Revista Subversa Vol.14 nº4 - Especial Oficina Sonhos Pandêmicos

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Eu tive um sonho Danielle C. Pereira Eu tive um sonho Um belo sonho, onde do alto eu via todas as formas Pequenas criaturas que andavam por seus caminhos E se punham a dançar sob a luz solar Luz que perfurava as nuvens carregadas do céu Sobrevoando sobre o solo Me colocava a cantar E do céu se escancarava um imenso sorriso Que levava calor às almas que bailavam sem parar Uma noite ao adormecer tive um dos mais emocionantes sonhos. Algo que começou sombrio e se tornou um belo momento. Lembro muito bem de algumas partes, outras nem tanto assim. Era uma manhã com tempo nublado. O céu estava carregado e havia um anúncio sobre um forte temporal. À medida que eu andava pelas ruas mais sombrio o dia ficava. Uma ventania forte derrubava árvores e pessoas se apavoravam. De alguma maneira era fácil saber que o fim do mundo e que a humanidade seria exterminada. Em desespero me coloquei a orar e dei um pulo do chão. Criei habilidade de voar e comecei a sobrevoar, observando o terror que o mundo sentia. Em belo tom, me pus a cantar e minha voz ecoava pelos quatro cantos do mundo. Sabia que a mesmo tempo que eu estava lá haviam milhares comigo. Anjos? Pessoa? Não sei ao certo, mas o que tenho certeza que o som que saia dos céus era mais forte que o vento e acalmou a tempestade. O sol voltou a brilhar e as pessoas a sorrir.

Danielle Cristina Pereira |Lavras, Brasil | Mestranda no Programa de Educação Científica e Ambiental da Universidade Federal de Lavras, redatora e poetisa. Dedica seu tempo aos estudos, trabalhos, arte e militância. Escreve para dar liberdade à mente e à alma. Participou da oficina para enriquecimento pessoal.

OFICINA SONHOS PANDÊMICOS URBANOS E RURAIS| 11


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