cidade e aproveite muito!
Parque do Ibirapuera
O Parque do Ibirapuera, em São Paulo, é uma das áreas verdes mais visitadas da cidade. Parte de seu sucesso se deve ao seu tamanho e ao número de atrações que oferece: mais de 390 hectares formados por jardins coloridos, prédios históricos, museus, auditórios e monumentos que lhe valeram o título de patrimônio cultural e ecológico da cidade de São Paulo. Portanto, é possível passar um dia inteiro caminhando pelo parque.
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana
Preço: Entrada livre
Parque da Luz
O Parque da Luz foi o primeiro espaço público de lazer inaugurado em São Paulo e está localizado em frente à estação de trem e metrô de mesmo nome.
Logo ao lado fica outro lugar muito bacana para quem gosta de exposições: a Pinacoteca de São Paulo. Vale a pena pegar o roteiro e ir caminhar por lá no parque.
Endereço:
Rua Ribeiro de Lima, s/n – Bom Retiro
Museu do Futebol
Para amantes do esporte, o Museu do Futebol é uma oportunidade ideal para aprender e se divertir ao mesmo tempo.
Distribuída por 15 salas temáticas, a exposição principal é uma viagem envolvente e emocionante pela história do esporte no mundo e no Brasil.
Endereço:
Praça Charles Miller, S/N -Pacaembu
Preço:
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Planetário do Ibirapuera
O Planetário do Professor Aristóteles Orsini foi inaugurado em 1957, o primeiro do Brasil. Seu objetivo é aumentar a sensibilidade do público para as questões espaciais, especialmente a astronomia.
É um importante centro de educação, cultura e entretenimento. Após reconstrução e modernização, foi reaberto em 2006.
Endereço:
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Portão 10
Preço:
Entrada gratuita com retirada de senha
Instituto Butantan
O Instituto Butantan é uma grande oportunidade de levar as crianças ao contato com a natureza e mais especificamente com os animais e os insetos .
O instituto apresenta espécies nas dependências climatizadas do Museu Biológico, separadas do público por vidro, ou em serpentário livre, dividido em venenosas e não venenosas. Nenhuma reserva antecipada é necessária para grupos de famílias e amigos.
Endereço:
Av. Brasil Vital, 1500 – Butantã
Preço:
Crianças de 8 a 12 anos: R$ 2,50
Adultos R$ 6,00)
Farol Santander
Reinaugurado em 2018, no edifício Altino Arantes deu lugar ao Farol Santander, um espaço multicultural na cidade de São Paulo. Conta com diversas atrações espalhadas por 18 dos 35 andares do prédio. Os destaques incluem a pista de skate, espaços para exposições e, claro, o famoso gazebo!
Endereço:
Rua João Brícola, 24 – Centro
Preço:
R$ 25,00 (inteira) R$ 12,50 (meia passagem)
R$ 22,50 (cliente Santander)
Sesc Avenida Paulista
Localizado em uma das regiões mais visitadas por turistas e moradores da cidade. O Sesc Avenida Paulista está sempre movimentado, pois, sua programação inclui interessantes exposições, shows, cursos, palestras e muito mais. Mas o que realmente atrai os visitantes é o mirante do prédio, que proporciona uma vista privilegiada da avenida mais famosa de São Paulo: a Avenida Paulista.
Endereço: Av. Paulista, 119 -Bela Vista
Preço: Entrada livre
10 perguntas que você deve fazer para criar filhos felizes
Questionamentos necessários de modo a se criar filhos de uma forma saudável e efetiva
Nós sabemos que no fundo você já quis que o seu filho fosse perfeito. Querer que os filhos tirem as notas mais altas da sala ou se comportem perfeitamente na frente das visitas são alguns pontos que a parentalidade traz,mas não prioridade. Fazer com que os pequenos se sentam seguros, confiantes e protegidos é o primeiro degrau para criar mais pessoas empáticas. Assim, se você quer criar um filho feliz deve concentrar-se nos pequenos detalhes do dia a dia.. Uma criança feliz é inquieta, barulhenta e alegre. E isso é ótimo!
1 – Como que eu gostaria que meus pais tivessem agido comigo?
Escreva-a tudo que vier à mente. Dependendo do seu caso ou da sua história de vida, talvez você desejasse mais afeto, liberdade, atenção ou até limites. De qualquer forma, leia a lista e pergunte a si mesmo se está repetindo a história com seus filhos.
2 – Aceito meu filho como ele é?
“Você é preguiçoso, desobediente, irresponsável”. Lembre-se que algumas atitudes das crianças podem não te agradar, mas isso não significa que eles são só “desobedientes”. Personalizar os filhos pelos seus erros pode gerar insegurança.
3 – Qual é a qualidade do tempo que passo com ele? Dou toda a minha atenção para eles?
Talvez as suas ocupações façam o tempo com os seus filhos ser mais curto ou longo: não importa, apenas não se distraia e esteja presente de corpo e alma nesse momento tão importante. Brinque, conte histórias, ria e se divirta com ele.
os pequenos se sentam seguros, confiantes e protegidos é o primeiro degrau para criar mais pessoas empáticas
4 – Eu não deixo ele fazer as coisas sozinho? Sou superprotetora?
Se o seu filho já tem a capacidade de pegar seus brinquedos sozinho, brincar na área de recreação sem um adulo, ou até mesmo se vestir e escolher as próprias roupas e, mesmo assim você faz tudo isso por ele – cuidado. O que você acaba transmitindo é a mensagem de “sem mim você não pode”.
5 – Como mostro ao meu filho que me preocupo com os outros?
Somos seres sociais e podemos ajudar um ao outro. Se seu filho vir seu exemplo, provavelmente irá segui-lo. Às vezes, não imaginamos o impacto que podemos gerar neles com uma com uma ação ou algumas palavras gentis, que demostrem empatia.
6 – Posso reclamar do meu dia na frente das crianças?
Lembre-se de que nossos filhos moldam seu mundo a partir do que percebem de nós. Se eles observam que você vive reclamando e se sentindo insatisfeita vão acabar com apreensivos com o que está a sua volta.
7 – Como reajo quando algo não segue o meu caminho?
É verdade, você já é adulta e pode não perceber, mas reagir com birra e intolerância quando as coisas saem do seu controle pode ser mais normal do que imagina
8 – Eu meço a inteligência do meu filho pelas suas notas?
Uma boa nota não define seu filho. Tenha a paciência necessária e possa ajudar como puder. Seu apoio faz toda diferença.
9 – Como me senti quando meus pais não me permitiram expressar minhas emoções e opiniões quando eu era criança?
É importante que você se faça essa pergunta, pois precisa se conectar com o que sentiu quando era pequeno. E, se nesse caso lhe disseram: “não chore”, ou talvez um “não ria tanto!”, certamente você lembrará como foi difícil se sentir você mesma.
10 – Como ensino meus filhos a superar desafios?
É importante que você desenvolva a resiliência no seu filho. Isso é nada mais do que superar perdas ou falhas aprendendo algo novo com eles. A infância é a melhor época para aproveitar as experiências e crescer
Autocuidado é um dos maiores desafios da maternidade
Esse é um dos assuntos da 10ª edição do Seminário Internacional de Mães, evento que ocorre em SP, com apoio de todos nós da revista liame
A maternidade é a profissão mais importante do mundo, mas ainda uma das menos valorizadas. E quando o assunto é maternidade, o Seminário Internacional de Mães é uma referência no país e chega neste ano à 10ª edição. O evento que ocorrerá no dia 4 de maio em São Paulo, com apoio da Novabrasil.
Criado em 2015 por um grupo de mães de primeira viagem que estavam ansiosas por informações sobre como lidar com os desafios da criação dos filhos, o 1º Seminário foi um marco e reuniu mais de 600 mulheres.
Em entrevista à Novabrasil, a jornalista e educadora parental, Ivana Moreira, uma das organizadoras do evento, falou sobre a importância do encontro: “maternidade é um perrengue que necessita de apoio de outras mães, mesmo sendo maravilhoso. É como um jogo de videogame, a próxima fase é sempre mais complexa”.
O Seminário começou em Belo Horizonte e ocorre em São Paulo desde 2018. Ivana ressalta que “é uma troca de experiências e um encontro inspirador sobre tudo que impacta a vida das mulheres com a maternidade”.
Ao longo desses 10 anos, várias pautas passaram a fazer parte das discussões no seminário. Entre elas, estão o impacto de relacionamentos novos para os filhos, mulheres que ficaram em casamentos ruins por causa dos filhos, a inclusão, a sexualidade e o racismo. São pontos que ganharam destaque nos últimos anos e merecem ser discutidos. Nesta edição, nomes conhecidos nacionalmente vão falar sobre esses assuntos. A advogada e apresentadora Gabriela Priori, a jornalista e escritora Daiana Garbin, a empresária Rachel Maia, a empreendedora Dani Junco, a escritora e também a influencer Cris
Paz, a educadora portuguesa Magda Gomes Dias e a sexóloga Cida Lopes compõem a programação deste ano.
Para Ivana Moreira, as mulheres buscam outro modelo de maternidade, diferente de outras gerações. “Tem uma grande discussão de que mãe eu quero ser, de um jeito que contribua para o desenvolvimento de meu filho. E ainda, o direito de não querer ser mãe também. É um processo de transição que está ocorrendo”, pontua ela.
O evento será realizado no dia 4 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. A programação começa às 9 horas e só termina às 19 horas. A programação completa e a venda de ingressos está no site
Maternidade é um perrengue que necessita de apoio de outras mães, mesmo sendo maravilhoso
Burocracia é determinante na adoção no Brasil
Para a especialista em Direito Civil Marta Maffeis, a demora no processo de adoção garante segurança e evita os possíveis arrependimentos
No Sistema Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça cerca de 5 mil crianças e adolescentes estão à espera para serem adotados no Brasil. Surpreendentemente, existem mais de 35 mil pretendentes à adoção, o que significa que para cada criança que espera ser adotada há quase sete famílias desejando adotar. No entanto, o trâmite e a burocracia no processo de adoção no Brasil são complicados e demorados.
Todo o processo pode durar cerca de um ano para ser concluído, isso quando o perfil do adotante se encaixa na verificação disponível das diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Quando há problemas no decorrer do processo de adoção, o tempo médio fica em torno de três anos e meio, segundo o portal jusbrasil.com.br.
Para a especialista em Direito Civil Marta Maffeis, professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP, a complexidade do sistema frequentemente causa frustração entre os pretendentes à adoção. Por isso, ela gosta de citar o Sistema Nacional de Adoção, todo o conjunto de normas e procedimentos que orientam o processo.
Ela destaca que todas as partes burocráticas que regem o Sistema Nacional de Adoção foram criadas pela legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como as diretrizes pelo Conselho Nacional de Justiça.
A professora ainda ressalta a importância de compreender o processo de adoção das crianças na fila de espeera. “O processo começa no Fórum, na Vara da Infância e Juventude, onde o adotante deve levar documentos pessoais e realizar o cadastro, com qualificações, dados pessoais e o perfil da criança ou do adolescente desejado”.
Ela continua afirmando que, após análise pelo cartório, o documento é encaminhado ao Ministério Público, onde se inicia a avaliação por uma equipe interdisciplinar composta de psicólogos e assistentes sociais. “Essa equipe realiza entrevistas e avaliações para entender as motivações dos candidatos à adoção.”
Segundo a professora, aqueles considerados habilitados são obrigados, pelo ECA, a participar de um programa de preparação para adoção, no qual o objetivo é fornecer um conhecimento efetivo sobre adoção, corrigindo ideias muitas vezes incompatíveis com a realidade.
“Depois que o casal está habilitado, inicia-se uma aproximação lenta com a criança ou adolescente. Então não se pode simplesmente adotar, pegar a criança e levar ela para casa, não é simples; é um processo que requer cuidado e tempo”, enfatiza a professora.
Mas, apesar da demora, para Marta a burocracia por trás do processo desempenha um papel crucial, não apenas garantindo a proteção da criança ou adolescente, mas também evitando arrependimentos futuros.
importância de compreender o processo de adoção das crianças na fila
Fonte: Unimed
“A adoção cria um vínculo eterno entre pais e filhos, e é necessário ter uma visão realista da situação. Já houve casos de pessoas que adotaram e depois se mostraram muito arrependidas e devolveram a criança para o sistema de adoção. Então é um ato bastante importante e que tem que ser feito com bastante cautela, e dentro do que a lei exige”, exemplifica Marta.
Para a mãe solo, Maria Aguilar, a adoção não foi um processo simples, mas a maternidade fez toda a demora valer a pena. Ela explica que conheceu Fernanda quando ela tinha 2 anos e que na época passava por uma situação delicada, porque, apesar de sempre sonhar em ser mãe, não podia engravidar.
Contudo, para Maria, todo o esforço valeu a pena quando Fernanda começou a confiar nela para acompanhá-la em passeios por Ribeirão Preto, como no Curupira, ou para ir tomar sorvetes de casquinha. “O momento mais tocante foi quando Fernanda, pela primeira vez, me chamou de mamãe. E agora, com 5 anos, Fernanda é o girassol mais bonito de meu jardim”, conta Maria.
A professora Marta também ressalta que todo processo de adoção é gratuito e que qualquer pessoa pode adotar, independentemente do seu estado civil, “a única questão imposta pela lei é que haja uma diferença de 16 anos entre a pessoa que vai estar adotando e aquela que será a adotada”.
Outras demoras
Marta Maffeis destaca que a demora no processo de adoção muitas vezes é agravada pela seleção criteriosa feita pelos pretendentes. “Às vezes, as pessoas escolhem no cadastro o tipo de criança que desejam. Elas podem especificar que não querem crianças com nenhuma doença, como o vírus HIV, e também fazem escolhas relacionadas à cor da pele, tipo de cabelo, sexo e idade. Isso pode dificultar a busca por uma criança que atenda ao perfil desejado”, explica a professora.
Ela ressalta que a preferência por bebês é predominante. São 36.437 pessoas interessadas em adotar uma criança, mas 83% das crianças têm acima de 10 anos e apenas 2,7% dos pretendentes aceitam adotar acima dessa faixa etária, segundo cálculos do Conselho Nacional de Justiça.
Ademais, o cenário de lentidão e burocracia acaba levando ao envelhecimento das crianças nos abrigos e dificultando a concretização dos procedimentos adotivos, pois quanto maior a idade, menor é a chance de adoção.
A situação é complexa, e o Poder Judiciário do Estado de São Paulo tem algumas propostas no Congresso para melhorar e acelerar o processo de adoção, como, por exemplo, uma cláusula que estipula o prazo máximo de um ano para a conclusão do procedimento de adoção, depois de iniciado o estágio de convivência. Outro projeto aguardando análise define punições aos adotantes que desistem da guarda para fins de adoção ou devolvem a criança ou o adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção
Adoção no Brasil: o drama entre jovens e famílias
País possui mais de 5 mil crianças para serem adotadas por 36 mil pais, uma proporção de aproximadamente 1 criança para 7 adultos
mil crianças adoção mil pessoas adoção
São Pa ulo é o esta do com mais
adotar uma criança
Realizaram adoção alguma vez
Estados com maiores índices de adoção nos últimos cinco anos
Estão em processo de adoção
Há mais meninos na Famílias prefere m adotar criança s sem irmãos
sem irmãos
aceitam adotar irmãos
são do sexo masculino são do sexo feminino
Crianças parda s são as mais numerosas para adoção
Crianças parda s e branca s são as mais adotad as
Pretas Indigenas
Por que evitar frases autoritárias na educação dos filhos?
O mestre em psicologia Alexandre Coimbra do Amaral explica por que devemos ser autoritários sem causar nenhuma desconstrução
por Alexandre Coimbra AmaralEstamos em um dos séculos mais demandante de transformações no comportamento social. Tudo o que nos foi ensinado (mal) está sendo (muito bem) questionado, e sentimos às vezes que precisamos reaprender a estar no mundo do zero. Percebemos, todos os momentos, que aquelas frases que dizíamos, pensávamos e fazíamos como “brincadeira” ou porque “a vida é mesmo assim, que bobagem, você é muito sensível”, eram, na verdade, a expressão da violência que estava em nós, aprendida nas interações mais cotidianas. Assim, nossas famílias e as pessoas que nos formaram também nos deformaram para aconvivência com a diferença.
Sejamos honestos: somos um país racista, machista, homofóbico, capacitista… No meio desses muitos (re)aprendizados contínuos e intermináveis, resta-nos a postura de aprendizes, que tanto nos ensinou Paulo Freire. Uma posição existencial, um jeito de levar os dias e o tempo, de lidar com o humano e com a vida. Existir como aprendizes é parte da melhor revolução de costumes de nossa época. É assim que podemos sentir que somos parte da transformação do mundo em um lugar realmente regido pelo respeito, pela dignificação da vida e pela celebração das diferenças que cada pessoa pode trazer.
O que é muito, muito mais do que a pífia “tolerância” ou a morna “aceitação”. Existimos como diferentes entre diferentes também para aprendermos a comemorar este mosaico humano que se revela entre nós a todo momento e dessa maneira celebrar.
Existir como aprendizes é parte da melhor revolução de costumes de nossa época. É assim que podemos sentir que somos parte da transformação do mundo em um lugar realmente regido pelo respeito , amor e caridade com aqueles que já foram oprimidos.
No entretanto, temos falado pouco ainda sobre as estruturas chaga do autoritarismo entre nós. Não há nenhum adulto de nosso tempo que não tenha sido criado e forjado por estes parâmetros: “criança não tem querer”, “mas é sua mãe, seu moleque insolente!”, “engula sapo do seu chefe porque a vida é assim mesmo”.
O autoritarismo que trazemos silencia nossas indignações e normaliza violências contra pessoas de menor hierarquia social e aqules que são fragilizados.
Somos todos autoritários em desconstrução, tentando aprender a não gritar, “porque eu quero e pronto, tudo acabou”, ao “cale a boca que eu estou mandando”. Nesse contexto de aprendizagem social tão novo, vale trocar ideias com quem está buscando o mesmo tipo de letramento, inventando novas maneiras de colocar o respeito como teto inviolável dos diálogos difíceis, e muitas vezes desconfortáveis que podem afetar relações.
Vale muito pena ser aprendiz de um mundo mais democrático e inclusivo. Afinal, é passada a hora de passarmos a ser opressores pela falta de uma educação libertadora para os oprimidos da sociedade. Dessa maneira tomando a responsabilidade social que temos.
Porém, enquanto trilhamos esse caminho de desconstrução, também nos deparamos com a urgente necessidade de abordar a estrutural chaga do autoritarismo em nossa sociedade. Pouco tem sido discutido sobre esse tema tão arraigado em nossas dinâmicas sociais. Não há um adulto de nossa era que não tenha sido moldado por esses parâmetros autoritários: “criança não tem vontade própria”, “respeite mãe, seu insolente!”, “engula o que seu chefe disser, porque é assim que as coisas funcionam no mundo”.
O autoritarismo internalizado silencia vozes de indignação e perpetua a normalização de violências contra aqueles em posições de menor hierarquia social. Todos nós estamos em processo de desconstrução, lutando para desaprender o impulso de impor nossa vontade sobre os outros, resistindo ao mantra do “porque eu quero e pronto, acabou”, e rejeitando o “cale a boca que eu estou mandando”. Nesse contexto de aprendizado coletivo e tomar responsabilidade social através de um diálogo inclusivo e cooperativo no crescimento e educação, é valioso trocar ideias com aqueles que também estão buscando formas de estabelecer o respeito como o alicerce inabalável dos diálogos difíceis
Médica pondera, ser mãe exige fazer uma pausa para si mesma
Médica reflete sobre a importância de as mães terem respiro. Uma pausa na hiperprodutividade
por Ana Jannuzzi
Sentei para escrever um texto sobre a maternidade e a comparação. Fiquei vinte minutos olhando para a tela do computador e os rascunhos pareciam ter sido escritos por outra pessoa. Troquei de tema, vai que é isso. Vamos falar sobre o uso de telas. Mais vinte minutos olhando pra tela (que irônico) sem qualquer resposta mental. Não deu.
Eu queria não falar sobre nada porque neste momento meu cérebroparece uma grande maria-mole cansada, mas eu não posso. Preciso dar conta de fazer aquilo que eu devo fazer, mesmo nas condições mais áridas (o pedreiro do vizinho começou a martelar na minha cabeça nesses exatos momento para ironizar meu destino).
Só que meu corpo está pedindo uma pausa, provavelmente para se organizar e permitir o nascimento dessa criança que, bem, parece muito confortável aqui dentro. E quanto mais eu me recuso a olhar para essa demanda, mais ela cresce e me engole.
Umas pausas curtas em alguns sonhos que demandam mais do que podemos entregar naquele momento. Uma pausa longa (talvez eterna) em projetos que param de fazer sentido na nossa vida.
Nós, filhas da percepção de que temos que entregar projetos e resultados numa escala quase “masculina” de ser… Como vamos fazer pausas? Como ousamos precisar sentar e, pausadamente, tocar as coisas, nossos filhos de carne e osso ou de sonhos, com as nossas mãos de forma lenta e atenta? Podemos nos dar a esse luxo?Eu me lembro de quando tive minha primeira filha, aos vinte e quatro anos. Médica recém-formada, eu precisava voltar ao mercado de trabalho. Eu precisava me sentir útil e eu só podia medir utilidade
e valor através da escala que eu conhecia: a de trazer dinheiro para casa, a de trabalhar fora.
Ficar em casa e guiar o crescimento da minha filha era justamente tudo que eu não poderia fazer - embora meu coração assim o desejasse.
Financeiramente a gente não precisava que eu saísse de casa para trabalhar. Meu marido, mestre em psicologia do desenvolvimento infantil, me sondava. Falava da importância e do valor de simplesmente criar uma criança, da importância de tudo aquilo que se desenrolava dentro de casa. A decisão final era minha, mas ele quis me alertar. Eu?
. Eu não tiraria qualquer intervalo. Eu daria conta de tudo, sempre.
No dia em que eu recebi um vídeo de Clarice engatinhando pela primeira vez enquanto eu examinava um fundo de olho sem qualquer paixão ou vontade, eu entendi um pouco disso. Minha recusa a parar um pouco, a desacelerar… não me trouxe qualquer benefício. Pelo contrário, fiquei longe da minha filha e dos meus sonhos também.
Este exemplo foi sobre o retorno ao trabalho, mas pode ser sobre qualquer momento do dia a dia em que esquecemos de simplesmente… desacelerar e relaxar um pouco.
É sentar e ler uma história para o bebê, sem pressa e sem olhar no relógio. E depois disso seguir a vida, com todas suas demandas. É compartilhar um chá rindo de alguma coisa, com uma amiga querida que também está passando pela mesma fase da maternidade que você. É ler um livro leve que te arranque algumas gargalhadas silenciosas, enquanto o bebê dorme É tentar dar conta da tal louça, quando necessário, com calma e paz na alma.
É, principalmente, identificar quando essa pausa se faz urgente. Quando nossa fonte de calma, de paz, de bem-estar vai secando… e a angústia de fazer tudo correndo e dar conta de todas as demandas vai aumentando. É nesse momento que precisamos de uma pausa. Seja ela grande, como engavetar um projeto que não faz mais sentido agora, seja ela pequena, como sentar e contar, por cinco minutos, as formiguinhas no chão ao lado do seu bebê
Ser mãe dá trabalho... em todos os sentidos: desafios e recompensas
Filhos agregam nos currículos e nas nossas carreiras na medida em que encontramos um ambiente de bemestar parental que benefícios para quem tem filhos
por Camila AntunesNo checklist de a mãe perfeita, executar as tarefas do dia a dia parece um jogo infinito e frustrante. Parece que nunca conseguiremos nos sentir boas o suficiente neste cargo, não teremos folga, nem reconhecimento. É um trabalho pesado e constante. E essa não é só a minha história. Somos e muitas. Mulheres são metade da população e são mães da outra metade. Ter filho dá trabalho.
Acontece que quando nasce mais um filho, nasce também uma CEO. Não há como continuar sendo a mesma pessoa, pois isso seria um desperdício. No processo, adaptação desse cargo vitalício, é necessário um ajuste à nova rotina, aos horários, ao corpo que muda, ao sono que não é mais o mesmo, aos boletos que chegam, à responsabilidade de cuidar e de criar um outro ser… Mas surgem também todas as inúmeras capacidades socioemocionais que todos desenvolvemos na criação diária das nossas crianças. Muito do trabalho materno é invisível e solitário, que acaba contribuindo para alguns vieses inconscientes que mães ficam menos produtivas, com agendas mais complexas, com um ritmo diferente ou de que não querem mais trabalhar quando os filhos chegam. Por isso ainda convivemos com dados tão absurdos em relação à saída de mães do mercado de trabalho, ou empresas sem nada de mulheres ocupando um cargo de liderança. O que acontece que muitas perdem seus trabalhos não por vontade própria e, sim, por um mercado que não percebe a potência que é a chegada de um filho na vida da colaboradora e da própria equipe. E os desafios não param por aí. Quando essas mulheres decide voltar ao trabalho — porque veja só, mulheres querem e precisam trabalhar —, o que o mercado de trabalho diz é que, não é mais o seu lugar. Perguntas preconceituosas, muitos espaços que mostram que ter os filhos não são bem-vindos. Faltam políticas inclusivas e faltam processos, falta treinamento para os líderes. A mulher sente que não tem mais o direito de investir em sua carreira. E qeu esse investimento seria contra os ideais societários. Quando a Bel, minha mais velha chegou, voltei para o trabalho e não
queria mostrar que estava me adaptando aos meus novos cargo em casa. Queria que todos os mundo achasse que eu estava bem, não queria “atrapalhar”. Escondi tudo e fiquei adoecida.
Eu disfarçava bem. Quando engravidei do João, não consegui mais segurar a mentira e pedi demissão e grávida. Eu não era mais a mesma. Perdi meu trabalho, perdi meu crachá, perdi minha identidade. Fui eu atravessando o processo de adaptação e passei a ocupar cada dia mais essas posições de CEO da minha vida pessoal e profssional.
Enquanto a mãe lida com as sobrecargas de conciliar seus múltiplos papéis no dia a dia do exercício parental, ao mesmo tempo, ela aprimorava as famosas soft skills, extremamente visadas pelo mercado de trabalho.
Foi pensando nisso que lançamos neste mês das mães e famílias o movimento “Ser mãe dá trabalho”. Ele nasce para ajudar a conectar mães em recolocação com empresas que deseja acolher esses talentos e criar um ambiente de bem-estar parental. A iniciativa é fruto de uma parceria.
Na plataformas: Ser Mãe Dá Trabalho serão divulgadas vagas oferecidas pelas empresas participantes do Movimento, como uma vitrine de oportunidade de trabalho. Além do acesso às vagas, as mães que se cadastrarem na plataforma terão ao seu dispor gratuitamente uma trilha, capacitação exclusiva e a entrada em uma comunidade de mães para acolhimento e troca sobre carreira.
Já as empresa interessada em se associar ao Movimento terão toda liberdade de divulgar vagas com benefícios considerado positivos para mães, dando exemplo de flexibilidade de horários e licenças parentais estendidas. Poderão , também compartilhar boas práticas com outras empresas e treinar suas lideranças para um recrutamento inclusivo
O Patinho Cinza: em busca de aceitação
Era uma vez, numa pequena fazenda cercada por verdes campos e um lindo lago, um ninho de ovos de pato aguardava ansiosamente para eclodir. A mãe pata, orgulhosa, esperava o nascimento de seus filhotes. Um a um, os ovos começaram a rachar, revelando adoráveis patinhos amarelos, exceto um.
O último ovo, maior, demorou mais para abrir. Quando finalmente rachou, revelou um patinho diferente, maior e com penas acinzentadas. Desde o começo, seus irmãos perceberam que ele não se encaixava. Ele não se sentia confortável nas brincadeiras e nas conversas sobre o futuro, quando seus irmãos falavam sobre encontrar um par e formar família.
O patinho cinza era alvo de piadas e comentários maldosos.
“Você é tão esquisito!”, diziam os outros patos. “Por que você não pensa como a gente? Por que você não quer encontrar alguém especial?”. O patinho, triste, não sabia como explicar que não sentia o mesmo desejo que os outros. Ele apenas queria ser ele mesmo, sem pressões ou expectativas.
Conforme os dias passavam, a situação só piorava. O patinho sentia-se cada vez mais deslocado e incompreendido. Sua mãe, apesar de amorosa, não conseguia entender por que seu filhote era diferente. Cansado da rejeição e da solidão, o patinho decidiu deixar a fazenda em busca de um lugar onde pudesse ser aceito por ser quem ele é.
Ele vagou por diversos lugares, enfrentando desafios e conhecendo novos animais, mas sempre sentindo que não pertencia a lugar algum. Um dia, enquanto nadava num lago tranquilo, encontrou um grupo de patos que pareciam dife rentes dos outros. Eram alegres e acolhedores, e convidaram o patinho para se juntar a eles.
Hesitante, contou sua história. Explicou que não se sentia atraído por ninguém e que, por isso, era tratado como um estranho em sua própria família. Os novos amigos ouviram com atenção e, para sua surpresa, começaram a sorrir alegremente de forma sincera.
“Você é bem-vindo aqui”, disse um dos patos mais velhos. “Nós entendemos o que você sente. Somos um grupo muito diverso, cada um com suas particularidades. Aqui, não importa se você sente ou não atração por outros. O importante é quem você é como indivíduo.”
Pela primeira vez, o patinho cinza sentiu-se compreendido e aceito em um grupo. Ele percebeu que não havia nada de errado em ser diferente e que sua identidade era válida. Com esses novos amigos, encontrou um lar onde podia ser verdadeiramente ele mesmo, sem julgamentos ou expectativas.
O patinho cinza cresceu feliz e contente entre seus novos amigos, sabendo que a verdadeira aceitação não vem de ser igual aos outros, mas de ser acolhido e amado pelo que se é. E assim, viveu feliz para sempre, cercado por aqueles que o valorizavam por sua verdadeira essência.
Vamos colorir O Patinho
Cinza
Cinderelo: o sapato de cristal e o príncipe
Era uma vez, em um reino muito distante, um jovem chamado Cinderelo. Após a morte de seu pai, ele foi forçado a viver com sua madrasta cruel e seus dois meio-irmãos que o tratavam como um servo. Cinderelo mantinha um coração gentil e sonhava com uma vida melhor.
Um dia, chegou ao reino a notícia de que o príncipe estava organizando um grande baile. Todos os jovens do reino estavam convidados, pois o príncipe desejava encontrar alguém especial. Os meio-irmãos de Cinderelo estavam ansiosos para ir, mas sua madrasta proibiu Cinderelo de ir, alegando que ele não tinha roupas adequadas para ir.
Desolado, Cinderelo foi até o jardim e começou a chorar. Foi então que uma figura mágica apareceu diante dele. Era sua fada madrinha. Com um aceno de sua varinha, transformou as roupas rasgadas de Cinderelo em um traje magnífico e criou uma carruagem a partir de uma abóbora. A magia duraria apenas até a meia-noite e nem um segundo a mais.
No baile, Cinderelo chamou a atenção do príncipe. Eles dançaram a noite toda e Cinderelo se sentiu verdadeiramente aceito. O príncipe, encantado com a genuinidade de Cinderelo, encontrou nele um companheiro com quem podia compartilhar seus pensamentos e sentimentos, algo que nunca havia experimentado antes. Quando o relógio começou a bater meia-noite, Cinderelo fugiu do palácio, deixando para trás um
sapato de cristal. No dia seguinte, o príncipe ordenou que todos os homens do reino experimentassem o sapato. Finalmente, Cinderelo se apresentou e o sapato serviu perfeitamente. O príncipe, ao saber disso, correu até a casa de Cinderelo e o abraçou com alegria.
Cinderelo e o príncipe se casaram e juntos governaram o reino com compaixão e justiça, mostrando que o amor verdadeiro não conhece tais barreiras.
E assim, Cinderelo e o príncipe viveram felizes para sempre.
Vamos colorir o Cinderelo e as Fadas
7 curiosidades sobre o espaço para as crianças
Suas crianças sempre se interessaram pelos planetas? Por astronautas, pelo conceito de mundo, universo e tudo mais?
As curiosidades sobre o espaço são um ótimo recurso para estimular a imaginação dos pequenos e das pequenas. Esse tema tão vasto é capaz de despertar algumas das melhores e mais intensas experiências no imaginário infantil.
O espaço é incrível e guarda muitas informações divertidas que podem deixar as crianças maravilhadas e sonhando em estudar mais. Quem sabe a próxima pessoa a pisar na Lua não está agora mesmo aí do seu lado? Por isso, listamos 7 curiosidades sobre o espaço para atiçar a curiosidade da família toda e, sobretudo, do seu pequeno leitor ou pequena leitora
1. Não existe som no espaço
No espaço, não existe ar. Ou seja, é um grande vácuo. Como o som é composto por ondas que se espalham justamente pelo ar, elas não têm como se locomover entre as estrelas e planetas.
Sabe aquelas explosões espaciais nos filmes? Na verdade, as únicas que estão cientificamente corretas são aquelas que não têm som algum! Ainda que os filmes sejam grandes aliados da imaginação e do despertar para a curiosidade (bem como para os estudos e, sobretudo, para o interesse na Ciência), vale sempre conversar com as crianças sobre o que vemos nessas grandes aventuras espaciais.
Assim, transformamos a incrível experiência de um filme de ação intergaláctico em algo ainda mais significativo! Você e sua criança terão ainda mais assuntos para conversarem entre si, ao mesmo tempo em que você ensina curiosidades relevantes a ela que instiguem seu interesse.
2. Não dá para pisar ou tocar Júpiter, Saturno, Urano e nem Netuno Esses quatro planetas são gasosos, ou seja, não possuem uma superfície sólida. Dessa maneira, nossos astronautas precisariam desenvolver formas diferentes de explorar esses mundos. No entanto, é possível explorar imagens desses planetas sim!
No site Astronomy Picture of the Day, a NASA disponibiliza lindas imagens do universo, planetas e constelações. Como o conteúdo é totalmente gratuito e como o site dispõe de um calendário com as fotos lançadas dia após dia, que tal consultar a foto que a NASA disponibilizou no dia do nascimento do seu pequeno ou sua pequena? Essa é uma forma encantadora de despertar a curiosidade da criança e pode motivar uma busca por mais e mais conhecimento sobre o espaço…
3. Ao redor da Terra existe muito lixo espacial
É comum que missões espaciais deixem resíduos no espaço.De ferramentas perdidas a partes das próprias naves, muito desse lixo acaba orbitando o planeta Terra. Estima-se que tenha mais ou menos 500.000 objetos considerados lixo espacial.
Evidentemente, em algum momento da nossa história futura teremos de lidar com esse tanto de lixo, que pode realmente comprometer novas incursões espaciais. Será que sua criança tem uma ideia brilhante para tratar todo esse lixo espacial? Que tal desenvolver ludicamente essa ideia com ela? É justamente a partir de ações como essa que podemos levar mais longe a imaginação e o potencial de criar soluções realmente importantes para o nosso futuro conjunto com todos!
4. Há mais estrelas no universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra
Não se sabe o número exato de nenhuma dessas duas coisas, mas astrônomos fazem o seguinte cálculo: nossa galáxia, a Via Láctea, tem entre 200 a 400 bilhões de estrelas. Já o número de galáxias existentes pode chegar a bilhões. Assim, a quantidade de estrelas que pode existir é quase infinita! Então, que tal sair com seu pequeno em um dia, à noite, olhar para o céu e tentar contá-las? Essa é uma experiência que pode muito ser educativa e encantadora. A partir desse momento de observação, você também pode tentar, com a sua criança, identificar algumas constelações. Essa é uma experiência muito divertida que, além de tudo, pode ampliar o conhecimento da família toda sobre o espaço. Outra coisa incrível que pode acontecer nessa observação é perceber e identificar a Estação Internacional Espacial sobrevoando a Terra. Uma experiência diferente, que pode levar a ter um conhecimentos do Universo!
5. A Lua já foi parte da Terra
A teoria mais aceita sobre a origem da Lua é exatamente essa: Quando a Terra ainda era um planeta jovem, um objeto com pelo menos o tamanho de Marte colidiu com ela. Com isso, um pedaço do planeta se desprendeu, mas não se afastou por completo. Milhões de anos depois, esse pedaço é conhecido por nós como Lua, nosso satelite.
Essa novidade pode ser uma grande ferramenta para a construção poética e ficcional sobre o Universo. Certamente, você e sua criança podem explorar juntos essa jornada. Que tal escrever a história da Lua e da Terra de um jeito que a criança possa identificar, organizar e relacionar todo o conhecimento aprendido até aqui? Quem sabe, com isso, você torne ainda mais aguçado todo o interesse despertado até esse momento incrivel!
6. O planeta mais quente do nosso Sistema Solar é o planeta Vênus
Apesar de Mercúrio ser o planeta mais próximo do Sol, é Vênus que possui a atmosfera mais quente. É uma média impressionante de 450° C.
Calor, né? Como será que seu filho ou filha desenvolveria um jeitinho de conhecer Vênus? E que tal transformar as ideias das crianças em um grande desenho sobre a primeira vez que a humanidade irá pousar em Vênus?
7. O maior vulcão do Sistema Solar fica em Marte Marte pode ser um dos menores planetas do nosso Sistema Solar, mas possui um vulcão de impressionantes 21 km de altura. Chamado Monte Olimpo, esse vulcão por muito pouco não é também a maior montanha do Sistema Solar. Esse recorde é de 22 km e pertence à montanha central da cratera Rheasilvia, no asteróide Vesta.
O Monte Olimpo pode ser visto por meio de telescópios e é uma experiência formidável para seu pequeno ou pequena, caso você disponha desse equipamento em sua casa.Caso não disponha, que vocês navegarem juntos na Internet, buscando por imagens e curiosidades dessa grande preciosidade do nosso sistema solar?
Vamos aprender a fazer uma Peteca
A peteca é uma brincadeira tradicional de origem indígena brasileira, especialmente associada aos povos Tupis. Este jogo tem raízes profundas na cultura indígena do Brasil, sendo uma atividade que combina habilidades físicas com elementos de convivência comunitária.
A palavra “peteca” vem do termo tupi-guarani “pe’teka”, que significa “bater”. Os indígenas jogavam peteca em momentos de lazer e celebrações, usando-a não só como diversão, mas também como forma de treinamento físico. Originalmente, a peteca era feita de materiais naturais disponíveis na floresta, como folhas de palmeira e penas de aves.
A peteca tradicional é composta por uma base (geralmente feita de palha ou outro material leve e natural) e penas fixadas no topo. Esta estrutura permite que a peteca flutue no ar por mais tempo, tornando o jogo dinâmico e desafiador.
A brincadeira consiste em manter a peteca no ar o maior tempo possível, golpeando-a com as mãos. Não é permitido segurá-la, apenas bater de forma contínua. A peteca é passada entre os jogadores ou jogada de um lado para o outro, podendo ser jogada em duplas até grupos maiores.
A peteca é mais do que uma simples brincadeira; é um elemento cultural que simboliza a resistência e adaptabilidade dos povos indígenas. Ao longo dos anos, a peteca se difundiu pelo Brasil, adaptando-se e ganhando popularidade entre diferentes segmentos da população. Hoje, é comum encontrar crianças e adultos jogando peteca em praias, parques e clubes, mostrando como essa tradição se mantem enraizada na cultura brasileira.
Nos tempos modernos, a peteca também se profissionalizou e tornou-se um esporte com regras específicas, conhecido como “jogo de peteca”, tendo competições realizadas em várias partes do Brasil. No entanto, a essência lúdica e social da peteca tradicional ainda é amplamente preservada, especialmente entre as crianças.
Materiais que vamos precisar:
• 1 saquinho de plástico com areia do tamanho da palma da mão bem fechado
• 1 quadrado colorido de E.V.A. medindo mais ou menos 20x20
• 1 elástico
• Penas coloridas
2. No centro dessa trouxinha encaixe as penas e amarre com elástico dando várias voltas
Vamos fazer e jogar o tabuleiro Mancala
Mancala é um jogo de tabuleiro tradicional que tem sido jogado há séculos em várias regiões da África e do Oriente Médio. Aqui estão as regras básicas para jogar:
Objetivo:
O objetivo do jogo é capturar mais sementes do que o seu oponente.
Preparação:
Coloque quatro sementes em cada um dos doze buracos (exceto nos armazéns) no tabuleiro. Cada jogador controla os seis buracos do lado mais próximo a si, sendo o armazém à sua direita.
Como Jogar:
Início: O jogador começa escolhendo um dos seus buracos e retirando todas as sementes dele.
Distribuição: O jogador distribui uma semente em cada buraco, começando pelo próximo buraco no sentido anti-horário. Regras de Captura: Se a última semente cair no armazém do jogador, ele joga novamente. Se a última semente cair em um buraco vazio do seu lado, ele captura todas as sementes do buraco oposto e as coloca em seu armazém. Final do Jogo: O jogo termina quando não houver mais sementes em nenhum dos buracos de um dos jogadores. O jogador que conseguiu capturar mais sementes em seu próprio armazém é o grande vencedor.
Materiais que vamos precisar:
• 1 caixa de ovos de 1 dúzia
• Tesoura
• 48 grãos de feijão
• 2 potinhos plástico
Jogo dos 7 erros
No jogo dos 7 erros, vocês vão embarcar em uma emocionante busca por diferenças entre duas imagens quase iguais. É hora de usar seus olhos de detetive e encontrar todas as pequenas surpresas escondidas. Estão prontos para esse desafio cheio de diversão? Então, vamos lá, a aventura está prestes a começar!
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Vamos conhecer alguns dos mascotes
Wheezy
Wheezy, o pinguim, é o mais descolado e descontraído de todos. Formado em jornalismo, ele adora fazer entrevistas com todo mundo. Sua voz cativante e seu diálogo envolvente são seus grandes charmes, encantando todos ao seu redor. Wheezy tem uma habilidade especial para colocar as pessoas à vontade, com suas entrevistas interessantes e agradáveis. Com seu estilo único e carisma natural, Wheezy se destaca como um jornalista excepcional e um pinguim verdadeiramente encantador e divertido.
Geraldo
Geraldo é uma coruja que adora dormir durante o dia, mas também é um especialista em educação positiva. Sempre aberto a novos conhecimentos, Geraldo está sempre aprendendo algo novo. Ele se dedica a proporcionar a melhor educação para seus filhotes, ensinando-os com paciência e carinho. Mesmo sendo uma coruja dorminhoca, Geraldo sabe a importância de aprender e crescer, fazendo de cada momento uma oportunidade de aprendizado para sua família.
Janete
Janete, a esquilo-fêmea, é loucamente apaixonada por curiosidades. Ela sabe um pouco sobre tudo de maneira incrivelmente inteligente. Janete adora pesquisar diversos assuntos e se inteirar sobre eles, compartilhando suas descobertas com todos. Atualmente, sua curiosidade a levou a se aprofundar no espaço, buscando entender melhor como ele funciona. Com sua paixão pelo conhecimento, Janete está sempre pronta para aprender e ensinar, tornando-se uma verdadeira fonte de informação para todos que a conhecem.
Marcelo
Marcelo, o rato, é um apaixonado por tecnologia, desde a mais antiga até a mais moderna. Sem muito acesso a tecnologia na juventude, ele estudou e começou a criar seus próprios projetos. Agora, Marcelo desenvolve robôs, máquinas, celulares inovadores e computadores com tecnologias avançadas, tornando-se um especialista inventivo no campo das mais diversas tecnologias existentes.