Revista TBR 4ª Edição - Setembro/2022

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ANO 004 EDIÇÃO IV SETEMBRO2022 OS BENEFÍCIOS DA ANÁLISE METAGENÔMICA NA CULTURA DO TOMATE

FERTILIZANTES ESPECIAIS COM AMINOÁCIDOS: QUAIS SÃO OS REAIS IMPACTOS NA PRODUÇÃO? 04

CONHECIMENTO TÉCNICO: INSUMO NÚMERO 1 DA LAVOURA 18

DIMINUIÇÃO DA NECROSE APICAL (BLOSSOM END ROT) NO TOMATE DEVIDO AO EFEITO DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NUBIOTEK (HUMATO DE CÁLCIO) 14

CONFIRA NESTA EDIÇÃO

FORMAÇÃO DE PREÇO DE UMA CAIXA DE TOMATE DE MESA 23

ACIDIFICAÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA - CONHECIMENTO QUE POTENCIALIZA RESULTADOS 36

COMO A DIGITALIZAÇÃO DA CADEIA DE FORNECIMENTO REDUZIRÁ O DESPERDÍCIO GLOBAL DE ALIMENTOS 26

O USO DE BIOINSUMOS COMO ESTRATÉGIA PARA SINTONIZAR OS CUSTOS E A COMPETITIVIDADE 08

TRAÇA DO TOMATEIRO 22

ÍNDICE

S.O.S HORTIFRUTI BRASIL 06

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O PARADOXO DO POTÁSSIO 20

A RASTREABILIDADE VEGETAL AJUDA NA GESTÃO DE SUA PRODUÇÃO 24

MANEJO CONSERVACIONISTA DO SOLO NO CULTIVO DE TOMATE NO SUL DO BRASIL 32

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE 30

OS BENEFÍCIOS DA ANÁLISE METAGENÔMICA NA CULTURA DO TOMATE 10

FazemOlá!doisanosque

a perecer e morrer, pois o que é vivo morre; um estado pleno de consciência é energia e energia não se mata, não enferruja não se afoga e mede-se em valores. Esse período de covid e pós-covid marcaram profundamente minha existência e resumo em duas palavras: lealdade e nobreza, aprendi que lealdade não tem nada a ver com fidelidade, lealdade é uma virtude dos fortes é ter a quem nos mata a lealdade já dizia Camões, e nobreza não ter nada a ver com riqueza ou com religião com os dogmas da sociedade, no coração dos nobres está a inquietude da mudança, fica o amor as causas perdidas, jaz a dedicação a salvar mesmo que isso custe sua vida, é na nobreza que repousa a ciência sobre a vida, é sobre os ombros dos nobres que recaem a responsabilidade de fazer desse plano um lugar melhor, pois é preciso coragem para mudar o coração das pessoas.

Está aqui a nossa 4ª edição depois de muitos encontros e desencontros, nessas páginas abrange o esforço de homens e mulheres de diversos lugares desse Brasil e do México é uma edição que marca talvez a forma de como atuamos como Tomate Brasil estamos caminhando para 7 anos de existência e o momento exige uma nova postura e um novo tipo de fomento, aproveite a leitura e abra um momento de reflexão sobre a sua profissão e sobre as necessidades do mundo e sobre sua vida, e onde você se enquadra como ser humano, estamos por aqui só de passagem por aqui e nos ensinaram a fossemos bons teríamos um lugar no céu, e que isso é exclusividade para alguns, isso só mostra estamos disputando um lugar no ônibus de volta para casa, e nada mais que isso. Cooperar é melhor que competir; boa leitura!

Idealizadorconhecimento.daTBR

não nos falamos né? Pode não parecer mas, é uma vida e, como as coisas mudaram de lá para cá...

Boa leitura!

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Welson Perli Pereira Busquem

A humanidade foi colocada de frente para o espelho e nele podemos assistir todos os nossos medos e toda nossa fragilidade, muitos não tiveram tempo de realizar aquilo que desejaram, trocaram olhares somente por uns instantes e ali foi uma última e dura despedida, quanta dor assistimos por aí, esse é um capítulo da epopeia humana que jamais pensávamos passar em nossa geração, aprendemos que a ignorância em sua plenitude matou em nome de uma ideologia, em nome de um pensamento político, em nome de pensamentos dogmáticos, mais uma coisa é certa o vírus não poupou ninguém.

Passei alguns dias internado e tive tempo de pensar sobre vários aspectos da vida até por quando se escuta algo do tipo “Você tem dois dias para melhorar”, é como se uma ampulheta tivesse sido acionada, em uma cama internado passa-se muitas coisas na cabeça de uma pessoa, procurei perseguir aquilo que acredito: a racionalidade; manter-se calmo para uma pessoa que sofre de ansiedade diante dessa situação é quase impossível, porém, foquei naquilo que realmente importava, se manter calmo e assim o fiz. Via muitas pessoas falando de Deus com bíblias sendo usadas como amuleto e percebi o quanto covarde somos e imputarmos a Deus a responsabilidade da seleção natural de seres biológicos fadados

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A glicina além de ser um agente complexante poderoso capaz de se combinar a minerais como os cátions Manganês, Zinco, FERTILIZANTESCobre, ESPECIAIS COM AMINOÁCIDOS: QUAIS SÃO OS REAIS IMPACTOS NA PRODUÇÃO?

Em sua formulação podem estar presentes complexos, que possibilitam por meio da ligação de um íon metálico a um componente orgânico, obter uma molécula sem carga, e assim estabilidade e compatibilidade na formação da calda, e consequentemente segurança na aplicação. Mas o principal benefício de usar complexos, ultrapassa as questões de manejo para chegar à fisiologia da Porplanta.serem

TÉCNICAS CORRETIVAS DOS ASPECTOS FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DO SOLO RESULTA EM PRODUTOS COM QUALIDADE E SEGURANÇA PARA O PRODUTOR

Para minimizar perdas é importante manter o metabolismo ativo e mitigar os estresses. O aporte externo de glicina, por meio de complexos, permite economia energética.

formados pela combinação de componentes orgânicos, como aminoácidos e minerais, o grande diferencial do uso de complexos é a capacidade que as plantas possuem de reconhecê-lo, absorvêlo, transportá-lo internamente e utilizá-lo integralmente. Assim cada componente da formulação do fertilizante pode desempenhar seu papel na planta.

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Caracterizados por suas formulações diferenciadas, os fertilizantes especiais são desenvolvidos para atender as necessidades especificas das culturas, visando fornecer os nutrientes corretos, na dose certa, no momento de exigência, assim corrigindo deficiências e fortalecendo nutricionalmente as plantas.

Por Mariane CoordenadoraComiran,Técnicade Agricultura. PHYTOBIOTICS BRASIL

por ser precursora da clorofila, pigmento responsável pela absorção de luz, a glicina juntamente aos nutrientes impulsiona a fotossíntese e promove sua continuidade. Podendo junto com nutrientes recuperar plantas e potencializar a Comofotossíntese.agente

mitigador de estresse participa da formação de glicina-betaína, um componente osmoprotetor que promove o equilíbrio osmótico, da formação de fitoquelatinas que sequestram metais tóxicos ou em excesso não os deixando reagir com estruturas importantes.

Assim, da mesma forma que blocos de tijolo encaixados constituem uma parede, a combinação da glicina com os outros aminoácidos, formam proteínas que atuam no metabolismo primário, promovendo o crescimento e o desenvolvimento das plantas, e no metabolismo secundário, atuando na formação de hormônios e moléculas de defesa.

Em condições de estresse, como temperaturas extremas, falta ou excesso de água, radiação, salinidade, metais pesados, fitotoxicidade e outros, o metabolismo primário é suprimido e a energia que seria por ele utilizada é resguardada em prol da

recuperação da planta. Como sintomas observamos no campo o travamento do cultivo, o aparecimento de deficiências e em níveis mais severos de estresse a perda produtiva e de qualidade.

Junto com outros aminoácidos a glicina é responsável por formar a glutationa, substância que age na retirada de espécies reativas de oxigênio causadoras de danos celulares e tóxicas em altas concentrações, e que também tem importante papel na sinalização e na defesa das plantas.

Ao receber prontamente a glicina a planta economiza a energia necessária para Alémproduzi-la.disso,

Ferro, Cálcio e Magnésio, e levá-los a seus locais de uso, também é um dos 20 aminoácidos essenciais as plantas. Com cadeia curta (C₂H₅NO₂) é o aminoácido mais simples em estrutura, e o único que não têm isômeros, o que significa que é biologicamente ativo em sua totalidade.

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popular rural aprendido durante a minha adolescência me marcou muito e diz da seguinte forma:

HORTIFRUTIS.O.S BRASIL

O setor produtor de HF brasileiro está à deriva a muito tempo e principalmente o tomaticultor que viveu até aqui atracado numa falsa segurança usando uma ancora de correntes totalmente apodrecida em um navio chamada oportunidade de casco enferrujado no meio de um mar de incertezas; até então o tomaticultor de mesa brasileiro viveu ancorado nessa falsa sensação de segurança pois o nosso modelo de produção nunca foi pautado na eficiência e sim na oportunidade econômica, imagine na região de Irecê na Bahia um pé de tomate rasteiro destinado a mesa custava no início da década de 2000 em torno de 1,20 R$ / pé e se tinha uma produção média de 2100 cx e com um custo / ha de 7200,00 R$, com um custo / de 3,43R$ cx, vendendo 1 cx de tomate de 15,00 R$ obtendo um lucro bruto de até 437% do capital investido, o risco justificava a entrada de qualquer um no setor, pois com pouco dinheiro se obtinha grandes resultados e dentro desse universo foi sendo criado pilares dogmáticos para dar validade em uma falsa segurança da oportunidade, a palavra eficiência sempre esteve em segundo plano e muitos tomaticultores deveriam mudar o seu sobrenome para Sorte ( tipo Joaquim

precisa entregar uma mensagem simples e direta e depender do tempo e da frequência de quem será o sensibilizado pela informação, pois talvez ela tenha efeito ou não.

Certamente você já deve ter ouvido fala do Samuel Morse o inventor do código morse, um sistema de letras e números que foi um meio de comunicação de navios e aeronaves durante muito tempo e exigia pessoas totalmente aptas a transmitir mensagens de maneira muito rápida e interpreta-las da mesma maneira ágil para que ações fossem tomadas e direcionadas conforme a demanda, nesse sistema de comunicação a sigla S.O.S era formada por três pontos e três traços foi uma maneira universalizar um aviso de perigo que na tradução livre Save Our Soul onde traduzido para o português significa salve nossas almas. Um ditado

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Por Welson Perli Pereira Consultor Técnico de Soluções Integradas “UM PONTO E UM RISCO PARA QUEM ENTENDE DO RISCADO SE CHAMA FRANCISCO”

“Um ponto e um risco para quem entende do riscado se chama Francisco”, a meu ver esse era a interpretação popular do algoritmo Morse de uma maneira muito mais sofisticada, pois a interpretação da mensagem tem haver diretamente do contexto da observação de quem emite a mensagem, do contexto do geral, do contexto momentâneo por quem é emitida a mensagem e do contexto do receptor da mensagem, ou seja entender o seu processo nas entrelinhas é vital, pois quem pede socorro

Samuel Morse o inventor do código morse

A sensibilização no setor hortícola mundial está na alta estupida dos preços da cadeia dos fertilizantes, principalmente nos ditos fertilizantes solúveis para fertirrigação dentre a qual a horticultura é extremamente dependente, como economizar em nutrientes e ser eficientes na produção das hortaliças? Dentro da conjuntura agronômica atual seria quase impossível se produzir uma vez os cálculos de adubações ultrapassados levam em consideração a demanda nutricional, ou seja, aquilo que planta extrai e converte em produção, já sabemos na prática que esse conceito esconde uma enorme falácia, pois não leva em consideração a biota de solo como agente de potencialização e ferramenta de economia de fertilizantes.

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e me pergunto toda hora como fazer essa conta fechar para o produtor e não vejo saída dentro dos mecanismos convencionais; se o produtor sofre no campo o efeito é cascata, a população sofre nas cidades.

da Silva Sorte) pois para quem viveu nesse navio da oportunidade não saberá como navegar até a ilha chamada da eficiência, pois para se chegar até ela se necessita navegar em um mar conturbado que demanda muito conhecimento, o tomaticultor precisa entender definitivamente que eficiência hoje é se produzir 10000 cx / ha /ano, com um custo / cx de 20,00 R$.

O nosso paradoxo nesse atual momento é perceber que os dois únicos prejudicados de fato é quem produz e quem consome, traduzindo: preço barato pago ao produtor, preço caro de compra para o consumidor final que são pressionados de um lado pela queda do poder de compra e por outro lado o aumento drástico no preço dos fertilizantes, o clássico MKP custava que custava 250,00 R$ para o pequeno produtor hoje custa 540,00R$

Em tempos de tecnologias digitais um alerta de S.O.S pode soar como um pedido de socorro, como um manifesto as causas perdidas ou sinal de um setor entrando em colapso devido a surdez política e orientado pela estupidez para acreditarmos que certos assuntos podem esperar, e se esquecem que necessitam de um agricultor diariamente para sobreviver.

Em um cenário de diversidade geográfica tão variada e significativa quanto é a brasileira se faz se faz necessário fomentar reforma das estruturas básicas e ela passa por 3 pilares fundamentais: o agronômico, o econômico e o político. O nosso problema na atualidade está justamente na lição de casa que não fizemos, não criamos bases solidas educacionais voltadas para o conhecimento sobre a vida, toda via todo esquema agrícola nacional é influenciado pelo agronegócio e criar antes mais nada uma consciência crítica sobre a situação que os problemas que enfrentamos hoje são problemas de causas estruturais e sem dúvida a educação voltada para vida está defasada.

O pensamento corporativista na sua totalidade parece ser utópico, no entanto não vejo saída para o pequeno e médio produtor a não ser pelas vias de estabelecimentos de cooperativas e associações uma vez que um S.O.S comunitário faz mais sentido do que um empréstimo particular em um banco para fomentar uma atividade que cada vez mais carece por falta de união.

Tornar o produtor de HF autossustentável é a missão de ordem para quem pensa na qualidade de vida dos seus cidadãos, a meu ver viabilizar um futuro de maior segurança alimentar é garantir preços mínimos aos seus produtores e comida com um preço justo e de qualidade na mesa das pessoas, essa estruturação nas políticas para a agricultura familiar é garantir a soberania nacional alimentar, a grande estratégia na produção mundo a fora é o cuidado com o solo e linhas de credito para fomentar o cultivo protegido e subsidia-lo da forma certa e transformar a pequenas propriedade em um polos de tecnologias e sustentabilidade.

Como interpretar um S.O.S de quem está achando que esse momento atual da horticultura só está passando por um momento difícil? Como interpretar um S.O.S onde nem todos compreendem a real situação? Como interpretar o pedido de socorro de uma classe desunida como a dos produtores de HF? Como escutar uma parcela da sociedade que acha que produção doméstica é parte do complexo agro das grandes comodities?

São necessárias discussões sobre a adoção de técnicas alternativas de manejo que promove a produção através de tecnologias com o objetivo de manter ou até incrementar a produção e minimizar os custos, como: manejo do solo, sistema de plantio direto, rotação de culturas, adubação verde, sistema de agricultura de precisão, agricultura sustentável e regenerativa, entre outras,

O Fósforo (P) é um elemento determinante para as plantas, sua ausência afeta diretamente no crescimento, nas etapas de fotossíntese, respiração, armazenamento e transferência de energia, divisão celular e crescimento das células vegetais (Hammond; White, 2008).

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OLIVEIRA-PAIVA, C. A.; COTA, L. V.; MARRIEL, I. E.; V; GOMES, E. A.; SOUSA, S. M. de; SANTOS, F. C. dos; SOUZA, F. de F.; LANDAU, E.C.; PINTO JÚNIOR, A. S.; LANA, U. G. de P. Validação da recomendação para o uso do inoculante BiomaPhos® (Bacillus subtilis CNPMS B2084 e Bacillus megaterium CNPMS B119) na cultura de soja. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2021. (Embrapa Milho e Sorgo. Circular Técnica, 279). Disponível em: embrapa.br/digital/bitstream/item/214364/1/Circ-Tec.-260.pdf.CircularLagoas:BacillusagronômicaM.U.COTA,OLIVEIRA-PAIVA,embrapa.br/digital/bitstream/item/217542/1/Bol-210.pdf.Desenvolvimento,Sorgo,nassubtilisC.SANTOS,E.;OLIVEIRA-PAIVA,TEC-279-Validacao-recomendacao-BiomaPhos-cultura-soja.pdf.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1135679/1/CIRC-https://www.infoteca.C.A.;COTA,L.V.;MARRIEL,I.GOMES,E.A.;SOUSA,S.M.de;LANA,U.G.deP.;F.C.dos;PINTOJÚNIOR,A.S.;ALVES,V.M.ViabilidadetécnicaeeconômicadoBiomaphos®(BacillusCNPMSB2084eBacillusmegateriumCNPMSB119)culturasdemilhoesoja.SeteLagoas:EmbrapaMilhoe2020.(EmbrapaMilhoeSorgo.BoletimdePesquisae210).Disponívelem:https://ainfo.cnptia.C.A.;MARRIEL,I.E.;GOMES,E.A.;L.V.;SANTOS,F.C.dos;SOUSA,S.M.de;LANA,G.deP.;OLIVEIRA,M.C.;MATTOS,B.B.;ALVES,V.C.;RIBEIRO,V.P.;VASCOJÚNIOR,R.RecomendaçãodecepasdeBacillussubtilis(CNPMSB2084)emegaterium(CNPMSB119)naculturadomilho.SeteEmbrapaMilhoeSorgo,2020.(EmbrapaMilhoeSorgo.Técnica,260).Disponívelem:https://ainfo.cnptia.

BIOACESSIBILIDADEprecisamenteNAAGRICULTURAOUSODEBIOINSUMOS

COMO ESTRATÉGIA

É importante debater estrategicamente como aproveitar a reserva de nutrientes guardados no solo ao longo do tempo, para escapar da instabilidade do mercado e permanecer produzindo de maneira economicamente viável e sustentável.

no sulco, esses microrganismos atuam no desenvolvimento radicular e auxilia no maior aproveitamento de parte deste nutriente pela planta, permitindo o uso de fertilizantes sintéticos em parcelas menores (Oliveira-Paiva et al., 2021).

Neste arranjo é oportuno abordar a adoção de técnicas que estimulam uma absorção eficiente dos nutrientes, com a finalidade de otimizar o aproveitamento através de um sistema radicular com uma formação morfológica mais volumosa, vigorosa e robusta, promovendo uma função metabólica mais ágil e por tempo mais prolongado, em particular o fósforo (P) que está elencado com o aumento de raízes e consequentemente com ganhos em produtividade. Por exemplo, uma planta com o desenvolvimento foliar harmonioso, com disposição de flores e frutos proporcional é característica que

Uma opção para usufruir o fósforo (P) estocado no solo, é tornando-o disponível para as plantas, isso é possível através de um método chamado de manejo integrado de fertilizantes que potencializa a assimilação e o fornecimento do fósforo (P) inerte presente no solo com a aplicação de microrganismos solubilizadores de fosfato (MSP), são eles fungos e bactérias na forma de inoculantes ou

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

houve condições de captar e metabolizar melhor os nutrientes do solo, por meio de maior proximidade entre os nutrientes e área superficial da raiz.

OLIVEIRA-PAIVA, C. A.; BINI, D.; MARRIEL, I. E.; GOMES, E. A.; SANTOS, F. C. dos; COTA, L. V.; SOUSA, S. M. de; ALVES, V. M. C.; LANA, U. G. de P.; SOUZA, F. de F. Inoculante à base de bactérias solubilizadoras de fosfato nas culturas do milho e da soja (BiomaPhos®): dúvidas frequentes e boas práticas de inoculação. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2021. (Embrapa Milho e Sorgo. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 252). Disponível em: COT-252-BiomaPhosduvidas-frequentes-e-boas-praticas.pdf (embrapa.br).

PARA SINTONIZAR OS CUSTOS E A COMPETITIVIDADE

Por Elvira Francisco Ribeiro Bacharel em Agronegócio, Eva Dariane Martins da Silva Engenheira Agônoma.

DIANTE DESTA CONJUNTURA DE INCERTEZA EM TORNO DA ACESSIBILIDADE DOS FERTILIZANTES FOSFATADOS, LEVANTA-SE A NECESSIDADE DE REPENSAR COMO A AGRICULTURA VEM SENDO DESENVOLVIDA ATÉ OS DIAS DE HOJE

Nesse processo os microrganismos se unem as plantas desde a construção inicial da estrutura do sistema radicular e proliferam a rizosfera, faixa em que acontece a interação entre o solo e as raízes das plantas, onde gera os ácidos orgânicos que assumem a responsabilidade de solubilizar, ou seja, converter em ativo algo que encontra-se na forma inativa, aumentando a fração e a velocidade que o nutriente é extraído pela planta (Oliveira-Paiva et al., 2021).

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As tecnologias estão invadindo o campo e as análises que podem ser realizadas estão cada vez mais precisas e informativas!

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VOCÊ SABIA?

a análise metagenômica se apresenta como uma poderosa estratégia que permite o acesso ao potencial genômico das amostras gerando uma grande quantidade de informações biológicas e sua realização não depende de processos complexos, sendo necessária uma coleta semelhante a realizada para a análise enzimática, onde a principal diferença quando comparada a análise química é a profundidade de coleta, que geralmente é mais efetiva na camada de A0-10cm.análise

No solo, as análises químicas e físicas são muito importantes e já começam a trilhar um caminho para o manejo. Mas será que já é suficiente?

Existem diversas análises biológicas que podem ser feitas nos sistemas de produção, enzimática, respiração, carbono da biomassa, nesse artigo vamos focar na análise com maior tecnologia disponível no mercado, a Análise AMetagenômica.análisedomicrobioma

metagenômica fornece informações de identificação e quantificação de todos os organismos presentes na amostra, e por se tratar de uma análise que utiliza o sequenciamento completo do organismo, fornece também informações relacionadas a participação dos microrganismos em importantes ciclos do metabólicos do solo, como o ciclo do Nitrogênio, ciclo do Fósforo e Ciclo do Potássio.

Cada um desses organismos contribui para a biologia do solo, são decompositores, fixadores, solubilizadores.... Os microrganismos do solo relacionam-se com os componentes físicos e químicos, influenciando, entre outros, a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas. É um mundo inteiro de informações que não era explorada pelas análises de rotina.

Por Cassia Renata Pinheiro, pesquisadora na Análises Genômicas e biotecnologia (LAGBIO), engenheira agrônoma (UFC), Mestre em Biotecnologia Vegetal (UFLA), Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas (USP), Pós doutora em Controle Biológico (EM BRAPA/UFLA), especialista em Agroenergia, Agronegócios, Proteção de Plantas e Digital Business

A ANÁLISE METAGENÔMICA É CONSIDERADA A ANÁLISE DE MAIOR AGRICULTORDISPONÍVELTECNOLOGIAPARAOATUALMENTE

do solo é de extrema importância para a agricultura atual, entretanto, os métodos baseados em cultura não alcançam a diversidade total das amostras, uma vez que a maior parte desses organismos não crescem em meios de cultura nos laboratórios e assim não conseguem ser indicadores eficientes para avaliar a microbiota do solo.

microrganismo e não da microbiota como um Nessetodo.cenário,

Existem mais microrganismos em uma colher de chá do que pessoas no planeta terra!

OS BENEFÍCIOS DA ANÁLISE METAGENÔMICA NA CULTURA DO TOMATE

A INFORMAÇÃO BIOLÓGICA EXPLORADA

Exatamente nessa busca de evitar as limitações nos métodos de avaliação do microbioma do solo, muitas tecnologias baseadas na extração de ácidos nucléicos têm se desenvolvido recentemente com o objetivo de se acessar e conhecer esta riqueza de informações, entretanto, a maior parte delas consiste na avaliação de um

Além de informações gerais que são excelente indicadores de saúde e qualidade do solo também podemos ficar de olho em fitopatógenos específicos que impactam a cultura do tomate diretamente, como por exemplo Ralstonia sp, Verticillium sp e Pyrenochaeta sp.. E sabe o que é mais interessante? Esses indicadores de qualidade e saúde do solos estão altamente correlacionados com a produtividade. Ou seja, além de ter a informação que você precisa para que o seu manejo seja mais sustentável, o retorno lucrativo também virá!

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DISTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES E PARTICIPAÇÃO DE GENES ENVOLVIDOS NOS CICLOS DO NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO OBTIDOS EM AMOSTRAS RELACIONADAS A ÁREAS COM MAIOR PRODUTIVIDADE VS MENOR PRODUTIVIDADE

PARÂMETROS DE FITOSSANIDADE NA CULTURA DO TOMATE OBTIDOS EM AMOSTRAS RELACIONADAS A ÁREAS COM MAIOR PRODUTIVIDADE VS MENOR PRODUTIVIDADE

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Com toda essa informação em mãos podem ser analisadas estratégias que envolvem a supressão de um alvo, que geralmente é um microrganismo agressivo causador de uma importante doença para a cultura, ou mesmo estratégias que envolvam o aumento da biodiversidade, de organismos benéficos, são muitos caminhos que podem ser traçados ou redirecionados!

Lembre-se, os microrganismos são a engrenagem que fazem a maquinaria do solo girar! Manejo, adubação, sanidade, está tudo interligado e toda essa informação é que pode traçar o seu caminho para um manejo mais sustentável, eficiente e lucrativo.

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Em caso de dúvidas escolha um laboratório de confiança para realizar suas análises! É importante que esse laboratório tenha uma equipe que ofereça assessoria completa em todas as etapas que envolvem as análises biológicas, desde a escolha da análise, coleta de solo, interpretação dos resultados e caminhos a serem traçados.

COM DADOS EM MÃOS É POSSÍVEL DIRECIONAR O MANEJO.

End Rot”

fosfolipídios), resultando em uma perda de turgor nas partes apical da fruta, que avança na forma de círculos concêntricos.

Entre os fatores mais importantes associados ao aparecimento da podridão apical está o estresse hídrico, seja devido a um déficit na irrigação ou excesso de sais no solo que dificultam a absorção de raízes da água. O problema também geralmente se manifesta quando há eventos climáticos de calor excessivo, alta radiação solar e/ou baixa umidade relativa, já que isso aumenta a transpiração, causando uma maior demanda por fluxo de xilema e cálcio para as folhas, restringindo as contribuições desse nutriente para a fruta por ser um órgão que tem baixas taxas de transpiração. Por outro lado, a aplicação excessiva de

Um dos aspectos que notoriamente influenciam o aparecimento da podridão apical é a variedade de tomate, geralmente as variedades que produzem frutas alongadas são mais suscetíveis do que aquelas que têm uma forma redonda ou aquelas de pequeno porte, isso ocorre principalmente devido ao padrão de venação que influenciam o transporte de cálcio para a região distal do

O sintoma mais conhecido da deficiência de cálcio no tomate é a podridão apical da fruta, pois durante o processo de rápida expansão das células, ou seja, 15 dias após a anestesia, a demanda por cálcio não pode ser satisfeita, o que faz com que a integridade estrutural da parede celular seja comprometida e diminua a concentração de cálcio no apoplasto (essencial para manter a estabilidade do membrana celular ligando-se aos

Para realizar todos os acima mencionados no Modelo Bioquímico Lightbourn (MBL) é necessário um sistema de pensamento de fenômenos no nível nanológico e femtológico, ou seja, no nível da arquitetura celular e molecular, respectivamente;

O objetivo geral do MBL é sustentar e sustentar a hiperprodutividade das culturas para a garantia da alimentação correta e nutricional da humanidade; essa hiperprodutividade deve ser ecológica, eficiente, eficaz e rentável utilizando o estudo das diversas ciências omicômicas (genômica, proteômica, metabolômica, glicomics, transcrição, etc.) contemplando o uso de modelos matemáticos ad hoc às situações de interação física, química e biológica que ocorrem nos sistemas Solo –Planta – Água – Água – Meio Ambiente.

Nutrir é dar à planta o que ela precisa, quando precisa, como ela precisa e onde ela precisa (Lightbourn, 2013); para isso, a Bioteksa®, uma empresa mexicana, gerou sua própria tecnologia do Modelo Bioquímico Lightbourn (MBL) para ser capaz de resolver problemas que afligem a indústria agrológica; o acima sob os princípios da bioética do Dr. Luis Alberto Lightbourn Rojas que são antes de tudo “não fazem mal” e segundo “não atrapalham”.

DIMINUIÇÃO DA NECROSE APICAL (BLOSSOM END ROT) NO TOMATE DEVIDO AO EFEITO DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NUBIOTEK® (HUMATO DE CÁLCIO)

íons de amônio e/ou nitratos como fontes de nitrogênio durante a fertilização pode bloquear a absorção de cálcio e promover o aparecimento de podridão apical.

Essapeduncle.fisiopatia

Por León-Chan R.G., Amarillas L., Varela-Bojórquez N., Lightbourn-Rojas L.A. Instituto de Pesquisa Lightbourn A.C.

pode ocorrer mesmo quando o cultivo de tomate se desenvolve em solos com níveis ótimos de cálcio, já que vários fatores agroclimáticos podem influenciar a translocação do nutriente para a fruta.

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Um dos principais problemas que afetam a produção de tomate, no campo aberto e na estufa, é a podridão apical dos frutos ou “Blossom-End Rot” ou Fundo Preto (Figura 1) associada à deficiência localizada de cálcio. Essa fisiopatia é caracterizada por

o sistema criado pelo Dr. Luis Alberto Lightbourn Rojas chama-se Lightbourn Metabolic Engineering (IML).

NaNubiotek®Figura

Por fim, além do aumento da produção, com a aplicação de produtos Nubiotek ® , a presença de Blossom-End-Rot foi reduzida em cerca de 50% em relação ao Controle convencional (Figura 5). Ressaltando que no início do tratamento, como mencionado acima, o problema da Flor-End-Rot já estava presente; assim, a melhor translocação do produto Ultra Ca e o restante dos nutrientes aplicados com a tecnologia Nubiotek ® a todos os tecidos da planta conseguiram reduzir

2 e 3 pode-se ver como na primeira amostragem, 13 dias após o início do tratamento Nubiotek ® (DDITN), a parte do tratamento de controle apresenta um peso ligeiramente maior nas frutas; no entanto, a partir de 19 DD I TN, o tratamento Nubiotek ® já excede em peso de frutas e é mantido dessa forma até o final das avaliações; deve-se notar que a última avaliação foi feita quando a agropecuária já estava abandonando a cultura para chegar ao final da estação, quando o calor já é muito para a cultura. O acima mostra como a partir de três semanas após o início das aplicações Nubiotek ® eles começam a se mostrar na produção de forma eficaz e que é mostrado no resultado da extremidade acumulada (Figura 4) com maior peso de frutas médias e pequenas.

Mesa 1. Aplicações de produtos Bioteksa®

Dentro da tecnologia gerada pelo MBL e IML estão os Coloides Anfíbios Enantiomórficos distribuídos® em produtos da linha Nubiotek ® Ultra e Hyper da empresa Bioteksa ® . Dentro desses produtos está o Nubiotek ® Ultra Ca que, sendo um Coloid Amfífilo Enantiomórfico ® , não estábloqueado como um sal faz no solo, tem maior translocação dentro dos tecidos da planta e, portanto, da célula vegetal; Além de apoiar na reestruturação do coloide de argila-hóbico-cálcio do solo. Em condições de escassez de água ajuda a planta a regular sua transpiração, o que permite uma menor perda de umidade nas estruturas da planta. Com a presença de altas temperaturas, ajuda a manter as hastes e as folhas turvas.

estatística para medições de crescimento com quatro réplicas de 10 repetições cada e análise da qualidade da fruta de quatro réplicas com três repetições para cada réplica; comparações médias foram feitas com Fisher em intervalo de confiança de 95% com o programa estatístico Minitab 17®

Para mostrar o exposto, são apresentados os resultados de um desenvolvimento experimental realizado no campo, onde o produtor teve problemas devido à alta incidência de podridão apical dos frutos ou “podridão do fim da flor” associada à deficiência localizada de cálcio.

Nesse desenvolvimento, foram realizadas aplicações da tecnologia Nubiotek® da Bioteksa (Tabela 1) em uma cultura de tomate Saladette que mostrou deficiências anteriores na aplicação de tecnologias convencionais. Esta safra foi realizada de setembro de 2018 a maio de 2019 em Culiacán, Sinaloa, México; no entanto, as aplicações da Nubiotek® foram feitas a partir de 30 de março de 2019, a fim de resgatar a produção desta safra, uma vez que seu maior problema foi a presença de raiz final de flor como mencionado acima. As aplicações foram feitas em 2,3 Ha de casa escura com solo tipo argila, com densidade de 26.000 plantas/Ha, além disso, houve um tratamento de controle com produtos salinos convencionais de 0,36 Ha; o acima pela distribuição dos sistemas de irrigação disponíveis. Foi realizada uma análise

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Figura 4. Produção acumulada de frutas de tomate por tamanhos colhidos de 30 plantas

Figura 5. Percentual de frutas com a pre sença de Blossom End Rot (BER) na colheita do

Figura 7. Efeito dos tratamentos sobre a fir meza das frutas de tomate colhidas 19 e 26 dias após o início do tratamento Nubiotek®

Figura 3. Produção de frutas de tomate por tamanho e colheita de 30 plantas

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o problema, aumentar a produção e até aumentar a qualidade das frutas , o que é observado na maior firmeza (Figura 7) das frutas colhidas sob o tratamento Nubiotek, que é um parâmetro que infere uma vida útil mais longa.

Figuratomate6.Frutas

colhidas em ambos os trat amentos 26 dias após o início do tratamento Nubiotek® (DDITN)

Figura 2. Produção de frutas de tomate por colheita de 30 plantas

Figura 4. Produção acumulada de frutas de tomate por tamanhos colhidos de 30 plantas

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Todas as atividades desenvolvidas no campo, quer seja para produção gêneros de origem animal ou vegetal, passam por constantes desafios, de preços de insumos que acompanham preços internacionais cotados em dólar, intempéries climáticas, aumento dos custos com energia elétrica e sobretudo

CONHECIMENTO TÉCNICO: INSUMO NÚMERO 1 DA LAVOURA

da necessidade diária de uma mão-deobra qualificada para manobrar todas estas barreiras, que a cada dia exige mais habilidades para enfrentamento e maximização do uso de cada recurso dentro da propriedade, convertendo matérias-primas em produtos que vão para a mesa dos consumidores.

Por Francisco Adeilton Carvalho Costa, Engenheiro Agrônomo e Consultor SEBRAE-CE

Com o advento da tecnologia, o que acontece lá do outro lado do mundo está na palma da sua mão em segundos. A barreira da comunicação foi superada e ganha a cada dia mais adesão com as mídias e redes sociais, ambientes virtuais de aprendizagens e diferentes aplicativos de acesso gratuito, trazendo não apenas o público que está na

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Todavia, esta não é a realidade encontrada em grande parte das propriedades rurais, pois há a necessidade de aliar conhecimento científico, o conhecimento prático ou empírico e sobretudo a visão empresarial da exploração. É fundamental que todos os profissionais, quer seja produtor ou técnico, invistam no seu desenvolvimento pessoal, ou seja, na ampliação das suas habilidades e conhecimentos. No ambiente virtual ou físico existem inúmeras oportunidades para saciar-se da ciência, com cursos, palestras, conteúdos científicos e empíricos que são disponibilizados a acesso instantâneo afim de possibilitar a ampliação dos saberes no meio rural, tornando assim o ambiente rural mais produtivo com o encurtamento da distância entre o científico e o empirismo, fixando o homem e a mulher no campo, e porque não dizer fixando a família no campo, criando a oportunidade para os jovens e trazendo a dignidade na geração de trabalho e renda, desmistificando que seria apenas na cidade que se busca o pão e a cada dia tendo a certeza que é do campo que se cultiva o trigo.

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Apesar de toda esta facilidade de acesso e troca de informações neste ambiente virtual, a atividade produtiva exige bem mais que apenas “troca de cartas”. Esta troca de conhecimentos empíricos e científicos instiga cada vez mais as pessoas a busca de uma informação já processada para resolver uma situação emergente, criando o assistencialismo cibernético, que aliena cada indivíduo à busca pelo conhecimento por conveniência, deixando de lado a necessidade de buscar o conhecimento técnico em um ambiente mais técnico, com Profissionais com maiores experiências, não desprezando todos os conhecimentos empíricos que existem no campo. Contudo é fato que a herança familiar e o conhecimento cotidiano não são mais suficientes para assegurar o bom desempenho dos negócios

zona urbana e sobretudo àquela população que está no meio rural, tornando o conhecimento mais tangível, atualizando segundo a segundo o público com os termos e técnicas do mundo tecnológico.

Arurais.produção

de alimento exige cada vez mais, dos produtores e técnicos de campo, o aprendizado e atualizações em novas técnicas e a aplicação destas tecnologias inovadoras afim de obter a tão falada sustentabilidade. O paradigma que muitos carregam, até mesmo na atualidade, da imagem do Produtor Rural ser a personificação da ignorância na terra, sem conhecimento, sendo aquele que é manobrado por não possuir conhecimento e precisão no que faz no campo, deve ser abandonado, haja vista todo o processo de tecnificação que envolve o meio rural não ser horizontal e sim vertical, onde é trabalhado todo o processo nas diferentes cadeias produtivas, da produção, passando pelo beneficiamento – em alguns casos e atingindo a comercialização dentro e fora da porteira.

O meio rural ainda é um ambiente de muito individualismo e demanda que os trabalhadores rurais e técnicos busquem formas de associar-se para melhor resposta diante das ameaças internas e externas das atividades, uma vez que ninguém é uma ilha e sozinho não conseguimos ir muito longe. Sendo assim, é fundamental que os profissionais do campo possuam bons relacionamentos entre si, com os seus vizinhos de propriedade, com fornecedores e clientes. Este ambiente rural necessita de reformulação em sua organização, no fortalecimento da cooperação entre todos os atores do processo para que juntos possam superar desafios e focar nos melhores resultados do coletivo.

Figura 1. Mudanças quinzenais em amostras colhidas em 96 datas entre 13 de março de 1986 e 15 de março de 1990, úmidas (FM de Field Mist) e Secas ao ar ( AD-de Air Dried ) no K trocável coletadas de 0 a 18 cm em um solo Drummer usado em rotação soja e milho. Nenhum fertilizante P ou K jamais foi aplicado desde 1970. Cada ponto é a média de 9 determinações.

Em Outubro de 2013, na Renewable Agriculture and Food Systems, foi publicado um artigo cientifico revisado por pares, o estudo coloca sérias questões sobre o problema do potássio, mais precisamente de seu fertilizante químico potásico mais usado, o Muriato de Potássio, também chamado de KCl. Essa publicação está disponível on line pela Cambridge University Press e entre outros sites.

“Mesmo com tudo, é este o tipo de informação que deveriamos comemorar, como um país agrícola, e não com o atracamento de 28 navios carregados de Muriato de Potássio (KCl) como

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Por José Luiz M Garcia, engenheiro agronomo, fisiologista e bioquimico de plantas

Lucas 19:40

Dr. Saeed Khan e Dr. Mulvaney, os pares redatores do artigo são pesquisadores da University of Illinois. Eles conduziram uma pesquisa onde na prática retiraram amostras de solo (compostas de 5 sub amostras), a cada duas semanas e as submeteram a análises de K-trocável efetuadas pela mesma pessoa com ou sem secagem ao ar, usando o mesmo protocólo de análise.

O que eles conseguiram desvendaram foi, nada mais nada menos do que, uma realidade estarrecedora. Pra começar as analises de K trocável variavam tanto que, qualquer decisão que você quisesse tomar baseado nessas mesmas analises, seriam simplesmente inconclusivas.

“Até as Rochas clamarão”

O PARADOXO DO POTÁSSIO

Para tornar as coisas ainda piores, o procedimento padrão das analises de solo convencionais requeria que as analises fossem feitas na “Terra Fina Seca ao Ar” (TFSA), o que tornava os valôres de K trocável ainda maiores e igualmente variáveis. Porém, Khan et all ( 1 ) foram

capazes de observar um padrão de valôres mais aumentados quando a analise era feita em terra previamente seca, quando comparadas as amostras úmidas recém colhidas, o que denota uma maior liberação de potássio em solos secos.

O processo de disponibilização do Potássio é muito dinâmico e rápido e, é a umidade quem regula essa liberação. O Potássio analisado no solo seria apenas a ponta do iceberg e representa apenas pequena fração de todo o potássio no solo, que faz você deduzir que o solo precisa de K.

Dr. Mulvaney sugere que se faça na própria fazenda o que ele chamou de “Strip Test” ou Teste de Faixas, isso é acrescentar potássio em doses crescentes em faixas e verificar qual quantidade propicia o maior desenvolvimento das lavouras até que se tenha uma melhor sugestão”, delimita.

que de acordo com a pesquisa, o Dr. Mulvaney aponta que o milho que produz 209 sacas/hectare remove 51,64 kg de K. Porém a palhada retorna 202 kg de K por hectare, ou seja 4 vezes mais, e esta informação não tem sido divulgada e os produtores acabam por ignorar tal fato”, analisou Garcia.

O agronomo Garcia indica que no Podcast listado nas referências (3) se refere ao fato de um determinado produtor em Ohio ter solicitado a realização de analises de solo e pelo fato dos resultados de Potássio terem vindo baixos, “pediu incontinente que o fornecedor local adicionasse, o que lá é feito por caminhões especiais que aplicam o fertilizante à lanco”.

Ele acrescenta que não deveria, mas realizou as analises novamente e verificou que o nível de potássio estava mais baixo. “Deduziu, que o fornecedor o teria aplicado em um outro terreno. Solicitou, então, que fosse feita uma nova aplicação de potássio somente para descobrir que o nível analisado no solo,

Nesse momento deveríamos perguntar como poderemos então aferir o quanto de potássio deveria ser aplicado em um solo?

2. Arden B. Andersen (2000) Science in Agriculture, Advanced Methods for Sustainable Farming, Acres USA, Austin, Texas. 376

Segundo o agronomo, além destes fatos alertam para a redução de Cálcio e Magnésio, aumento para a absorção do Cádmio, e para a redução da nitrificação e consequentemente do íon nitrato.

Para o engenheiro, esta tese de PhD evidenciou que a análise de Potássio não serve para o gerenciamento da adição de quantidades de K ao solo. “Em 2.100 testes de campo foi revelado que a adição de Potássio foi 93% ineficiente para aumentar a produção e houve até um caso de redução da produção”, aponta.

novamente, tinha diminuido ainda mais. Essa história serve de exemplo para o fato do potássio diminuir o nível analisado todas as vezes em que for utilizado”, explora Garcia.

A CONCLUSÃO DESSA TESE FOI A DE QUE NÃO HOUVE AUMENTO SIGNIFICATIVO DE PRODUÇÃO PELA ADIÇÃO DE POTÁSSIO.

se significasse a nossa soberania como produtores de alimentos. Nesse mesmo estudo os doutores provaram, por A + B, que plots nunca fertilizados (desde 1876, Morrow plots) continuavam acumulando Potássio mesmo sem nenhuma adição dele”, afirma José Luiz M. Garcia, engenheiro Eleagronomo.acrescenta

Para Dr. Mulvaney o solo é uma mina de potássio. A expansão e contração (umidade) é o que controla a liberação do potássio. Quando você aplica potássio (KCl) no solo, ele é “sugado”pelas argilas e permanece “ trancado “.

Você reduz a CTC e reduz a capacidade do solo de suprir potássio porque ele estará, então, trancado.

O potássio compete com o Cálcio e o Magnésio pelo sites de fixação nas argilas, e dessa forma expulsa-os das argilas e promove a compressão das mesmas, diminuindo assim a CTC do solo num fenômeno chamado de “envelhecimento” do solo, principalmente das argila do tipo 2:1. “Isso ocorre irônicamente com o Ca e o Mg, mesmo eles tendo mais cargas (são bivalentes positivos), devido ao seu tamanho menor, fato esse bastante enfatizado pelo Dr. Arden Andersen no seu livro Science in Agriculture ( 2 )”, diz Garcia.

REFERÊNCIAS

3.pgs.John Kempf & R.L. Mulvaney (2020) The Fallacy of Mainstream Potassium and Nitrogen Fertilization, Podcast Advancing Eco Agriculture, https://www.youtube.com/ watch?v=GMPvSHYZd50&t=56s

“O mesmo aconteceria se vocês analisassem o solo após uma calcareação pesada. Poderiam observar uma redução no nivel de Fósforo solúvel, bem como uma redução drástica nos níves de alguns micronutrientes.”, afirma.

1. S.A.Khan, R.L. Mulvaney & T.R. Ellsworth ( 2013) The Potassium Paradox : Implications for Soil fertility, crod production and Human Health, Renewable Agriculture and Food Systems : 29 (1), 3-27, 2013,

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O Potássio é um íon inorgânico que não está presente em nenhuma molécula nas plantas, porém, seria o principal cátion presente nos vegetais. Por ser extremamente solúvel ele é constantemente “lavado” das folhas e do perfil do solo em condições chuvosas e não é possivel controlar essa perda. Ele simplesmente migra para as camadas mais profundas do solo, onde é resgatado pelas raízes, que promovem , dessa forma, uma reciclagem até a superfície.

“Essa informação é tão importante que se não for divulgada “até as rochas clamarão” como manifestado em Lucas 19:40”, conclui Garcia.

O estudo apontado questiona fortemente o uso intensivo de KCl (muriato de potássio) visando o aumento de produção.

| 22 | A TRAÇA EM A

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GRÁFICO:PROJETO

Por Felipe Rodrigues da Silva, engenheiro agrônomo, especialista em gestão em processos e rastreabilidade vegetal. Com experiência no desenvolvimento de software e aplicativos personalizados, análise de dados e elaboração de Dashboards interativos. O resultado da união destas áreas de conhecimento é o aplicativo Caminho do Produtor. Contato: (51) 99521-1446.

mecanismos oficiais de controle, como o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes ( PNCRC / Vegetal ) assim como o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (

A DEVEGETALRASTREABILIDADEAJUDANAGESTÃOSUAPRODUÇÃO

A rastreabilidade dos produtos hortícolas para o mercado brasileiro se tornou obrigatória com a publicação da Instrução Normativa Conjunta Anvisa e MAPA nº 02, de 07 de fevereiro de 2018 (BRASIL, Ou2018).seja,

a rastreabilidade não existe sem o registro de informações de forma constante, a definição de lote de produção, o registro em caderno de campo do manejo aplicado naquele lote desde o plantio até a sua colheita, a etiquetagem e rotulagem, assim como os procedimentos de comercialização, basicamente informando e mantendo os registros de quem é o comprador do lote em questão. E uma das razões que justifica todo esse esforço é a segurança alimentar. É certo que o sistema de rastreabilidade, por si só, não melhora a segurança de um alimento, a não ser que esteja vinculado a um sistema de controle de segurança eficaz (GOLAN, et al., Aliado2004).aoutros

Rastreabilidade, como é definido na própria instrução normativa que regulamenta a lei vigente, define rastreabilidade como: “um conjunto de procedimentos que permite detectar a origem e acompanhar a movimentação de um produto ao longo da cadeia produtiva, mediante elementos informativos e documentais registrados”.

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Assim, a norma impulsiona cada ente da cadeia produtiva a exigirem que os produtos sejam fornecidos com a rastreabilidade e a rotulagem adequados e exigindo que cada um dos envolvidos tenha o seu sistema com os seus registros sempre referenciando o lote de origem do produto comercial.

Mas o mais importante é que você perceba a oportunidade de que ao se adequar a esta exigência você terá a possibilidade de controlar melhor o estoque dos insumos aplicados, realizar um controle financeiro e sua produção, automatizar a emissão de notas fiscais eletrônicas e realizar um controle melhor das perdas na sua produção, identificando problemas e falhas que antes você não

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A rastreabilidade e a rotulagem são ferramentas importantes para estabelecer com clareza a responsabilidade de cada ente da cadeia produtiva quando isso representa um perigo para os consumidores. Por outro lado, é difícil estabelecer os fatos porque a informação é ambígua. Mesmo nesses casos, onde não há informação sobre a origem do produto, uma regra importante é estabelecida na norma: O detentor do produto é o responsável, mesmo que de forma solidária. (Decreto nº 6.268/2007)

uma ferramenta para gerenciamento de qualidade, gestão de risco, o próprio gerenciamento das informações, na gestão do estoque, nos fluxos logísticos, na previsão de demandas e também ser utilizada como uma vantagem comercial em relação aos seus concorrentes, pois pense que ao ler um QRCode em uma etiqueta ou rótulo de seu produto na gôndola do supermercado o consumidor tem a possibilidade de conhecer a sua propriedade e sua produção.

O principal é que se consiga identificar de forma clara todos os entes envolvidos na produção, transporte e comercialização daquele lote de produto comercial desde

sua origem até chegar a mesa do consumidor o mesmo vale para o caminho inverso do consumidor até a identificação do produtor, sempre lembrando que não basta somente a identificação do produtor, mas sim de toda a trajetória do lote do produto e o registro em cada ente envolvido na sua produção, transporte e comercialização.

De modo geral, a INC 02/2018 determina que cada ente da cadeia produtiva mantenham registros mínimos de origem e destino dos produtos por um período mínimo de 18 (dezoito) meses. A norma também define as informações mínimas que os produtores devem manter para cada lote de produto produzido. Os lotes de produtos devem sempre ser identificados corretamente para que uma associação possa ser facilmente estabelecida entre os documentos de rastreabilidade e os lotes de produtos referenciados pelo documento.

Um melhor controle desses pontos fornecendo informações mais precisas por meio de uma rastreabilidade mais detalhada, pode evitar gastos desnecessários e colher benefícios significativos. Além disso, dada a natureza perecível das hortaliças, a rastreabilidade permite aos envolvidos identificar com mais clareza a responsabilidade por qualquer deterioração do produto ao longo da cadeia de produção, distribuição e comercialização.

Perceba que para realizar esses procedimentos é necessário se organizar e registrar as informações, mesmo usando um simples caderno de anotações ou um sistema informatizado, pois quando solicitado você deverá apresentar todos esses registros de um lote em específico, mesmo que de alguns meses atrás.

O volume de informações registradas e a quantidade de documentos armazenados é grande e quase sempre remete a necessidade de um sistema informatizado, através de planilhas ou mesmo de um sistema de informática, o que facilita no registro e em manter armazenadas essas informações pelo período necessário.

de rastreabilidade auxilia você na gestão e na tomada de decisão, podendo ser utilizada como

PARA ), a cargo do MAPA e da ANVISA, respectivamente, torna-se imprescindível buscar respostas para questões importantes, não apenas relacionadas à segurança alimentar, mas também às inquietações dos produtores de hortaliças, principalmente quanto à escassez de defensivos agrícolas registrados para o controle de determinadas pragas em determinadas culturas. Essas informações são importantes para discussão técnica e melhoria contínua do processo de registro de agrotóxicos.

Implantarobservava.umsistema

Embora o desperdício de alimentos seja evidente em toda a cadeia de suprimentos, a grande maioria ocorre no início (durante a produção) e no final (durante o consumo).

De acordo com o Boston Consultancy Group (BCG), a quantidade de desperdício de alimentos criada na cadeia de suprimentos deve aumentar 1,9% entre 2015 e 2030. Você pode pensar que esse é um pequeno aumento, mas quando colocado em perspectiva com o atual 1.6 bilhões de toneladas desperdiçadas a cada ano, esse número aumentará em 30,4 milhões de

A NECESSIDADE DE INOVAÇÃO PARA REDUZIRO DESPERDÍCIO

O primeiro deles é mais comum nos países em desenvolvimento, onde a infraestrutura é de baixo padrão e não pode lidar com os alimentos, criando resíduos, enquanto o segundo é mais pronunciado nos países desenvolvidos, sendo os resíduos causados por varejistas e consumidores.

esse aumento de desperdício, a cadeia de suprimentos de alimentos precisa passar por uma transformação digital. Desde a produção e o processamento até os próprios varejistas, são necessárias

Com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU estabelecendo uma meta de reduzir pela metade a perda e o desperdício de alimentos até 2030, a digitalização da cadeia de suprimentos poderia ajudar a diminuir o desperdício global de alimentos.

A escala do problema global de desperdício de alimentos é impressionante. De acordo com alguns relatórios, 1,6 bilhão de toneladas de alimentos são perdidas ou desperdiçadas a cada ano, o que equivale a um valor total de US $1,2 trilhão que sai da cadeia de suprimentos. Com um terço da quantidade total de alimentos produzidos globalmente sendo mal utilizado, a indústria precisa buscar a inovação e a digitalização para combater essa tendência cada vez maior.

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Ao adotar a tecnologia e digitalizar a cadeia de suprimento de alimentos, é possível adotar uma medida para reduzir a quantidade de desperdício e perda de alimentos na indústria. Não apenas isso, mas também pode ajudar a garantir que haja recursos suficientes para apoiar de forma sustentável a futura população global.

Paratoneladas.combater

Por TOMRA Food.

COMO A DIGITALIZAÇÃO DA CADEIA DE FORNECIMENTO REDUZIRÁ O DESPERDÍCIO GLOBAL DE ALIMENTOS

USANDO A INOVAÇÃO PARA MELHORAR INFRAESTRUTURAAATUAL

Embora esses KPI’s tendam a não ser projetados para ajudar a limitar a quantidade de resíduos produzidos, a utilização da tecnologia de classificação pode suportar

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A cadeia de frio desempenha um papel enorme na indústria de alimentos, criando resíduos, principalmente devido à infraestrutura deficiente - na Índia, por exemplo, são perdidos US$ 14 bilhões a cada ano devido às instalações precárias da cadeia de frio. No entanto, a implementação de sistemas inovadores e eficientes pode ajudar bastante na abordagem do desperdício de alimentos - principalmente nos mercados em desenvolvimento. A implantação de soluções mais avançadas da cadeia de frio nos mercados emergentes, que compartilham os dados da cadeia de suprimentos por meio da Internet das Coisas, pode impedir a perda e o desperdício de alimentos em larga escala.

Além de utilizar a IoT, a cadeia de suprimentos também pode usar a digitalização para ajudar a melhorar a infraestrutura que possui atualmente.

mudanças sistemáticas no gerenciamento da cadeia de suprimentos de alimentos para ajudar todos a utilizar esse recurso precioso com mais eficiência e reduzir a quantidade de resíduos que estamos criando como sociedade.

economizar a cadeia de suprimentos em até US $ 60 bilhões em resíduos.

Por ter esse pré-aviso de qualquer informação sobre um lote de produtos, os agricultores podem não apenas otimizar seus rendimentos reduzindo o risco de desperdício, mas os outros interessados também podem planejar adequadamente para tentar evitar a causa do desperdício.

Investir em sistemas eficientes de classificação é uma abordagem fundamental para ajudar a cadeia de suprimentos a reduzir o desperdício de alimentos.

afeta muitas tecnologias de classificação, de modo que a capacidade de vincular sensores de armazenamento a equipamentos de embalagem pode melhorar o desempenho. Mas isso não existe em muitos mercados emergentes, criando condições precárias de armazenamento e transporte de alimentos no início da cadeia de valor que levam à perda de alimentos em larga escala. A implantação de soluções mais avançadas da cadeia de suprimentos - incluindo a cadeia de frio nos mercados em desenvolvimento - pode reduzir o problema em US$ 150 bilhões anualmente.

Queremos saber tudo sobre o produto. Tudo, desde o peso e tamanho até as propriedades e defeitos externos, e até a composição química interna para prever maturação e longevidade. Mas há apenas dois pontos em que você pode coletar informações sobre pedaços de frutas individuais: quando são colhidos e quando são classificados. Estes são os pontos críticos de aquisição de dados. Os KPI’s precisam basear-se na compreensão dos tipos de tipos de defeitos e classes / notas por lote, para ajudar a criar um mapa completo e uma visão total do produto. Isso, por sua vez, pode ajudar a criar big data, o que significa que cada lote fornece novas informações e permite que você construa uma imagem maior, criando a capacidade de tomar decisões ainda mais informadas baseadas em dados. Quando apropriado, os dados podem ser compartilhados e expandidos para o “contexto”, como dados meteorológicos ou marcação geográfica.

Melhorando os níveis de comunicação em toda a cadeia de suprimentos, a quantidade de desperdício de alimentos produzida pode ser reduzida. Cada membro da cadeia de suprimentos deve estar em constante contato um com o outro para garantir que nossos recursos sejam gerenciados com Éeficiência.aquique

As condições também podem mudar no armazenamento a frio e a temperatura

O passo final é colocar a inteligência artificial em camadas para começar a entender padrões não vistos anteriormente e formas ainda mais eficientes de trabalhar.

Ao permitir que todas as partes interessadas da cadeia de suprimentos acessem os principais dados compartilhados em sistemas integrados, os processos podem ser otimizados ainda mais na cadeia para maximizar a maneira como o produto é tratado. Por exemplo, um lote ruim de maçãs com uma alta percentagem de escurecimento interno exigiria a instalação de um equipamento específico e precisaria ser ajustado com precisão para garantir que o valor máximo possa ser extraído das maçãs. Acredita-se que ter essa conectividade possa

Ter essa capacidade de compartilhar dados através da IoT também pode ajudar a reduzir o desperdício do ponto de vista do consumidor. Os varejistas podem usar os dados em tempo real nas lojas para mostrar quando o produto foi colhido e oferecer informações sobre a “venda por data” projetada. Isso pode educar ainda mais os consumidores quanto tempo eles têm para comer os produtos, ajudando assim a reduzir o desperdício de alimentos através da implementação da tecnologia.

UTILIZANDO A IOT NA CADEIA DE SUPRIMENTOS

a Internet das Coisas (IoT) pode suportar e melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos. Com base em sistemas e processos interconectados e inter-relacionados, a IoT permite que cada integrante da indústria de alimentos tenha acesso a dados importantes sobre o fornecimento, produção e gerenciamento de produtos, o que pode ajudar a reduzir a quantidade de resíduos criada. Sem a adoção mais ampla da IoT na cadeia de suprimento de alimentos, os níveis de desperdício de alimentos poderiam aumentar de 50 a 90% como resultado de vários fatores combinados, como o aumento da demanda de alimentos devido à crescente população.

TORNAR-SE DIGITAL PARA COMBATER O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

Tambémconsistente.entendemos

8.000 unidades estão instaladas em produtores de alimentos, empacotadores e processadores ao redor do mundo para frutas, nozes, vegetais, produtos de batata, grãos e sementes, frutas secas, carne e frutos do mar. A missão da empresa é permitir que seus clientes melhorem os retornos de investimento, obtenham eficiências operacionais e garantam o fornecimento seguro de alimentos por meio de tecnologias inteligentes e utilizáveis. Para conseguir isso, a TOMRA Food opera centros de excelência, escritórios regionais e locais de fabricação nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, Ásia, África e Australásia.

(venda reversa e recuperação de material) e Soluções de classificação (reciclagem, mineração e classificação de alimentos).

automaticamente um ambiente sensível a resíduos, recuperando qualquer produto e reutilizando-o para outro fim, como ração para gado ou ração para animais. Isso significa que, em vez de criar desperdício de alimentos, é encontrado um uso alternativo e mais adequado. Frutas de qualidade inferior podem ser usadas para sucos ou despolpadas para se tornarem produtos como fonte de guacamole ou maçã, enquanto amidos podem ser usados para fins médicos. Tudo isso nos ajuda a reduzir o desperdício e a usar produtos de menor qualidade.

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Com as estatísticas cada vez maiores sobre desperdício de alimentos, agora é a hora de a indústria adotar uma abordagem mais digitalizada em toda a cadeia de suprimentos. A implementação de sistemas integrados e inovadores permitirá que todos os principais interessados, do campo ao garfo, gerenciem com eficiência os alimentos e reduzam o risco de desperdício.

O Grupo TOMRA continua inovando e fornecendo soluções de ponta para otimizar a produtividade dos recursos em duas áreas de negócios principais: Soluções de coleta

Para mais informações sobre a TOMRA, acesse www.tomra.com

A digitalização não apenas ajuda do ponto de vista da sustentabilidade, mas também ajuda as empresas a impulsionar sua própria lucratividade, melhorando processos e eficiências. Torna-se a resposta ao paradoxo push-pull para benefício comercial e combate ao desperdício global de alimentos.

SOBRE A TOMRA FOOD

A TOMRA Food é membro do Grupo TOMRA que foi fundado em inovação em 1972, que começou com o projeto, fabricação e venda de máquinas de venda reversa (RVMs) para coleta automatizada de recipientes de bebidas usadas. Hoje, a TOMRA tem aproximadamente 95.700 instalações em mais de 80 mercados em todo o mundo e obteve receita total em torno de 7,4 bilhões de NOK em 2017. O Grupo emprega aproximadamente 3.550 globalmente e é listado publicamente na Bolsa de Valores de Oslo. (OSE: TOM).

A TOMRA Food projeta e fabrica máquinas de classificação baseadas em sensores para indústria alimentícia, bem como descascadores e soluções pós-colheita integradas, utilizando a mais avançada tecnologia de classificação e análise do Maismundo.de

de classificação, extrair informações valiosas sobre o desempenho da classificação e os produtos, e torná-lo transparente para os negócios de alimentos. Incorporar isso ainda mais a uma cadeia de suprimentos digitalizada ajudará a fechar o link da fazenda para o garfo no futuro.

Na TOMRA, estamos comprometidos em criar sistemas de classificação baseados em sensores para ajudar a cadeia de suprimentos a vencer a batalha contra o desperdício de alimentos. Através de nossos sistemas, nosso objetivo é ajudar as empresas de alimentos a maximizar os rendimentos e garantir que qualquer produto possa ser recuperado e reutilizado, aumentar a produtividade com classificação de alta capacidade e fornecer garantia alimentar de alta qualidade

que devemos dar os próximos passos. O TOMRA Insight é a nossa resposta para conectar nossos sistemas

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Para obter mudas de qualidade e que se adaptem totalmente às condições de campo, é necessário ter sementes viáveis com mais de 90% de germinação, ambiente com temperatura ótima (20 a 30°C para germinação e 20 a 25°C para germinação). ), substrato com características físicas desejáveis (Tabela 1) que fornece umidade e oxigênio adequados à semente e posteriormente à raiz, e nutrição balanceada durante o crescimento das plântulas.

No início de um ciclo de produção de tomate, um dos maiores gastos é a aquisição de mudas. Assim, em variedades de crescimento indeterminado, foi implantada a inovação da produção de mudas de haste dupla, com a qual é possível economizar até 50% do custo da muda (Tabela 2).

Por José Alfredo Santillán Domínguez

Produção de mudas em 2 hastes 2500

Imagem 01

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Para escolher o substrato, é necessário considerar: suas propriedades físicas, químicas e biológicas, sua disponibilidade e Ocusto.bom

Porosidade total 50 a 85%

Aquisição de mudas em 1 haste 7500

Duranteinjetada.

Alta condutividade hidráulica ou capilaridade estável e durável

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE

TABELA Características1: desejáveis dos substratos

PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MUDAS DE HASTE DUPLA

As soluções nutritivas utilizadas devem conter no mínimo 60% de nitrato (NO3) e 8% de fosfato (H2PO4) em relação à porcentagem equivalente de ânions, a fim de promover um bom desenvolvimento radicular e obter um excelente tamanho de planta. Quando a nutrição da muda começa a ser fornecida, todas as irrigações devem ser feitas com a solução nutritiva. A única forma de deixar de aplicar a solução nutritiva é quando há um aumento da CE de 1,5 dS/m na drenagem de irrigação em relação à CE

regadas 1 a 3 vezes ao dia, dependendo das condições ambientais.

A nutrição das mudas é aplicada quando a primeira folha verdadeira aparece (Imagem 2), é utilizada uma solução nutritiva com CE de 0,8 dS/m, que se altera até atingir CE de 1,3 dS/m. Essa troca da solução deve ser feita a cada 6 ou 8 dias com acréscimo de 0,3dS/m (máximo) para não causar danos aos pelos absorventes da raiz devido ao aumento da salinidade.

O tomate é uma das hortaliças mais cultivadas no mundo e a de maior valor econômico. Para sua produção utilizam sementes híbridas (F1) que são caras, portanto, obter mudas vigorosas em menos tempo e reduzir sua perda após o transplante tornou-se um fator chave.

Imagem 02

Custos de Aquisição de Mudas

Equilíbrio de poros: macroporos 10-30% e microporos >30%

Para a produção de mudas de haste dupla, entre 15 e 20 dias após a semeadura (dds) as

TABELA 2:

o processo de produção de mudas,

Custo do conceito (dólares/ha)

Estéril e/ou fácil de desinfetar

Produção de mudas em 1 haste 4500

o principal problema fitossanitário é o apodrecimento ou afogamento das raízes, causado principalmente por Phytium, Fusarium, Rhizoctonia, Alternaria e Phytophthora, devido ao excesso de umidade no substrato. Tradicionalmente, o controle desses patógenos é feito através da aplicação de produtos químicos com os princípios ativos: Propamocarb, Fosetil, Azoxistrobina, Metalaxil, Triflumizol e Metil Tiofanato. No entanto, atualmente é recomendado o uso de microrganismos benéficos (Trichoderma spp., Bacillus subtilis, Azospirillum spp. e Mycorrhizae) que conferem alguma proteção à plântula. Esses microrganismos são incorporados durante o preparo do substrato na dose mínima de 200 g de produto com concentração de 1X108 UFC de cada microrganismo para cada 110 L de substrato. Com esta dose, é possível reduzir os custos do manejo fitossanitário, além de acelerar o desenvolvimento da muda, reduzindo o tempo de produção em até 5 dias dependendo das condições ambientais.

crescimento da planta está diretamente relacionado ao espaço disponível, portanto, recomenda-se para o plantio utilizar recipientes com 200 cavidades (máximo) e colocar apenas uma semente por cavidade. Posteriormente, as bandejas devem ser empilhadas e cobertas com plástico (Imagem 1) para acelerar o processo de germinação e emergência, que ocorre de 3 a 5 dias, após o que as bandejas são espalhadas para evitar o estiolamento das mudas. Posteriormente, as mudas são

Imagem

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Imagem 03

- De 4 a 6 folhas verdes verdadeiras com lâmina grossa

Bustamante O., J. D., J. M. P. Vázquez A., A. Trujillo C., J. Reyes R., y O. Escalona F. 2013. Manual para el cultivo del jitomate en Bioespacio e invernadero. INIFAP/SAGARPA, CIRPS, Campo Experimental Zacatepec. Zacatepec, Morelos. Libro técnico

Villegas T.O.G., Sánchez G.P., Baca C.G.A., Rodríguez M.M.N., Trejo C., Sandoval V.M. y Cardenas S.E. 2005. Crecimiento y estado nutrimental de plántulas de tomate en soluciones nutritivas con diferente concentración de calcio y potencial osmótico. TERRA Latinoamericana Vo. 23 No. 1

mudas são podadas para aproveitar as gemas axilares dos cotilédones. O caule é cortado 3 a 5 mm acima dos cotilédones (imagem 3), desta forma a dominância apical é eliminada e as gemas axilares dos cotilédones se desenvolvem, gerando duas hastes.

- Entrenós curtos (15 cm de altura)

Um bom processo de produção de mudas permitirá a obtenção de mudas de qualidade, que devem atender às seguintes características (imagem 5):

MungarroNo.11

- Sem expressão reprodutiva aparente

BIBLIOGRAFÍA

- Livre de pragas e doenças

CARACTERÍSTICAS DE UMA MUDA DE TOMATE DE QUALIDADE

03

Imagem 04

López M.L.M. 2017. Manual técnico del cultivo de tomate (Solanum lycopersicum). INTA

- Caule grosso e vigoroso (0,5 cm de diâmetro)

- Raiz abundante e bem desenvolvida

Aguado S.G.A. 2012. Introducción al uso y manejo de los biofertilizantes en la agricultura. INIFAP/SAGARPA, CIRCE, Campo experimental bajío.

I.C., Castro E.L., Arellano G.M y Gutierrez C.M.A. 2011. Evaluación de la tecnología de la regulación de la dinámica radical del tomate. Revista La Sociedad Académica No. 38

Ao fazer a cobertura a nutrição é suspensa e só é irrigada com água até que os novos caules sejam visíveis. Uma vez que as novas hastes brotam, a nutrição é reiniciada aplicando uma solução nutritiva a 0,8 dS/m de EC e é aumentada até atingir 1dS/m de EC na última semana antes do transplante. Vale ressaltar que o tempo de produção de mudas, confeccionando mudas de haste dupla, se estende em cerca de 15 dias, portanto teríamos mudas de haste dupla com crescimento de haste de 5 a 7 cm entre 35 e 45 dds (Imagem 4) dependendo as condições meteorológicas. Não é recomendado deixar as hastes crescerem mais, pois a dominância apical é gerada e uma das hastes crescerá mais que a outra devido à competição por luz na bandeja.

Além da degradação física e desequilíbrio de nutrientes no solo, do ponto de vista biológico, solos com cultivo de hortaliças também se apresentam fragilizados. De um modo geral, há baixo fornecimento de resíduos orgânicos e raramente mantem-se o solo com cultivo de plantas de cobertura ou para adubação verde.

com sua capacidade produtiva reduzida, muitas vezes tendo já perdida, parcial ou completamente, sua camada superficial.

O resultado é uma reduzida qualidade física, química e biológica do solo. A fragilidade da maioria dos solos, muitos com horizontes superficiais de textura arenosa, e o relevo acidentado da região, agravam essa situação, culminando com elevada erosão hídrica. Nessas áreas os solos encontram-se intensamente degradados e

Historicamente, o tomate é produzido com elevadas quantidades de fertilizantes e corretivos, com uso incipiente de critérios agronômicos para sua aplicação, resultando no acúmulo de nutrientes nas camadas superiores do solo. Em cultivos

orgânicos, com uso excessivo de fertilizantes orgânicos, esse cenário também ocorre. Desequilíbrios nutricionais nas plantas são comumente verificados em função da altíssima concentração de nutrientes nas camadas superfícies do solo. O intenso revolvimento do solo o torna suscetível à erosão, resultando em elevadas perdas desses nutrientes para os mananciais de água.

A CULTURA TOMATE E O DESEQUILÍBRIO DO SOLO

A maioria dos cultivos de tomate no Sul do Brasil é realizado com revolvimento intenso do solo e sem a adoção de práticas conservacionistas do solo e água. Adicionase a isso que as áreas mais adequadas à mecanização são utilizadas para cultivo de grãos e, nesse caso, o cultivo de hortaliças fica restrito ao uso de terras com acentuada declividade e dificuldade de mecanização.

OLHO: Considera-se a forma tradicional de manejo do solo adotada no cultivo de tomate incompatível com a aptidão agrícola da maioria das terras e seu uso efetivo.

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Por Dr. Leandro Hahn, engenheiro agrônomo, pesquisador em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas na Estação Experimental de Caçador-SC (EPAGRI), Professor Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp).

MANEJO CONSERVACIONISTA DO SOLO NO CULTIVO DE TOMATE NO SUL DO BRASIL

que, a semeadura da aveia deve ser planejada para que o plantio do tomate ocorra quando a aveia se encontre na fase de grão-leitoso. Nessa fase da aveia, não é necessária sua dessecação, pois ela é tombada pelo movimento das máquinas e trabalhadores. Anteriormente a esta fase da aveia, ela deverá ser dessecada, pois o seu rebrote competirá por luz com as mudas de tomate, promovendo o estiolamento das Pelaplantas.necessidade de áreas novas, o tomate seguidamente é implantado em áreas com teores baixos a muito baixos de fósforo e, eventualmente, de potássio. Nestes casos, recomenda-se a aplicação em duas etapas: a primeira metade (½) da dose aplicada a lanço em toda a área por ocasião do preparo do solo no plantio da aveia, e a outra metade (½) da dose aplicada na base, no sulco de plantio do tomate.

direto em quatro coberturas de solo (aveia, nabo, aveia consorciada com nabo e pousio). Verificou-se que a produtividade de frutos comerciais e Extra AA (os de maior calibre e valor comercial) e a massa média dos frutos, foi superior no plantio direto de tomate em comparação ao plantio convencional (Tabela 1).

Normalmente o tomate (Figura 1) é implantado com abertura de sulcos, necessitando de uma máquina com disco de corte da palhada e um sulcador. Alternativamente, quando o solo já está com a fertilidade e a acidez corrigida, todo o fertilizante da hortaliça pode ser aplicado na implantação da planta de cobertura, seja em área total ou em sulcos que receberão as plantas de tomate (Figura 2). Neste caso, não há qualquer revolvimento do solo.

A falta de rotação de cultivos diminui a diversidade de organismos do solo e seleciona populações de fitopatógenos, sejam nematoides, fungos ou bactérias. Seguidamente, produtores relatam o aumento da incidência de doenças de solo em áreas com longo histórico de cultivo de hortaliças, o que é resultado da diminuição da diversidade de organismos do solo e a seleção de populações deletérias às plantas.

2) Implantação de tomate direto na palha, sem abertura de sulcos.

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(Figuradireto.

As plantas de cobertura de solo de inverno, aveia, nabo, aveia+nabo ou o pousio, não interferiram nos parâmetros de produção. Nesse caso, sugere-se o uso da aveia por permitir uma cobertura mais prolongada do solo.

A maior área de cultivo de tomate em Santa Catarina localiza-se na região de Caçador, com cerca de 800 ha. No PD do tomate, sugere-se que plantas gramíneas tenham a maior participação na biomassa residual, de modo a obter longo período de cobertura do solo. Quando o plantio é feito sobre cobertura vegetal, principalmente com aveia, os sulcos para a adubação e o plantio devem ser preparados entre aproximadamente duas a três semanas antes do plantio para melhor incorporação e mistura dos adubos minerais ou orgânicos, que ficarão concentrados nos Ressalta-sesulcos.

Esta é a recomendação preconizada pelo Sistema de Produção Integrada de tomate tutorado (Sispit) e maiores informações sobre o manejo da adubação nesse sistema podem ser consultadas em Hahn & Suzuki (2016).

(Figura 1) Máquina tracionada por trator para corte da palhada e demarcação das linhas de plantio de tomate em plantio

Na Epagri - Estação Experimental de Caçador-SC, comparou-se em duas safras a produção de tomate implantado nos sistemas de plantio convencional e plantio

dizer que sim, tem-se à disposição tecnologias bem consolidadas e validadas pela pesquisa e em uso pelos produtores de SC. O melhor exemplo disso é o PD de tomate na região de Caçador. Apesar disso, uma série de gargalos precisa ser superada, especialmente o desenvolvimento de um maior número de máquinas e melhores recomendações de manejo de plantas de cobertura e da adubação em PD. Por fim, a difusão e adoção das técnicas conservacionistas do solo pelos produtores deve ser aumentada, tanto por agentes de extensão da iniciativa privada quanto pública.

Quando se fala em conversão do manejo convencional para o manejo em plantio direto de tomate, a primeira pergunta a se fazer é a seguinte: dispõe-se atualmente de tecnologias de PD possíveis de serem utilizados pelos Afortunadamente,horticultores?pode-se

Quando se fala em plantio direto, o leitor de imediato irá imaginar o cultivo de grãos, como milho e soja. Já quando o assunto é cultivo de hortaliças, quase inevitável associá-lo ao intenso preparo do solo com revolvimento com arado ou enxada rotativa. Este é ainda o cenário real do PD, o cultivo de grãos quase a totalidade sob este sistema de manejo, e as hortaliças, sob manejo convencional do solo.

VALMORBIDA, J.; WAMSER, A. F.; SANTIN, B. L.; ENDER, Marcos M. Métodos de manejo e plantas de cobertura do solo para o cultivo do tomateiro tutorado. Agropecuária Catarinense, v.33, p.76-81, 2020.

Referências

CONSIDERAÇÕES FINAIS

HAHN, L.; SUZUKI, A. Manejo de solo, adubação e nutrição de plantas. In. BECKER, W. F. et al. Sistema de Produção Integrada para o tomate tutorado em Santa Catarina. Florianópolis: Epagri, 2016. 149p.

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O manejo conservacionista do solo pela técnica do plantio direto de tomate é uma alternativa para o desenvolvimento da produção com viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental. O sistema deve receber ajustes conforme as realidades locais, podendo ser desenvolvido nos mais diversos ambientes ou realidades socioeconômicas.

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A constituição e as características da solução nutritiva fazem parte dos parâmetros que definirão a eficiência de absorção, o ritmo de desenvolvimento vegetativo, o potencial produtivo e, a qualidade dos frutos Existemformados.vários

DA SOLUÇÃO NUTRITIVA

Na agricultura a acidificação do meio é trabalhada em três aspectos principais. O primeiro deles é na formação da calda de pulverização, e essa ação é de fundamental importância para garantir alta eficiência de herbicidas, fungicidas e inseticidas, haja visto que cada um exige uma faixa adequada de pH para ativar a molécula do princípio ativo e manter a estabilidade da calda.

Potássio e, a qualidade da água utilizada na irrigação. E, no que se refere a dureza, que é a mensuração da concentração de carbonatos e bicarbonatos na água, informação importantíssima para evitar reações indesejadas na fertirrigação e entupimento de gotejadores, além da classificação da mesma para uso agrícola baseada na condutividade elétrica.

Porém,insolúvel.numa

Para atingirmos este objetivo precisamos adotar o seguinte procedimento: o primeiro ponto de atenção se relaciona com a seleção da fonte ácida a ser utilizada no processo de limpeza do sistema. O ideal é que se opte por fontes com poder tamponante, que é a capacidade de manter a estabilidade do pH na faixa desejada, e alta capacidade de neutralização. A dosagem do agente acidificador a ser utilizada varia de acordo com a capacidade de neutralização de carbonatos e bicarbonatos. Aqueles com menor poder de neutralização exigem maior dosagem, enquanto os produtos acidificantes com alto poder de neutralização exigem dosagens menores.

Por Bruno Magalhães, gerente de desenvolvimento de Mercado SQM VITAS Brasil

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Finalizada a etapa da seleção das fontes, iniciamos a etapa operacional do processo. Nesse momento é necessário pressurizar o sistema de irrigação até o momento em que todas as mangueiras estejam com água em seu interior e, com gotejadores ativos. Após definido esse momento de pressurização, devemos proceder a injeção do ácido no sistema. Para tal é necessário termos a informação de tempo de avanço,

de ácidos também é comumente utilizada na limpeza e manutenção dos sistemas de irrigação e fertirrigação.

realidade em que já exista o entupimento dos gotejadores pelo acúmulo de insolúveis é possível reverter a situação através da criação de um meio ácido durante um período de reação suficiente para solubilização desses precipitados.

fatores que devem ser considerados em uma solução nutricional, entre eles: a condutividade elétrica, que é uma grandeza relacionada à concentração de nutrientes e sais dissolvidos; o conhecimento de quais nutrientes estão presentes na solução e a relação entre eles, que determinará a capacidade de absorção através dos processos de sinergismo e antagonismo; o hábito de crescimento das plantas, definido principalmente pela relação estabelecida entre Nitrogênio ACIDIFICAÇÃOe

O sucesso da nutrição foliar também é dependente do pH, uma vez que em meio alcalino as reações de precipitação entre os elementos ocorrem com maior intensidade, gerando dessa forma um cenário de baixa eficiência na disponibilidade e absorção de nutrientes, além de entupimento dos filtros, perda da calda e possível fitotoxidez nas Afolhas.aplicação

A SOLUÇÃO NUTRITIVA É O MEIO PELO QUAL SÃO OFERECIDOS ÁGUA E NUTRIENTES, DOIS DOS PRINCIPAIS FATORES DE PRODUÇÃO PARA AS PLANTAS.

As condições de acidez e basicidade influenciam na biota do solo, na disponibilidade e absorção de nutrientes e no desenvolvimento das plantas.

Nesse contexto um tema ganha um destaque especial, o pH, grandeza que determina a concentração de íons H+ na solução determinando o comportamento ácido ou básico do meio.

- CONHECIMENTO QUE POTENCIALIZA RESULTADOS

Grande parte das impurezas que causam entupimento e obstrução dos labirintos dos gotejadores são precipitados insolúveis formados pela reação de diferentes elementos. Quando em meio neutro e alcalino esse tipo de precipitado tende a se formar mais facilmente e quando em meio ácido não há a formação do composto

Como resultado alcançado após a operação de limpeza do sistema de irrigação, teremos uma maior uniformidade na entrega de água e nutrientes.

O pH da solução é peça chave no que diz que respeito à disponibilidade de nutrientes para absorção pelas plantas, existindo uma faixa de valor de pH adequada para se obter melhores condições de absorção. A faixa que compreende os valores de 5,5 e 6,5 é aquela que consegue atender a maior quantidade de nutrientes (Figura 03).

(Figura 05) Concentração de Potássio e Magnésio-Foliar em diferentes faixas de pH da solução nutritiva.

Dentro desse contexto existem algumas tecnologias que conferem aos nutrientes uma menor dependência do pH para atingir sua máxima disponibilidade. Um exemplo disso são os polímeros de Essesquelatos.polímeros

(Figura 03) Disponibilidade dos nutrientes de acordo com o pH.

Figura 04. Concentração de Fósforo (P) na nervura central da folha de acordo com as fontes utilizadas.

Ao se trabalhar o pH da solução nutritiva entregue às plantas é importante se atentar ao valor que será mantido na rizosfera. Nas situações em que o pH se mantém abaixo de 5,0 por longos períodos de tempo pode ocorrer a perda de cátions pelas raízes para que se consiga manter o equilíbrio iônico, o que acaba por configurar perda da eficiência nutricional das plantas.

poder de neutralização e efeito tamponante. Outra evidência positiva da interferência do pH na absorção dos nutrientes é evidenciada através da análise do conteúdo de Potássio e Magnésio em pecíolos de videira (figura 05).

A adequação do pH do meio auxilia na melhor absorção de nutrientes pelas plantas e maior translocação destes nas plantas. Na figura 04 pode-se avaliar a concentração de fósforo na nervura central de folhas de tomate em quatro situações distintas: no tratamento 1 não foi oferecido nenhuma dosagem de P2O5 para as plantas; no tratamento 2 houve oferta de P2O5 via cobertura; o tratamento 3 contou com oferta de P2O5 via fonte ácida Dripsol Magnum P44; e o tratamento 4 a oferta de P2O5 foi realizada através de MAP.

(Figura 01) Componentes de gotejo com tratamento ácido e sem tratamento ácido.

tem como função se ligar aos nutrientes através de ligações químicas e deixando-os protegidos de reações indesejadas e que resultam em indisponibilidade. Para que um nutriente seja capaz de reagir com os quelatos ele precisa seguir 2 regras essenciais, a primeira rege que deve se tratar de um metal, e a segunda que seja um cátion com valência +2 ou +3.

que se refere ao tempo gasto para que o produto injetado na caixa de preparo atinja o ponto mais distante do setor de irrigação; respeitado esse tempo a uniformidade de concentração da solução ácida será maior e assim conseguimos atingir um alto nível de sucesso na limpeza do sistema.

(Figura 02) Mangueiras de irrigação sem tratamento ácido e com tratamento ácido.

A terceira aplicabilidade do uso de acidificantes é relacionada à adequação da solução nutritiva disponível para as plantas.

Os tratamentos conduzidos com a oferta de P2O5 via fontes ácidas demonstraram uma maior eficiência na absorção e concentração de P-Foliar, sendo que o tratamento com Dripsol Magnum P44 sobressaiu-se em relação ao MAP, uma vez que possui maior

Finalizada a etapa operacional, iniciamos o processo químico: nesse ponto é necessário um tempo de reação de no mínimo 6 horas para que haja a solubilização dos elementos obstruentes (figura 01 e 02).

Uma vez respeitado o tempo de reação devemos liberar os terminais das mangueiras de irrigação, pressurizar o sistema novamente e deixar lavar o interior das mesmas. Essa operação é de fundamental importância, uma vez que garantirá que todo o material seja expulso da mangueira por outra via que não seja os gotejadores.

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As diversas fontes de nutrientes se comportam de maneiras distintas em relação ao pH. Existem aquelas com poder de acidificação e aquelas com efeito de basicidade, e a escolha da fonte adequada ao manejo nutricional interferirá no balanço iônico e manutenção do pH na solução nutritiva.

Além de evitar reações de precipitação com outros nutrientes como o Fósforo (figura

7) Reação de precipitação existente na presença de Cobre e Fósforo na solução, formação de Fosfato de Cobre que é Portanto,insolúvel.

para conseguirmos atingir os bons resultados esperados na cultura devemos sempre respeitar as escolhas das melhores fontes, garantindo sinergia de absorção entre os nutrientes, aliados à adequação do pH da solução nutritiva dentro de uma faixa que garanta a máxima disponibilidade de nutrientes e reduza o risco de reações de incompatibilidade e adsorção em estruturas do solo.

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(Figura 06) Estabilidade dos nutrientes ligados ao agente EDTA em diferentes faixas de pH.

A ligação do quelato com o nutriente o torna mais estável em uma ampla faixa de pH (figura 06).

(Figura07).

Um forte abraço, João Ferreira

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| 41 | EDIÇÃO.DESTATOMATEROSOS

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