cesárea X normal escolha qual a melhor opção de parto para você
alimentação
aprenda a introduzir uma alimentação
saudável
ecoturismo
faça uma viagem boa para você e para o planeta
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Nossa revista ajuda mães e mulheres a entenderem a importância da sustentabilidade na maternidade, além de discutir o papel da mulher e todos os tabus e idealizações em torno do assunto, tudo isso sob um olhar acolhedor, reflexivo e sem discriminações. No eixo enraizar da edição inalgural, você encontra conteúdos que englobam o universo feminino e auxiliam na tomada de decisões nesse momento tão único e individual, como escolha do tipo de parto, questões relacionadas a saúde e qualidade de vida e mudancas no relacionamento. Contamos também com uma entrevista, onde Giovanna Nader conta sobre sua experiência durante a gravidez e como se descobriu ativista.
Mais para frente, em crescer, oferecemos informações e dicas úteis na criação e educação de seu filho, incluindo tópicos como alimentação, comunicação e métodos de ensino escolar.
Em florescer o foco é a sustentabiliade. São apresentadas duas mulheres referências na busca por um lifestyle familiar mais sustentável. Além disso, apresentamos dicas que auxiliam nessa jornada, como escolha de presentes e planejamento de viagens que não ferem o meio ambiente.
Com uma linguagem acolhedora e inclusiva, valorizamos sustentabilidade e equidade de gênero, sendo uma plataforma que amplifica e promove vozes e histórias de mulheres que estão construindo um futuro mais justo e sustentável, tendo sempre em mente que a maternidade também é um fator que exige responsabilidade ambiental. De mulher para mulher, de xodó para xodó.
Edição nº 1 | Jun 2023
Escola Superior de Propaganda e Marketing
Graduação em Design
DSG3B | 2023.1
Projeto editorial e gráfico
Helena Czapski
Isadora Amorim
Letícia Marinho
Sophia Chaves
Projeto III
Marise de Chirico
Produção Gráfica
Mara Martha Roberto
Finanças Aplicadas
Alexandre Ripamonte
Marketing Estratégico
Ana Duque-Estrada
Cor, Percepção e Tendências
Paula Csilag
Ergonomia
Matheus Pássaro e Auresnede
Stephan
sophia “so” helena “lele” letícia “let” isadora “isa”colaboradoras
Marina, mãe da Luna e do Ravi, atua no mercado da moda há mais de 20 anos, é pioneira em eventos de moda itinerante e moda circular e foi figurinista na Rede Globo por 6. Inspirada pela mãe, que já acreditava na moda circular, Marina leva em seu
BELA GIL
Bela, mãe da Flor e do Nino, é chef de cozinha e tem um programa no GNT. Fez faculdade de Nutrição e Ciência dos Alimentos e se dedica a disseminar os valores da alimentação saudável e da sustentabilidade. Além disso escreveu o livro “Meu jeito simples e natural de ser mãe” onde conta sua experiência como mãe e dá dicas e informações.
@belagil
JOANA LIRA
Joana, mãe de Joaquim e Dora, é pernambucana nascida em 1976, no Recife. Vem de uma família de criativos. Pais e irmãos arquitetos e designers, inquietos, autônomos, enérgicos. Convive desde sempre com olhares ampliados e reflexões profundas sobre diversidade, arte, cultura, estética, beleza e bem-estar.
@joanalira
Fernanda, mãe do Tito, é ativista ambiental, empreendedora, pa lestrante e idealizadora do Menos 1 Lixo, plataforma de educação ambiental que transformou a sustentabilidade. Foi Defensora da onu Meio Ambiente, conselheira do Greenpeace e premiada como a mulher mais influente no segmento da sustentabilidade em 2017.
@fecortez
CONFIRA FOTOS DAS NOSSAS LEITORAS EXPERIMENTANDO AS RECEITAS DE COMIDINHAS SAUDÁVEIS PARA FESTINHAS
@sarahsimone @carolinepfiffer @mahfoz @valmaluf @annaprada @lilicotrim receitas BELA GILA CRISE CLIMÁTICA JÁ É UMA REALIDADE – AQUI ESTÃO ALGUMAS
MULHERES QUE LUTAM PELA AGENDA SOCIOAMBIENTAL NO BRASIL
Ecofeminista negra e advogada, Marina é doutoranda e mestra em Sociologia e Direito. Suas áreas de pesquisa concentram temas como clima, meio ambiente, gênero, relações étnico-raciais e direitos humanos. Sempre aponta a importância desses temas em suas redes.
Camilla Marinho é fundadora do Instituto Caburé. Em seu perfil, a ativista e consultora esg compartilha vídeos, fotos e insights sobre a valorização das culturas brasileiras, a importância dos biomas costeiros e ainda como ensinar sobre meio ambiente para as crianças.
@marinamarcal @caamillamarinhom
A jornalista e pesquisadora Andreia Coutinho é a idealizadora, produtora e coordenadora do estudo Quem precisa de justiça climática no Brasil?Em seu Instagram, ela compartilha sobre justiça climática e racial e outros assuntos interseccionais, como a transição energética.
@andreiacoutinho.l
Renata é fundadora e diretora da EmpoderaClima. Faz mestrado em Políticas Públicas em Harvard, com enfoque para políticas de adaptação climática, algo que sempre compartilha em seu perfil – rotina acadêmica e a agenda das pautas de mudanças climáticas.
@renatakochalvarenga
Se você entrar no perfil da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (apib) , é provável que veja Samela por lá. Ativista e comunicadora, ela usa suas redes para falar sobre o protagonismo indígena na defesa da Natureza, e também para reivindicar as demandas dos povos originários amazônicos.
@sam_sateremawe
ELOISA ARTUS
Eloisa, que é professora, ativista e diretora do Instituto Febre, que une gênero e clima na hora de pensar nas mudanças para o setor do vestuário. Em seu Instagram, ela fala sobre os desafios da indústria e sobre as intersecções das mulheres que fazem nossas roupas com a crise climática.
@eloartus0
As mulheres são criaturas que precisam estar constantemente cuidando da saúde. São vários exames específicos que precisam ser realizados periodicamente para garantir a saúde da mulher. Além disso, alguns cuidados básicos precisam ser tomados.
Hoje em dia, é muito comum que a mulher assuma diferentes tarefas. Ela é ao mesmo tempo mãe, dona de casa, e profissional. Conciliar tudo isso em uma rotina que só dispõe de 24 horas não é uma tarefa fácil.
As mulheres “superpoderosas” da contemporaneidade conseguem fazer coisas realmente incríveis. O horário do almoço se desdobra e elas conseguem preparar a refeição da família, levar as crianças para a escola, pagar contas e voltar para o trabalho.
Tudo isso sem perder o charme e a elegância! O problema é que ao tentar fazer tantas coisas de uma única vez, muitas dessas mulheres acabam deixando de cuidar da própria saúde.
Como dissemos, existem alguns exames voltados para as mulheres que devem ser feitos anualmente, como o Papa Nicolau e a Mamografia, para as mulheres acima dos 40 anos. É muito importante que o
exame seja feito anualmente, pois ele é responsável por prevenir o câncer de colo de útero.
Além dos exames, alguns cuidados diários também podem influenciar na qualidade de vida e saúde da mulher. Falaremos um pouco mais sobre esse assunto a seguir.
dicas para cuidar de si Atualmente, é muito comum que a maioria das pessoas, homens e mulheres, passe mais tempo no trabalho do que em casa. Muitas dessas pessoas não voltam no horário do almoço, retornam apenas no final do expediente.
As mulheres que seguem uma rotina parecida com essa devem tomar cuidado com as roupas que usam. Usar calças jeans muito justas o dia todo, pode causar problemas para a saúde da mulher.
Se o seu local de trabalho não exige um uniforme específico, procure optar por roupas mais confortáveis e de tecidos leves. O sutiã também é um grande vilão para a saúde da mulher, e pode interferir diretamente na sua qualidade de vida e conforto.
Ao manter os seios muito apertados dentro do sutiã durante todo o dia, você aumenta as chances do
aparecimento de nódulos e outros problemas da região mamária. O ideal é usar sutiãs sem bojo e tirá-los assim que chegar em casa.
Dormir sem sutiã e sem calcinha também é uma boa forma de contribuir com a qualidade de vida e saúde da mulher. Deixar a região da virilha “respirar” enquanto dorme é fundamental para evitar problemas relacionados à fungos e bactérias.
A utilização de sabonetes íntimos é outro problema. Alguns médicos costumam condenar essa prática, e outros recomendam produtos de marcas específicas. Um consenso entre os especialistas, é que a melhor forma de cuidar da região íntima, é usando somente água.
Quando estiver menstruada, a mulher deverá trocar os absorventes com uma frequência de no máximo 3 horas. Esse procedimento ajuda a evitar complicações na região genital e evita odores desagradáveis.
Cuidados simples como esses fazem toda a diferença, e garantem que a mulher conserve a sua saúde. Prezar pela qualidade de vida é uma obrigação de todos nós, afinal, sem saúde, não somos ninguém! Cuide melhor de si mesma!
Filha de bailarina, a mineira Giovanna Nader, 36, começou a vida no palco ainda criança. Primeiro na dança, depois no teatro. Formada em Administração de Empresas e Marketing, trabalhou por muitos anos no mundo da moda. Em 2013, lançou o Projeto Gaveta, em parceria com a estilista Raquel Vitti Lino, que estimula a troca de roupas. Hoje, Giovanna é consultora de moda sustentável, comunicadora e apresentadora dos podcasts “O Tempo Virou” e o “Veneno Mora ao Lado”. Também fez TV e comandou o programa “Se Essa Roupa Fosse Minha”, no canal GNT. Escreveu o livro “Com Que Roupa” e apresenta um curso de moda sustentável e consumo consciente.
Em entrevista ao Lunetas, revela que só despertou para o ativismo ambiental com o nascimento da primeira filha, Marieta. Imaginar um mundo com mais plásticos do que pei-
xes nos oceanos fez Nader gritar ao mundo os riscos que a humanidade corre ao ignorar a emergência climática. Junto com a maternidade, nasceu também o ativismo socioambiental. Casada com o comediante Gregório Duvivier, com quem tem também Celeste, ela fala sobre como é girar mil pratinhos na vida da mulher contemporânea. “Nós estamos dentro da natureza e ela está dentro de nós. A natureza é um outro nome da vida”
como foi sua relação com o meio ambiente na infância e na adolescência?
Giovanna Nader – Sou do interior de Minas Gerais, de Araguari, no Triângulo Mineiro, uma região no coração do Cerrado. Tenho várias fotos de criança ao lado daquelas árvores retorcidas, aquela estética bem do bioma. A minha cidade é pequena, com menos de 200 mil habitantes, mas mais de 150 cachoeiras. Fui vendo ao longo da minha vida essa paisagem desaparecer. O agronegócio tomou conta daquela região, mas não era algo que eu tinha senso crítico para perceber. Eu sei que essa relação com a natureza estava dentro de mim em algum lugar, mas aí passou. Veio a fase adulta, mudei pra São Paulo para fazer faculdade e só depois de muito tempo vivendo na selva de pedra e na correria do relógio, que eu percebi que Minas era um lugar de fuga,
de reconexão, de calmaria. Aí comecei a entender o bioma do Cerrado, a devastação, o agronegócio. As vivências da infância estão em prol do meu ativismo hoje. Eu não teria me tornado a ativista ambiental que sou hoje, se antes não tivesse a experiência de saber como o bioma era e o que se tornou. Essa necessidade de restaurar a paisagem, tanto para o meio ambiente, quanto para minhas filhas, ajudou na minha jornada de se tornar uma ativista.
quando você despertou para o ativismo ambiental?
O ativismo ambiental começou pela moda e pela questão do consumo. Eu não me identificava com aquela moda “fast fashion”, coleções lançadas a cada semana, padrão de corpo. Aí veio a ideia de criar um projeto de troca de roupas, o Projeto Gaveta, com minha sócia Raquel Vitti Lino. A gente estava muito angustiada com a maneira como o mercado da moda acontecia, com as peças de roupa paradas no armário. Criamos o Gaveta com o objetivo de fazer a roupa circular. No mesmo ano da criação do Gaveta, em 2013, aconteceu aquele grande acidente da moda em Bangladesh, no Rana Plaza, em que o prédio desmoronou e matou diversas pessoas que estavam em péssimas condições de trabalho – em 24 de abril de 2013, o Edifício Rana Plaza, situado em Daca, capital de Bangladesh, desabou e causou a morte de 1135 trabalhadores da indústria têxtil e deixou mais de 2500 feridos. O prédio não cumpria as normas básicas de segurança –, ali começou um grande questionamento em torno da indústria da moda e o seu impacto ambiental. Mas minha consciência ainda se resumia ao meu guarda-roupa. Com o nascimento da minha filha, Marieta, comecei a ouvir as pessoas falando: “quando a sua filha estiver com 30 anos, terá mais plástico do que peixe nos oceanos”. A maternidade me fez despertar para a crise climática ao perceber que a geração mais impactada por seus efeitos estava ali, nos meus braços.Como eu poderia proteger aquele bebezinho? Como ter certeza que o planeta é um lugar saudacel para as minhas filhas? Comecei a mudança em minha casa, com composteira e reciclagem, até entender que o buraco é bem mais embaixo.
você espera que vamos conseguir reverter esse cenário de um planeta que terá mais plástico que peixe nos oceanos ou que estará ao menos 2ºC mais quente?
Já me assustou mais, mas entendi que a paralisação não vai me levar a nada, só vai me causar ansiedade. Não quero passar os anos mais preciosos das minhas filhas com medo. Busco viver o presente, olhando para as mudanças que precisamos fazer hoje e também para nossos pequenos avanços. Tudo isso me deixa mais positiva com toda a situação que nos encontramos como humanidade.
como preparamos as crianças para este mundo que está passando por eventos climáticos extremos e formar cidadãos com consciência ambiental?
Com muita informação, a todo momento que a gente puder compartilhar com eles. Dia desses, por exemplo, nós estávamos montando um quebra-cabeça sobre o Pantanal. Isso entrou na cabeça da Marieta e até hoje ela fala que no Pantanal tem toupeira, tem isso, tem aquilo – e pede para conhecer lá. Assim que pudermos vamos fazer esta viagem com ela. As crianças de hoje já têm consciência ambiental, mais do que nós, na nossa infância. Marieta já chega em um restaurante e, se tem canudo de papel em vez do de plástico, fala: “mamãe, esse restaurante é amigo da natureza”. Ela já sabe sobre queimadas e desmatamento, porque conversamos sobre isso. Eu acredito que é muito importante não camuflar a realidade e trazer a eles momentos históricos.
muitas pessoas têm revisto a ideia de ter filhos por causa da crise climática e dos impactos que as crianças podem sofrer. você considerou isso? Nunca consegui pensar sobre isso, porque a Marieta veio sem ser planejada, e foi a melhor coisa que nos aconteceu. Mas entendo quem não quer ter filhos por causa disso, que não quer colocar mais um ser neste mundo com 8 bilhões de pessoas. E está tudo bem não ter filhos!
“Mas a maternidade pode fazer a gente perceber que precisamos lutar por um futuro, em vez de nutrir o sentimento de que as coisas não vão mudar”
como garantir alimentação de qualidade, a baixo custo para todas as pessoas no planeta, especialmente as crianças, sem veneno?
Tem gente que fala: “Ah, mas o orgânico é mais caro que o convencional!” Não, talvez seja mais caro porque você está comprando no supermercado e dando parte do dinheiro para um atravessador, em vez de comprar direto do produtor. Claro, estou falando isso para quem tem privilégio de escolha! Mas precisamos lutar justamente para fortalecer essa cadeia da agroecologia e do alimento orgânico para que consigam ao menos competir de igual para igual com o alimento convencional, que está cheio de agrotóxicos. O dinheiro está ainda na mão do agro e a destruição também. Mas temos de pressionar pela mudança e construir o Brasil que queremos, senão estamos fadados ao fracasso.
sustentabilidade tem a ver com dinheiro? é preciso ter mais dinheiro para ser sustentável?
A sustentabilidade é justamente para libertar, para ser mais barato. Muitos produtos sustentáveis disponíveis em mercados são caros, até pela matéria ser limitada, porém reutilizar roupas, adquirir móveis e brinquedos doados, cozinhar sua própria comida ou fazer seu próprio produto de limpeza é muito mais barato do que comprar, e são alternativas sustentáveis para a vida sustentável, por exemplo. Sustentabilidade tem a ver com tempo para se dedicar a isso, que está cada vez mais escasso. Muitas pessoas só vão conseguir ter tempo para pegar um salgado perto da estação de metrô. Mas existem projetos, como o O Icestupa, uma geleira artificial vertical, G10 Favelas — empreendedorismo de impacto social nas favelas —, Programa Reencontro, que constrói casas modularem para moradores de ruas, o Monkeycicle, um carrinho infantil adaptável, e o da Regina Tchelly, da Favela Orgânica, no Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro, em que ela aproveita o alimento inteiro, desde cascas, folhas, talos, Ela está em escolas, periferias, trazendo alimento de qualidade para todo mundo. Existem alternativas, mas precisamos fortalecê-las e dar espaço para que cada vez mais essas narrativas tomem conta do país.
como você tenta desconstruir no seu cotidiano o estereótipo da moda
Fico muito feliz que outros tempos estão vindo. Hoje, vemos muitas marcas com crochê, levando os trabalhos manuais e artísticos a um outro patamar. Não é mais tão comum a discussão de qual vai ser a moda da estação. O que vejo é que as pessoas têm uma necessidade de estilo. A roupa é muito empoderadora – eu mudo minha personalidade se estou me sentindo bem com o que estou vestindo. Minha sugestão é encontrar o seu estilo e olhar o seu guarda-roupa com carinho. Descubra o que combina com o que, pesquise e tente achar aquela referência que você gostou na revista ou na internet dentro do seu guarda-roupa. Acredito que o guarda-roupa tem que evoluir para esse lugar criativo e autêntico, tornando-se uma expressão da nossa personalidade. Muito mais do que ter ou não que ter; ser um lugar de leveza e conexão, que se traduz em autoconhecimento. Mas acho válido comprar algumas coisas para se adaptar a esse novo estilo. A sustentabilidade traz muito “não”: não pode comprar roupa, não pode comer carne, não pode fazer isso, não pode aquilo e isso não leva a lugar algum. Temos que reinventar nossos costumes, adaptando a sustentabilidade para nossas necessidades contemporâneas.
é possível ser mãe, mulher, profissional, ativista, sustentável, sem sentir culpa?
Olha, estou sempre com os meus pratinhos girando: eles não acabam nunca, se cai um, levanto outro. Aprendi que vou ser mãe para uma vida inteira. Por exemplo, o podcast “O Tempo Virou” precisava voltar e talvez este mês eu fique mais ausente como mãe. Mas, tudo bem, vai ser um mês. Às vezes, a gente acha que não pode perder esse momento do filho. Já notei que sou uma mãe muito melhor se eu fizer o que tenho que fazer profissionalmente. Eu tenho minha vida, consigo sair do universo da mãe e volto com mais presença, sabe? Mas os finais de semana são totalmente dedicados à minha família. Sei dividir bem e compreendi quem é Giovanna mãe, a Giovanna profissional, a Giovanna pessoa. Claro que tenho dias de crise também, quando me sinto uma péssima mãe. Mas entendi que não dou conta de tudo e preciso de uma rede de apoio. A Marieta foi para a creche muito pequenininha e talvez a Celeste precisará ir também para eu conseguir ter a minha vida, para eu conseguir ter o meu respiro. E nem por isso eu vou ser uma péssima mãe. Então você vai conhecendo os seus limites e lidando com menos culpa.
Após o nascimento de sua filha, Giovanna percebeu que deveria lutar para um mundo melhor para próximas gerações
PODEM AFETAR O CASAL – SAIBA QUAIS SÃO
por LORENA SCALASeu corpo está passando por transformações agora que um novo membro da sua família vai chegar: seios maiores, barriga grande, tornozelos inchados. E, durante esse período, seu relacionamento também vai mudar. “Às vezes, vocês vão se sentir inexplicavelmente próximos, enquanto em outro momentos vai parecer que seu parceiro está morando em outro planeta ou vice-versa”, diz Cathy O’Neil, co-autora do livro Casamento à prova de Bebês, em tradução livre.
Estar consciente disso e aprender a gerenciar e entender suas emoções vai ajudá-la a manter e reforçar o vínculo com seu cônjuge. Veja como passar pelas cinco alterações mais comuns nesse período difícil.
Os hormônios da gravidez podem ter um impacto profundo nas suas emoções, acionando sentimentos de pânico. “Muitas mulheres experimentam um medo de abandono durante o começo da gravidez”, afirma O’Neil. “Até mesmo a mais independente das mulheres vai se preocupar mais com seu marido”. Esse medo geralmente leva as mulheres a exigirem muito de seus parceiros. Mas não se preocupe, isso volta ao normal com o progresso da gravidez. Enquanto isso, é uma boa ideia avisar que você vai precisar de mais atenção agora.
não estar na mesma página Pode ser que quando você veja o resultado positivo na gravidez, já
se sinta mãe. E seu corpo vai te dar sinais para confirmar isso. Seu parceiro não tem nenhum desses sintomas físicos e até que a ciência se iguale à ficção, ele nunca terá. Isso significa que ele provavelmente não vai se sentir como pai até que ele segure o bebê pela primeira vez. “Não é que ele não esteja empolgado com a ideia de se tornar pai, ele apenas não sente imediatamente como você pode se sentir”, explica Cathy.
ele pode se sentir excluído De novo, tudo está acontecendo com você. Com exceção de uns tapinhas nas costas dele, a maior parte da emoção sobre a gravidez gira em torno de você. Então, seu marido pode não se sentir tão conectado com a gravidez ou com você. Encoraje-o a se relacionar mais nesse sentido, a participar mais em cada momento e você vai conseguir ajudá-lo a se sentir parte.
intimidade intensificada
Se acostumar com suas funções corporais durante a gravidez vai ser interessante, e compartilhá-las com o seu parceiro pode ser uma coisa nova para vocês dois. Haverá momentos em que vocês estarão maravilhados com a nova
vida que você está gerando, issovai aquecer o amor e fazer com que vocês se sintam muito próximos emocionalmente. Todos os enjoos, náuseas e gases podem parecer um pouco embaraçosos no começo, mas também podem ajudar vocês a se sentirem mais conectados do que nunca.
O romance tende a ser deixado como segundo plano durante o primeiro trimestre, quando a maioria das mulheres se sentem enjoadas e exaustas. Conforme os meses passam, retomar a vida sexual pode ser algo difícil de descobrir como fazer, mas muito importante acontecer. “Manter a conexão física durante a gravidez e falar sobre isso com seu parceiro fortalece o vínculo como casal”, afirma Craig Malkin, psicólogo. “Pode não parecer tão espontâneo, mas alimentar a paixão e se reconectar fisicamente vai aproximar vocês.
ENTENDER AS DIFERENÇAS ENTRE OS PARTOS É ESSENCIAL
PARA A MULHER SE PREPARAR DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL
por DR. RODRIGO DA ROSA FILHO fotos ADRIANA ALMEIDAAmaternidade é o momento de muita felicidade, descobertas e dúvidas, em especial, às mães de primeira viagem. Além de todas as decisões a serem tomadas: obstetra, hospital, decoração do quarto, nome, a mais assustadora refere-se ao parto. Milhares de mulheres devem se perguntar sobre as diferenças do parto normal e cesárea.
Totalmente distintos, é importante salientar que essa decisão deve ser tomada entre a mulher, seu companheiro/a e pelo médico obstetra, uma vez que envolve mais que emoção, envolve também riscos. Mas afinal de contas, quais as diferenças de parto normal e cesárea?
O parto normal é feito via vaginal, sendo que o próprio organismo informa a hora do nascimento, ou seja, a mulher entra em trabalho de parto. Ele é feito em um hospital, acompanhado de uma equipe médica multidisciplinar.
Já a cesárea é uma cirurgia, sendo que a maioria das vezes a mulher/casal pode escolher a data de nascimento do bebê, com base no tempo gestacional. Ele pode sim ser uma opção a essa futura mamãe, mas a sua recomendação é em casos comprovados de fatores de risco tanto à parturiente quanto ao bebê.
A Organização Mundial da Saúde (oms) indica que o índice de cesarianas não deve ultrapassar 15% dos nascimentos
de um país. Entretanto, no Brasil, esse indicador é superior a 52% e sendo 88% quando apurado entre a rede privada de saúde.
Tais dados têm relação direta com o medo da parturiente em relação a todo o processo do parto, em especial a casos de violência obstetrícia, em que medidas médicas são tomadas, sem o consentimento da mulher e até mesmo seu entendimento. Vale ressaltar que tais manobras ocorrem para evitar riscos ao bebê e a mãe.
Em contrapartida, situações como as mencionadas acima têm sido minimizadas com o protagonismo feminino e de técnicas de humanização do nascimento do bebê. O parto humanizado tem sido amplamente discutido e quando a gravidez não é de risco, pode ser escolhido pela mulher. Como
já mencionada, essa tomada de decisão envolve diversos fatores, sendo eles: a saúde e o bem-estar do bebê, doenças pré-existente ou que surgiram durante a gestação, o tamanho do bebê e demais situações de risco.
Por isso que entender as diferenças entre os partos são tão importantes, para que o parto seja motivo de celebração e não de frustração ou de riscos.
O parto normal, como o nome já diz, ocorre de forma espontânea. A mulher entra em trabalho de parto e o bebê sai do útero pelo canal vaginal. Esse tipo de parto envolve o rompimento da bolsa, contrações, dilatação até que o bebê possa viver fora do ambiente uterino. Os benefícios são tamanhos quando
comparados ao desconforto. A dor das contrações e todo o esforço para o nascimento exige muito da mulher e algumas optam pela analgesia.
Por vezes são necessárias manobras para que o trabalho de parto não cause sofrimento para mãe nem ao bebê, logo a bolsa pode ser rompida de forma mecânica e pode ser administrado ocitocina para encurtar o trabalho de parto. Vale enfatizar que o parto humanizado é uma realidade e a mulher pode optar por tal durante o pré-natal.
A cesárea é um parto cirúrgico, em que o obstetra retira o bebê do útero materno por meio de uma incisão na região pélvica. Esse tipo de parto é indicado para gestantes com alguma complicação clínica ou devido a algum problema com o bebê no útero materno. Ele pode ocorrer quando o trabalho de parto normal não ocorre dentro da normalidade, sendo uma medida para impedir o sofrimento tanto da mãe quanto do bebê.
Em gravidez gemelar ele costuma ser indicado, tudo para evitar que a parturiente sofra, assim como os seus bebês. Ele torna-se a melhor opção nos seguintes casos: mãe hiv positiva, cordão umbilical enroscado no pescoço, quando a parturiente não apresenta dilatação, quando o bebê não se posiciona de forma correta para o nascimento, quando ele apresenta queda nos batimentos cardíacos durante o trabalho de parto e demais situações que coloquem a vida da parturiente e do bebê em risco eminente.
Entendeu algumas das peculiaridades do parto normal e cesárea? Lembre-se que o obstetra é a pessoa mais indicada para que todas as dúvidas sejam sanadas. Não tenha vergonha de perguntar, pois como toda a gestação, o nascimento do bebê deve ser coberto de alegria e não de frustrações.
maior tempo de recuperação deixa cicatriz e requer cuidados
ida ao hospital na data agendada
preparação cirúrgica
parto mais curto e indolor
maior risco de prematuridade
anestesiainserção do cateter
anestesia peridural e raquidiana: aplicados na região entre as vértebras das costas da paciente
cateter introduzido no espaço peridural para administração de medicamentos
2,2%
risco de morte
2,86%
risco de infecção puerperal
30 a 60 min. em média
corte (10 a 12cm) na região abdominal
retirada do bebê
fechamento do corte
data marcada a cesárea é normalmente, é programada, exceto nos casos de emergência médica
a Organização Mundial da Saúde (OMS) sempre recomenda o parto natural, sendo o procedimento cirúrgico da cesárea recomendado somente quando há riscos tanto à mãe quanto ao bebê. Apesar da recomendação, mais que a metade dos partos realizados no Brasil são cesáreas.
menor tempo de recuperação
não deixa cicatriz parto mais longo e doloroso
menor risco de prematuridade
de infecção puerperal
12 a 18 hrs. em média
começo das contrações curtas e descoordenadas
contrações ficam mais ritmadas (momento de ir ao hospital)
dilatação do colo uterino (10 centímetros)
doula profissional que acompanha a mulher antes, durante e depois da gestação
expulsão da placenta expulsão do bebê
posições possíveis cócoras, litotômica, lateral, em pé, sentada, semi-sentada e quatro apoios
sem data marcada acontece quando as contrações são ritmadas, frequentes e de boa intensidade por várias horas seguidas
MATERNIDADE COMPULSÓRIA – E QUANDO A CERTEZA SE
TORNA DÚVIDA? VEJA A MELHOR FORMA DE ENTENDER SE
O SEU DESEJO DE SER MÃE É GENUÍNO
Nem todas as mulheres que decidem ter filhos se arrependem ou sentem que foram coagidas pela maternidade compulsória. Para muitas, o sonho sempre esteve ali e as dificuldades enfrentadas no percurso são fases de algo escolhido. As psicólogas especialistas concordam: é sempre necessário se questionar antes de decidir.
“É muito importante se perguntar sobre qual é o motivo e se questionar a respeito disso, sobre como isso impacta a vida, quando é uma escolha, porque nem sempre é. Além disso, buscar a compreensão da dimensão da maternidade e do papel que vai ser desempenhado a partir da escolha”, aconselha Tamara Levy, psicóloga.
Para a profissional, a pergunta é mais bem feita quando acompanhada por uma psicoterapeuta, já que é um assunto sensível e muito delicado. “Às vezes se descobre que não quer ser mãe já sendo mãe, a sociedade faz com que a mulher acredite que dá para amar 24h uma criança, e não é possível amar o tempo todo, né? Por ser difundida dessa maneira, a maternidade faz com que as mulheres que nutriram por toda a vida o desejo de serem mães, se encontrem nesse lugar de não gostar”, completa.
A também psicóloga Fernanda Allegretti concorda e ainda acrescenta que se conhecer é essencial. “Primeiro de tudo conhecendo a si mesma. A autorreflexão, juntamente com esse processo terapêutico, tende a ajudar bastante nessa forma de se identificar. Colocar uma criança no mundo é uma responsabilidade muito grande. Quando essa mulher pensa sobre o que, de fato, ela quer, ela consegue”. Para ela, é melhor decidir não ter, do que se arrepender depois. A psicóloga deixa um recado às mulheres confusas ou culpadas. “É completamente aceitável você não querer ser mãe e não precisa se sentir culpada por isso. Você não vai ser uma desertora do sexo por não ter tido um filho. Decidir não maternar é um ato de rebeldia contra um sistema muito duro e cruel. É um grito para o seu caminho de liberdade”, finaliza.
Quando a criança já está no mundo e o desespero bate, nem tudo está perdido, existe um processo complexo, mas possível, nesses casos. Continue lendo e conheça casos reais de mães que ja passaram por isso.
e agora?
Ainda que Cristiane, a mãe arrependida de Kevin, tenha sua própria força e lute diariamente contra as dificuldades que envolvem o maternar, a rede de apoio que seu marido representa para ela faz a diferença a cada dia. E é exatamente essa rede que pode ser constituída por familiares, amigos ou profissionais, que as especialistas Levy e Alegretti sugerem que as mães arrependidas ou simplesmente mães cansadas procurem.
Segundo Levy, além de todos os problemas já citados, com a maternidade, a mulher fica isolada, seja por não ser aceita de volta no trabalho, na vida pessoal ou até em si mesma. “O autocuidado é essencial e a rede de apoio também, além de uma compreensão de aceitação dessa frustração”, explica a especialista.
Ao passar por essas mudanças físicas e psicológicas, a melhor forma de se manter sã e entender o que se está passando é procurando especialistas, como psicólogos.
“O que ela pode fazer é encontrar maneiras de lidar com isso com psicoterapia, receber o acompanhamento de a que nível isso chegou, para que possamos cuidar de quadros depressivos, para remediar um quadro de depressão”, aconselha Levy.
Uma das mulheres que entenderam a necessidade do apoio profissional foi a dona da página Malternidade. “Queria entender essa história do porque eu odiava ser mãe, porque um filho não se encaixava na minha vida. Enquanto todo mundo adorava ser mãe, eu não gostava, mesmo amando muito a minha filha, a maternidade nunca me fez feliz”.
e as crianças, como ficam?
Ao acompanhar o relato online de mães que se declaram arrependidas ou vítimas da maternidade compulsória, a reportagem encontrou julgamentos em comum. Entre eles, o principal: ‘Mas e a criança? Coitada, vai crescer com uma mãe que se arrepende de ter engravidado’. À essas pessoas, surge um grito de esclarecimento feito pelas entrevistadas: ‘Odiar a maternidade nada tem a ver com odiar a criança”. Segundo elas, o arrependimento está ligado com o papel que, socialmente, são obrigadas a desempenhar, além do biológico, como a dependência do recém-nascido à mãe nos primeiros dias. A dona da página ‘Malternidade” afirma: “Não é como se eu não amasse minha filha, ao contrário, eu a amo e muito”. Cristiane concorda, para ela, os cuidados que desempenha com Kevin e persiste mantendo não são nada, se não amor. “Existem contextos fora da bolha, a sociedade precisa urgentemente estoura-lás”.
Para as psicólogas, resta o questionamento: “Como separar as duas coisas?”. Levy fala que é simples “Não gostar de ser mãe é não gostar de desempenhar aquelas funções, aquele papel, de ter que lidar com as frustrações e as consequências da maternidade que se reflete na vida pessoal e profissional, isso em nada tem a ver com a criança. A mãe pode odiar a maternidade e ser louca de amor pelo filho”, ressalta. Imagine que uma mulher pergunte como é ser mãe e todos respondem “você só vai se sentir completa quando você tiver um filho”.
Ela tem o filho e vê que não consegue dormir, se alimentar direito, a criança chora muito. Ela se depara com uma realidade onde acreditou no que as pessoas disseram e agora, obviamente, vai se arrepender de não ter pensado melhor, de não ter conversado com outras pessoas, e isso nada tem a ver com a criança, o afeto está lá, mesmo com o cansaço”.
Outra forma de negar a maternidade compulsória é afirmar que a mãe está doente, depressiva, e por isso se sente daquela forma. Levy explica que o quadro é outro. “Você pode não gostar de uma coisa e não estar doente. Pode ser que se desenvolva um ambiente onde o adoecimento feminino é propício, mas quem não gosta de ser mãe não gosta por ser doente, por ter um problema mental. É o contrário”. Para as especialistas, a relação mãe-filho pode ser maravilhosa e a criança não se prejudica pelo arrependimento materno. Mulheres ouvidas e orientadas desenvolvem seu próprio jeito de serem mães.
Se restringindo a páginas nas redes sociais, a alguns poucos artigos de opinião e estudos acadêmicos, a maternidade compulsória é como um despertar para as mulheres, que, aos poucos, ficam cientes do poder que a sociedade induz sobre suas mentes e corpos.
Uma das primeiras especialistas a refletir e debater sobre o assunto foi a estadunidense Judith Butler, que escreveu o artigo “Maternidade: instituição social compulsória”. Nele, a filósofa coloca em evidência o modo como foi naturalizada a maternidade. Além de trazer diversos questionamentos, sobre como “ser mãe” é encarado pela sociedade como uma “realização”.
Judith ainda questiona sobre a maneira como a maternidade e a vida doméstica é imposta às mulheres desde pequenas, com brinquedos que fazem referência a carrinhos de bebê e bonecas, além dos itens de casa, como fogão, vassoura e ferro de passar roupa.
Além de Judith, outra mulher também se envolveu, mesmo que de maneira um pouco diferente, nesse debate. O termo “mãe arre-
pendida” foi trazido pela socióloga israelense Orna Donath. Em seus estudos, ela aborda mulheres que gostariam de “apagar” a experiência da maternidade de suas vidas.
Donath, em seu livro intitulado “Mães arrependidas”, traz entrevistas com 23 mulheres israelenses onde, em diferentes pontos e por diferentes motivos, dizem ter se arrependido de serem mães. Esse arrependimento não é por não amarem seus filhos, mas por se sentirem limitadas, exaustas e alienadas em seu papel imposto.
Por estar tão enraizado na sociedade em geral, são poucos os que, de fato, refletem sobre o assunto.
MUITAS MULHERES ENFRENTAM DIVERSOS DESAFIOS NO MERCADO DE TRABALHO, ESPECIALMENTE NO QUE DIZ RESPEITO À MATERNIDADE
por MARIANA DIAS ilustração JOANA LIRAdesafios no trabalho
Uma pesquisa feita pelo ibge, em 2021, mostra que apenas 54,6% das mulheres com filhos pequenos estão empregadas, enquanto o número de homens empregados com filhos pequenos é de 89,2%.
Isso demonstra o quanto muitas mulheres acabam abrindo mão de seus empregos para se dedicar à criação dos filhos, ao passo que os homens, na grande maioria dos casos, não abrem mão de suas carreiras pelo mesmo motivo.
A visão de que a mulher é a principal responsável pela criação de filhos é possivelmente o que gera esse tipo de discriminação no mercado de trabalho, em processos seletivos e nas empresas.
Por exemplo, em entrevistas de emprego, é comum mulheres relatarem casos de perguntas discriminatórias relacionadas à maternidade, como se pretendem engravidar, se querem ter filhos ou, no caso daquelas que são mães, são feitas uma série de perguntas relacionadas aos filhos.
Esse cenário é muito diferente com homens, eles dificilmente são questionados sobre maternidade, pois, mais uma vez, não são vistos como os principais responsáveis pelo cuidado e criação.
Portanto, um dos maiores desafios do mercado de trabalho hoje é mudar a visão de que a mulher é a única ou principal responsável pelo cuidado com os filhos, para que a maternidade não seja um empecilho no momento de conseguir um emprego ou desenvolver na carreira.
como conciliar?
Em um mundo ideal, onde não existisse desigualdade de gênero, todos seriam responsáveis pela criação dos filhos e as mulheres não precisariam conciliar maternidade e carreira, pois todos contribuiriam igualmente. Porém, como essa realidade ainda está distante, as mulheres podem usar algumas estratégias para não abrirem mão de suas carreiras e conciliar melhorar a relação com o trabalho.
1. tenha uma rede de apoio
Ter uma rede de apoio — pessoas ou entidades que dão suporte a alguém — é um dos primeiros passos, pois ela pode ajudar a diminuir a sobrecarga das mulheres. Desse modo, elas têm mais tempo para se dedicar a outras atividades. Além disso, a rede de apoio permite que essas mulheres descansem e evitem um esgotamento mental.
2. empresas com diversidade
Encontrar empresas pró-diversidade também pode ser uma excelente alternativa, pois, em geral, essas empresas entendem a importância dessa causa e promovem ações que buscam diminuir essa desigualdade desde os processos seletivos até no dia a dia do trabalho.
3. busque trabalhos flexíveis
Depois da pandemia, o home office acabou se tornando uma realidade mais presente nas empresas e ele pode ser uma alternativa muito interessante para quem tem filhos, pois oferece maior flexibilidade tanto de horários quanto de locomoção, além de poupar tempo e gastos para os pais.
4. não se culpe
Muitas vezes as mães se culpam por não estarem 100% do tempo presentes na vida dos filhos, justamente por causa da pressão social em cima das mulheres. Não se culpe por também focar em sua carreira, pois a criação de filhos não é uma responsabilidade exclusiva da mulher, portanto, divida esse trabalho com sua rede de apoio e entenda que a pressão social é a principal responsável por essa culpa.
letra a
Alice: honrada e nobre, pessoa de grande importância
Anita: carisma, otimismo vitalidade são suas características
Antonella: significa flor de valor incalculável
Antônio: pessoa muito valorizada e respeitada
Artur: alguém forte, nobre e corajoso
Aurora: romper do dia, do latim “aurore”
letra c
Caio: alegre e feliz, personalidade forte e vai atrás do que quer
Camila: mensageira dos deuses
Cauã: indica alguém livre, criativo e que gosta de mudanças
Cecília: tranquila, generosa, equilibrada, busca a perfeição
Celeste: do céu
Clara: pessoa luminosa
letra f
Fábio: prosperidade e sorte
Felipe: origem grega, gosta de cavalos e é muito ativo
Fiorella: diminutivo da palavra “fiore”, flor
Flor: nome de pessoas generosas e com dom natural para a arte
Flora: ama a natureza sensível
Francisco: homem livre e sensível, guerreiro e poeta
letra g
Gabriel: indica um homem fort mensageiro de Deus
Gabriela: tem criatividade e corre atrás do que deseja
Gael: belo, generoso, abençoado e protegido
Guilherme: persistente, organizado, confiante e detalhista
Gustavo: protegido de Deus
letra j
Jade: vem da pedra jade, que tem muito valor e beleza
João: abençoado por Deus e cheio de graça
Joaquim: de origem bíblica, significa o que Deus elevou
Joana: feminino de João, cheia de graça, Deus é benevolente
Júlia: fofa, macia, jovem ou filha de Júpiter
letra m
Manuela: do hebraico Deus está conosco
Mariana: amável, tem espírito aberto e se preocupa com os outros
Martin: guerreiro
Miguel: de origem hebraica, significa “quem é com Deus?”
Maya: gentil, tranquila, compreensível e sábia.
Matheus: significa dom de Deus, presente de Deus
letra n
Nicolas: é corajoso, vitorioso e faz sucesso
Nicole: educada mas não muito
Nina: sensível, amorosa, disciplinada e trabalhadora
Nino: sensível, amoroso, trabalhador e ligado à família
Noah: pessoa carinhosa e determinada; tem vida longa
Noemi: encantadora, agradável ou suave
letra o
Odessa: da palavra “odysseia”, grande jornada
Odete: cheia de bens, rica, virtuosa
Olívia: introvertida, tranquila, livre e inteligente
Oliver: descendente dos ancestrais oliveira
Otávio: amoroso, tranquilo, simpático, gosta do clima de paz
Otto: pessoa de bem, admirado e com boa energia
letra p
Paola: trabalhadora, criativa, corajosa e com liderança natural
Paulo: pequeno, de baixa estatura
Pedro: pedra ou rocha, pessoa simples e determinada
Penélope: trama, tela
Pietra: também derivado de Pedro, versão feminina de Pietro
letra r
Rafael: independente, curado por Deus
Rafaela: personalidade forte, organizada e sensível
Ravena: corvo, inteligente, sábia
Ravi: origem no nome sânscrito , significa o sol
Rebeca: união, ligação, aquela que une
Rodrigo: significa príncipe poderoso, com muitos amigos
letra s
Samuel: conhecido como “nome de Deus”
Safira: pedra preciosa de cor azul, safira, o preferido de Saturno
Santiago: santo lago, São Tiago
Silas: a luz que também corrompe
Sofia: indica paz, tranquilidade e inteligência
Stella: estrela, astro brilhante
letra t
Teresa: criativa, amiga, trabalhadora e líder
Theo: educadas e prestativas e generosas
Tiago: otimista, generoso e vencedor
Tom: otimista, forte, responsável
Tomás: introvertido, mas vive de forma intensa
Thais: alegria em pessoa, luz vinda do céu, iluminada
letra v
Valentin: valente, forte, vigoroso, cheio de saúde
Venus: o amor, deusa do amor
Afrodite
Verônica: portadora da vitória ou imagem verdadeira
Vicente: vencedor e conquistador
Victória: vitória, vencedora, aquela que vence
Vinícius: remete ao vinho, bebida sagrada dos deuses
letra y
Yago: significa “aquele que vence”
Yara: senhora da água, dona da água
Yasmin: responsável, cuidadosa e educada
Yudi: bravo, corajoso, superior, gentil. homem forte
Yumi: beleza abundante
Yuri: pequeno agricultor, fazendeiro, que trabalha com a terra
letra z
Zaya: destino, sorte, de orgem árabe e/ou mongol
Zara: flor que floresce, versão inglesa de Zaïre
Zion: terra prometida, de origem hebraica e b;iblica
Zoe: vida, cheia de vida, vivente, tradução do nome Eva
Zyan: adorno, graça, beleza, homem gracioso e belo
O EQUILÍBRIO DE TER UMA VIDA PROFISSIONAL, FAMILIAR E
PESSOAL É INDISPENSÁVEL PARA A VIDA MATERNA, E ISSO SÓ É POSSIVEL POR MEIO DE UMA REDE DE APOIO
Há um tempo, trouxe meu filho Gianluca, prestes a completar um ano, para o escritório. O motivo? Para que ele pudesse conhecer seu “irmão mais velho”, o meu trabalho. Isso aconteceu depois de ele ter nascido na pandemia e ter passado o início da sua vida no ambiente seguro da nossa casa, trabalhando comigo no quarto ao lado diariamente.
Lembro como se fosse ontem da escolha em priorizar por uma licença de apenas trinta dias e não me arrepender por isso. Algumas pessoas questionaram e julgaram, mas a escolha foi minha. Eu quis voltar. Claro que eu amo meu filho, mas também amo meu trabalho. Agora, olho para trás e vejo o quanto progredi, enquanto pessoa e como profissional, em meio a tantas transformações.
Desde que me tornei mãe tenho esse desafio duplo de lidar com as necessidades maternas, mas também estar presente no dia a dia da minha empresa, a qual considero meu primeiro filho – que me dá alegrias, cansaço e frio na barriga na mesma medida.
Para quem acha uma comparação impossível, eu explico: são mais de dez anos de muito planejamento, dedicação e esforços diários. Inúmeras noites sem dormir, dor, cansaço físico e mental. Uma jornada frenética para chegar até onde cheguei e ter a responsabilidade de manter os melhores serviços e entregas, além de garantir um clima harmonioso entre o time interno, permitindo oportunidades iguais para todos. O time lá de casa também demanda uma necessária organização, é uma logística complexa em alguns momentos.
rede de apoio é fundamental
Não é uma tarefa fácil administrar tantas diferentes responsabilidades. Nos primeiros seis meses do nascimento do Gianluca, foi tudo ainda mais difícil por causa da amamentação exclusiva. Mas eu consegui! E isso me dá muito orgulho. Confesso que, como mãe de primeira viagem, sem o suporte familiar e profissional que tive teria sido impossível “cuidar também do filho mais velho”, já que, por diversas
vezes, tive até mesmo que interromper reuniões virtuais para voltar a atenção à amamentação do meu filho “mais novo”, Gianluca.
Certamente o trarei outras vezes ao meu trabalho presencial, momentos especiais em que posso juntar com toda intensidade os meus dois filhos de uma única vez, na minha segunda casa.
E reforço o que já mencionei antes: esse equilíbrio para ser uma líder empreendedora e mãe só continua sendo possível pela rede de apoio que tenho disponeível à minha volta. Pessoas queridas –mais do que isso: meus parceiros – que permitem esse arranjo, em casa e no trabalho.
Durante a maternidade, uma rede de apoio é fundamental para mães e o equilíbrio de ser mãe e uma profissional
desafios das mães solos Minha felicidade só não é completa porque penso nas milhares de mães brasileiras que desistem das suas profissões ou desistem de empreender por não ter como cuidar dos filhos ao mesmo tempo. Ou pior: são obrigadas a deixar os filhos em situações vulneráveis para buscar um mínimo de renda para sustentar a família. A grande maioria, mães solos. Nestas horas, programas de distribuição de renda que beneficiem a categoria são mais que bem-vindas, são imprescindíveis. Quem já passou uma noite sem dormir e teve que trabalhar de pé depois de uma ou duas horas no transporte até o trabalho poderá entender onde
rede de apoio
quero chegar. Quero exaltar ainda as mulheres de meus grupos de convívio diários, que estão pouco a pouco conquistando seu lugar ao sol. E aos homens que apoiam as mulheres, que nos tratam com o respeito e igualdade que tanto almejamos de modo natural, como deveria ser todos os dias.
Infelizmente, de outro lado, ainda temos mulheres que apesar de manifestarem-se como apoiadoras das causas femininas, na prática, não vejo este apoio ser tão efetivo. Assim como temos muitos homens com comportamentos inadequados e ainda um longo caminho a percorrer neste sentido, é mais chocante para mim ver certos comportamentos partindo de outras mulheres. Verdade seja dita.
Parabenizo, ainda, todas aquelas que às vezes sem o devido reconhecimento travam diariamente lutas grandes pessoais que as trazem até aqui. Temos em nossas mãos as ferramentas (entre o ambiente empresarial e o público) para disseminar nossos valores entre outras mulheres e junto aos homens e o meu desejo é que possamos reconhecer também aquelas e aqueles que, silenciosamente, fazem a real diferença todos os dias, no apoio necessário.
Rede de apoio é composta não só pelo cônjuge, mas pela família, amigos e colegas de trabalho
escolhas pelo caminho
Aproveito aqui para agradecer a força, a inspiração e as conversas paralelas que tivemos, pois não conseguiria cuidar de tudo ao mesmo tempo sem apoio. Tive nesta jornada dupla até aqui, amargas decepções, mas inúmeras boas surpresas. Portas fechadas por quem eu achava que me apoiaria e portas abertas por quem eu talvez pensasse que não fosse me estender a mão neste momento tão particular na vida de uma mãe. Pessoas que simplesmente perguntaram se estava tudo bem, porque às vezes não estava, e outras que simplesmente ignoraram o meu momento. Como se fosse fácil ter chegado até aqui!
Mas a vida é feita de escolhas e estou muito feliz com as minhas. Por mais difícil que seja o caminho nesta jornada, quando crescemos enquanto seres humanos, quando conseguimos conciliar tantas responsabilidades e em meio a isto ainda fazer um pedacinho do mundo um lugar melhor, quando selecionamos as melhores pessoas para caminhar conosco, tudo é possível e muito gratificante!
APRENDA COMO INTRODUZIR UMA ALIMENTAÇÃO
BALANCEADA NA VIDA DO SEU BEBÊ, ALGO
QUE PODE DURAR A VIDA TODA
por REDAÇÃO UNIMED foto MARIANA COUTINHOOs primeiros anos de vida são decisivos para o desenvolvimento de uma criança. Nesta etapa, a alimentação saudável infantil é fundamental para o bom funcionamento do organismo, o fortalecimento do sistema imunológico e o auxílio na prevenção de doenças, entre elas: obesidade, anemia e doenças crônicas não transmissíveis. Por isso, a introdução alimentar do bebê deve ser realizada de forma adequada desde a base, ampliando as chances de qualidade de vida e bem-estar ao longo do crescimento da criança. Para ajudar você nesse processo, reunimos as principais indicações. Confira!
alimentação para crianças e amamentação
Até os 6 meses de idade, os bebês devem se alimentar exclusivamente do leite materno. Após esse período, é recomendável iniciar a introdução alimentar com opções variadas de frutas, legumes, carnes e ovos.
A água também começa a ser introduzida nessa fase, no intervalo entre as refeições. Essa mudança deve ser orientada por um pediatra, que vai levar em conta as necessidades e as particularidades de cada criança. É importante lembrar que o aleitamento materno ainda será parte importante da alimentação para crianças até os 2 anos ou mais.
Outros alimentos ganharão importância gradualmente ao longo do crescimento e desenvolvimento da criança. Nos casos em que a mãe não pode amamentar, o médico deve ser consultado para orientar a melhor conduta.
como introduzir?
Mas, afinal, como começar a introdução alimentar do bebê? Aos 6 meses de idade, a indicação é oferecer grupos alimentares diversificados. Nessa fase, devem ser oferecidas comidas pastosas e ir aumentando gradativamente a espessura até igualar às refeições da família. O prato deve ser colorido, com opções naturais e ricas em nutrientes, vitaminas e minerais. E a água deve ser ofertada no intervalo entre as refeições. O pediatra é quem vai indicar os alimentos necessários para complementar a nutrição do bebê, já que o aleitamento materno deve continuar por 24 meses ou mais.
Nos primeiros meses de vida, a melhor alternativa de alimento é o leite materno. Sozinho, ele é completo para nutrir a criança com tudo o que ela precisa nos primeiros seis meses de vida, atendendo perfeitamente às suas necessidades.
Além de conter anticorpos muito importantes que protegem contra infecções, o que diminui o risco de doenças infantis, a amamentação favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição. É mais prática, mais econômica e evita o risco de contaminação, que pode ocorrer no preparo de outros leites.
Além disso, ao oferecer o seio ao filho, a mãe transmite a ele segurança, proteção, prazer e conforto, enquanto alimenta sua autoconfiança e o sentimento de realização. São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno.
A partir de 6 meses, a criança precisa de mais nutrientes. Então, outros alimentos devem ser oferecidos de forma gradual, conforme a orientação do pediatra. O aleitamento materno deve ser contínuo até os 2 anos de idade ou mais se estiver sendo nutritivo para a criança, já que protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes.
tipos de alimentos É sempre importante oferecer os alimentos levando em conta os diferentes grupos alimentares. Alguns exemplos de grupos são:
Cereais e tubérculos: Alimentos fonte de carboidrato, nutriente que fornece energia para a criança brincar, crescer e se desenvolver. São também ricos em fibras, vitaminas e minerais.
Leguminosas: Oferecem boas doses de vitaminas do complexo B, proteínas, fibras, ferro e zinco; portanto são essenciais na refeição da criança.
Hortaliças: Ricos em vitaminas e minerais e fibras, que auxiliam a prevenir a constipação intestinal e algumas doenças.
Carnes e ovos: Sempre que possível, diversifique o tipo de proteína animal para proporcionar maior variedade de nutrientes e micronutrientes. Além disso presentam uma completa cadeia de aminoácidos essenciais.
como oferecer alimentos
A alimentação complementar deve ser espessa desde o início. O ideal é começar a oferecer comidas pastosas (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação normal da família.
As carnes devem estar bem cozidas e desfiadas ou cortadas em pedaços pequenos. O alimento deve ser oferecido com a colher em pequenas quantidades.
saiba o que não oferecer É indicado evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Por conter diversos aditivos químicos e muita gordura trans, os produtos industrializados são os grandes responsáveis pelo excesso de peso na criança. A obesidade acarreta também outros riscos perigosos à saúde, como hipertensão e aumento do colesterol.
Muitos alimentos industrializados são ricos em corantes e conservantes que aumentam as chances de desenvolver alergias na criança. Outros problemas podem surgir pelo consumo de alimentos ricos em açúcar, como gastrite, desnutrição (por carência de vitaminas), anemia ferropriva (falta de ferro), colesterol alto, além de abrir portas para o diabetes e outras doenças, e alimentos ultraprocessados.
preparo e higiene
Para o preparo de uma refeição, deve-se cuidar bem da higiene. É importante se lembrar, sempre, de fazer a higienização adequada das mãos, dos alimentos e dos utensílios. E ficar atento para garantir que o armazenamento e a conservação estejam adequados.
Legumes e verduras devem ser bem higienizados para reduzir os resíduos de agrotóxicos. Os alimentos devem ser preparados em local limpo e em pequenas quantidades –de preferência, para uma refeição apenas – e oferecidos à criança logo após o preparo. Os restos devem ser descartados. Os alimentos precisam ser mantidos cobertos e na geladeira caso precisem de refrigeração.
trabalhe com uma alimentação variada
Oferecer uma alimentação rica, com grande variedade de nutrientes, sabores, cores e texturas, influencia positivamente não apenas a saúde do corpo, mas também o desenvolvimento saudável das crianças.
saiba como oferecer
É normal que nos primeiros anos de vida as crianças tenham mais resfriados e gripes, principalmente quando começam a frequentar a creche ou a escola. Uma forma de evitar doenças é aumentando as defesas do organismo – e a alimentação pode ser uma grande aliada neste sentido.
Quando as crianças ficam doentes, é normal que estejam mais cansadas, prostradas e sem apetite. Neste momento, é importante dar atenção à hidratação e procurar um pediatra para avaliar o quadro e adequar a dieta – que pode ser específica para o caso, com a incorporação ou a restrição de alguns alimentos.
quais os benefícios?
A alimentação saudável infantil promove o crescimento e o desenvolvimento da criança de forma sadia, o fortalecimento do sistema imunológico, o bom funcionamento do organismo e a prevenção de doenças. Por isso, a alimentação para crianças deve ser integrada a uma rotina balanceada, criando
hábitos saudáveis e promovendo mais disposição e saúde na primeira infância, que podem permanecer a vida inteira.
Após a introdução alimentar, os hábitos saudáveis devem ser mantidos pelos pais e responsáveis - devem continuar oferecendo grupos de alimentos diversificados e opções ricas em nutrientes. Lembre-se de que a alimentação saudável influencia diretamente no desenvolvimento físico e mental da criança, além de criar hábitos que duram toda a vida.
Falar sobre educação alimentar é sempre complexo pois abrange um espectro grande que passa por cultura, acesso, ideologias e principalmente saúde. O que é bom para um grupo, pode não ser para outro, o que é viável para uma parcela da população não é para todo mundo, o que é culturalmente aceitável em uma sociedade pode ser escandaloso para outra e por aí vai Por isso é imprescindível entendermos o que, o quanto e para quem, quando falamos de comida. Mas algo que estudiosos já sabem é que para nenhum corpo, cultura ou sociedade, o excesso de consumo de produtos ultraprocessados cheios de corantes, conservantes e aromatizantes, o excesso do consumo de açúcar, sal e gordura não faz bem e pode levar a doenças sérias e fatais como problemas cardíacos, diabetes, câncer e doenças respiratórias.
Sabemos também que os ultraprocessados são produtos viciante s, altame nte acessíveis, palatáveis e práticos. Ou seja, um competidor com muitas “vantagens” sobre a comida de verdade que vem perdendo espaço na mesa da população brasileira. Pois fazer comida de verdade, e no dia a dia dá mais trabalho sim!
Aí entramos na educação, porque tudo que aprendermos desde cedo se torna mais fácil e mais prático. É preciso ter intimidade com a cozinha para não ter medo dela. Educação alimentar e ecológica são duas urgências na educação.
Devemos aprender a cozinhar e a comer em casa, na escola, com os programas de culinária ou nas propagandas de TV? A resposta é em todos os lugares, o que temos que prestar atenção é o que se ensina.
Dentro de casa, dada as devidas oportunidades, as crianças podem e devem estar mais inseridas no ambiente da cozinha. Crescer perto do fogão faz com que o ato de cozinhar se torne mais natural e fácil de fazer. Assim como quem cresce com uma segunda língua ou nadando, não se assusta com um estrangeiro ou com o mar. Infelizmente hoje temos jovens que se sentem incapazes de fazer um arroz com feijão, apenas porque não tiveram a certa exposição com a culinária ao crescer.
Lavar uma louça, fazer a lista do supermercado, ir à feira para conhecer e escolher os alimentos e conhecer os produtores, lavar uma alface e colocar a mesa são atitudes que podem incentivar a
participação das crianças na sua própria alimentação. Crianças gostam de se sentirem capazes e assim ficam mais relaxadas e abertas a experimentarem novos sabores.
Já nas escolas, a educação alimentar e a alfabetização botânica poderiam ajudar a criar seres humanos mais saudáveis, empáticos e confortáveis com a natureza.
Crianças que sabem nomear uma árvore terá mais receio de derrubá-la. Criança que cresce em um ambiente no qual beber água é tão ou mais legal que tomar refrigerante, se sentirá acolhida na sua escolha mais saudável. Da mesma maneira que a arte de dançar, interpretar, cantar, tocar e desenhar estão presentes em muitas escolas, adotar as artes mais fundamentais à vida seria essencial: cozinhar e plantar. No entanto, temos um sistema educacional baseado no modelo industrial para formar jovens para o mercado de trabalho e não para compreender a vida. Não é do nosso interesse, como sociedade capitalista, ensinar ninguém a preparar o seu próprio alimento, entender dá onde vem a nossa comida e os impactos das nossas escolhas alimentares tanto na saúde individual quanto na coletiva.
A sustentabilidade é atingida através de tranformações de pensamento e formação de hábitos.. Quando decidi engravidar, sabia de todas as consequências sociais e ambientais de colocar mais um serzinho neste mundo. Conheço algumas pessoas que optaram por não ter filhos, ou para manter um estilo de vida ou porque acreditam que assim contribuiriam com a super população e degradação do nosso planeta terra.
Eu decidi viver esta mágica experiência. Tentarei contribuir com minhas atitudes e ensinamentos para a minha filha, mostrando que podemos construir juntas um futuro diferente, e que ela poderá ajudar muito nisso.
Os desafios começam antes mesmo do bebê nascer! Comprar roupinhas, montar quartinho e por aí vai. Aqui em casa não tivemos muita opção, ela vai dividir o quarto com as outras irmãs e tenho certeza que será muito feliz com isso. Mas além de comprar muito, quase sempre os pais levam pra casa produtos que foram fabricados sem nenhuma preocupação ambiental. Essa lógica vale desde a mamadeira ao enfeite do quarto.
Carrinho, banheira, berço, cadeirinha de carro e afins, tudo isso me
deixava um pouco aflita. Resolvemos então (meu marido e eu) reutilizar o máximo que pudéssemos para dar utilidade a tantos itens que acabam sendo descartados, muitas vezes porque as mães não têm para quem repassar ou porque ficaram anos guardando para um próximo filho.
Fiquei muito feliz, pois conseguimos muitas coisas usadas e em ótimo estado, e ganhamos muitas peças de roupas lindas de outras menininhas já empoderadas e cheias de opinião! Comprei roupas novas também, e isso foi algo que me chamou muita atenção. As lojas de departamento e as voltadas para o público infantil são feitas para enlouquecer mães de meninas. São muito mais opções de roupas, cores, estampas e sabores. Fico me perguntando o porquê disto tudo e se de alguma forma isso contribuiu para criar o estereótipo feminino tão enraizado na cultura ocidental.
A essa altura você já deve estar se perguntando: “o que ela vai fazer com as fraldas?”. Comprei fraldas biodegradáveis para os primeiros meses de vida dela, pois o uso é extremamente intenso. O tecido não necessita ser passado a ferro e não agride a pele do bebê, além
da limpeza ser bem mais prática do que muita gente imagina. Elas levam 5 anos para se decompor e são feitas de matérias primas renováveis. Um bebê recém nascido usa em média 8 fraldas por dia e ao longo de sua vida mais de 6000, sendo que as fraldas descartáveis levam até 500 anos para se decompor! Fico em pânico só de pensar em contribuir para essa estatística e fazer parte da composição de um grande percentual em aterros sanitários.
Ainda existem diversas outras questões das quais nem me preparei ainda, como o uso de produtos de higiene e das opções comuns ou naturais e biodegradáveis. Sem contar com os brinquedos, futuros resíduos sólidos que muitas vezes não ficam em estado para doação ou reciclagem. Vejo também muitas alternativas bacanas surgindo por aí, feitos de madeira, papelão e afins.
Busco uma vida equilibrada e saudável, por isso me pego pensando se conseguirei resistir às tentações como comprar biscoitos e outras dezenas de facilidades embaladas e vendidas em camadas de plástico. E se os orgânicos continuarão sendo minha prioridade, diante do aumento considerá-
vel de compras depois da introdução alimentar. Acredito que o ideal é prezar sempre pelo bom senso e acesso como facilitadores das minhas escolhas e ações diárias.
Na verdade educar não é uma tarefa fácil, e temos sim opções mais sustentáveis. É apenas uma questão de escolha, prioridade e valores. O universo infantil pode ser a alegria para o mercado do consumismo e da obsolescência programada ou uma porta para mudanças profundas na forma de se relacionar, produzir e consumir.
Mais uma vez, está em minhas mãos o poder de escolha e sermos ativas para uma mudança de paradigmas e padrões. Basta ter convicção de quais valores quero passar para minha filha e como posso impulsionar neste sentido, e principalmente, como posso influenciar e apoiá-la para que ela seja capaz de fazer suas próprias decisões e escolhas.
Como você pôde perceber, a sustentabilidade na educação infantil é fundamental para garantirmos a criação de hábitos saudáveis nas próximas gerações. Criando pequenos cidadãos responsáveis, que sabem cuidar do planeta construiremos um futuro possível e desejado por todos.
Gisele Bündchen colocou a sustentabilidade em primeiro plano em todos os aspectos de sua vida, desde sua perspectiva de beleza e moda, até seu estilo de maternidade e criação. Das causas que ela defende à maneira com a qual usa as diferentes redes sociais para causar o maior impacto positivo no planeta e no futuro de sua família. Perto de completar 40 anos, a modelo, mãe e ativista – que também está comemorando seu 11º aniversário como Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (pnuma) neste ano – reflete sobre seu compromisso com o planeta e seu futuro, além de compartilhar dicas sobre como todos podemos viver de um jeito um pouco mais leve e, principalmente, sustentável em casa com nossas famílias.
dedicação ao meio-ambiente
“A natureza sempre desempenhou um papel significativo em minha vida, mas foi só quando fiquei na tribo Kisêdjê na região do Xingu, na Amazônia, no ano de 2004, que percebi como estava sendo destruída. Foi lá que testemunhei em primeira mão os problemas devastadores que a comunidade enfrentou com a poluição dos rios e o desmatamento. Depois disso, tudo que eu sabia era que queria ajudar. Desde então, comecei a apoiar projetos diferentes que visam a proteção de florestas e fontes de água.
Alguns anos depois, meu pai e eu criamos o Projeto Água Limpa em minha cidade natal, Horizontina, no Rio Grande do Sul. Ao longo de cinco anos, conseguimos plantar mais de 40.000 árvores e cuidamos da terra para que elas pudessem crescer fortes, o que ajudou a melhorar a qualidade da água e trouxe a incrível vida selvagem de volta à área. Dados os incêndios florestais na Amazônia, os incêndios florestais na Austrália e o impacto devastador em todo o mundo, os esforços para o reflorestamento são mais importantes do que nunca. Acredito que nossa responsabilidade é cuidar da terra e de seus recursos naturais. Nossa sobrevivência e evolução depende disso. Meu objetivo na vida é fazer da Terra um lugar melhor para as gerações futuras que estão por vir.”
Gisele procura revolucionar a indústria da moda, tendo como foco principal a sustentabilidade
ativismo ambiental
“Uma das minhas principais motivações para trabalhar para proteger nosso planeta são meus filhos. Como mãe, quero que eles e seus filhos experimentem o mesmo planeta bonito e saudável que pude experimentar.
Há alguns anos, tive a honra de participar e falar em uma reunião do Pacto Global para o Meio Ambiente, uma proposta liderada pelo governo que visa combinar leis ambientais internacionais em um documento que as reúne. O aquecimento global precisa ser resolvido com ação global, e foi incrivelmente honroso estar lá como embaixador do pnuma e conversar com muitos outros que estão fazendo sua parte para tornar o mundo um lugar melhor. Por muitos anos, eu não sabia qual era minha voz ou como usá-la, por isso, falar com líderes mundiais sobre uma causa pela qual sou profundamente apaixonada é realmente motivador.”
sustentabilidade em casa
“Lembro sempre e ensino aos meus filhos os três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. Essa abordagem direta nos permite trabalhar em processos simples, alternativos e ecológicos em nossas vidas cotidianas, que podem fazer uma grande diferença. Minha família tenta se concentrar em limitar o uso de papel e plástico em casa. Utilizamos um filtro de água e garrafas de água reutilizáveis e compostamos todos os nossos resíduos naturais de alimentos. Quando vamos às compras, sempre trazemos nossas próprias sacolas e,
comprando de agricultores locais, reduzimos o desperdício de embalagens. Fazemos o nosso melhor, mas é um desafio viver completamente verde – e tudo bem. Eu sempre lembro aos meus filhos que cada escolha que fazemos tem um impacto em nosso planeta e que sempre precisamos fazer o nosso melhor; é isso que importa.
Tento liderar pelo exemplo e ensiná-los sobre todas as coisas incríveis que nosso planeta nos fornece. Nós não estaríamos aqui se não fosse pelo planeta. Como mãe, aprecio os momentos que passamos na natureza e aprendemos juntos. Adoro ver meus filhos ficarem animados quando
encontram ovos frescos em nosso galinheiro ou colhem os legumes do nosso jardim.
Como família, cada um de nós também tem suas próprias garrafas de água reutilizáveis, já que as crianças entendem que o plástico descartável está realmente prejudicando o planeta. Eu os vejo conversando com seus amigos e mostrando suas garrafas de água. Fico tão orgulhosa de vê-los ansiosos para compartilhar o que sabem com os amigos. Embora seja um gesto simples e pequeno, é disso que se trata: ter conversas positivas, adotar uma abordagem orientada a soluções e aprender um com o outro. Uma história que
me lembro é quando estávamos na praia e meu filho Benny encontrou plástico no oceano. Ele ficou tão chateado. Eu expliquei a ele que é isso que acontece depois que descartamos as coisas; elas vão para aterros e às vezes acabam no oceano. Nos últimos dois anos, ele decidiu que não queria presentes em suas festas de aniversário. Em vez disso, ele pediu que os convidados fizessem doações para organizações que ajudam espécies ameaçadas de extinção.”
“Quando era adolescente, sofri muito bullying por causa da minha altura. Eu era mais alta do que todos os meninos e meninas da minha classe, e algumas coisas que meus colegas me diziam machucavam e me faziam sentir vergonha de mim mesma. Levei muitos anos para perceber que meus colegas e as palavras que eles disseram não tinham o poder de me definir, a menos que eu deixasse. As palavras têm o poder de inspirar, magoar, motivar. Tento mostrar aos meus filhos como as palavras têm tanto poder e ensino a
usá-las com cuidado. Se eles não têm nada amoroso para dizer, não devem dizer nada; cada pessoa é especial à sua maneira e todos têm algo a acrescentar a este mundo. Estamos todos aqui para aprender e crescer juntos.”
dieta balanceada
“Acho que o equilíbrio é fundamental para manter uma dieta saudável. Em nossa casa, tentamos comer alimentos orgânicos cultivados localmente. Acreditamos que, ao comprar de produtores locais, teremos uma chance melhor de obter alimentos frescos e também apoiar os agricultores da região. Nós temos uma dieta baseada em vegetais. Isso nos sentirmos bem e também causa um impacto menor no meio ambiente. Mas não sou super rigorosa e acredito que tudo é ok quando há moderação. Meu maior guilty pleasure é chocolate.
Produzi recentemente um documentário chamado Kiss the Ground, que mostra como nossa saúde e a saúde do planeta estão profundamente conectadas. Os cientistas dizem que, se as atuais taxas de degradação continuarem, todo o solo do mundo poderá desaparecer dentro de 60 anos de colheitas. Kiss the Ground [que estreia no festival de cinema no Tribeca Film Festival em abril, marcado para o 50º aniversário do Dia da Terra] se concentra no conceito
de agricultura regenerativa, um sistema de princípios e práticas agrícolas que aumenta a biodiversidade, enriquece o solo e melhora a qualidade da água. O filme faz um belo trabalho educativo, oferecendo soluções simples e convidando os espectadores a participarem do movimento. Ela mostra como o solo é a base de tudo e a maneira como o usamos afeta o planeta inteiro. O que consumimos e como consumimos tem um efeito direto no planeta; eu tento estar o mais atenta possível.”
relação com a tecnologia
“Nossa família tenta limitar a quantidade de tempo na tela. A tecnologia e as mídias sociais podem ser uma plataforma maravilhosa para espalhar positividade e conscientização, mas acredito que é importante manter-se presente e consciente de como são usadas. As crianças têm um iPad onde assistem a filmes ou jogam, mas têm um limite de tempo para isso. Encorajo-os a brincar juntos na rua o máximo possível. Quando eles me dizem que estão entediados, digo que isso é bom, porque assim eles podem pensar em outra coisa que querem fazer. Geralmente, em poucos minutos, eles correm para o quintal e inventam algum jogo. Benny passa horas em sua mesa desenhando, e Vivi brinca em seu quarto com seus cavalos e ursinhos carinhosos. Não temos eletrônicos na mesa de jantar ou na cama. Este é um momento que usamos para nos reconectarmos e saber do dia do outro. No entanto, entendo o valor da conexão que a tecnologia pode trazer, desde que seja usada com moderação e sabedoria.
moda sustentável
“Estou otimista com as mudanças na indústria da moda. Algumas marcas estão trabalhando com tecidos sustentáveis e ponderando sua produção, mas ainda há muito trabalho a ser feito. A indústria da moda tem o poder de ser líder em escala global e alocar recursos para o uso de ingredientes naturais, materiais sustentáveis, corantes naturais e muito mais. Espero que mais designers e marcas sigam este exemplo.”
mindfulness
“Minha rotina varia pois viajo muito, mas geralmente começo o dia respirando fundo algumas vezes, fazendo alongamentos e meditando. Gosto de me exercitar de manhã cedo quando posso. A meditação me permite acalmar e clarear a mente, e o exercício ajuda a me sentir energizada.
Usamos um calendário familiar que ajuda a manter as coisas organizadas para que eu possa ser mais eficaz com meu tempo. Dessa forma, faço tudo o que preciso e passo mais tempo com eles. Também acho importante dedicar um tempo todas as manhãs e noites para me conectar comigo mesma.
Aprender a focar minha mente me ajudou a obter uma sensaçãomuito boa de equilíbrio interior. Meu objetivo em qualquer situação é permitir-me estar totalmente presente, pois nosso bem-estar depende dessa conexão entre mente, corpo e espírito.
Yoga e meditação tornaram-se práticas úteis para isso. Uso esse tempo precioso para refletir sobre as coisas que são importantes. Respirar por si só é uma atividade incrivelmente calmante.
Percebi que, trabalhando para me manter equilibrada, tornei-me mais confiante e fortaleci meu relacionamento comigo mesma. Levei um tempo para encontrar esse equilíbrio interior.
Durante muito tempo, aos olhos do público, eles não sabiam quem eu era, mas, com o passar dos anos, pude usar essas práticas de atenção plena e direta para me avaliar e embarcar em uma jornada de autodescoberta. Sei que hoje estou mais feliz por causa disso.”
“Minha filosofia de beleza sempre foi ‘menos é mais’, algo que aprendi com minha mãe desde criança. Ela não usava muita maquiagem e sinto que peguei essa característica dela. É claro que adoro usar maquiagem de vez em quando, e o ritual de aplicar produtos de beleza é uma forma de autocuidado. Gosto de produtos naturais e tento me alinhar com as marcas de beleza que estão fazendo um esforço consciente para reconhecer o impacto que elas têm sobre o meio ambiente, procurando maneiras de melhorar. Recentemente, trabalhei com a Dior em sua linha Capture Totale e estou muito feliz com os esfor ços da empresa para incorporar ingredientes naturais. Sempre tenho mais a aprender, mas sou inspirada por marcas que trabalham para promover a mensagem da sustentabilidade. É um passo na direção certa.”
“Adoro qualquer tipo de exercício que possa ser feito ao ar livre: passeios a cavalo, ciclismo e esqui são algumas das minhas maneiras favoritas de me manter ativa. Essas atividades não apenas me ajudam a ficar em forma, mas também ajudam a me dar clareza e perspectiva. Ser ativa alimenta meu corpo, mente e alma. Simplesmente me faz feliz.”
“Uma das minhas práticas favoritas de bem-estar é a aromaterapia. Adoro usar óleo essencial de lavanda em particular para me ajudar a dormir melhor. O eucalipto incentiva o relaxamento e a recuperação. Os óleos essenciais vêm diretamente da terra para fortalecer a saúde e ampliar o bem-estar. Também sinto que o que comemos, pensamos e fazemos tem um enorme impacto em nossa saúde. Por causa disso, estou muito ciente dos tipos de alimentos, pensamentos, conversas e pessoas que eu esolho convidar para minha vida.”
Em sua última visita à
Gisele busca promover campanhas a favor da proteção da floresta e da cultura
Amazônia, indígenaCRIAR PRODUTOS COM PROCESSOS QUE FOMENTAM MUDANÇAS NA SOCIEDADE É O SEU MODUS OPERANDI
por RENATA KALASSA fotos FELIPE HELLMEISTERDe volta às passarelas digitais da semana de moda, a estilista dá vida nova a itens descartados a partir do patchwork
Como de costume, a marca contou com uma rede de artesãs espalhadas pelo Brasil, para criar seu poético trabalho manual
Desta vez, ela traz as cores do céu de São Luiz do Paraitinga para tapeçarias e patchworks tingidos com cascas de cebola, semente de abacate, palha, milho crioulo e catuaba.Mquem a apresentadora também tem Pedro) - é adepta da sustentabilidade e do consumo consciente no dia a dia. Se guidora da filosofia Vedanta (uma das filosofias espirituais mais antigas do mundo e que segue os Vedas, as escri turas sagradas da Índia), além de praticante e facilitadora do hatha yoga, ela adota hábitos diários que perservam o meio ambiente.
Casada com o professor de yoga colombiano Badarik González, com quem está há quatro anos, e tem um filho, Varuna, de 2 meses, Mariana também é mãe de Joana, de 10 anos, e Maria, de 6, de sua relação com Paschoal Feola, e se mudou com a família para a zona rural no interior de São Paulo, bem pertinho da fazenda de Ana Maria em Bofete, a fim de vivenciar a mudança de hábitos cercada pela natureza.
“Resolvemos nos mudar para o interior para estarmos mais próximos de onde são produzidos os alimentos, também pela oferta de alimentos orgânicos produzidos localmente. Então essa coisa de sair do grande centro urbano foi uma decisão ecológica e política. E a maternidade também pode ser um grande estopim para aumentarmos nossa consciên cia e nosso desejo de evolução”, afirma.
indústria do medo
Mariana conta que não adotou um estilo de vida sustentável da noite para o dia. “Já estou nesse caminho de me conscien tizar e diminuir a minha pegada ecológica há uns 20 anos. Primeiro temos que trabalhar a questão do inconsciente, se é que isso é possível, através de alguma ferramenta que atue no medo. Na minha opinião, vivemos numa indústria do medo. Então é preciso trabalhar isso e conseguir se certificar e se empoderar. Acho que a ecologia na gravidez tem a ver com empoderamento. Posso trilhar um caminho diferente, dar conta das coisas e dispensar outras, posso enxergar o que realmente importa e preciso”.
Mariana também é adepta do plantio de ervas para consumo familiar e de usar óleos essenciais. “Gosto da aromaterapia, mas são poucos que podemos usar na gravidez.
poucas as fraldas que sujam”, conta. Para a filha de Ana Maria, ser uma mãe green é um processo de vida. “Tem a ver com as nossas escolhas, com o que consumimos e de que forma, com o que pensamos da vida. Viemos aqui só para extrair nossas necessidades ou para deixar um lugar melhor para nossos filhos? Na realidade, pegamos emprestada a terra dos nossos filhos e netos. Temos que mudar esse paradigma
de que precisamos saciar nossas necessidades. Precisamos cuidar para que os recursos naturais sejam garantidos para as gerações vindouras. Acho que isso é um ponto de partida para uma vida mais sustentável”, defende.
dia a dia sustentável
Mariana acredita que a dieta é um fator importante para manter um lifestyle que preserva o meio ambiente. “Na minha alimentação não consumo muitos recursos, por isso não tive como fugir do vegetarianismo. É sabido que para produzir 1 kg de carne requer pelo menos 15 mil litros de água em comparação à produção de 1 kg de cereal,
que requer 3 mil litros de água. Infelizmente os cereais são plantados para alimentar o gado. Ainda tem isso, nós poderíamos estar usando esses grãos que são produzidos para a alimentação animal para a alimentação humana. Talvez assim poderíamos até erradicar a fome”, argumenta. Mariana tem consciência, contudo, que é muito difícil mudar comportamentos. “A questão ecológica passa pelos nossos hábitos e não é fácil querer questionar. Não é para todo mundo virar vegetariano, mas é possível olhar para isso e repensar”, afirma ela, que faz questão de usar a água de forma consciente.
“Jamais desperdiço. Nós vamos construir uma casa e queremos ter uma cisterna ou duas de água de chuva. Estamos vivendo um momento de vislumbramento de uma crise hídrica. É uma questão que permeia o uso consciente e responsável da água não só na micro instância, mas no consumo diário e mundial. Não adianta nada lavar o carro com a água reutilizada da máquina e comer 1 kg de carne por dia e por aí vai”.
tudo pelo meio ambiente Mariana e o marido ainda não se aventuraram a plantar o próprio alimento. “Estou morando no interior há um ano, mas tenho interesse em estudar agricultura biológica. Por enquanto, a minha rotina ainda está muito voltada para as minhas crianças e o que elas demandam, ainda mais agora com um recém-nascido. Mas gosto muito de plantas, trouxe todas as plantas que tinha em São Paulo para cá e estamos plantando algumas ervas, além de tomate, batata e espinafre. Sempre mexi muito com plantas, mas ainda não estou num momento da minha vida em que posso me dedicar a plantar a minha própria comida porque isso é um grande labor e é uma missão que requer muita responsabilidade e, portanto, deve ser num momento adequado de vida”, explica.
A filha de Ana Maria também pratica o slow fashion, uma alternativa socioambiental mais sustentável. “Por eu ter o mesmo manequim de quando era adolescente, preservo muitas roupas. Não me lembro da última vez que comprei uma peça de roupa para mim. Na verdade o que investi recentemente foi em sling novo para carregar o bebê porque estou estudando o ‘baby wearing’. E também porque torna a vida mais sustentável, que é carregar seu próprio bebê e dispensar esses carrinhos tão caros”, conta.
“Certamente esses carrinhos requerem muitos recursos para serem produzidos e, se em algum momento, ficam imprestaveis não tem nenhum lugar para eles serem descartados, a não ser para o lixão assim como as fraldas ecológicas. Gosto muito de roupa que foi da minha mãe e que está parada, roupa que foi da minha tia. Gosto de cuidar das minhas roupas, de usar aquele jeans antigo, e tenho um carinho especial pelas roupas que já foram usadas muitas vezes”, acrescenta Maffeis.
de olho no futuro
Atualmente, Mariana mora no interior, mas quando morava em São Paulo, era adepta do transporte público para circular pela cidade. “Andava bastante de metrô, trem e ônibus. Uma filha minha estudou lá na Avenida Paulista e usávamos muito os diferentes transportes públicos. Mas aqui na zona rural é bem diferente. Gosto muito de andar a pé e as meninas vão de bicicleta juntas para a escola”, conta Mariana, que também pratica o chamado lactovegetarianismo. “Temos a nossa vaca aqui. Aliás, ela foi um dos motivos também de virmos para o interior, o fato de termos a nossa própria vaca. Fazemos o nosso próprio iogurte, o próprio doce de leite, somos todos lactovegetarianos. Mas não consumimos ovos nem carnes fora de casa, só dentro de casa mesmo”, diz.
Mariana também não usa cosméticos que não sejam naturais.
“Já não uso produtos de beleza há muitos anos. Uso óleos essenciais e, agora, com esses novos xampus sólidos e totalmente naturais, e até condicionador, só uso isso. Na realidade minha mãe viajava muito e trazia para mim. Atualmente ela não está viajando mais, então ela não consegue trazer e comecei a usar o xampu sólido e estou gostando muito. Compro de uma pessoa que faz aqui perto de onde eu moro”, explica.
Maffeis revela que o baby wearing torna a vida mais sustentável, a partir do momento em que a mãe carrega o próprio bebê
Você já parou pra pensar na importância de escolher bem um presente?
Optar por presentear é muito mais do que dar qualquer “lembrancinha” que pode acabar no lixo em pouco tempo. Presentes sustentáveis são alternativas que agradam sem gerar peso na consciência e carga para o meio ambiente.
valorizar produtos locais
Quando você compra algo feito na China, por exemplo, esse produto atravessa o mundo pra chegar aqui. Às vezes de navio, outras de avião, mas sempre com alto impacto relacionado a essa viagem. Comprando produtos feitos no Brasil, você estimula a economia local e ainda economiza em emissões de CO2 e outros poluentes.
valorizar trabalho justo
É outro ponto importante na hora de adquirir basicamente qualquer coisa. Se você leva isso em consideração quando compra algo pra si, não vai deixar de pensar quando for escolher presentes, né? Lembre que sempre que compramos algo estamos financiando esse negócio, e se estamos falando em presente de final de ano, não tem nada a ver com o espírito natalino presentear com algo que foi feito irregularmente.
uma vida mais saudável
É tão valioso que vale por dois: o presente em si e a mensagem que ele passa. Nada melhor do que um presente que reverbere alegria, carinho e consciência por onde passa!
algo durável
Você provavelmente já ganhou muito brinde e lembrancinha que, além de não ter nenhum significado, ainda é um lixinho a mais na vida, né? É muito comum quando os presentes são de baixa qualidade eles serem automaticamente menos duráveis e descartáveis. Presente bom é aquele que dura por muitos e muitos anos e sempre que você usa você lembra do carinho recebido.
faça você mesmo
Pode ser uma comida gostosa que possa ser embalada em um tecido ou um pote de vidro, como pães, biscoitos, bolos, geleias ou compotas. Aposte também em um cosmético natural que você mesmo fez, um artesanato, colagem, etc. Use a imaginação e dê algo único, que ninguém mais pode dar – afinal, foi feito por você!
cursos e experiências Quando se fala em presentes sustentáveis as primeiras coisas que
vem à mente são objetos tangíveis. Mas, presentear um ente querido com um curso de jardinagem ou um festival que ele tanto quer ir também são opções ecológicas. Você ainda pode comprar a experiência para você e a pessoa que vai ser presenteada, assim, as duas podem criar um laço e aproveitar o momento em companhia. Lembre-se de que os cursos e as experiências também precisam garantir um impacto positivo no meio ambiente, quanto maior a redução de danos melhor. Afinal, é um presente sustentável.
bom pro planeta
Hoje em dia, não basta ser bonito e útil, o presente tem que ser bom para o planeta também! Por isso, vale apostar em brindes que tragam a mensagem da mudança de hábitos e vantagens para o meio ambiente, como redução de lixo, incentivo a reciclagem e o despertar da consciência ambiental.
ainda tá em dúvida?
A dica de ouro é presentear com o copinho da Menos1Lixo. É durável, ecológico, bonito por natureza e leva a conscientização por onde passa. Pode ser personalizado com a sua marca e é um presentão que a galera vai levar pra onde for! Qual marca você quer deixar nesse fim de ano?
DIFICULDADE EM COMPRAR PRESENTES - TANTO PARA VOCÊ QUANTO PARA OS OUTROS? CONFIRA NOSSA SELEÇÃO DE PRODUTOS DO BEM!
copinho sustentável R$ 49,90 copinho sustentável feito de silicone com mais de 10 opções de cor
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torre empilhável e mordedor R$173,00 brinquedo versátil feito de silicone alimentício livre de BPA perfeito pra crianças
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mochila high coast foldsack R$1.150,00 mochila feita com tecido sustentável e impermeável, ideal para viajens ao ar livre
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kit legumes em madeira R$153,00 brinquedo feito de madeira ecologicamente correta, indicado para crianças a partir de 3 anos
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caixa ermética R$220,00 a caixa contém além do buquê, um envelope com cartão personalizável www.ermetica.com.br
velas artesanais R$52,00 kit com oito velas coloridas feitas artesanalmente com altura de 17 cm www.conceitoe.com.br
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kit biossance bestsellers R$372,00 contém creme para olhos, creme reparador, sérum noturno e gel hidratante
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MUNGUNZÁ/ CANJICA
ingredientes
250g de milho branco para canjica;
1 litro de leite de coco ;
1 canela em pau;
5 cravos da índia;
1/2 xícara de açúcar mascavo, de coco ou melado de cana;
1 pitada de sal;
50g de coco ralado fresco
Deixe o milho de molho na água por seis horas. Cozinhe o milho, leite de coco e especiarias numa panela de ferro (45 min) ou na pressão (30 min).
Adicione o açúcar, o coco ralado e mais leite de coco se precisar. Deixe ferver por alguns minutos e desligue.
ingredientes
2 bananas d’água congeladas (picadas)
½ abacate
2 colheres de sopa de cacau em pó 100%
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 colher de sopa de pasta de amendoim
1 xícara de gelo
½ xícara de água4 xícaras de água
2 xícaras de amendoim sem pele e sem sal
pasta de amendoim
Despeje numa assadeira o amendoim sem pele e sem sal. Leve ao forno a 200ºC, por cerca de 10 minutos ou até ficar levemente dourado. Num multiprocessador, triture o amendoim torrado por volta de 10 minutos ou até atingir a consistência de uma pasta lisa e homogênea.
creme
Junte todos os ingredientes no liquidificador e bata até ficar homogêneo. Sirva em seguida.