Amostra Conexões Emergentes

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Zoé rios | márcia libânio

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Conexões Emergentes literacia e numeracia OBra PeDaGÓGica – eDucaÇÃO inFantil Guia De PreParaÇÃO Para a alFaBetiZaÇÃO – imPreSSO PrÉ-eScOla – VOlume únicO crianças pequenas de 4 a 5 anos e 11 meses

Código do livro:

0030P22006 PNld 2022 – oBJETo 3


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Zoé Rios Mestre e graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Atuou como professora alfabetizadora e coordenadora da Educação Infantil. É professora da PUC Minas e autora de literatura infantil e obras para o professor.

Márcia Libânio

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Pós-graduada em Neurociências Aplicadas à Educação pelo Centro Universitário Una, licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Atuou como diretora e coordenadora pedagógica. É professora alfabetizadora da rede municipal de Belo Horizonte e autora de literatura infantil e obras para o professor.

Conexões Emergentes LITERACIA E NUMERACIA OBRA PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO INFANTIL GUIA DE PREPARAÇÃO PARA A ALFABETIZAÇÃO – IMPRESSO

PRÉ-ESCOLA – VOLUME ÚNICO crianças pequenas de 4 a 5 anos e 11 meses

Belo Horizonte – 1ª edição – 2020


Copyright © 2020 by Maria Zoé Rios Fonseca de Andrade & Márcia Libânio Teixeira

EDITOR Rafael Borges de Andrade PRODUÇÃO EDITORIAL, CAPA E PROJETO GRÁFICO Mário Vinícius Silva DIAGRAMAÇÃO Mário Vinícius Silva Alexandre Alves PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS Olívia Almeida ILUSTRAÇÕES Carlos Jorge Nunes

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CONSULTORIA EDITORIAL Alice Bicalho de Oliveira REVISÃO DE PROVAS Laura Torres

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

R586c

Rios, Zoé Conexões emergentes: Literacia e numeracia / Zoé Rios, Márcia Libânio. - Belo Horizonte, MG : RHJ, 2020. 68 p. : il. ; 20,5cm x 27,5cm. Inclui bibliografia e índice. ISBN: 978-65-88618-01-1 1. Educação. 2. Pré-escola. 3. BNCC. 4. Literacia. 5. Numeracia. I. Libânio, Márcia. II. Título. CDD 370 CDU 37

2020-1961

Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 Índice para catálogo sistemático: 1. Educação 370 2. Educação 37

1ª edição, outubro de 2020

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem o consentimento por escrito da editora. Todos os direitos reservados à: RHJ Livros Ltda. Rua Helium, 119 – Nova Floresta – Belo Horizonte/MG CEP: 31140-280 Telefone: (31) 3334-1566 editorarhj@rhjlivros.com.br www.rhjlivros.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil


Apresentação

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Caros professores, Conexões emergentes: literacia e numeracia é um Guia de Preparação para a Alfabetização, com teoria, conceitos, orientações e diretrizes para o educador da pré-escola. Buscamos articular os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017, e as diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA), de 2019, instituída pelo decreto 9.765/2019, e fundamentada em evidências científicas e experiências exitosas em diversos países e baseada em estudos da ciência cognitiva da neurociência. Este guia visa apoiar o professor da pré-escola no planejamento de intencionalidades educativas preparatórias para a alfabetização, considerando os objetivos dos campos de experiências e eixos estruturantes, brincadeiras e interações, propostos pela BNCC para a Educação Infantil, e orientar sobre modelagens de aula, com os componentes essenciais da literacia e as noções elementares da numeracia, mencionados na PNA, de modo contextualizado, lúdico e significativo. Estruturamos o guia em capítulos: inicialmente apresentamos os fundamentos teóricos para as intencionalidades educativas e as diretrizes normativas. Em um segundo momento, apresentamos diversas propostas de modelagens de aula, que estão organizadas em duas partes: uma com orientações para a abordagem dos componentes da literacia e a outra para o trabalho com as noções da numeracia. Esperamos que este material promova o diálogo entre as aspirações do professor da pré-escola e os objetivos de preparação desta etapa, buscando uma transição positiva da Educação Infantil para o 1º ano do Ensino Fundamental e proporcionando melhores resultados, como é esperado nos instrumentos normativos. Em sintonia com o grupo de crianças pequenas, vamos vivenciar este momento de mudança entre uma etapa e outra, inspirados nos indicadores da ciência e das experiências exitosas, estabelecendo potentes Conexões emergentes. As autoras

Zoé Rios & Márcia Libânio

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................................... 5 Pré-escola na Base Nacional Comum Curricular: etapa de transição................................................................. 5 Preparação da alfabetização: a Política Nacional de Alfabetização..................................................................... 6 Fundamentos para as intencionalidades educativas ............................................................................................... 6

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Orientações e conceituações para as modelagens de aula de literacia e numeracia ...................................... 8 LITERACIA E NUMERACIA ................................................................................................................................................ 10 Componentes essenciais da literacia ..................................................................................................................... 10 Modelagens de aula da literacia ..............................................................................................................................13 1ª ETAPA: consciência fonológica: rimas, aliterações e segmentação de frases em palavras................... 13 Avaliação formativa ................................................................................................................................................. 19 2ª ETAPA: conhecimento alfabético: nome e som das letras e identificação sonora das sílabas ............ 19 Avaliação formativa .................................................................................................................................................24 3ª ETAPA: traçado das letras e identificação dos primeiros sons das palavras..............................................25 Avaliação formativa .................................................................................................................................................29 4ª ETAPA: escrevendo o nome e palavras simples ..............................................................................................30 Avaliação formativa .................................................................................................................................................34 5ª ETAPA: produção da escrita emergente: explorando a relação grafema/fonema ..................................34 Avaliação formativa .................................................................................................................................................38 Sugestão de cronograma..........................................................................................................................................38 Noções de numeracia ...............................................................................................................................................40 Modelagens de aula da numeracia ......................................................................................................................... 41 1ª ETAPA: noções elementares de matemáticas: descobertas e identificações ........................................... 41 Avaliação formativa .................................................................................................................................................45 2ª ETAPA: algarismos e noção de quantidade e de tempo................................................................................46 Avaliação formativa .................................................................................................................................................50 3ª ETAPA: traçado dos algarismos e noções de medidas, formas geométricas espaciais e temporais...50 Avaliação formativa .................................................................................................................................................53 4ª ETAPA: resolvendo problemas: sequências, padrões e registros com o concreto e numérico ...........54 Avaliação formativa .................................................................................................................................................59 5ª ETAPA: raciocínio lógico e as noções elementares de matemática na vida cotidiana .......................... 60 Avaliação formativa .................................................................................................................................................63 Sugestão de cronograma..........................................................................................................................................64 FICHAS PARA AVALIAÇÃO FORMATIVA .........................................................................................................................66 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................................................................68


Introdução Pré-escola na Base Nacional Comum Curricular: etapa de transição

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017, documento normativo que define os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, comportamentos, habilidades e conhecimentos a serem desenvolvidos ao longo da Educação Básica, estabelece 10 competências gerais que inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] (BRASIL, 2017, p. 8-9).

Na etapa da Educação Infantil, as competências transitam pelo eixo estruturante interações e brincadeiras e abarcam seis direitos de aprendizagens, que são materializados nos cinco campos de experiências, orientando a organização curricular e contribuindo para integrar e potencializar o ensino e a aprendizagem. Os campos de experiências estabelecem um arranjo curricular de forma a promover o desenvolvimento integral e propiciar o aprendizado. Direitos de aprendizagem: Conviver; brincar; participar; explorar; expressar; conhecer-se. Os campos de experiência: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

A etapa da Educação Infantil é dividida em creche (bebês com 0 a 1 ano e seis meses e crianças bem pequenas, de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e pré-escola (de 4 anos a 5 anos e 11 meses). A pré-escola é destacada na BNCC como a fase de transição entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, etapa em que se deve garantir a integração e a continuidade dos processos de aprendizagem entre ambas. Para a integração, considera-se a relação de interdependência entre os conteúdos das duas etapas. A continuidade entre esses ciclos está relacionada ao acolhimento do que a criança já consolidou em sua aprendizagem para o planejamento do que será apresentado no percurso da etapa seguinte. Ou seja, a continuidade está atrelada ao desenvolvimento de habilidades preparatórias para a futura alfabetização formal. Identifica-se nessa etapa um arranjo de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, dentro dos campos de experiências propostos pela BNCC, que salientam a importância da imersão da criança na cultura escrita, sugerindo o contato com as práticas de leitura de escrita, como nos campos Escuta, fala, pensamento e imaginação, assim como identificamos os campos de experiência Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações e Traços, sons, cores e formas nas noções da matemáticas.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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Preparação da alfabetização: a Política Nacional de Alfabetização As orientações deste Guia de preparação para a alfabetização na pré-escola permitem a elaboração de projetos e ações pedagógicas para a efetivação da Política Nacional de Alfabetização (PNA), de 2019, e dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017. As diretrizes que orientam as intencionalidades educativas preparatórias para a alfabetização foram determinadas pelo decreto 9.765/ 2019, que institui a Política Nacional de Alfabetização. As orientações da PNA definem também a Educação Infantil como receptora das prescrições presentes nesse documento.

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Contudo, a alfabetização na PNA é enfatizada na perspectiva da literacia, que é “o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, bem como suas práticas produtivas” (MORAIS, 2014 apud BRASIL, 2019, p. 21). A literacia está compreendida em vários níveis, sendo a literacia emergente responsável pelas aprendizagens que favorecem, o processo de alfabetização. A PNA ainda trata da literacia familiar, que está relacionada às experiências de leitura e escrita na convivência familiar, que é destacada no documento como “educação não formal – designação dos processos de ensino e aprendizagem que ocorrem fora dos sistemas regulares de ensino” (BRASIL, 2019, p. 51). De acordo com a PNA, as experiências de alfabetização devem perpassar as vivências da criança mesmo antes do ensino formal da leitura e da escrita. A Educação Infantil deve ser considerada como o momento de preparação para a leitura e a escrita, bem como para o “conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas com a matemática” (BRASIL, 2019, p. 51), a numeracia. O processo de preparação para a alfabetização nessa perspectiva ocorre, então, antes do processo formal de alfabetização, seja na família, nas trocas pela oralidade, nos estímulos com textos escritos ou dentro de um contexto formal na pré-escola.

Fundamentos para as intencionalidades educativas As prescrições normativas e teóricas na PNA indicam ações de ensino e aprendizagem de alfabetização, baseadas em evidências científicas e experiências exitosas, e presentes em diversas publicações – como o National Reading Panel, de 2000; o National Early Literacy Panel e o National Mathematic Panel, ambos publicados em 2008; e o Developing Early Literacy, de 2009 –, todas fundamentadas na neurociência, área do saber norteador desses relatórios e base do decreto 9.765/2019, que institui a nova política de alfabetização. A neurociência é uma área interdisciplinar que, em síntese, se ocupa do estudo das reações macro e microscópicas que ocorrem no sistema nervoso. Dentre os seus campos, temos a ciência cognitiva, que enfoca o funcionamento do cérebro durante a aprendizagem e nos resultados das estratégias de ensino; a psicologia cognitiva, que se refere às pesquisas científicas dos processos psicológicos que estão envolvidos na aquisição de conhecimentos e processamento da informação. Destaca-se, na ciência cognitiva, a ciência cognitiva da leitura, que se dedica, especialmente, ao estudo do “conjunto de evidências científicas sobre como as pessoas aprendem a ler e a escrever e como se deve ensiná-las” (SARGIANI; MALUF, 2018, p. 479). A aprendizagem da leitura e da escrita na perspectiva da neurociência decorre da percepção de que a fala é composta da associação dos diferentes sons, que são os fonemas, e que estes são representados na escrita pelas letras, em última análise é o princípio alfabético e corresponde ao início da consciência fonológica, fundamental para o aprendizado da leitura e que precisa ser ensinado (ARAÚJO, 2011, p. 61).

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


A ciência cognitiva da leitura, dentro da neurociência, além de explicar os aspectos de como se aprende a ler e a escrever, constata que a aprendizagem “da leitura e a escrita precisam ser ensinadas de modo explícito e sistemático (DEHAENE, 2011 apud BRASIL, 2019, p. 20), ou seja, o processo de aprendizagem não é natural nem espontâneo. A leitura e a escrita são convenções criadas pela humanidade, assim é necessário aprendê-las.

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Campos da neurociência Elaborado pelas autoras. © Mário Vinícius Silva

Na concepção da ciência cognitiva da leitura, o processo de alfabetização consiste no “ensino das habilidades de leitura e de escrita em um sistema alfabético” (BRASIL, 2019, p. 50). Para tanto, as intencionalidades educativas precisam desenvolver o conhecimento do sistema alfabético, pois nesse sistema “o que ensina é um modo de representação gráfica que representa sons por meio de letras” (MORAIS, 2014 apud BRASIL, 2019, p. 18). Nessa perspectiva, evidenciamos a instrução ex-

Entendendo esse processo, fica evidente a importância de proporcionar ao alfabetizando muitas experiências na pré-escola e de guiá-lo, de forma gradativa, para a aprendizagem das relações grafofonêmicas, que não são adquiridas apenas pelo fato de ele estar imerso no mundo letrado. Essa compreensão sobre o princípio alfabético no processo de aquisição da escrita implica na implementação de ações educativas pontuais e sequenciadas, que serão determinantes para bons resultados em todo esse processo. Segundo Linnea Ehri (2013; 2014 apud BRASIL, 2019, p. 26), a aprendizagem de leitura e escrita se dá em quatro fases de desenvolvimento, e a passagem de uma fase para outra é gerada pelo uso que se faz do código alfabético, que implica nas relações entre as letras e os sons. As fases do desenvolvimento da leitura e da escrita são: fase pré-alfabética; fase alfabética parcial; fase alfabética completa; fase alfabética consolidada. O progresso de uma fase para outra deve ser sequencial e gradativo e depende das experiências vividas e dos conhecimentos adquiridos. Os avanços e conhecimentos sobre o sistema alfabéticos permitem diferentes leituras e compreensão de mundo, que contribuem para a aquisição das noções básicas de matemática. As habilidades sobre as noções iniciais de matemática desenvolvem-se por meio dos construtos teóricos elaborados pela psicologia cognitiva e pela ciência cognitiva. A preparação direta e indireta do ensino dessas noções também são importantes para a aprendizagem e para o sucesso no ensino formal. Todas estas orientações se complementam quando entendemos a importância, nessa etapa preparatória para a alfabetização, de recepcionar as demonstrações de interesses das crianças pelos encantos dos textos poéticos e narrativos, pelos registros gráficos, bem como pelas noções básicas de matemática, no contato com registros e símbolos na vida cotidiana.

plícita para a aprendizagem da leitura e da escrita, ou seja, não se aprende a ler como se aprende a falar. Assim, alfabetização é um processo que exige o aprendizado das regras sobre a correspondência entre grafema-fonema/fonema-grafema, iniciando o processo de decodificação, em que se reconhece a sequência de letras escritas a sua forma fonológica (ou pronúncia), e © Carlos Jorge Nunes

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Nesse sentido, durante o processo de alfabetização, ocorrem inter-relacionados no cérebro o processamento fonológico e o processamento visual, de modo que “uma palavra quando é vista, ativa no cérebro as mesmas áreas que uma palavra quando é ouvida” (BRASIL, 2019). Isso significa que distintas áreas são ativadas no cérebro ao mesmo tempo para a aquisição da leitura.

a codificação, em que se relaciona os sinais gráficos (letras ou grafemas) com os sons emitidos na fala. Diante da concretização desses dois processos, decodificação e codificação, inicia-se o processo de ler e escrever. Zoé Rios & Márcia Libânio

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Orientações e conceituações para as modelagens de aula de literacia e numeracia Modelagem de aula é uma apresentação de uma aula exemplificativa, dirigida a professores, podendo ocorrer por execução simulada ou real.

Destacamos, antes de finalizar este capítulo, questões relevantes sobre as propostas das modelagens de aula, descritas a seguir, com o propósito de subsidiar o trabalho preditor para a alfabetização na pré-escola, com a literacia e a numeracia. Todas as sugestões de ações educativas das modelagens são fundamentadas na BNCC e na PNA.

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As modelagens apresentam a preparação para a prática e as instruções explícitas, que dão pistas sobre como o professor pode apresentar às crianças pequenas as suas intencionalidades educativas, para o alcance de seus objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Em cada modelagem, estão pontuados o componente e os elementos específicos a serem trabalhados. Contudo também é importante fazer alusão, nessa trajetória, à compreensão dos seguintes aspetos: Objetivos da BNCC: Colocamos no cronograma da literacia e da numeracia os códigos alfanuméricos da BNCC. Os campos de experiência Escuta, fala, pensamento e imaginação, Traços, sons, cores e formas e Espaços, quantidades, relações e transformações contêm objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que dialogam diretamente com as propostas de preparação para a alfabetização da PNA. Para incluir todos: Ao preparar as modelagens de aula, indicamos que o professor verifique se a estratégia adotada para a atividade inclui a participação de todos. É preciso identificar as barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais; propor apoio, quando necessário, para atender as diferenças e melhorar as relações; buscar ajuda na comunidade escolar e familiar. Se, no grupo, houver crianças com necessidade especiais de acessibilidade, adapte a modelagem de aula, de forma que acolha as particularidades de cada uma delas com naturalidade. Contextos prévios: Identificar sempre ao iniciar a atividade os conhecimentos prévios das crianças e o contexto das atividades, para garantir adequação nas instruções explícitas e nas intervenções durante as modelagens de aula. Frequência das modelagens de literacia e numeracia: Abordar os componentes da literacia e as noções de numeracia todos os dias de aula, de forma direta ou indireta, variando sempre as maneiras de apresentar os desafios dos conteúdos na instrução explícita, ou mesmo variando modelagens de aula, como alguns exemplos citados. Etapa: A divisão em cinco etapas, que pode ser correspondente a um bimestre, tem como objetivo estruturar de forma sequencial e organizada os componentes da literacia e as noções da numeracia. Na tentativa de apoiar o planejamento do professor na elaboração de seu próprio cronograma, para o desenvolvimento de seu trabalho durante o ano, destacamos para cada etapa elementos a serem trabalhados, obedecendo uma ordem progressiva e, ao mesmo tempo, com alguns elementos em circularidade. Lembrando que é uma sugestão, cabe ao professor reformular e adequar. Objetivos das partes: Delimitamos os objetivos no início de cada etapa, evidenciando, na literacia, os elementos de cada componente essencial de preparação para alfabetização e, na numeracia, evidenciando as noções e os elementos de cada noção abordada. Avaliação formativa: A avaliação formativa ao longo do processo tem como objetivo acompanhar, monitorar e, sempre que preciso, readequar as ações educativas. Ela deve acon8

Conexões emergentes – literacia e numeracia


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tecer durante todo o tempo a partir do registro sobre cada criança, da turma e da adequação da modelagem de aula; é realizada pelo professor, pela comunidade escolar e pelos familiares, como também pelo arquivamento de atividades que documentam experiências das crianças e que podem ser analisada por todos, em momentos posteriores, inclusive, pela criança. Para isso, propomos a utilização de fichas para avaliação formativa (exemplificadas no final desde guia nas páginas 66 e 67), que, ao serem preenchidas, permitem o monitoramento do desenvolvimento de cada criança pelo professor durante as atividades e após cada etapa; além de possibilitar trocas com gestores sobre as observações anotadas. Outro instrumento rico e potente é a construção de um portfólio. O portfólio ajuda na organização e no arquivamento das experiências vividas por meio de fotos e das experiências gráficas realizadas pelas crianças, para que, futuramente, possam conferir, retomar as suas tarefas e, sobretudo, identificar os avanços alcançados e acompanhar o seu processo. O portfólio também é um recurso para a família observar o que foi desenvolvido ao longo do ano, além de apresentar a produção da criança. Ele deve ser preenchido durante cada etapa e ser um baú de memórias. Nessa mesma perspectiva, sugerimos o monitoramento da aquisição da habilidade prevista por meio de indicadores de aprendizagem, em que a criança realizará individualmente uma atividade com orientação direta e suporte do professor. Tal verificação objetiva oportunizar as coletas de dados individuais e o acompanhamento do alcance dos objetivos. Os registros das informações devem servir para replanejamento e readequação das ações educativas. Trazemos ao final de cada etapa, exemplos de orientações formais desses indicadores individuais, enfatizando, contudo, que a avaliação deve estar presente durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Outro objetivo da avaliação formativa é fornecer dados para que o professor possa planejar as ações educativas futuras, além de permitir que o estudante perceba o que ele aprendeu e o que não aprendeu. Quando a avaliação acontece ao longo do processo de ensino e aprendizagem, ela tem ainda o objetivo de reorientar. De acordo com a BNCC, “é preciso acompanhar tanto essas práticas quanto as aprendizagens das crianças, realizando a observação da trajetória de cada criança e de todo o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens” (BRASIL, 2017, p. 39), em uma perspectiva não classificatória.

Organização e frequência das modelagens de aula: Apresentamos as modelagens dentro de uma ordem progressiva dos elementos/componentes essenciais e noções que estão sendo enfatizados em cada etapa, considerando, assim, os objetivos propostos para cada uma ao longo da pré-escola. Distribuímos sequencialmente os conteúdos de literacia e numeracia em cinco etapas. Deve-se avaliar a necessidade de repetir as modelagens, na mesma etapa e ou na etapa posterior, para reforçar, avançar e ou ampliar o repertório trabalhado, buscando consolidar os objetivos propostos. Quanto à frequência indicamos que a modelagem seja abordada pelo menos duas vezes, pois uma vez garantida a compreensão, pela criança, da dinâmica da modelagem e do componente abordado, em um segundo momento ela será amplamente explorada. Ao mesmo tempo, pode-se avaliar a adequação da modelagem, se é necessário replanejá-la e readequá-la à turma, como também se o material atendeu. Periodicidade da abordagem dos componentes e noções: A abordagem de todos os componentes será realizada várias vezes durante o ano, de forma gradativa conforme pode ser verificado no cronograma. Porém, sugerimos variar o contexto (momentos e formas de abordar, temas), o conteúdo (ex.: rima, aliteração, sílaba), bem como os recursos e as formas de apresentação, dificultando ou facilitando, para que se possa consolidar os objetivos. Alguns componentes e noções, que possuem ampla gama de objetivos e que não dependem de uma lógica de progressão de dificuldade para serem consolidados, deverão ser trabalhados, se possível, cotidianamente. Nossa proposta aqui foi elucidar alguns exemplos de modelagens de aula para a preparação da alfabetização, literacia e numeracia que devem ser tratados concomitantemente nos planos de aula do professor. Espaço: O ambiente em que acontecem as modelagens de aula pode ser definido pelo professor, conforme as situações possíveis: sala, pátio ou espaço com determinação de limite. Tempo de duração das atividades: O tempo de duração das atividades deve ser de 20 a 30 minutos, podendo chegar a 40 minutos, observando sempre o interesse da turma.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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Literacia e Numeracia Este capítulo está dividido em duas partes: literacia e numeracia. Consideramos aqui a BNCC, que atribui à pré-escola o cunho de preparação para o Ensino Fundamental, e a PNA, que enfatiza a importância de, no processo de preparação para a alfabetização, desenvolver habilidades precursoras de literacia e de numeracia. Em ambas as partes, apresentamos conceituações teóricas, sugestões de modelagens de aulas organizada em cinco etapas e sugestões de avaliação formativa. Na parte da literacia, consideramos os componentes essenciais para a alfabetização e, na numeracia, as noções elementares para a matemática em um trabalho simultâneo.

Componentes essenciais da literacia Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Nesta parte do Guia, serão apresentadas atividades em forma de modelagens de aula para a pré-escola, visando à preparação para a alfabetização dentro do campo da literacia, com foco na literacia emergente, que é a primeira fase da construção e do desenvolvimento da literacia, permitindo, por um lado, a compreensão de muitas características e funções das linguagens falada e escrita e, por outro lado, a formação de conceitos e o desenvolvimento de capacidades específicas de leitura e de escrita (SMITH; DICKINSON, 2002 apud GOMES; SANTOS, 2005, p. 318).

Ou seja, a literacia emergente é a fase, na pré-escola, de preparação para a alfabetização que se realizará nos anos iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com o National Early Literacy Panel (2009), a literacia emergente perpassa os conhecimentos, atitudes e competências relativas à linguagem escrita que antecedem e preparam a aprendizagem formal da leitura, e deve acontecer de forma lúdica na Educação Infantil, com atividades preparatórias para a alfabetização, mas de modo intencional. Por outro lado, a Política Nacional de Alfabetização propõe em um dos eixos a literacia familiar, que são as experiências com os familiares. Esses momentos são de grande valor para as futuras aprendizagens e devem ser estimulados, considerando que o ambiente familiar propicia ricas interações verbais. Estas interações consistem nos momentos de diálogo entre adultos e crianças, conversas informais, aquelas que respondem às curiosidades e aos questionamentos, contribuindo de forma significativa para o aumento da qualidade e quantidade dos recursos linguísticos das crianças, despertando, por meio da oralidade, o interesse pela língua escrita. No convívio familiar, outra prática que favorece o desenvolvimento da linguagem e tem papel importante para a literacia é a leitura dialogada. Essa concepção de leitura refere-se às conversas entre adultos e crianças antes, durante e depois da leitura em voz alta. A essência da leitura dialogada é que adultos e crianças, quando praticarem a leitura em voz alta, interajam por meio de perguntas e respostas. A leitura não é somente o adulto lendo em voz alta e a criança Literacia familiar foto: Érica Santos

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


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apenas escutando. É uma leitura em bate-papo. Para tanto, deve-se incentivar as famílias à leitura e à troca de conhecimentos, por meio da oralidade, com os seus filhos. O programa do governo Conta pra mim, de 2019, fornece orientação aos educadores para estimular os familiares das crianças nesses momentos de interação. Segundo as diretrizes da PNA, a literacia familiar é essencial para que a alfabetização formal na Educação Fundamental seja bem-sucedida. Na BNCC, no campo de experiência Escuta, fala, pensamento e imaginação, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento discorrem sobre a relevância dos momentos de leitura dialogada e interações verbais, como: (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão e (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. As modelagens de aulas referentes à literacia para a pré-escola, aqui sugeridas, estão organizadas de acordo com cinco componentes essenciais de preparação para a alfabetização e os princípios e objetivos previstos no decreto 9.765, de 11 de abril de 2019, que institui a Política Nacional de Alfabetização. Do mesmo modo, as modelagens estão em sintonia com os eixos estruturantes das práticas pedagógicas para a Educação Infantil, interações e brincadeiras com os campos de experiências proposto para a pré-escola e os respectivos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para cada etapa na BNCC. Apresentamos a seguir os cinco componentes essencias para a alfabetização. O componente leitura fluente não foi abordada por não ser considerado um elemento essencial nessa etapa de preparação.

1. Consciência fonológica e fonêmica (CFF) Ler e escrever são competências que partem do desenvolvimento da capacidade de discriminação auditiva, sobretudo, da consciência dos sons da linguagem, identificando e manipulando os sons individuais das palavras faladas, isto é, do desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica. Por essa razão, o National Reading Panel elencou essa habilidade entre os componentes essenciais da alfabetização. A consciência fonológica é uma competência associada à reflexão sobre a linguagem oral, sendo crucial na evolução da leitura e da escrita, já que só com a aquisição progressiva dessa habilidade é possível

estabelecer relações mais sistemáticas entre o oral e o escrito. A consciência fonológica engloba não só a consciência de unidades sonoras, como as sílabas e as rimas, mas também a consciência dos fonemas, que se referem aos sons das letras. Assim a consciência fonêmica é “conhecimento consciente das menores unidades fonológicas da fala e a habilidade de manipulá-las intencionalmente” (BRASIL, 2019), sendo que o reconhecimento de que os sons da fala são passíveis de ser manuseados em partes pequenas. Para aprofundar o conhecimento em Fonética e Fonologia, indica-se o projeto Fonética & Fonologia: Sonoridade em Artes, Saúde e Tecnologia, disponível em: http://www. fonologia.org/index.php. Nessa página você encontrará um rico material sobre aspectos fisiológicos e articulatórios da organização da fala, dos sons e dos fonemas de poder ouvir todos os sons do português e assistir à animação dos articuladores se tocando.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades. (EI02EF02) Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos poéticos. (EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos. (EI03TS03) Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons.

2. Conhecimento alfabético (CA) Contempla o conhecimento do alfabeto: associações com o nome, o som, o traçado das letras e sua identificação. Esse componente faz articulação com os componentes "conciência fonológica fonêmica" e "produção de escrita emergente", pois o alfabeto é dotado de um conjunto de regras para que se transite entre os domínios dos sons falados e dos grafemas impressos. Assim a criança deverá conhecer o nome e o som das letras e o seu traçado correto. Conhecer essas regras permitirá que as crianças se tornem proficientes em leitura e em escrita. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. (EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos

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3. Desenvolvimento de vocabulário (DV) O desenvolvimento de vocabulário é fundamental para a compreensão da literacia. Nesse componente deve-se focar no conhecimento das palavras, possibilitando a aquisição de vocabulário novo e a conexão das ideias transmitidas. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

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(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas.

4. Compreensão oral de textos (COT) A compreensão de textos ajuda a desenvolver habilidades para a compreensão final da leitura. Envolve extrair os significados, identificar as mensagens implícitas e explícitas, conhecer a intenção do autor e relacionar o texto às informações já conhecidas. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história. (EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba. (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. (EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura. (EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).

5. Produção de escrita emergente (PEE) A escrita emergente tem como objetivo desenvolver os aspectos precursores da escrita, tais como a “pega do lápis”, a coordenação motora fina, preparando a criança para desenhar e traçar letras, bem como o reconhecimento e a escrita do próprio nome, do nome do colega e de outras palavras simples. A escrita envolve diferentes dimensões e todas elas precisam ser ensinadas, de forma paralela, simultâneamente e com as atividades de leitura, mas de forma independente. É preciso destacar o traçado correto, a manipulação do lápis, a direção conforme o alfabeto latino – da esquerda para a direita, de cima para baixo –, o movimento – o traçado das letras têm movimentos corretos, que definem onde

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

começa e termina cada uma –, a altura – há diferenças de altura entre letras. A discriminação de letras muito parecidas precisa ser ensinada com cuidado especial. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos. (EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas. (EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Os componentes compreensão oral do texto – COT e desenvolvimento do vocabulário – DV vão acompanhar todos os momentos do processo de preparação para a alfabetização como um carrossel, que gira em torno de todas as ações educativas de forma indireta. No entanto, também são componentes que devem ser tratados de forma sistemática, e para atender a essa necessidade, elaboramos algumas sugestões mais diretivas, que cumprirão os objetivos desses elementos de forma estruturada visando a aprendizagem e desenvolvimento desses componentes. Nas cinco etapas descritas a seguir, encontram-se as modelagens de aula para literacia, em que são abordados todos os componentes essenciais de preparação para a alfabetização, obedecendo a uma organização sequencial de ações educativas. Lista das abreviaturas dos componentes CA conhecimento alfabético CFF consciência fonológica e fonêmica COT compreensão oral de textos DV desenvolvimento de vocabulário PEE produção de escrita emergente


Modelagens de aula da literacia

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1ª ETAPA: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: RIMAS, ALITERAÇÕES E SEGMENTAÇÃO DE FRASES EM PALAVRAS Na primeira etapa, sugerimos o trabalho, dentro do componente CFF, da discriminação auditiva, com brincadeiras e interações – utilizando jogos verbais do universo infantil e a recitação de parlendas, quadrinhas e trava-línguas (rimas e aliterações), que são recursos ricos para desenvolver as habilidades precursoras para a alfabetização –, podendo ser abordada de forma indireta e direta. Nesta etapa temos também o objetivo de trabalhar a segmentação das frases em palavras por meio de jogos orais, para o componente CFF. As atividades de coordenação motora fina, para o componente PEE, como a orientação sobre manipulação do lápis grosso, lateralidade e espacialidade do traçado e tônus, devem ser iniciadas de forma explícita. As atividades de COT e DV devem acontecer durante todas as etapas da pré-escola, com algumas sugestões de leitura dialogada e interações verbais. O desenvolvimento da habilidade de discriminação auditiva é um pré-requisito para a alfabetização, considerando que a alfabetização está relacionada a correspondência fonema/grafema, grafema/fonema. Para o desenvolvimento desta habilidade, é necessário praticá-la bastante, por meio da localização e diferenciação do som e a identificação do som em sequência.

MODELAGENS DE AULAS: QUE SOM FALTA? [CFF: DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA] Preparação e prática: A atividade para trabalhar a discriminação e localização dos sons em uma sequência pode acontecer em sala ou em área livre. Instrução explícita: Com as crianças em roda, sentadas no chão, peça que prestem bastante atenção nos sons que serão produzidos. Os sons podem ser, por exemplo, lá, cá e vá; o som de assovio, palma e sopro; ou duas palmas, três batidas de pé e uma palma. “Vou fazer três sons em sequência, prestem atenção.” Repita os sons para memorizarem. “Agora, vou repetir e saltar um som. Vou indicar uma criança que deverá repetir a sequência, completando com o som que faltou.” Se houver dificuldade, peça para que a turma fale o som que faltou. Na medida em que as crianças vão respondendo com facilidade, aumente gradativamente o número de sons na sequência. Para a literacia emergente, deve-se trabalhar o componente essencial de preparação para a alfabetização consciência fonológica e fonêmica [CFF], contemplando o reconhecimento e a divisão de frases em palavras, de palavras em sílabas e das sílabas em fonemas; a segmentação de palavras em seus sons (fonemas); e a síntese de sons (fonemas) em palavras, permitindo o reconhecimento de palavras, sílabas, aliterações e rimas numa perspectiva de ação educativa preparatória para a alfabetização.

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MODELAGEM DE AULA: SEPARANDO PALAVRAS [CFF: SEGMENTAÇÃO DA FRASE EM PALAVRAS] Preparação e prática: Demonstrar a atividade para a turma, explicando que será trabalhada a separação das palavras dentro de uma frase. Começar com frases de poucas palavras e, aos poucos, aumentar a quantidade de palavras na frase. Selecionar frases contextualizadas no cotidiano das crianças antecipadamente.

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Instrução explícita: “Hoje vamos contar as palavras de uma frase. Devemos bater uma palma para cada palavra dita dentro da frase”. O professor demonstra dando um exemplo, falando a frase devagar: “Ouçam: Bom dia! Vamos repetir esta frase batendo palma? Bom dia! – duas palmas = duas palavras.” O professor deve enfatizar: “Duas palavras, duas palmas”. Apresentar outras frases para as crianças executarem: “Escutem o que eu vou dizer: Vamos lanchar! Nesta frase, temos quantas palavras? Vamos bater palma para cada uma delas? Va-

mos, bata palma; lanchar, bata palma novamente. Ouçam esta frase: Vamos lanchar no pátio. E agora, quantas palavras?” Pedir novamente que batam palma para cada palavra. É interessante aumentar aos poucos o número de palavras na frase para facilitar a percepção. Substitua as palmas por um pulo em cada palavra, marcando com os dedos das mãos, ou, se possível, o som de um instrumento cada palavra falada. Indicar ao final da marcação quantas palavras foram pronunciadas. Exemplo de frases: • “Ótimo”, “Olá” (uma palavra); “Olá, turma”, “Muito bom”, “Boa tarde” (duas palavras); “Hora do lanche”; “Hoje tem biblioteca” (três palavras); “O médico disse que eu cresci”; “Minha família foi almoçar no restaurante” (seis palavras). • Frases contextualizadas de parlendas que já são conhecidas: “Cai, cai balão”; “O sapo não lava o pé”; nome próprio das crianças e do professor; trava-línguas; quadrinhas; poesias e ditos populares; frases curtas de livros de literatura; títulos de histórias infantis, de brincadeiras; nome de cidades conhecidas, de bairros ou ruas; e, até mesmo, palavras compostas: beija-flor; bem-me-quer; cachorro-quente. Esta atividade também pode ser realizada a partir da leitura de imagens. Por exemplo, apresentar uma imagem com um gato saltando (frase: O gato salta) ou uma imagem de um bebê chorando (frase: O bebê chora). Fazer a mesma marcação de cada palavra na frase, contando cada palavra.

MODELAGEM DE AULA: ARTE E TRAÇADO [PEE: COORDENAÇÃO MOTORA FINA] Preparação e prática: O professor explica a atividade, orientando a turma a fazer um colorido bem fraquinho em todo o papel (usar lápis de cera ou guache) e, depois, fazer um desenho por cima da pintura. A direção do movimento do colorido deve ser orientada para atingir o objetivo da atividade. Para esta atividade será preciso papel A3, papel A4, giz para quadro (lousa), lápis de escrever grosso, giz de cera grosso, tinta guache e pincel. Demonstrar para a turma como deve ser realizado o colorido do fundo do papel.

Produção de escrita emergente: Nesta 1ª etapa sugerimos desenvolver habilidade de coordenação motora fina com traçados livres e orientados, orientando a manipulação correta do lápis e a observação quanto à direção (esquerda e direita) e à espacialidade.

Instrução explícita: “Vocês vão colorir sem virar o papel! O papel fica ‘preso’ na carteira. Usem o giz de cera bem de levinho para o colorido ficar bem clarinho! É importante sempre colorir em um único movimento.” Demonstre no quadro que o movimento do giz de cera no papel não deve ser feito com variações de movimentos (ora pela largura, ora pelo comprimento do papel). Peça que façam um esboço da ilustração com o lápis de escrever grosso por cima do fundo que já tinham colorido. “Depois de desenhar com o lápis de escrever, passem por cima dele, com mais força, o giz de cera!” Os trabalhos podem ser expostos em um varal, ou mural, que permita a visualização da comunidade escolar. Propor momentos de trocas e comentários sobre o controle da força e dos movimentos do lápis com as crianças. 14

Conexões emergentes – literacia e numeracia


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MODELAGEM DE AULA: OUVINDO E CONHECENDO HISTÓRIA [COT; DV: INTERAÇÃO VERBAL; LEITURA DIALOGADA] Esta modelagem será desenvolvida em diversos momentos durante o ano, escolhendo a cada momento uma nova história.

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Leitura dialogada é uma forma de compartilhar a leitura de histórias através de conversas sobre a narrativa lida pelo adulto. O contador da história, o professor, encoraja as crianças a participarem ativamente na roda de histórias, provocando o desenvolvimento de habilidades de compreensão de texto e enriquecimento do vocabulário.

Preparação e participação: O professor deve escolher previamente um livro de literatura infantil na biblioteca da escola. Ao se inteirar do enredo, das características dos personagens e do vocabulário, o professor pode elaborar perguntas para a turma, antes da leitura. Mostrar a capa do livro, ler o título, o nome do autor e do ilustrador da história. Fazer levantamentos sobre a história a partir da capa, do título, da quarta (última) capa e das ilustrações. Anotar as hipóteses das crianças e, após a leitura do livro, confirmar ou não as hipóteses levantadas. Dicas: Fazer combinados para que a atividade flua calmamente. 1ª instrução explícita: “Vamos ler um livro muito bonito! É a história da Cinderela. Vocês conhecem? Mas, antes, temos que fazer alguns combinados: prestar bastante atenção e não conversar com o colega. Podem fazer perguntas e, nos momentos de integração, participar.” O professor ainda pode explorar e pedir: “Falem um pouco da ilustração da capa! O que tem aqui? Vou ler este texto da quarta capa e vou mostrar as ilustrações do livro. Observem com atenção, pois as ilustrações geralmente apresentam detalhes da história.” Faça apontamentos, proponha questões e peça para as crianças se pronunciarem. “Vocês podem pensar algo sobre esta história observando as ilustrações e conhecendo o texto da quarta capa?” 2ª instrução explícita: “Vou ler o conto O lobo e os setes cabritinhos, mas antes tenho algumas perguntas: Alguém já ouviu essa história? O que ela conta? O que acham que acontece nela? Como será o final? O que a ilustração da capa pode nos falar sobre a história? Na última capa tem outra ilustração e um texto também. Vou ler para vocês. Será que ele vai nos ajudar a entender o que se passa na história? Vou escrever no quadro tudo o que vocês falaram sobre esse conto e, quando terminar de ler o livro, vamos ver se vocês estavam certos.”

Depois da leitura, faça outras perguntas: “Quem são os personagens da história? Onde ela acontece? Os cabritinhos acreditaram no lobo? A mãe dos cabritinhos teve que sair, como ela orientou os cabritinhos antes de sair? O que o lobo fez para os cabritinhos abrirem a porta? Um dos cabritinhos se escondeu, o que ele fez? O que aconteceu depois que o lobo entrou na casa dos cabritinhos? Como os cabritinhos se salvaram? Como terminou a história? Vocês acham que a história poderia ter terminado de outra maneira?” Pós-leitura: Após a leitura das histórias, propor a dramatização, com orientação do professor. Pedir que comentem sobre as características dos personagens e sobre a parte da história que acharam mais interessante, mais triste e assim por diante. A leitura de livros infantis acontece ao longo do ano, todos os dias.

Sugestão de leitura: Eu acho que não! Autora: Eunice de Melo Ilustrações: Fran Junqueira Editora RHJ (2019) 28 p. [texto em caixa-alta]

Sugestão de leitura: A baleia e o submarino Autor: Mario Vale Ilustrações: Mario Vale Editora RHJ (2019) 28 p. [texto em caixa-alta]

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Esta atividade será desenvolvida em diversos momentos para o mesmo componente e objetivo com variações. Motricidade é o desenvolvimento da coordenação motora fina e da manipulação do lápis em atividades de desenhar, traçar e controle da força muscular no uso do lápis.

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Preparação e prática: O professor conversa com as crianças sobre o uso do lápis e demonstra, no ar, com o lápis na mão, o movimento que imita o traçado de linhas curvas e quebradas e círculos. Neste momento, o professor deve observar como cada criança está utilizando o lápis. Para a atividade, deve-se distribuir folhas grandes, cartolinas ou papel Kraft, demarcando com uma gravura o início do traçado, que será feito pelo professor no quadro e reproduzido pelas crianças no papel. Sempre começando da esquerda para a direita. A utilização do papel grande permite movimentos mais amplos, porém, em momentos diversos, é possível variar e usar papel A4, impresso, com a indicação do tipo de traçado a ser realizado.

Instrução explícita: “Vamos fazer um rio com peixinhos.” Indicando onde devem iniciar o traçado das linhas, pedir para que as crianças observem o sinal, à esquerda da folha, para fazer o rio. O professor pode fazer uma das margens, ou uma linha sinuosa, para as crianças fazerem outra paralela acompanhando. Caso prefira, o professor pode apenas começar o traçado ou somente apresentar no quadro como modelo. Após desenharem o rio: “Agora, dentro das linhas do rio, vamos fazer um peixinho nadando para a direita e um peixinho nadando para esquerda, vamos desenhar barquinhos, o movimento das águas etc.” O professor deve orientar sobre a espacialidade, direcionando o ponto de partida e o movimento da esquerda para a direita. Aos poucos esse controle de espacialidade e tônus será exigido com mais reforços. Após esta atividade, propor atividade para complementar linhas diversas iniciadas pelo professor. A espacialidade e a organização do tamanho do traçado e a forma como foi usada a folha são tarefas que devem ser orientadas a partir da intervenção do professor. Esta atividade deve acontecer várias vezes.

Nas atividades para o componente essencial de preparação para a alfabetização produção de escrita emergente [PEE], inicia-se o traçado com a manipulação do lápis grosso, próprio para crianças pequenas. O uso do lápis deve ser sempre orientado quanto à forma de segurar, à força utilizada, bem como em relação à organização espacial do traçado no papel e ao movimento da esquerda para a direita. O uso do lápis não pode indicar a ausência de atividades com pincéis, giz de cera, pinturas, colagens e dobraduras com materiais multissensoriais, que relacionam habilidades de coordenação fina e artes.

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MODELAGENS DE AULA: TRAÇANDO LINHAS [PEE: COORDENAÇÃO MOTORA FINA – TRAÇADO DE LINHAS]

MODELAGEM DE AULA: CONTANDO COM A BOLA [CFF: SEGMENTAÇÃO DE FRASES EM PALAVRAS] Preparação e prática: Organizar as crianças em roda, separar uma bola para a atividade e utilizar os exemplos de frases da modelagem “Separando palavras”. Instrução explícita: Explicar como a atividade vai acontecer. “Hoje, nesta brincadeira, vamos separar as palavras de uma frase. Vou jogar a bola para uma das crianças e falar uma frase. Quem receber a bola deve ir ao centro da roda, bater a bola no chão para cada palavra da frase. Todos vão dizer quantas palavras têm a frase que eu disse. Logo depois, a criança retorna para o seu lugar. O professor diz: "Eu vou jogar a bola para outra criança fazer o mesmo.” Continue a atividade fazendo com outras crianças da roda a mesma proposta: joga a bola e fala uma frase, quem receber a bola, vai ao centro da roda, bate a bola no chão contando o número de palavras da frase, todos dizem quantas palavras têm a frase. Em um segundo momento, explorar o reconhecimento de sílabas na palavra com esta mesma modelagem. 16

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MODELAGEM DE AULA: O QUE VEJO NA FIGURA? [CFF; DV: SEGMENTAÇÃO DE FRASES EM PALAVRAS]

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O domínio de vocabulário e de estruturas linguísticas depende, em grande medida, da estimulação que a criança recebe por parte das pessoas com quem convive. As atividades para o desenvolvimento de vocabulário [DV] contribuem significativamente para os avanços da literacia emergente e deverão ser realizadas nos diversos momentos no ambiente escolar e na convivência dos familiares com as crianças.

Preparação e prática: Preparar fichas com desenhos ou gravuras de objetos, animais ou cenas simples. Exemplos: bola vermelha, boné azul, janela verde aberta, céu com nuvem, árvores balançando, criança correndo etc. A gravura deve ser clara. Pedir para as crianças descreverem as gravuras e separem cada palavra da frase que for dita.

Instrução explícita: O professor diz, mostrando, por exemplo, a imagem de uma bola vermelha: “Vejam esta imagem! Agora vocês vão dizer o que estão vendo e, depois, vamos separar cada palavra da frase.” Marcando as palavras, explique com um exemplo: “A bola é vermelha = /A/ é uma palavra; /bola/ é outra palavra; /é/ é outra palavra; /vermelha/ é outra palavra.” Propor que as crianças marquem com palmas, ou contando nos dedos, as palavras das frases que descrevem as gravuras. Mostrar outras cenas e pedir para as crianças descreverem e explorarem a quantidade de palavras. O professor pode intervir no uso dos artigos, por exemplo, a criança diz “bola azul” e o professor completa a frase: “a bola azul”. Explorar também o vocabulário, em um segundo momento, ao descrever as ilustrações. Por exemplo: Quais as outras cores poderia ter a bola?

MODELAGEM DE AULA: PARLENDAS E QUADRINHAS [CFF: RIMA] Preparação e prática: Preparar e organizar uma coletânea de parlendas, quadrinhas e cantigas que podem ser trabalhadas de forma dirigida e orientada, explorando as rimas, em diversos momentos, como nas brincadeiras de corda, de amarelinha e de roda. Esta atividade pode ser feita com qualquer parlenda e quadrinha, assim como com as poesias infantis. Instrução explícita: O professor diz: “Hoje vamos trabalhar com a cantiga da ‘Barata diz que tem’. Vamos cantar?” Após cantar várias vezes com as crianças, até que a cantiga seja memorizada, explorar as rimas: casca dura – formatura; sapato de fivela – mãe dela. Trabalhar as palavras separadamente da cantiga: “Então, crianças, a palavra dura rima com... formatura.” Depois, propor outras rimas para quadrinhas e cantigas, criando uma variação para a quadrinha. Exemplo: “O sapo não lava o pé, não lava porque não quer, ele mora na lagoa, não lava o pé por que não quer.” Variação: “O gato não lava a pata, não lava porque não quer, tem muita água na lata, não lava pata por que não quer.”

As quadrinhas, cantigas e parlendas são textos da tradição oral, transmitidas por meio de brincadeiras e recitações, que permitem a exploração de rimas e da oralidade. É um rico material para o desenvolvimento da literacia emergente e devem ser trabalhadas sempre, recitando e explorando fonologicamente ao longo do ano e em vários momentos. Dedo mindinho, Seu vizinho, Pai de todos, Fura bolo, Mata piolho.

Galinha choca, comeu minhoca, saiu pulando, que nem pipoca.

Sol e chuva, Casamento de viúva. Chuva e Sol, Casamento de espanhol.

A casinha da vovó trançadinha de cipó; se o café está demorando com certeza falta pó.

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MODELAGEM DE AULA: RITMOS E CANTIGAS [CFF: RIMA] Preparação e prática: Criar uma apresentação musical em sala e para outras turmas e pessoas da escola. Caso a escola não tenha uma bandinha, é possível criar alguns instrumentos, como chocalho com latinhas, potinhos de iogurte, pedrinhas, grãos ou casca de coco, há uma infinidade de materiais do cotidiano que podem se transformar em instrumentos musicais.

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Instrução explícita: “Vamos hoje cantar marcando o ritmo da música com os instrumentos. Ouçam a sequência dos sons.” O professor indica uma sequência de sons e as crianças cantam e acompanham a música com os instrumentos. Propor ritmos variados, alternância de instrumentos, cadência etc. Utilizar cantigas do universo infantil, assim como parlendas e quadrinhas. Esta atividade pode acontecer várias vezes durante o ano, sempre colocando um desafio maior para o ritmo e a cadência, para as crianças acompanharem, e até mesmo organizando um pequeno público.

MODELAGEM DE AULA: TRAVA-LÍNGUA [CFF: ALITERAÇÃO] Esta brincadeira com a oralidade dos fonemas deve acontecer em vários momentos. Aliteração é uma figura de linguagem que se caracteriza pelos sons consonantais repetidos, iguais ou semelhantes, no início das palavras.

Preparação e prática: Para a atividade, o professor deve selecionar previamente trava-línguas para explorar a capacidade de reconhecimento e produção de aliterações. As crianças devem estar organizadas em roda ou em suas mesas. Instrução explícita: “Vamos repetir o que eu disser: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Vamos falar bem devagar. Agora, vamos repetir bem rápido. O que aconteceu? O que as palavras possuem que faz isto acontecer?” Exemplos de trava-línguas: “Um prato de trigo para três tigres tristes”; “O sabiá que sabia, sabia assoviar”; “O padre pintou a porta”; “O senhor Tátá tá? O senhor Tátá, tá não”; “A babá bebeu a bebida do bebê”; “Quem quer caqui?”; “Chove chuva”; “Maria-mole é molenga”. As trava-línguas poderão ser encaminhadas para os familiares brincarem com as crianças.

MODELAGEM DE AULA: CADA PALAVRA [CFF: SEGMENTAÇÃO DE FRASES EM PALAVRAS] © Carlos Jorge Nunes

Preparação e prática: Organizar 10 crianças à frente da sala e pedir que cada uma represente uma palavra. Separar uma gravura que represente uma festa de aniversário e preparar uma frase mais longa para descrevê-la, por exemplo: “Amanhã teremos festa de aniversário de duas crianças na escola” (10 palavras).

Os escravos de Jó Jogavam caxangá Tira, põe, Deixa o zabelê ficar Guerreiros com guerreiros Fazem ziguezigue zá Guerreiros com guerreiros Fazem ziguezigue zá. Meu limão, meu limoeiro, Meu pé de jacarandá, Uma vez, tindolelê, Outra vez, tindolalá.

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Instrução explícita: O professor diz: “Vamos descrever esta gravura com uma frase.” Após escutar as crianças: “Agora eu vou dizer uma frase sobre o que me faz lembrar esta gravura e cada aluno, aqui na frente, irá representar uma palavra da frase. Cada vez que eu disser uma palavra da frase, eu vou indicar um dos alunos que estão aqui na frente.” O professor vai indicando uma criança a cada palavra dita da frase. Depois, os alunos vão dizendo a frase enquanto cada criança à frente, que representa uma das palavras, deverá pular (ou rodar, assentar-se, cruzar os braços) ao dizer a palavra que ela representa. Trocar de frases e de crianças, variando a quantidade de palavras e as características, por exemplo: A onça é um animal silvestre que vive na mata; O sol ilumina e esquenta o planeta Terra.


AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 1º ETAPA A proposta de avaliação é perpassar todos os momentos registrando as ações educativas, discutindo, refletindo e acompanhando. Sugerimos monitorar a aprendizagem por meio de momentos individuais, com orientação direta ao aluno, usando os indicadores da aprendizagem, conforme exemplificado abaixo, e também o preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), em que se deve registrar os dados observados. Temos outro rico instrumento de avaliação, o portfólio de cada criança, que permite rememorar os percursos de aprendizagens e nortear o engajamento do professor e da criança no acompanhamento e monitoramento constante as ações educativas. Sugerimos, para organizar os materiais do portfólio desta etapa, selecionar: ilustrações de parlendas; fotos de apresentação de músicas; registros de traços; ilustrações/fotos de listas de brincadeiras com separação de palavras de uma frase; listas de trava-línguas; desenhos da atividade traçando linhas.

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SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Componente PEE: Coordenação motora fina Podem ser realizados traçados e círculos em folhas para serem complementados como o exemplo.

Componente CFF: Segmentação de frases em palavras Ouça a frase que vou dizer: A PRINCESA GOSTA DE SORVETE. Marque um x no quadradinho que mostra quantas palavras eu disse (repita a frase se for preciso).  III IIIII  IIII  II

2ª ETAPA: CONHECIMENTO ALFABÉTICO: NOME E SOM DAS LETRAS E IDENTIFICAÇÃO SONORA DAS SÍLABAS Na segunda etapa, sugerimos a continuidade das atividades de CFF (rima, aliteração e discriminação auditiva), que são precursoras para o reconhecimento da associação grafema/ fonema, fonema/grafema. Deve-se abordar de forma direta a segmentação das palavras em partes e, em PEE, dar seguimento às atividades de coordenação motora fina, que são precursoras para o traçado das letras. Dentro do componente CA, propomos a apresentação do nome das letras e de seu som. Deve-se proporcionar momentos para os componentes COT e DV de forma direta e indireta. Conhecimento alfabético [CA] é a habilidade de identificar o nome das letras e suas formas, isto é, os traços visuais que as diferenciam umas das outras e seus valores fonológicos (fonemas). Na apresentação do alfabeto começa o ensino direcionado e explícito da leitura e escrita, da grafia, dos traçados, dos sons (fonema) e suas respectivas grafias (grafemas). As letras do alfabeto são expostas na sala nas formas bastão (caixa alta) e cursivas, pareadas em maiúsculas e minúsculas.

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MODELAGEM DE AULA: O ALFABETO [CA: RECITAÇÃO DO ALFABETO E RECONHECIMENTO DAS LETRAS] Preparação e prática: Para esta atividade, sugerimos que um alfabeto esteja afixado na parede e que o professor prepare outro em fichas separadas, com cada uma das letras (como as que estão no alfabeto afixado na sala), com imagens de palavras que começam com cada uma das letras. O alfabeto já pode estar disponível desde o início do ano na pré-escola para ser explorado espontaneamente pelas crianças.

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Instrução explícita: Chamar atenção das crianças para que observem o alfabeto acima do quadro (geralmente é o melhor espaço para colocá-lo). O professor diz: “Vejam o que temos acima do quadro.” Neste momento, deve-se levantar os conhecimentos da turma perguntando: “Onde encontramos as letras?” Algumas crianças, que conhecem um pouco mais sobre o alfabeto, podem fornecer pistas, informando aos colegas algumas letras e apontando-as. Depois, deve-se informar o nome das letras para as crianças, em ordem alfabética, sem pretensão de memorização. Em seguida, ler as letras em ordem alfabética e dizer: “Vamos conhecer as letras para aprender a escrever o nome, o nome dos colegas e mensagens!”

As interações lúdicas permitem a sistematização do reconhecimento de todas as letras do alfabeto (são 26) e de seus 37 sons, que oportuniza a compreensão pela criança de que a escrita é a representação gráfica dos sons da oralidade. O alfabeto é exposto na sala nas formas bastão (caixa alta) e cursivas e pareadas em maiúsculas e minúsculas.

MODELAGEM DE AULA: QUAL É A PRÓXIMA LETRA? [CA: RECITAÇÃO DO ALFABETO E RECONHECIMENTO VISUAL E SEQUENCIAL DO NOME DAS LETRAS] Esta atividade deverá acontecer em diversos momentos durante o ano.

Preparação e prática: Explique para as crianças que a brincadeira precisa de escuta e atenção. Serão trabalhadas as letras do alfabeto, a criança deve recorrer ao alfabeto afixado na sala e o professor precisa ter disponível o alfabeto móvel em mãos. A recitação do alfabeto deve acontecer várias vezes com as crianças. Instrução explícita: Explicar que o professor irá falar o nome das letras do alfabeto até uma parte, e o grupo deverá dizer o nome da letra seguinte. “Vejam como é: A - B - C - Qual é a próxima letra?” Primeiro, pedir para a turma dizer a letra seguinte. Depois, pedir a uma criança para pegar no alfabeto móvel a letra que corresponde a próxima letra da que o professor parou. O professor, ao mesmo tempo em que recita o alfabeto, mostra a letra que parou e a coloca de volta, misturada no alfabeto móvel, para a criança encontrar. 20

Conexões emergentes – literacia e numeracia

© Carlos Jorge Nunes

As atividades de recitação do alfabeto podem ser estimuladas em brincadeiras no pátio ou na roda. Existem músicas que ajudam na recitação do alfabeto e podem ser exploradas.


Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Esta atividade deverá ser realizada em vários momentos durante a 2ª etapa, de duas até quatro letras em cada ocasião, voltando sempre às letras mais interessantes ou às que apresentam uma maior dificuldade, até completar o alfabeto. Deve-se utilizar o alfabeto móvel e fixo, apresentando uma letra por vez, em ordem alfabética, levando em consideração o tempo necessário para que as crianças memorizem cada uma delas. A apresentação das letras deve ser finalizada na 2ª etapa, espera-se que as crianças memorizem o nome de todas as letras do alfabeto e reconheçam os sons dominantes. Assim, na 3ª etapa, o professor deve apresentar suas respectivas grafias.

Preparação e prática: Para trabalhar o nome e o som da letra escolhida para o dia, organizar cartelas com letras em forma bastão e cursiva para apresentar à turma. Usar o alfabeto móvel e o que está afixado na sala. Prepare-se para a forma correta de demonstrar os sons das letras. Esta modelagem de aula deverá ser base para a apresentação de todas as outras letras do alfabeto.

MODELAGEM DE AULA: FAZENDO DESENHOS INDÍGENAS [PEE; COT; DV: MOTRICIDADE, VOCABULÁRIO RECEPTIVO] Preparação e prática: Separar e organizar objetos indígenas, figuras com grafismos, pinturas corporais, adornos e livros de tema e autoria indígena (de literatura ou informativo ilustrado da biblioteca). Explorar a cultura, conversando sobre cenários e objetos, vocabulários e características dos grafismos. Propor que escolham um dos grafismos, presentes nos objetos ou figuras, para reproduzirem, desenhando e colorindo, em uma folha de papel. Instrução explícita: “Vejam o que trouxe para vocês! São objetos e gravuras de índios e livros sobre histórias, narrativas ou literatura e curiosidades indígenas!” Conversar com a turma sobre a cultura indígena. “Vamos observar os desenhos que eles fazem no corpo e nos objetos que fabricam. Vamos conhecer os nomes desses objetos. Agora, vamos fazer desenhos que lembrem os desenhos indígenas? Vamos colorir usando as cores que eles usam.”

O som da letra pode ser trabalhado conforme o vídeo “As letras falam”, disponível em: https://youtu.be/pBsfpU9zWNI

Instrução explícita: “Hoje vamos trabalhar com a letra A. Digam o nome da letra que estou mostrando. Agora vamos conhecer o som da letra.” Diga o som da letra para as crianças e repita se necessário. “Ouçam o som! Vejam, algumas letras podem ter o som diferente do nome. Vamos olhar no espelho como eu movimento a boca e a língua para fazer o som? Vamos falar palavras que começam com esta letra/ este som? Quem tem o nome que começa com esta letra/ este som?” É interessante propor uma brincadeira com palavras que começam com a mesma letra trabalhada. A turma pode ser dividida em dois grupos, dando a cada grupo a oportunidade de dizer uma palavra que inicia com a letra trabalhada, retomando sempre o som da letra a cada palavra. As crianças podem copiar algumas palavras e ilustrar. Sempre que houver possibilidade, deve-se explorar o som da letra.

Sugestão de leitura: Iròdu Texto e ilustrações: Adriana Mendonça Editora Baobá (2014) 56 p. [texto em caixa-alta]

© Adriana Mendonça

MODELAGEM DE AULA: QUE LETRA É ESSA? [CFF; CA: ASSOCIAÇÃO DO NOME DA LETRA AO SEU SOM]

Para as crianças Karajá

A relação som e nome da letra demanda uma abordagem multissensorial, pois trata do desenvolvimento de uma habilidade que trabalha com diferentes sentidos.

KUTURA UTURA

BRORENI-KUTURA

KÒTUNI ÒTUNI

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: TIROU, CONTOU AS SÍLABAS! [CFF: SEGMENTAÇÃO DE PALAVRAS EM SÍLABAS]

Sugestão de leitura: Lá vai balão Autoras: Zoé Rios & Marcia Libâno Ilustrações: Suryara Bernardi Editora RHJ (2013) 36 p. [texto em caixa-alta]

Preparação e prática: Colocar uma trilha no centro da roda, desenhada em papel ou em EVA. Dividir a turma em dois grupos. O professor leva para a roda uma caixa com desenhos de objetos ou objetos, como bichos, utensílios domésticos ou frutas artificiais. A trilha precisa ser numerada até 10. O material deve ser preparado anteriormente. A divisão de palavras pode ser realizada só com figuras, sem precisar da palavra escrita.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Instrução explícita: O professor pede: “Uma criança de cada grupo deverá tirar um objeto/ou gravura da caixa. Ao tirar, fale o nome do objeto e depois conte as sílabas. Para cada sílaba, ande uma casa na trilha.” Por exemplo, se tirar a [for] [mi] [ga], andará três casa. Se tirar [ga] [fa] [nho] [to], andará quatro casas. O professor pergunta: “Quem ganhou? Qual palavra tem mais sílabas?” Os pontos são computados toda vez que uma criança de cada grupo jogar e acertar. O professor registra no quadro os pontos, sendo um risquinho para cada palavra separada em sílaba corretamente. Na contagem final dos pontos, colocar o algarismo correspondente ao lado.

GAFANHOTO,

O GATO PULOU, O GALO CANTOU, O GAVIÃO PASSOU, A GALINHA ASSUSTOU. GAZELA,

GAROUPA.

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AMORA,

FRUTA QUE EU NUNCA VI. AÇAÍ,

ACHO QUE VOCÊ SE ENGANOU, DEVE SER ABACATE OU ABACAXI.

ABÓBORA.

Ao computar os pontos, deve-se articular com as noções de numeracia. 14

MODELAGEM DE AULA: BINGO DE LETRAS [CA: ASSOCIAÇÃO DA LETRA SUA REALIZAÇÃO FONOLÓGICA] Preparação e prática: O bingo pode ser jogado em dupla. O professor deve ter em mãos um saco com as letras do alfabeto, para serem retiradas e cantadas uma a uma. Escolher um ajudante, se possível uma criança que conheça as letras e a ordem alfabética, para colocar as letras que forem sendo cantadas na mesa, para que possam servir de consulta. O material para a marcação das letras na cartela é entregue para a dupla. Para esta atividade será preciso um saco com todas as letras do alfabeto separadas em fichas pequenas; cartelas com algumas letras aleatórias do alfabeto (6 letras); grãos de feijão, de milho ou papel amassado, para marcar as letras sorteadas. As cartelas, mesmo com 6 letras em cada uma, devem contemplar todas as 26 letras do alfabeto A quantidade de cartelas deve ser a mesma quantidade de duplas, ou de crianças da turma. Veja como são as cartelas no link: https://www.google.com/search?q=cartelas+do+bingo+de+le tras+como+fazer

Instrução explícita: O professor diz: “Vou sortear uma letra de cada vez, e vocês vão marcar na cartela a letra sorteada. A dupla que conseguir completar toda a cartela, deve dizer BINGO!”. 22

Conexões emergentes – literacia e numeracia

ABACATEXI?

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Preparação e prática: A convivência com diversos tipos textuais propicia para as crianças a vivência de diferentes formas de expressão e linguagens, ampliação do vocabulário, desenvolvimento da criatividade e do senso estético. A proposta desta atividade é a dramatização coletiva da clássica história d’Os três porquinhos. Para isso é necessário procurar um livro do conto Os três porquinhos, com vocabulário e narrativa elaborada, máscaras dos personagens e escolher uma ou duas crianças para serem narradores (só o professor pode decidir porque conhece sua turma). Na dramatização vários papéis são desempenhados: produção de cenário, desenvolvimento das máscaras, atuação na peça, narração, enfim todas as crianças podem participar.

Instrução explícita: “Vou contar a história d’Os Três Porquinhos! Alguém conhece?” Deixar as crianças que já conhecem a história fazer o reconto, ajudando na cronologia quando necessário. Contar a história fazendo a voz de cada personagem e do narrador, com bastante ênfase. “Vamos apresentar a história para as outras turmas da escola? Vamos ter que ensaiar as falas dos personagens e dos narradores para a apresentação ficar linda!” Após esse momento, dar as máscaras para as crianças fazerem a pintura. Faça registros fotográficos da apresentação e guarde no portfólio junto com as máscaras. A dramatização é uma atividade que deve acontecer em diversos momentos com preparação de fantasias, cenário ou mesmo de forma espotênea.

MODELAGEM DE AULA: DOMINÓ DE RIMAS [CFF: RIMAS] As rimas aparecem nos sons finais das palavras e é fácil reconhecê-las, porque têm sons semelhantes. No universo infantil, as rimas podem ser trabalhadas com frequência, pois as crianças gostam de brincar com poesia, parlendas, quadrinhas populares, músicas, dentre outros.

Preparação e prática: Preparar, em papel grosso, cartelas com duas ilustrações, uma em cada lado, respeitando a divisão da peça do dominó. Por exemplo: cachorro e baleia; sereia e gato; mato e chaminé; boné e casa; asa e girafa; garrafa e melado; dado e banana; cabana e lua; rua e sol; girassol e janela; panela e cortina; menina e pincel; mel e barriga; lombriga e gorro. Propor a brincadeira na rodinha. Instrução explícita: O professor diz: “Hoje vamos montar um dominó. É preciso observar o nome dos objetos nas cartelas e a rima. Os pares precisam rimar para a montagem do dominó. Sempre que vocês colocarem a peça do dominó, devem dizer: rima com... Depois vamos falar os nomes dos objetos que montaram o dominó e os nome das imagens que rimam, ou seja, que terminam com o mesmo som.”

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© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

MODELAGENS DE AULAS: DRAMATIZAÇÃO: CONTOS [DV; COT: ORALIDADE]

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Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: PEDAÇOS DA PALAVRA [CFF: SEGMENTAÇÃO DE PALAVRAS EM SÍLABAS] As sílabas devem ser apresentadas como o que são, isto é, grupos de fonemas pronunciados em uma só emissão de voz.

PA-TO CA-ME-LO

© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: Explicar às crianças que cada palavra pode ser dividida em pedaços, que são os diferentes sons que formam as palavras, chamados de “sílabas”. Propor que as crianças descubram quantos pedaços sonoros/sílabas têm as palavras. Usar palavras do mesmo campo semântico: frutas, cores, material escolar etc. Fazer a marcação de sílabas com palmas, pulo, batendo o pé, girando o corpo, ou marcar cada sílaba contando os dedos ou com o som de um instrumento, disponibilizado pelo professor, indicando sempre quantas sílabas foram pronunciadas.

Instrução explícita: A brincadeira inicia levantando suspense, o professor diz: “Será que as palavras se dividem? Será que as palavras podem ser divididas em pequenos pedaços? Quando eu falo uma palavra, quantos sons eu pronuncio? Os pedaços possuem o mesmo som? Então vamos conferir se o que estamos pensando está correto!” Depois, o professor diz: “Vamos bater palmas para cada pedaço, ou sílaba, da palavra.” Demonstrar que para cada sílaba se bate uma palma. “Vejam alguns exemplos: PATO: bato duas palmas – pa-to; CAMELO: bato três palmas – ca-me-lo; ELEFANTE: bato quatro palmas – e-le-fan-te. Variar a forma de marcar a sílaba.

AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 2ª ETAPA A avaliação formativa apoia e monitora todo o processo, tanto sobre a adequação das modelagens como sobre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Neste momento da pré-escola, muitas informações sobre as crianças já estão bem claras. É importante criar momentos com a participação da comunidade escolar e dos familiares na busca de esclarecimento e acompanhamento de cada criança. Assim como na primeira etapa, sugerimos monitorar a aprendizagem por meio de momentos individuais, com orientação direta ao aluno, usando os indicadores de aprendizagem, conforme exemplificado abaixo. Também sugerimos o preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), que orientará as ações educativas, e a complementação do portfólio de cada criança. Para o portfólio sugerimos neste momento: ilustrar as histórias trabalhadas; desenho e fotos de atividades marcando as sílabas; o registro das atividades com as letras; arquivo de desenhos das letras em trabalhos multissensoriais. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Marque um X no quadradinho da letra que falta na sequência do alfabeto. A-B-CD

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M

-E-F Q

Conexões emergentes – literacia e numeracia

I

Componente CFF: Segmentação de palavras em sílabas Marquem um x na imagem que tem 3 sílabas. © Carlos Jorge Nunes

Componente CA: Recitação do alfabeto


3ª ETAPA: TRAÇADO DAS LETRAS E IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SONS DAS PALAVRAS Nesta terceira etapa, para o CFF, sugerimos trabalhar de forma direta o primeiro som da palavra em jogos verbais; em PEE, apresentar o correto traçado das letras em bastão, em momentos coletivos e individuais, associando durante as atividade instruções e desafios para habilidades do componente CA. Continuar com as atividades precursoras de CFF e PEE, e atribuir sempre significado as atividade de COT e DV.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

MODELAGEM DE AULA: COMEÇO COM A LETRA? [CFF; CA: ASSOCIAÇÃO DE CADA LETRA A UM SUBSTANTIVO CONCRETO CUJA GRAFIA SE INICIA PELA LETRA EM QUESTÃO]

Sugestão de leitura: Ciranda das vogais Autora: Zoé Rios Ilustrações: Sandra Lavandeira Editora RHJ (2011) 28 p. [texto em caixa-alta]

Preparação e prática: Esta atividade trabalha com a compreensão da letra inicial de um substantivo concreto (animal, fruta, objetos). Demonstrar para a turma como será a atividade. Serão necessárias imagens de animais, frutas e objetos que as crianças possam identificar. Neste momento propor a tentativa de escrita das palavras.

DEBAIXO DO LIMOEIRO, UM CRAVO JOGAVA CAXANGÁ. BRINCAVA COM AS LETRAS, TROCAVA TUDO DE LUGAR. DESTA VEZ TINDOLELÊ, DE OUTRA VEZ TINDOLALÁ!

Instrução explícita: O professor seleciona uma imagem, sem falar para a turma o que é. Ao mostrar a imagem, por exemplo, de uma bola, pergunta para a turma: “Vou mostrar uma imagem. Que imagem é essa?” Após a resposta da turma, o professor pergunta: “Qual é a primeira letra de BOLA?”. A turma deve responder: “BOLA começa com a letra B.”

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Fazer a mesma pergunta apresentando diferentes imagens, para que cada criança identifique qual é a primeira letra. Durante a atividade o professor escreve as palavras no quadro, separando em colunas as que iniciam com a mesma letra. Depois pedir às crianças para escolherem uma dessas palavras para ilustrar e copiar o nome do quadro.

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QUAL É A DIFERENÇA ENTRE: FACA E FOCA, PRATO E PRETO, SAL E SOL?

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MODELAGEM DE AULA: ASSENTADO, OU DE PÉ [CFF: PRIMEIRO SOM DA PALAVRA] Preparação e prática: Organizar uma lista de palavras simples que começam com o mesmo som (fonema), por exemplo: /b/: bala, banana, balé, balão, beterraba, búfalo, besouro bico, barro, barata, bolo, boca. Essa atividade pode realizada em espaços abertos também. Instrução explícita: O professor diz: “Hoje vamos brincar de assentado ou de pé! Toda vez que eu disser palavras que começam com o (som) fonema /b/, vocês deverão ficar de pé. Toda vez que eu disser palavras que começam com outro som, fiquem assentados.” As crianças que levantarem ou assentarem em momentos errados saem da brincadeira, mas deve ser explicado qual era o fonema correto. O comando pode ser passado para uma criança para dinamizar a atividade. Esta atividade pode ser feita também com rimas ou aliterações.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: TRAÇANDO AS LETRAS [PEE: MAPEAMENTO MOTOR DA ESCRITA DAS LETRAS NO AR]

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: A atividade pode ser realizada em diversos espaços da escola, como no tanque de areia, em espaço aberto ou na sala de aula. Na sala de aula, após as crianças traçarem a letra com o dedinho no ar, é possível fazer o traçado em um recipiente plano e individual, com farinha ou areia. Esse recurso multissenssorial torna essa atividade exploratória bem lúdica e agradável, a motricidade é desenvolvida e ainda desperta o interesse da turma para a escrita emergente. É muito importante nessa fase que o traçado seja realizado corretamente. Essa modelagem tem que ser desenvolvida com cada letra do alfabeto, durante a terceira etapa. Instrução explícita: Explicar como será a atividade para a turma. O professor, de costas para a turma, diz: “Vou fazer o traçado da letra A no ar e vocês irão repetir o traçado assim como eu fiz! Observem a maneira correta de desenhá-la!” Verifique como cada criança traçou a letra no ar. Depois pedir para traçarem no recipiente com farinha ou areia.

2

2

A B C D F G H I J L M N O Q R S T V W X Y 1

1

1

2

1

2

1

3

1

1

3

2

2

2

1

2

1

1

2

2

2

E K P U Z 1

3 4

1

2

2

1

Variações: A atividade pode ser praticada com tinta. As crianças usam o dedinho para desenhar a letra no papel. Aproveitar os momentos no tanque de areia e desenhar as letras junto com as crianças.

MODELAGEM DE AULA: LETRAS E SEUS TRAÇADOS [CA; PEE: COORDENAÇÃO MOTORA FINA, MANIPULAÇÃO DO LÁPIS] Preparação e prática: Após a exploração do traçado das letras com os recursos multissenssoriais, propor o traçado no papel, utilizando o lápis de escrever grosso, próprio para crianças pequenas. Levar para as crianças as letras do alfabeto pontilhadas. Pedir para elas traçarem várias vezes a mesma letra e depois para escreverem livremente cada uma delas. Nessa etapa é muito importante verificar como as crianças estão manuseando o lápis, orientando sempre a “pega do lápis”. O traçado de todas as letras pontilhadas deve ser realizado na terceira etapa.

© Carlos Jorge Nunes

Instrução explícita: Orientar as crianças: “Vamos desenhar as letras no papel? Vou entregar para cada um o desenho de uma mesma letra pontilhada, vocês vão passar o lápis por cima! Que letra é essa? Agora façam a letra A várias vezes passando o lápis por cima delas. Observem como o traçado deve ser feito.” Ficar de costas para a turma e traçar a letra no quadro.

ABACATE

Ao perceber que a criança está com dificuldade para grafar a letra, o professor deve ajudar, segurando a mão da criança primeiro no quadro (se não for expor ao grupo), pois o movimento é maior, e depois ela irá escrever no caderno. O professor deve ficar atrás da cadeira da criança para facilitar a compreensão da grafia desta. Crianças pequenas usam caderno sem pauta, para que possam utilizar todo o espaço da folha ao escrever a letra.

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: JOGO DE MEMÓRIA [CFF: RIMAS E ALITERAÇÕES]

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: Preparar um jogo com figuras de palavras que rimam e formem pares. Este jogo deve ser distribuído para grupos de quatro crianças. As crianças podem ficar em roda. Exemplos de palavras: banana e cabana; baleia e sereia; uva e chuva; girafa e garrafa; tubarão e camarão; macaco e buraco; boneca e caneca; galinha e farinha etc. Este jogo pode ser preparado também com aliterações, ou seja, palavras que começam iguais. Depois da brincadeira, explorar oralmente os nomes das figuras que rimam ou que começam com o mesmo som, conforme o objetivo do professor. Instrução explícita: O professor diz: “Hoje vamos brincar de jogo de memória. Para ganhar ponto, vocês precisam tirar palavras que terminam com o mesmo som (ou, no caso das aliterações, que começam com o mesmo som). É preciso observar o nome dos objetos das cartelas e a rima.” No final da atividade, o professor diz: “Agora vamos falar os nomes dos objetos que fizeram par. Vamos dizer os nomes das imagens que rimam (ou, no caso das aliterações, que terminam com o mesmo som)”. Confeccionar um jogo para cada criança ilustrar e levar para casa e brincar com sua família.

MODELAGEM DE AULA: NARRANDO UMA CENA E LIVROS DE IMAGENS [COT; DV: INTERAÇÃO VERBAL, AQUISIÇÃO DE NOVO VOCABULÁRIO] Descrever algo é uma tarefa que faz parte do desenvolvimento do vocabulário, da comunicação e da escrita de textos, é uma habilidade importante de ser desenvolvida e por isso precisa ser exercitada pelas crianças pequenas.

Preparação e participação: Selecionar imagens, ilustrações que possam ser descritas pelas crianças. Se for possível, colar cada uma delas em cartolina, para durar mais tempo. As ilustrações serão apresentadas para o grupo e o professor demonstra como é o ato de descrever. Essa atividade é complexa, somente depois de realizada várias vezes, a turma vai mostrar desenvoltura para fazê-la. A princípio, colocar ilustrações com poucos elementos para serem descritos. Depois de algumas práticas, apresentar imagens ou ilustrações um pouco mais complexas. Instrução explícita: “Vejam esta imagem. Vamos descrevê-la? Vou mostrar como se faz: Esta imagem parece que é de um parquinho. O dia está ensolarado. Tem flores brancas pela grama e um caminho de terra. Uma menina está correndo por ele. Um menino e uma menina jogam bola perto da árvore, um menino brinca na areia e outro com um caminhão. O que mais podemos descrever nesta imagem?”. Deixe as crianças falarem e intervenha quando for necessário. Depois de mostrar o que é descrever, apresentar outras imagens e pedir para a turma desenvolver a atividade.

Variação: Esta atividade pode trabalhar imagens para serem colocadas em ordem, como os ciclos de vida do mosquito Aedes aegypti, da água; do desenvolvimento da planta; do dia (manhã, tarde, noite e madrugada). Pode ser representado em cartaz, ou, se possível, em slides, para ser projetado. Em todas as sequências, fazer um cartaz com informações, por exemplo, o ciclo da água: chuva, água na terra, calor do sol, evaporação, nuvem etc. Para ilustrar o ciclo do Aedes aegypti, procurar material explicativo em Centros de Saúde, trabalhando, assim, com texto informativo sobre a prevenção da dengue ou outras epidemias que podem ser controladas a partir do envolvimento da população. Variação: O professor deve selecionar algumas cenas de livros infantis, ou confecciona-las, e pedir para os alunos narrarem a cena, indicando as posições de alguns objetos: “Vou mostrar para vocês uma cena e quero que vocês descrevam, focando na posição dos objetos: O que está à esquerda da árvore? O que está à direita do menino? O que está à frente do banco? E atrás do cachorro?” Variação: Utilizar livros de imagens para criação de um texto sequenciado a partir da leitura de cenas. Explorar as possibilidades de interpretação e de enriquecimento das imagens pela linguagem oral.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: FAZENDO A FESTA [PEE: COORDENAÇÃO MOTORA FINA] Preparação e prática: Entregar para as crianças papel com indicação de onde devem iniciar o traçado que será solicitado. Preparar material para desenho ou papel picado, como bandeirinhas e cola. Trabalhar a interdisciplinaridade com artes, usando como referência os quadros do ítalo-paulistano Alfredo Volpi (1896-1988), um dos nomes mais importantes da pintura brasileira no século XX. Confira a obras do artista em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1610/alfredo-volpi Leia mais em: https://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/alfredo-volpi/

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Instrução explícita: “Vamos desenhar uma linha para colar bandeirinhas utilizando o lápis grosso. A linha representa o cordão para colar as bandeirinhas da festa. Depois vamos desenhar (ou colar) as bandeirinhas nas linhas criadas.” É importante sempre marcar o início à esquerda do papel.

MODELAGEM DE AULA: PRIMEIRO SOM DAS PALAVRAS [CFF: RECONHECIMENTO DO PRIMEIRO SOM DA PALAVRA] O reconhecimento do som inicial das palavras permite que a criança compreenda que as frases são divididas em palavras, as palavras são divididas em sílabas e também podem ser dividas em fonemas.

Preparação e prática: Para esta atividade, a turma pode estar organizada em roda ou em seus lugares. O professor deve preparar fichas com palavras ilustradas. Essa atividade é complexa, o trabalho deve ser repetido várias vezes, até que a turma compreenda o fonema.

© Carlos Jorge Nunes

Instrução explícita: O professor diz: “Vamos conhecer o primeiro som das palavras? Qual é o primeiro som da palavra VACA?” Demonstre para a turma como se deve pronunciar. Peça que repitam o primeiro som /v/. Repetir a atividade com outras palavras, por exemplo: MESA, peça que repitam o primeiro som /m/; BALA, peça que repitam o primeiro som /b/. Variação: Brincar com o desafio O que é que foi trocado? Mostrar duas imagens de objetos cujos nomes possuem apenas o primeiro fonema diferente. Explorar cada uma destacando a diferença do fonema inicial. Exemplo: gato – pato, bola – mola. Sugerimos realizar esta atividade de frente para o espelho, observando a movimentação da boca ao dizer o primeiro fonema de cada palavra.

MODELAGEM DE AULA: POESIA NO AR! [CFF: RIMAS] Preparação e prática: Os poemas fazem parte dos momentos de leitura ao longo da vida escolar. Na etapa da Educação Infantil, além da apreciação do gênero textual, podem ser explorada as rimas. Além do reconhecimento das rimas, a memorização dos poemas pode ser desenvolvida na escrita emergente. Escolher um livro ou um poema para a leitura, especialmente aqueles que as rimas estão presentes. Instrução explícita: “Vou ler uma poesia para vocês!” Após a leitura, perguntar sobre o poema, brincar com a sonoridade e a memorização irá acontece com facilidade. Além de ilustrar os poemas, as crianças podem recitá-los para outras turmas.

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

Sugestão de leitura: Cantigas por um passarinho à toa Autor: Manoel de Barros Ilustrações: João Kamal Editora Companhia das Letrinhas (2018) 40 p.


MODELAGEM DE AULA: BIBLIOTECA [COT; DV; CA: COMPREENSÃO DE TEXTO, DESENVOLVIMENTO DE VOCABULÁRIO] Preparação e prática: Organizar uma ida à biblioteca em grupo. Em outro momento, planejar a busca de livros pelas crianças para serem levados para a família. Instrução explícita: “Hoje vamos à biblioteca e vocês irão escolher um livro. Para que tudo dê certo, faremos os combinados: 1º) cumprimentar a bibliotecária; 2º) escutar as regras para a utilização da biblioteca; 3º) buscar informação sobre o livro que tem interesse de pegar; 4º) informar onde estão os livros que a bibliotecária indicar para vocês; 5º) solicitar que a bibliotecária registre os livros que vocês escolheram e quando será a devolução.” Depois que as crianças escolherem o livro, o professor deve orientar o manuseio: “Agora que cada um já escolheu o livro, vocês devem manuseá-lo. Vejam as ilustrações. Observem do que ele trata. Quem são os personagens. Observe a capa, a contracapa, o número de páginas. Pode manusear o livro à vontade. Depois podem trocar entre si.” Após este momento, a professora conta história de um dos livros escolhidos em uma roda.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Os momentos na biblioteca podem ser direcionadas para o trabalho de gêneros literários: contos, lendas e fábulas de forma lúdica. Durante as idas à biblioteca, explorar a localização dos livros por ordem alfabética, a separação para guardar os diferentes gêneros literários e a classificação de indicação pela idade do leitor. No site do programa Conta pra mim, você encontrará várias histórias e orientações simples e diretas para praticar a literacia familiar. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim

AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 3ª ETAPA Neste momento da pré-escola muitas habilidades já foram consolidadas, e muitos dados sobre as crianças já estão bem claros e devem orientar professores, comunidade escolar e familiares na tomada de decisão. Sugerimos iniciar o planejamento de uma conversa com os professorares do 1º ano do Ensino Fundamental, para trocar orientações e, sobretudo, para a realização de visitas em espaços do EF, ou participação de eventos para interagir, buscando a continuidade e integração prevista na BNCC. Sugerimos monitorar a aprendizagem por meio de momentos individuais com orientação direta do professor ao aluno, usando os indicadores de aprendizagem, que podem ser preparados a partir dos exemplificados abaixo. É importante o preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), que orientará as ações educativas, inclusive este é um momento de análise dos dados de todas as fichas para analizar o processo de preparação para a alfabetização. Continuamos com o portfólio de cada criança, apresentamos como sugestão para esta etapa: registros de leituras com desenhos e fotos; registros gráficos dos traçados das letras; desenhos de cenas para serem nomeadas; registros de poesias trabalhadas, livros/ autores e nomes das poesias devem ser registrados; arquivo do material “Dominó de rimas”; desenhos e fotos de atividade ao ar livre, com recitação das letras, e fotos de momentos na biblioteca.

SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

© Carlos Jorge Nunes

Componente CFF: Identificação de rima. Marque um x na imagem que o nome termina com o mesmo som da palavra que vou dizer: BONECA (Leia somente Boneca)

Componente CFF: Identificação do primeiro som de palavras Veja essa imagem (Professor não fale o nome da imagem).

Faça um X no quadrinho em que indica o som inicial da figura. P

E

L

Zoé Rios & Márcia Libânio

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4ª ETAPA: ESCREVENDO O NOME E PALAVRAS SIMPLES Na quarta etapa, sugerimos a continuidade das atividades de CFF (rima, aliteração e segmentação de frases e de palavras, em sílabas e de explorar o primeiro som das palavras), que são precursoras para o reconhecimento da associação grafema/fonema, fonema/ grafema. Abordar de forma direta, no componente PEE, a escrita emergente de palavras simples, do nome próprio e do nome dos colegas. Propor jogos com alfabeto, com rimas e aliterações, traçados diversos com o mapeamento. Os momentos de COT e DV devem ser trabalhados de forma direta e indireta, em contextos lúdicos e significativos.

MODELAGEM DE AULA: HISTÓRIA EM CAPÍTULOS [COT; DV: LEITURA DIALOGADA]

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Participação e preparação: Escolher uma história mais longa, dividir em capítulos que possam ser lidos ao longo da semana, mantendo dessa forma o interesse da turma. Retomar de onde terminou a história no dia anterior, fazendo perguntas, explorando e questionando onde a narrativa parou, para continuar a leitura. Reconto: Propor o reconto pelas crianças usando o vocabulário do livro após a leitura. Esta atividade consolida o novo vocabulário apresentado pela história, a organização da temporalidade do enredo, construindo e desenvolvendo o tipo textual da narrativa. Instrução explícita: Resgatar o episódio do dia anterior e continuar a leitura: “Quem se lembra da parte do livro que foi lida ontem?” Fazer perguntas sobre o vocabulário também. Ao final da leitura, ler as hipóteses levantadas sobre o enredo do livro. Ao ler as hipóteses levantadas antes da leitura, as crianças irão descartar as hipóteses que não corresponderam ao enredo. Ao recontarem a história, pedir que usem o vocabulário do livro em outros contextos. “Vamos lembrar das palavras bonitas da história para recontá-la!”

MODELAGEM DE AULA: PALAVRA ILUSTRADA [CFF; CA; PEE: ESCRITA EMERGENTE] Preparação e prática: Selecionar cartelas com palavras que iniciam com a mesma letra. Sugerimos cinco cartelas. As palavras deverão ter uma ilustração para que seja identificada a partir da imagem e da escrita. As letras deverão ser em bastão. Neste momento retomar cuidadosamente o som das letras e o traçado. Trabalhar o nome, o som e o traçado da letra que inicia as palavras escolhidas para o dia. Demonstre para a turma como se escrever a letra bastão, primeiro no ar, depois com o dedo no quadro e na mesa, pedindo que todos façam o mesmo. Será necessário para esta atividade papel e lápis de escrever grosso, especialmente para crianças pequenas, e espelho. Instrução explícita: “Hoje vamos trabalhar com palavras que iniciam com a letra A. Digam o nome da letra que estou mostrando. Agora vamos fazer o som da letra.” Diga o som da letra para as crianças e repita, se necessário. “Ouçam o som! Veja, esta letra tem o som diferente do nome? Vamos olhar no espelho como eu movimento a Sugestão de leitura: boca e a língua para fazer o som? Vamos falar palavras Com ou sem H? que começam com esta letra/este som? Quem tem o Autoras: Ana Elisa Ribiero & Zoé Rios nome que começa com esta letra/ este som?” Ilustrações: Mirella Spinelli Agora, vamos conhecer palavras que começam com esta letra. Mostrar as fichas com a palavra ilustrada. Vamos ver quantos sons/sílabas têm estas palavras; Ex.: [a] [mo] [ra]. Explorar sílabas e o som da letra inicial das palavras das cartelas ilustradas. Depois pedir que as crianças escrevam com lápis grosso uma ou mais das palavras trabalhadas nas fichas. Sugerimos colocar estas palavras escritas no portfólio. 30

Conexões emergentes – literacia e numeracia

Editora Baobá (2013) 40 p. [texto em caixa-alta]

Na 4ª etapa, deve-se trabalhar associando o conhecimento alfabético e o enriquecimento do vocabulário com a relação entre um conceito e as referências adjetivantes e referenciais.


MODELAGEM DE AULA: DICIONÁRIO DE DESCOBERTAS [DV: INTERAÇÕES VERBAIS]

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: Organizar um dicionário ilustrado da turma. Ele deve ficar no Cantinho da Leitura para as crianças consultarem, mesmo que ainda esteja sendo produzido. O dicionário pode ser organizado em uma pasta catálogo, onde serão colocadas as folhas ilustradas com as palavras. Cada palavra deve ser trabalhada em uma folha A4, preenchida com desenhos e palavras, que devem ser organizadas em ordem alfabética. Trabalhar com palavras de diversos temas: partes do dia; partes do rosto; coisas que eu gosto de fazer; animais; frutas; nome de brincadeiras; palavras de origem indígenas e africanas; festas comemorativas; lugares da cidade; cores; palavras que mostram sentimentos; palavras que determinam o espaço da escola; fenômenos da natureza, dentre outros campos semânticos. Instrução explícita: Planejar um dia para apresentar o dicionário: “Vejam, hoje eu trouxe dicionários para vocês conhecerem. Vocês conhecem dicionário? Para que serve um dicionário? Vocês sabem como se organiza um dicionário? Vejam este aqui! Vocês percebem alguma coisa que precisa considerar para fazer um dicionário? Hoje vamos começar a fazer o nosso dicionário, para mostrar às pessoas da escola sobre nossa escrita, leitura, conhecimento de palavras e a ordem alfabética. Vamos começar pelo nome: escrevam o seu nome e cada um faz um desenho da sua foto. Depois vamos colocar a idade. Ilustrem com um detalhe que é só seu: alguém da sua família que você gosta muito, os bichinhos de estimação, sua casa, seu brinquedo preferido. E assim que terminarem vamos colocar na pasta, em ordem alfabética.” Continuar montando o dicionário com a turma, com listas temáticas. A lista será feita coletivamente no quadro e, depois, o professor determina uma palavra para cada criança copiar e desenhar para colocar na pasta. Se a lista da letra que está sendo trabalhada não possuir a quantidade de palavras para cada aluno da turma trabalhar uma, repetir as palavras da lista para que todas as crianças possam escrever, juntar todas as folhas produzidas da letra em questão e grampeá-las juntas. “Em cada palavra faremos um desenho que a represente”. Cada aluno pode ter o seu dicionário ou montar um para todo o grupo. As pesquisas sobre cada palavra podem ser realizadas também com familiares e com pessoas da escola ou mesmo com crianças maiores de outra turma. Conversar com as crianças sobre o que elas sabem sobre as palavras trabalhadas e explorar o significado conceitual e metalinguístico das palavras. Por exemplo, rima, aliterações, informações científicas etc.

MODELAGEM DE AULA: O MEU NOME E MEU AUTORRETRATO [PEE: ESCRITA EMERGENTE] Preparação e prática: Entregar para as crianças uma ficha com o seu primeiro nome. A sugestão é deixar um espaço antes do nome para que façam um autorretrato. É interessante a ilustração ser à esquerda para direcionar o olhar da esquerda para a direita, conforme é a escrita no sistema alfabético latino. A letra é em formato bastão e maiúscula. Instrução explícita: “Eu trouxe para cada um de vocês a ficha do nome! Vou entregar para que conheçam como se escreve.” Após esse momento de reconhecimento do nome, mostre o local onde irão fazer o autorretrato. “Aqui, onde estou com a minha mão, vocês devem fazer o retrato de vocês.” Pode ser solicitado à criança que colora cada letra do nome, ou que em uma outra ficha, com as letras soltas do seu nome, remonte e cole em outro lugar. Abordagem multissensorial: dependendo das necessidades da criança, a ficha pode ser feita com letras bem grandes, com textura, para que sinta o formato da letra (pode ser escrito com EVA e colado na ficha, ou com areia colada por cima das letras, dentre outras possibilidades).

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: SOM DA LETRA [CFF; CA: SÍNTESE DE SONS/FONEMAS] Preparação e prática: Esta atividade trata da relação da letra (grafema) e seu som (fonema). A instrução é relacionar somente o som dominante de cada letra (por exemplo, na letra C, o som dominante é o [k]). Fazer perguntas para guiar a turma, levando as crianças a perceberem que cada letra tem um nome e um som específico. Após esta atividade, deve-se explorar os sons das letras com fonemas simples e dominantes em vários momentos e espaços, como escrever palavras ou o próprio nome da criança no tanque de areia, com massinha ou outro material, e repetir o som das letras para que as crianças observem. Nesta atividade específica, a ordem alfabética não precisa ser seguida. O ideal é começar com as letras que possuem fonemas mais simples de ser compreendidos. Para a atividade, o professor deve prepara cartões das letras em formato bastão. No caso de letras que possuem mais de um fonema, apresentar somente o fonema mais usado, como é o caso da letra S, que tem o som de [s] ou [z]. Para as crianças da pré-escola, apresente somente o som [s] de sabão. O som [z] de casa fica para outro momento. Faça a atividade em diversos dias, explorando todas as letras do alfabeto.

MODELAGENS DE AULAS: LETRA E SOM [CFF: IDENTIFICAÇÃO DO PRIMEIRO SOM] Preparação e prática: A proposta desta atividade é fazer o som das letras para as crianças identificarem seu nome. A demonstração da atividade facilita a compreensão, deixando claro para a turma qual é o objetivo. Usar todas as letras do alfabeto. Instrução explícita: O professor diz: “Que letra é essa que vou fazer o som?” Reproduza o som da letra D, e, depois de identificarem a letra, pergunte: “Esse som é da letra D. Que palavra vocês conhecem que começa com a letra D?” Repita a atividade: “Agora vou perguntar para a turma e vocês me dizem o nome da letra: “[a]. Que som é esse? Esse é o som da letra A. Que palavra vocês conhecem que começa com a letra A?; [f] Que som é esse? Essa é a letra F. Que palavra vocês conhecem que começa com a letra F?” Variação: A proposta é fazer com que as crianças identifiquem o som da primeira letra do nome do colega. “Vou dizer o nome de um colega e vocês irão dizer qual é a letra inicial dele. Vou demonstrar para vocês: O nome do colega é PAULO. A primeira letra é P. Agora vou perguntar para vocês: Qual é a primeira letra de MARIA? A primeira letra é M.” Cada criança pergunta para o colega a primeira letra do nome de outros colegas da turma.

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

MODELAGEM DE AULA: TROCA A PRIMEIRA LETRA, VIRA OUTRA PALAVRA [CFF: IDENTIFICAÇÃO DO PRIMEIRO SOM] Preparação e prática: O professor monta fichas com palavras que, ao trocar a primeira letra, se transformam em novas palavras. Exemplos: pente e dente, bola e cola, mola e cola, gato e rato. Também há a possibilidade de troca no meio da palavra bola e bala, bela e bola, mola e mala, galo e gato, barata e batata, bola e bota, dentre outras. As fichas devem ter uma das palavras escrita à direita e a sua imagem à esquerda. O professor, com um clipe, coloca a outra imagem por cima da primeira e a criança tem que descobrir qual será a letra que deve ser trocada. Deixar as letras do alfabeto móvel disponíveis para a criança buscar qual delas será trocada. Instrução explícita: O professor pergunta: “Que palavra é essa que está na ficha?” DENTE. “Se eu trocar a imagem de DENTE por PENTE, que letra vou ter que trocar para que seja PENTE?”

MOLA

COLA

PATO

GATO

CÃO

PÃO

BALA

MALA

© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Instrução explícita: O professor apresenta o cartão com, a letra A. “Vejam, esta é a letra A. O som da letra A é [a]. Repitam comigo o som da letra A!”. Após as crianças repetirem o som, e de costas para elas, diga: “Agora vou desenhar a letra A no ar!”. Faça o desenho da letra e peça que desenhem também. Depois, pergunte: “Com que letra começa: ABACATE? Vocês conhecem outras palavras que começam com a letra A?” Faça uma lista oralmente das palavras com as respostas das crianças.


MODELAGEM DE AULA: O NOME DOS MEUS COLEGAS [CFF; CA; PEE: ESCRITA EMERGENTE]

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Preparação e prática: Preparar fichas com o primeiro nome das crianças para serem distribuídas entre os colegas. Será necessária a ficha com o nome de cada criança. Instrução explícita: “Vou sortear e entregar as fichas para que conheçam como se escreve o nome do colega. Todas as vezes que forem escrever o nome do colega, comecem por onde está o retrato dele!” Faça o sorteio das fichas. “Vou fazer o sorteio, mas vocês vão ler de quem é a ficha! Depois copiem no caderno!”. Repita a atividade: “Vamos fazer de novo com a ficha de outro colega? Façam a margem da folha com bolinhas de papel amassadas, e colem em volta da folha,

MODELAGENS DE AULAS: PALAVRAS AFRICANAS [DV: VOCABULÁRIO] Preparação e prática: Na rodinha, o professor apresenta a brincadeira, demonstrando a atividade para a turma e oferecendo compreensão do que é esperado do grupo. Antes da atividade, o professor deve pensar e selecionar livros sobre os povos africanos para destacar palavras africanas que fazem parte da língua portuguesa. Por exemplo: mandioca, marimbondo, batuque, banguela, berimbau, capoeira, cafuné, camundongo, canjica, chuchu, caçula, dengo, fubá etc. Para mais palavras e informações, ver: https://www.geledes.org.br/palavras-de-origem-africana-usadas-em-nosso-vocabulario/

fazendo uma moldura. No centro do papel, escrevam o nome do colega e depois entreguem a ele.” Variação: Explorar os nomes que começam iguais ou terminam iguais (por exemplo, Mariana e Marcela; Eduardo e Ricardo), ou que começam com a mesma letra. Colocar em ordem alfabética os nomes da turma e pedir para cada criança escrever o seu nome no quadro. Uma outra possibilidade é fazer colunas no quadro para as crianças copiarem das fichas os nomes que começam com a mesma letra ou copiar os nomes que terminam iguais. Ex.: Mariana e Juliana.” Esta atividade também pode ser aplicada no conhecimento alfabético, com a proposta de colocar as fichas dos nomes da turma na ordem alfabética.

Instrução explícita: Após selecionar um livro ou conto, o professor diz: “Hoje vamos ler uma história sobre os povos da África. Vamos anotar as palavras africanas que fazem parte do nosso vocabulário, observando as que não conhecemos e as que conhecemos, mas que não sabíamos que eram de origem africana.” Depois faça um cartaz com as palavras, escritas pelo professor ou pelas crianças, e peça que cada criança faça um pequeno desenho para decorar o cartaz, que deverá ficar exposto nos corredores da escola. Variação: Dentro desta temática, trabalhar com histórias africanas, explorando a narrativa nos livros ilustrados, as cenas, o vocabulário e os objetos. Sugestão de leitura:

Sugestão de leitura: Menina bonita do laço de fita Autora: Ana Maria Machado Ilustrações: Claudius Editora Ática (2019) 24 p.

Histórias encantadas africanas Texto e ilustrações: Ingrid Biesemeyer Bellinghausen Editora RHJ (2011) 24 p. [texto em caixa-alta]

MODELAGEM DE AULA: PALAVRAS ESCRITAS EM LISTAS [PEE: ESCRITA EMERGENTE DE PALAVRAS SIMPLES] Esta atividade é uma ótima oportunidade para verificar a fase de desenvolvimento da leitura e da escrita em que a criança se encontra. É também um momento de orientações diretas quanto às observações feitas. Preparação e prática: A professora conversará com as crianças sobre lista por campo semântico (de nomes de bichos, sabores de sorvetes, cores, nomes de insetos, objetos de casa, de loja, partes de carro, partes de casa, nomes de personagens de histórias, nome de histórias, membros da família, etc.) Instrução explícita: Após escolher um campo semântico, deve-se explicar que só pode usar palavras dentro do combinado: “Vamos fazer uma lista de...”, por exemplo, a) uma lista de palavras ditadas pelas crianças e o professor ser o escriba, escrevendo no quadro (lousa); b) as crianças escrevem cada uma em seu papel; c) de quatro em quatro fazem a lista em um papel maior para ser afixado em lugares que circulam pessoas da escola; fazer um cartaz, com uma lista, para ser completada em dias posteriores. Zoé Rios & Márcia Libânio

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AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 4ª ETAPA

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Neste momento todos os dados do processo já dizem muito sobre as experiências vividas e os cuidados e orientações que serão necessárias para o sucesso da criança na educação formal. É importante realizar encontros com a comunidade escolar para conversas sobre as observações e análises dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, realizar eventos, quando poderá demonstrar os resultados das atividades. Os familiares devem ser estimulados a participarem dos encontros e eventos. Já sugerimos iniciar as visitas e conversas com os professorares da Ensino Fundamental, efetivando o que propõe a BNCC continuidade e integração entre a pré-escola e Ensino Fundamental.

Assim como nas outras etapas, sugerimos monitorar a aprendizagem por meio de momentos individuais com orientação direta ao aluno, usando os indicadores de aprendizagem, preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), que orientarão as ações educativas, e com o portfólio de cada criança. Para o portfólio sugerimos: ilustrar as histórias em capítulo trabalhadas, por meio da indicação dos capítulos; desenho e fotos de atividades de aliterações (fonema) e primeiro som; arquivar material de bingo de letras; registro das atividades com as letras; arquivar material do dicionário; fotos das crianças na biblioteca.

Sugestação de indicadores de aprendizagem Componente PEE: Escrita Emergente Escreva o seu nome: Escreva o nome do animal que você gosta:

5ª ETAPA: PRODUÇÃO DA ESCRITA EMERGENTE: EXPLORANDO A RELAÇÃO GRAFEMA/FONEMA Na quinta etapa, sugerimos criar um momento de rememoração das parlendas, quadrinhas e trava-línguas, de organização de lista das histórias conhecidas, encenações e exploração do portfólio até então montado. As atividades de PEE devem acontecer de forma contextualizada, orientadas com instruções explícitas. O trabalho com os sons das letras, os fonemas, deve ser iniciado e explorado em jogos verbais e auditivos, tanto para segmentar quanto para a síntese dos sons. É um momento interessante dar continuidade ao trabalho com a história em capítulos, que exige sempre o resgate das partes anteriores, provocando o diálogo interativo. O dicionário deve sempre ser trabalhado como um instrumento útil.

MODELAGEM DE AULA: QUAIS SÃO OS SONS? [CFF: IDENTIFICAÇÃO DOS SONS DE UMA PALAVRA] Preparação e prática: Pode organizar a turma em roda ou nos lugares. A lista de palavras é feita antecipadamente, escolhendo palavras pequenas e com fonemas de fácil compreensão. Instrução explícita: Demonstre a brincadeira para a turma, apresentando fichas com imagens de objetos. Por exemplo, o professor diz: “Aqui tem uma CANETA. Vou pronunciar os sons de CANETA: /c/, /a/, /n/, /e/, /t/, /a/”. Propor que as crianças separem os sons das palavras de outras imagens, faça primeiro com a turma e depois individualmente, com cada criança. A atividade pode ser realizada com gravuras de cenas, assim as crianças devem separar uma palavra da cena 34

Conexões emergentes – literacia e numeracia

para ser segmentada. O professor diz: “Vou dizer uma frase e pedir que falem novamente a frase dizendo os sons da palavra que eu disser. Por exemplo: “BOLO DE ANIVERSÁRIO. Segmentar a palavra BOLO dentro da frase: /b/, /o/, /l/, /o/ de aniversário.” Outros exemplos: “Vou jogar bola no campinho”: destacar a palavra BOLA, pedir para separar os sons de bola dentro da frase: “Vou jogar /b/, /o/, /l/, /a/ no campinho”. “O rato fugiu do gato”: destacar a palavra RATO: “O /r/, /a/, /t/, /o/ fugiu do gato. A consciência do segmento de palavras em seus sons é o reconhecimento de todos os sons que pertencem a ela. Primeiro se pronuncia a palavra e depois são pronunciados os sons. Começar com palavras que as crianças têm mais familiaridade. É sempre bom ressaltar que há diferenças regionais na pronúncia das palavras. Utilizar imagens que as crianças possam reconhecer o seu nome.


MODELAGEM DE AULA: IDENTIFICANDO OS SONS DA PALAVRA [CFF: SÍNTESE DOS SONS DE UMA PALAVRA] Preparação e prática: Organizar palavras simples, com poucas sílabas, para ficar mais acessível para as crianças pequenas. Instrução explícita: O professor diz: “Primeiro vou pronunciar os sons da palavra, e vocês vão descobrir que palavra é. Como exemplo, os sons /u/, /v/, /a/ formam a palavra UVA”. A partir desse momento pratique com o grupo outras palavras. Primeiro com a turma e depois com cada criança. Outros exemplos: Sugestão de palavras para as atividades de síntese: lua, mala, ouro, fera, pato, moeda, caneta, tapete, janela, dia, macaco, bola, vaca, ovo, sapo, casa. b/a/l/a; café; tia.

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A síntese de sons é o contrário da segmentação de sons da palavra

MODELAGEM DE AULA: PALAVRAS TEMÁTICAS [CFF; CA; PEE; CV: ESCRITA EMERGENTE] Preparação e prática: Selecionar cartelas com palavras ilustradas de um mesmo campo semântico. Sugerimos cinco cartelas. As palavras deverão ter uma ilustração para que seja identificada a partir da imagem e da escrita. As letras deverão ser em bastão. Neste momento retomar cuidadosamente o som das letras e o traçado. Trabalhar a primeira letra-som e traçado, o número de sílaba da palavra, e a contextualização em relação às outras palavras. Será necessário para esta atividade: papel e lápis de escrever grosso e espelho. Instrução explícita: “Hoje vamos trabalhar com um grupo de palavras de um mesmo tema, que indicam um conjunto. Vamos ver se adivinham qual é o nome deste grupo de palavras? Vou dar uma dica, dizendo uma palavra: sorvete de... Agora vejam algumas palavras que pertencem a este grupo de palavras.” Mostrar as fichas com as palavras ilustradas: “Vamos falar as palavras que estão nestas fichas: caju, pera; chocolate, banana.” Explore outras palavras, oralmente, que poderiam estar no grupo de palavras temáticas. Explorar as sílabas e o som da letra inicial das palavras das cartelas ilustradas. Depois pedir para as crianças escreverem com lápis grosso uma ou mais das palavras trabalhadas e ilustrarem. Sugerimos colocar estas palavras escritas no portfólio. Sugestão de temas: nomes de bichos, objetos de escola, de cozinha, nome de cores e sons de animais etc. Esta atividade deverá acontecer em vários momentos nesta etapa.

MODELAGEM DE AULA: A DANÇA DOS SONS [CFF: SEGMENTAÇÃO DOS SONS DAS PALAVRAS] Preparação e prática: Trabalhar sobre a segmentação dos sons das palavras e propor uma brincadeira com essa segmentação. Separar palitos de picolé ou outro material (papel colorido, tampinhas etc.) para a brincadeira. Com esta atividade o professor identifica se a criança está percebendo com clareza os sons da palavra. Instrução explícita: Demonstrar a brincadeira para a turma. “Vou dizer uma palavra e vou separar a quantidade de palitos que representam os seus sons.” Por exemplo, CANETA – I I I I I I (6 palitos). Depois o professor diz uma palavra para os alunos colocarem a quantidade de palitos: “Vou dizer uma palavra e vocês irão colocar à sua frente a quantidade de palitos correspondente a quantidade de sons da palavra: JABOTICABA – I I I I I I I I I I (10 palitos). Agora DADO – I I I I (4 palitos). Variação: O professor distribui uma letra para cada criança: “Vamos fazer o som da letra que vocês receberam. Agora vou falar uma palavra e as crianças que possuem letras que escrevem as palavras ditas por mim, devem levantar a letra.” Depois peça para que as crianças que levantaram as letras montem a palavra: “Agora venham aqui para mostrar a palavra montada. Agora cada um faz o som da letra da palavra.” Repetir com diferentes palavras.

DADO CANETA JABOTICABA

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: ORGANIZANDO LETRAS [PEE: OPORTUNIZAR A ESCRITA EMERGENTE]

MODELAGEM DE AULA: TEXTO LACUNADO [PEE: OPORTUNIZAR A ESCRITA EMERGENTE]

Preparação e prática: Esta atividade deve ser realizada em diversos momentos. As crianças em roda, ou em suas mesas, em grupo ou individualmente com as letras soltas (alfabeto móvel), montam as palavras solicitadas pelo professor ou indicadas por um colega. As palavras solicitadas serão por meio de uma imagem.

© Carlos Jorge Nunes

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Instrução explícita: “Vejam esta imagem! É a imagem de um... gato. Aqui estão as letras que formam a palavra gato (TGOA). Podemos ler a palavra gato com as letras organizadas deste jeito? O que é preciso fazer? Alguém tem uma sugestão? Com que letra começa a palavra gato? E depois, qual é a próxima letra?” E assim por diante.

TGOA

COMACA

POSA

NHOTIPA

MODELAGEM DE AULA: TELEFONE SEM FIO DE DOIS [CFF: SEGMENTAÇÃO DOS SONS DAS PALAVRAS] Preparação e prática: Trabalhar a segmentação dos sons das palavras e propor uma brincadeira com essa segmentação. Organize a turma em duplas para a brincadeira. Instrução explícita: Com as duplas já organizadas, demonstre como será a brincadeira: “Eu vou chamar duas crianças aqui na frente, vou pronunciar uma palavra e, então, um dos colegas da dupla vai cochichar no ouvido do outro colega os sons da palavra que eu disse. Depois é a vez de outro colega cochichar.” O professor chama uma dupla para exemplificar: “Vou chamar a Maria e o Paulo para virem aqui na frente. Vou dizer uma palavra e o Paulo vai pronunciar os sons dessa palavra no ouvido da Maria. A palavra é SUCO. Agora, Paulo pronuncie no ouvido de Maria os sons dessa palavra: /s/; /u/; /c/; /o/.” Depois, o professor pergunta se a palavra foi pronunciada corretamente. Sugerimos trabalhar palavras com duas sílabas, observando se pode passar para três sílabas.

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

Preparação e prática: O professor escreve um pequeno texto, quadrinha, trava-língua, receita ou frases referentes ao dia. Por exemplo: “Hoje teremos (...) no lanche”. Ou uma parlenda que a turma já memorizou: “A (...) da vovó, amarradinha de (...), o (...) tá demorando, com certeza não tem (...)”. Deve-se deixar lacunas, com desenhos ou vazios, para as crianças lerem e completarem oralmente e depois por escrito. Depois a professora escreve no quadro chamando atenção para os sons (fonemas) e as letras (grafemas) para as crianças corrigirem. Instrução explícita: O professor diz: “Hoje vamos escrever palavras no lugar do desenho ou no lugar que estão faltando na frase.” O professor escreve no quadro a quadrinha e recita novamente com a turma. Cada criança pode receber um papel com a quadrinha escrita, como a do quadro, para completarem.

MODELAGEM DE AULA: LENDO PINTURAS PRÉ-HISTÓRICAS [DV; COT: VOCABULÁRIO, COMPREENSÃO ORAL] Preparação e prática: Escolher livros, gravuras, slides ou quadros de desenhos que remetam a pré-história. Instrução explícita: Mostrar para as crianças as gravuras e pedir que cada uma aponte algum detalhe observado. O professor pergunta: “O que vocês acham que essas pinturas significam? De quem são estas pinturas? Por que vocês acham isso? O que elas dizem/narram/ ilustram? O que nós podemos entender ao ver estas gravuras? Quando elas foram feitas?” Registrar as respostas em um cartaz e deixar exposto em uma parede da sala ou do corredor. Trabalhar sobre a temática pré-histórica e os dinossauros, o início da escrita, utensílios, alimentação e habitat dos povos da pré-história. Propor registros e narração sobre a pesquisa para familiares e gestores da escola. Nesta troca de conhecimento, as crianças devem levar para a escola dados que ainda não foram explorados. Variações: Apresentar para as crianças quadros de pintores brasileiros, como Tarsila Amaral, Di Cavalcanti, Candido Portinari. As crianças podem pintar com materiais, como, por exemplo, uma pedra, utilizando terra diluída em água (a terra tem vários tons) ou carvão.


MODELAGEM DE AULA: MENSAGENS/CONVITE [COT; PEE: MENSAGEM IMPLÍCITA, ESCRITA EMERGENTE]

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Preparação e prática: Conversar com a gestão da escola para entregarem um bilhete, recado, mensagem para a turma sobre uma festa. Os bilhetes, que circulam no ambiente escolar, têm o objetivo de comunicar feriados, festas, reuniões de pais. Ao ser entregue para a criança levar para a casa, é importante o professor explicá-lo e lê-lo para a turma. Instrução explícita: “Vejam, recebemos um bilhete! Vou ler e vocês acompanham a leitura.” Após a leitura, é possível fazer perguntas para as crianças: “Então, vamos entender o que diz este bilhete. O que diz? Que horas? Que data? Que dia da semana está marcada a festa? Onde? Como devemos participar? Quem pode participar? Quanto tempo falta para o dia marcado? O que devemos fazer para preparar? O que temos que fazer para a festa? O que terá nesta festa para comer? O que acontecerá nesta festa?” Variação: A turma está com dúvidas sobre como será a festa. Proponha a escrita de um bilhete para a gestão com as dúvidas que a turma tem. O professor escreve o bilhete no quadro (lousa), levantando questões sobre o gênero textual: “Como um bilhete começa? Como vamos expor as dúvidas que temos? Como devemos terminar o bilhete?” Proponha que um dos alunos entregue o bilhete aos gestores.

MODELAGEM DE AULA: ESCREVENDO EM BARRINHAS [PEE: OPORTUNIZAR A ESCRITA EMERGENTE] Preparação e prática: Fazer barrinhas divididas em um papel, como se fossem pequenas tabelas. Escrever em um cartaz, ou quadro (lousa), palavras com diferentes quantidades de letras para as crianças copiarem e preencherem as barrinhas. Para cada divisão da barrinha, colocar uma letra, ou uma sílaba, dependendo do objetivo do professor. Escolher palavras do mesmo campo semântico, por exemplo, frutas: morango, manga, jabuticaba, goiaba, maçã, laranja. Se for possível, explorar a rima e a aliteração na atividade. Instrução explícita: Entregar a folha para as crianças com as barrinhas. Deixar as palavras em um cartaz, no quadro, para as crianças copiarem nas barrinhas, respeitando a quantidade de letras. “Vamos preencher as barrinhas colocando uma letra em cada casinha. As palavras são essas: maçã – abacate – tangerina. Qual é a barrinha maior? Que palavra cabe nessa barrinha: maçã, abacate ou tangerina?” M

A

Ç

Ã

T

A

N

G

E

R

I

A

B

A

C

A

T

E

N

A

Sugerimos trabalhar a escrita em barrinhas: Explorando a rima: JANELA – PANELA – CANELA – AMARELA – FIVELA Explorando a aliteração: MO-RAN-GO – MA-RA-CU-JÁ – MA-MÃO

MODELAGENS DE AULAS: JOGO DO CONTRÁRIO [DV] [AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO] Preparação e prática: Organizar uma lista de palavras para que as crianças possam conhecer o seu antônimo, ou seja, a palavra contrária. A lista deverá ser trabalhada fazendo pesquisas com os adultos da escola, que ajudarão com as novas palavras. Também é possível explorar o feminino ou o plural da palavra. Dividir a turma em trios. Instrução explícita: “Vamos fazer pesquisas sobre as palavras? Vocês devem perguntar para os adultos da escola o contrário de três palavras que cada trio receberá. Vocês deverão pedir que elas escrevam. Depois faremos frases com as palavras e levaremos para as pessoas que nos ajudaram a pesquisar.” Exemplo de palavras: dia e noite; forte e fraco; escuro e claro; grande e pequeno; sorrir e chorar.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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AVALIAÇÃO FORMATIVA Neste momento, a avaliação deverá ser compartilhada com a comunidade escolar, com professores da série inicial do Ensino Fundamental e com familiares. As visitas deverão ser realizadas em vários momentos, sempre fotografadas. Os familiares devem ser estimulados a comentarem sobre a expectativa e as experiências das crianças.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Assim como nas outras etapas, sugerimos monitorar a aprendizagem por meio de momentos individuais, com orientação direta ao aluno, usando os indicadores de aprendizagem; pelo preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), que orientará as ações educativas, e com o portfólio de cada criança. Para o portfólio sugerimos neste momento: ilustrar histórias em capítulo trabalhadas, por meio da indicação dos capítulos; desenho e fotos de atividades de segmentação e síntese dos sons fonema; arquivar material de; registro das atividades com tentativas de escrita emergente das letras; arquivar material do dicionário; fotos de crianças nas visitas e eventos de integração com o Ensino Fundamental. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Componente PEE e CA

Componente CFF: Síntese dos sons

Escreva o nome da imagem abaixo:

Diga qual é a palavra que eu vou pronunciar os seus sons: [u], [v], [a] [c], [a], [s], [a] [f], [a], [d], [a] [m], [o], [l], [a] [c], [o], [p], [o]

© Carlos Jorge Nunes

Sugestão de cronograma A seguir, apresentamos uma sugestão de cronograma, explicitando como os componentes da literacia podem ser abordados ao longo do ano letivo e ainda indicamos os objetivos de aprendizagem da BNCC. Dessa forma, esperamos apoiar a prática do professor possibilitando a construção do seu próprio cronograma.

CRONOGRAMA – LITERACIA MODELAGEM DE AULA

BNCC

COMPONENTE

ELEMENTOS

PÁGINA

1ª ETAPA: Consciência fonológica: rimas, aliterações e segmentação de frases em palavras Que som falta?

(EI03CG02) (EI03TS03)

CFF

discriminação auditiva

13

Separando palavras

(EI03CG02) (EI03TS03)

CFF

segmentação de frase

14

Arte e traçado

(EI03CG05)

PEE

coordenação motora fina

14

Ouvindo e conhecendo histórias

(EI03EF05)

COT; DV

interação verbal; leitura dialogada

15

Traçando linhas

(EI02EF09) (EI03CG05)

PEE

coordenação motora fina

16

Contando com a bola

(EI03TS03) (EI03CG02)

CFF

segmentação de frase em palavras

16

O que vejo na figura?

(EI03EF01)

CFF; DV

segmentação de frases em palavras

17

Parlendas e quadrinhas

(EI03EF02)

CFF

rima

17

Ritmos e cantigas

(EI03EF02)

CFF

rima

18

Trava-língua

(EI03EF02)

CFF

aliteração

18

Cada palavra

(EI03CG02)

CFF

segmentação de frases em palavras

18

Avaliação formativa

38

Conexões emergentes – literacia e numeracia

19


MODELAGEM DE AULA

BNCC

COMPONENTE

ELEMENTOS

PÁGINA

2ª ETAPA: Conhecimento alfabético: nome e som das letras e identificação sonora das silabas O alfabeto

(EI03EF09)

CA

alfabeto; recitação

20

Qual é a próxima letra?

(EI02EF09) (EI03TS03)

CA

sequência do alfabeto

20

Que letra é essa?

(EI02EF09 (EI03TS03)

CFF; CA

letra: nome e som

21

Fazendo desenhos indígenas

(EI02EF09)

PEE; COT; DV

motricidade, vocabulário

21

Tirou, contou as sílabas!

(EI03TS03)

CFF

sílabas

22

Bingo de letras

(EI02EF09) (EI03TS03)

CA

letra: nome e som

22

Dramatização: contos

(EI03CG03) (EI03EF01)

DV; COT

oralidade

23

Dominó de rimas

(EI03TS03)

CFF

rima

23

Pedaços da palavra

(EI03TS03)

CFF

sílabas

24

Avaliação formativa

24

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

3ª ETAPA: Traçado das letras e identificação dos primeiros sons das palavras Começo com a letra?

(EI03EF09)

CFF, CA

letra e fonema

Assentado, ou de pé

(EI03TS03)

CFF

primeiro som das palavras

25 25

Traçando as letras

(EI02EF09)

PEE; CA

traçado das letras

26

Letras e seus traçados

(EI02EF09) (EI03CG05)

CA; PEE

letra e motricidade

26

Jogo de memória

(EI03TS03)

CFF

rimas e aliterações

27

Narrando uma cena e livros de imagens

(EI03EF01)

COT; DV

interações verbais

27

Fazendo a festa

(EI02EF09) (EI03EF09)

PEE; COT

coordenação motora fina

28

Primeiro som das palavras

(EI03TS03)

CFF

primeiro som das palavras

28

Poesia no ar!

(EI03TS03)

CFF

rima

28

Biblioteca

(EI03EF07) (EI03EF08)

COT; DV; CA

interações verbais

29

Avaliação formativa

29

4ª ETAPA: Desenvolvendo habilidades com sequências numéricas, relações espaciais História em capítulos

(EI03EF08)

COT; DV

leitura dialogada

30

Palavra ilustrada

(EI03EF09)

CFF; CA; PEE

escrita emergente

30

Dicionário de descobertas

(EI03EF01)

DV

interações verbais

31

O meu nome e meu autorretrato

(EI03EF09)

PEE

escrita emergente

31

Som da letra

(EI03TS03)

CFF; CA

síntese de sons, fonema

32

Letra e som

(EI03TS03)

CFF; CA

identificação do primeiro som

32

Troca a primeira letra, vira outra palavra

(EI03TS03)

CFF

identificação do primeiro som

32

O nome dos meus colegas

(EI03EF09)

CFF; CA; PEE

escrita emergente

33

Palavras africanas

(EI03EF03)

DV/ COT

vocabulário

33

Palavras escritas em listas

(EI03EF09)

PEE

escrita emergente

Avaliação formativa

33 34

5ª ETAPA: Produção da escrita emergente: explorando a relação grafema/fonema Quais são os sons?

(EI03TS03)

CFF

identificação dos sons de uma palavra

34

Identificando os sons da palavra

(EI03TS03)

CFF

síntese dos sons de uma palavra

35

Palavras temáticas

(EI03EF09)

CFF; CA; PEE; CV

escrita emergente

35

A dança dos sons

(EI03TS03)

CFF

segmentação dos sons das palavras

35

Organizando letras

(EI03EF09)

PEE

escrita emergente

36

Telefone sem fio de dois

(EI03TS03)

CFF

segmentação dos sons das palavras

36

Texto lacunado

(EI03EF09)

PEE

escrita emergente

36

Lendo pinturas pré-históricas

(EI03EF01)

DV; COT

vocabulário

36

Mensagens/convite

(EI03EF01) (EI03EF07)

COT; PEE

escrita emergente

37

Escrevendo em barrinhas

(EI03EF09)

PEE

escrita emergente

37

Jogo do contrário

(EI03EF01)

DV

vocabulário

Avaliação formativa

37 38

As atividades de COT, DV e CFF (rima) devem acontecer em diversos momentos em todas as etapas, de forma direta e indireta. Atividades de PEE (coordenação motora fina, direcionalidade e espacialidade, mapeamento das letras e manuseio do lápis) dever acontecer em todas as etapas de forma sequenciada e progressiva. A avaliação formativa deve acontecer durante todo o processo.

Zoé Rios & Márcia Libânio

39


Noções da numeracia As noções que estão relacionadas à numeracia são fundamentais para a leitura e compreensão de mundo, e devem ser abordadas como preparatórias na pré-escola, conforme o decreto 9765/2019, tendo o professor alfabetizador a missão de ensinar essas habilidades numéricas. A numeracia, em sua concepção, “não se limita à habilidade de usar números para contar, mas se refere antes à habilidade de usar a compreensão e as habilidades matemáticas para solucionar problemas e encontrar respostas para as demandas da vida cotidiana” (BRASIL, 2019).

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

As diretrizes da PNA orientam que a prática de numeracia e o ensino de habilidades de matemática básica têm como base os conhecimentos científicos da cognição numérica, que é um dos campos da neurociência cognitiva e também da psicologia cognitiva. Nesses estudos, pesquisadores destacam que muitas habilidades da numeracia emergem concomitantemente com as habilidades de literacia. Nesse sentido, deve-se ensinar a pensar e a comunicar usando quantidades desde os primeiros anos de vida, ou seja, as práticas preparatórias de numeracia devem fazer parte do cotidiano da Educação Infantil, pois trarão impacto positivo no Ensino Fundamental. Conforme o Guia Teaching Math to Young Children, deve-se ensinar números e operações; ensinar geometria, padrões, medidas e análise de dados; monitorar o progresso das crianças para garantir a progressão da aprendizagem; ensinar as crianças a descreverem o mundo matematicamente; bem como ensinar matemática todos os dias e integrar o pensamento matemático às atividades diárias. Concomitantemente às diretrizes da PNA, buscamos embasamento na BNCC para as sugestões e orientações das instruções explícitas e planejamento e prática, contemplando nas intencionalidades pedagógicas os campos de experiências pelos eixos interação e brincadeira e as competências a serem alcançadas. Os códigos alfanuméricos serão indicados para subsidiar os planejamentos do professor e os seus objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, assim como a noção de numeraria abordada. As sugestões de modelagens de aula com intencionalidades pedagógicas do universo da numeracia, para serem desenvolvidas no cotidiano de ações educativas, estão organizadas a partir das noções básicas de matemática, na perspectiva de leitura de mundo, interpretação e manipulação de quantidades, formas e algaris-

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

mos. Elencamos as seguintes noções nas abordagens de aula: noções de quantidade, algarismos, somas, subtrações, proporções simples envolvendo números de apenas um algarismo; noções de localização, posicionamento, espacialidade, direcionalidade, tempo, tamanho, peso e volume; noções de formas geométricas elementares; noções de raciocínio lógico e raciocínio matemático. As noções de numeracia que propomos para serem trabalhadas na pré-escola, além de abranger os eixos estruturantes propostos para a Educação Infantil na BNCC, dialogam com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento desse documento e, em especial, articulam-se com os objetivos do campo de experiências Espaços, quantidades, relações e transformações. Organizamos as modelagens de forma sequencial em cinco etapas, considerando o grau de dificuldade e as noções a serem trabalhadas. As noções de cada etapa também devem ser desenvolvidas nas etapas seguintes. O professor, para consolidar habilidades, pode acrescentar às modelagens novos elementos e complexidade. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA BNCC CORRELATOS (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades. (EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais. (EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação. (EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes suportes. (EI03ET05) Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças. (EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade. (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos. (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência. (EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos, presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas, livros etc.). (EI03ET08) Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos.


Modelagens de aula de numeracia 1ª ETAPA: NOÇÕES ELEMENTARES DE MATEMÁTICAS: DESCOBERTAS E IDENTIFICAÇÕES Na primeira etapa temos como objetivo de desenvolver habilidades e estimular a aprendizagem de forma lúdica dos elementos referentes a numeracia: recitação e contagem dos números; exploração da noção de quantidade (muito, pouco, nenhum, proporções simples, tamanho, maior, menor e igual); de curto e longo; de localização (perto, longe, embaixo, em cima); em desafios de raciocínio lógico; de observação e manipulação de formas geométricas simples, bidimensionais e tridimensionais; e noção de tempo (dia e noite).

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MODELAGEM DE AULA: UM, DOIS... [NOÇÃO DE ALGARISMO: RECITAÇÃO DOS NÚMEROS] Preparação e prática: Pesquisar, para o trabalho com as crianças, músicas, parlendas e quadrinhas que recitam números. Expor as quadrinhas na sala. Por exemplo: A Barata diz que tem, Um, dois, feijão com arroz, Dez indiozinhos etc. Pedir para a turma fazer as ilustrações. Pode selecionar livros infantis que trabalham os algarismos com representações das quantidades. Instrução explícita: “Vocês conhecem alguma música que os algarismos aparecem? Vamos cantar?” Finalizar com os dedinhos as quantidades durante as cantigas. Dez indiozinhos Um, dois, três indiozinhos Quatro, cinco, seis indiozinhos Sete, oito, nove indiozinhos Dez no pequeno bote Iam navegando rio abaixo Quando o jacaré se aproximou E o indiozinho olhou pra baixo E o bote quase virou

Sugestão de leitura: Quantos elefantes? Autora: Simone Pedersen Ilustrações: Renam Penante Editora Baobá (2019) 32 p. [texto em caixa-alta]

Variação: Durante as brincadeiras de corda e de esconde-esconde, solicitar que seja feita a recitação de 0 a 20. Na brincadeira de amarelinha, trabalhar a representação de número e a sequência de 0 a 10. O professor diz: “Quantas casas tem essa amarelinha? Se a pedrinha for colocada na casa de número 5, qual é a casa que virá depois do 5? E que casa vem antes?” Variação: Explorar os livros que trabalham os numerais de forma direta, orientando as crianças na contagem, na representação da quantidade e no numeral correspondente. A recitação dos números não quer dizer que a criança já relaciona os números com a quantidade. Mas no trabalho de recitação, visualizando os números, a criança já poderá observar regularidades e descobrir que com os algarismos de 0 a 9 se escrevem todos os outros números.

© Carlos Jorge Nunes

MODELAGEM DE AULA: ONDE ESTÁ? [NOÇÃO DE LOCALIZAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO DE POSIÇÃO E DIREÇÃO] Preparação e prática: A brincadeira pode acontecer em momentos curtos, como antes da saída das crianças da escola ou entre uma atividade e outra. O espaço da sala é ótimo para desenvolver a atividade. As crianças ficam assentadas. O aspecto mais importante depois da noção de localização é o desenvolvimento do vocabulário e da oralidade. Instrução explícita: “Essa é a brincadeira do Canetão (caneta de quadro ou outro objeto qualquer). Vou pedir que uma criança saia da sala. Vamos esconder o canetão. Não vale contar onde ele está, nem pode ficar olhando para ver onde o escondemos.” Depois, chame de volta para a sala a criança que saiu. Peça para ela encontrar o canetão, fazendo perguntas que só podem ser respondidas com um SIM ou NÃO.” A criança deve ser orientada pelo professor: “Está atrás do Luiz? Está na frente do Pedro? Está entre a Luiza e a Maria? Está perto da mesa do professor? Está embaixo do armário? Está em cima do quadro? Está longe do Nando? Está perto do cantinho de leitura?” E assim por diante. Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: DIA E NOITE [NOÇÃO DE TEMPO: DISTINGUIR DIA E NOITE] Preparação e prática: Observar com as crianças no pátio o que se vê no céu: nuvens, as cores, explorar sobre o sol, o horizonte, o movimento da sombra durante o dia, as fases da lua etc. Programar esta atividade para um dia de sol, para poder observar a sombra, e separar um globo terrestre. A observação do céu à noite é feita com o envolvimento da família. Instrução explícita: O professor diz: “Por que durante a noite não enxergamos tudo que está à nossa volta? O que faz o dia ser iluminado? Que horas do dia o sol desponta? Que horas ele se põe? A lua também tem luz própria? Como a lua fica iluminada? Vocês já observaram onde o sol fica mais forte em sua casa pela manhã? E à tarde? Aqui na escola, onde o sol está iluminando mais? Como se forma a sombra? Vamos verificar isto na parte externa da escola.” Orientar a observação da sombra de árvores e de construções, brincar de sombra com o movimento do corpo.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Noite: “Por que fica escuro à noite? Mas para onde vai o sol? Veja o globo terrestre, ele representa o planeta Terra. Vamos ver como acontece a noite e o dia.” Explicar que fica escuro à noite porque a terra gira: “O sol não ilumina tudo ao mesmo tempo? O que vemos no céu à noite? Existem elementos que só podem ser observados durante um determinado período? Quais são estes elementos? Como podemos diferenciar quando está de dia e quando está de noite? Existem comportamentos que, na maioria das vezes, só fazemos durante a noite? Vocês sabem que alguns animais dormem durante o dia e caçam à noite? As estrelas estão pregadas no céu?” Para ilustrar a dinâmica da modelagem, faça com as crianças a representação do movimento da terra utilizando uma lanterna como sol. Depois, peça às crianças para fazerem desenhos: “Vamos fazer duas ilustrações: uma com elementos que vemos durante o dia; outra com elementos que vemos durante a noite.”

Sugestão de leitura: A casa de Maria Autor: Lindomar da Silva Ilustrações: Suryara Bernardi Editora RHJ (2011) 32 p. [texto em caixa-alta]

MODELAGEM DE AULA: QUEBRANDO A CABEÇA [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO: RESOLUÇÃO DE QUEBRA-CABEÇA] Preparação e prática: Os quebra-cabeças são muito apreciados pelas crianças. Os melhores quebra-cabeças são os encontrados para a venda no mercado. Se possível, dê preferência para os bem duros e com peças grandes, destinados a crianças pequenas. Caso a escola não tenha, é possível desenhá-los ou fazer montagens com imagens infantis, coladas em papel firme. Recortar as peças e guardá-las em envelopes. Colar na frente do envelope a imagem do quebra-cabeça para as crianças consultarem. Os quebra-cabeças também podem ser montados com imagens desenhadas pelas próprias crianças: imagens da escola, de personagens de histórias, formas geométricas etc. Organize uma coleção de quebra-cabeças. Os blocos de montar também atendem aos objetivos desta atividade e podem ser utilizados de forma direta e orientada pelo professor, para que resolvam por análise das características e não apenas por ensaio e erro. Instrução explícita: “Cada envelope tem um quebra-cabeça! Vocês podem consultar a imagem do envelope para montar de forma correta a imagem!” Variação: “Trouxe vários formatos de encaixes como nos quebra-cabeças. Só que não têm imagem. Eu apresento um, e vocês dizem qual é o outro cartão que se encaixa nesse sem experimentar.” Apresentar um cartão: “Qual será o outro cartão que está no chão que se encaixa com este? 42

Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: COMPARANDO CONJUNTOS [NOÇÃO DE QUANTIDADE: CONCEITO DE MAIOR, MENOR E IGUAL.] Preparação e prática: A comparação entre conjuntos requer experimentações concretas para as crianças pequenas. Levar para a rodinha objetos que possam formar conjuntos: brinquedos, carrinhos, bichinhos, pedaços de EVA de cores diferentes, lápis de cores e tamanhos diferentes, dentre outros objetos.

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Instrução explícita: “Trouxe alguns objetos e quero que vocês os coloquem de maneira que fiquem em grupos de objetos semelhantes. Como podemos organizar? Como podemos agrupar os lápis?” Sugira a organização, por exemplo, em lápis grandes, lápis pequenos,

lápis de cores iguais etc. “Vamos ver qual conjunto é maior: o conjunto dos lápis pequenos ou o conjunto dos lápis grandes? Qual é o conjunto menor de lápis, o de lápis grande ou o de lápis pequeno?” Expor três conjuntos, sendo dois de quantidades iguais, por exemplo, um de frutas e um de bonecas e o terceiro de carrinhos com uma quantidade diferente. “Entre esses conjuntos, qual é o conjunto igual ao conjunto de frutas? Como vocês sabem que eles são iguais?” Ao final desta atividade pedir para as crianças desenharem diferentes conjuntos.

MODELAGEM DE AULA: QUANTOS TÊM? [NOÇÃO DE QUANTIDADE: CONCEITO DE MUITO, POUCO E NENHUM] Preparação e prática: Essa experiência pode ser realizada contando as crianças da sala, lápis de tamanhos diferentes, brinquedos em quantidade e diversos objetos. Separe cestinhos e pratinhos e círculos de material EVA, ou papel cartão, de três cores diferentes em quantidades que façam um monte alto dentro dos pratinhos. Instrução explícita: Na rodinha, mostrar três pratinhos com círculos azuis para as crianças: um pratinho com mais círculos, outro com menos e um vazio: “Vou encher dois pratinhos de círculos azuis. Qual é o pratinho que tem muitos círculos? Qual é o pratinho que tem menos círculos? Algum dos pratinhos está vazio, ou seja, sem nenhum círculo?” Variação: Propor outros tipos de observação: “Há muitas ou poucas nuvens, ou nenhuma nuvem no céu? Tem muitas ou poucas crianças no refeitório? Observem o número de pétalas de uma flor, qual delas tem muitas pétalas, qual tem poucas? Por que algumas flores não tem nenhuma pétala?

Variação: Pedir para as crianças contarem quantas letras têm no seu nome e no nome do colega. Depois, peça que desenhem animais, por exemplo, gato ou centopeia: “Quantas patas tem o gato? E a centopeia? Se a centopeia for desenhada com seis patinhas, quantos sapatos ela precisa ter? E o gato de botas, quantas botas têm? Pedir para desenharem os sapatos da centopeia, e depois contarem. Variação: As crianças utilizam os dedos das mãos (até os dos pés) para contarem durante um bom tempo, até na Educação Fundamental. A experiência de contar as partes do corpo, inclusive em frente ao espelho, é uma outra possibilidade a ser explorada: “Quantos olhos nós temos? Quantas mãos? Quantos pés, bocas, orelhas. Quantos dedos têm cada uma das mãos e pés? E as duas mãos juntas? Quantos dedos temos ao todo?”

MODELAGEM DE AULA: ESTE COM ESTE! [NOÇÃO DE QUANTIDADE: PROPORÇÕES SIMPLES] Preparação e prática: Esta atividade pode ser realizada com diversos materiais que combinem com outros, como caixa de ovos e ovinhos de papel, luvas e mãos, brincos, anéis, colar; caixas e bonecas, carrinhos e pacotes para guardá-los, bichinhos de plástico, bolinhas de papel ou outro material concreto, atrativo e fácil de ser manuseado pelas crianças. Instrução explícita: Separar três caixas, uma pequena, uma média e uma grande, e três bonecas, uma pequena, uma média e uma grande. “Tenho três caixas e preciso guardar em cada uma das caixas uma boneca. Será que vai dar para colocar uma boneca em cada uma delas? Em que caixa devo colocar cada boneca?

Vamos experimentar? Vai sobrar boneca ou caixa? Vamos conferir!” Variação: Caixa de ovos e 11 ovinhos de papel: “Essa caixa serve para guardar 12 ovos. Tenho 11 ovinhos. Vamos contá-los! Será que vou preencher todas as casinhas da caixa? Vão sobrar ou faltar ovos para colocar na caixa de ovos? Quantos ovos faltam para preencher as casinhas? Vamos conferir!” Variação: "Quantas cadeiras são necessárias para quatro crianças assentarem? E se forem seis crianças? Quantas cadeiras serão necessárias?” Nossa turma tem 25 crianças? Quantas cadeiras precisamos? Um professor? Quantas cadeiras de professor? Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: MONTANDO COM FORMAS [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: IDENTIFICAÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS]

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© Carlos Jorge Nunes

Preparação e prática: Provocar a observação das formas geométricas presentes nos objetos, nas construções, como no relógio, no quadro, na cadeira, na mesa, na quadra da escola, nos muros, nas cerâmicas e revestimentos das paredes e chão, no refeitório em todos os espaço e objetos da escola, e até mesmo ao redor da escola. Depois, recortar formas geométricas em papel colorido para trabalhar colagens. "Vou apresentar quatro formas geométricas. Vamos ver onde é possível encontrá-las na escola".

Instrução explícita: “Que formas geométricas podemos ver em um campo de futebol? Que formas geométricas existem na sala de aula?” Depois, explorar os objetos da sala de aula: “Qual a forma da caixa de papéis? Qual a forma da porta? A forma da janela? O que vocês observam de diferente entre a caixa e a porta?” Explorar, comparando o conceito de bidimensionalidade e tridimensionalidade. “Quantos retângulos têm no armário? O chapéu de aniversário se parece com o qual forma? No chão, os desenhos possuem que forma? E os cartazes?” Depois de explorar as formas, distribua as formas geométricas em papel colorido para as crianças: “Que objeto podemos fazer utilizando as formas geométricas? Com o quadrado? E se colarmos o triângulo acima do quadrado? Vira uma casa! E se colarmos um círculo e abaixo dele um triângulo?” Intervir durante a atividade, questionando o que estão formando e deixar as crianças fazerem as colagens. Após a colagem, pode-se usar canetinhas para finalizar.

MODELAGEM DE AULA: CABE TUDO? [NOÇÃO DE TAMANHO: CONCEITO DE MAIOR, MENOR E IGUAL]

Instrução explícita: Com três potes de tamanhos diferentes: “Coloquem areia no pote maior até ele ficar bem cheio! Será que esta areia do pote grande vai caber neste pote (pote médio)? Como vocês sabem que não irá caber? Como podemos verificar isso?” Oriente as crianças a pensarem em soluções. “Coloquem areia no pote menor! Será que a areia que coube no pote menor vai encher o pote maior? Em qual pote cabe mais, em qual pote cabe menos? Por que vocês sabem que não é possível encher o pote maior? E quantos potes pequenos podem encher o pote maior?” Outra abordagem: “Qual pá vai encher mais rápido?” Explorar de forma direta e indireta os conceitos de maior e menor e mais e menos. Variação: “Em qual caixa devemos guardar?” Em sala, comparar os sapatos de tamanhos diferentes e explorar de quem pode ser cada um deles. Observando caixas disponibilizadas, explore as noções de maior e menor. 44

Conexões emergentes – literacia e numeracia

© Carlos Jorge Nunes

Preparação e prática: Nos momentos da turma no tanque de areia muitas intervenções podem acontecer. Levar potinhos, caixas de ovos, pazinhas, carrinhos. Se a atividade for em sala, levar caixas de frutas vazias, frutas, sapatos de adulto, bebê e criança e suas respectivas caixas.

Variação: Levar para a sala duas melancias e um saco de laranjas. Escolher uma caixa para guardar as frutas. “Nesta caixa cabem quantas melancias? E quantas laranjas? Por quê? Para guardar duas melancias, o que teríamos que providenciar?”


MODELAGEM DE AULA: CAMINHOS [NOÇÃO DE ESPAÇO/ TEMPO: CONCEITO DE LONGO E CURTO] Preparação e prática: A leitura da história Chapeuzinho Vermelho e da fábula A lebre e a tartaruga são interessantes para esta atividade. As narrativas apresentam o conceito de caminhos longos e curtos que podem ser explorados.

Trabalhar a relação de tempo e espaço na fábula d’A lebre e a tartaruga: “O caminho da tartaruga era mais longo ou mais curto que o caminho da lebre? Será que o caminho que a lebre percorreu era mais longo? Será que a lebre pensou em percorrer um caminho mais curto? Se o caminho que elas percorreram foi o mesmo, por que a lebre demorou mais a chegar ao final da corrida?" Variação: Indicar caminhos no pátio com giz ou só demonstrando. Por exemplo: “Para chegar ao tanque de areia, por onde devemos passar? Qual desses caminhos é o mais longo? E o mais curto? Como sabem disso? Como podemos verificar qual é o caminho mais longo e o caminho mais curto?”

AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 1ª ETAPA Sugerimos o preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor), realização de intervenções individuais e orientadas para verificar o aprendizado das noções específicas, usando os indicadores de aprendizagem. Para o portfólio, propomos organizar os seguintes registros: desenhos representando o dia e a noite; colagens com as formas geométricas; fotos de crianças separando quantidades; ilustrações para as cantigas que fazem referência a algarismos/quantidades; arquivo de quebra-cabeça. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Faça um X na pessoa que está atrás das crianças.

© Carlos Jorge Nunes

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Instrução explícita: “Vamos ouvir a história Chapeuzinho Vermelho.” Aproveitar este momento para buscar antecipações da história e confirmar o que as crianças sabem. Após a leitura, perguntar: “Qual era o caminho que a Chapeuzinho Vermelho deveria seguir para chegar à casa da vovó: o mais curto ou o mais longo? Por que o lobo sugeriu que ela tomasse o caminho mais longo?” Depois, proponha encenações: “Vamos dramatizar andando pelo caminho que a Chapeuzinho Vermelho iria passar. Agora pela floresta? Qual é o caminho mais curto? Qual o caminho mais longo?”

Zoé Rios & Márcia Libânio

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2ª ETAPA: ALGARISMOS E NOÇÃO DE QUANTIDADE E DE TEMPO Na segunda etapa temos como objetivo desenvolver habilidades e estimular a aprendizagem de forma lúdica dos elementos referentes à numeracia: explorar estimativas em relação à quantidade, comparar quantidades de conjuntos, identificar quantidades em situação de contagem, contar para subtrair e adicionar com objetos concretos, explorar situação de mais 1 e menos 1 e transformações de quantidades; explorar a identificação de relações temporais e os conceitos de ontem, hoje e amanhã, e de dia, semana e mês em um calendário; recitação de ordem decrescente de 10 a 0.

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MODELAGEM DE AULA: CORRESPONDÊNCIA [NOÇÃO DE QUANTIDADE: COMPARAR QUANTIDADES] Preparação e prática: Ao comparar conjuntos e observar a quantidade de objetos, as crianças desenvolvem o ato de estimar quantidades. Se a criança for instigada a observar antes de fazer a contagem, a habilidade de estimativa estará sendo desenvolvida também. Separar materiais para montar conjuntos diferentes (bichinhos, toquinhos, tampinhas, objetos criados pelo professor etc.). Instrução explícita: O professor diz: “Montem para mim conjuntos com quantidades diferentes. Um com mais objetos que o outro. E dois conjuntos com quantidades iguais. Não vale contar.” Após a montagem dos conjuntos, indagar sobre como a criança pensou no momento de criá-los: “Qual foi a ideia para montar os conjuntos se você não contou? Como você pensou? Agora vamos contar cada um dos conjuntos para verificar se um deles tem menos ou mais elementos e se dois conjuntos têm a mesma quantidade de elementos!” Utilizar brinquedos de montar para trabalhar mais e menos.

MODELAGEM DE AULA: DIÁRIO DE BORDO [NOÇÃO DE SEQUÊNCIA TEMPORAL: CONCEITO DE HOJE, AMANHÃ E ONTEM] Preparação e prática: Os conceitos de ontem, hoje e amanhã são complexos para crianças pequenas. A ideia de um diário de classe é bem interessante. Faça um diário semanal das atividades da turma e todos os dias leia para alunos o que foi realizado por elas ontem, o que vai ser feito hoje. Use a rotina, que é escrita diariamente no quadro (lousa), e explique o que vai ser feito amanhã. O diário será elaborado durante o ano todo. Instrução explícita: “Neste caderno vamos fazer um diário sobre as atividades que faremos aqui. A partir do planejamento que está afixado no mural, anotarei o que realmente conseguimos realizar durante o dia.” Anotar o que foi feito no dia: “Conseguimos fazer toda a rotina planejada para hoje?” No dia seguinte: “Alguém se lembra do que fizemos ontem? Vamos relembrar.” No fim do dia, perguntar: “E hoje, o que fizemos do planejamento? Vamos ler o que está planejado para amanhã!”

© Carlos Jorge Nunes

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: FORMAS GEOMÉTRICAS [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: RECONHECER E NOMEAR FORMAS GEOMÉTRICAS]

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: Para esta atividade, o professor irá precisar de fichas com as formas geométricas parecidas com os “blocos lógicos” ou com os próprios. Os blocos lógicos trabalham com as cores, as formas geométricas, o conceito de fino, grosso, grande e pequeno. Instrução explícita: No primeiro momento, deixar as crianças explorarem o material livremente. Espalhar o material pelo chão e perguntar: “Como podemos organizar esses blocos?” Várias propostas irão surgir, proponha organizar de acordo com as propostas feitas, levando a criança a perceber as possibilidades de agrupamento até chegar ao agrupamento por formas: “Que forma é essa? Triângulo, retângulo, quadrado, círculo.” Propor atividades de memorização das quatro formas elementares.

MODELAGEM DE AULA: CONTANDO TUDO [NOÇÃO DE QUANTIDADE: RECITAÇÃO, CONTAGENS DE OBJETOS] Preparação e prática: Para contar, usamos a série numérica em uma situação de enumeração, em que é preciso estabelecer uma correspondência entre os nomes dos algarismos e os elementos contados, quantificando para saber quantos elementos têm. Essa atividade pode ser realizada sempre, até em momentos que necessariamente não foram preparados para este fim. Todos os tipos de materiais podem ser utilizados para contar: pedrinhas, miçangas, tampinhas, palitos de picolé, lápis, livros, brinquedos, o corpo, dentre outros. Na rotina escolar, deve-se sempre propor a contagem e recitação da ordem numérica dos diversos elementos e em diversas situações.

MODELAGEM DE AULA: MANIPULANDO QUANTIDADES [NOÇÃO DE QUANTIDADE: SUBTRAÇÃO E ADIÇÃO] Preparação e prática: A organização da contagem para as crianças pequenas é uma aprendizagem que segue ao longo da vida. Para essa atividade são necessários palitinhos. Dizer para a turma para separá-los conforme o que for pedido, destacando a quantidade. Instrução explícita: Peça para as crianças separarem cinco palitinhos de picolé. Deixar uma quantidade que não ultrapasse muito os cinco palitinhos (sete ou oito). “Vamos fazer uma fileira de palitinhos. Vocês vão colocá-los um ao lado do outro. Contem quantos palitinhos vocês têm. Agora vocês vão colocá-los de qualquer jeito na mesa. Contem quantos palitinhos estão na mesa! Se guardamos dois, quantos ficarão? Se acrescentarmos dois palitinhos, quantos teremos? Agora separem oito palitinhos e vamos colocar um palitinho em cada copo que vou entregar para cada um de vocês. De quantos copos cada um irá precisar? Se tivermos apenas seis copos. Quantos palitinhos ficaram fora do copo?” Esta atividade é com material concreto. Pode substituir os palitinhos por bichinhos de EVA ou de plástico.

Sugestão de leitura: Pedro Conta-Conta Texto e Ilustrações: Mário Silva Editora RHJ (2013) 28 p. [texto em caixa-alta]

Instrução explícita: “Quantas cadeiras têm na sala? Quantas mesas? Quantos quadros? Quantas janelas? Quantas portas? Quantas crianças estão na sala hoje?” Distribuir tampinhas, palitinhos em quantidades diferentes para cada criança ou dupla: “Quem tem mais ou quem tem menos tampinhas?” Pedir para que digam a quantidade de tampinhas que eles têm: “Quantas tampinhas vocês têm?” Pedir para desenharem determinada quantidade de objeto de um conjunto, por exemplo, conjunto de frutas.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: CONHECENDO OS NÚMEROS [NOÇÃO DE ALGARISMOS DE 0 A 9: IDENTIFICAÇÃO DE NÚMEROS] Preparação e prática: Explicar que com os algarismos de 0 a 9 se formam todos os outros números. A quantificação desses algarismos é mais fácil para as crianças pequenas. Propor atividades lúdicas e com materiais concretos. Para esta atividade será necessário cartelas com números de 0 a 9, cada uma com suas respectivas quantidades e o número por extenso. Pode explorar destacando mais um.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Instrução explícita: O professor diz: “Vamos brincar com os números de 0 a 9. Vejam as cartelas que eu trouxe! Vamos colocá-las em ordem? Agora vamos contar de 0 a 9.” Faça a recitação dos números, apontando para cada um: “Vejam a quantidade de joaninhas (pode ser qualquer objeto que agrade as crianças) que tem em cada número! Vamos contá-las!” Conte a quantidade de joaninhas que cada número apresenta. Uma das primeiras noções que deve ser desenvolvida em numeracia é a noção de algarismos, entender o que são, a utilidade e como se relacionam. Nesse momento, deve-se oportunizar o contato das crianças com os algarismos e suas quantidades.

MODELAGEM DE AULA: CALENDÁRIO [NOÇÃO DE TEMPO: CONCEITO DE DIA, MÊS, ANO EM UM CALENDÁRIO] Preparação e prática: Esta atividade está atrelada ao diário da turma. O ontem, o hoje e o amanhã vêm acompanhados da data, que sempre deve estar na rotina do dia e da semana, mas dentro do calendário. Montar um calendário com os aniversariantes do mês, o dia da festa que está sendo ensaiada para apresentação, as datas comemorativas etc. Deixar o calendário de folhinha afixado na sala. O calendário é complexo para as crianças pequenas compreenderem, pois é uma tabela para ser lida na vertical combinando com a horizontal, com os dias da semana, do mês, os meses do ano, dentro de um determinado ano. Recitar os dias da semana e os meses do ano. Afixar o calendário mês a mês. Instrução explícita: “Vejam o calendário que eu trouxe! Para que serve um calendário? Quem conhece os dias da semana? Os finais de semana são em quais dias? E os meses do ano? Quais são os meses do ano?” Expor no quadro (lousa) toda a rotina da semana, de segunda a sexta-feira. Ao falar com a turma da rotina diária, enfatizar os dias da semana. “Ontem foi (dia da semana), dia (...) do mês de (...) do ano de (...). Hoje é (dia da semana), dia (...) de (mês) de (ano). Que dia será amanhã?” Janeiro Aniversário de Rafael

Maio © Carlos Jorge Nunes

MODELAGEM DE AULA: OBSERVANDO FATOS [NOÇÃO DE QUANTIDADE: SUBTRAÇÃO E ADIÇÃO] Preparação e prática: Desenvolver esta atividade em sala, desenhando as cenas no quadro para trabalhar as noções de quantidade. As cenas podem ser exploradas em livros de imagem ou mesmo preparadas antecipadamente pelo professor. Instrução explícita: Faça o desenho de uma árvore com cinco pássaros no quadro: “Cinco passarinhos pousaram nessa árvore. Vamos contar?” Depois, apagar dois passarinhos: “Dois pássaros voaram para longe! Quantos ficaram? Vamos contar?” Outra sugestão é desenhar frutas verdes e maduras, flores que se transformaram em frutos, ninhos com cinco ovinhos e dois passarinhos. Sempre explorar a quantidade e a narrativa da cena. Assim, as crianças fazem uma relação com experiências significativas. 48

Conexões emergentes – literacia e numeracia

Dia do trabalhador

Setembro Festa da família

Fevereiro Carnaval

Junho

Março

Abril

Aniversário de Camila Vai fazer 8 anos Julho

Agosto

Novembro

Dezembro

Festa junina

Outubro Dia do professor

Natal


MODELAGEM DE AULA: OBSERVANDO A NATUREZA [NOÇÃO DE TEMPO: RELAÇÕES TEMPORAIS]

Instrução explícita: “Vamos plantar o feijão no algodão e ver em quantos dias irá brotar! Vou deixar uma ficha para anotação do tempo que demorou para brotar, para crescer ao longo dos dias da semana, do mês. Vamos fotografar o desenvolvimento do feijão!” Cada criança vai desenhando o desenvolvimento do feijão para colar após o término da experiência na ficha de registro, que será impressa para cada uma delas. Após o broto dos feijões crescer, as crianças podem levar o pote para casa, com uma receita de salada de broto de feijão para ser preparada pela família. Uma outra opção é fazer em um pote maior para a plantação de vários feijões.

Preparação e prática: A partir do momento que as crianças já conseguem contar de 0 a 9, a atividade pode ser realizada de trás para frente, ou seja, contagem regressiva. Para esta atividade, ensinar o refrão: Eu sou o astronauta que tem muito o que fazer. Da Terra vou sair, na Lua eu vou descer. Eu tenho o meu foguete que aprendi a dirigir. E quem for valente comigo pode ir! 10; 9; 8; 7; 6; 5; 4; 3. 2. 1; 0! Instrução explícita: “Vamos cantar/ recitar a música do astronauta! Quando o foguete vai subir se faz a contagem de trás para frente! Quero ver quem vai saber contar do 10 ao 0!” Repetir a música e a contagem mudando o ritmo, ora lento, ora acelerando. Variação: Dividir a turma em dois grupos e propor: “Um grupo agora irá contar em ordem crescente, de 0 a 9, e o outro, assim que o primeiro terminar, irá contar ordem decrescente, de 9 a 0. Vamos começar?”

MODELAGEM DE AULA: TRANSFORMAÇÕES [NOÇÃO DE QUANTIDADE: IDENTIFICAR TRANSFORMAÇÕES DE QUANTIDADE] Preparação e prática: Esta atividade explora o raciocínio lógico da criança, por meio da contagem com a massinha. Instrução explícita: “Façam oito bolinhas com a massinha de modelar.” Ajudar as crianças a contarem as bolinhas. “Vamos enfileirá-las. Agora vamos contar quantas bolinhas vocês fizeram.” Coloquem as oito bolinhas de qualquer jeito em cima da mesa. “Agora contem novamente quantas bolinhas temos? Vamos fazer uma cobrinha com as oito bolinhas! Será que nessa cobrinha estão aquelas oito bolinhas que fizemos antes?” Variação: Colocar 10 pedacinhos de EVA (ou outros objetos) organizados e enfileirados na rodinha. Pedir para as crianças contarem. Depois misture desorganizadamente e pergunte: “Qual é a maneira mais fácil de contar? Pedir para contarem de novo com pedaços de EVA desorganizados.”

© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: Propor a plantação de um feijão no algodão. Relacionar as noções de matemática sobre ontem, hoje, amanhã e calendário para registrar a germinação do feijão, destacando as relações temporais: o hoje em relação ao ontem e ao início da semana, o que aconteceu no final de semana e durante o mês. É necessário disponibilizar para cada criança um calendário para o registro das observações, ou uma ficha para o registro. Para esta atividade será necessário feijões, potinhos (tipo iogurte) e algodão.

MODELAGEM DE AULA: DE 9 A 0 [NOÇÃO DE QUANTIDADE E ALGARISMO: RECITAR QUANTIDADES EM ORDEM DECRESCENTE]

Zoé Rios & Márcia Libânio

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AVALIAÇÃO FORMATIVA criança, envolvendo situações de adição e subtração com objetos concretos; registros da modelagem Diário de bordo. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Davi ganhou 6 laranjas. Ele chupou 2. Marque um X no quadradinho que mostra com quantas laranjas Davi ficou.

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Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Neste momento, assim como na primeira etapa, orientamos que seja realizado o preenchimento das fichas para avaliação formativa (arquivo do professor). É interessante planejar uma reunião com a comunidade escolar para discutir e conversar sobre o alcance dos objetivos e possíveis necessidades de apoio. Realizar intervenções individuais e orientadas, para verificar o trabalho com as noções específicas, conforme as sugestões de indicadores de aprendizagem das noções trabalhadas, e a montagem do portfólio. Para o portfólio, propomos arquivar os seguintes registros: calendário preenchido pela criança; foto da apresentação dos números de 0 a 9 e suas respectivas quantidades; desenho da contagem regressiva; registro de uma atividade de raciocínio lógico de resolução de problema realizada pela

3ª ETAPA: TRAÇADO DOS ALGARISMOS E NOÇÕES DE MEDIDAS, FORMAS GEOMÉTRICAS ESPACIAIS E TEMPORAIS Na terceira etapa, deve-se desenvolver habilidades e estimular a aprendizagem de forma lúdica dos elementos referentes à numeracia: reconhecer e identificar algarismos de 0 a 20 pelo menos, fazer o traçado de todos os algarismos de 0 a 9; identificar noções de tamanho, utilizando instrumento de medida simples; explorar formas bidimensionais e tridimensionais no ambiente e identificação de dados em informações; explorar noção de localização espacial e direção.

Preparação e prática: Antes de apresentar a sequência de números é preciso pesquisar o que as crianças já conhecem e vivenciaram a respeito deles. Colocar os números em ordem de 0 a 20 expostos na sala. O professor deve ter as fichas dos números em mãos também. Mesmo que ainda não haja a compreensão do sentido numérico, a memorização dos números é importante. Instrução explícita: “O que eu coloquei no quadro? Quem sabe?” Provavelmente vão dizer que são números. Mas se alguma criança não souber, explique ou peça aos colegas para explicarem a ela. “Vocês podem me dizer onde podemos encontrar números em nossa vida?” As crianças possivelmente vão responder: no celular, no ônibus, no sacolão, na casa (número residencial), no dinheiro, na televisão, para fazer conta, na vela de aniversário, no relógio etc. A partir das respostas, pergunte: “Por que o celular tem números? Por que o ônibus tem números? Por que as casas têm número? 50

Conexões emergentes – literacia e numeracia

© Carlos Jorge Nunes

MODELAGEM DE AULA: OS NÚMEROS DE 0 A 20 [NOÇÕES DE ALGARISMO: IDENTIFICAÇÃO DE ALGARISMOS DE 0 A 20]

E o dinheiro, e a televisão? Por que as pessoas fazem contas?” As respostas levantam o conhecimento das crianças sobre os números e oferecem a possibilidade de começar o trabalho com elas: “Alguém conhece os números que coloquei no quadro? Alguém quer apresentar ao grupo? Vou ler os números para vocês!” Leia os números apontando para cada um deles. “O que podemos encontrar na escola que podemos contar até 20? Carteiras, crianças, professores, árvores, lápis?” Se a turma demonstrar muita habilidade, pode avançar na apresentação de mais algarismos.


MODELAGEM DE AULA: O TRAÇADO DOS NÚMEROS [NOÇÃO DE ALGARISMO: TRAÇAR OS NÚMEROS DE 0 A 9] Preparação e prática: O traçado dos números deve ser ensinado como se ensina o traçado das letras. Desde o início da apresentação do traçado, deve-se mostrar e verificar se está sendo compreendido pelas crianças. Para esta atividade, será necessário um pratinho com areia ou farinha para cada criança. Esta atividade acontecerá várias vezes durante a terceira etapa, apresentando o traçado, de dois em dois algarismos, a cada modelagem de aula.

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Instrução explícita: “Vou desenhar no ar o número um.” De costas para as crianças, faça o traçado no ar e peça para que elas repitam. Fazer o mesmo com o número zero. Depois, peça para as crianças traçarem os números no pratinho com farinha. Em outros momentos, utilizar o lápis grosso para traçar os números em um papel grande até chegar ao caderno.

É comum até os 7 anos haver o “espelhamento” ao traçar os números. Isso normalmente é resolvido. Acompanhar cada criança, sempre observando se o traçado está sendo feito corretamente. Recomenda-se, antes do uso do lápis grosso, usar a caixa de areia para fazer o traçado dos números, explorando o trabalho multissensorial, assim como riscar o chão do pátio com giz de quadro, traçar com tinta plástica ou guache usando pincel ou dedo.

MODELAGEM DE AULA: QUANTO MEDE? [NOÇÃO DE TAMANHO: EXPLORAÇÃO DE MEDIDAS] Preparação e prática: Nesta atividade é possível usar medidas não convencionais e também apresentar os instrumentos de medida convencionais, como trenas, fita métrica e régua. Medir os espaços com os pés, as mãos, com barbantes e usando os instrumentos de medida. Fazer a fila do menor para o maior e do maior para o menor, dentre outras possibilidades. As crianças devem medir pequenos objetos e depois desenhá-los e registrar quanto medem. Instrução explícita: Levantar as hipóteses que as crianças têm sobre medidas de comprimento. “Quando vocês vão ao pediatra o que ele usa para saber se vocês cresceram? O que é usado para saber o peso?” Questionar como o operário mede o muro. “Que ferramenta o operário usa para medir o muro que está construindo? Qual é o objeto que o operário usa para medir os espaços? Como podemos fazer para medir a carteira?” Propor medir com as mãos, demonstrando como deve fazer a medição. “Vamos medir a minha mesa? E o papel que vocês desenharam? Meçam a sala com passos largos. Por que houve diferença na medida entre vocês?” Agora vamos medir com a trena e ou com a fita métrica. Vou entregar para cada um de vocês um cor-

dão que mede um metro. Agora podem medir. Agora deu muita diferença entre vocês. Por que medir com os passos variou tanto os fatos?” Deixe a crianças pensarem. Para objetos menores, explore a medição com a régua. “Vamos medir o lápis. Ele deve ser posicionado a partir do zero na régua.” Essa observação demonstra que para medir com a régua tem que começar do zero. “Vamos fazer o registro das medidas que fizemos: desenhamos o objeto e depois escrevemos quanto ele mede.” O cordão utilizado para medir deve ser levado para a casa, assim as crianças podem explorar situações de medição com os familiares. Atividades de medição devem ser realizadas explorando espaços e objetos da escola, brinquedos e objetos pessoais e até mesmo partes do corpo da criança.

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MODELAGEM DE AULA: PASSEIO NO ENTORNO DA ESCOLA [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS: IDENTIFICAR FORMAS GEOMÉTRICAS] Preparação e prática: Procurar e observar com as crianças formas geométricas ao redor: prédios, placas, plantas, hortas, portões, casas, carros etc. Registrar em fotos as crianças observando o mundo à sua volta. As crianças podem levar pranchetas e lápis para registrarem em desenho o que encontraram.

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Instrução explícita: “Observem o que temos à nossa volta! Que formas geométricas encontramos nas ruas, nas casas, nos carros, nas plantas, nos animais? Vou anotar a observação de vocês. Não se esqueçam de fazer os desenhos do que viram e qual foi a forma geométrica que descobriram na natureza! Depois iremos conversar sobre o que vocês descobriram no entorno da escola que tem as formas geométricas.

MODELAGEM DE AULA: QUANTOS LADOS, QUANTAS PONTAS? [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS: OBJETOS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS] Preparação e prática: Realizada na rodinha, a atividade propõe a observação das formas geométrica e suas diferenças. Precisaremos dos blocos lógicos ou de cartões com as figuras geométricas. Pode utilizar também prato de alumínio, tampas de caixas, e formas de bolo quadradas, retangulares e redondas. Pode utilizar objetos bidimensionais e tridimensionais para serem manipulados e explorados. Instrução explícita: “O quadrado rola no chão? A caixa rola? A bola rola? Qual forma geométrica rola? Quantas pontas tem o quadrado, o triângulo e o retângulo? Qual é a diferença entre o quadrado e o retângulo? Qual é a diferença entre a caixa e a bola? E do quadrado e do retângulo?”

© Carlos Jorge Nunes

As formas que possuem comprimento e largura são classificadas em bidimensionais, como um campo de futebol, superfície de uma parede, uma folha de um caderno. As formas classificadas como tridimensionais são as que possuem comprimento, largura e altura. A observação de uma forma tridimensional pode ser realizado dentro de nossas casas, visualizando o encontro de duas paredes.

MODELAGEM DE AULA: CIRCUNFERÊNCIA [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS: EXPLORAR LINHAS E CIRCUNFERÊNCIAS] Preparação e prática: No pátio, colocar uma criança no centro segurando um cordão e a outra pessoa com um giz na ponta. Fazer uma circunferência segurando o giz que está na ponta do cordão. Instrução explícita: “Vamos desenhar uma circunferência? Com a corda pequena, segurem uma ponta. Na outra ponta, vou girar com ela e desenhar com giz no chão. Isso é uma circunferência! Agora vamos brincar de ‘dentro, fora’! Vou dizendo para vocês: dentro! Todos vão para dentro da circunferência. Fora! Todos vão para fora da circunferência! Quem errar perde a vez de participa!” Pode aproveitar a circunferência desenhada no chão e propor que as crianças andem na linha desenhada.

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: ATIVIDADE DE FESTA JUNINA [NOÇÃO DE QUANTIDADE, LOCALIZAÇÃO E RACIOCÍNIO LÓGICO E ALGARISMOS: EXPLORAR A CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONCEITOS E IDENTIFICAÇÃO DE DADOS]

Instrução explícita Cordões de bandeirinhas: prepare com as crianças os cordões de bandeirinhas. “Quais são as formas das bandeirinhas? Quais outras formas podem ter? Quantas bandeiras podem colocar neste cordão?”. O professor também pode começar uma sequência e pedir para as crianças colocarem as bandeirinhas observando a sequência, que pode ser de cor ou de tamanho. “Que forma tem o papel que recortamos as bandeirinhas. Esta forma parece com o formato de qual objeto?” Barraquinha de quitutes: Decorar as barraquinhas com dobraduras de flores. Fazer cartaz com os preços da canjica, pipoca, broa e milho verde. Fazer seta para indicar onde ficará o caixa.

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Preparação e prática: Aproveitar o mês de junho, quando é realizada a festa junina. Fazer a atividade na rodinha e, se possível, montar a barraca de pescaria e da pipoca. O professor pode explorar a quantidade de pessoas em uma dança, a quantidade de barraquinhas, de tipos de doces e de brincadeiras; demarcar os trajetos entre os espaços e atrações com setas; explorar conceitos de muito pouco, perto, longe, explorar as formas geométricas etc. Com esta atividade é possível trabalhar com quase todas as noções de numeracia.

Comprando quitutes: organizar na sala a compra dos quitutes com dinheiros de brinquedos nas barraquinhas. Calendários: marcar o dia do mês e a semana da festa. Explorar os meses que vem antes e os que vêm depois do mês da festa. Explorar também a data e horário. Procurar saber os aniversários do mês da festa e a compreensão de data, dia e hora do convite.

AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 3ª ETAPA No final desta terceira etapa é muito importante dar continuidade ao processo de avaliação formativa, buscando acompanhar, monitorar e, inclusive, agendar momentos e reuniões para conversas com familiares e gestores. Esse acompanhamento ajuda a construir novos planejamentos, para as etapas seguintes, em que podem ser retomadas e exploradas algumas noções para ampliar, consolidar ou resolver possíveis dificuldades identificadas, na busca do alcance dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento planejados. Para o portfólio sugerimos: registro individual do traçado dos números de 0 a 9; desenhos das formas geométricas; foto da atividade de circunferência; foto das crianças medindo. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Karine tem uma coleção de estrelinhas.

Faça um X no quadradinho que indica quantos estrelinhas Karine tem.

© Carlos Jorge Nunes

Zoé Rios & Márcia Libânio

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4ª ETAPA: RESOLVENDO PROBLEMAS: SEQUÊNCIAS, PADRÕES E REGISTROS COM O CONCRETO E NUMÉRICO

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Na quarta etapa temos como objetivo desenvolver habilidades e estimular a aprendizagem de forma lúdica dos elementos referentes à numeracia: traçar os números de 0 a 20 pelo menos; desenvolver habilidade de efetuar adição e subtração com registro dos algarismo e do sinal de + e de -; explorar a sequência numérica e a capacidade de resolver problema de regularidade sequencial com representação verbal e concreta; explorar a habilidade da noção de lateralidade, direita e esquerda; construir figuras por meio das formas do tangram; identificar regularidade e padrão em sequência; explorar as noções de dobro e metade, utilizando situações concretas; desenvolver habilidade de registro em tabela de dupla entrada.

MODELAGEM DE AULA: OS NÚMEROS DE 0 A 20 [NOÇÃO DE ALGARISMO: TRAÇADO DE ALGARISMOS DE 0 A 20] Preparação e prática: A partir do conhecimento do traçado dos algarismos de 0 a 9, já é possível fazer o traçado dos números de 0 a 20. Em roda ou com as crianças em seus lugares, mostrar que todos os números usam os algarismos de 0 a 9. Instrução explícita: “Vamos escrever os números de 0 a 20? Mostrar às crianças como os algarismos se repetem. Fazer a escrita dos números na sequência. “O número 10 é composto por quais algarismos? 1 e 0. O número 12 é composto por quais algarismos? 1 e 2.” E assim traçar todos eles, colocando um risco entre cada um. Estes números deverão estar expostos na sala.

MODELAGEM DE AULA: MAIS QUANTOS? [NOÇÃO DE ADIÇÃO: MAIS 1] Adição é a operação matemática mais básica. Na sua forma mais simples, a adição combina dois números em um único número, denominado soma, total ou resultado.

Preparação e prática: O trabalho a ser desenvolvido com soma e subtração para crianças pequenas envolve material concreto, como tampinhas, palitos de picolé, lápis, brinquedos, o próprio corpo, mãos e pés etc. A atividade a ser desenvolvida pode ser em duplas ou individualmente. Deixar uma cestinha com o material a ser usado para que não seja misturado com o material que vai ser colocado na mesa. Matemática requer organização sempre! Instrução explícita: “Coloquem três palitinhos na mesa. Quantos palitinhos estão na mesa?” Três! “Coloquem mais um. Quantos palitinhos estão na mesa agora?” Quatro! “Vou chamar quatro crianças na frente da sala! Quatro crianças brincam de bola. A Juliana pede para participar da brincadeira. Venha aqui na frente, Juliana! Quantas crianças participam da brincadeira agora?” Explorar situações com os dedinhos e com objetos.

MODELAGEM DE AULA: SOMANDO E FAZENDO CONTA [NOÇÃO DE SOMA: ADIÇÃO COM O SINAL +] Preparação e prática: O apoio de material concreto é muito importante. São necessários palitinhos, tampinhas, fichinhas para a contagem. Instrução explícita: “Vamos aprender a fazer contas de somar? O sinal + significa que vamos colocar mais palitinhos. O sinal = significa que vamos colocar o total da soma que fizemos.” Demonstrar para a turma como funciona: “Vocês vão colocar na mesa a quantidade de palitos que eu pedir. Coloquem quatro palitinhos! O número quatro é representado por quantos palitinhos? Agora coloquem mais um palitinho na mesa! Contem quantos palitinhos têm ao todo na mesa!” Deixe que as crianças contem: “Deu cinco? Então, 4 palitinhos + 1 palitinho = 5 palitinhos. Ou seja, quatro mais um é igual a 5 – 4 + 1 = 5. Continuar fazendo as somas, sempre com apoio de material concreto. 54

Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: MENOS QUANTOS? [NOÇÃO DE SUBTRAÇÃO: MENOS 1] A subtração é a operação de separar uma parte de um todo, tirar, eliminar, reduzir algo. Trata-se de uma das quatro operações básicas da matemática, é tão simples quanto à adição.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Preparação e prática: As atividades de subtração devem acontecer com material concreto. Deixar uma cestinha com o material que vai ser utilizado. As situações do cotidiano são ótimas para trabalhar o conceito de subtração. Instrução explícita: “Coloquem cinco palitinhos na mesa. Quantos palitinhos estão na mesa?” Cinco! “Vamos tirar um. Quantos palitinhos ficaram na mesa então?” Quatro! “Quatro crianças brincam de bola. A Marina pede para sair da brincadeira. Quantas crianças continuaram brincando agora?” “Vou pedir para cinco crianças virem à frente da sala. Contem comigo quantas crianças estão aqui? A Carol e o Vitor vão sair da sala. Quantas crianças ficaram na sala?”

Sugestão de leitura: Os três ovinhos Autoras: Lucilene Assis Ilustrações: Sandra Lavandeira Editora Baobá 40 p. [texto em caixa-alta]

MODELAGEM DE AULA: SUBTRAINDO E FAZENDO CONTA [NOÇÃO DE SUBTRAÇÃO: MENOS 1 COM O SINAL -] Preparação e prática: O apoio de material concreto é muito importante. São palitinhos, tampinhas, fichinhas para a contagem. Instrução explícita: “Vamos aprender a fazer as contas de subtrair! Subtrair significa tirar! O sinal - significa que vamos tirar palitinhos. O sinal = significa que vamos colocar o total do que sobrou.” Demonstrar para a turma como funciona: “Vocês vão colocar na mesa a quantidade de palitos que eu pedir.” Coloquem quatro palitinhos! O número quatro é representado por quantos palitinhos? Agora tirem um palitinho da mesa! Contem quantos palitinhos sobraram na mesa!” Deixe que as crianças contem: “Deu três? Então 4 palitinhos - 1 palitinho = 3 palitinhos. Ou seja, quatro menos um é igual a 3! 4 - 1=3.

MODELAGEM DE AULA: RESOLVENDO PROBLEMA [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS] Preparação e prática: A atividade envolve uso de material concreto (palitinhos, tampinhas etc.) para resolver situações que são apresentadas, bem como para a criança expressar a maneira como tentou encontrar a solução para a situação. A utilização de situações-problema é bem interessante. O uso de adição e subtração em experiências vividas no dia a dia proporciona a compreensão da situação. Instrução explícita: “Ouçam a situação que vou ler para vocês!” Demonstre para a turma e leia a situação-problema, explicando a importância do passo a passo para encontrar a solução. Pedir para a criança explicar ao longo da resolução como ela está pensando. “Como você pensou? O que significa ao todo?” Exemplos de situações-problemas. A criança deve responder desenhando como pensou e a resposta também. Situação 1: Na sala da Manu estudam nove crianças. Faltaram duas crianças em um dia muito chuvoso. Quantas crianças faltaram naquele dia? Por que faltaram tantas crianças? Situação 2: Hoje para o lanche vamos ter duas melancias. Somos 20 crianças. Quantos pedaços de melancia vamos precisar? Quantos pedaços de cada melancia? Situação 3: Vou colocar este pote de milho de pipoca em dois potinhos. Veja: Sobrou? O que eu preciso para não sobrar? Mas se não couber? O que preciso fazer? Situação 4: Vocês sabem fazer algum brinquedo? Qual? Rodrigo gosta de brincar de pipa (papagaio). Ele fez quatro pipas e deu duas pipas são amigos. Com quantas pipas Rodrigo ficou? Situação 5: Onde você mora? Casa, apartamento, na roça ou na cidade? O Zé e o Daniel moram no mesmo prédio. O Zé mora no segundo andar (andar 2) e o Daniel no quarto andar (andar 4). Quantos andares Zé precisa subir para chegar na casa do Daniel? Situação 6: Vocês sabem que cuidados são necessários com seus bichinhos de estimação? Quais são esses cuidados? A gatinha do João ganhou cinco gatinhos. A ninhada é muito bonita. Ele vai doar quatro gatinhos. Com quantos gatinhos João vai ficar? Situação 7: Você vai ao sacolão fazer compras de frutas, ovos e legumes? Maria Eduarda comprou uma caixa de ovos com doze ovos. Fez um bolo e usou quatro ovos. Com quantos ovos ela ficou? Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: DOMINÓ [NOÇÃO DE ALGARISMO: ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO] Preparação e prática: Confeccionar, para cada grupo de quatro crianças, um dominó de adição e um de subtração. O dominó deve ser confeccionado com somas cujo resultado não ultrapasse nove, e com subtrações de um algarismo cujo resultado não ultrapasse oito. Caso as crianças queiram, deixar tampinhas como apoio. Na Internet há várias ideias interessantes de dominó de soma e subtração para imprimir, 1ª instrução explícita: “Vamos brincar com o dominó da soma. Para cada soma vocês devem encaixar o dominó em seu resultado.”

6

1+3=

>

4

3+2=

>

5

1+1=

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

2ª instrução explícita: “Vamos brincar com o dominó da subtração. Para cada subtração, vocês devem encaixar o dominó em seu resultado.”

2

8-1=

7

4-2=

2

6-3=

MODELAGEM DE AULA: DIREITA E ESQUERDA [NOÇÃO DE DIRECIONALIDADE: DIREITA E ESQUERDA] Preparação e instrução: Para desenvolver essa habilidade com crianças pequenas é preciso marcar o braço, a perna, a mão ou o pé com uma fita, de forma que elas reconheçam o lado direito e o lado esquerdo. Instrução explícita: Amarrar uma fita colorida em um dos braços das crianças: todas amarradas no braço direito ou todas amarradas no braço esquerdo. Explicar a brincadeira: “A fita azul está amarrada na mão direita de vocês! Levantem a mão direita! Sofia, qual é o colega que está à sua direita? Tiago, o que está à sua direita: a porta ou a janela?” E assim por diante. Em um outro dia, com a fita amarrada no braço direito novamente, pedir para as crianças: “Mostrem qual é o braço esquerdo! O braço esquerdo está sem a fita amarrada nele!” Faça outras perguntas: “Rafael, que colega está do seu lado esquerdo? O que está do seu lado esquerdo: o armário ou a caixa de brinquedos?” Variação: “Vamos agora colocar uma venda nos olhos. Eu vou dizer para que vocês deem um passo para a direção que vocês devem seguir. Se é pra a direita ou pra a esquerda. Vocês todos devem orientar pela fita que está no braço.” Também é possível guiar as crianças com o som de palmas: com uma palma para a direita e com duas palmas para a esquerda. Variação: Brincadeira de cabra-cega: As crianças devem avisar a “cabra-cega” se o colega está à direita ou à esquerda dela. A orientação serve para que as crianças façam uso da lateralidade. Colocar uma fita amarrada no braço direito ou no braço esquerdo das crianças. Delimitar o espaço da brincadeira. Dois colegas ficam atrás da cabra-cega, indicando se o colega que ela vai pegar está à sua direita ou à sua esquerda ou em frente. Trabalhar com a fita amarrada no braço para destacar o espelhamento da imagem. Organizar duas fileiras de crianças uma em frente a outra. Perguntar: "Levantem o braço direito. Por que as fileiras estão diferentes apesar de todos terem levantado o braço direito?".

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: NOÇÃO DE METADE [NOÇÃO DE QUANTIDADE: CONCEITO DE METADE]

Instrução explícita: “Vamos aprender o que é metade. Alguém sabe o que é metade de uma maçã? E de um pacote de biscoitos? Metade de um papel... Vamos conferir e fazer a experiência. Quando dividimos um pão com outra pessoa de maneira igual, como deverá ser a divisão?” Proponha fazer uma salada de frutas: “Se eu for dividir a maçã com uma criança, vou dar a metade da maçã para ela: vejam.” Cortar a maçã, dividindo na metade. O mesmo com a banana, a laranja, o mamão ou outra fruta.

Você sabe o que é tangram? O tangram é um quebra-cabeça geométrico chinês formado por 7 peças: são 2 triângulos grandes, 2 pequenos, 1 médio, 1 quadrado e 1 paralelogramo. Utilizando todas essas peças sem sobrepô-las, podemos formar várias figuras.

Preparação e prática: O Tangram é um jogo que pode ser explorado com crianças pequenas, observando que elas podem criar figuras ou apresentarem imagens para serem copiadas de simples manejo. Instrução explícita: Veja o que eu trouxe para nós trabalharmos hoje? Vamos ver o que podemos fazer com estas peças. Tentem montar algo.” Deixar a turma explorar o Tangram: “O que pode ser criado com essas peças? Agora vejam se é possível desenhar observando os desenhos feitos por vocês. Escolha um de cada vez. Vamos copiar esses exemplos de bichinhos que podem ser feitos com as peças do Tangram?”

Variação: Calcule a metade da quantidade de folhas para as crianças da turma. “Vou distribuir as folhas para que possamos trabalhar. Vixe! Muitos ficaram sem folha. Vamos contar quantos ganharam folha? Agora vamos contar quantos não ganharam folha? Como podemos resolver esse problema?” Observar que a mesma quantidade de crianças que recebeu é a mesma da que não recebeu. Questionar as possíveis soluções com a turma. Divida, junto com as crianças, as folhas em duas metades e peça para uma delas distribuir aos colegas e verificar se foi possível ter folha para toda a turma desenhar. “E agora? Toda a turma tem folha para desenhar? O que tivemos que fazer para que todos ganhassem uma folha? Então uma folha foi transformada em quantas?

© Carlos Jorge Nunes

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Preparação e prática: O apoio de material concreto é muito importante para trabalhar a noção de dobro e metade e facilitar a compreensão das crianças. A criança deve vivenciar várias experiências quanto a isso. Uma possibilidade de apresentá-las é fazer uma salada de frutas. Para a salada de frutas, serão necessárias frutas e uma faca (muito cuidado com as crianças), também é possível explorar a atividade com pãozinho ou folha, dentre outros materiais.

MODELAGEM DE AULA: TANGRAM [NOÇÃO DE FORMAS GEOMÉTRICAS E RACIOCÍNIO LÓGICO: RESOLVENDO SITUAÇÕES PROBLEMA]

MODELAGEM DE AULA: DIA DA LIMONADA [NOÇÃO DE QUANTIDADE: CONCEITO DE DOBRO E METADE] Preparação e prática: O trabalho com o conceito de dobro pode ser realizado com o dobro de uma receita. Para a limonada, levar limões, açúcar, jarra, faca (cuidado com a faca e as crianças!), colher e copos para todos. Instrução explícita: Fazendo limonada! “Com um limão se fazem dois copos de limonada. Quero fazer o dobro desse suco. Quantos limões vamos precisar? Quantos copos serão necessários para dobrar a quantidade de suco? Vamos fazer uma limonada para refrescar!” Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: SEQUÊNCIA [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO: CONTINUAÇÃO DE SEQUÊNCIA]

MODELAGEM DE AULA: ANTES E DEPOIS [NOÇÃO DE ALGARISMO: SEQUÊNCIA NUMÉRICA DE 0 A 20]

Preparação e prática: A sequência é praticada usando diversas possibilidades, como números em uma sequência lacunada, continuação dos desenhos, dentre outras possibilidades que indicam regularidade. Para a sequência de formas geométricas são necessárias formas geométricas planas em quantidade para as crianças continuarem o que você começou. Para a sequência numérica, é preciso números soltos até 20. Usar objetos concretos na proposta da atividade. A atividade pode ser feita ao ar livre, ou sem sala, em roda.

Preparação e prática: Com as crianças em roda, use as fichas soltas dos números de 0 a 20 expostas no chão, em sequência. Retirar na frente das crianças alguns números. Pedir a elas que completem a sequência com os números que foram retirados. Sem entrar em detalhes, é possível excluir da sequência números pares ou números ímpares. No segundo momento, com todos os números expostos, perguntar qual é o número que vem antes e qual vem depois do número que o professor indicou.

Instrução explícita: “Trouxe círculos, triângulos e quadrados. Vocês continuam a sequência. Um círculo, um quadrado e um triângulo. O que vem depois do triângulo?” Fazer várias propostas de sequência com as formas geométricas.

Instrução explícita: Fazer a demonstração: “Qual é o número que vem antes do algarismo cinco? E qual vem depois dele? Que número vem antes do doze? E depois dele?" Peça para as crianças comandarem o jogo, perguntando ao colega o número que vem antes e depois do número que ele indicou. A exposição dos números é o apoio para que ela possa pesquisar. A atividade deve permitir que todas as crianças participem.

© Carlos Jorge Nunes

Variação: Fazer correntes de papel coloridos sequenciando as cores conforme modelo. Montar cordão de bandeirinhas conforme modelo da sequência.

Depois de explorar a sequência, propor o desenho de uma trilha, conforme um jogo de tabuleiro, com o percurso de 0 a 20 de forma livre.

Variação: Na roda: Sequenciar objetos, por exemplo: uma colher grande, duas pequena, uma colher grande, duas pequenas... Um copo de boca para cima, três de boca para baixo, um de boca para cima, dois de boca para baixo...

MODELAGEM DE AULA: TRILHA DO PÁTIO [NOÇÃO DE DIRECIONALIDADE: DIREITA E ESQUERDA] Preparação e prática: Esta atividade pode ser realizada no pátio da escola como uma trilha. Preparar a atividade montando a trilha com círculos e setas, tanto para a esquerda quanto para a direita. Colocar uma pulseira na mão direita ou esquerda de cada criança. É importante estabelecer em qual mão será dado o comando. Levar um dado, se possível grande, para a criança jogar. Instrução explícita: Todos assentados no pátio para o jogo começar. O professor diz: “Em que mão colocamos a pulseira? Levantem ela! Ao jogar o dado, três de vocês vão percorrer quantas casas ele indicar. Se cair nas casas que têm um círculo, tem que sair da trilha e dar a vez ao colega. Se cair na casa com a seta para a direita, tem que dizer DIREITA. Se cair na casa com a seta para a esquerda, tem que dizer ESQUERDA. Fiquem atentos à pulseira na mão de vocês, se não acertar a posição, dê a vez para o próximo colega.” 58

Conexões emergentes – literacia e numeracia

© Carlos Jorge Nunes


MODELAGEM DE AULA: TABELA DE DUPLA ENTRADA [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO: REGISTROS EM TABELAS] Preparação e prática: A tabela de dupla entrada auxilia a criança a compreender várias situações, como uso de calendário, recolhimento e interpretação de dados e desenvolvimento de raciocínio lógico. Para essa atividade é preciso imprimir quatro bichinhos, em tamanho grande e papel grosso, para colar e fazer um jogo da memória. Deixar que as crianças façam a pintura antes de colar no papel grosso. Recortar a ilustração do animal ao meio. Pode ser confeccionado com temas de frutas, flores etc. Trabalhar com o jogo escolhendo um pedaço de um animal para completá-lo com a parte que falta.

© Carlos Jorge Nunes

Variação: Utilizando um papel Kraft, propor o desenho de uma tabela de dupla entrada para as crianças preencherem coletivamente, em roda e ou em seus lugares, fazendo correspondência entre objetos diversos.

AVALIAÇÃO FORMATIVA DA 4ª ETAPA Os momentos de avaliação da quarta etapa são fundamentais para construir novos planejamentos, analisar o aprendizado e, se necessário, retomar, reforçar ou explorar atividades com situações multissensoriais. Para o portfólio, sugerimos: registro da trilha; tabela de dupla entrada para brincar com a família; foto da brincadeira de cabra-cega; arquivo dos desenhos com Tangram; registro do dominó de soma e de subtração; registro da atividade de adição mais 1 e subtração menos 1; registro de continuação de uma sequência iniciada pelo professor. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM

Ana fez um bolo de banana. Veja o bolo:

Marque um X na figura que mostra o bolo cortado pela metade. © Carlos Jorge Nunes

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Instrução explícita: O professor diz: “Vamos colorir esses animais: elefante, joaninha, baleia e macaco.” Depois de colar na folha grossa, dividir o animal ao meio ou pedir para que uma criança recorte. “Vamos ver quem consegue descobrir qual é o pedaço que completa esse animal?” Apresente a tabela e demonstre como se faz: “Vamos completar a tabela? Agora cada um de vocês vai completar a tabela com o pedaço que falta.”

Zoé Rios & Márcia Libânio

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5ª ETAPA: RACIOCÍNIO LÓGICO E AS NOÇÕES ELEMENTARES DE MATEMÁTICA NA VIDA COTIDIANA

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Na quinta etapa, temos como objetivo desenvolver habilidades e estimular a aprendizagem de forma lúdica dos elementos referentes à numeracia: reconhecer na vida prática conceitos da noções de quantidade, tamanho, localização e de raciocínio lógico; as noções de tempo, passado, presente e futuro; reconhecer medidas de volume e referências relacionadas a dinheiro; construir e identificar informações de forma orientada em gráfico de coluna; manipular formas planas para dobraduras; realizar registro de dados com números em situações orientadas e contextualizadas e resolver situações problemas com apoio do concreto e registro representativo do pensamento e resultado.

MODELAGEM DE AULA: RECEITA DE BOLO [NOÇÃO DE QUANTIDADE E ALGARISMO: CONCEITO DE DOBRO, METADE E CONTEXTUALIZAÇÃO DE DINHEIRO] Preparação e prática: Essa atividade fornece a noção de valor monetário, por isso serão necessárias as moedinhas de brinquedo de um real, quatro para cada criança, ingredientes para o bolo, forma, liquidificador, faca (muito cuidado com as crianças), colher para misturar e uma vasilha para as crianças “misturarem” os ingredientes. Usar o forno da escola. A sugestão é fazer somente um bolo e já ter outro assado. Após assar o bolo, montar a vendinha para as crianças “comprarem” um pedaço de bolo. Escolha uma receita de bolo simples. O trabalho com receitas possibilita contextualizar as quantidades de litro, dinheiro, pessoas e objetos. Além disso, a família pode se envolver na atividade fornecendo receitas para montar um livro, o professor também pode propor gravar as receitas com a turma!

Instrução explícita: “Vamos fazer um bolo muito gostoso e depois vamos gravar um vídeo, ou fazer um livro de receitas. Quem gosta de bolo? Vou ler a receita!” Após a leitura, questionar a turma se essa receita dá para a turma toda comer um pedaço, pois serve doze fatias. “Teremos que dobrar a receita? Quantos bolos teremos que assar para toda a turma comer? Será que vamos ter que fazer o dobro da receita? Eu trouxe um litro de óleo. Será que vamos usar um litro de óleo nessa receita? Se tivermos que dobrar a receita, quantos ovos serão necessários? Quantas xícaras de farinha de trigo vamos precisar para dobrar a receita?”

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Conexões emergentes – literacia e numeracia

MODELAGEM DE AULA: A PADARIA DA PRÉ-ESCOLA [NOÇÃO DE QUANTIDADE: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS] Preparação e prática: Montar a padaria da turma. Na padaria pode ter biscoito, pão, suco. Se for combinado com antecedência, as famílias podem contribuir com algum produto, observando se realmente podem contribuir ou não. O caixa pode ter duas crianças, vários atendentes no balcão, os padeiros e os clientes. Preparar os utensílios para o padeiro fazer bolos e quitandas; o balcão para os atendentes servirem; as mesas para os clientes fazerem o lanche. Se a escola tiver balança, é possível trabalhar com a noção de peso, levar alguns produtos para serem pesados: pão, farinha de pão, biscoito. Com caixas de leite e de suco é possível trabalhar com a noção de volume. O caixa é muito importante, prepare dinheirinho de papel. Todos devem participar. Se puder ser filmado por outra pessoa, fica o registro para apresentar o vídeo na reunião de pais. Instrução explícita: “Vamos fazer a padaria da escola! O que será necessário?” Levantar o conhecimento prévio das crianças, interagindo e apoiando a turma. “Vai ter lanchonete? Como vamos fazer o registro dos pedidos do cliente? Tem que ter dinheirinho? Cada fatia de bolo vai custar dois reais. Todas as crianças vão ganhar quatro moedinhas de um real! Quanto cada um de vocês vai ganhar? Quantos pedaços de bolo se pode comprar com quatro reais? Como os clientes vão saber do preço de cada produto?” Provocar a ideia de criar um cardápio. Fazer uma votação do nome da padaria com a turma: “Qual será o nome da padaria?”


MODELAGEM DE AULA: LINHA DO TEMPO [NOÇÃO DE TEMPO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO]

Preparação e prática: Esta atividade envolve informações da família. Uma pesquisa enviada para a família sobre o nascimento da criança, quando falou, quando andou, quando disse a primeira palavra e até uma foto do bebê vão fornecer os dados para a atividade. Enviar a pesquisa para ser preenchida por um familiar. A linha do tempo pode ser enviada em dias diferentes: linha do passado, linha do presente e a linha do futuro. Junte todas as três linhas e peça para a família colar uma foto da criança quando bebê e uma foto atual. A linha do futuro pode ter um espaço para a criança desenhar como se imagina adulta.

MODELAGEM DE AULA: LEITURA DE IMAGEM [NOÇÃO DE LOCALIZAÇÃO, QUANTIDADE E RACIOCÍNIO LÓGICO] Preparação e prática: Separar um livro ilustrado, com pouco texto ou só de imagem, que permita trabalhar os detalhes das imagens e a sequência lógica. Instrução explícita: “Hoje vamos ler juntos este livro e vocês vão me ajudar a identificar todos os detalhes das ilustrações.” Exemplos de perguntas: Quantos bichinhos tem nesta páginas? Quantos bichinhos desta página voam? Quantos bichinhos estão perto da árvore? Que bichinho está em cima da árvore? O que está sendo contado nesta página? Passar a página e deixar as crianças inferirem pela leitura das imagens.

Instrução explícita: O professor diz: “Quero fazer com a ajuda da família de vocês uma linha do tempo da história desde quando nasceram. Quem sabe o que é a linha do tempo?” Explicar o que é a linha do tempo. “Vamos conhecer o passado de cada um até chegar no presente, que é o que vocês são hoje, e colocar na linha do tempo o que acham que vai acontecer no futuro de vocês!” Para explorar o passado, pergunte: “Quem quer falar sobre o passado? Quando nasceram, já tinham irmãos? Quando falaram a primeira palavra? Quando foram para a creche?” Depois de explorar o passado, explore o presente: “Quem quer falar sobre como vocês são hoje? Digam o que fazem, que escola frequentam, o que gostam de brincar, se nasceram outros irmãos, se já sabem escrever seu nome etc.” Explore o futuro: “E o que será que vai acontecer no futuro? Qual profissão vocês querem ter, onde gostariam de trabalhar? Se serão pais ou mães.” As três linhas do tempo devem ser coladas, expostas na escola e entregues para a família.

MODELAGEM DE AULA: DOBRADURAS [NOÇÃO FORMAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: EXPLORAÇÃO DE FIGURAS PLANAS, E TRIDIMENSIONAIS] Origami é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de um pedaço de papel, sem cortá-la ou colá-la.

Preparação e prática: Preparar moldes simples de origami para as crianças pequenas e folhas para fazerem as dobraduras. Instrução explícita: “Vamos fazer esse papel se transformar em uma casinha! Façam comigo. Podemos fazer também um chapéu! E um barquinho? E um aviãozinho? E uma casinha? E uma caixinha? Vejam como é legal!” Depois de pronto, proponha brincadeiras com o origami: “Vamos ver que aviãozinho voa mais longe no pátio!” Montar móbiles e cartazes coletivos com as dobraduras. © Carlos Jorge Nunes

© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Esta atividade pode ser sensível dependendo de como a criança está vivendo. O assunto deve ser abordado com cuidado e, se houver algum caso na turma de situação de vulnerabilidade, avaliar qual é o melhor procedimento a ser seguido.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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MODELAGEM DE AULA: PESQUISA SOBRE ANIMAIS [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO: INTERPRETAÇÃO DE DADOS] Preparação e prática: Essa atividade pode ser organizada com a turma, tendo o professor como escriba ou as crianças. Pedir para a turma dizer o nome dos animais que mais gostam. Escreva no quadro e elimine com as crianças por votação até ficarem cinco animais. Depois, organizar na biblioteca os dados para a pesquisa.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Instrução explícita: “Já temos os cinco animais que vamos pesquisar. O que querem saber sobre eles? Na biblioteca temos algumas informações e na Internet também. Trouxe as folhas para cada um preencher as informações que destacamos como importantes. Mas antes desenhem o animal!” Pedir para as crianças fazerem uma ficha com a ilustração do animal, o nome, onde vive, como nasce, quanto pesa quando adulto e se pode viver em casa.

MODELAGEM DE AULA: GRÁFICO DE CAIXINHA [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO: GRÁFICOS BÁSICOS] Preparação e prática: Para as crianças pequenas, a montagem do gráfico em barras tridimensional facilita a observação e a leitura deste. O gráfico pode ser feito com caixas de fósforos vazias, um papel duro ou uma folha de isopor, cola, canetinhas e a imagem dos cinco animais que fizeram parte da pesquisa. Instrução explícita: “De acordo com a votação que fizemos sobre os animais que pesquisamos, qual foi o mais votado? Quantas crianças votaram nele? Vou colar a imagem do cachorro no isopor e colocar as sete caixinhas que representam o número de crianças que votaram nele!” E assim se faz com os outros quatro animais. O gráfico ficará fixo em um lugar da sala. O professor pode desenhar o gráfico no quadro para o conhecimento das crianças e fazer uma nova pesquisa. Por exemplo: Fazer cinco barras divididas em dez partes. Cada barra deve representar uma fruta: maçã, banana, morango, manga e açaí. “Agora vou fazer uma pesquisa e registrar neste gráfico a preferência de cada um de vocês. De qual fruta vocês gostam? De uma em uma, as crianças devem registrar sua escolha colorindo a parte da barrinha. No final explorar o resultado com as crianças.

MODELAGEM DE AULA: IDENTIFICANDO A CENA [NOÇÃO DE LOCALIZAÇÃO: POSICIONAMENTO, ESPACIALIDADE E DIRECIONALIDADE] Preparação de prática: O professor deve selecionar algumas cenas de livros infantis, ou confeccionar cenas, e pedir para os alunos indicarem posições de alguns objetos. Instrução explícita: “Vou mostrar para vocês uma cena e quero que vocês descrevam, focando na posição dos objetos” Faça perguntas, como: O que está à esquerda da árvore? O que está à direita do menino? O que está à frente do banco? E atrás do cachorro?”

MODELAGEM DE AULA: MEDIDAS [NOÇÕES DE TAMANHO, PESO E VOLUME: RECONHECIMENTO DE MEDIDAS] Preparação e prática: Na Educação Infantil é preciso usar as medidas não convencionais e apresentar as medidas convencionais. Balança de cozinha ou de feira, jarra com medida de litro, cordas, barbantes, potes de diversos tamanhos, pedrinhas, areia e água podem ser usados para medir. Propor a observação no cotidiano do uso das medidas. Instrução explícita: “Tenho aqui alguns potes. Vou usar dois potes de tamanhos iguais.” Peça a uma criança para pegar dois potes de tamanhos iguais: “Agora encha com areia os dois. Será que ficaram com o mesmo peso? E se enchermos de areia um pote menor? Qual deles vai pesar mais? Vamos experimentar!” Peça a outra criança para encher a jarra com água: “Quantos copos de água vamos ter? Fale para a turma quantos copos de água você acha que vamos ter? Quantos copos você encheu? Deu mais ou menos copos de água do que você estimou?”

Orientação espacial é a capacidade de situar-se e orientar-se em relação aos objetos, às pessoas e o seu próprio corpo em um determinado espaço. É localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro. É ter noção de distância longe, perto. © Carlos Jorge Nunes

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Conexões emergentes – literacia e numeracia


MODELAGEM DE AULA: QUE TAMANHO TENHO? [NOÇÃO DE RACIOCÍNIO LÓGICO: GRÁFICOS BÁSICOS] Preparação e prática: O trabalho com gráficos simples pode ser desenvolvido de várias maneiras com crianças pequenas. Para esta atividade, propomos o gráfico de altura das crianças. Cortar fitas de papel Kraft ou pardo, medir cada uma das crianças e cortar. Instrução explícita: “Vou medir vocês e deixar essa fita de papel no tamanho de cada criança.” Depois de cortar a fita no tamanho das crianças, o professor diz: “Escrevam o nome de vocês e façam um colorido bem bonito na fita!” Após esse momento, colar em uma parede que caiba todos as fitas criando um gráfico gigante da medida da altura das crianças.

Preparação e prática: Montar trilhas de números para garantir que todas as crianças joguem (o ideal para cada trilha são quatro crianças). As trilhas podem ter temas (como a trilha do jacaré, da cobra, do ramo de uma planta etc.). A trilha também pode ser confeccionada pelo professor. É preciso deixar as casas que devem voltar e as casas que devem avançar (indicar utilizando setas) já marcadas. Antes do número um, escrever SAÍDA, após o número vinte, escrever CHEGADA. Separe quatro tampinhas de cores diferentes e um dado para a cada trilha. Instrução explícita: “Cada grupo vai escrever os números de um a vinte em sequência na trilha, saltando as casas que estão com as setas.” Verificar se está tudo correto. “Podem passar a canetinha por cima dos números e nas setas também, coloram bem de leve cada uma das casas. Agora é hora de jogar!” Explicar que o número que cair ao jogar o dado, é o número de casas que o jogador deve andar. “Dependendo da casa que cair, se for na casa das setas, vocês devem voltar ou avançar. Ganha quem primeiro alcançar a casa da chegada!” Intervir durante o jogo: “Você andou até a casa cinco. Qual é a casa depois do número cinco? Qual casa vem antes do número cinco? Se você tiver que andar mais duas casas, em qual casa irá parar?”

AVALIAÇÃO FORMATIVA Neste final de ciclo, em que possuímos os registros de todas as etapas anteriores, é importante rever todo o processo de cada criança e marcar com os professores e gestores do Ensino Fundamental uma conversa para troca de informações e orientações. Agendar uma visita com as crianças, promover momentos de troca de experiência por meio da organização de eventos, buscando a continuidade e integração entre essas duas etapas de ensino. Promover eventos para mostra de jogos confeccionados e até mesmo campeonatos para que sejam elaborados os registros, tabelas e gráficos dos resultados. Esta é uma forma contextualizada de acompanhar o grupo. Para o portfólio, sugerimos: arquivar as escritas dos números até vinte; arquivar material da atividade A padaria da pré-escola; foto da preparação da receita do bolo; registro de um gráfico de preferência; quebra-cabeça de figuras geométricas; arquivar dobraduras realizadas pelas crianças e modelos de outras dobraduras que possam ser realizadas. SUGESTÃO DE INDICADORES DE APRENDIZAGEM © Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

MODELAGEM DE AULA: TRILHA DE NÚMEROS [NOÇÃO DE ALGARISMOS E RACIOCÍNIO LÓGICO: SEQUÊNCIA NUMÉRICA]

Rafael foi ao parquinho. Faça um X na imagem que mostra qual é o brinquedo que está à direita de Rafael.

Zoé Rios & Márcia Libânio

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Sugestão de cronograma A seguir, apresentamos uma sugestão de cronograma, explicitando como as noções da numeracia podem ser abordadas ao longo do ano letivo e ainda indicamos os objetivos de aprendizagem da BNCC. Dessa forma, esperamos apoiar a prática do professor possibilitando a construção do seu próprio cronograma.

CRONOGRAMA – NUMERACIA MODELAGEM DE AULA

BNCC

NOÇÕES

ELEMENTOS

PÁGINA

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

1ª ETAPA: Noções elementares de matemáticas: descobertas e identificações Um, Dois...

(EI03ET07) (EI02ET07)

algarismos

recitação

41

Onde está?

(EI02ET04)

localização

posição e direção

41

Dia e noite

(EI03ET03)

tempo

dia e noite

42

Quebrando a cabeça

(EI03ET01)

raciocínio lógico

resolução de quebra-cabeça

42

Comparando conjuntos

(EI03ET01) (EI03ET05)

quantidade

maior e menor

43

Quantos têm?

(EI03ET01) (EI03ET05)

quantidade

muito, pouco e nenhum

43

Este com este!

(EI03ET01)

quantidade

proporção simples

43

Montando com formas

(EI03ET01)

formas geométricas

identificação

44

Cabe tudo?

(EI03ET01)

tamanho

maior, menor e igual

44

Caminhos

(EI03ET01)

espaço/tempo

longo e curto

45

Avaliação formativa

45

2ª ETAPA: Algarismos e noção de quantidade e de tempo Correspondência

(EI03ET01)

quantidade

comparações

46

Diário de bordo

(EI03ET07)

sequência temporal

hoje, amanhã e ontem

46

Formas geométricas

(EI03ET02)

formas elementares

manipulação

47

Contando tudo

(EI03ET07) (EI02ET07)

quantidade

recitação/ contagem

47

Manipulando quantidades

(EI03ET02)

quantidade

subtração e adição

47

Conhecendo os números

(EI03ET07)

algarismos

algarismos 0 a 9

48

Observando fatos

(EI03ET07)

quantidade

subtração e adição

48

Calendário

(EI03ET07)

tempo

dia, mês e ano

48

Observando a natureza

(EI03ET02)

tempo

sequência temporal

49

Transformações

(EI03ET02)

quantidade

contextualização

49

De 9 a 0

(EI03ET07)

algarismo

recitação

49

Avaliação formativa

50

3ª ETAPA: Traçado dos algarismos e noções de medidas, formas geométricas espaciais e temporais Os números de 0 a 20

(EI03ET07)

algarismo

identificação

O traçado dos números

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51

O traçado dos números 2 e 3

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51

Quanto mede?

(EI03ET04) (EI03ET08)

tamanho

exploração de medidas

51

O traçado dos números 4 e 5

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51 52

Passeio no entorno

(EI0ET01)

formas geométricas

identificação

O traçado dos números 5 e 6

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51

O traçado dos números 7 e 8

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51

Quantos lados, quantas pontas?

(EI03ET01)

formas geométricas

objetos bidimensionais e tridimensionais

52

O traçado do número 9

(EI03ET05)

algarismo

traçado

51

Circunferência

(EI03ET02)

formas geométricas

identificação

52

Atividade de Festa Junina

(EI03ET03)

raciocínio lógico e algarismos

contextualização de conceitos

53

Avaliação formativa

64

50

Conexões emergentes – literacia e numeracia

53


MODELAGEM DE AULA

BNCC

NOÇÕES

ELEMENTOS

PÁGINA

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

4ª ETAPA: Desenvolvendo habilidades com sequências numéricas, relações espaciais Os números de 0 a 20

(EI03ET07)

algarismo

traçado

54

Mais quantos?

(EI03ET07)

adição

mais 1

54

Somando e fazendo conta

(EI03ET07)

adição

mais 1 com sinal de +

54

Menos quantos?

(EI03ET07)

subtrair

menos 1

55

Subtraindo e fazendo conta

(EI03ET07)

subtrair

menos 1 com sinal de -

55

Resolvendo problema

(EI03ET04)

raciocínio lógico

resolução de problema

55

Dominó

(EI03ET07)

algarismo

adição e subtração

56

Direita e esquerda

EI03CG01

direcionalidade

lateralidade

56

Noção de metade

(EI03ET02)

quantidade

dobro e metade

57

Tangram

(EI03ET01)

formas geométricas e lógica

manipulação

57

Dia da limonada

EI03ET03

quantidade

dobro e metade

57

Sequência

(EI03ET07)

raciocínio lógico

continuação, sequência

58

Antes e depois

(EI03ET07)

algarismo

sequência numérica

58

Trilha do pátio

(EI03ET07) (EI03CG05)

direcionalidade

direta e esquerda

58

Tabela de dupla entrada

(EI03ET04)

raciocínio lógico

gráfico básico

59

Avaliação formativa

59

5ª ETAPA: Raciocínio lógico e as noções elementares de matemática na vida cotidiana Receita de bolo

(EI03ET04)

quantidade e algarismo

dobro e metade

60

A padaria da pré-escola

(EI03ET04)

quantidade

contextualização de conceitos

60

Linha do tempo

(EI03ET06)

tempo

passado, presente e futuro

61

Leitura de imagem

(EI03ET01)

quantidade e localização

identificação

61

Dobraduras

(EI03ET05)

formas geométricas elementares

manipulação

61

Pesquisa sobre animais

(EI03ET04)

raciocínio lógico

interpretação de dados

62

Gráfico de caixinha

(EI03ET08)

raciocínio lógico

gráficos básicos

62

Identificando a cena

(EI03ET01)

localização

posição, espaço e direção

62

Medidas

(EI03ET08)

medida e quantidade

peso, volume

62

Que tamanho tenho!

(EI03ET08)

raciocínio lógico

gráficos básicos

63

Trilha de números

(EI03ET07)

algarismo

sequência numérica

63

Avaliação formativa

63

A contagem e a recitação dos números devem ser incentivadas cotidianamente, em todas as atividades. Os quebra-cabeças, as construções com blocos e as trilhas são jogos analógicos, fáceis de serem preparados e ricos em suas propostas de desafios para o desenvolvimento da numeracia. A partir da 3ª etapa, o traçado dos números e a manipulação do lápis precisam ser explorados. A avaliação formativa deve acontecer durante todo o processo.

Zoé Rios & Márcia Libânio

65


Fichas para avaliação formativa Além dos registros (fotos, relatos, anotações e atividades de acompanhamento) realizados durante as atividades, para o preenchimento do portfólio, propomos o registro em fichas, criadas para cada aluno e para o grupo, sobre a adequação das estratégias utilizadas na modelagem e sobre a participação dos familiares, bem como fichas com indicadores das observações dos gestores, para serem complementadas ao longo das etapas. Esses registros facilitam o acompanhamento em relação ao alcance dos objetivos dos componentes essenciais e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da BNCC, tanto em relação às crianças quanto à proposta educativa. Apresentamos sugestões dessas fichas, que documentam as anotações, subsidiam decisões, de acordo com as orientações e intencionalidades educativas, para o acompanhamento de cada criança.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Exemplos de perguntas para fichas dos grupos/estudantes e os objetivos dos componentes 1.

Aluno consolidou a habilidade dos componentes (literacia)/das noções (numeracia) - C

2.

Aluno não consolidou a habilidade dos componentes (literacia)/das noções (numeracia) - NC

3.

Aluno em processo de desenvolvimento da habilidade - EP

4.

Aluno encaminhado para assistência de especialista ou atenção individual - AS/ AI Nome da criança

Nome da criança

Consciência fonológica e fonêmica

Conhecimento alfabético

Noção de quantidade, algarismo, soma, subtração, proporção

Desenvolvimento de vocabulário

Noção de localização, posicionamento, espacialidade etc.

Compreensão oral de textos

Noção de formas geométricas elementares

Produção de escrita emergente

Noções de raciocínio lógico

Exemplos de perguntas para preenchimentos de fichas de acompanhamento dos estudantes (interações e brincadeira) 1.

A criança demonstrou ter algum conhecimento prévio sobre a habilidade a ser desenvolvida? (sim, não, observação)

2.

A criança foi participativa nas brincadeiras/atividades propostas? (sim, não, observação)

3.

A família demonstrou participação/contribuições para o processo de alfabetização? (sim, não, observação)

4.

A criança exigiu atenção individualizada? (sim, não, observação)

5.

Houve mudança de estratégia, ou intervenção, na modelagem para o alcance do objetivo proposto pela criança? (sim, não, observação)

6.

A criança apresentou desenvolvimento diferenciado de literacia/numeracia? (sim, não, observação)

Perguntas Nome do aluno

Observações 1ª

66

Conexões emergentes – literacia e numeracia


Exemplos de perguntas para indicadores sobre as estratégias de ensino 1.

A modelagem foi adequada para o desenvolvimento da habilidade? (sim, não, observação)

2.

A participação dos alunos foi positiva? (sim, não, observação)

3.

O tempo planejado atendeu à dinâmica da modelagem? (sim, não, observação)

4.

A materialidade preparada e disponibilizada atendeu às necessidades da modelagem de aula? (sim, não, observação)

5.

A estratégia utilizada na modelagem de aula precisa de alteração? (sim, não, observação)

6.

Os gestores indicaram algo sobre as intencionalidades educativas? (sim, não, observação)

Observações

Lembramos que na avaliação formativa, o portfólio e os indicadores de aprendizagem apresentados após cada etapa, são recursos que contribuem para o planejamento e o replanejamento das ações educativas. Servem também para a análise das necessidades, busca de apoio, orientação de familiares e gestores, e como álbum de atividades e vivências para cada criança. Como entendemos que os momentos de avaliação formativa devem perpassar todo o processo de aprendizagem, essa proposta de preenchimento das fichas também deve estar inserida no cotidiano escolar. Por tanto, sugerimos que todos os registros e indicadores individuais se façam presentes como uma interação, evitando assim a conotação de uma avaliação com propósitos classificatórios.

© Carlos Jorge Nunes

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Perguntas Modelagem

Zoé Rios & Márcia Libânio

67


Referências ADAMS, Marilyn Jager et al. Consciência fonológica. São Paulo: Artmed, 2006. ARAÚJO, Aloísio Pessoa de (Coord.). Aprendizagem infantil: uma abordagem da neurociência, economia e psicologia cognitiva. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2011. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_ slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 10 out. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017.

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Conta pra mim. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Acesso em: 7 set. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília: MEC, SEALF, 2019. CARDOSO-MARTINS, Cláudia. A consciência fonológica e a aprendizagem inicial da leitura e da escrita. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v. 76, p. 41-49, fev. 1991. DEHAENE, S. Apprendre à lire: des sciences cognitives à la salle de classe. [S.l.]: Odile Jacob, 2011. EHRI, Linnea C. (2013). Aquisição da habilidade de leitura de palavras e sua influência na pronúncia e na aprendizagem do vocabulário. In: MALUF, Maria Regina; CARDOS-MARTINS, Cláudia (Org.), Alfabetização no século XXI: como se aprende a ler e a escrever. Porto Alegres: Penso, 2013. p. 49-81. GOMES, Inês; SANTOS, Nelson Lima. Literacia emergente: “É de pequenino que se torce o pepino!” Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UFP, n. 2, p. 312-326, 2005. MORAIS, Artur Gomes. Consciência fonológica na educação infantil e no ciclo de alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. SARGIANI, Renan de Almeida; MALUF, Maria Regina. Linguagem, Cognição e Educação Infantil: contribuições da Psicologia Cognitiva e das Neurociências. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 22, n. 3, p. 477-484, set./dez. 2018. SNOWLING, M. J.; HULME, C. A ciência da leitura. Porto Alegre: Penso Editora, 2013.

© Carlos Jorge Nunes

SOUZA, Juliana Devecchi Pinheiro. Aprendendo a ler e escrever: um estudo com jovens e adultos da EJA no enfoque metalinguístico. 2011. 98 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2011.

68

Conexões emergentes – literacia e numeracia


Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.


Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

Conexões emergentes: literacia e numeracia é um guia de preparação para a alfabetização, que tem como referência a Política Nacional de Alfabetização (PNA). Este guia apoiará o professor da pré-escola no planejamento de suas intencionalidades educativas preparatórias para a alfabetização e o norteará em relação a teorias, conceitos e práticas. Além disso, traz modelagens de aulas, que abrangem, de forma sequencial, os componentes essenciais da literacia e as noções elementares da numeracia, mencionados na PNA, sugestões de cronogramas e de avaliações formativas. Todas as atividades aqui sugeridas abarcam também os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos campos de experiências e dos eixos estruturantes, brincadeiras e interações, propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de modo contextualizado, lúdico e significativo. Temos como objetivo proporcionar uma transição positiva da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, inspiradas nos indicadores da ciência e nas experiências exitosas, estabelecendo potentes Conexões.

ISBN: 978-65-88618-01-1

www.rhjlivros.com.br


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