Eai leitor, tudo certo?
Estamos vivendo hoje em uma sociedade cercada de informações tanto dentro quando fora das redes sociais. O desejo de se destacar e chamar atenção aparenta inalcançável em conjunto de uma rotina cheia de demandas que se entrelaçam com o avanço absurdamente rápido das inteligências artificiais. Isso, para nós, trabalhadores criativos, é um divisor de águas que nos deixa a beira da insanidade.
Nós da TAB temos como principal objetivo trazer conforto e tranquilidade para vocês na área criativa, em especial aqueles que se sentem desgastados com a rotina corrida e do medo frequente da possível dominação tech. Trazemos as novidades mais quentes sobre inteligência artificial no eixo de Inovação, tendências tecnológicas no eixo de Tendências e segurança digital no eixo de Pílulas com uma abordagem mais acolhedora, mostrando o funcionamento das inteligências artificiais como ferramentas que ajudam o leitor, e não como algo que possa substituí-lo futuramente afim de priorizar a saúde mental do mesmo. Com isso, esperamos que vocês dêm um Tab da rotina corrrida e recheem a mente de boas inspirações, insights e perspectivas futuras.
Escola Superior de Propaganda e Marketing
Graduação em Design
Turma DSG3C 2023.1
Projeto III Marise De Chirico
Cor, Percepção e Tendências Paula Csillag
Produção Gráfica Leopoldo Leal
Ergonomia Matheus Pássaro e Auresnede Pires Stephan
Finanças Alexandre Ripamonti
Marketing Estratégico Ana Estrada
Infografia Marcelo Pliger
Projeto Editorial e Gráfico
Ana Carolina Novais
Breno Inafuku
Erick Cruz
Guilherme Salvador
Infográfico
Chat GPT
Google e Open AI
Inovação
Fora da Curva 30
Tech Flow 46
Coluna Assinada
To On 44
Portfólio
Prateek Vatash
Sonhos em VR
Pílula
Turbulencia na Web 58
Troca Página 70
Fast Tab 72
Coluna Assinada
Tab Neles 84
COLABORADORES
@hebersim
Com diversos seguidores em suas redes sociais. Além de suas atividades como influencer, Heber também é empreendedor e investidor, tendo fundado a empresa Digital House, que oferece cursos de tecnologia e programação. No seu canal, também produz tutoriais sobre 3D, Motion e Photoshop.
@jovemnerd
Jovem Nerd é um canal no YouTube extremamente popular e influente, com mais de 4,5 milhões de inscritos e foco em cultura pop, jogos, tecnologia, ciência e entretenimento em geral, Fundado por Alexandre Ottoni e Deive Pazos.
@coisadenerd
Leon Martins é um criador de conteúdo brasileiro que possui um canal no YouTube com foco em jogos, tecnologia e cultura pop. Com mais de 3 milhões de inscritos, seu canal, chamado Coisa de Nerd, apresenta uma grande variedade de conteúdos, incluindo gameplays, análises de jogos e cobertura de eventos.
PlayStation VR2 A melhor experiência de realidade virtual
A melhor experiência de realidade virtual disponível no mercado e uma evolução significativa em imersão em relação à primeira versão
Estrutural e visualmente, o PS VR2 não mudou muito em relação ao primeiro PS VR. O novo headset mantém o design da geração passada, trazendo duas peças (um visor e um suporte) presas por um mecanismo. Difere completamente de outros óculos de realidade virtual disponíveis no mercado, me lembrando mais um boné — inclusive, o modo de colocar o headset é semelhante.
Sim, é um dispositivo bem grande e pode até assustar num primeiro momento, afinal, ele pesa cerca de meio quilo. Mas, surpreendentemente, é bem confortável e firme, até mesmo se você usar óculos — inclusive, é uma recomendação se você tiver algum grau de comprometimento na visão.
Tanto o suporte quando o visor do PS VR2 têm botões de ajuste muito fáceis de manusear. Basta apertar o botão na parte de trás do suporte para mover a peça para trás e para frente, e depois girar a trava para prender.
O ajuste do visor é igualmente simples, bastando apertar o botão até ouvir um clique. Você saberá que o óculos está bem posicionado quando não conseguir enxergar nenhuma luz. A borracha que fica ao redor de cada olho é grande e não aperta, mas faz com que você transpire devido à proximidade com a pele.
Isso nos leva a um problema comum, porém irritante: lentes constantemente embaçadas. É normal ter que tirar o dispositivo frequentemente para limpar o visor para não perder a nitidez. Para limpar o óculos, use um paninho de microfibras para não arranhá-lo.
Infelizmente, um problema que não foi total-
mente resolvido nesta nova geração foi a quantidade de cabos. Diminuiu consideravelmente em relação ao primeiro modelo, mas você ainda precisará conectá-lo à entrada USB-C do seu PlayStation 5. Por um lado não vejo muito problema nisso, pois imagino que deve ser difícil transferir tantos dados com tecnologias sem fio.
Mas não dá para deixar de pensar que, por ser um dispositivo vestível com o qual jogador normalmente precisará se mexer para vários lados, possa haver acidentes não só com o usuário, como também com o PlayStation 5. Embora o fio seja bem grande, eu tomaria cuidado ou preferiria jogar sentado, dependendo do jogo.
É difícil dizer se o PlayStation VR2 vale a pena. É um equipamento auxiliar do PlayStation 5, mas foi lançado no Brasil por quase o mesmo preço do console principal, R$ 4.499,90. Ainda é inacessível para grande parte da população brasileira.
Com o hardware, no entanto, o PlayStation VR2 entrega tudo o que promete: é a melhor experiência de realidade virtual disponível no mercado e uma evolução significativa em imersão em relação à primeira versão. Além disso, a princípio a oferta de jogos é pequena, embora tenha alguns nomes de peso.
Talvez o principal ponto negativo do dispositivo, fora o preço, seja a incompatibilidade com jogos VR do primeiro PS VR, o que pode frustrar quem considera realizar o upgrade porque provavelmente perderá toda a biblioteca de jogos. Porém, quem acredita no potencial da realidade virtual, certamente não se arrependerá da compra.
Fica Ligado !
Produtos de tecnologia que serão lançados em breve
Thinkstaion P3 Tiny
A Lenovo segue apostando no segmento de workstations para consumidores que buscam um computador poderoso e compacto sem comprometer espaço na bancada de trabalho, entregando hardware de ponta e tamanho pequeno com ampla conectividade. A workstation compacta da Lenovo pode ser configurada com processadores Core i3, Core i5, Core i7 e Core i9 com até 24 núcleos e clock máximo de 5.6 GHz, oferecendo processador gráfico Intel UHD integrado, com suporte para gráficos NVIDIA Turing T400 e T1000 com até 8 GB de memória GDRR6.
Pixel Fold
Primeiro celular dobrável da companhia, o Pixel Fold chamou atenção por ser o primeiro competidor ocidental de peso para o Galaxy Z Fold que, apesar de ter rivais vindos da China superiores em alguns aspectos, mantinha-se como o único com alcance verdadeiramente global. A proporção mais larga e o software polido do Google foram outros pontos fortes. Dito isso, também tivemos destaques negativos, incluindo bordas marcadas na tela dobrável e, o mais preocupante, o formato que não permanecia reto ao estar aberto.
Samsung Galaxy Book 3 Ultra
Destaque dos lançamentos, o Samsung Galaxy Book 3 Ultra é o primeiro notebook da marca a integrar o segmento “Ultra”, fazendo justiça ao nome ao trazer o conjunto de especificações mais poderoso entre os três laptops apresentados. O processamento é liderado pelos chips Intel Raptor Lake-H de 13ª geração, com 45 W de potência, em opções entre o Core i7 13700H e o Core i9 13900H, ambos de 14 núcleos e 20 threads, mas com clocks de até 5,0 GHz e 5,4 GHz, sequencialmente.
Queda no preço da energia e alta do bitcoin aliviam mineradores
A recente valorização do Bitcoin e a redução nos custos de energia trazem alívio aos mineradores, fortalecendo suas perspectivas futuras
Os mineradores de bitcoin estão finalmente sentindo um alívio depois de um período difícil, apoiadas em baixa em custos de energia e valorização da criptomoeda para mais de US$ 30 mil este ano.
A média de 30 dias de receitas de mineração aumentou para US$ 27,34 milhões por dia, o nível mais alto desde junho passado, de acordo com dados da Blockchain.com.
Na maior parte do segundo semestre do ano passado, as receitas tinham recuado para entre US$ 15 milhões e US$ 21 milhões. O pico ocorreu em novembro de 2021: US$ 61,2 milhões.
“Muitas mineradoras de capital aberto estavam à beira da falência no final do ano passado. Com o preço atual do bitcoin, os fluxos de caixa dessas empresas melhoraram substancialmente e a maioria delas não deve ter problemas para pagar suas obrigações”, disse Jaran Mellerud, analista da empresa de serviços de mineração de bitcoin Luxor.
A relação entre dívida e capital das mineradoras agora parece muito mais saudável, disse Mellerud, acrescentando que muitas empresas se reestruturaram e pagaram dívidas nos últimos meses.
A relação dívida/capital da Marathon Digital Holdings caiu de 2 para 0,5 desde o início deste ano, por exemplo, enquanto na Greenidge Generation Holdings a proporção caiu de 11,7 para 5,8, segundo dados da Luxor.
Entre os maiores nomes do setor, Marathon e Riot Platforms viram o preço de suas ações mais do que triplicar este ano, enquanto o Valkyrie Bitcoin Miners ETF subiu 162% e Greenidge se
valorizou em 137%. Mas todas as empresas ainda acumulam prejuízo desde o início de 2022.
A mineração de Bitcoin é o processo pelo qual uma rede de computadores valida um bloco de transações no blockchain.
Os mineradores são recompensados com bitcoins por completar um bloco, competindo contra outros mineradores ao resolver complexos quebra-cabeças matemáticos por meio do uso de sistemas de computação que fazem uso intensivo de energia.
Quedas nos preços da eletricidade, principalmente nos Estados Unidos, aliviaram a pressão sobre as margens das empresas, de acordo com analistas do BTIG, que disseram que o custo da energia para produzir um bitcoin caiu cerca de 40% em relação ao final do ano passado.
Essa melhora nas receitas é um alívio especialmente para as mineradoras de capital aberto, que estavam à beira da falência no final do ano passado. Com o preço atual do bitcoin, os fluxos de caixa dessas empresas melhoraram substancialmente, e a maioria delas não deve ter problemas para pagar suas obrigações, segundo Jaran Mellerud, analista da Luxor, uma empresa de serviços de mineração de bitcoin.
Apesar dos desafios que os mineradores enfrentaram no passado, a recente valorização do bitcoin e a redução nos custos de energia trouxeram um alívio bem-vindo para o setor. Com as melhorias nas receitas e nas relações dívida/capital, as perspectivas parecem mais favoráveis para os mineradores de bitcoin, que agora estão em uma posição mais estável para enfrentar os desafios futuros.
O metaverso será diferente do que se imagina
Blockchain, NFTs, games, avatares, realidade aumentada e virtual devem ser as bases para o metaverso, ou a evolução da web
por Guilherme RavacheAs previsões usualmente são grandiosas. “O metaverso será a maior revolução em plataformas de computação que o mundo já viu, maior do que a revolução mobile, maior do que a revolução da web”, diz Marc Whitten, vice-presidente sênior e gerente geral de criação da Unity.
A Unity é uma das líderes globais no desenvolvimento de engines, o software por trás dos videogames e aplicações gráficas. Ela não é a única empresa a construir ferramentas e serviços para que as pessoas criem conteúdo no metaverso. Outras grandes empresas de tecnologia estão desenvolvendo produtos de hardware e software para o metaverso, ou seus próprios mundos virtuais dentro dele, incluindo Nvidia, Roblox Corp, Epic Games (com Fortnite), Microsoft e Facebook. Whitten também não é o único a prever uma nova revolução motivada pelo metaverso.
“Nos próximos anos, espero que as pessoas façam a transição de nos ver principalmente como uma empresa de mídia social para nos ver como uma empresa do metaverso”, acrescentou.
Quando relembro o que imaginávamos como futuro do telefone celular e da internet, me divirto. O problema é que pensamos novas tecnologias como extensões do que já conhecemos. Mas o fato é que quando as revoluções tecnológicas começam, é impossível prever como vão se desenvolver, e principalmente, onde vão desaguar. Por isso são revoluções e não evoluções. O metaverso é a grande aposta como nova revolução tecnológica. Mas o que será o metaverso? Sim, deve ser a próxima Internet, ou a Internet 3.0. O difícil mesmo é prever como isso se materializará em nosso cotidiano.
O poder de uma tecnologia ganha relevância à medida que novas conexões se formam entre o que já existe e novas invenções acontecem. Por exemplo, o telefone celular era incrível para realizar ligações. Mas graças à BlackBerry ganhou um novo status ao permitir mandar e-mails (uniu elementos do mobile e da web). Mas foi com a chegada do iPhone e sua tela
Metaverso, o que é e qual o seu futuro? Grande, o aumento da velocidade das conexões de rede e o acesso ao GPS, que levaram os mapas para dentro dos telefones, que permitiu a revolução dos apps, do Uber, passando por todos os apps de entrega, até fazer com que coisas tradicionais como os bancos também migrassem para o mobile à medida que era o lugar onde seus usuários estavam.
Para muitos, o ciclo de inovação dos celulares, após quase duas décadas de sucessivas interações e evoluções, chegou à maturidade. Mais de 4,5 bilhões de pessoas já usam a tecnologia e a tendência é que tenhamos evoluções, não revoluções nesse setor.
O movimento cripto tem potencial enorme, mas provavelmente será mais um elemento dessa onda do que a onda em si. O mesmo se pode dizer dos NFTs (Tokens Não Fungíveis). Dessa forma, o metaverso cada vez mais passa a ser visto como “a onda”, já que pode reunir todas essas tecnologias e funcionar como o eixo de um novo ciclo que sucederá à web e ao mobile. Como apontou um painel de especialistas em metaverso ao WSJ, “para que o metaverso decole, vamos precisar de atualizações para
Assim como no passado, as previsões sobre o metaverso são grandiosas, mas é impossível prever totalmente como essa revolução tecnológica se desenvolverá e onde ela nos levará. O metaverso pode se tornar a maior revolução em plataformas de computação, superando até mesmo as revoluções mobile e da web, como prevê Marc Whitten, da Unity. Empresas como Unity, Nvidia, Roblox Corp.
Uma ideia na cabeça
Os sistemas de computador e tecnologia existentes, incluindo mais poder de computação e gráficos de alta qualidade, bem como uma estrutura universal que permita aos usuários moverem-se sem problemas de uma parte do metaverso para outro. Também essenciais serão as ferramentas de programação simples o suficiente para permitir que qualquer pessoa crie seus próprios domínios e experiências virtuais, não apenas desenvolvedores qualificados”.
Mas olhar à volta e para a tecnologia que já temos disponível e imaginar que com isso se pode desenhar um cenário é precipitado. Como afirma Benedict Evans, “o Facebook apostou muito em AR (Realidade Aumentada) e VR (Realidade Virtual) como o próximo smartphone (e como uma possível liberação do controle da Apple), então Mark Zuckerberg começou naturalmente a dizer muito sobre o metaverso. Mas a realidade virtual hoje parece correr o risco de se tornar nada mais do que um subconjunto de jogos hardcore. Também essenciais serão as ferramentas de programação simples o suficiente para permitir que qualquer pessoa O mesmo se pode dizer dos NFTs (Tokens Não Fungíveis). todas essas tecnologias.
Além de ser a próxima geração da internet, o metaverso também será o próximo capítulo para nós como empresa
Óculos AR podem melhorar a comunicação entre os usuários permitindo a visualização de informações e objetos compartilhados em tempo real
Temos um ótimo dispositivo para o consumidor, mas não temos nenhum outro caso de uso e, na verdade, algumas pessoas podem argumentar que a VR nem funciona em jogos. A Lei de Moore pode resolver isso, mas isso não é evidente”.
“AR, por outro lado, ainda é ciência em vez de tecnologia — um par de óculos que pode colocar coisas no mundo que parecem estarrealmente lá parece ser uma ideia muito boa, mas há sérias questões ópticas a serem resolvidas e não sabemos quando e se a Apple ou qualquer outro podem resolvê-la. Mas de qualquer forma, no metaverso, você usa a tela e ela mostra coisas, e muito disso podem ser jogos, e tipos muito novos de jogos””, acrescenta Evans. Ou seja, sendo realista, com o que existe hoje, o metaverso não fica de pé.
Obviamente, um novo ciclo tecnológico das proporções da Internet e do mobile não irá se limitar a jogos mais complexos, ou somente ao Roblox e Fortnite cruzando a fronteira dos games para o cotidiano das pessoas em outros contextos como reuniões de trabalho. O e-commerce e como nos entretemos nos games e redes sociais já são mudanças que nos aproximam do metaverso. Não por acaso o Roblox anunciou recentemente que trará diversas novidades para sua plataforma, incluindo avatares mais realistas, bate-papo por voz aprimorado, NFTs e mais opções de monetização. O g-Commerce, migração do e-commerce para dentro dos games, já é uma realidade.
O update dos avatares no Roblox serão essenciais para permitir maior personalização e
realismo nos visuais dos jogadores. Hoje, as formas que parecem blocos de Lego no game vão ganhar formas mais realistas e devem melhorar a experiência social dos usuários. “A autoidentidade é um pilar crucial do metaverso, e a capacidade de personalizar precisamente suas roupas para seu avatar único é fundamental na expressão pessoal”, afirmou David Baszucki, CEO da plataforma, ao anunciar a novidade.
O Fortnite, concorrente do Roblox rumo ao metaverso, está na dianteira nesse sentido. As parcerias e visuais altamente personalizados se tornaram um dos grandes atrativos do Fortnite. As parcerias de marca dentro da plataforma podem render US$ 50 milhões em uma única iniciativa. A Roblox também tem sua própria marca e acordos de propriedade intelectual, mas quanto mais objetos virtuais atrativos você oferecer e maior o nível de customização para os usuários, melhor se torna a experiência.
Provavelmente, a Roblox é a empresa que está mais próxima de operar um metaverso, no sentido de que eles executam um sistema operacional comum no qual diferentes mundos virtuais são construídos e monetizados por um ecossistema de desenvolvedores independen
Nasce uma nova economia
O Fortnite é mais centralizado, até por usar seus próprios desenvolvedores, o que permite um maior refinamento estético de modo geral e uma experiência mais coesa. E, ao contrário de outras empresas com ambições ao metaverso, a Roblox e o Fortnite são levadas a sério por um crescente número de usuários. Uma das maiores provas disso, como aponta Byrne Hobart, é que “a moeda dentro do Roblox circula, em vez de ser transferida apenas entre a empresa e o usuário (uma vantagem em relação ao Fortnite). Dada a idade de seus usuários, eles realmente têm um bom tempo para construir um metaverso mais formal; se futuras reuniões de escritório, shows e datas ocorrerem em mundos virtuais, a tarefa de Roblox é continuar melhorando as coisas para que seus usuários de 12 anos, que tocam em seu mundo virtual, sejam os de vinte e trinta e poucos anos que vivem nele”.
Há poucos meses, escrevi sobre a oportunidade do Brasil liderar a corrida pelo metaverso, eu dificilmente encontrava a expressão associada ao termo NFT, por exemplo. Mas de uma hora para outra, isso mudou.
A Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, está lançando um mercado para NFTs. A plataforma recebeu mais de 1 milhão de inscrições na lista de espera para o novo produto chamado Coinbase NFT. No anúncio da empresa, a Coinbase diz que implementar recursos sociais para aprimorar a conversa e a descoberta, ao mesmo tempo em que destaca seu compromisso com a comunidade e capacita o criador.
Em 2017, os primeiros projetos de NFT como CryptoKitties ganharam destaque, mas não na escala que NFTs foram elevados em 2021. Em agosto, OpenSea — o maior mercado de NFT — teve volumes mensais de US$ 3,4 bilhões em Ethereum, gerados por 281.000 traders ativos. O tamanho da lista de espera da Coinbase NFT é quatro vezes maior do que a base de usuários da OpenSea.
Portanto, em um anúncio o mercado de NFTs potencialmente aumentou diversas vezes e a entrada de elementos sociais podem aproximar as NFTs do metaverso em uma escala até pouco imaginada por poucos.
A blockchain e os NFTs talvez sejam uma espécie de manifestação dos usuários buscarem uma Internet mais livre que a atual e menos centralizada e controlada por um punhado de empresas. Acreditar que o Fortnite será o próximo metaverso seria apostar no modelo de uma plataforma fechada.
Redes baseadas em informações, como a Internet, oscilam entre ecossistemas abertos e fechados — quando as coisas ficam muito abertas, os muros são úteis e, quando os muros ficam muito altos, você derruba alguns deles. Mas a Internet nos EUA se popularizou, em boa parte, graças ao AOL antes de migrar para o modelo de Internet aberta, habilitada por diretórios como o Yahoo e, em última análise, mecanismos de pesquisa.
Depois, as redes sociais voltaram a reconstruir os muros, mas permaneceram interconectadas com a web em diversos graus. Mais recentemente, no entanto, o iOS e Android têm isolado cada vez mais esse território, particularmente quando se trata dos nossos dados pessoais. E, enquanto nossos telefones nos conectam a incontáveis aplicativos e sites, o próprio telefone faz cada vez mais essas interações — cobrando um pedágio, que é ter acesso a todos os dados. Muitas pessoas estão pensando em economias baseadas em tokens, blockchain e versões abertas dos produtos de hoje, mas que esperança
eles têm quando nossos dispositivos primários são controlados centralmente? O que mais me surpreende é que não temos várias empresas tentando entrar no mercado de telefonia aproveitando uma versão de código aberto do Android que se conecta ao seu próprio mundo de serviços e produtos. Por exemplo, onde está o telefone Epic (dona do Fortnite)? O fabricante do jogo está desafiando a Apple e o Google no tribunal, mas por que não se limitar a atingir suas centenas de milhões de usuários com um dispositivo Android integrado de última geração focado em jogos com uma loja de aplicativos Epic?”
A NZS lembra ainda das dificuldades de desafiar a Internet. “É tarde demais para reunir usuários suficientes para superar o problema do ovo e da galinha? Certamente, há um cemitério de tentativas fracassadas, e até mesmo o smartphone Fire da Amazon falhou, apesar de sua enorme base de usuários e distribuição. No entanto, talvez a mudança de sentimento pudesse agora apoiar tal esforço. A Microsoft está executando uma versão do Android em seu telefone Surface Duo — por que não criar um telefone Xbox também?”, conclui. Ou seja,
Pensando fora da caixa Nesse momento, até nossa dependência dos smartphones da Apple e Android podem ser barreiras para o metaverso.
Previsões dizem mais sobre quem as faz do que sobre o futuro. Assim como o Napster e o Orkut foram pioneiros que deram espaço a concorrentes mais eficientes, a Roblox ou Fortnite podem ser apenas a pedra fundamental de algo bastante diferente do que imaginamos.
Um dos maiores desafios para nós, humanos, ao navegar pela atual transição econômica e tecnológica, indo do nosso passado analógico para nosso futuro digital, é uma nítida falta de experiência anterior. O cérebro é uma máquina de previsão e depende muito do conhecimento de eventos passados para prever os futuros.
O progresso digital baseado em informações é muitas vezes não linear e, portanto, ainda mais imprevisível do que o ritmo analógico a que estamos acostumados ao longo de milhões de anos de evolução humana. Um dos maiores erros que podemos cometer como investidores é usar uma analogia analógica para prever um resultado digital.
No final da década de 1990, boa parte dos varejistas observavam a Amazon como uma versão online de um catálogo de livros por correspondência. Redes baseadas em informações, como a Internet, oscilam entre ecossistemas abertos e fechados — quando as coisas ficam muito abertas, os muros são úteis e, quando os muros ficam muito altos, se popularizou.
O cérebro é uma máquina de previsão e reconhece eventos passados para prever futuros
Até mesmo Bezos usou uma analogia de influência analógica para descrever a AWS, dizendo que a computação seria como a eletricidade: as empresas que costumavam operar suas próprias usinas de energia acabariam mudando para fornecedores centralizados e mais eficientes. Claro, sempre há alguma verdade nessas analogias (a computação em nuvem da AWS não deixa de ser uma grande usina), mas todos falharam em capturar o quão grande seria a oportunidade da computação em nuvem e seu impacto em todo ecossistema digital e a entrada de elementos sociais podem aproximar as NFTs do metaverso em uma escala até pouco imaginada por poucos.
Por que bancos tradicionais, historicamente brilhantes em execução, parecem ficar para trás na corrida com nativos digitais? Porque quando uma indústria vai de analógica para digital (assumindo que o excesso de regulamentação não atrapalhe), você tem que reinventar a forma como os produtos são criados e como os consumidores são atendidos. O movimento cripto tem potencial enorme, mas provavelmente será mais um elemento dessa onda do que a onda em si. Apenas jogar mais dinheiro no problema, sem nenhuma mudança fundamental na abordagem, costuma ser a estratégia errada. Por essa razão, ter a cantora Anitta no conselho do Nubank se torna tão disruptivo.
Em outras palavras, você tem que ir muito além dos limites do ‘seu espaço’. O update dos avatares no Roblox serão essenciais para permitir maior personalização e realismo nos visuais dos jogadores. A forma digital de fazer algo é criando mais valor para os clientes do que para as empresas que resolvem o problema. Isso geralmente significa que a velha maneira de fazer as coisas era extrair muito valor ou depender de informações que não são mais proprietárias. Por isso mesmo, muito do que temos e vemos à nossa volta hoje não servirá para o metaverso.
A única certeza é que qualquer coisa que imaginamos sobre o metaverso, provavelmente será bastante diferente do que visualizamos agora, da mesma forma que o futuro de 2023 era imaginado durante o século passado.
Como o Google quer dominar o mercado de IA
Com o objetivo de se consolidar como líder no mercado de inteligência artificial, o Google vem investindo fortemente em pesquisa de IA por Vinicius Amado e Cottonbro studio
O Google anunciou na quarta-feira (10) um arsenal de aplicações com inteligência artificial generativa (capaz de criar conteúdo sozinha) em um contra-ataque contra os avanços da tecnologia por empresas como a OpenAI, dona do robô de conversas ChatGPT, e Microsoft, que atualizou seu navegador Bing com IA.
Confira a seguir 5 fatos para você entender como a gigante de tecnologia pretende destronar os concorrentes e dominar mercado de inteligência artificial.
A primeira estratégia foi começar a tentar ofuscar o ChatGPT e a parceria dele com a Microsoft com a apresentação de inúmeros recursos usando IAs generativas de uma vez. Será possível, por exemplo, pedir para o sistema criar uma descrição de vaga de emprego. E isso acontecerá em segundos.
Parte da promessa da empresa é tornar o trabalho de muita gente menos chato. Com isso, a IA do Google será capaz de escrever e-mails, montar planilhas e fazer edições “mágicas” de fotos para você.
O Google também vai usar a ferramenta PaLM 2 no contra-ataque. Trata-se de um modelo de
linguagem tão poderoso que entende mais de 100 idiomas e é fluente em 20 linguagens de código. Seu grande avanço é conseguir programar sistemas e corrigir erros durante o desenvolvimento de um app, por exemplo.
Para não ficar atrás do Bing, da Microsoft, o Google vai começar a responder às perguntas complexas com resultados mais detalhados e organizados pela própria IA, logo abaixo do campo de pesquisa.
Por último, a ideia do Google é se aproveitar das críticas feitas ao chatGPT e dos riscos do uso irresponsável de sistemas com inteligência artificial para se colocar como uma empresa preocupada com a privacidade e uso ético dos nossos dados. Será que vai conseguir?.
Com essas estratégias, o Google está determinado a reafirmar sua posição de destaque no mercado de inteligência artificial e enfrentar os avanços de concorrentes como a OpenAI e a Microsoft.
No entanto, o sucesso dessas estratégias dependerá da recepção dos usuários e do desempenho dos produtos e serviços do Google em relação aos concorrentes.
Metaverso e Varejo
Novas formas de exposição da marca e oportunidades de venda para grandes players como Gucci e Nike
Experiências imersivas são o futuro das compras e, para 2035, estima-se que 80% das atividades comerciais das pessoas sejam realizadas online, especialmente via dispositivos móveis, de acordo com a TehcSparq. Logo, é possível dizer que essas experiências contribuirão para o crescimento global nas vendas de e-commerce, escalando de US$ 585 bilhões em 2020 a mais de US$ 16 trilhões daqui a duas décadas.
Atualmente, segundo reportado pela Statista, existem quase 15 bilhões de dispositivos móveis ativos (quase o dobro da população global), e, para 2025, estima-se que esse número ultrapasse os 18 bilhões. Além disso, em 2020, os dispositivos móveis foram responsáveis por mais de 80% do tempo que as pessoas passaram online em oito países, com o Brasil ficando na 4ª posição com 88%.
Além do aspecto do mobile e das pessoas estarem cada vez mais conectadas, é importante ressaltar o desejo das pessoas por uma relação mais humana na hora de comprar. No caso de dispositivos móveis, por exemplo, o uso de chat, utilizando métodos como o conversational commerce vem revelando grande resultado. Outro ponto que sinaliza esse desejo pelo fator humano é o aumento de sensibilidade que as redes sociais e influenciadores vem exercendo na decisão de compra. Bem ou mal, são formatos mais atrativos do que o tradicional e-commerce representado por uma estante fria de produtos.
O “metaverso” irá redefinir muitos pontos referentes a como as pessoas se conectam, assim como se conectam com as marcas. Por mais que
uma experiência completa demande evolução de tecnologias como a evolução do VR (Realidade Virtual), o cenário já vem evoluindo dentro de mundos abertos, muitos deles associados a games em mundo aberto, que receberam um incremento de centenas de milhões de usuários ativos nos últimos quatro anos.
Dada a aceleração desse comportamento, sobretudo no último ano, diversas organizações começaram a se mobilizar com iniciativas em mundos virtuais, do segundo semestre de 2021 para cá para construir experiências mais imersivas nesse canal e nesse novo modelo de negócio. O D2A ou vendas Direct-to-Avatar, onde o avatar é a representação do usuário dentro do mundo virtual. Relacionamentos assim são comuns nas plataformas de jogos como Roblox, Fortnite, Animal Crossing e Decentraland, especialmente na venda das populares skins, roupas e aparência dos avatares para a customização de personagens e de seus acessórios.
A entrada da Gucci e da Nike no metaverso destaca a crescente importância dessa nova forma de vendas e exposição de marca. Com o Gucci Garden Experience e o Nikeland, essas marcas líderes estão abraçando as oportunidades do ambiente virtual para alcançar um público amplo e engajado, oferecendo produtos inspirados em exposições de renome e criando espaços virtuais interativos. Esses showrooms virtuais proporcionam aos usuários a chance de experimentar os produtos das marcas e competir em minigames, mergulhando-os em experiências imersivas que reforçam o potencial inovador e a evolução contínua do metaverso.
Chat GPT
Os parâmetros, que medem o aprendizado das IA’s, crescem 850% em 5 anos
GPT1 117 milhões
GPT2 bilhões 1,5
O número de pessoas é equivalente a um hotel de tamanho médio em sua ocupação máxima
cada pessoa representa 1 milhão de parâmetros
2020
GPT3 175 bilhões
O número de pessoas seria equivalente a população do mnicipio Francisco Marato
2022
GPT4 trilhão 1
O número de pessoas é equivalente a população da Coreia do Sul
5,3 em cada 10 pessoas não conseguem dizer se um texto foi gerado por uma IA
Distribuição do Chat GPT pelo mundo
O Império Contra-Ataca
Ofuscado pelo ChatGPT, Google lança arsenal de IA que criará emails, apps e pode colocar programadores em apuros por Marcella Duarte
Como vocês devem saber, tem sido um ano muito agitado para a inteligência artificial”, disse Sundar Pichai com um sorriso meio amarelo. Apesar de o CEO do Google ter iniciado assim o Google I/O 2023, seu maior evento, nada do falatório sobre a tecnologia do momento foi gerado pela empresa de Mountain View.
Até agora, o grande protagonista dessa onda tem sido o ChatGPT. Exemplar de uma espécie chamada de IA generativa (capaz de criar conteúdo), esse chatbot (serviço de conversação) assustadoramente humano conseguiu romper pela primeira vez a bolha dos desenvolvedores e impactar a rotina das pessoas. O inimaginável quase aconteceu: a Samsung cogitou trocar em seus produtos o buscador do Google pelo Bing, turbinado pela Microsoft com o ChatGPT.
E a resposta veio na quarta-feira (10). Em uma espécie de contra-ataque às “forças rebeldes” —fãs de Star Wars entenderão—, a empresa não poupou poder de fogo: ao longo de mais de duas horas, executivos apresentaram exaustivamente o novo arsenal do Google para esta frente de batalha, de serviços amplamente conhecidos, como Gmail e Fotos, a algumas caras novas, como o soldado criado especialmente para bater de frente com o ChatGPT, o Bard, e o cérebro de toda estratégia, o eficiente motor de processamento, PaLM-2.
O anúncio do PaLM 2 trouxe um impacto positivo para o Google, com um aumento significativo de US$ 131 bilhões em seu valor de mercado, atraindo o interesse dos investidores.
No entanto, algumas das novidades apresentadas geraram uma sensação de familiaridade, como se já tivéssemos visto esses avanços tecnológicos anteriormente. Além disso, críticos levantam preocupações sobre a responsabilidade do ChatGPT, especialmente em relação à possibilidade de desencadear interrupções em cadeias produtivas inteiras. O Google está ciente dos desafios que enfrenta nessa batalha e reconhece que a sobrevivência exigirá sacrifícios. Sundar Pichai compartilha a perspectiva de que “algumas coisas podem mudar enquanto o
O cérebro por trás da IA
A competição entre o Google e a OpenAI está cada vez mais acirrada no campo da inteligência artificial. Enquanto o PaLM 2 do Google promete ser a peça central do contra-ataque da empresa, o GPT-4 da OpenAI surge como um rival de peso. A nova versão do cérebro criado pelo Google para seus aplicativos, o PaLM 2, é uma poderosa ferramenta de geração de conteúdo baseada em inteligência artificial. Com habilidade de compreender mais de 100 línguas faladas por humanos e mais de 20 linguagens de programação, o PaLM 2 possui a capacidade de raciocinar e programar outros robôs.
O grande diferencial do PaLM 2 é a sua semelhança com um ser humano, o que o torna a escolha ideal para impulsionar a inteligência dos produtos ditos “inteligentes” do Google. Segundo Ghahramani, já existem 25 aplicativos que utilizam essa tecnologia dentro da empresa, e uma versão mais leve está em desenvolvimento para dispositivos móveis. A proposta é levar essa inteligência artificial para o alcance de um público ainda maior, permitindo que a interação com os dispositivos seja ainda mais natural e eficiente. progresso continua”, destacando a necessidade de adaptação e flexibilidade em meio às rápidas evoluções tecnológicas.
No entanto, o surgimento do GPT-4, a nova versão do ChatGPT lançada pela OpenAI dois meses atrás, coloca o império do Google em alerta. Especialistas do assunto apontam que, mesmo com a potência do PaLM 2, a OpenAI está se mostrando uma concorrente de peso. O GPT-4 promete avanços significativos em termos
de capacidade de compreensão e geração de texto, o que pode representar uma ameaça aos planos do Google.
Essa competição entre gigantes da tecnologia impulsiona o desenvolvimento da inteligência artificial e beneficia os usuários, que têm acesso a produtos cada vez mais sofisticados e capazes de entender suas necessidades e desejos. A batalha entre o PaLM 2 e o GPT-4 promete trazer avanços impressionantes no campo da inteligência artificial, impulsionando a inovação e abrindo caminho para um futuro cada vez mais conectado e inteligente. Resta aguardar os desdobramentos dessa disputa acirrada e as novidades que surgirão dessas duas potências tecnológicas. em liderar essa transformação tecnológica.
No entanto, a introdução desses recursos também levanta questões sobre a confiabilidade e imparcialidade das respostas geradas pela IA. É crucial garantir que os resultados sejam precisos, imparciais e baseados em fontes confiáveis, a fim de evitar a disseminação de informações incorretas ou tendenciosas.
Além disso, a capacidade do sistema de entender o contexto e realizar conversas.
O grande diferencial do PaLM 2 é a sua semelhança com um ser humano
Programadores perdendo emprego?
Uma das capacidades que mais chama atenção no PaLM 2 é a de escrever e editar códigos, o que faz dos robôs-programadores um dos futuros possíveis para o Google — ainda que a empresa diga não querer usá-los para substituir seres humanos, mas sim como auxiliares de profissionais ou iniciantes.
Embarcado no Google Cloud, plataforma de serviços de nuvem, o assistente de programação via chat vai responder perguntas para ensinar como fazer algo, melhorar a eficiência de um processo, corrigir um erro e até completar um código. E depois ainda vai inspecionar o desempenho do programa criado.
Para desenvolvedores experientes, a Vertex IA, divisão de aprendizado de máquina, pode criar funções inteiras de apps e fazer debug (correção de problemas). Ou seja, é um concorrente do Copilot, do GitHub, e do CodeWhisperer, da AWS (Amazon Web Services).
A demanda pelos programadores tem sido alta até o momento, mas eles começam a enfrentar incertezas, assim como outras categorias profissionais. O CEO do Google evitou discutir o assunto em resposta a Tilt.
Embarcado no Google Cloud, plataforma de serviços de nuvem, o assistente de programação via chatbot vai responder perguntas para ensinar como fazer algo, melhorar a eficiência de um processo, corrigir um erro e até completar um código. E depois ainda inspecionará o desempenho do programa criado. O CEO do Google, Sundar Pichai, evitou discutir o assunto em resposta a Tilt.
Edição mágica de fotos
Nem só de tecnologia nos bastidores é feito o contra-ataque do Google. Aplicativos presentes na maioria dos smartphones ganharam aquele banho de IA.
Lançado com uma camada de inteligência ainda em 2015, seja para organizar imagens ou relembrar memórias, o Google Fotos vai passar a apagar pessoas e objetos de fotos (Magic Eraser), elevar a nitidez de imagens desfocadas (Photo Unblur) e até mudar a posição de alguém na cena ou mesmo alterar a cor do céu (Magic Editor).
Combinadas, essas habilidades, ainda em fase experimental, darão grandes poderes ao Fotos. Quando tirar alguém de uma cena, ele “imagina” o que tinha por atrás para colocar no lugar correto. Assim, a imagem não será exibida com um tremendo vazio ou borrão.
Além disso, o Google escreverá emails, criará descrições de vagas de emprego, fará planilhas de cálculo ou tabelas de atividade para o usuário. A IA também vai gerar imagens diretamente para os Slides (o “Power Point” do Google) e no Meet (de videoconferências para reuniões online).
Bard, um soldado experimental contra o ChatGPT
Em breve, a fila de espera para usar o chatbot de IA do Google vai acabar. Lançado em março apenas para usuários dos EUA e Reino Unido, em clara resposta ao ChatGPT, o Bard estreará em 180 países — por ora, o Brasil não foi incluído.
O PaLM 2 tornou o chatbot “mais inteligente”. Em breve, “conversará” nos 40 idiomas mais falados no mundo e vai incluir imagens nas respostas e compreender fotos nas perguntas. Por exemplo: uma pessoa poderá apontar a câmera para a geladeira e perguntar que receita pode ser feita com aqueles ingredientes ou mirar uma gaveta com materiais de artesanato e receber uma sugestão de trabalho manual.
O Bard será ainda integrado a outros serviços do Google e vai interagir com aplicações de terceiros —a primeira será o Firefly, inteligência artificial da Adobe, que gera imagens.
No entanto, o Google enfrenta dificuldades para se destacar em meio à sombra do ChatGPT, que possui fluência em mais de 50 idiomas e, juntamente com o Bing, já possui a maioria dos recursos que seu concorrente acabou de adquirir. O Bard, no entanto, é encarado como um laboratório pelo Google, que o vê mais como uma forma de aprimorar a tecnologia para utilizá-la em seus serviços do que como um produto final. O Google está ciente dos desafios que enfrenta ao tentar se destacar no mercado de chatbots de IA. Embora o ChatGPT já tenha uma vantagem considerável em relação ao Bard em termos de idiomas e recursos, o Google está determinado a usar o Bard como uma ferramenta de aprendizado para aprimorar sua própria tecnologia. Eles veem o Bard como um projeto de pesquisa em constante evolução, onde podem explorar novas possibilidades e aperfeiçoar suas capacidades.
Ao incluir o Bard em outros serviços do Google, a empresa espera criar uma experiência mais integrada e abrangente para os usuários. A integração com o Firefly da Adobe é apenas o começo, e o Google planeja explorar parcerias adicionais no futuro para enriquecer a funcionalidade do Bard.
A IA trará mudanças profundas. Não podemos subestimar a possibilidade de trazer mais oportunidades econômicas
Eles estão comprometidos em oferecer respostas mais precisas, interações mais naturais e recursos inovadores para atender às necessidades dos usuários.
A competição no mercado de chatbots de IA está acirrada, e tanto o Google quanto a Openai estão em uma corrida para se tornarem líderes nesse campo. Ambos estão constantemente se atualizando e desenvolvendo novas funcionalidades para atrair usuários e empresas. O futuro dos chatbots de IA promete ser emocionante, com avanços contínuos na compreensão de linguagem natural, processamento de imagens e integração com outros serviços.
Em conclusão, embora o Bard ainda esteja na sombra do ChatGPT em termos de recursos e fluência em idiomas, o Google está determinado a utilizar essa plataforma como uma oportunidade de aprendizado e inovação. Com integrações futuras e parcerias estratégicas, eles esperam melhorar a funcionalidade do Bard e fornecer uma experiência abrangente e integrada para os usuários. O mercado de chatbots de IA está em constante evolução, e tanto o Google quanto o ChatGPT estão empenhados em liderar essa transformação tecnológica
. A competição no mercado de chatbots de IA está acirrada, e tanto o Google quanto a Openai estão em uma corrida para se tornarem líderes nesse campo. Ambos estão constantemente se atualizando e desenvolvendo novas funcionalidades para atrair usuários e empresas. O futuro dos chatbots de IA promete ser emocionante, com avanços contínuos na compreensão de linguagem natural e processamento de imagens.
Buscas online: o último front Nem mesmo o motor de busca escapou. A ferramenta mais tradicional e principal fonte de receita da empresa vai contar com inteligência artificial, em um movimento —adivinhe!— feito recentemente pela Microsoft.
No caso do Google, o sistema responderá às perguntas diretamente nos resultados, logo abaixo do campo de pesquisa, e não em uma janela separada.
Para diferenciar essa experiência dos resultados de links convencionais, que aparecerão mais para baixo, as respostas aparecerão em um fundo de outra cor e com uma notificação dizendo “Generative AI is experimental” — ou seja, ainda está em testes.
A precaução sinaliza que o Google está pronto para guerra, mas não vai de cara mudar completamente sua galinha de ovos de ouro — 57% do faturamento vêm das pesquisas online.
Foi para a Busca, aliás, que o Google reservou um trunfo de que o Bing não tem. Após a primeira pesquisa, será possível fazer perguntas sobre o mesmo assunto, como se estivesse em uma conversa. Essa integração da inteligência artificial na experiência de busca do Google
é um reflexo da crescente importância da IA no campo da tecnologia. Ao utilizar algoritmos avançados e modelos de linguagem poderosos, o Google busca oferecer respostas mais precisas e relevantes aos usuários, tornando a busca online mais eficiente e intuitiva.
No entanto, a introdução desses recursos também levanta questões sobre a confiabilidade e imparcialidade das respostas geradas pela IA. É crucial garantir que os resultados sejam precisos, imparciais e baseados em fontes confiáveis, a fim de evitar a disseminação de informações incorretas ou tendenciosas.
Além disso, a capacidade do sistema de entender o contexto e realizar conversas mais naturais representa um avanço significativo no campo da IA. Isso proporcionará uma interação fluida e uma busca mais personalizada.
No entanto, é importante observar que a implementação dessas mudanças exigirá um aprimoramento contínuo e adaptação aos feedbacks dos usuários. A IA ainda está em constante evolução e há desafios a serem superados, como a compreensão de contextos complexos e a manutenção da privacidade e segurança dos dados dos usuários.
A competição acirrada entre os gigantes da tecnologia, como Google e Microsoft, evidencia a importância estratégica de integrar a inteligência artificial em seus serviços e produtos. Essas empresas estão plenamente conscientes de que a IA se tornou uma tecnologia disruptiva que está moldando o futuro de diversos setores.
A IA ainda está evoluindo constantemente e há desafios a serem superados
Afinal, para onde o Google está indo?
Acostumado a ditar moda, o Google ocupa pela primeira vez o incômodo lugar de precisar seguir tendências. Conta a favor da empresa o fato de o ChatGPT ser um fenômeno sem precedentes ainda quando comparado a outras tecnologias populares.
“O fato de o Google ter demorado para responder não é necessariamente um problema. O número de usuários que o ChatGPT conseguiu em pouquíssimo tempo foi inesperado, venceu todas as grandes inovações, como redes sociais, smartphones e o streaming. Ninguém conseguiu chegar tão rápido a tantas pessoas quanto ele”, diz Borneli.
A rapidez com que conquistou usuários está relacionada às principais críticas feitas ao ChatGPT. Para alguns analistas, ele foi liberado cedo e “cru” demais, sem considerar os efeitos nocivos para a sociedade — da desinformação ao impacto no mercado de trabalho, passando pelo potencial de inflar o medo de robôs ganharem vida própria.
Neste aspecto, o Google tem sido apontado como uma das poucas empresas a agir com cautela. “Nessa plataforma, o seu dado é seu e de mais ninguém”, afirmou Thomas Kurian, CEO do Google Cloud.
Recursos mostrarão de onde vêm os dados e como eles são processados antes de respostas “mágicas” serem concedidas. Ainda assim, até quem passou a vida trabalhando com essa tecnologia tem medo do que está por vir. É o caso do britânico Geoffrey Hinton, um dos “padrinhos da IA”, que deixou o Google há poucos dias e passou a renegar sua criação, tida como perigosa.
Diante de tantas incertezas, o próprio Pichai é categórico. Pouca coisa continuará a mesma daqui para frente.
O Google está investindo em recursos para a transparência e responsabilidade dos dados, permitindo aos usuários compreender sua origem e processamento e incentivando o feedback da comunidade para aprimorar suas soluções. Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo da empresa.
IA: reduzindo achismo e definindo KPIs nos negócios
Com ajuda da inteligência artificial (IA) como comprovar a eficiência de esforços e fazer com que o achismo seja menor na sua empresa
por Thiago Muniz e Milo EvercrestPuxar um projeto sem resultados é frustrante. E pior ainda é quando não valorizam seu trabalho em marketing. Dizem que precisamos de menos achismo e mais dados.
Com a ajuda da inteligência artificial (IA), podemos provar a eficiência dos nossos esforços e ser mais criativos. De estagiários a CEOs, todos podem contribuir.
As ferramentas aumentaram, mas a capacidade analítica não acompanhou. Quando comecei, em 2008, havia poucas ferramentas para automatizar e encontrar dados online. Só me senti preparado em 2012. A plataforma Statista começou nessa época. Já são mais de 9.932 ferramentas catalogadas agora. Podemos mapear dados de clientes e do mercado de forma mais avançada.
Precisamos refinar os KPIs quantitativos e qualitativos. Avaliar só pelas notas não ajuda no aprendizado.
Se definirmos uma meta maior, como aumentar contratos de 20 para 50, os vendedores podem ser mais agressivos em descontos. Isso pode prejudicar as vendas ou reduzir a margem de negociação.
Li sobre Avinash Kaushik, ex-evangelista do Google, que treinou um algoritmo por seis meses. O algoritmo trouxe informações para melhorar os resultados nos canais digitais.
A IA simplifica as decisões. De forma que podemos descobrir quais métricas importam em um momento específico.
Nos próximos anos, o processamento de informações vai aumentar. Ao invés de gastar horas compilando dados, podemos usar comandos para obter informações úteis e tomar ações.
Podemos usar a IA para calcular dados que conectam a satisfação do cliente e o engajamento dos funcionários. Se o cenário mudar, podemos criar novos KPIs e tomar decisões mais dinâmicas com a ajuda dos robôs.
A intuição e a experiência são importantes, mas a criatividade também tem seu espaço. A IA nos ajuda a compilar dados rapidamente e testar diferentes modelos.
Essa abordagem promove um ambiente onde as ideias são incentivadas e todos podem contribuir. O sucesso vem da combinação de dados, IA e revisão constante dos KPIs, além de espaço para inovação, Desconsiderando a experiência.
Aprenda com eles
Perfis de líderes inovadores que estão moldando a tecnologia
É um dos líderes mais proeminentes da indústria de tecnologia atual. Como CEO da Google, ele tem liderado a empresa em uma série de mudanças significativas que estão moldando a forma como as pessoas usam a tecnologia hoje. Sob sua liderança, a Google tem investido em áreas como inteligência artificial, computação em nuvem e desenvolvimento de hardware, além de trabalhar em novas iniciativas, como a área de saúde.
Elon Musk
Tesla/SpaceX/Neuralink
Elon Musk é um líder visionário que está causando um grande impacto em várias áreas da indústria de tecnologia. Ele é o fundador e CEO de empresas como Tesla, SpaceX e Neuralink, trabalhando em tecnologias que estão mudando o mundo, como carros elétricos, exploração espacial, colonização de Marte e interfaces cérebro-máquina. Sua visão e coragem para enfrentar grandes desafios estão moldando a indústria de tecnologia e além.
Tim Cook
Apple Inc.
Como CEO da Apple, Tim Cook tem moldado a indústria de tecnologia de várias maneiras. Desde que assumiu o cargo em 2011, ele tem liderado a empresa em um período de grande sucesso, com a Apple se tornando uma das empresas mais valiosas do mundo. Ele também tem trabalhado para diversificar a oferta de produtos da Apple, expandindo a linha de serviços da empresa, como o Apple Music, Apple TV+ e o Apple Arcade.
Telegram dispara mensagem contra o PL das Fake News
Empresa diz que projeto de lei “irá acabar com a liberdade de expressão” e “matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual”
O Telegram disparou mensagens contra o PL das Fake News para os usuários da plataforma nesta terça-feira (9), dizendo que o projeto de lei “irá acabar com a liberdade de expressão“.
“O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia”, aponta o comunicado oficial.
A empresa também afirma que o texto seria uma das “legislações mais perigosas já consideradas no Brasil” e que “matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual”.
O Telegram enfrenta embate com a justiça brasileira, após não ter cumprido, segundo as autoridades, pedidos judiciais sobre identificação de usuários em grupos neonazistas na plataforma, que exisitam em grande número.
Em uma das investigações da Polícia Federal, por exemplo, foi averiguado que um adolescente apontado responsável por um ataque a escolas de Aracruz, no Espírito Santo, no ano passado, em chats neonazistas no Telegram.
Em áudio enviado à CNN, o relator do PL das Fake News, Orlando Silva (PCdoB), avaliou a ação da plataforma como “inaceitável” e que é mentirosa a afirmação que o Brasil “irá cercear a democracia ou liberdade de expressão”.
“É inaceitável a tentativa de por de joelhos o Parlamento brasileiro, é inaceitável abuso do poder econômico”, destaca, explicando que o aplicativo usa da sua estrutura para “disseminar mentiras” e “intimidar o debate” que é legítimo.
Ele complementa observando que irá atuar para que haja uma resposta dos Três Poderes,
que classificou como um “ataque que, no limite, é contra a democracia brasileira”.
Por fim, Silva alertou que as leis serão discutidas e estarão “ao abrigo da Constituição” e que os algorítimos ameaçam a liberdade de expressão nas redes .
A CNN está contatando o Telegram para comentários e aguarda retorno.
O PL das Fake News cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet e estabelece obrigações a serem seguidas por redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca na sinalização e retirada de conteúdos considerados criminosos.
A discussão para aprovação do projeto aumentou consideravelmente após os ataques contra escolas e a uma creche realizados em 2023 no Brasil, com as autoridades afirmando que ao menos um dos suspeitos pelos atentados integrava grupos neonazistas na internet.
Além disso, especialistas ressaltam que o “efeito contágio”—quando algum conteúdo é replicado diversas vezes nas redes sociais, por exemplo—pode estimular o cometimento dos ataques. Assim, o governo federal luta para regulamentar a e derrubada de perfis e publicações violentas.
Há resistência, porém, por parte das big techs —as grandes empresas donas de redes sociais e outros sites—quanto à regulação da internet. Entre os principais pontos que desagradam as companhias está a obrigatoriedade de divulgarem relatórios de transparência sobre como estão moderando conteúdos falsos e de discurso de ódio e ou atentado contra a democracia.
Sonhos em Realidade Virtual
Assustadores e aconchegantes: dormir em um ambiente de realidade virtual pode aliviar a insônia e a solidão, se você puder ignorar as crianças brincando
por Fabio SilvaUma música lo-fi relaxante tocava à distância. Estrelas cadentes cortavam a cintilante galáxia acima de onde eu estava. Eu desafiava a física, pairando no espaço, de costas. Relaxada, bocejei e me espreguicei, meu punho atingindo um travesseiro que eu havia esquecido ao meu lado.
Eu, é claro, não estava realmente pairando no espaço. Fisicamente, eu estava em uma espreguiçadeira, na minha casa. Mas, virtualmente, eu estava em um dos “quartos de dormir” da VRChat, uma plataforma de Realidade Virtual (RV) com espaços virtuais onde as pessoas com seus headsets podiam relaxar, e até mesmo dormir. Esses espaços do sono em ambientes de RV estão se tornando cada vez mais populares entre pessoas que sofrem de insônia ou se sentem solitárias, oferecendo abrigos aconchegantes onde estranhos podem encontrar relaxamento e companhia com segurança… Na maioria das vezes.
Cada quarto de dormir em RV é criado com foco para induzir a calma. Alguns imitam cenários de praias e parques de campismo com fogueiras, enquanto outros recriam quartos de hotel ou cabanas. As trilhas sonoras variam de batidas relaxantes a sons da natureza e silêncio, enquanto a iluminação pode variar de esferas de neon a escuridão total. Para pessoas isoladas ou solitárias que desejam se sentir menos sozinhas, a possibilidade de dormir em grupo pode ser particularmente atraente.
É o caso de Mydia Garcia, que começou a dormir nestes espaços sociais há quase um ano: “Eu saia para dançar [em ambientes de RV] até as 3 da manhã e estava cansada, mas não queria sair da RV ou deixar os meus amigos”. Garcia e seu grupo visitavam mundos isolados e depois se abraçavam, achando a experiência terapêutica e possibilitadora de conexão.
Da mesma forma, Jeff Schwerd encontrou nos quartos de dormir uma espécie de antídoto para a solidão durante a pandemia. Ele gosta de se aconchegar nesses espaços com estranhos e costuma usar o modo de detecção de corpo inteiro na RV, permitindo que os avatares na realidade virtual possam se mover em sincronia com os corpos no mundo real, imitan-
do a sensação de ser abraçado e segurado. Schwerd diz que isso o faz se sentir protegido e, portanto, o ajuda a dormir melhor e com mais facilidade. Ele também acha relaxante a atmosfera dos quartos de dormir.
“Se você tem insônia e vai para a cama, seu cérebro começa a trabalhar em um ritmo acelerado de pensamentos. Você tem preocupações e ruminações mentais e seu coração está batendo rápido. Você não está relaxado, seu corpo está operando em um estado elevado de ansiedade, impedindo você de adormecer”, diz Zambotti. “Do ponto de vista neurocientífico, a RV funciona porque você pode modular o ambiente ao mesmo tempo em que mantêm um pé na realidade.
A empresa não é a única razão pela qual as pessoas dormem em realidades virtuais. Scott Davis usa quartos de dormir da VRChat várias vezes por semana para vencer sua insônia. “É muito mais fácil para mim dormir em ambientes de RV e isso me ajudou a dormir de forma mais consistente e regular”, diz ele. “Normalmente, fora da RV, preciso estar bastante cansado para conseguir dormir. Mas quando estou dentro dela, posso me deitar e adormecer mais rápido, mesmo não estando cansado no início”.
“Meu lugar favorito para relaxar sozinho é esta colina coberta de grama com uma fogueira”, diz ele. “Gosto de ouvir o som do fogo queimando na noite”.
A empresa não é a única razão pela qual as pessoas dormem em realidades virtuais. Scott Davis usa quartos de dormir da VRChat várias vezes por semana para vencer sua insônia.“É
muito mais fácil para mim dormir em ambientes de RV e isso me ajudou a dormir de forma mais consistente e regular”, diz ele. “Normalmente, fora da RV, preciso estar bastante cansado para conseguir dormir. Mas quando estou dentro dela, posso me deitar e adormecer mais rápido, mesmo não estando cansado no início”.
É por isso que ele retorna para os quartos de dormir. “Como alguém que sofre de insônia, isso faz com que eu me sinta confiante de que estou no controle do meu sono”, diz Davis.
Essa sensação de controle é um grande motivo pelo qual a RV pode ter um efeito terapêutico para pessoas com insônia, diz Massimiliano de Zambotti, neurocientista que pesquisa o sono na SRI International, uma organização sem fins lucrativos.
“Se você tem insônia e vai para a cama, seu cérebro trabalha em um ritmo acelerado de pensamentos. Você tem preocupações e seu coração está batendo rápido. Você não está relaxado, seu corpo está operando em um estado de ansiedade, impedindo você de adormecer”, diz Zambotti. “A RV funciona porque você pode modular o ambiente enquanto mantêm um pé na realidade.
Como uma pessoa que sofre de insônia, isso me traz confiança de que estou no controle do meu sono
Sentir-se seguro é crucial para poder relaxar e dormir, mesmo se você estiver sozinho em sua própria cama confortável em casa.
Um dia, entrei em um quarto de dormir e imediatamente ouvi a voz de uma criança em meu ouvido. O garoto, que tinha um avatar de robô, até que tentou, mas acabou falhando em conversar comigo e com um cavaleiro medieval. (Meu avatar era um pedaço de manteiga com uma pequena cartola, por que não?) Irritado, o robô flutuou até o canto onde cerca de sete avatares estavam deitados pacificamente juntos, aparentemente dormindo. A voz da criança então os provocou: “Vou matar vocês. Eu literalmente vou matar vocês”.
Sabe-se que o metaverso está cheio de usuários menores de idade, e minha jornada pelos quartos de dormir confirmou que as crianças aparecem com frequência perturbadora nesses espaços adultos. Outro quarto de dormir que visitei foi invadido por vozes infantis falando espanhol e francês. Peguei um elevador até um “terraço” onde encontrei um cantinho iluminado por luzes vermelhas com sofás macios e aveludados. “Olá, gostei do seu ava [avatar]”, disse uma voz infantil atrás de mim. Eu me virei e dei de cara com outro avatar de robô conversando com o que parecia ser um espantalho.
“Eu gosto do seu também”, disse uma voz de homem. “Quer dormir abraçadinho?” A criança flutuou para longe e eu a segui, abismada e muito incrédula. “Quer dormir abraçadinho?”
A criança flutuou para longe e eu a segui. Schwerd me disse que também notou a pre-
sença de crianças em quartos de dormir. “Sem dúvida, a presença de menores de idade nesses ambientes é um incômodo”, diz ele. Mas ele garante que a maioria dos quartos são silenciosos e “respeitosos”.
Enquanto eu vagava pela RV, descobri que isso era verdade. Alguns quartos de dormir em que acabei entrando estavam vazios e silenciosos. Em outros, avatares estavam aninhados uns contra os outros, dormindo profundamente. Outros ainda refugiavam grupos de avatares amontoados, acordados, mas quietos; alguns sussurrando, outros apenas relaxando. Muitas vezes senti a necessidade de murmurar “Com licença” e andar na ponta dos pés, totalmente me esquecendo que, como eu era apenas um pedaço de manteiga flutuando em uma sala cheia de avatares, poucos me ouviriam ou se importariam com a minha presença.
Eu não consegui dormir em ambientes RV. Eu fiquei extremamente atenta ao meu redor e achei o headset no meu rosto desconfortável. Mas na mesma medida em que achei alguns quartos perturbadores, descobri aqueles que eram silenciosos e pacíficos, lugares para simplesmente sentar e estar presente. No mundo
E se a experiência não fizer você sentir ?Sem dúvida, a presença de menores de idade nesses ambientes é um incômodo
real, tenho dificuldade para encontrar espaços tranquilos para relaxar e, como alternativa a isso, os quartos de dormir virtuais me ofereceram espaço e tempo para apenas me deitar e olhar as estrelas.
A tecnologia tem revolucionado a maneira como nos relacionamos com o mundo. A realidade virtual é apenas uma das muitas formas como ela tem transformado a nossa vida. Com a pandemia, a RV tem se mostrado uma alternativa viável para as pessoas que se sentem solitárias ou isoladas. Os espaços virtuais podem ser uma maneira de criar conexões sociais e encontrar conforto, mesmo em tempos de distanciamento social.
Além dos quartos de dormir, a RV oferece uma infinidade de possibilidades de experiências sociais, como festas, shows e encontros virtuais. Essas plataformas fornecem oportunidades para pessoas com dificuldades de mobilidade ou que moram em áreas remotas, que podem se conectar com outras pessoas sem sair de casa.
No entanto, é importante lembrar que a realidade virtual não pode substituir completamente a experiência humana real. A interação face a face é fundamental para o desenvolvimento social e emocional humano. A RV pode ser uma forma de complementar as conexões sociais, mas não deve ser vista como uma substituta completa.
Outro aspecto a ser considerado é o impacto da RV na saúde mental. Embora os quartos de dormir possam ser terapêuticos para algumas pessoas, é importante lembrar que a RV não é uma solução mágica para todos os problemas de saúde mental. É importante procurar ajuda profissional quando necessário e não depender exclusivamente da RV para lidar com questões
Outro aspecto a ser considerado é o impacto da RV na saúde mental. Embora os quartos de dormir possam ser terapêuticos para algumas pessoas, é importante lembrar que a RV não é uma solução mágica para todos os problemas de saúde mental. É importante procurar ajuda profissional quando necessário e não depender exclusivamente da RV.
Conclusão
No geral, a RV tem o potencial de fornecer novas formas de conexão social e experiências emocionais. Mas é importante usá-la com moderação e equilíbrio, garantindo que as conexões virtuais complementem, e não substituam, as interações humanas reais.
Além da questão do meio ambiente, a economia circular também traz benefícios econômicos para as empresas e para a sociedade em geral. A adoção de práticas circulares pode levar a redução de custos, aumento da eficiência no uso de recursos e até mesmo a geração de novas fontes de renda. Isso ocorre porque a economia circular incentiva a reutilização de produtos, a reciclagem de materiais e a redução do desperdício, o que pode resultar em uma economia significativa de recursos naturais e financeiros nesse ambiente.
No entanto, a transição para uma economia circular pode ser desafiadora para as empresas, especialmente aquelas que estão acostumadas com o modelo linear de produção e consumo. É necessário que as empresas repensem seus processos e produtos para que sejam mais eficientes e sustentáveis. Além disso, é importante que haja uma mudança cultural em relação ao consumo dentro do capitalismo, para que as pessoas passem a valorizar produtos que possuem uma vida útil maior e que são produzidos de forma mais sustentável.
Outro desafio para a economia circular é a questão da regulamentação e da governan-
ça. Para que a transição para uma economia circular seja bem-sucedida, é necessário que haja políticas públicas que incentivem práticas mais sustentáveis e que promovam a economia circular. Além disso, é importante que haja uma coordenação entre os diferentes setores da sociedade para que todos possam contribuir para a construção de uma economia mais circular.
Por fim, é importante ressaltar que a economia circular não é uma solução única para os problemas ambientais e econômicos que enfrentamos. Ela é apenas uma das ferramentas que podemos utilizar para construir um futuro mais sustentável e justo. É necessário que haja uma abordagem holística e integrada para a resolução desses problemas, que envolva ações em diversas áreas, como a educação, a tecnologia, a governança e a participação social.
Em poucas palavras, a economia circular é uma abordagem inovadora e promissora para lidar com os desafios ambientais e econômicos que enfrentamos. Ela incentiva a reutilização de produtos, a reciclagem de materiais e a redução do desperdício, o que pode levar a uma economia significativa de recursos naturais e financeiros. No entanto, a transição para uma
economia circular pode ser desafiadora, exigindo mudanças culturais, regulamentação e coordenação entre os diferentes setores da sociedade. Ainda assim, a economia circular é uma das ferramentas que podemos utilizar para construir um futuro mais sustentável e justo, e deve ser considerada como parte de uma abordagem holística e integrada para a resolução dos problemas que enfrentamos.
O avanço da tecnologia tem sido um impulso significativo para o avanço da ciência, permitindo aos pesquisadores observar o mundo de uma forma que nunca antes foi possível. A invenção do microscópio, por exemplo, permitiu que os cientistas descobrissem uma infinidade de microrganismos que estavam escondidos a olho nu. O telescópio, por sua vez, permitiu aos astrônomos explorar o universo e descobrir novos planetas, estrelas e galáxias. A tecnologia também tornou possível a coleta de grandes quantidades de dados, tornando a análise de grandes conjuntos de dados um componente fundamental da pesquisa científica moderna.
Apesar dos grandes avanços da ciência, a pesquisa científica também enfrenta muitos desafios. A obtenção de financiamento para a pesquisa pode ser difícil, especialmente para projetos mais ambiciosos ou de longo prazo. Os cientistas também enfrentam desafios éticos, especialmente quando se trata de pesquisa em seres humanos ou animais. A falta de diversidade na comunidade científica é um problema, com mulheres e minorias étnicas muitas vezes sub-representadas.
Meu lugar favorito para relaxar sozinho é esta colina coberta de grama com uma fogueira aconchegante
Além disso, as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a degradação ambiental são desafios crescentes que exigem soluções científicas.
Apesar dos muitos desafios que a ciência enfrenta, a importância da ciência para a sociedade nunca foi tão evidente. Desde a pandemia global de COVID-19, a necessidade de pesquisa científica para resolver problemas globais nunca foi tão importante. A ciência é fundamental para resolver desafios globais, como a mudança climática, a segurança alimentar e a energia sustentável. E para além disso, a ciência pode ajudar a moldar o futuro, oferecendo novas tecnologias e soluções para os problemas do mundo. Como tal, a ciência continuará a ser uma das forças motrizes da inovação e progresso humano, agora e no futuro.
A inteligência artificial tem sido aplicada em diversas áreas, incluindo a saúde. No entanto, estudos recentes apontam para uma possível relação entre o uso da tecnologia e os problemas com sono. Isso porque a exposição prolongada à luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos pode interferir no relógio biológico humano, afetando a qualidade do sono.
Outra aplicação da inteligência artificial na área da saúde relacionada ao sono é a análise de dados de estudos sobre distúrbios do sono. Com a ajuda da IA, os pesquisadores podem analisar grandes quantidades de dados de estudos para identificar padrões e tendências em distúrbios do sono. Isso pode levar a uma melhor compreensão das causas dos distúrbios do sono e ao desenvolvimento de novos tratamentos.
Por fim, é importante que a inteligência artificial seja usada de maneira responsável e ética na área da saúde, levando em consideração os possíveis efeitos colaterais e a privacidade dos usuários. A tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, mas é necessário avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios.
Recomendações do mês!
Novo arco, novo filme
O tema central do game é a vida de Miles Morales, que ganhou recentemente seus poderes e está aprendendo a atuar como um herói ao lado de Peter Parker. No começo do jogo, os Homens-Aranha trabalham em dupla, com o mais velho coordenando as ações e explicando sobre as várias coisas.
Autor: Brian Michael Bendis
Data de Pulbicação: 2023
Classificação: 5/5 estrelas
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo
Tempo
Dono do óscar 2022
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo acompanha Evelyn Wang, uma mulher de meia-idade que emigrou da China, deixando os seus pais para trás para seguir o sonho americano com o marido, Waymond. Os dois abriram uma lavandaria, por cima da qual vivem com a filha, Joy, a primeira geração da família a crescer nos EUA.
Diretores: Daniel Kwan, Daniel Scheinert
Data de Pulbicação: 2022
Classificação: 5/5 estrelas
Love Craft One Punch Man
Um mundo macabro O punho invencível
One Punch Man: A Hero Nobody Knows traz uma das melhores campanhas em jogos de luta sobre anime, com dezenas de referências e uma ambientação bem fiel a obra original. A campanha consegue apresentar o seu enredo com maestria.
Autores: One, Yusuke Murata
Data de Pulbicação: 2009
Classificação: 4/5 estrelas
O terror cósmico de H.P. Lovecraft sempre me deixou curioso, afinal, nunca tinha lido nada do autor e só conhecia alguns de seus contos a das inúmeras referências que eles tem na cultura pop atual. Foi com essa curiosidade que me
Autor: Howard Phillips Lovecraft
Data de Publicação: 2018
Classificação: 4/5 estrelas
Refúgios TAB
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IA ajuda a entender melhor o nosso passado
No futuro, historiadores vão usar a ciência da computação para analisar como as pessoas viviam séculos atrás por MIT Vanessa
SilvaEm uma noite do ano de 1531, em uma oficina gráfica da cidade de Veneza, um aprendiz trabalha na diagramação de uma página que será usada em um livro de astronomia. A página contém uma linha de texto apinhada de informações e uma ilustração em xilogravura de uma cabeça de querubim observando formas se movendo pelo Cosmos, representando um eclipse lunar.
Assim como todos os elementos da produção de livros no século XVI, esse era um processo demorado, porém que permitia que o conhecimento se espalhasse com uma velocidade sem precedentes.
Quinhentos anos depois, a produção de informação é um mundo totalmente diferente. Hoje temos terabytes de imagens, vídeos e textos em uma enxurrada de dados digitais que circulam quase instantaneamente pela internet e que precisam ser analisados quase com a mesma rapidez, possibilitando, mas também exigindo, o treinamento de modelos de machine learning para organizar este fluxo de materiais, informações e conteúdos. Essa mudança no modelo de produção tem implicações para o futuro, desde a criação de arte até o desenvolvimento de medicamentos.
Mas esses avanços também nos permitem olhar de forma diferente para os dados provenientes do nosso passado. Historiadores começaram a usar o machine learning (principalmente redes de deep learning) para examinar documentos históricos manchados após séculos guardados em arquivos mofados ou então danificados pelo descuido da mão de um tipógrafo. Dentre este conjunto de materiais estão tabelas astronômicas como as produzidas em Veneza e outras cidades do começo da idade moderna.
Os historiadors afirmam que a utilização da ciência da computação para olhar para o passado distante da humanidade ajuda a estabelecer conexões em uma faixa mais ampla do nosso registro histórico do que seria possível caso fosse feito de outra forma, humana e rigorosa, corrigindo as distorções
Analisando a complexidade
Ao surgir analisar a história de um documento por vez. Mas este processo traz suas próprias distorções, incluindo o risco de que o machine learning introduza informações enviesadas ou até mesmo falsas nesses registros. Tudo isso resulta em uma pergunta para os historiadores e outros que decifram o presente examinando fatos históricos: com a crescente presença das máquinas no futuro, até que ponto devemos permitir que elas interpretem o nosso passado? e de que forma as informacões geradas podem ser consideradas como plena verdade.
O big data chegou à área de ciências humanas a partir de iniciativas para digitalizar um número crescente de documentos históricos, como a coleção da Biblioteca do Congresso dos EUA de milhões de páginas de jornais ou os registros judiciais dos arquivos finlandeses que datam do século XIX. Para os pesquisadores, isso é, ao mesmo tempo, um problema e uma oportunidade: a quantidade de informação é muito maior, porém muitas vezes não há uma maneira de analisá-las.
Esse desafio foi resolvido com o desenvolvimento de ferramentas computacionais que ajudam os estudiosos a analisar a complexidade desses documentos. Em 2009, Johannes Preiser-Kapeller, professor da Academia Austríaca de Ciências, estava examinando um registro de decisões feitas pela Igreja Bizantina do século XIV. Ao perceber que interpretar centenas de materiais exigiria uma pesquisa digital sistemática dos relacionamentos entre os bispos, Preiser-Kapeller construiu um banco de dados
de tais indivíduos e usou um software de análise de rede para reconstruir essas conexões.
Esse processo revelou padrões ocultos de influência, levando Preiser-Kapeller a defender a ideia de que os bispos que mais falavam nas reuniões não eram os mais influentes. Desde então, ele aplicou tal técnica para analisar outras conexões, incluindo a elite bizantina do século XIV, descobrindo que a estrutura social da época era sustentada por meio das contribuições ocultas feitas por mulheres. De acordo com Preiser-Kapeller, “conseguimos identificar, de certa forma, o que estava acontecendo fora da narrativa oficial”.
O trabalho de Preiser-Kapeller é apenas um exemplo dessa tendência no campo acadêmico. Mas, até recentemente, o machine learning muitas vezes não conseguia tirar conclusões de conjuntos cada vez maiores de texto, até porque certos aspectos de documentos históricos (no caso de Preiser-Kapeller, manuscritos em grego pouco claros ou com caligrafia quase ilegível) os tornavam indecifráveis para as máquinas. Agora, os avanços no deep learning começaram a resolver essas limitações, usando redes que imitam o cérebro humano.
Olhar o passado distante da humanidade ajuda a estabelecer conexões históricas amplas.
Quase 800 anos atrás, o astrônomo do século XIII João de Sacrobosco publicou o Tractatus de sphaera (“tratado da esfera”, em português), uma dissertação introdutória sobre o Cosmos geocêntrico. Esse tratado tornou-se uma leitura obrigatória para os estudantes universitários da era moderna. Foi o livro didático mais amplamente distribuído sobre cosmologia geocêntrica, perdurando mesmo depois que a revolução copernicana derrubou, no século XVI, a visão de que a Terra era o centro do Universo. padrões em conjuntos de dados grandes e complicados de se lidar.
O tratado também é um dos documentos principais de uma coleção digitalizada de 359 livros de astronomia publicados entre 1472 e 1650 (76.000 páginas ao todo, incluindo dezenas de milhares de ilustrações científicas e tabelas astronômicas). Nesse vasto conjunto de dados, Matteo Valleriani, professor do Instituto Max Planck de História da Ciência (Alemanha), viu uma oportunidade de traçar a evolução do conhecimento europeu em direção a uma visão mundial e compartilhada da ciência. Mas ele percebeu que discernir o padrão exigiria mais do que era possível somente com as habilidades humanas. Assim, Valleriani e uma equipe de pesquisadores do Berlin Institute for the Foundations of Learning and Data (BIFOLD, acrônimo em inglês) recorreram ao machine learning.
Para isso, foi necessário separar a coleção em três categorias: texto, ou seja, seções escritas sobre um assunto específico, com início e fim claros; ilustrações científicas, que ajudavam a esclarecer conceitos, como eclipses lunares.
50% dos profissionais da área buscam uma forma de se re-inventar e se adaptar as novas ferramentas do mercado
Tudo isso resulta em uma pergunta para os historiadores e outros que decifram o presente examinando fatos históricos: com a crescente presença das máquinas no futuro, até que ponto devemos permitir que elas interpretem o nosso passado? tabelas numéricas, usadas para ensinar aspectos matemáticos do universo da astronomia.
Em um primeiro momento, Valleriani afirma que o texto desafiou a interpretação algorítmica: as tipografias variavam bastante porque as primeiras gráficas de impressão modernas desenvolveram modelos exclusivos usados em seus livros e muitas vezes tinham suas próprias oficinas metalúrgicas para fundir suas letras. Isso significava que para cada livro a ser lido, um modelo que usasse processamento de linguagem natural (NLP, pela sigla em inglês) precisaria ser treinado novamente para ler o texto.
A linguagem também representava um problema. Muitos textos foram escritos em dialetos do latim de regiões específicas, muitas vezes irreconhecíveis para máquinas que não foram treinadas em idiomas mais antigos. De acordo com Valleriani, “em geral, você não ter o vocabulário necessário para o treinamento.
Um modelo acaba sendo uma grande limitação para o processamento de linguagem natural”. Este é um dos motivos pelo qual o NLP funciona bem com idiomas predominantes como o inglês, mas é menos eficaz, por exemplo, com o hebraico antigo. Para contornar este problema, os pesquisadores extraíram manualmente o texto de seus materiais de origem e identificaram cada uma das conexões entre os conjuntos de documentos, como, por exemplo, quando um texto era copiado ou traduzido em outro livro. Esses dados foram então colocados em um gráfico, o qual incorporou automaticamente essas conexões individuais em uma rede contendo todos os registros. O intuito era treinar um método de machine learning que conseguisse sugerir conexões entre textos. Restavam agora os elementos visuais dos conteúdos: 20.000 ilustrações e 10.000 tabelas.
A utilização da visão computacional para imagens históricas enfrenta desafios semelhantes ao NLP, os quais Lauren Tilton, professora adjunta de humanidades digitais da Universidade de Richmond (EUA), chama de viés “atualista”. De acordo com Tilton, muitos modelos de Inteligência Artificial (IA) são treinados a partir de conjuntos de dados dos últimos 15 anos e os objetos que eles aprenderam a identificar e listar tendem a ser elementos da vida atual, como telefones celulares ou carros. Por isso, de forma geral, os computadores reconhecem apenas versões contemporâneas desses objetos que já possuam uma história mais antiga no que diz respeito ao desenvolvimento (como iPhones e Teslas, ao invés de centrais telefônicas ou o Modelo T da Ford). Além disso, geralmente, os modelos são treinados utilizando imagens coloridas de alta resolução, em vez de fotografias granuladas em preto e branco do passado (ou representações do Cosmos feitas no início da idade moderna, com aparência inconsistente e degradadas pela passagem do tempo). Tudo isso torna a visão computacional menos precisa quando aplicada a imagens históricas. “Vamos falar com os cientistas da ciência da computação e eles dirão.
‘Bom, vemos a questão da detecção de objetos’”, diz Tilton. “E nós vamos dizer, ‘na verdade, se você usar um conjunto de fotos da década de 30, você vai ver que isso não está tão resolvido quanto pensamos”. Mas modelos de deep learning, que conseguem identificar padrões em grandes quantidades de dados, podem ajudar já que são capazes de maior abstração.
Uma página de um comentário publicado em 1531, escrito por Prosdocimo di Beldomando sobre o Tractatus de sphaera de João de Sacrobosco. A página mostra partes do texto original e do comentário onde se discute a mecânica dos eclipses solares e lunares. biblioteca do instituto max planck para a história da ciência, berlim, alemanha.
Uma tabela de valores de ascensão oblíqua calculada para a elevação de 48 graus e 40 minutos em relação ao polo norte celeste. Os valores que foram calculados pelo importante matemático francês Oronce Finé. biblioteca do instituto max planck para a história da ciência, berlim, alemanha. (centro de entendimento mundial da hisória)
No caso do projeto, os pesquisadores do BIFOLD treinaram uma rede neural para detectar, classificar e agrupar (conforme a similaridade) ilustrações presentes nos textos do início da idade moderna. Esse modelo, chamado de CorDeep, agora está disponível a outros historiadores por meio de um aplicativo de acesso público na internet. Eles também adotaram um novo método para analisar outros dados. Por exemplo, várias tabelas encontradas nas centenas de livros da coleção não podiam ser
comparadas visualmente porque “a mesma tabela pode ser impressa de 1.000 maneiras diferentes”, explica Valleriani. Por conta disso, os pesquisadores desenvolveram uma arquitetura de rede neural que detecta e agrupa tabelas semelhantes com base nos números que elas contêm, ignorando sua diagramação.
Até o presente momento, o projeto tem apresentado alguns resultados surpreendentes. Um padrão encontrado nos dados permitiu aos pesquisadores ver que, enquanto a Europa estava se fragmentando em diversos segmentos religiosos após a Reforma Protestante, o conhecimento nas áreas de ciência e tecnologia estava se unindo. Os textos científicos que estavam sendo impressos em lugares como a cidade protestante de Wittenberg (Alemanha), que se tornou um centro de inovação acadêmica graças ao trabalho de acadêmicos reformistas, por exemplo, estavam sendo copiados e reproduzidos em polos como Paris e Veneza até se espalharem pelo continente. De acordo com Valleriani, não é como se a Reforma Protestante fosse exatamente um assunto pouco estudado, uma perspectiva. mediada por máquinas permitiu que os pesquisadores
vissem algo novo: “Isso não era totalmente claro para nós antes”. Os modelos aplicados às tabelas e imagens começaram a mostrar resultados de padrões semelhantes.
De forma geral, os computadores reconhecem apenas versões contemporâneas desses objetos que já possuam uma história mais antiga no que diz respeito ao desenvolvimento (como iPhones e Teslas, ao invés de centrais telefônicas ou o Modelo T da Ford).
Valleriani também diz que essas ferramentas proporcionam oportunidades mais significativas de obter informações relevantes sobre a evolução do conhecimento do que simplesmente manter um registro e analisar 10.000 tabelas. Como alternativa, elas permitem que os pesquisadores façam inferências sobre a evolução do conhecimento a partir de padrões em alguns conjuntos de documentos, mesmo que tenham examinado apenas um punhado deles. “Olhando para duas tabelas, já posso tirar uma conclusão enorme sobre 200 anos”, diz ele.
Redes neurais de deep learning também estão desempenhando um papel no exame da história ainda mais antiga. Decifrar inscrições (processo conhecido como epigrafia) e restaurar exemplares danificados são tarefas trabalhosas, principalmente quando os objetos inscritos foram deslocados de seus locais ou contextos originais. Historiadores especializados precisam fazer certas suposições baseadas em seus conhecimentos. Para ajudar, Yannis Assael, pesquisador da DeepMind, e Thea Sommerschield, pós-doutoranda da Universidade Ca’.
Os computadores reconhecem apenas versões contemporâneas desses objetos que já possuam uma história mais antiga
Desenvolveram uma rede neural chamada Ithaca, que pode reconstruir partes ausentes de inscrições e atribuir datas e locais aos textos. Os pesquisadores dizem que o método utilizando deep learning, que envolveu um treinamento com um conjunto de dados de mais de 78.000 inscrições, é o primeiro a solucionar conjuntamente de restauração por meio do aprendizado de grandes quantidades de informações.
Assael e Sommerschield dizem que, até o momento, a abordagem está revelando detalhes sobre as inscrições de decretos de um período importante na Atenas clássica, que há muito são atribuídas a 446 e 445 A.C. (uma data contestada por alguns historiadores). Como teste, os pesquisadores treinaram o modelo utilizando um conjunto de dados que não continha a inscrição em questão e, em seguida, pediram que ele analisasse o texto dos decretos. Isso resultou em uma estimativa de data diferente. “A data média prevista pelo Ithaca para os decretos é 421 A.C., alinhando-se com os mais recentes avanços de datação e mostrando como machine learning pode contribuir para debates em torno de um dos momentos mais significativos da história grega”, disseram eles por e-mail. Outros projetos propõem usar o machine learning para fazer inferências ainda mais amplas sobre o passado. Esse foi o motivo por trás do desenvolvimento da Venice Time Machine, uma das diversas “máquinas do tempo” regionais em toda a Europa criadas para reconstruir a história local a partir de registros digitalizados. Os arquivos do antigo estado de Veneza cobrem 1.000 anos de história espalhados por 80 quilômetros de prateleiras. Assim, o objetivo dos pesquisadores era digitalizar esses registros, muitos dos quais nunca haviam sido examinados por historiadores modernos. Eles usariam redes de deep learning para extrair informações e, ao rastrear nomes que aparecem em um documento em depois em outros, reconstruir as conexões que conectavam os venezianos. No fim a evolução continua a acontecer, e é necessário acompanha-la seja qual for sua área de atuação, a mudança no mundo é constante.
Apps para relaxar
Recomendação de aplicativos para você dar um TAB
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Em My Oasis não há um objetivo específico, pois a proposta para o jogador é criar um ambiente tranquilo em uma ilha. A moeda virtual do jogo são corações adquiridos com o tempo ou simplesmente tocando na tela. Com os valores acumulados pode-se ampliar seu oásis, incluir animais ao cenário e ajustar a velocidade de recebimento de mais corações essenciais para uma jogatina completa.
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Monument Valley e Monument Valley 2 apresentam quebra-cabeças em cenários isométricos. Mas não se deixe assustar pela descrição, pois os games possuem jogabilidade simples e fácil de aprender. O objetivo é levar a(s) protagonista(s) até o final do cenário, manipulando plataformas, rotacionando pontes e brincando com ilusões de ótica’. Sem dúvidas os puzzles rendem boas horas de jogatina e ajudam a distrair.
Existem leis como o PL das Fake News em outros países?
Modelo regulatório da União Europeia é paradigma mundial; especialistas destacam também modelo da Austrália
por Natália Santos e Milad Fakurian
O Projeto de Lei 2.630/2020, mais conhecido como PL das Fake News, que tramita na Câmara dos Deputados, tem inspiração em legislações internacionais sobre o assunto. A aproximação do Brasil com normas de outros países é um dos argumento dos defensores da proposta, enquanto . Os críticos falam em perigo de censura.
Em fevereiro deste ano, uma conferência da Unesco, que contou com a participação do Brasil, começou a elaborar um documento com diretrizes mundiais sobre a regulação das plataformas. O documento, com o título “Protegendo a liberdade de expressão e o acesso à informação: um guia para uma abordagem multifacetada sobre a regulação das plataformas digitais”, está previsto para ser concluído no dia 27 de junho.
Segundo o pesquisador Rafael Evangelista, conselheiro do Comitê Gestor da Internet (CGI), que enviou uma delegação ao evento, o documento em elaboração pela Unesco é “voltado para a liberdade de expressão, para a desinformação”. De acordo com ele, não se trata de “uma regulação econômica”, no sentido de que as plataformas devam remunerar algum
tipo de conteúdo ou não. No Brasil, a Câmara dos Deputados caminha para “fatiar” o PL 2630 e tratar em texto distinto as propostas sobre a obrigatoriedade de pagamento de direitos autorais a artistas e remunerar veículos de comunicação quando houver uso de conteúdo.
Na terça-feira, 9, o Telegram veiculou em um dos seus canais oficiais um texto chamando o PL das Fake News de “desnecessário” e afirmando que ele “dava poderes de censura” ao governo. A plataforma foi intimada pelo ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, a apagar a mensagem sob pena de uma multa de R$ 500 mil por hora. A empresa cumpriu a determinação e se retratou.
Um movimento similar foi feito pelo Google no dia 1.º de maio. A empresa colocou, na sua página inicial de buscas, um link para um artigo escrito por um de seus diretores com críticas ao PL das Fake News. A plataforma entrou na mira do Ministério da Justiça e teve de retirar o link, sob pena de uma multa de R$ 1 milhão por hora de descumprimento. Fato que claramente demonstra uma tentativa de censura contra a opinião da big tech.
Notion
O Notion é uma ferramenta de organização e distribuição de tarefas. Ele é excelente para equipes cujos componentes não trabalham todos no mesmo lugar e para home office.
A ferramenta se destaca especialmente porque permite que haja o acesso a documentos, agenda e lembretes em um só lugar. Além disso, mais de um colaborador pode ter acesso às páginas, adicionar comentários ou alterações, assim como somar ao trabalho. Portanto, trata-se de uma ferramenta que serve para organizar o trabalho e para dar acesso às informações necessárias para executá-lo.
Com isso, ele se tornou bastante popular. Em apenas 1 ano o número de usuários da plataforma passou de 1 milhão para 4 milhões de pessoas. O Notion, então, ganhou fama ao possibilitar que os colaboradores, mesmo que não prestando serviços na empresa, tivessem acesso a tudo o que precisavam para trabalhar.
Igualmente, porque ele possui uma série de recursos bastante interessantes e que podem facilitar o seu trabalho.
O novo queridinho dos criativos para organização e planejamento é o ideal para você e seu trabalho?Também disponível para ios e android!
Tab Talk
O feedback dos leitores
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Artigo top sobre IA! Fala dos avanços do ChatGPT e PaLM 2, e como o Google tá se adaptando. CEO do Google inspirador, OpenAI e responsabilidade do ChatGPT também abordados. Leitura massa sobre o futuro da IA.
Atualiza Pílula
Análise do PS VR2 convenceu, mano! Visual suave, até com óculos. Ajeitar é tranquilo, visor no lugar. Embaça às vezes, mas limpa fácil. Experiência de VR surreal, a melhor. Apesar do preço alto e não rodar jogos antigos, quem curte VR não vai se arrepender, vale a pena demais!
Matéria top! Fala dos quartos de dormir na realidade virtual, relaxantes e companheiros. Mydia Garcia e Jeff Schwerd destacam terapia e conforto nesses espaços. Mas interação humana real não substituível, né? No geral, a realidade virtual fortalece conexões sociais com equilíbrio.
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Matéria incrível sobre o metaverso! Conteúdo top, citação do VP da Unity prevendo a maior revolução. Nvidia, Roblox, Epic Games, Microsoft e Facebook investem nisso. É uma revolução, não só evolução.
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