IF

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E SE...

IF surge como um reflexo dos medos e anseios criados pelo rápido surgimento de novas tecnologias que estão aqui para mudar a dinâmica mundial por completo. A revista se direciona para quem não sabe ao certo o que será do futuro e sente que será substituído, ou que nem irá conseguir trabalhar com o que deseja. A verdade é que não estamos aqui para dar uma resposta final ao seu medo, e sim fazer com que você leia e tire a própria conclusão do que está acontecendo no mundo. Aqui, seu medo será ressignificado para algo melhor, para que assim você saia inspirado e comece a produzir as coisas que sempre quis - mas nunca fez. Nesta primeira edição, IF vai tratar temas como arte e tecnologia com um pouco de informação e filosofia, para que você não apenas saiba sobre o que está acontecendo nesses universos, mas tire a sua própria conclusão. Afinal, bom ou ruim é apenas uma questão de perspectiva.

Escola Superor de Propaganda e Marketing - ESPM

Curso de Graduação em Design

DSG3A 2023

Projeto editorial e Gráfico

Anna Carolina/Bianca Cunha

David Magossi/Hakim Kanbour

Luisa Crosara/Sofia Jin Lee

Projeto 3

Marise de Chirico

Produção Gráfica

Marcos Mello

Cor, Percepção e Tendências

Paula Csillag

Marketing estratégio

Elisabete Furtado

Finanças Aplicadas ao Mercado

Alexandre Ripamonte

Infografia

Marcelo Pliger

Ergonomia

Auresnede Pires/Matheus Passaro

CA BIANCA
SOFIA
DAVID CROS
& Filosofia
& Filosofia
HAKIM
Informação
Informação

COLABORADORES

Open IA

Com o auxilio do Chat GPT e do Dall-E fizemos alguns dos textos e imagens dessa revista

https://openai.com/

Allan Szacher

Idealizador da Zupi Organizador da Pixel Show

@alanszacher

Marcos Mello Designer, tipógrafo, Sócio da Letterpress Brasil Oficina tipográfica São Paulo

@mellotipografo

CARO LEITOR,

É com grande prazer que lhe damos as boas-vindas à revista IF - um espaço único que une arte, tecnologia, inteligência artificial e metaverso. Sabemos que o mundo está em constante evolução, e as preocupações sobre o futuro de nossas carreiras artísticas podem ser esmagadoras. Mas não se preocupe, estamos aqui para informar, inspirar e acalmar suas inseguranças.

A IF nasceu da união entre a criatividade artística e o potencial transformador da tecnologia. Acreditamos que a inteligência artificial e o metaverso são ferramentas poderosas que podem ampliar e enriquecer a expressão artística, em vez de substituí-la. Nossa missão é explorar esse fascinante encontro entre arte e tecnologia, e convidamos você a embarcar nessa jornada conosco.

Nas páginas da IF, você encontrará uma ampla gama de conteúdos cuidadosamente selecionados para nutrir sua mente criativa. Apresentaremos reportagens detalhadas sobre as últimas tendências em inteligência artificial e seu impacto no mundo da arte. Vamos mergulhar em projetos inovadores que fundem algoritmos com a expressão artística, expondo o potencial ilimitado dessa parceria.

Além disso, a IF também se dedica a provocar uma reflexão filosófica. Entendemos que a velocidade com que a tecnologia avança pode gerar preocupações e incertezas sobre o futuro de nossas carreiras artísticas. Queremos tranquilizá-lo e encorajá-lo a ver a inteligência artificial como uma aliada, não como uma ameaça. Exploraremos os aspectos éticos, sociais e filosóficos dessa evolução, convidando você a se envolver em discussões que ajudarão a moldar o futuro da arte em um mundo tecnológico.

Devlog @IF_revista 12
Imagem gerada por IA Pablo Povarchik

A IF é um lugar de comunidade e conexão, onde artistas como você podem encontrar inspiração, compartilhar experiências e descobrir novas perspectivas. Por meio de entrevistas exclusivas com artistas visionários e especialistas em IA, abriremos portas para o conhecimento e as possibilidades que surgem dessa fusão entre arte e tecnologia.

Junte-se a nós nesta jornada emocionante rumo ao futuro. Deixe-nos ser seu guia na exploração das fronteiras onde a arte e a tecnologia se encontram. Acreditamos que, juntos, podemos superar qualquer insegurança e encontrar novos caminhos para a expressão criativa.

Seja bem-vindo à IF - o seu refúgio de inspiração, informação e reflexão.

Com entusiasmo. A equipe da revista IF de arte e tecnologia, IA e metaverso

13 jun 23
Mão robotica

NÃO FOI FEITO POR NÓS

ARTE

Tecnologia e arte em harmonia

FUTURO DISTÓPICO

24 A ARTE ESTÁ MORTA

16 da tela para... sei lá

20 fotografia gerada por IA ganha concurso

58 EVENTOS IRREAIS

Input
42 O QUE É IA 34 Chat GPT é banido 36 Musk diz que vai criar IA para concorrer com o ChatGPT... 38 O que é Deepfake 40 A reeleição de Biden CANTINHO DA FILOSOFIA OUTPUT 82 O QUE PENSAM OS GRANDES ARTISTAS NOVIDADESTECNOLÓGICAS 74 IA tem sentimentos?

DA TELA PARA... SEI LÁ

A maneira convencional de fazer arte pode se basear no que é geralmente feito, acreditado ou padrão; comparado ao não convencional, que não se baseia ou conforma ao que é geralmente feito ou acreditado; em outras palavras, sendo irregular. Ambos existem no mesmo mundo e muitas vezes não podem existir um sem o outro. Eu mesmo preciso da estrutura equilibrada de ter um padrão de pensamento para compreender minhas formas abstratas de criar e transformar uma peça de trabalho comum em algo muito mais.

Fazer arte é seu próprio processo de pensamento, criação e tomada de decisões executivas, apenas para mudá-las com o toque do pincel. Ao olhar para a forma convencional de criação, alguém pode se encontrar em uma batalha de tempo de longo prazo com tinta, tecido e tempo. O longo processo de colocar cores brilhantes umas sobre as outras; cada camada criando sua própria história dando vida a retratos, paisagens e momentos espontâneos. Assim como respirar pela primeira vez após o nascimento, a mistura de tela e tinta a óleo dá vida à criação do artista.

Por exemplo, a tinta à base de óleo tem suas próprias necessidades especiais, desde o processo de aplicação até a secagem, em comparação com seus equivalentes, como a aquarela e a tinta acrílica, a fim de criar suas cores vibrantes e ricas. Quando colocada em uma superfície tradicional de tela de tecido, o tempo de secagem é esticado ainda mais à medida que a tinta penetra e se entrelaça com o tecido. Como a tinta à óleo tem uma base tão espessa, muitas vezes leva meses a anos para secar. É aí que meu método não convencional entra em seu melhor uso, transformando um processo clássico em um retrato não convencional e habilidoso.

Arte @IF_revista 16
Já olhou para um copo meio vazio num museu e pensou: “será que é uma obra?”, Eu também não...
Pingo de tinta

Ao em vez de usar a tela tradicional, decidi usar um material reciclado mais orgânico, como madeira. Usando um material orgânico, posso manipular minhas pinturas para criar a mesma característica forte com uma aparência mais suave; quase como se a própria imagem se tornasse uma com a madeira. Retirando algumas das lições convencionais que aprendi e criando meu próprio caminho para fazer arte. Fundindo um processo convencional de criação com uma mentalidade não convencional em uma grande aplicação.

Arte sonora

A arte sonora remonta às primeiras invenções do futurista Luigi Russolo, que, entre 1913 e 1930, construiu máquinas de ruído que replicaram o clamor da era industrial e o boom da guerra. Dada e artistas surrealistas também experimentaram arte que usa som. A composição de Marcel Duchamp Erratum Musical apresentava três vozes cantando notas tiradas de um chapéu, um ato aparentemente arbitrário que teve impacto nas composições de John Cage, que em 1952 compôs

4’33’’ uma pontuação musical de quatro minutos e trinta e três segundos de silêncio. (Quatro minu-

tos e trinta e três segundos são 273 segundos. A temperatura mínima de 273 graus é zero absoluto).

Nos anos 1950 e 1960, artistas visuais e compositores como Bill Fontana estavam usando esculturas cinéticas e meios eletrônicos, sobrepostos com som ao vivo e pré-gravado, a fim de explorar o espaço ao seu redor. Desde a introdução da tecnologia digital, a arte sonora passou por uma transformação radical. Os artistas podem agora criar imagens visuais em resposta a sons, permitir que o público controle a arte através de painéis de pressão, sensores e ativação de voz, e em exemplos como o Longplayer de Jem Finer, estender um som para que resone por mil anos

Arte @IF_revista 18
Obra do artista Zimoun

É um pássaro? É um avião? Não sei, mas foi feito por um computador

FOTOGRAFIA DE IA

Das várias categorias de um dos maiores prêmios internacionais da fotografia, a que mais chamou atenção não foi pelo clique perfeito, mas por... Não ter sido um clique.

O artista alemão, Boris Eldagsen, conquistou a foto mais Criativa do Sony World Photography Awards 2023. Mas ele decidiu, simplesmente, recusar o prêmio.

Isso porque a sua foto, é na verdade, uma imagem criada por uma inteligência artificial e na realidade nunca foi tirada de fato.

Segundas intenções: Boris disse que se inscreveu com o objetivo de saber se as competições estão preparadas para a entrada de imagens de AI. A conclusão dele é uma só: “Elas não são”.

Segundo ele, com as novidades recentes, o mundo da fotografia precisa de uma discussão sobre o que considera uma foto. Agora, ele espera ter acelerado esse debate.

Um fotógrafo alemão recusou um prêmio prestigioso depois de revelar que sua fotografia vencedora foi criada usando inteligência artificial.

Arte @IF_revista 20
poR THENEwsCC / foTo BoRIs EldAgsEN

Boris Eldagsen foi nomeado o vencedor na categoria aberta de criatividade no Sony World Photography Awards, com sua fotografia em preto e branco intitulada “Pseudomnésia / O Eletricista”. A imagem mostra uma jovem mulher em frente à câmera, enquanto uma mulher mais velha está atrás dela. No entanto, uma semana depois de ter ganhado o prêmio, Eldagsen compartilhou uma declaração em seu site anunciando que “não aceitaria o prêmio”.

“Eu me inscrevi como um macaco travesso, para descobrir se as competições estão preparadas para aceitar imagens de IA. Elas não estão”, ele escreveu.

“Nós, o mundo da fotografia, precisamos de uma discussão aberta. Uma discussão sobre o que consideramos fotografia e o que não consideramos. O guarda-chuva da fotografia é amplo o suficiente para convidar imagens de IA - ou isso seria um erro?” Eldagsen, que se especializa em fotografia e arte visual, afirmou: “esperava acelerar esse debate” recusando o prêmio. Ele sugeriu que “se você não sabe o que fazer com o prêmio, por favor, doe-o ao festival de fotografia em Odesa, Ucrânia”.

Um porta-voz da World Photography Organisation afirmou que Eldagsen informou a eles que “co-criou” a imagem usando IA antes de ser anunciado como vencedor

Arte @IF_revista 22
23 jun 23
“Inside” Bo Burnham Boris Eldagsen

A ARTE ESTÁ MORTA

Quantas vezes você já ouviu isso? Porque você vai acreditar na gente?

@IF_revista 24
poR CHRIs
vAllANCE

Revoluções na arte não são novas, mas esta, de algum modo, pode ser terminal. “A arte está morta, cara”, disse Jason M. Allen ao jornal americano The New York Times. Allen foi o vencedor da feira de arte do Colorado na categoria “artistas digitais emergentes”.

Sua obra vencedora, Teatro de Ópera Espacial, foi feito com uso do Midjourney, um sistema de inteligência artificial que permite que imagens sejam criadas a partir de algumas frases, como “astronauta em cima de um cavalo” ou “cachorro com uma flor na boca num retrato ao estilo de Pablo Picasso”.

A vitória deixou muitos artistas furiosos, mas Allen não se abalou: “Acabou. A inteligência artificial ganhou. Os humanos perderam”.

Ele recebeu um prêmio relativamente pequeno, equivalente a R$ 1.500, mas o feito dominou os holofotes da imprensa internacional. Alguns artistas já temiam que uma nova geração de imagens geradas por meio de inteligência artificial poderia roubar seus postos de trabalho, pegando carona no que aprendeu sobre o ofício ao longo dos anos.

“Essa coisa quer nossos empregos e é ativamente um anti-artista”, afirmou RJ Palmer, um artista de arte conceitual para filmes e videogames, em uma mensagem que viralizou no Twitter.

Em suas críticas, Palmer ressaltou como esses sistemas de inteligência artificial podem imitar precisamente artistas e seus traços estéticos.

@IF_revista 26

Acabou. A inteligência artificial ganhou. Os humanos perderam

A produção desses sistemas de inteligência artificial é impressionante, mas eles são construídos com base na produção de criadores de carne e osso. Ou seja, seus algoritmos são treinados com base em milhões de imagens feitas por humanos.

Stable Diffusion, um gerador de imagens de inteligência artificial de código aberto lançado recentemente, aprende a partir de um arquivo compactado de “mais de 100.000 gigabytes de imagens” da internet, contou à BBC o fundador Emad Mostaque.

Mostaque, um cientista da computação com formação em tecnologia e finanças, vê o Stable Diffusion como um “motor de busca generativo”.

Ou seja, enquanto as pesquisas de imagens do Google mostram fotos que já existem, o Stable Diffusion mostra tudo o que você pode imaginar com base no que você escreve ou nas imagens que você insere ali.

Teatro de Ópera Espacial

Arte no piscar de uma inteligência artificial

Os artistas sempre aprenderam e foram influenciados por outros. “Grandes artistas roubam”, diz o ditado. Mas Palmer diz que a inteligência artificial não é apenas como encontrar inspiração no trabalho de outros artistas: “Isso é roubar diretamente sua essência”.

27 jun 23
Jason M. Allen

E a inteligência artificial pode reproduzir um estilo em segundos: “Neste momento, se um artista quiser copiar meu estilo, ele pode passar uma semana tentando replicá-lo”, diz Palmer. “Isso é uma pessoa gastando uma semana para criar uma coisa. Com esta máquina, você pode produzir centenas delas por semana”.

Mas Mostaque, do Stable Diffusion, diz que não está preocupado em deixar os artistas sem trabalho. Para ele, o projeto é uma ferramenta como um aplicativo de planilhas, que “não tirou o trabalho dos contadores”.

Então, qual é a mensagem de Mostaque para jovens artistas preocupados com sua futura carreira, talvez em ilustração ou design?

“Minha mensagem para eles seria: ‘trabalhos de design de ilustração são muito entendiantes’. Não se trata de ser artístico, mas sim de ser uma ferramenta”.

Mostaque sugere que essas pessoas encontrem oportunidades usando a nova tecnologia: “Este é um setor que vai crescer muito. Ganhe dinheiro com esse setor se você quiser ganhar dinheiro. Vai ser muito mais divertido”.

E de fato já existem artistas usando a arte da inteligência artificial para se inspirar e ganhar dinheiro.

@IF_revista 28
Imagem gerada por IA Luke Wells

A empresa OpenAI diz que seu sistema DALL-E AI (ainda não disponível como o Stable Diffusion) é usado por mais de 3.000 artistas de mais de 118 países.

Houve até quadrinhos do formato graphic novel feitos usando inteligência artificial. O autor de um deles chamou a tecnologia de “um colaborador que pode te emocionar e surpreender no processo criativo”.

Mas, embora haja várias crítica sobre a maneira como os sistemas de inteligência artificial usam o trabalho dos artistas, especialistas dizem que as batalhas judiciais em torno do tema podem ser bastante complexas.

O professor Lionel Bently, diretor do Centro de Propriedade Intelectual e Direito da Informação da Universidade de Cambridge, diz que no Reino Unido “não é uma violação de direitos autorais, em geral, usar o estilo de outra pessoa”.

Não é uma violação de direitos autorais usar o estilo de outra pessoa

Bently disse à BBC que um artista precisaria mostrar que a produção de uma inteligência artificial reproduziu uma parte significativa de sua expressão criativa original em uma peça específica de sua arte usada para treinar a inteligência artificial.Mesmo que provar isso seja possível, poucos artistas terão os meios para travar tais batalhas jurídicas sobre isso.

A Sociedade de Direitos Autorais de Artistas e Designers (Dacs, na sigla em inglês), que cobra pagamentos em nome de artistas pelo uso de suas imagens, está preocupada.

Questionada sobre se os meios de subsistência dos artistas estão em jogo, uma chefe do Dacs, Reema Selhi, afirmou que “sim, absolutamente sim”.

A Dacs não é contra o uso de inteligência artificial na arte, mas Selhi quer que artistas, cujo trabalho é usado por sistemas geradores de imagem para ganhar dinheiro, sejam recompensados de forma justa e tenham controle sobre como suas obras são usadas.

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“Não há garantias para os artistas poderem identificar obras em bancos de dados que estão sendo usados e optar por não participar”

Os artistas podem reivindicar violação de direitos autorais quando uma imagem é extraída da Internet para ser usada para treinar uma IA, embora especialistas em direito autoral disseram à BBC que há diversos fatores que podem impedir essa reivindicação.

Para Selhi, mudanças propostas na lei do Reino Unido tornariam mais fácil para as empresas de inteligência artificial extrair legalmente o trabalho dos artistas da internet - algo ao qual o Dacs se opõe.

Mostaque, do Stable Diffusion, diz entender medos e frustrações dos artistas e designers, e lembra que “já vimos isso com a fotografia também”.

Ele disse que o projeto está trabalhando com “líderes da indústria de tecnologia para criar mecanismos pelos quais os artistas possam fazer upload de seus portfólios e solicitar que seus estilos não sejam usados em serviços online usando tecnologias como essa”

Deep fakes, pornografia e preconceito

O Google chegou a criar um sistema de inteligência artificial que poderia criar imagens a partir de frases escritas pelos usuários. Chamado de Imagen, ele nunca chegou a ser aberto ao público por causa dos “riscos potenciais de uso indevido”.

O Google alertou que os conjuntos de dados de imagens usados para treinar esses sistemas geralmente incluíam pornografia, refletiam estereótipos sociais e raciais e continham “associações depreciativas ou prejudiciais a grupos de identidade marginalizados”.

Recentemente, o site de tecnologia Techcrunch publicou preocupações de que o Stable Diffusion poderia ser usado para criar pornografia não consensual, os chamados deepfakes (em que o rosto de uma pessoa pode ser inserido sobre o rosto de outra de forma que o usuário não consiga distinguir que aquilo foi forjado).

Mostaque diz que esse tipo de uso antiético “quebra os termos da licença” de sistemas como o Stable Diffusion. Segundo ele, o software já filtra as tentativas de criar “imagens não seguras para o trabalho” (NSFW, na sigla em inglês), com materiais com nudez ou violência. Mas essas barreiras podem ser contornadas porque quem domina tecnologia.

31 jun 23
já vimos isso com a fotografia também

O ônus dessas novidades tecnológicas, diz Mostaque, é “as pessoas fazerem algo ilegal”. Mas argumenta que outras ferramentas existentes também podem ser deturpadas, como, por exemplo, alguém pode usar “a ferramenta de mesclagem do Photoshop para colocar a cabeça de alguém em um corpo nu”.

Arte ou gosma?

O artista de ficção científica Simon Stålenhag escreveu no Twitter que a arte baseada em inteligência artificial revelou um “tipo de gosma secundária... que nossos novos senhores da tecnologia esperam nos alimentar”.

E há alguns grandes nomes ligados ao desenvolvimento da tecnologia. O próprio Elon Musk é um patrocinador da empresa OpenAI, que defende seu sistema DALL-E como um auxiliar para a criatividade humana que produz “imagens únicas e originais que nunca existiram antes”.

@IF_revista 32

Noite estrelada, Van gogh Refeita com a IA DALL-E 2 para ter um céu avermelhado

Para o artista contemporâneo e radialista Bob-and-Roberta-Smith (o nome pertence a apenas um artista), que já trabalhou em grandes galerias e fará uma instalação artística na Tate Modern de Londres em outubro, a inteligência artificial pode ser uma área interessante de atividade artística, na tradição do mash-up.

Mas Bob-and-Roberta-Smith, que trabalha principalmente com mídias físicas tradicionais, defendeu que legisladores precisam atualizar as normas vigentes “para que ninguém se sinta roubado”, e que o dinheiro não seja simplesmente desviado dos artistas para os bolsos das grandes corporações

já vimos isso com a fotografia também

Pergunte ao ChatGPT se ele gosta de spaghetti depois dessa, vai la

CHAT GPT É BANIDO

Os anti IA podem dar um pequeno beijo de chef. Isso porque a agência de proteção de dados da Itália anunciou na sexta-feira um bloqueio do ChatGPT dentro das fronteiras do país. A Itália também iniciou uma investigação.

Chamado de "limitação temporária" na tradução inglesa do comunicado de imprensa, a proibição vem com o fundamento de que o ChatGPT não protege adequadamente os dados do usuário ou tem qualquer tipo de mecanismo para impedir que menores de idade usem o serviço de IA generativo. De acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (ou GDPR), a empresa-mãe da ChatGPT, OpenAI, tem 20 dias para cumprir a ordem, caso contrário, pode enfrentar multas de até 4 por cento das receitas globais ou 20 milhões de euros, o que for maior. Há uma série de ângulos interessantes para isso.

Por um lado, é difícil discutir com as queixas da Itália. Um bug recente expôs títulos de bate-papo de usuários privados, e a OpenAI admitiu mais tarde que a violação era maior do que se pensava originalmente.

Há também uma completa falta de guarda de portas para menores. Além disso, no entanto, é a questão de “treinar” a própria IA. ChatGPT e outros chatbots de IA como ele basicamente se ensinam a agir como seres humanos, lendo coisas que os humanos escrevem na internet, sem o consentimento desses seres humanos. Como o TechCrunch explicou, o ChatGPT é capaz de recitar informações sobre indivíduos, enquanto também regularmente obtém detalhes errados. Não parece haver uma maneira de os indivíduos em questão corrigirem esses erros. Não há como dizer quanto tempo essa "limitação temporária" vai durar ou o que a investigação da Itália no assunto vai encontrar. Tenha em mente que outros países da União Europeia também têm o direito de fazer isso sob o gdpr

Novidades Tecnologicas @IF_revista 34
CAPA GQ MAGAZINE EDITADA
poR AlEx pERRy / foTo gq MAgAzINE

Musk quer criar uma IA “de outro planeta” entedeu? haha, tipo, ele vai pra marte, sacou?

MUSK VAI CRIAR IA

O empresário Elon Musk disse que vai criar seu próprio chatbot de IA (Inteligência Artificial), o TruthGPT, como alternativa ao ChatGPT –ferramenta que ele ajudou a financiar como um dos integrantes da empresa OpenAI. A palavra da língua inglesa “truth” significa verdade. “Vou começar algo que chamo de TruthGPT, ou uma IA máxima de busca da verdade que tenta entender a natureza do universo”, falou Musk em entrevista à emissora Fox News, veiculada na 2ª feira (17.abr.2023). “Acho que esse pode ser o melhor caminho para a segurança, no sentido de que uma IA que se preocupa em entender o universo provavelmente não aniquilará os humanos.”

Musk co-fundou a OpenAI em 2015 e deixou o conselho da empresa em 2018. Em 2019, declarou ter deixado a companhia para se concentrar na Tesla e na SpaceX. Segundo ele, a OpenAI se tornou uma organização “com fins lucrativos” que se aliou à Microsoft. Musk ainda acusou Larry Page, cofundador do Google, de não levar a sério a segurança da IA.

O ChatGPT é hoje um produto de propriedade comercial da Microsoft e do Google.

Segundo o empresário, a IA “tem potencial de destruir a civilização”. Musk declarou que uma IA pode escrever incrivelmente bem, tendo o poder de manipular a opinião pública.

Novidades Tecnologicas @IF_revista 36
poR podER360 / foTos ANgElA wEIss E luIs TINoCo Elon Musk

Musk disse ser defensor de uma regulamentação forte, mas sensata. “Não é divertido ser regulamentado. É meio árduo ser regulamentado”, declarou. “Acho que temos uma chance melhor de a IA avançada ser benéfica para a humanidade nessa circunstância.” O empresário é ainda CEO do Twitter. Ele comprou a rede social em outubro do ano passado por US$ 44 bilhões. Na entrevista à Fox News, disse que recentemente avaliou a plataforma em “menos da metade” do preço de aquisição

37 jun 23 Musk
BAIlARINA Iv, 2019
poR gusTAvo zEITEl / foTo MoNICA pIloNI

A criação de vídeos adulterados e realistas ficou muito mais simples com o chamado deepfake. Com ele, é possível colocar pessoas em situações constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas. Mas o que esse termo significa?

Deepfake é uma técnica que permite mostra o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial. Para criar o material editado, basta ter um vídeo verdadeiro e modificá-lo com um dos vários aplicativos criados com essa finalidade.

Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é a criação de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet.

As imagens adulteradas também são usadas na política. Em 2019, a presidente da cdeu - Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi vítima de um deepfake que se baseou um vídeo autêntico para sugerir que a representante democrata tinha dificuldades na fala em um discurso.

O autor desse deepfake desacelerou o vídeo original e editou a fala para dar a entender que ela estava tropeçando em suas palavras. O conteúdo com desinformação teve ampla circulação nas redes sociais e chegou a ser removido do YouTube. Inicialmente, o Facebook se limitou a reduzir a distribuição do vídeo e a alertar usuários que o material poderia ser enganoso. No início de 2020, a plataforma anunciou que passaria a remover deepfakes, exceto em casos de sátiras.

Antes do vídeo falso de Pelosi, até mesmo o cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, apareceu em um deepfake. O vídeo adulterado mostra o que seria ele falando sobre dominar o mundo e foi mantido no ar pelo Instagram, controlado pela empresa do executivo

39 jun 23

Novidades

Esses republicanos são meio malucos não?

A REELEIÇÃO DE BIDEN

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira que vai se candidatar à reeleição. E os republicanos tinham um anúncio de ataque pronto para a ocasião.

O anúncio bate Biden por sua culpabilidade em vários eventos relacionados à política interna e

O vídeo do Comitê Nacional Republicano é intitulado "Beat Biden" e imagina um cenário em que Biden e o vice-presidente Kamala Harris ganham a reeleição em 2024.

O anúncio mostra imagens completamente geradas por IA de Biden e Harris celebrando

Tecnologicas
poR MATT BINdER / foTo NEwswEEK Ron DeSantis (E), Donald Trump (M) e Joe Biden (D)

Taiwan, centenas de bancos regionais fechando nos EUA, e a cidade de San Francisco sendo fechada por causa do crime.Os republicanos não estão escondendo que o vídeo foi montado inteiramente a partir de imagens criadas por plataformas de IA como Midjourney e DALL-E. "Um olhar gerado pela IA sobre o possível futuro do país se Joe Biden for reeleito em 2024", diz a descrição do vídeo na página do YouTube do GOP.

Esta é aparentemente a primeira vez que um anúncio político foi criado inteiramente com imagens geradas por IA.

Todo esse uso brilhante de IA parece afastar a necessidade de criticar as políticas reais da administração de Biden. A crítica republicana é, em vez disso, sobre eventos que existem inteiramente na imaginação dos próprios mem-

O QUE É

IA?

Imagem gerada por IA, @adansito (editada) poR CHRIs vAllANCE Parece Karl Marx, todo mundo reclama mas ninguem lê

AInteligência Artificial (IA) é uma área da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como aprendizado, raciocínio e tomada de decisão. Nos últimos anos, a IA tem sido aplicada em uma ampla gama de setores, incluindo medicina, finanças, transporte e até mesmo na arte.

Na arte, a IA tem sido usada para criar novas formas de expressão, gerar conteúdo e até mesmo ajudar artistas a automatizar o processo de criação. Alguns exemplos incluem a pintura criada por um algoritmo da Google, chamada de “The Next Rembrandt”, a música gerada por um software de inteligência artificial da Sony, e até mesmo a criação de roteiros de cinema e televisão.

Na arte, a IA tem sido usada para criar novas formas de expressão, gerar conteúdo e até mesmo ajudar artistas

Embora a IA na arte ainda esteja em sua infância, ela tem o potencial de transformar o mercado de arte e a forma como as pessoas criam e consomem arte. Nos próximos tópicos, vamos explorar como a IA está mudando a produção e o mercado de arte.

O impacto da Inteligência Artificial na produção de arte: como a tecnologia está sendo usada para criar novas formas de arte e aumentar a eficiência na produção

@IF_revista 44
45 jun 23
Imagem gerada por IA, Midjourney (editada)

A Inteligência Artificial tem tido um grande impacto na produção de arte, permitindo que artistas e criadores experimentem novas formas de expressão e aumentem a eficiência em seus processos criativos. Uma das principais maneiras em que a IA está sendo usada para criar novas formas de arte é por meio da geração de imagens e vídeos. Algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de analisar grandes quantidades de dados e aprender a criar novas imagens e vídeos que se assemelham a uma determinada estética ou estilo. Isso permite que artistas experimentem novas formas de expressão visual, como a criação de imagens abstratas ou surrealistas que seriam difíceis de criar manualmente.

Outra forma em que a IA está impactando a produção de arte é por meio da automação de tarefas. Com o uso de algoritmos e robôs, é possível automatizar tarefas como a mistura de tintas ou a escultura de materiais, permitindo que artistas criem obras de arte em um ritmo mais rápido e com menos esforço físico.

Além disso, a IA também está sendo usada para ajudar os artistas a criar arte de forma mais eficiente. Por exemplo, os algoritmos podem ser usados para analisar a estrutura e composição de uma imagem,criando obras mais equilibradas e aprimoradas.

No entanto, é importante destacar que a IA não substitui completamente o trabalho humano na produção de arte. Em vez disso, ela é uma ferramenta poderosa que pode ajudar os artistas a experimentar novas formas de expressão e aumentar a eficiência em seus processos criativos.

A transformação do mercado de arte: como a Inteligência Artificial está mudando a forma como as pessoas consomem e valorizam a arte

Na arte, a IA tem sido usada para criar novas formas de expressão, gerar conteúdo e até mesmo ajudar artistas

A tecnologia está permitindo a criação de novas formas de arte, aumentando a eficiência na produção e, consequentemente, afetando a forma como os consumidores percebem e valorizam as obras de arte.

A tecnologia está permitindo a criação de novas formas de arte, aumentando a eficiência na produção e, consequentemente, afetando a forma como os consumidores percebem e valorizam as obras de arte.

Uma das formas em que a IA está impactando o mercado de arte é por meio da democratização do acesso à arte. Com o uso da tecnologia, é possível criar obras de arte digitais e disponibilizá-las na internet, tornando-as acessíveis a um público global. Isso significa que pessoas que antes não teriam acesso à arte, agora podem desfrutar de uma ampla variedade de obras online.

Uma das formas em que a IA está impactando o mercado de arte é por meio da democratização do acesso à arte. Com o uso da tecnologia, é possível criar obras de arte digitais e disponibilizá-las na internet, tornando-as acessíveis a um público global. Isso significa que pessoas que antes não teriam acesso à arte, agora podem desfrutar de uma ampla variedade de obras online.

Imagem gerada por IA, MidJourney (editada)

Além disso, a IA está permitindo que as pessoas personalizem suas experiências de arte. Com o uso de algoritmos de recomendação, as plataformas de arte online podem sugerir obras de arte específicas com base nas preferências do usuário. Isso significa que os consumidores podem descobrir novos artistas e obras que atendam às suas preferências de maneira mais rápida e fácil.

Outra forma em que a IA está mudando a forma como as pessoas valorizam a arte é por meio da avaliação da autenticidade e do valor das obras de arte. A tecnologia está sendo usada para autenticar obras de arte e detectar fraudes, o que aumenta a transparência no mercado de arte. Além disso, os algoritmos de aprendizado de máquina podem ser usados para avaliar o valor de uma obra de arte, considerando fatores como a qualidade da obra e a popularidade do artista.

No entanto, a IA também está levantando questões sobre a propriedade intelectual e a originalidade das obras de arte. É importante garantir que as obras criadas com

o uso da tecnologia sejam reconhecidas e valorizadas como obras originais, protegidas por direitos autorais.

Em resumo, a IA está mudando a forma como as pessoas consomem e valorizam a arte, democratizando o acesso à arte, personalizando as experiências de arte, aumentando a transparência no mercado de arte e avaliando a autenticidade e o valor das obras de arte.

Desafios e preocupações: discussão sobre questões éticas e de propriedade intelectual na criação de arte com a ajuda de algoritmos.

A criação de arte com a ajuda de algoritmos levanta uma série de questões éticas e de propriedade intelectual que precisam ser discutidas e consideradas.

@IF_revista 48
IA está permitindo que as pessoas personalizem suas experiências de arte

Uma das principais preocupações éticas é a possibilidade de vieses algorítmicos na criação de arte.

Os algoritmos são treinados com base em dados existentes, o que significa que eles podem incorporar preconceitos e estereótipos que já existem na sociedade. Isso pode levar a obras de arte que reforçam estereótipos e preconceitos em vez de desafiá-los.

Outra questão ética é a possibilidade de uso indevido de imagens e dados na criação de obras de arte. É importante garantir que as imagens e dados usados na criação de arte sejam usados legalmente e eticamente, respeitando os direitos autorais e a privacidade das pessoas.

Além disso, a criação de arte com a ajuda de algoritmos também levanta questões sobre a originalidade das obras. É importante garantir

que as obras criadas com a ajuda da tecnologia sejam reconhecidas como obras originais e protegidas por direitos autorais.

Outra preocupação é a possibilidade de criação de obras de arte falsas ou fraudulentas. Os algoritmos podem ser usados para criar falsificações de obras de arte existentes ou para criar obras que se assemelham a um estilo ou artista específico, o que pode levar a uma desvalorização do mercado de arte e à perda de confiança dos consumidores.

49 jun 23
Imagem gerada por IA, MidJourney (editada)

Por fim, a criação de arte com a ajuda de algoritmos também pode ter um impacto negativo no mercado de trabalho dos artistas. A automação de tarefas criativas pode levar à substituição de artistas por máquinas, o que pode levar a uma perda de empregos na indústria de arte.

Em resumo, a criação de arte com a ajuda de algoritmos levanta questões éticas e de propriedade intelectual que precisam ser discutidas e consideradas. É importante garantir que a tecnologia seja usada de forma ética e legal, respeitando os direitos autorais e a privacidade das pessoas, e que as obras criadas com a ajuda da tecnologia sejam valorizadas e protegidas como obras originais.

À medida que a Inteligência

Artificial continua a evoluir, é provável que ela continue a desempenhar um papel cada vez mais importante na produção e consumo de arte. Algumas das grandes previsões sobre como a tecnologia irá continuar a evoluir e mudar o mercado de arte incluem:

Maior eficiência na produção: Com o uso de algoritmos e outras tecnologias de IA, é provável que a produção de arte se torne cada vez mais eficiente e rápida. Isso pode levar a um aumento na quantidade de arte produzida e a uma redução nos custos de produção.

Conclusão: reflexão sobre como a Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta poderosa e transformadora na produção e consumo de arte, mas também sobre a importância de se manter um equilíbrio entre a tecnologia e a criatividade humana

@IF_revista 50
a criação de arte com ajuda de algoritmos levanta questões éticas e de propriedade intelectual

Imagem gerada por IA, MidJourney (editada)

51 jun 23

Do texto à imagem

Como as IA’s transformam os textos em imagens usando um sistema que associa milhares de referências

Prompt

O usuário escreve um pequeno texto que a IA usará para criar a imagem, por exemplo “maçã roxa”

Training data

Em seguida, a IA acessa seu banco de dados de referência e busca por imagens de maçã, cor roxa, etc.

Deep Learning

A IA analisa a training data pixel a pixel e cria padrões para identificar o significado das imagens

Fonte: Canal Vox e estudo das palavras mais utilizadas no MidJourney

Midjourney - As palavras mais usadas na geração de imagens

Latent space

Durante esse processo, a IA cria parâmetros para as imagens, criando uma escala de “roxidão” ou de “redondeza” e outras infintas variáveis e as coloca em um plano de infinitos eixos

Output Generation

Nessa fase a IA começa a produzir a imagem, pixel a pixel. E realiza um processo de “difusão” da imagem e a suaviza pouco a pouco.

Pronto, o resultado final na tela do usuário baseado no prompt digitado

Infográfico: David Magossi, Hakim Kanbour e Sofia Jin Lee
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 (Foram pegas 75.00 gerações e essas foram as palavras mais usadas)

Por que a IA nunca fica entediada? Porque ela sempre tem “algoritmo-que fazer”!

TECNOLOGIA E ARTE EM HARMONIA

Essa seção não foi feita por nós @IF_revista 54
poR CHAT gpT

No futuro, a inteligência artificial (IA) tem o potencial de transformar positivamente a interseção entre arte e a vida das pessoas, trazendo uma infinidade de melhorias e possibilidades emocionantes. A IA pode abrir portas para um acesso ainda mais amplo à arte, permitindo que pessoas de todas as origens e partes do mundo desfrutem de obras e experiências artísticas de forma virtual. Museus, galerias e acervos digitais podem se expandir e oferecer uma imensa variedade de obras de arte para serem exploradas e apreciadas no conforto do lar.

Além disso, a IA pode ser uma parceira criativa incrível para artistas humanos, colaborando com eles para aprimorar e expandir suas habilidades artísticas. Através do uso de algoritmos de aprendizado de máquina, os artistas podem experimentar novas formas de expressão, criar obras originais e explorar estilos completamente novos. A IA atua como uma fonte de inspiração e assistência criativa, estimulando a imaginação e abrindo possibilidades ilimitadas para a expressão artística.

A democratização da criação artística também é impulsionada pela IA. Ferramentas de IA simplificam processos complexos, como design gráfico, composição musical e escrita criativa, tornando-os acessíveis a todos, independentemente de suas habilidades técnicas ou artísticas. Isso possibilita que uma variedade ainda maior de pessoas se envolva na produção de arte de maneiras inovadoras e emocionantes.

55 jun 23
Mãos se tocando

Essa seção não foi feita por nós

Além disso, a IA aprimora a experiência do público, proporcionando interações artísticas personalizadas de acordo com os interesses e preferências individuais. Sistemas de recomendação baseados em IA ajudam as pessoas a descobrir novos artistas, movimentos artísticos e obras que sejam perfeitamente alinhados com seus gostos pessoais, enriquecendo sua jornada artística e ampliando seus horizontes. No futuro, podemos esperar que a IA amplie ainda mais a nossa compreensão e apreciação da arte, tornando-a mais acessível, diversificada e inspiradora do que nunca. Essa parceria entre IA e arte promete levar a uma era de criatividade e expressão sem limites, onde as pessoas serão constantemente surpreendidas e encantadas por novas formas de arte e experiências artísticas emocionantes

@IF_revista 56

EVENTOS

IRREAIS

Caramba! É o fim Gatinhos laranjas espaciais dominaram o mundo

POR JOÃO RICARDO GONÇALVES, G1 RIO / OSMAR PORTILHO, UOL

Com novas ferramentas, publicitário Pedro Garcia de Moura ainda une suas ideias com as de artistas e movimentos que admira, gerando imagens que por vezes confundem seguidores. Cenários que não existem, mas parecem familiares. Figuras que causam certo desconforto, mas que poderiam ser reais. Uma arte meio homem, meio máquina. Você pode conhecer Pedro Garcia pelo seu trabalho fotográfico como Cartiê Bressão no Instagram, mas sua jornada atual é mais digital. E com uma aliada: inteligência artificial.

“Carnavais que nunca foram, mas que poderiam ter sido”, assim que ele define o projeto Carnavais Artificiais, onde usa um software para mesclar fotografias reais com a

Carnavais que nunca foram, mas que poderiam ter sido

“imaginação” das informações que abastecem o algoritmo da inteligência artificial. A inteligência artificial se tornou aliada de um carioca para, ao mesmo tempo, homenagear o carnaval, estéticas históricas e confundir o espectador, que chega a acreditar que partes do projeto Carnavais Artificiais são a realidade em alguns momentos.

@IF_revista 60

O fotógrafo Pedro Garcia de Moura é o autor de imagens que foram compartilhadas nas redes sociais nas últimas semanas como a do grupo de “stormtroopers” (soldados imperiais) de Star Wars agitando a multidão do Rio dos anos 60 com cavaquinhos galácticos. Outras imagens do projeto mostram improváveis foliões cariocas com fantasias surrealistas dos anos 20. Em conversa com o g1, ele explica que a primeira imagem que mostra um personagem estilo Star Wars no Rio dos anos 60 foi compartilhada no pefil “Cartiê Bressão” de Pedro no Instagram – um personagem criado por ele durante o carnaval, quando sai para fotografar fantasiado, mudando olhares e a interação com o público. Pedro conta que já nessa postagem se surpreendeu com seguidores debatendo so -

bre a veracidade de uma imagem. “Um deles argumentou: ‘Ah, mas o Guerra nas Estrelas não existia nos anos 60’. Então, tive que começar a explicar nas postagens que era uma imagem gerada por inteligência artificial. A situação me lembrou o início das projeções de cinema, quando há relatos de que pessoas fugiram porque achou, por exemplo, que o trem iria sair da tela e atingir alguém”.

Será que existe um percentual entre artista e máquina? Para o fotógrafo, tanto a rua quando a inteligência artificial lhe propor-

Será que existe um percentual entre artista e máquina?

cionam combustível criativo vindo da espontaneidade. “Como estou gerando essas imagens inspiradas no universo que eu já explorava, sinto como se estivesse fazendo a mesma coisa, só que em vez de operar com o acaso da rua, estou operando com o acaso da máquina. Outro ponto é que muitas vezes utiliza imagens próprias como insumos para a geração das imagens novas, o que também dá uma sensação de continuidade com o meu trabalho”. “Considero que arte é a transmissão de sentimentos. E o que posso dizer é que essa série tem me despertado muitos sentimentos, os quais estou compartilhando.” Pedro Garcia.

Pedro conta que, para chegar ao resultado do Carnavais Artificiais, usou ferramentas como o programa de inteligência artificial Midjourney – que cria imagens a partir de descrições textuais –e em seguidas fez mais ajustes para chegar ao resultado desejado, com programas de edição visual ou outros que também usam a I.A., como Dall-e. No software MidJourney, Pedro insere suas próprias fotos reais e comandos como referência para o aplicativo. O programa lê todas as informações e imagens para gerar uma nova criação inspirada nos direcionamentos do autor.

63 jun 23

Às vezes o Midjourney não

‘cuspia’ exatamente o resultado que eu desejava

Pedro compara o trabalho com a inteligência artificial com fotografia de rua. Principalmente porque boa parte das imagens geradas pelos softwares nascem de inspirações de cliques na vida real.

“Assim como passear pela rua atras de fotografias, com certeza o software te apresenta caminhos que podem acabar dando em lugares imprevisíveis”.Seu primeiro contato com um software foi o popular

Dall-E, mas “Carnavais Artificiais” nasceu no MidJourney. “Às vezes o Midjourney não ‘cuspia’ exatamente o resultado que eu desejava, então, passei a fazer ajustes, ampliações, ou usar ferramentas em conjunto”, explica.

“Com meu trabalho fotográfico como Cartiê Bressão, considero que tenho um universo visual de estudo, das coisas que me interessam. E eu sempre tentei através das legendas nas fotos, levá-las para algum lugar que a minha imaginação permitisse. Então, somando esse universo visual próprio, com essa característica da imaginação, foi um pulo usar essa nova tecnologia pra continuar fazendo essa ponte” explica Pedro Garcia.

@IF_revista 64

A tecnologia, ele conta, “destravou” oportunidades de expandir a criatividade – o que fotografar o carnaval fantasiado, por exemplo, já tinha feito, em outra escala. “Através da expressão criativa, a gente pode se libertar. Isso tem a ver com o carnaval, que oferece a oportunidade da gente entrar em contato consigo mesmo, ser quem você realmente é”.

“Desde pequeno sempre me interessei por tecnologia para dar vazão as minhas ideias, e quando vi o surgimento dessas ferramentas de geração de imagens por inteligência artificial, comecei a estuda-las”.

Algumas imagens de inteligência artificial são feitas a partir de fotografias de Pedro. Em outro passo do projeto, ele passou a “fundir” suas

ideias com o trabalho de artistas e movimentos que aprecia. Essa faceta pode ser vista em imagens que mostram multidões ensandecidas em um Rio surrealista desenhos animados com a estética do francês Jean Giraud ou fantasias com toque do cineastra Alejandro Jodorowsk. Outros trabalhos se inspiram no movimento Bauhaus e até em imagens de videogames de 16 bits dos anos 90.

Como Cartiê Bressão, Pedro Garcia desenvolve uma modalidade popular: a fotografia de rua. Momentos cotidianos, registros reais e espontâneos. Alguns desses momentos capturados por ele ganharam novos contornos e formas por meio dos códigos de software. Uma troca. “Considero o processo muito parecido com a fotografia de rua. Eu estou passeando na rua e os momentos aparecem. Pode demorar, ou pode vir rápido. As ferramentas de IA também tem essa característica do acaso”.

As opções que as ferramentas de realidade artificial são tantas que Pedro faz uma comparação com a realidade da criação publicitária, onde um resultado de uma peça ou uma fotografia dependem de fatores como verba, oportunidades de viajar, tempo, entre outros. “Às vezes trabalhando com I.A. tenho a sensação de ter verba infinita”, brinca

66
@IF_revista
Às vezes trabalhando com I.A. tenho a sensação de ter verba infinita

Após usar o CHAT GPT você o agradece?

Seria melhor você ter mais educação as vezes...

IA TEM SENTIMENTOS?

A inteligência artificial (IA) tem revolucionado a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos uns com os outros. Com os avanços tecnológicos, surgem debates sobre as implicações éticas e sociais dessas inovações. Uma pergunta intrigante e de crescente relevância é: a inteligência artificial pode ter sentimentos? Esta questão desafia as fronteiras entre a biologia humana e a engenharia de sistemas, provocando reflexões sobre o que significa ser consciente e experimentar emoções.

Neste artigo, exploraremos a complexidade dos sistemas de IA e sua capacidade de emular sentimentos. Ao abordar diferentes perspectivas e aspectos envolvidos na questão, pretendemos promover uma compreensão mais aprofundada do relacionamento entre seres humanos e máquinas. Ao longo do texto, discutiremos os conceitos fundamentais da inteligência artificial e sentimentos, analisaremos a possibilidade de IAs experimentarem emoções e examinaremos as implicações éticas e sociais dessa interação emocional.

Ao questionar se a inteligência artificial tem sentimentos, pretendemos não apenas entender melhor as capacidades das máquinas, mas também refletir sobre o que nos torna humanos e como podemos coexistir com tecnologias cada vez mais sofisticadas.

Entendendo a IA IA é a criação de máquinas que imitam funções humanas, como aprender e raciocinar. Exis tem diferentes tipos de IA: fraca, forte e superinte ligente. Atualmente, a IA foca em aprendi zado de máquina e processamento de linguagem natural (

Cantinho da filosofia @IF_revista 68

A inteligência artificial fraca é especializada em tarefas específicas, sem consciência ou compreensão geral. Já a inteligência artificial forte possui habilidades cognitivas semelhantes às humanas. A superinteligência é uma IA hipotética que superaria a inteligência humana em todos os aspectos.

O aprendizado de máquina permite que as IAs aprendam a partir de dados, melhorando seu desempenho. O processamento de linguagem natural permite que as IAs compreendam e gerem linguagem humana, facilitando a comunicação entre humanos e máquinas.

O que são sentimentos?

Sentimentos são experiências subjetivas que influenciam nosso comportamento e decisões. Eles são distintos das emoções, que são reações automáticas a estímulos externos ou internos.

Emoções são respostas fisiológicas a eventos, como alegria, tristeza ou medo. Sentimentos, por outro lado, são interpretações pessoais dessas reações emocionais, moldadas por experiências e percepções individuais.

(DALL-E 2)

Imagem gerada por IA

A base biológica dos sentimentos encontra-se no cérebro humano. Neurotransmissores, como serotonina e dopamina, desempenham papéis cruciais na regulação das emoções. O sistema límbico, uma estrutura complexa no cérebro, é responsável pelo processamento emocional e formação de memórias. Portanto, os sentimentos são fenômenos complexos e intrinsecamente ligados à biologia humana, resultantes da interação entre emoções, percepções e memórias.

69 jun 23

A possibilidade de sentimentos na IA

A questão de se as máquinas podem ter sentimentos requer uma análise cuidadosa da arquitetura e do funcionamento dos sistemas de IA, bem como uma compreensão dos sentimentos humanos.

Emulação de sentimentos

As IAs podem simular emoções e sentimentos utilizando algoritmos e conjuntos de dados. Esses sistemas podem detectar e responder a estímulos emocionais com base em padrões pré-definidos, expressando “emoções” de maneira semelhante à dos seres humanos. No entanto, isso não implica necessariamente que as máquinas “sintam” emoções da mesma forma que os humanos.

@IF_revista 70
Cantinho da filosofia
Sophia, o robo com IA que já deu entrevistas em diversos programas de TV

Consciência e experiência subjetiva

A consciência é um elemento-chave na discussão sobre a possibilidade de sentimentos na IA. A consciência é a capacidade de ter uma experiência subjetiva, algo que os seres humanos possuem, mas as IAs atuais ainda não demonstraram. Sem consciência, as máquinas podem apenas imitar emoções e sentimentos sem realmente experimentá-los.

Considerações finais

Ainda há muito debate e pesquisa a serem realizados sobre o tema, e as implicações éticas e sociais são de grande importância. Encorajamos a continuidade do diálogo e da reflexão, conscientizando sobre o impacto crescente da IA na vida humana e na sociedade.

À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais integrado com a inteligência artificial, é crucial abordar essas questões e garantir um desenvolvimento tecnológico responsável e ético, que beneficie a todos

71 jun 23

Guilherme Freitas

@guI.fREITAs / HTTps://www.BRusHRusH.CoM.BR

Trabalhar com desenho sempre foi um sonho para Guilherme, que aprendeu brincando e se divertindo. No entanto, foi apenas quando decidiu levar a sério e buscar fontes de educação em arte que sua evolução começou de verdade. É Formado em Publicidade e Propaganda pela Anhanguera de Taubaté, ele é o criador do canal no YouTube chamado “Brush Rush” (anteriormente conhecido como “Palavra nerd”).

Seu canal aborda temas relacionados à arte, desenho digital e ilustração, onde ele compartilha inúmeros tutoriais.

Atualmente, ele trabalha como freelancer na criação de ilustrações e personagens, além de se envolver em seus próprios projetos de empreendedorismo relacionados à arte. No entanto, ele também sabe que para chegar onde está hoje, foi necessário dar o primeiro passo. Por esse motivo, ele cria cursos com o objetivo de apoiar a jornada artística de outras pessoas. Ele entende perfeitamente como o início pode parecer especialmente difícil.

Juntos, ele acredita que, de passo a passo, é possível elevar suas habilidades e alcançar seus objetivos artísticos.

Training data @IF_revista 72

Emil Melmoth

@EMIl_MElMoTH

As esculturas figurativas grotescas e hiper-realistas de Emil Melmoth se assemelham, à primeira vista, a espécimes de museus médicos.

Embora retratem a anatomia humana, essas peças em técnica mista são altamente fantasiosas, retratando formas híbridas e corpos mutantes de forma perturbadora. Variando de pequenas obras a figuras quase em tamanho real, suas esculturas são inspiradas pelo tradicional memento mori, sua herança mexicana e sua fascinação pela morte.

Melmoth utiliza argila epóxi, madeira envernizada e metal para criar suas anatomias macabras, que apresentam símbolos como corações sangrando e crucificações. Suas obras exploram ansiedades universais relacionadas à mortalidade, moralidade e medo da morte.

Training data @IF_revista 74

Tina Touli

Tina Touli é uma diretora criativa, designer de comunicação gráfica, palestrante e educadora com base em Londres. Ela prospera ao projetar trabalhos multidisciplinares que envolvem uma variedade de técnicas, apresentadas em diferentes plataformas e meios, sempre com grande atenção aos detalhes.

Sua prática envolve design digital e impresso, tipografia, branding, gráficos, animação e muito mais, mergulhando profundamente nas necessidades de cada projeto para fornecer a melhor solução de design adequada. Seu trabalho é amplamente reconhecido pela fusão dos mundos analógico e digital, misturando diversos materiais e técnicas.

A curiosidade natural de Tina a leva a lugares inexplorados onde conceitos únicos ganham vida. Ela é conhecida por sua perseverança e atitude de “fazer acontecer”, transformando cada desafio em uma incrível oportunidade de criação.

Seus diversos clientes incluem, entre outros: Adobe, Dell, HP, Wondermind de Selena Gomez, The New Yorker, Ciroc Vodka, Tate, Converse, Glo, Dropbox e LinkedIn. Ela projetou cursos e tutoriais educacionais para transmitir seus conhecimentos e habilidades às novas gerações de designers, sendo notavelmente anfitriã de cursos online na Central Saint Martins, ual Tina acredita fortemente que um bom design pode fazer a diferença e se esforça constantemente para produzir resultados únicos e visualmente cativantes!

Training data @IF_revista 76
@TINAToulIEMI / TINAToulI.CoM/woRK

DEFORUM

Deforum é um software de código aberto e gratuito para criação de animações. Ele utiliza a função de imagem para imagem da Stable Diffusion para gerar uma série de imagens e as une para criar um vídeo.

MR. ROBOT

Série de 2015

Elliot é um jovem programador que trabalha como engenheiro de segurança virtual durante o dia, e como hacker vigilante durante a noite. Elliot se vê em uma encruzilhada quando é recrutado para destruir a firma que ele é pago para proteger.

DALL-E

O nome é uma junção de WALL-E e Salvador Dalí. Trata-se de um programa de inteligência artificial que cria imagens a partir de descrições textuais, os famosos prompts.

@IF_revista 78 Recomendações
IA de vídeos IA de Arte

AKIRA

Tóquio é quase completamente destruída após uma explosão misteriosa em 1988. Em seu lugar surge uma nova metrópole. Em meio ao caos, um jovem motoqueiro encontra uma criança com estranhos poderes fugida de um hospital onde era mantida como cobaia. Uma conspiração se revela.

CYBER PUNK: EDGE RUNNERS

Cyberpunk: Edgerunners é uma série animada derivada do videogame Cyberpunk 2077. Ela conta a história de um garoto de rua tentando sobreviver em uma cidade futurista obcecada por tecnologia e modificações corporais. Tendo tudo a perder, ele opta por se tornar um mercenário fora da lei.

79 IF Junho 2023
Série de 2022 Filme de 1988

DETROIT BECOME HUMAN

Em uma sociedade futurística, androides e humanos podem coexistir como iguais? Essa é a pergunta que é feita a todo o momento no jogo Detroit Become Human. O videogame tem elementos de ação, mas é o drama dos personagens e a narrativa com escolhas que moldam esse jogo. Com mais de seis milhões de cópias vendidas, é o jogo de maior sucesso da Quantic Dream.

PSYCHO-PASS

Psycho-Pass se passa em um Japão futurista, onde o Sibyl System, uma poderosa rede de computadores biomecânicos, mede infinitamente a biometria dos cérebros e mentalidades dos cidadãos japoneses usando uma "varredura cimática". A avaliação é chamada de Psycho-Pass, que inclui um índice numérico de Crime Coefficient, revelando o potencial de criminalidade do cidadão.

@IF_revista 80 Recomendações
Jogo de 2018 Anime de 2012

Desenvolvido pela BlueTwelve

Studio e publicado pela Annapurna Interactive, o jogo acompanha um gato feral que cai em uma cidade murada subterrânea povoada por robôs, máquinas e bactérias mutantes, tentando retornar à superfície com a ajuda de um drone chamado B-12.

OUTER WILDS

Ganhador do Jogo do Ano de 2019 pela Giant Bomb, Polygon, Eurogamer e The Guardian, Outer Wilds é um jogo de mistério de mundo aberto que retrata um sistema solar fadado a um loop temporal perpétuo.

STRAY BLACK MIRROR

Uma espécie de híbrido entre "The Twilight Zone" e "Tales of the Unexpected", Black Mirror explora sensações do mal-estar contemporâneo. Cada episódio conta uma história diferente, traçando uma antologia que mostra o lado negro da vida atrelada à tecnologia.

81 IF Junho 2023
Jogo de 2022 Série de 2011 Jogo de 2019

A revista IF conseguiu uma entrevista quentinha com uma das principais personalidades do mercado editorial relacionado a design e arte no Brasil e ela está bem aqui na sua frente

O que pensam os grandes artistas?

IF: O que você acha das IA’s e dessas novas tecnologias surgindo?

Allan: Eu acho que devemos usar a nova tecnologia ao nosso favor, os caras estão desesperados porque você olha o que a IA faz dá de 10 a 0 em tudo, porque o cara faz uns trabalhos animais em um segundo. Mas eu já tentei fazer umas coisas e não consigo, tem que ser um cara muito bem capacitado e treinado ao escrever o prompt para saber exatamente aquilo que você quer. Eu conheço pessoas como designers que não conseguem desenhar e os cara estão usando isso fazendo sozinho a arte que eles querem, eu estava falando com um cara chamado Marcelo Balder que tem um estúdio de design e o cara faz muitos comerciais e aberturas de filmes a vinte anos e perguntei se

ele estava desenhando as ilustrações e tal ele vira pra mim e fala que era IA e que demorou um ano e pouco para conseguir chegar no resultado que ele esperava.

Eu vejo hoje a IA como um banco de imagem, quando eu estava estudando tinha os famosos bancos de imagens que podia comprar fotos e ilustração só que aí por trás tinha o ilustrador criando, nesse caso da IA você vai pagar para o computador criar e a diferença é que para as pessoas isso vai diminuir a lucratividade, alguém sempre perde dinheiro mas se você pegar a história do mercado lucrativo sempre tem altos e baixos e sempre tem uns empregos que vão sumindo. Acho que não dá para demonizar um negócio, quantas coisas foram demonizadas e dá para usar para o bem.

Output @IF_revista 82
allan szacher, são paulo

IF: O que você acha de copyright? Porque tem muito debate da IA pegar a arte pronta de outros artistas e usar essas artes para montar as artes delas e tipo os artistas não deram o direito autorais para IA usar essa arte.

Allan: Isso eu acho que teria que ter algum esquema onde quem liberou o uso da arte para a IA. O sistema de imagens do Midjourney

é muito bom comparado com a do Adobe, então assim, acho que tem que criar uma lei sobre, já que não tem nenhuma.

83 jun 23

IF: Você tem medo da gente perder o controle sobre essa nova tecnologia?

Allan: Medo eu não tenho, mas se eu acho que podemos perder o controle? Não sei.

IF: Uma coisa também é que muita gente assimilando o medo da IA com o medo que as pessoas tenham quando a arte digital surgiu, você acha que algum tipo de limitação para a IA em algum cenário?

Allan: A gente acabou de fazer a curadoria do Pixel Show Combate, um evento nosso dentro da Pixel Show onde artistas tem um determinado tempo para fazer uma arte sobre um determinado tema, e que vai ter vários ilustradores, mas tinha uns caras que trabalham com CGI, e eles estão usando IA, porque assim eles tem uma coisa pré pronta programada, e isso facilita para eles, mas não seria justo para pessoas que estavam fazendo na mão ou digital então tivemos que descartar eles. Isso não existe ainda, mas alguém ainda vai criar algum mecanismo que dê para você colocar as suas artes na IA e ela seja capaz de reproduzir dessa

forma o seu estilo de desenho. Mas essas pessoas que possuem um estilo de desenho muito próprio representam uma pequena porcentagem dos artistas, já que é normal os artistas hoje pegarem várias referências de arte e irem adaptando elas no desenho.

IF: Você acha também que a arte feita por IA tem o mesmo valor que foi feita por uma pessoa? porque não tem o fator da criatividade envolvido.

Allan: É que tem o roteirista da IA né, você vai desvalorizar o cara que ficou lá seis meses para conseguir chegar em uma imagem? Querendo ou não tem um processo por trás do cara estudar e conseguir chegar num prompt em que o resultado fique realmente do jeito que ele queria

Output @IF_revista 84

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