Ed 42

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ANO VIII - 42 - JUNHO-JULHO DE 2014

A RESVISTA DO EMPRESÁRIO DO SETOR FUNERÁRIO

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EDITORIAL | Editorial A Hora da verdade chegou para o Brasil. Afinal, foram mais de R$142,3 bilhões de reais investidos para a realização da Copa, que se dividem entre a organização e estrutura dos eventos, e os impactos indiretos na produção de bens e serviços. E agora, o país será avaliado não apenas pelo bom futebol, mas também pela capacidade de gerir grandes acontecimentos, e como os recursos foram gastos para implantá-los. A nossa matéria de capa, traz uma análise da situação pré-copa. Mas se você não é nenhum fã de futebol, uma boa alternativa é decolar para a Chapada da Diamantina, o parque reúne inúmeras cachoeiras, piscinas naturais, lagos subterrâneos e vegetação exuberante. Na secção Luto, a enfermeira Bronnie Ware cita os cinco maiores arrependimentos dos pacientes no seu leito de morte, você também pode ter uma boa leitura com o livro Antes de Parir de Ware. No mundo funerário, trouxemos uma matéria sobre como os velórios estão se tornando eventos sociais cercados de luxo e glamour. E já que estamos falando de negócios, confira na secção Marketing, como você pode amenizar uma crise nos negócios. Para descontrair, vale assistir “Antes de Partir” (2007) conta a história de dois homens com câncer que se conhecem no hospital e decidem viajar o mundo enquanto é tempo. Mas quem vê o filme pronto não imagina que o roteiro foi escrito em apenas duas semanas, e que a produção marcou a primeira vez em que os atores Morgan Freeman e Jack Nickson contracenaram. É fã dos atores? Então confira. No Cemitur, conheça a ilha de San Michele - A ilha dos mortos. Desde 1862 que a ilha San Michele passou a ser o cemitério da cidade de Veneza. Foi escolhida como cemitério aquando das invasões Francesas que decretaram a insalubridade de enterros na cidade. Por decreto de Napoleão, os mortos tinham de ser enterrados longe das casas dos vivos. A entrada para o cemitério faz-se por um portal gótico ornamentado por S. Miguel com um dragão e pelo claustro dos monges com colunatas.Confira o conto do nosso querido Sr. Gobbo, e saboreia receita de peixe na nossa essência do Sabor.

Boa Leitura!


EXPEDIENTE Diretor geral ROBERTO MÁRCIO P. DE CARVALHO

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Direção de Marketing ROSA CARVALHO Administração Financeira SABRINA COSTA

Inmemorian www.revistainmemorian.blogspot.com www.revistainmemorian.com.br twitter: inmemorian inmemorian.revista@gmail.com tel. (31)3241 6069

Sindinef Av. Augusto de Lima, 479 sala 604 Bairro: Centro | CEP.: 30190-000 Belo Horizonte | MG | Tel.: (31)3273.8502 (31)3273.8503 www.sindinef.com.br

Arte Final Comunicação R. Artur de Sá, 131, Salas 403 e 404 União | CEP.: 31170-710 Edifício Torres del Paine Belo Horizonte | MG Telefax: (31)3241.6069 art@artfinal.com.br | www.artfinal.com.br

CEMITOUR


29 VALE ASSISTIR

10 ESSÊNCIA DO SABOR

12 CAPA

14 DECOLE


CLIPPING MUNDO| FUNERÁRIO |

Novos velórios tornam-se eventos sociais cercados de luxo e

glamour

Cerimônias suntuosas, carros funerários com LED e doces como ‘bem-velados’ estão em pacotes VIP Diante da morte, somos todos iguais, diz a sabedoria

memória de um membro da família. A deferência à

popular. Mas uns são mais iguais que os outros. Em-

pessoa morta é, aliás, o principal objetivo dos famili-

presas especializadas em funerais personalizados e

ares ao escolher velórios personalizados, argumen-

de luxo se espalham pelo país, fornecendo decora-

tam empresários do segmento.

ção suntuosa, carro importado para o transporte do

- Em um momento tão especial, é importante ter um

féretro e até lembrancinhas para os “convidados”. A

ambiente amigável. A arquitetura funerária, antes

tendência, originada nos EUA, ganha força sobretudo

vista como pesada, se modernizou - defende o em-

em São Paulo.

presário Lourival Panhozzi, no mercado há 39 anos. Sócio da Prever, de assistência familiar, e presidente

É na capital paulista que funciona a Funeral Home,

da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do

aberta em 2008. A empresa ocupa um casarão tom-

Setor Funerário, Panhozzi calcula que as companhias

bado na Bela Vista com quatro salas para velórios com

que oferecem serviços customizados correspondem

decorações temáticas, inspiradas em cidades como

a 15% do total de 5.500 negócios no país.

Paris e Nova York. Os que vão se despedir de alguém ali contam com manobrista na entrada e ganham mi-

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mos na saída. Já houve quem optasse pelos tradicionais santinhos, por flores e até por um doce batizado de bem-velado, versão fúnebre do bem-casado. As famílias podem escolher três diferentes tipos de bufê. E a empresa organiza também cerimônias em outros lugares, como a casa do morto. É o velório delivery.

- Sempre viajei bastante e observava esse tipo de cerimônia em outros países. Nossa ideia não é só oferecer luxo, mas também segurança e conforto - afir6

ma Milena Toscano, diretora da empresa. Em seu site, a Funeral Home apresenta, entre suas “missões”, atender quem deseja homenagear a


Pacotes de até R$ 20 mil O empresário construiu o Complexo Funerário Orlando Panhozzi, de 3.500 metros quadrados, em Botucatu (SP). Lá são realizadas cerimônias que custam até R$ 20 mil e incluem salas reservadas a parentes do morto, serviço de bufê e carro funerário com luz de LED. Música clássica, em geral, e sucessos da cantora new age Enya são as principais pedidas de familiares quando se trata da trilha sonora que acompanha o transporte do corpo até o cemitério, conta Panhozzi, que recorre ao filósofo Heráclito para explicar o seu negócio: - Ninguém entra duas vezes no mesmo rio. Quando mergulha pela segunda vez, a pessoa já se modificou. É assim também com quem vai a um velório. Espera-

‘É consumismo’, diz antropólogo

mos que dali saia um pessoa diferente, melhor.

- Uma das características da sociedade contem-

Outra referência no segmento é Maria Aparecida

porânea é a individualização. Cada vez menos as pes-

Lima. Conhecida como promoter de funerais, ela está

soas se conformam em ser tratadas como qualquer

à frente da Pax Apoio Familiar, em São Paulo. Entre as

um. E os empresários da área funerária descobriram o

solicitações de clientes que já atendeu, estão música

filão - observa o antropólogo José Carlos Rodrigues,

ao vivo, tapete persa e até pétalas de rosa lançadas

professor da PUC-Rio, que sugere ainda que a espe-

por um helicóptero.

taculização dos funerais está relacionada a estraté-

- Em alguns casos, trata-se de realizar um último de-

Professor de Ciências Sociais da Universidade Federal

sejo do falecido afirma. - Um dos únicos pedidos que

de Goiás (UFG), Rogério Bianchi de Araújo também

não consegui atender foi o de um homem que queria

critica o modelo. Segundo ele, a sofisticação dos fu-

pés de cana e limão sobre o seu túmulo. Em vida, ele

nerais é produto da valorização excessiva das aparên-

brincava que, assim, poderia fazer caipirinhas eterna-

cias.

mente. O cemitério não autorizou.

- Estamos imersos numa sociedade de consumo, e até a morte passa por isso - avalia. - É o mundo da

Se empresários do setor defendem que a personal-

imagem, em que a estética supera a ética. Acho que

ização dos velórios é uma forma de demonstrar afeto

a homenagem fica num segundo plano ou atrelada

pelo falecido, antropólogos analisam as cerimônias

a uma lógica de mercado. É a homenagem estetica-

como sintomas da sociedade de consumo e individu-

mente produzida.

alismo.

Fonte: oglobo.globo.com/

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gias de dissimulação e descaracterização da morte.

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CLIPPINGLUTO | |

Enfermeira revela os 5 MAIORES

arrependimentos de pacientes no leito da morte

No mundo onde vivemos, a busca incessante pelo tão cobiçado dinheiro move o mundo. Muitas vezes, tanto valor é dado aos valores, que ficamos focados em trabalhar, trabalhar, trabalhar, para sermos recompensados “lá na frente” – ouço isso sempre-, que podemos esquecer das coisas realmente importantes e que merecem ser valorizadas. Já diziam os Titãs:

Recentemente, a enfermeira Bronnie Ware divulgou

Devia ter arriscado mais

uma lista com os cinco maiores (e mais comuns)

E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer

arrependimentos de seus pacientes no leito de morte, contidos também em seu livro, “The Top Five Regrets of the Dying – A Life Transformed by the

Como na música “Epitáfio”, ao fim da vida, estamos

Dearly Departing”.

susceptíveis a reflexões de como vivemos; se vivemos.

Confira:

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1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma

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Na correria do dia-a-dia, nos esquecemos de coisas

vida verdadeira a mim mesmo, e não a vida que os

que deveriam ser prioridade. Para viver nesta selva

outros esperavam de mim.

que chamamos de mundo, precisamos nos adaptar

“Este foi o arrependimento mais comum de todos.

para sermos os mais fortes; não é importante ser

Quando as pessoas percebem que sua vida está

bom, é importante ser o melhor. As pessoas buscam

quase no fim e olham para trás, é fácil ver como

se armar com todos os mecanismos de defesa

muitos sonhos não foram realizados.”

possíveis para se defender do mundo que as cercam,

Todos esperam aquela sua nota boa na escola e de

ou de si mesmas. Expectativas, fracassos, cansaço,

repente, você tira uma nota vermelha. É um exemplo

sucesso, felicidade, etc. Nem todos conseguem lidar

bobo, mas real. Sentimo-nos mal por não conseguir

com sentimentos ou cobranças do mesmo jeito, é

realizar com êxito determinada tarefa que, às vezes,

claro. Porém, alguns erros da vida tornam-se comuns

nem nos importamos, mas que nossos pais se

e seus arrependimentos, também.

importam. Que os outros se importam.


o prazer do qual fora privado enquanto se dedicavam ao trabalho. Parece que a máxima da vida é “trabalhe bastante, depois você será recompensado”, quando deveria ser simplesmente: “viva”.

3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos. “Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos a fim de manter a paz com os outros. Como resultado, eles se estabeleceram por uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que carregavam, como resultado disso.” Costumamos viver na nossa zona de conforto: por ser confortável, é bem mais atrativo permanecer nela. O problema também, é quando isso não se torna mais tão confortável, mas nos acostumamos (por pura conveniência), ao invés de nos arriscar por algo maior. Tudo pode falhar, é claro, bem como

desafiante. Acabar de fato com o velho clichê “viver de aparências” e viver por si mesmo.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tão duro. “Isto veio de cada paciente do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam a juventude de seus filhos e o companheirismo dos parceiros. As mulheres também falaram sobre esse arrependimento. Mas, como a maioria era de uma geração mais velha, muitas das pacientes do sexo feminino não tinham sido as pessoas que sustentavam a casa.” Pessoas passam a vida crendo que todo o labor de suas vidas, se voltará num futuro próximo como todo

pode dar certo. Entretanto, fatores como insegurança ou o medo de perder uma amizade, fazem com que muitas vezes, mantenhamos retraídos sentimentos importantes que poderiam (quem sabe) ter algum futuro, se expressos. Trocamos a leveza de dizermos o que sentimos, por uma falsa sensação de conforto emocional.

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus

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Talvez, tomar as rédeas da sua vida seja o mais

amigos. “Muitas vezes eles não percebem verdadeiramente os benefícios de velhos amigos até estarem em seu leito de morte, e nem sempre foi possível

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LUTO | reencontrá-los nestes últimos momentos. Muitos

a felicidade.”

haviam se tornado tão envolvidos em suas próprias

Todos os arrependimentos tem certa relação

vidas que tinham deixado amizades de ouro escapar

com o ambiente externo – é a exteriorização e

nos últimos anos.”

comercialização da vida. O que fazer para alcançar

Quem nunca sentiu “saudade dos velhos tempos”? No

a felicidade, parece mudar de acordo com os novos

corre-corre da vida, como poderíamos nos recordar

padrões de consumo, mas a lógica permanece

daquele melhor amigo dos tempos da escola, ou

imutável: estude, forme-se, tenha diploma, trabalhe,

mesmo do antigo emprego? Deixamos de valorizar

ganhe dinheiro, compre o que deseja e seja feliz.

as pessoas que outrora foram tão importantes em

Ontem você era feliz com um Playstation 3 e um

nossas vidas; não temos todo o tempo do mundo,

Xbox 360, agora você é feliz com um Playstation 4

então só nos resta ser prioritários: Dever, depois

e um Xbox One. O mundo gira, o tempo passa, as

prazer. Só nos damos conta do quão sentimos falta,

coisas mudam; exceto essa nossa mania de achar que

quando emergimos da agitação a qual estamos

pode-se ter aquilo de mais raro, dando o que se tem

comumente imersos, o que fatalmente, pode ser

de mais comum.

tarde demais. O recado é simples, mas, ao que parece, as pessoas 5. Eu gostaria que eu tivesse me deixado ser feliz.

insistem em ignorá-lo: não construa a sua vida

“Este é surpreendentemente comum. Muitos não

baseada em expectativas alheias. Não viva para

percebem, até o fim de que a felicidade é uma

os outros, apenas viva para você, fazendo o que

escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões

realmente te faz bem. Viva!

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e hábitos. O chamado “conforto” da familiaridade transbordou em suas emoções, bem como as suas vidas físicas. O medo da mudança os fazia fingir para os outros e para si mesmos que estavam satisfeitos; quando, lá no fundo, eles ansiavam em rir e serem bobos em sua vida novamente. Quando você está no seu leito de morte, o que os outros pensam de você é muito diferente do que está em sua mente. Como é maravilhoso ser capaz de relaxar e sorrir novamente, muito antes de você estar morrendo. A vida é uma 9

escolha. É a sua vida. Escolha conscientemente, escolha sabiamente, escolha honestamente. Escolha


Antes de partir

VALE ASSISTIR |

“Antes de Partir” (2007) conta a história de dois homens com câncer que se conhecem no hospital e decidem viajar o mundo enquanto é tempo. Mas quem vê o filme pronto não imagina que o roteiro foi escrito em apenas duas semanas, e que a produção marcou a primeira vez em que os atores Morgan Freeman e Jack Nicholson contracenaram. É fã dos atores? Então confira essas e outras curiosidades sobre o filme. Tanto Nicholson quanto Freeman usaram suas experiências de vida para interpretar seus respectivos papéis. Jack utilizou sua própria ida a um hospital em alguns diálogos e situações de cena, além de sugerir o uso dos óculos durante o filme. Aliás, o ator raspou a cabeça de verdade para gravar o longa. Uma prova de que Jack foi uma boa

Rob Reiner quanto Morgan Freeman sugerirem, separadamente, que ele interpretasse Edward Cole. Já Morgan Freeman utilizou sua experiência como mecânico da Força Aérea dos Estados Unidos para dar vida a Carter. Tanto que Justin Zackham

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escolha para o papel foi o fato de tanto o diretor

escreveu o roteiro já com ele em mente para interpretar o papel. O ator também levou seu filho, Alfonso Freeman, para interpretar seu filho no longa.

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nº 42| A no VIII | j un I j ul 2014

CEMITOUR | Veneza

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A ILHA DOS

mort os

em 1868 a Ilha de San Michele passou a ser o cemitério de Veneza


‘Ainda guardo alguns apontamentos de Veneza para partilhar.

para rezar pelos seus mortos. À excepção de perso-

Entre eles, a descoberta da ilha cemitério de Veneza, que se

nagens como o músico Stravinsky, a escritora Ezra

situa a curta distância, a norte da cidade, num recinto murado,

Pound ou o fundador dos Ballets Russos, Dighilev,

ladeado de ciprestes.

cujos corpos se encontram na ilha, os ossos dos fa-

Não a visitei mas, avistei-a de bem perto em algumas das

lecidos são metidos em pequenas urnas. O cemitério

minhas viagens de vaporetto.

ainda se encontra a uso, mas devido à falta de espaço

Numa das vezes, tocou-me bastante. O vaporetto em que

torna-se necessária a exumação dos corpos passados

eu seguia abrandou para que um cortejo fúnebre, de barco,

alguns anos.’

acostasse à ilha de S. Michele, a ilha dos mortos. Estava uma

marquesices.blogspot.com

manhã cinzenta de nevoeiro e uma aragem fria causava-nos algum desconforto. Muitos passageiros, estrangeiros como eu, estranhavam o cenário que tínhamos à nossa frente. Lembrei-me logo do filme Morte em Veneza e de todo o mistério que a cidade enevoada empresta à trama desse filme. Assim, regressei a casa com imensa curiosidade de saber mais sobre a ilha cemitério. De saber como é que aquela gente que vive e convive o tempo todo com a água resolvia mais esse problema, o destino a dar aos que morrem. Desde 1862 que a ilha San Michele passou a ser o cemitério da cidade de Veneza. Foi escolhida como cemitério aquando das invasões Francesas que decretaram a insalubridade de enterros na cidade. Por decreto de Napoleão, os mortos tinham de ser enterrados longe das casas dos vivos. A entrada para o cemitério faz-se por um portal gótico ornamentado por S. Miguel com um dragão e pelo claustro dos monges com colunatas. Neste dia de Finados, muitas pessoas acorrem à ilha

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DECOLE | Bahia

Chapada

D i a m a nti n a A Chapada Diamantina reúne variados

bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização

atrativos naturais e culturais, no coração

é impulsionada pela descoberta de diamantes valio-

do Estado da Bahia. Roteiro certo para

sos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes,

quem busca paz e tranquilidade ou para

colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas

quem está atrás de história e aventura.

vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza.

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A atividade agropecuária tomba diante da opulência A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 14

1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos

do garimpo. Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.


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nยบ 38 | A no VIII | j un I j ul 201 3


CAPA |

A hora da verdade nยบ 28 | A no 4 | j ul I a go 2011

Na copa do mundo 2014

16

por Gabriella Carvalho


CAPA | O acontecimento de uma Copa,

de pequenas e médias empresas nas cidades-

independente de onde você more, nunca

sede, o que prova quão importante elas são

significou apenas assistir a várias partidas

para mover a economia durante o grande

de futebol. É muito mais que admirar a

evento. E são essas empresas as que mais

televisão e observar um grupo de homens

lucrarão durante todo o período da Copa, seja

chutarem uma bola por um campo

antes dela acontecer, durante e até mesmo

verde. A Copa é capaz de unir as pessoas

depois.

em prol do espírito de festividade, uma nação inteira torcendo por um único time e, quando esse evento é sediado pelo seu país, a comemoração atinge níveis maiores. O gosto de sentar em frente à TV com a família e amigos e a histórica paixão brasileira pelo futebol fica à flor da pele e até mesmo os menos empolgados se divertem.

As empresas de menor porte têm a capacidade de estabelecer relacionamentos estreitos com seu público e, como estratégia de marketing, essa é a hora perfeita para apostar na qualidade do produto, e não na quantidade, como fazem grandes empresas. Ao diferenciar seu investimento, a pequena e média empresa se destaca num cenário de competição, fazendo de seu produto uma exclusividade, em meio a tantas opções iguais. É o que diz Jan Carlzon

investidos para a realização da Copa, que se dividem entre a organização e estrutura dos eventos, e os impactos indiretos na produção de bens e serviços. Há menos de um mês para a polêmica Copa do Mundo de 2014, já são aparentes as mudanças nas cidades que sediarão alguma partida, como a construção e revitalização de estádios, criação de hotéis e melhoria na área turística. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores, mais de 40 mil empregos foram criados em hotelaria e gastronomia, além da abertura para o mercado

em seu livro “A Hora da Verdade”, da Editora Sextante. Para o autor, a hora da verdade é “o momento em que o cliente entra em contato com o pessoal da linha de frente. É nessas ocasiões que ele forma sua imagem da empresa e é essa experiência que o faz voltar ou não a procurar os seus serviços”. A Copa do Mundo de 2014 abriu a mente de muitos empreendedores e, uma vez que a essência

nº 42 | Ano VIII |j un I j ul 2014

Foram mais de R$142,3 bilhões de reais

do marketing é conquistar e manter clientes, no período da copa trata-se de conquistar e manter, em sua cidade, o maior número de turistas.

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CAPA | As figurinhas do desespero Em meio a todo o marketing da Copa no Brasil, da febre das promoções em lojas populares, sorteios e programas de fidelidade, porém, ainda se faz presente uma questão de maior importância: a situação socioeconômica do país. E, como forma de provar a alienação do cidadão brasileiro, são criados diversos produtos, diversas “distrações”, com o intuito de esconder os problemas do país no consumismo de massa, nas ações do dia a dia. Uma das formas de combate a isso que pôde ser observada no final do mês de Abril foram manifestações em que, reunidos na Zona Leste de São Paulo, grupos de protestantes queimaram vários álbuns de figurinhas da Copa. Este é um grande exemplo de conscientização a par do antigo e regressivo hábito de colecionar figurinhas. Luís Antônio Giron, editor da Época, dá sua opinião numa publicação mensal: “Cidadãos que se consideram intelectuais perdem tempo com besteiras desse tipo.”, e alerta “A editora que lançou o álbum incluiu nos saquinhos os cromos patrocinados, com logotipos de empresas parceiras.” Ainda sobre a famigerada obsessão por colecionar pedacinhos de papéis adesivos que invadiu as casas, trabalhos e escolas brasileiras no

nº 42| A no VIII | j un I j ul 2014

começo de Maio, Giron desabafa: “Isso tudo mostra que, no fundo, os colecionadores exaltam e apoiam a Copa do Mundo na forma como ela está sendo organizada no Brasil”. “A febre das figurinhas mostra que, enquanto esses estádios são construídos, as pessoas continuam sem moradia, sem trabalho, sem acesso à educação, hospitais e esportes”, diz Tarek Mohammed, da coordenação dos Fotógrafos Ativistas, para a BBC.

Apesar de tanta discussão, protestos e ódio pela organização da Copa pelo Brasil, é importante voltar às raízes e relembrar os 17

pontos positivos do evento. Além da geração de empregos e investimentos no setor privado, o legado pós-copa será marcante


CAPA | para o país. Sendo uma sociedade em que o futebol é supervalorizado, as reformas nos estádios viriam de qualquer maneira, em alguma data. Porém, não tão específicas ou grandiosas como estão para a Copa. Outro ponto é a especialização de trabalhadores para atuar nas áreas turísticas da cidade que, posteriormente, receberão melhor os estrangeiros, e alavancaram mais ainda este tipo de comércio brasileiro. E estes serão passos imprescindíveis para o país, já que a atenção de todo o mundo estará voltada para o Brasil, em Junho e Julho de 2014. O país será avaliado não apenas pelo bom futebol, mas também pela capacidade de gerir grandes acontecimentos, e como os recursos foram gastos para implantálos.

nº 41 | Ano Vi |a br I ma i 2014

Um Brasil feito para estrangeiro ver.

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MARKETING |

Como amenizar uma crise com a ajuda do

m.a.r.k.e.t.i.n.g.

Paula Calil, especialista em marketing, afirma que não há pior resposta do que

nº 28 | A no 4 | j ul I a go 2011 nº 42| A no VIII | j un I j ul 2014

ignorar a opinião pública

20 20

Primeiramente, é preciso saber de que crise estamos

É possível encontrar inúmeros casos de empresas

tratando e se o marketing pode realmente contribuir

que passaram por crises de imagem semelhantes,

com alguma coisa. É crise de imagem? Problemas

algumas conhecidas globalmente e outras empresas

com os produtos? O faturamento despencou? Um

menores. Para conseguir um resultado consistente

novo concorrente está tirando seu sono com ofertas

e rápido, todos da empresa devem falar a mesma

imbatíveis? É preciso muita atenção, pois nem

língua e respeitar o consumidor. Não há pior resposta

sempre o marketing é remédio para todos os males.

do que ignorar a opinião pública.

Se você tem uma loja e seu vendedor destratou

Dentro da competência de marketing, é possível

um cliente, pessoalmente ou por meio de redes

contribuir com campanhas que fortaleçam a marca,

sociais, não deixe essa história ir adiante. Nesse

renovando de maneira positiva a imagem que o

ambiente, qualquer notícia é “rastilho de pólvora”

consumidor possa ter da empresa. Porém, apesar do

e se dissemina rapidamente. Portanto, cuide para

clichê, “uma andorinha só não faz verão”!

que um funcionário treinado possa dar a resposta conciliadora ao consumidor envolvido, de maneira

É preciso que as demais áreas da empresa sintam-se

transparente, para que ele sinta que foi tratado de

também comprometidas em manter a unidade, não

maneira digna.

esquecendo que marketing é uma atitude de todos e não somente o nome de uma área.

Lembre-se que adotar esse tipo de atitude rapidamente contribui para que o empresário possa manter a boa imagem de sua marca, dos produtos

Paula Calil é professora de Planejamento Estratégico

e reputação. Antecipe-se a eventuais boatos

de Marketing e coordenadora da Incubadora de

mostrando uma atitude profissional, evitando

Negócios da ESPM/SP.

maiores estragos, ao lidar com situações de conflito.

exame.com


BOA LEITURA |

Antes de

partir

O livro, “The Top Five Regrets of the Dying” (“Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte”, tradução livre do título original em inglês), tem tudo para ser um grande best seller e traz lições de como perdemos tempo com futilidades, nos fazendo pensar em nossas atitudes, postura perante a vida e escolhas. 1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim. 2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto. 3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos. 4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos. 5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz Por isso, se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo,

nº 28 | A no 4 | j ul I a go 2011

exatamente do mesmo jeito.

21


ESPECIAL | CURIOSIDADE |

10 tratamentos médicos bizarros. PARtE 1

Séculos atrás, a comunidade médica acreditava que

mundo todo a utilizem para combater doenças como

a cura para praticamente qualquer doença (de dores

artrite, tendinite e herpes. Há até pesquisadores que

de cabeça a febre e prisão de ventre) era uma boa

buscam descobrir se o veneno de abelha pode ser

sangria. Embora você possa se sentir grato por ter

usado no tratamento contra câncer. O problema é

nascido em uma época em que os tratamentos são,

que alguns médicos preferem realizar apiterapia à

digamos, um pouco mais precisos, não se engane: há

moda antiga, fazendo com que os pacientes sejam

soluções desagradáveis que sobreviveram ao tempo

picados por várias abelhas.

(e provavelmente vão continuar entre nós por mais algumas décadas).

Larvas para remover tecido necrosado

nº 42| A no VIII | j un I j ul 2014

Veneno de abelha para tratar herpes

A apiterapia usa substâncias produzidas por abelhas

Na década de 1970, cientistas perceberam que

(como mel e veneno) para tratar doenças e surgiu

países com altos índices de ancilostomíase (infecção

no século 19, quando o médico austríaco Philip

pelo parasita intestinal Ancylostoma duodenale)

Terc foi picado por um enxame e, para sua surpresa,

apresentam relativamente poucos casos de alergias

percebeu que as dores que sentia por causa de

ou doenças autoimunes. Embora ainda não haja

reumatismo diminuíram consideravelmente.

uma explicação para isso, há médicos (como os

Muita gente pode considerar essa terapia “natural

da empresa Autoimmune Therapies) que usam o

demais”, mas isso não impede que médicos do

parasita para tratar certos tipos de doença.

22


Folhas queimadas para tratar paralisia facial

Trepanação para diminuir pressão intracraniana

Perfurar o crânio de uma pessoa pode não parecer uma boa solução, mas é uma prática antiga que sobrevive há milênios (já foram encontrados crânios A moxabustão é uma técnica antiga da medicina

de 7 mil anos com buracos circulares nas laterais)

chinesa tradicional em que o médico coloca rolos de

e já foi usada para tratar de enxaquecas a doenças

folhas secas de moxa sobre os ouvidos, a boca ou o

mentais. Hoje, a trepanação tem um uso mais restrito

rosto do paciente e os queimam. É uma espécie de

(reduzir a pressão causada por excesso de sangue

“acupuntura térmica”, que aplica calor sobre pontos

em torno do cérebro), mas não deixa de ser um

específicos do corpo.

procedimento de certa forma perturbador.


ESSÊNCIA DO SABOR |

Peixe com crosta

e purê de cenoura

Ingredientes

Modo de preparo

p/ 4 pessoas

Descascar e cortar as cenouras em pedaços pequenos. Levar para cozinhar cobertas de

6 cenouras médias sal

água até que fiquem bem macias. Amassar e passar por uma peneira. Temperar com sal e pimenta e reservar.

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pimenta

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Picar as anchovas, a castanha do pará e

5 filezinhos de anchova em conserva

o tomilho. Misturar em uma tigela com o

1/3 de xícara de castanha do pará

pankô, o óleo e o azeite.

1 colher de sopa de tomilho

Pincelar uma forma com azeite, colar uma folha de papel manteiga e pincelar

1 xícara de pankô (pode ser substituído por

novamente com azeite. Dispor os filés de

pão duro ralado)

peixe e temperar apenas com pimenta. Com

3 colheres (sopa) do óleo das anchovas

as mãos, fazer uma crosta com a mistura do

3 colheres (sopa) de azeite de oliva

pankô sobre cada filé. Levar ao forno preaquecido em potência

800g de filé de peixe branco

máxima por 15 minutos.


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nยบ 35 | A no Vi | nov I dez 2012


MILISTÓRIAS | GOBBO

velório

nº 42| A no VIII | j un I j ul 2014

Acabei com nem meu sempre é o que parece ser...

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Zeca Flanela era lavador de carros na praça principal

Dona Cândida, a viúva, além do sentimento de

de Gabiroba, pacata cidade do sul de Minas. Os

dor, teve de ver o marido morto, e identificá-lo.

donos dos carros gostavam de seu trabalho,

As filhas Terezinha, de 22 anos, e Carminha, de 20,

pois era extremamente cuidadoso e até mesmo

também reconheceram o pai no cadáver coberto

perfeccionista, quando passava a cera e lustrava os

com um lençol encardido. Com os olhos marejados

veículos que tomava conta.

e sob a parca iluminação de uma lâmpada mortiça,

Por isso, a notícia espalhada pela cidade na manhã de

identificaram o cadáver como sendo o do marido

domingo de que Zeca Flanela havia sido encontrado

e pai tão querido, sem se demorarem, pois o

morto num matagal nos arredores da cidade causou

lugar lúgubre e frio não convidava a delongas

pesar muito além da família.

desnecessárias.

A mulher e as filhas maiores foram chamadas para

Preenchidas as formalidades legais, o corpo foi

reconhecer o corpo no necrotério, onde o morto

liberado para ser velado na modesta casinha da

estava depositado. Lugar sombrio e evitado por

família.

todos, pois o cheiro de morte estava em todos os

Como já chegara colocado num caixão modesto,

cantos.

comprado às pressas na única funerária do lugar,


— Sim, foi no sábado.

cinza sobre a face que, antes negra, ia tomando uma

— Ai, num guentei voltar, tava mamado de mais e

tonalidade também cinzenta.

o cumpadre Amâncio me disse prá dormir no sitio.

O velório foi curto: o corpo chegou às 15 horas, para

Quando foi no domingo, o cumpadre me falou prá

ser enterrado às 17 horas. A casa estava lotada com

ir com ele pescar uns bagre no rio Liso, e nois fumo

a presença de muitos amigos e alguns parentes.

junto. Só agora de tarde é que a gente voltou e eu to

Era mês de julho, os dias curtos e o tempo frio. Na

aqui, vivinho da silva.

cozinha, corria uma garrafa de pinga, como era usual,

— Ai, Zeca, é ocê mesmo? — Dona Cândida não

para deleite apenas dos homens. Do fogão de lenha

acreditava. — Como pode, eu vi ocê morto.

vinha um calorzinho que ajudava a manter a vigília.

— Mas quem é esse aí?

Foi então que um alvoroço teve início na sala onde

Poderia ter havido alguma semelhança entre Zeca

estava o corpo. Assomando-se à porta, uma figura

e o defunto, quando este era vivo. Mas agora, ante

escura, esguia, magra (e algo cada -

o lavador de carros vivo e falante, o cadáver já

vérica), disse em voz profunda:

exalando alguns odores pútridos, não se parecia, em

— Mais o que é que tá acontecendo aqui?

absoluto com o Zeca.

Gritos histéricos, vozes alteradas e um tropel chegou

O delegado ouviu tudo e ordenou ao Gildo da

até os que bebiam o morto na cozinha.

funerária:

— O morto tá vivo! — gritou o Dirceu, rapaz meio

— Devolve o morto pro necrotério.

biruta, entrando de chofre na cozinha. — Vamo

Corrida a notícia de que o morto não era o Zeca,

fugir!

ainda houve uma espera de mais um dia (apesar

Ninguém foi conferir. Pela porta da cozinha, correram

do calor) para aguardar alguém que identificasse o

todos, numa debandada geral.

morto. Foi enterrado na tarde de terça-feira, sem ser

Na sala só ficou dona Cândida, assustada, pregada

identificado.

na cadeira ao lado da cabeceira do caixão, sem saber

Durante muito tempo após o acontecido e acima

se fugia ou se abraçava o marido, que aparecia vivo

narrado, Zeca ainda contava prosa aos amigos e

e lépido.

clientes de lavar carros:

— Quem é que morreu? — Perguntou Zeca.

— Sou muito corajoso. Fiz um treco que ninguém

— Foi... foi... foi ocê!

nunca fez: Acabei com meu velório!

— Ara, deixa de besteira. Ceis tão vendo qui tou vivo de verdade.

nº 42 | Ano VIII |j un I j ul 2014

era uma figura quase irreconhecível: a carapinha

Acalmados os ânimos, chamaram o delegado de polícia para s providências, e só então Zeca explicou.

ANTONIO ROQUE GOBBO

— Pois intão, Cândida, num te falei que ia no

Belo Horizonte, 25 de outubro de 2012

churrasco no sítio do cumpadre Amâncio?

Conto # 754 da série Milistórias

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HUMORTO I Culpa da Bebida Dois bêbados conversam em um bar: – Perdi minha mulher

por

causa

Melhor previnir A sogra de um sujeito faleceu morreu. Aí perguntaram a ele: -O que devemos faze? Vamos enterrar ou cremar? Ele responde:

da bebida! – Ela te

-Melhor fazer as duas coisas. Sabe como

largou? – Não,

é, a gente não pode facilitar!

foi atropelada por um caminhão da Brahma!

Como Enterrar sua Sogra Dois sujeitos conversando num bar: –

Morreu de Catarata

A minha sogra é uma tremenda de uma

Dois caipiras se encontram. – Você

jararaca! Quando ela morrer eu vou enterrá-la

soube que o Belarmino morreu?

de bruços! – De bruços!? – espanta-se o outro.

– pergunta o primeiro. – Não! Morreu de quê? –

– Pra quê? – Não quero correr o risco de ela acordar

Catarata! – Catarata? Mas que eu saiba catarata não

e tentar sair cavando!

mata! – É… mas empurraram ele!

piadascurtas.com.br


FIQUE SABENDO |

crazy coffins. Pessoas são malucas, até mesmo na hora da morte. A prova disso é que até em um dos eventos mais solenes da sociedade ocidental, o funeral, tem gente que resolve “inventar moda” e mudar o clima de reverência com algo que alguns alegam ser obra de arte, mas para quem vê de fora soa como humor negro. Pensando em suprir essa demanda extremamente segmentada e incomum — funerais com um toque de maluquice — que a empresa Crazy Coffin ganhou seu espaço no mercado. A especializada em caixões “personalizados” foge do senso comum e constrói em qualquer formato o que outrora eram caixas de madeira em formato hexagonal. “Eu não acho que haja nada que não possamos fazer”, disse David Crampton, diretor geral da empresa em uma entrevista. “Os clientes são os designers, só apenas fazemos o que eles pedem. Nós dizemos às pessoas: ‘Há uma escolha nessa decisão final’” rolhas.


Não é de hoje que o enterro não é considerado a forma mais ecológica de lidar com os corpos daqueles que já não estão mais entre nós, mas sabendo da resistência das pessoas em optar por outros rituais, como a cremação, a artista sul-coreana Jae Rhim Lee desenvolveu uma maneira de reduzir o impacto

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ambiental dos corpos enterrados: vesti-los com traje funerário especial feito de cogumelos.

itens de série. Nenhum outro seguro tem tantos

A roupa, confeccionada em algodão orgânico, é bordada com

fios que contém esporos – uma espécie de célula reprodutora

– de shiitake e cogumelo ostra, que estão sendo desenvolvidos por Lee, no laboratório do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, para comer todas as partes do corpo humano – incluindo unhas e cabelo –, sem deixar toxinas.

A ideia da artista é que, antes de serem enterrados com o traje funerário, os corpos sejam “banhados” com um fluido embalsamador orgânico, rico em nutrientes, que ajuda os cogumelos a se desenvolver e iniciar seu “banquete”. Lee ainda não divulgou quanto tempo, exatamente, os fungos demoram para comer todo o cadáver, mas garante que, ao final do processo, sobrarão apenas os ossos do defunto – que deve ser exumado para dar lugar a novos corpos.

Por enquanto, a roupa funerária é, apenas, um protótipo, mas Lee já testou, na prática, a eficiência dos cogumelos decompositores. Sabe como? A artista cultiva os fungos que cria no MIT na sua casa e os alimenta com unhas, cabelo e pedacinhos de pele e carne do seu próprio corpo. Isso é que é dar o sangue por uma invenção, não?

Seguro MAPFRE AutoMais

É diferente porque é feito por motoristas como você. Por isso, ele é totalmente flexível e oferece as melhores condições de franquias e coberturas. Com ele, você conta com Indenização Garantida em 5 Dias Úteis, Defensor do Segurado, Assistência 24 Horas e condições exclusivas para o setor funerário. Resumindo: quando o seguro é feito por pessoas que se preocupam com você, não tem como não gostar.

(14) 3815-4057 ou (14) 3814-8007

A seguradora diferente.


INFORME SINDINEF |

CCT 2014-2015 Os valores para a Convenção Coletiva de Trabalho 2014-2015 foram acordados entre o SINDINEF e o SINEF (Sindicato dos Empregados em Funerárias, Cemitérios e Congêneres do Estado de Minas Gerais) no dia 13 de maio de 2014, em Reunião de Mediação realizada na Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região/MG.

Após discussão e oitiva das partes em separado, chegou-se ao seguinte consenso: �

Reajuste do piso da categoria da Classe “A”

para R$ 762,00 (setecentos e sessenta e dois reais); �

Reajuste de 7% para as classes “B” e “C”;

Alteração no valor do Vale Alimentação

para R$ 10,50; �

Os empregados que já recebem a parte fixa

do salário cujo valor ultrapasse a categoria “C”, terão

As diferenças da correção salarial retroativas

a 1º de março, serão pagas na folha de pagamento de junho; �

Os reajustes concedidos espontaneamente

após a data base serão deduzidos dos percentuais acima.

nº nº41 42| |Ano AnoVIII VIII|a|jbr un I I ma j uli 2014 2014

o reajuste de 6,5%;

O conteúdo integral da Ata de Audiência para Reunião de Mediação, pode ser encontrada em nosso site: www.sindinef.com.br

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SINDINEF

Praรงa da Liberdade /BH

O Sindicato de Minas Gerais

ASSOCIE-SE E FAร A PARTE

DO GRUPO DE EMPRESAS QUE TRABALHAM PELO FORTALECIMENTO DO SETOR


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