SAÚDE E BEM-ESTAR nº 309 - Outubro 2020

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NÚMERO 309 MENSAL OUTUBRO 2020

QUEDA DE CABELO E ALOPECIA

ALIMENTAÇÃO INTUITIVA

CAUSAS E SOLUÇÕES

O QUE É?

DIABETES

COMPLICAÇÕES A PREVENIR

COLESTEROL FACTOS E MITOS

FISIOTERAPIA TRATAMENTOS PARA

PREÇO CONTINENTE

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DORES, PERDA DE MOBILIDADE, LESÕES E MUITO MAIS


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[SUMÁRIO SAÚDE] Siga-nos em www.saudebemestar.com.pt Textos redigidos ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico ESPECIAL FISIOTERAPIA

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Fisioterapia: solução para muitos problemas ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL

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Como travar a osteoartrose

ENDOCRINOLOGIA Complicações da diabetes: vigiar para prevenir

24

NUTRIÇÃO Alimentação intuitiva: como a vai ajudar a viver sem dietas

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GERIATRIA

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Envelhecimento é um processo natural

22

Osteoporose: consequência da menopausa

24

Complicações da diabetes: vigiar para prevenir

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Reforço do sistema imunitário

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Colesterol: factos e mitos

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Alopecia: causas e soluções

38

Dermopigmentação capilar

REUMATOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

ESPAÇO AMPLIPHAR CARDIOLOGIA TRICOLOGIA ESPAÇO SCALP MICRO PORTUGAL NUTRIÇÃO

42

Alimentação intuitiva: como a vai ajudar a viver sem dietas

44

É dador de sangue? Tenha estes cuidados com a alimentação

ESPECIAL FISIOTERAPIA Fisioterapia: solução para muitos problemas

6

NUTRIÇÃO

FISIOLOGIA

46

Dar sangue: dúvidas frequentes

48

Tosse: defesa do organismo

50

Impactos das práticas de desinfeção na saúde pública

52

Amamentação: vivências, vantagens e regresso ao trabalho

54

Chantagem sexual: não siga esse caminho

56

Cães e gatos: remédio para a alma

FISIOLOGIA PREVENÇÃO

MULHER

SEXOLOGIA

PSICOLOGIA

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Num mundo tão volátil como o que vivemos atualmente, é importante as empresas e colaboradores estarem cada vez mais próximos e comunicarem de forma aberta e contínua INÊS VELOSO, diretora de Marketing e Comunicação da Randstad

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As rubricas designadas por ESPAÇO são da exclusiva responsabilidade das empresas, marcas ou autores mencionados. Estatuto editorial em www.saudebemestar.com.pt

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7 questões sobre atividade física e exercício na diabetes

CARDIOLOGIA Colesterol: factos e mitos

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FITNESS


[SAÚDE OBSERVAÇÃO]

DERMATITE ATÓPICA EM PORTUGAL

PROTEÇÃO ESPECIAL PARA DOENTES COM CARDIOPATIA

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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA (SPC), em conjunto com a Associação Portuguesa da Intervenção Cardiovascular (APIC) e a Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE), elaborou um documento científico no qual defende o dever de proteção especial para doentes com cardiopatia como medida de prevenção contra a infeção COVID-19. O objetivo do documento é definir as situações de maior risco, relativamente aos doentes portadores de doença cardiovascular durante a pandemia. A infeção COVID-19 apresenta complicações mais graves em doentes com mais idade (mais de 60 anos) e cujo quadro clínico apresente outras comorbilidades. Em particular, verifica-se maior risco de complicações e de mortalidade nos portadores de doença cardiovascular. “Embora os estudos que mostraram uma associação entre a doença cardiovascular e maior risco de complicações e de mortalidade nos doentes com infeção COVID-19 não definam a doença cardiovascular de risco elevado, a SPC considera de extrema importância proteger os doentes portadores de doença cardíaca de risco elevado, cuja a atividade profissional não seja passível de teletrabalho, devendo assim beneficiar deve de proteção especial”, defende Victor Gil,

presidente da SPC. “Esta questão é particularmente importante porque, sendo uma sociedade científica, a SPC tem sido questionada múltiplas vezes relativamente à definição de situações cardiovasculares de elevado risco que possam servir como orientadoras para os cardiologistas, mas também para as outras especialidades médicas”, acrescenta. Assim, e apesar da ausência de evidência científica sobre estas formas de doença cardiovascular que se associam a maior gravidade/mortalidade na infeção COVID-19, este documento, que é um documento de consenso desenvolvido por vários peritos de várias áreas da Cardiologia, permite identificar as doenças cardíacas com risco mais significativo associado à infeção por SARS-CoV2. São elas: cardiopatia sintomática (NYHA, CCS, EHRA ≥2); status após transplante cardíaco; doença cardíaca a aguardar intervenção percutânea/cirurgia; enfarte agudo miocárdio ou cirurgia cardíaca há menos de 1 ano; status após CDI/ CRT; angioplastia coronária há menos de 3 meses; doença valvular grave; disfunção sistólica ventricular esquerda grave (FEVE<40%); miocardiopatias e canalopatias; hipertensão pulmonar grave (PSAP>50 mmHg); e cardiopatia congénita do adulto não corrigida.

A infeção COVID-19 apresenta complicações mais

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graves em doentes com mais idade e cujo quadro

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clínico apresente outras comorbilidades; em particular, verifica-se maior risco de complicações nos portadores de doença cardiovascular

Estima-se que a dermatite atópica custe todos os anos cerca de mil milhões de Euros aos doentes e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este valor está relacionado com produtos e serviços de saúde (urgências, consultas e medicamentos), bem como deslocações e tratamentos complementares. Grande parte do valor é totalmente suportado pelos doentes (800 milhões de Euros). O impacto desta doença inflamatória crónica da pele na sociedade portuguesa inclui ainda custos indiretos relacionados com absentismo laboral e perda de produtividade.

NOVO CURSO PARA OSTEOPATAS No ano em que Portugal forma os primeiros osteopatas licenciados, o Instituto Piaget acaba de criar um curso para os atuais profissionais que estão a exercer ao abrigo de uma cédula provisória. Estes osteopatas têm dois anos para regularizar a sua situação. O curso está disponível nos polos de Silves e Vila Nova de Gaia, sendo lecionado pelo corpo docente da licenciatura em Osteopatia do Instituto Piaget.



[ESPECIAL FISIOTERAPIA]

Fisioterapia SOLUÇÃO PARA MUITOS PROBLEMAS

SE SOFREU UMA LESÃO DURANTE A ATIVIDADE FÍSICA, SE SENTE DORES NA COLUNA VERTEBRAL, SE PERDEU MOBILIDADE APÓS UMA FRATURA OU OUTRA LESÃO, SE APRESENTA ALTERAÇÕES POSTURAIS E A DOR E O CANSAÇO SÃO UMA CONSTANTE, SE É UMA PESSOA PREOCUPADA COM A SUA SAÚDE, ENTÃO PODERÁ ENCONTRAR NA FISIOTERAPIA A SOLUÇÃO PARA MUITOS DOS SEUS PROBLEMAS.

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FISIOTERAPIA É UTILIZADA para prevenir ou reduzir a rigidez articular e restaurar a força muscular, no tratamento da artrite ou após a consolidação de uma fratura. É, igualmente, utilizada para reduzir dores, inflamações e espasmos musculares e para exercitar as articulações e os músculos após um acidente vascular cerebral ou uma lesão dos nervos. Os métodos de tratamento utilizados pelos fisioterapeutas incluem exercícios, que podem ser ativos ou passivos, a massagem, o tratamento pelo calor, o frio, a água (hidroterapia) e a estimulação elétrica nervosa transcutânea. A fisioterapia ocupa-se, também, de outros problemas, como a manutenção

da capacidade respiratória, em pessoas que sofrem de insuficiência da função pulmonar, ou da prevenção e tratamento de complicações pulmonares, na sequência de intervenções cirúrgicas. Os fisioterapeutas intervêm, também, no tratamento de doenças respiratórias graves, como a bronquite crónica, e nos cuidados relativos às necessidades respiratórias de doentes que estejam ligados a ventiladores ou em pós-operatório de uma grande cirurgia. A hidroterapia é uma componente muito importante da Fisioterapia. Inclui a prática de exercícios dentro de água, banhos em jaccuzis e duches. As pessoas que não conseguem apoiar-se completamente num membro, por exemplo, podem exercitar-se, de modo mais completo e eficaz, numa pis-

cina de reabilitação. A sustentação proporcionada pela água permite um maior leque de movimentos e uma maior utilização do membro afetado, sem grande incómodo para o doente. ESTRATÉGIA CONSISTENTE A fisioterapia presta serviços a pessoas e populações, com o fim de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional, através de todo o ciclo de vida. A especialidade inclui a prestação de serviços em circunstâncias em que o movimento e a função estão ameaçados pelo processo de envelhecimento, por lesão ou doença. Movimento completo e funcional encontram-se no âmago do significado de ser saudável.


A fisioterapia intervém em numerosas vertentes da saúde humana, razão

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cada vez mais vasta de patologias

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complemento terapêutico numa gama

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pela qual deve ser considerada como


[ESPECIAL FISIOTERAPIA] A fisioterapia envolve a interação entre fisioterapeutas, doentes, famílias e prestadores de cuidados, num processo de avaliação do potencial de movimento e no estabelecimento de objetivos e metas, usando conhecimentos e competências únicos dos fisioterapeutas. A visão diferente do corpo e das suas necessidades de movimento e potencial, pelo fisioterapeuta, é fulcral na determinação do seu diagnóstico e estratégia de intervenção e é consistente qualquer que seja o ambiente onde pratica. Estes espaços variarão consoante a fisioterapia seja praticada numa perspetiva de promoção de saúde, prevenção, tratamento ou reabilitação. ETAPAS DO TRATAMENTO A fisioterapia é o serviço prestado exclusivamente pelo fisioterapeuta e inclui avaliação, diagnóstico, planeamento, intervenção e reavaliação. 4 A avaliação inclui o exame, através recolha de dados, de indivíduos ou grupos, com reais ou potenciais diminuições, limitações funcionais, incapacidades ou outras condições de saúde, utilizando testes e medições e avaliando o resultado do exame através de análise e síntese, no contexto de um processo de raciocínio clínico.

LESÕES DESPORTIVAS Quer sejamos velhos ou novos, a atividade física deve ser parte integrante do nosso dia a dia. Como forma alternativa à rotina, ao sedentarismo e ao stress, o desporto de lazer ou de competição representa para todos nós a busca de prazer, beleza e saúde. Sendo o corpo humano – e, principalmente, o sistema musculoesquelético – o objeto privilegiado de todos os desportos ou da atividade física, pode ser sujeito a uma série de inconvenientes de ordem física. A maioria das lesões desportivas são resultado de um traumatismo “externo”, de forças dinâmicas internas ou de um esforço de sobre uso. Conhecer as suas causas e mecanismos será a melhor forma de as evitar e controlar.

SE TEM UMA LESÃO Sempre que sentir dor, diminuição de força, instabilidade ou tensão muscular intensa, procure imediatamente um profissional de saúde, para avaliar o grau de gravidade da sua lesão, aconselhar e prestar os primeiros cuidados. Saiba que os cuidados a ter nas primeiras 48 horas após uma lesão – rutura muscular ou ligamentar, entorse, traumatismo, etc. – são determinantes para uma recuperação mais rápida e eficiente. Assim, nas primeiras 48 horas:

DEVE FAZER 4 REPOUSO – Parar toda a atividade que provoque aumento de dor ou outra sintomatologia. 4 GELO – Aplicar na região lesada, durante 15 minutos, de 3 em 3 horas. 4 COMPRESSÃO – Comprimir a região lesada, de modo a controlar o edema e o derrame. 4 ELEVAÇÃO – Elevar a zona lesada, de modo a facilitar a circulação sanguínea de retorno. 4 AVALIAÇÃO/DIAGNÓSTICO – Procure imediatamente um profissional de saúde qualificado no despiste, tratamento e aconselhamento destas situações.

NÃO DEVE FAZER

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4 CALOR – Promove a vasodilatação, aumentando o derrame. 4 ÁLCOOL – Não deve ingerir bebidas alcoólicas, porque o álcool é um potente vasodilatador.

4 MASSAGEM – Aumenta o edema e o derrame, sendo agressiva para os tecidos em cicatrização. 4 ATIVIDADE – Solicitar demasiado cedo as estruturas pode agravar a situação. Para retomar a atividade desportiva de forma segura, não basta estar completamente recuperado da sua lesão. É essencial readquirir força, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio, coordenação e segurança emocional, para uma prática saudável do exercício físico.

COMO É QUE A FISIOTERAPIA PODE AJUDAR? O fisioterapeuta é um profissional de saúde qualificado na prevenção, avaliação e tratamento das lesões dos tecidos moles. Com conhecimentos de biomecânica, patologia tecidular, fisiologia da reparação e, muitas vezes, com prática em equipas desportivas, os fisioterapeutas estão habilitados a fazer: 4 Despiste, aconselhamento, prevenção e tratamento das lesões de natureza traumatológica e ortopédica; 4 Programas de exercícios adequados de aquecimento, alongamento, flexibilidade e fortalecimento; 4 Imobilizações com objetivos terapêuticos ou de prevenção; 4 Seleção de materiais adequados para a prática desportiva, como, por exemplo, a escolha do calçado; 4 Planos de cuidados e de integração progressiva na actividade desportiva.



[ESPECIAL FISIOTERAPIA] LIGADURAS FUNCIONAIS A ligadura funcional é um meio de imobilização, em que são utilizados materiais adesivos, geralmente aplicados diretamente sobre a pele. Tem por fim proteger as estruturas lesionadas, para assim acelerar a sua cicatrização. Com a ligadura funcional, só os movimentos que agravam a lesão são limitados, tendo a vantagem de permitir os movimentos não prejudiciais. A ligadura funcional só deverá ser colocada por profissionais tecnicamente habilitados. Os fisioterapeutas são dos profissionais que melhores condições têm para o fazer, dada à sua qualificação na avaliação e tratamento dos tecidos moles e o seu profundo conhecimento da anatomia e movimento humanos.

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

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4 O diagnóstico atinge-se a partir do exame e avaliação e

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representa o resultado do processo de raciocínio clínico. Pode ser expresso em termos de disfunção do movimento ou pode enquadrar-se em categorias de diminuições, limitações funcionais, capacidades/incapacidades ou síndromas. Durante o processo de diagnóstico, o fisioterapeuta pode necessitar de informação adicional de outros profissionais. Se o processo de diagnóstico levar a conclusões que não se encontrem no seu espetro do conhecimento e experiência profissional, o fisioterapeuta deverá enviar o doente para outro profissional de saúde mais adequado. 4 O planeamento inicia-se com a determinação da necessidade de intervenção e, de uma maneira geral, conduz ao desenvolvimento de um plano de intervenção, incluindo resultados objetivos e mensuráveis. Pode também conduzir à referência a casos em que a fisioterapia não seja apropriada. 4 A intervenção é implementada e modificada, por forma a serem atingidos os objetivos planeados e pode incluir manuseamento; estimulação de movimento; agentes físicos de eletroterapia ou mecânicos; treino funcional; fornecimento de ajudas técnicas; ensino e aconselhamento ao doente; documentação e coordenação; e comunicação. A intervenção pode, também, ser dirigida a prevenção de diminuições, limitações funcionais, incapacidades e lesões, incluindo a promoção e manutenção da saúde, qualidade de vida, em todas as idades e populações. 4 A reavaliação implica que o doente seja re-examinado, com o objetivo de avaliar os resultados.

Algumas técnicas utilizadas na fisioterapia respiratória têm sido, ao longo dos tempos, utilizadas por outros profissionais, de forma empírica, o que tem levado a um certo descrédito sobre a eficácia desta especialidade no atendimento de determinadas patologias respiratórias. No intuito de esclarecer quaisquer dúvidas ainda existentes, vejamos algumas questões sobre as quais importa fazer luz: 4 A fisioterapia respiratória é uma técnica simples, que atua de modo auxiliar ao médico, na atenção aos doentes pneumopatas. No entanto, só pode ser exercida por um profissional fisioterapeuta, devidamente licenciado. 4 A percussão é um recurso fisioterapêutico, que dispõe de diversas técnicas para sua execução e que tem como objetivo descolar o muco que se encontra aderido à parede brônquica, “conduzindo-o”, assim, para vias aéreas mais centrais. 4 A drenagem postural bronco-seletiva é uma técnica fisioterapêutica na qual o paciente é colocado, após minuciosa auscultação pulmonar pelo fisioterapeuta, em determinadas posições – geralmente, de cabeça para baixo – e que, juntamente com outras técnicas, auxilia o muco a deslocar-se para as vias aéreas mais centrais, ajudado pela ação da gravidade. 4 O exercício diafragmático consiste em ensinar o paciente a inspirar profundamente, enchendo o mais possível os pulmões. Quando executado em posturas inadequadas, o exercício diafragmático leva a um aumento do trabalho respiratório. O paciente que ficou muito tempo respirando de forma incorreta não irá conseguir respirar com o diafragma sem uma adequada estimulação propriocetiva 4 A todo paciente pneumopata acamado devem ser ensinados exercícios respiratórios, com o intuito de amenizar as complicações advindas da imobilidade.


Fisioterapeutas CREDENCIADOS Atualmente, existe uma vasta oferta de serviços de fisioterapia; no entanto, este facto não significa que a fisioterapia que se pratica em todos os centros e clínicas seja exatamente igual e de qualidade. Hoje, as dificuldades socioeconómicas são demasiado evidentes, o que leva a população a procurar as soluções mais acessíveis, ignorando o fator qualidade. Apesar da existência destes fatores tão limitativos, os utentes devem procurar ser cada vez mais exigentes com a sua saúde e buscar sempre cuidados e serviços de qualidade. Um dos fatores que mais concorrem para o défice de qualidade é a falta de profissionais qualificados nas clínicas. Um fisioterapeuta é um profissional de saúde, licenciado e credenciado, detentor de uma cédula profissional emitida pelo Ministério da Saúde. Estimam-se em cerca de 14.000 os fisioterapeutas credenciados a exercer no nosso país. Certifique-se que está na presença de um!

ONDE SE PRATICA A FISIOTERAPIA? A fisioterapia é parte essencial dos sistemas de saúde. Os fisioterapeutas podem praticar independentemente de outros profissionais de saúde e, também, no contexto de programas e projetos interdisciplinares de reabilitação, com o objetivo de restaurar a função e a qualidade de vida, em indivíduos com perdas ou alterações de movimento. A fisioterapia é prestada numa grande variedade de locais, que lhe permitam cumprir os seus objectivos. O tratamento e reabilitação ocorrem, usualmente, nas seguintes instituições: 4 Hospitais; 4 Centros de reabilitação; 4 Lares; 4 Clínicas ou gabinetes privados; 4 Cuidados de Saúde Primários: Centros de Saúde, domicílios, apoio à comunidade; 4 Centros de Educação e Investigação.

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[ESPECIAL FISIOTERAPIA] No âmbito da prevenção e promoção da saúde, a fisioterapia é mais frequentemente praticada nos seguintes locais (podendo, no entanto, fazer parte integral do tratamento e reabilitação prestados nos locais já mencionados): 4 Centros ou Serviços de Saúde Ocupacional; 4 Escolas; 4 Centros de dia para idosos; 4 Clubes ou pavilhões desportivos; 4 Empresas/locais de trabalho; 4 Termas; 4 Outros locais de promoção da saúde. Por outras palavras: a fisioterapia intervém, atualmente, em numerosas vertentes da saúde humana – muitas mais do que aquelas que seria possível detalhar num único artigo –, razão pela qual deve ser considerada como alternativa ou complemento terapêutico, numa gama cada vez mais vasta de patologias.

NA DOENÇA DE PARKINSON Na doença de Parkinson, as células de uma parte do cérebro começam a morrer, por um motivo até hoje desconhecido, levando à diminuição de um neurotransmissor conhecido por dopamina. A falta desta substância leva a alterações no funcionamento do cérebro, causando interferências nos movimentos normais do paciente e dificultando a realização de suas atividades. Assim, é necessário fazer fisioterapia, para melhorar a manifestação destes sintomas e, consequentemente, a movimentação dos pacientes. A fisioterapia trabalha os movimentos dos

pacientes com doença de Parkinson, possibilitando que eles próprios realizem as suas atividades do dia a dia. Infelizmente, a fisioterapia não é capaz de curar os sintomas nem de impedir que a doença progrida, mas é capaz de manter a boa movimentação do paciente e atrasar o agravamento do quadro motor. Além de agravar os sintomas da doença, a falta de movimentação do paciente leva à fraqueza e a encurtamentos musculares, que também aumentam a dificuldade do paciente se movimentar. Quando o paciente fica parado, a sua cir-

culação também piora, levando a problemas como o inchaço nas pernas e a trombose venosa profunda (entupimento dos vasos sanguíneos das pernas). A respiração também é prejudicada, fazendo com que menos ar entre nos pulmões e as secreções pulmonares se acumulem nos espaços onde deveria entrar o ar, aumentando o risco dos pacientes sofrerem pneumonia. Por tudo isso, é fundamental que os doentes de Parkinson façam fisioterapia, evitando as complicações da imobilidade e melhorando a sua qualidade de vida.

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A hidroterapia é uma componente muito importante da fisioterapia; as pessoas que não conseguem apoiar-se completamente num membro, por exemplo, podem exercitar-se, de modo mais completo e eficaz, numa piscina de reabilitação

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[ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL]

Como travar a

OSTEOARTROSE A GLUCOSAMINA E A CONDROITINA, DUAS SUBSTÂNCIAS NATURAIS, SÃO EFICAZES NA REDUÇÃO DA DOR ARTICULAR E NA MELHORIA DA MOBILIDADE. O SELÉNIO, UM MICRONUTRIENTE ESSENCIAL, TEM UMA FUNÇÃO PROTETORA.

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M DOS INCONVENIENTES DA IDADE é a osteoartrose, que consiste na deterioração progressiva da cartilagem articular, provocando dores e alteração do funcionamento articular na população idosa. A boa notícia é que, agora, é possível combater este problema sem recorrer a medicamentos sintéticos. A associação de duas substâncias naturais, glucosamina e condroitina, tem precisamente o mesmo efeito de alívio da dor que os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. RECUPERA A CARTILAGEM Na verdade, alguns estudos mostraram que a glucosamina tem um efeito ainda melhor do que os anti-inflamatórios não esteroides – AINE –, o tipo de anti-inflamatório mais usado no tratamento da osteoartrose. Contudo, o que é realmente interessante é que a glucosamina é o único tratamento que, até ao momento, conseguiu travar a progressão da osteoartrose. Alguns especialistas consideram até que a glucosamina pode recuperar parte da cartilagem degradada. Contrariamente aos medicamentos sintéticos, que apenas aliviam a dor, a glucosamina favorece a formação de cartilagem saudável pelo próprio organismo.

SUBSTÂNCIAS NATURAIS A glucosamina é extraída do marisco, normalmente do camarão. A casca dos crustáceos contém certas moléculas de açúcar, biologicamente ativas, que servem de “constituintes” naturais na cartilagem. São conhecidas por glucosaminoglicanos e são usadas na formação de tecido cartilagíneo no organismo. A glucosamina, com o seu teor de glucosaminoglicanos, é uma espécie de kit de reparação para reparar a deterioração já ocorrida na cartilagem articular. Como já foi referido, há quem defenda que pode recuperar a cartilagem degradada, mas a única documentação atualmente disponível apenas indica que pode travar a progressão da deterioração. MELHOR EFEITO COM SELÉNIO? Recentemente, a ciência tem-se concentrado no selénio, um oligoelemento essencial que, ao que tudo indica, tem importância na fase inicial da osteoartrose. Num estudo americano, com 940 participantes, investigadores concluíram que as pessoas com os níveis mais elevados de selénio apresentavam uma redução de 40% do risco de desenvolver osteoartrose do joelho, quando comparando com as pessoas que tinham níveis mais baixos. Dado o baixo teor de selénio nos solos europeus, os cereais cultivados em Portugal são, também eles, pobres em selénio. EFICAZ PARA OS JOELHOS O efeito positivo do sulfato de glucosamina parece ser especialmente percetível na osteoartrose do joelho, a articulação mais frequentemente afetada. Em estudos publicados, em que um grande número de doentes tomou sulfato de glucosamina ou “comprimidos inertes” com placebo inativo, os do grupo de sulfato de glucosamina apresentaram manifestos sinais de melhoria.

O efeito positivo do sulfato de glucosamina parece ser especialmente percetível na osteoartrose do joelho, a articulação mais frequentemente afetada 14



[SAÚDE GERIATRIA]

Envelhecimento É UM PROCESSO NATURAL

O ENVELHECIMENTO É UM PROCESSO DE ALTERAÇÕES FÍSICAS E MENTAIS QUE OCORRE EM TODAS AS PESSOAS, COM O PASSAR DO TEMPO. É, CONTUDO, UM PROCESSO NATURAL, COM O QUAL HÁ QUE APRENDER A CONVIVER.

O

S GERIATRAS AINDA NÃO chegaram a um acordo quanto aos processos biológicos subjacentes ao envelhecimento. Entre as muitas teorias, destacam-se o conceito de desgaste modelar – com o passar do tempo, os mecanismos de replicação celular tornam-se mais falíveis e começam a surgir os “erros”; a teoria da acumulação de toxinas – o corpo é gradualmente envenenado pela acumulação de substâncias químicas, que vai perdendo a capacidade de expelir convenientemente; e a teoria da falência imunológica – haverá um declínio progressivo no sistema imunitário, sistema de deteção e destruição de microrganismos e tumores em desenvolvimento. Seja qual for a teoria, o que é certo é que o envelhecimento provoca degenerescência em vários órgãos e tecidos, como a pele, os ossos, as articulações, os vasos sanguíneos e o tecido nervoso. Estas alterações podem, ainda, ser aceleradas por fatores como o tabaco, o consumo excessivo de álcool, uma alimentação deficiente, exercício físico insuficiente e exposição excessiva da pele à luz solar intensa, entre muitos outros. FATORES GENÉTICOS No entanto, a existência de pessoas com mais de 90 anos, ainda saudáveis e em boas condições físicas e mentais, que fumaram e consumiram álcool durante toda a vida, mostra que os fatores genéticos são determinantes da esperança de vida. Tal como a altura de um indivíduo é condicionada pela interação da sua alimentação e do ambiente em que vive com o potencial genético herdado dos progenitores, também o tempo de vida depende, em grande parte, da hereditariedade. ALTERAÇÕES ESPERADAS À medida que as pessoas envelhecem, descobrem que a sua capacidade física declina, embora não tanto como, por vezes, se julga. Uma pessoa de 60 anos que sempre praticou exercício físico pode manter cerca de 80% da força física e da resistência que tinha aos 25 anos. Contudo, o declínio natural das funções respiratórias, a partir dos 60 anos aproximadamente, limita o exercício físico. A cicatrização de feridas e a resistência a infeções também declina. A atividade sexual, a partir dos 60 anos, é muito variável. A 16

abstinência prolongada contribui para a falta de libido e diminuição de potência, enquanto aqueles que sempre se mantiveram sexualmente ativos podem nunca experimentar um declínio na sua vida sexual. Tal como acontece com a prestação física, algumas das capacidades mentais deterioram-se com a idade. A grande maioria das pessoas com mais de 60 anos tem perdas de memória benignas – redução da memória recente –, tornando-se-lhes mais difícil fixar nomes ou números de telefone, por exemplo. Muitas pessoas acham esta mudança assustadora, mas, de facto, cerca de 80% dos seniores, com mais de 80 anos, mantêm-se intelectualmente válidos. O ENVELHECIMENTO E A SOCIEDADE No último terço do século XX, ocorreram mudanças drásticas na estrutura etária das sociedades ocidentais, devido à acentuada diminuição da mortalidade infantil. Hoje, poucos adultos com menos de 50 anos morrem de doença – a morte acidental é, atualmente, muito mais frequente nos adultos jovens do que a morte por doença. Assim, aumentou substancialmente a proporção de pessoas que vivem para além dos 65, bem como a proporção das que vivem para além dos 75 anos. Todavia, cerca de um terço das pessoas com mais de 75 anos sofrem de doenças que restringem, de alguma forma, a sua vida quotidiana. ENVELHECIMENTO ÓRGÃO A ÓRGÃO À medida que se envelhece, o corpo humano passa por uma série de modificações biológicas. Os tecidos tornam-se menos elásticos, fazendo com que a pele enrugue e as articulações fiquem mais rígidas. Os ossos enfraquecem e tornam-se mais propensos e fraturas. Os sentidos deterioram-se: a audição torna-se menos aguda, a visão menos penetrante e o equilíbrio menos estável. A memória de curto prazo fica menos segura. O organismo revela-se, em geral, mais suscetível às infeções. Porém, a falta de saúde e a redução da vitalidade não têm necessariamente de acontecer. Uma boa alimentação e exercícios regulares podem retardar as modificações físicas da idade avançada, enquanto que as modificações mentais podem ser combatidas mantendo o interesse por novas ideias e pelo mundo que nos rodeia.


As pessoas que mantiveram o corpo em boas condições e não são doentes poucos sinais de envelhecimento apresentam até aos 60 anos. Aos 70, ainda há quem se sinta capaz de correr a maratona e levar uma vida intelectual ativa. Vejamos como cada sistema do corpo humano pode ser afetado pela idade: 4 Cérebro e sistema nervoso – A redução do fluxo sanguíneo no cérebro e a perda de células nervosas debilitam a memória. 4 Coração e circulação – O coração torna-se menos eficiente e a pressão sanguínea tende a aumentar. A circulação é mais lenta. O exercício tem de ser pouco intenso. 4 Pulmões – Os pulmões tornam-se menos elásticos e, deste modo, menos eficientes. Aos 75 anos, a eficiência dos pulmões é 40% menor do que aos 30.

4 Fígado – As toxinas presentes no sangue não são tratadas pelo fígado com tanta eficácia. Os mais idosos toleram menos o álcool. 4 Articulações – As articulações tornam-se mais rígidas, provocando um decréscimo da mobilidade. 4 Ossos – Com a idade, os ossos perdem densidade. Nas mulheres, o decréscimo da produção de estrogénios, após a menopausa, acelera o processo. À medida que os ossos perdem densidade, tornam-se mais suscetíveis às fraturas. 4 Músculos – Os músculos começam a perder volume e força. 4 Alterações da pele – A pele dos idosos possui menos fibras de colagénio – que dão à pele a sua elasticidade –, o que a torna mais sujeita a ferimentos e lhe confere a aparência enrugada. 17


[SAÚDE GERIATRIA] Envelhecimento saudável 4 Estimule as faculdades mentais: estude ou leia. 4 Compense qualquer perda de memória a curto prazo, tomando apontamentos. 4 Mantenha uma dieta saudável. 4 Mantenha-se em forma, fazendo exercício físico regular. 4 Mantenha os sentidos apurados, através de aparelhos auditivos ou de óculos.

SEXUALIDADE MADURA A fisiologia e a patologia da sexualidade na idade sénior têm sido objeto de numerosos estudos nos últimos anos. Graças a eles, eliminaram-se numerosas ideias erróneas, preconceitos e outras tantas limitações cognitivas que se consideravam insuperáveis. Durante muito tempo, esteve generalizada a convicção de que o desejo erótico

e sua satisfação eram privilégio único e exclusivo da juventude. No entanto, não há razões objetivas para que a menopausa – com o fim da capacidade procriadora da mulher – e a andropausa – com a diminuição no homem da força e da resistência – marquem o começo da decadência do amor físico, o princípio de uma progressiva autoexclusão da intimidade com o/a companheiro/a.

A verdade é que a menopausa e andropausa representam para mulheres e homens, respetivamente, uma tempestade hormonal que atua, sobretudo na mulher, sobre o seu delicado mecanismo endócrino e que tem efeitos também na mente, modificando a relação entre esta e o corpo. Em contrapartida, também é verdade que, com a passagem dos anos, as necessidades sexuais não se desvanecem.

TENDÊNCIA PARA A DEPRESSÃO

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Uma perturbação que afeta com certa frequência os seniores é a depressão, que corresponde a algo mais do que um mero estado de tristeza e desânimo, provocado pelas perdas e pela aproximação da última etapa da existência. Quando os médicos falam de doença depressiva, referem-se a um estado no qual o desânimo e o baixo nível de humor são acompanhados por sintomas físicos, como a perda de peso, insónias, atraso psicomotor e perda subjetiva da concentração. Existem três grupos de fatores que

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estão relacionados, de forma direta, com a génese da depressão: os biológicogenéticos, os que derivam de doenças físicas e os de índole psicossocial. Por outro lado, alguns especialistas definiram o envelhecimento como uma época da vida na qual predominam as perdas: de familiares, de amigos, de estatuto social, de nível económico, de saúde, etc. A resposta normal perante estas perdas é a tristeza, que pode converter-se em depressão, quando existem problemas insuperáveis ou circunstâncias infelizes.



[SAÚDE GERIATRIA]

O QUE É A GERIATRIA? A Geriatria é a especialidade que se ocupa dos cuidados médicos dispensados aos idosos. Muitas doenças e anomalias que afetam os idosos podem aparecer em doentes de qualquer grupo etário, mas as pessoas de idade reagem de modo diferente à doença e ao tratamento. Por exemplo, o envelhecimento está associado a um progressivo declínio do funcionamento dos órgãos mais importantes – coração, pulmões, rins, fígado e cérebro. Consequentemente, uma infeção num desses órgãos ou noutra parte do corpo, que causaria uma doença sem importância num adulto jovem, pode ameaçar a vida de uma pessoa mais velha. Qualquer doença num idoso pode causar uma diminuição temporária, mas acentuada, dos processos mentais e pode mesmo levar a confusão e outros sintomas suscetíveis de serem, erradamente,

Com a menopausa, os órgãos genitais femininos começam a atrofiar-se e ocorre menor lubrificação, ao mesmo tempo que a diminuição da condução nervosa geral deixa as zonas erógenas menos sensíveis perante a estimulação. Esta modificação, porém, não constitui um obstáculo à

tomados por demência. Isto deve-se ao stress adicional a que o cérebro é submetido, durante a doença. Além disso, muitos medicamentos são eliminados do organismo pelo fígado ou pelos rins e, se estes órgãos estiverem afetados pelo envelhecimento, as dosagens usadas no tratamento podem ter de ser alteradas, para obviar a efeitos secundários perigosos. O geriatra é o médico que se especializou no diagnóstico e tratamento das doenças da população sénior. Tem um cuidado especial em não receitar doses excessivas de medicamentos e procura, também, não afastar o doente do seu ambiente familiar, a não ser que seja necessário hospitalizá-lo. O geriatra ocupa-se, igualmente, da preparação dos doentes para retomarem a sua vida normal, depois de saírem do hospital e prescreve as formas de reabilitação mais adequadas a cada caso.

continuação de uma vida sexual cheia de satisfação. Obstáculo, sim, é a atitude mental de renúncia, perante uma autoimagem cada dia menos sedutora, que a mulher adquire à medida que os anos passam. No que respeita ao homem, os estudos mais recentes demonstraram que a maior

Os seniores tem tendência para o sedentarismo e são poucos os que mantêm uma atividade física regular; a ausência de atividade constitui, por conseguinte, um fator que contribui para um maior número de complicações médicas

lentidão da funcionalidade orgânica é muito menos condicionante do que antigamente se pensava. No campo hormonal, as alterações são muito menos importantes nos homens do que nas mulheres. Atualmente, as modernas técnicas de diagnóstico e de tratamento das perturbações sexuais conduziram a grandes progressos. O endocrinologista e o ginecologista podem ajudar homens e mulheres a viver satisfatoriamente, em qualquer idade. As pessoas deveriam recorrer a estes especialistas com a mesma frequência com que recorrem ao médico de família. Desta forma, descobririam, por exemplo, que existem substâncias, de administração segura, que garantem uma ereção prolongada; ou que a terapia hormonal substitutiva dá bons resultados, tantos estéticos como funcionais, numa mulher madura, mantendo a tonicidade e a lubrificação dos órgãos sexuais. Tratam-se apenas de dois exemplos de tudo quanto a Medicina está em condições de oferecer.

Afaste o sedentarismo Os seniores tem tendência para o sedentarismo e são poucos os que mantêm uma atividade física regular. A ausência de atividade constitui, por conseguinte, um fator que contribui para um maior número de complicações médicas e uma maior mortalidade. O melhor remédio para fazer frente a esta situação é manter um certo grau de mobilidade. Assim, é importante estimular o sénior para a participação em atividades sociais. É preciso permitir que o sénior realize o máximo de atividade e evitar cair na tentação de sobreprotegê-lo. Deve manter, também, um ritmo de sono normal e evitar, na medida do possível, grandes períodos de sono diurnos.



[SAÚDE REUMATOLOGIA]

Osteoporose

CONSEQUÊNCIA DA MENOPAUSA EM OUTUBRO, ASSINALAM-SE O DIA MUNDIAL DA MENOPAUSA (A 18) E DA OSTEOPOROSE (A 20). A PROXIMIDADE DAS EFEMÉRIDES FAZ TODO O SENTIDO, UMA VEZ QUE A SEGUNDA É, FREQUENTEMENTE, CONSEQUÊNCIA DA PRIMEIRA.

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PESAR DE OSTEOPOROSE TAMBÉM AFETAR OS HOMENS, o risco maior incide nas mulheres menopáusicas. Assim, toda mulher na menopausa e pós-menopausa necessita de avaliação do risco de osteoporose. Para tal, é necessária a combinação de dados da história clínica, exame físico e também a realização do exame da densitometria óssea. As mulheres de raça caucasiana, as mais magras, as que fumam ou ingerem quantidades excessivas de álcool, tomam corticoesteroides, ingerem cálcio em pequenas quantidades ou têm uma vida sedentária, correm maior risco de sofrer desta doença. PERDA DE MASSA ÓSSEA Durante os primeiros cinco anos posteriores à menopausa, perde-se entre 3 e 5% de massa óssea por ano e, nos anos seguintes, entre 1 e 2% ao ano. As fraturas do punho são mais frequentes por volta dos 55 anos. Os esmagamentos vertebrais ocorrem principalmente entre os 60 e os 70 anos e traduzem-se por dores nas costas (crónicas ou agudas), diminuição da altura e aumento da curvatura da coluna. As fraturas do colo do fémur verificam-se, sobretudo, após os 75 anos. Outros pontos frequentes de fraturas são as clavículas, a bacia e a coxa.

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Como reconhecer a osteoporose?

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4 Ataca principalmente mulheres depois da menopausa; 4 É assintomática, ou seja, não provoca sintomas, por isso, quando ocorre uma fratura, é porque a osteoporose já está em estágio avançado; 4 Exige a máxima atenção por parte do médico, seja ele endocrinologista, reumatologista, ortopedista ou ginecologista.

Importante destacar que micro fraturas ocultas são comuns em mulheres na pósmenopausa e indicam um aumento no risco de três a cinco vezes de fraturas osteoporóticas. A presença de uma fratura vertebral significa um risco de 20% a mais para ocorrência de nova fratura. PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO Não se deve esperar pela primeira fratura para iniciar um tratamento. Uma das principais formas de prevenir fraturas osteoporóticas é através da ingestão de cálcio. Mas para haver uma correta absorção de cálcio é necessário vitamina D, que se adquire através da exposição solar ou da toma de suplementos.

Já existe tratamento farmacológico, que ajuda a reverter a perda da massa óssea, prevenindo, assim, as fraturas. Contudo, o melhor remédio é sempre a prevenção. Esta deve ser feita através da prática de atividade física e boa ingestão de cálcio e vitamina D, evitando simultaneamente o tabagismo e o álcool.

Formas de PREVENÇÃO 4 Evitar o tabaco; 4 Evitar bebidas alcoólicas em excesso; 4 Evitar o consumo excessivo de cafeína, chocolate e espinafres; 4 Realizar atividades físicas regularmente, em particular exercícios de carga, que reforcem os músculos; 4 Alimentar-se adequadamente com uma dieta à base de leite e derivados (gema de ovo e óleo de peixe também contêm vitamina D, essencial para absorver o cálcio); 4 Medir a densidade óssea, com a periodicidade que o médico indicar.



[SAÚDE ENDOCRINOLOGIA]

Complicações da

DIABETES VIGIAR PARA PREVENIR COM O PASSAR DO TEMPO, APROXIMADAMENTE 40% DOS DIABÉTICOS DESENVOLVEM COMPLICAÇÕES EM ÓRGÃOS E SISTEMAS DO CORPO HUMANO. O BOM CONTROLO METABÓLICO E O DIAGNÓSTICO PRECOCE SÃO AS PRINCIPAIS ARMAS PARA PREVENIR OU ATRASAR O INÍCIO DAS COMPLICAÇÕES.

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ÃO MÚLTIPLAS AS COMPLICAÇÕES que podem afetar o doente diabético, incidindo sobre variados órgãos e sistemas. Destacam-se as chamadas complicações microvasculares e macrovasculares. Comecemos pelas primeiras. COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES A diabetes é uma das principais causas de cegueira adquirida – por retinopatia e cataratas – e, também, de insuficiência renal, com necessidade de hemodiálise.

4 Retinopatia – É a perturbação ou diminuição da visão, por

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lesões dos pequenos vasos dos olhos. Algumas lesões nos vasos da retina são evidentes em 90% de todas as pessoas que têm diabetes há mais de 15 anos.

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4 Nefropatia – É a doença renal, provocada por lesão dos pequenos vasos sanguíneos dos rins. Calcula-se que 12% dos adultos com diabetes sofrem desta complicação. A nefropatia diabética é a primeira causa de insuficiência renal em Portugal e, consequentemente, uma das maiores causas de doença e morte prematura nos diabéticos.

4 Neuropatia – Trata-se de lesões dos nervos periféricos e/ou motores. A neuropatia leva, por vezes, a uma diminuição da sensibilidade, o que pode facilitar o aparecimento de feridas, úlceras e queimaduras nos pés. Pode, ainda, causar impotência sexual nos homens, por compromisso neurológico do pénis. Cerca de 40% a 50% das pessoas com diabetes são afetadas pela neuropatia.


Todos os perigos podem ser prevenidos, se o diabético conseguir ter um bom controlo da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos, se conseguir ter uma vida com bons hábitos alimentares e de exercício físico COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES A diabetes, mesmo ligeira, é um dos mais importantes fatores de risco de doença cardiovascular, a principal causa de morte no nosso país. A doença cardiovascular ataca o coração e os vasos sanguíneos. Assim, os diabéticos têm maior risco de doença coronária, manifestada por angina de peito ou enfarte do miocárdio, e de tromboses cerebrais. Além desta ameaça, a diabetes também acelera a aterosclerose nas pernas e pés, podendo levar à má circulação do sangue nos membros inferiores, a qual pode conduzir à gangrena e obrigar à amputação dos pés e pernas. A diabetes é, de resto, a principal causa não traumática de amputação dos membros inferiores. Os adultos diabéticos têm duas vezes mais probabilidades de serem hipertensos, do que os adultos saudáveis. OUTRAS COMPLICAÇÕES Os diabéticos são mais suscetíveis a infeções da boca e das gengivas, a infeções urinárias, infeções dos pés e, ainda, a infeções das cicatrizes depois de cirurgias, se os níveis de açúcar no sangue não estiverem bem controlados.

MEIOS DE PREVENÇÃO Todos estes perigos podem, contudo, ser prevenidos, se o diabético conseguir ter um bom controlo da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos, se conseguir ter uma vida com bons hábitos alimentares e de exercício físico, não fumar e tiver cuidado com a higiene e vigilância dos seus pés. Além disso, é necessária a vigilância oftalmológica periódica, sem a qual as lesões iniciais da retinopatia podem passar despercebidas. É, também, necessária a realização de análises periódicas, para pesquisa da microalbuminúria, que pode detetar o risco de lesão renal, além dos habituais exames ao sangue, para controlo da diabetes – hemoglobina A1c glicada –, dos lípidos – colesterol e triglicéridos – e da função renal – ureia e creatinina.


[ESPAÇO AMPLIPHAR ]

REFORÇO DO SISTEMA IMUNITÁRIO

São conhecidos os inúmeros benefícios para a saúde da Vitamina D, também designada como Vitamina do Sol. Apesar de Portugal ser um dos países mais ensolarados da Europa, estudos recentes comprovam que cerca de 65% da população portuguesa apresenta baixos níveis de Vitamina D no organismo. A vitamina D é produzida pela pele quando exposta ao sol, podendo também ser obtida através da dieta ou da suplementação. As fontes naturais mais ricas em vitamina D são os óleos de fígado de peixe. Os ovos, carne, leite e a manteiga também contêm pequenas quantidades de vitamina D.

A vitamina D é essencial no metabolismo e mineralização ósseos, sendo uma das principais responsáveis pelo controlo dos níveis de cálcio e fósforo. Tem também um papel importante no funcionamento dos músculos e no reforço do sistema imunitário. Recomenda-se uma ingestão diária entre 10 e 20 µg. A carência em vitamina D poderá agravar-se como consequência do recolhimento domiciliário e isolamento social aconselhados devido ao Covid-19.

Em busca de novas estratégias de intervenção para fazer face à pandemia, estão a decorrer alguns estudos sobre o eventual papel da vitamina D na resposta imunitária ao Covid-19. No combate ao risco de infeção por Covid-19, ganha especial importância reforçar o sistema imunitário. No caso particular da diabetes mellitus, o excesso de açúcar no sangue e o processo de inflamação mais acentuado, acarreta maior vulnerabilidade aos diabéticos, pois sobrecarrega e compromete a resposta do sistema imunitário. Uma vez comprometido, o sistema imunitário pode não conseguir dar os sinais de alarme da doença, podendo avançar rapidamente para quadros mais graves. Uma vez que os altos níveis de glicose associados à diabetes afetam o funcionamento do sistema imunitário, o controlo da glicémia constitui a medida mais eficaz para proteger os diabéticos de infeções. O crómio, em conjunto com a insulina, ajuda a transportar a glicose da corrente sanguínea para as células, onde esta constitui uma importante fonte de energia. Na falta de crómio, este processo não ocorre tão eficazmente, aumentando os níveis de glicose no sangue. Várias investigações referem a capacidade do crómio para regular as concentrações de açúcar no sangue, ajudando a promover o controlo da diabetes. Assim, “com os níveis de glicémia controlados, o risco de um diabético contrair Covid-19 é idêntico ao de uma pessoa saudável.” é um suplemento minerovitamínico com 200 µg de crómio, sob a forma de levedura de crómio, e 20 µg de vitamina D, adequado a diabéticos, que reforça o sistema imunitário.



Colesterol FACTOS E MITOS

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COLESTEROL ELEVADO, que a comunidade médica designa por hipercolesterolemia, é uma situação muito comum na população portuguesa, sendo que alguns estudos apontam para que 1 em cada 3 portugueses adultos tenham colesterol elevado. Nos últimos anos, assistimos a importantes avanços relativos a esta doença, com particular relevância para a sua estratificação de risco, com a definição de limites de normalidade progressivamente inferiores, e para o seu tratamento farmacológico, orientado para a redução dos valores de colesterol, sobretudo o dito “mau” colesterol ou colesterol LDL, tendo como objetivo último a prevenção da sua principal complicação, a doença coronária (e dentro desta, sobretudo, o enfarte agudo do miocárdio). Apesar de todos estes avanços e do muito que se tem investido na melhoria do conhecimento relacionado com a hipercolesterolemia e do seu diagnóstico e tratamento, persistem ainda numerosos e importantes desafios. O objetivo deste artigo é analisar algumas das ideias ligadas ao colesterol, particularmente entre os portugueses, e reforçá-las ou rebatê-las, em função da evidência existente.

O OBJETIVO DESTE ARTIGO É ANALISAR ALGUMAS DAS IDEIAS LIGADAS AO COLESTEROL E REFORÇÁ-LAS OU REBATÊ-LAS, EM FUNÇÃO DA EVIDÊNCIA EXISTENTE.

Pelo

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PROF. PEDRO MONTEIRO

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Médico no Serviço de Cardiologia A do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra


[CARDIOLOGIA SAÚDE] O QUE É ISSO DO BOM E MAU COLESTEROL? O colesterol é todo igual, mas o seu caráter benigno ou maligno depende do tipo de lipoproteínas a que está ligado. Se estiver ligado a lipoproteínas de baixa densidade (LDL), é considerado mau colesterol, pois é este colesterol que se deposita na parede das artérias; se estiver ligado a lipoproteínas de alta densidade (HDL), é considerado bom colesterol, pois é este colesterol que é transportado das artérias para o fígado, a fim de ser reconvertido.

O COLESTEROL VEM DA DIETA?

Se é verdade que as gorduras de origem animal contêm colesterol, a maioria do colesterol que possuímos não provém da alimentação, mas é produzido no fígado

OS MEDICAMENTOS PODEM TER EFEITOS SECUNDÁRIOS? Sim, podem, mas é importante clarificar várias questões a este respeito, a começar por aquilo que se pode considerar um efeito secundário. É sabido que as estatinas podem dar dores musculares; quer isto dizer que, se eu estiver a tomar uma estatina e tiver uma dor muscular, isso é um efeito secundário das estatinas? A resposta é NÃO! Para uma dor muscular ser um efeito secundário das estatinas tem que ter as seguintes características: acontecer poucos dias após o início da estatina ou de uma nova dose de estatina, acontecer em quase todos os músculos do corpo, desaparecer quase de imediato com a suspensão da estatina e reaparecer quase de imediato com o reinício da estatina. Pelo que acaba de ser descrito, facilmente se percebe que uma dor muscular num sítio específico do corpo não é culpa das estatinas e não deve levar à sua redução ou suspensão. Por outro lado, dores articulares ou ósseas não são efeito secundário das estatinas, pelo que não devem, de igual forma, levar à sua redução ou suspensão.

Deve falar com o seu médico, pois esse efeito secundário pode não acontecer com outra estatina e, mesmo que aconteça, pode-lhe ser receitado outro medicamento, como o ezetimibe. E os produtos “naturais” e “biológicos” não dão dores musculares? Habitualmente não, pois são muito pouco potentes (por exemplo, levedura do arroz vermelho) ou totalmente ineficazes (os placebos não costumam dar efeitos secundários...). No entanto, como em muitos casos a sua composição não é conhecida nem regulada, podem conter substâncias perigosas e até mortais...

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Não, os medicamentos disponíveis em Portugal são alvo de um rigoroso controlo de qualidade e só são aprovados mediante ensaios clínicos exigentes. Pelo contrário, os produtos “naturais” e “biológicos” não são alvo de qualquer controlo de qualidade ou vigilância, são habitualmente caros e, como a sua composição completa não é conhecida nem testada, podem levar a graves problemas de saúde.

E O QUE DEVO FAZER SE TIVER UM VERDADEIRO EFEITO SECUNDÁRIO DAS ESTATINAS?

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OS MEDICAMENTOS PARA BAIXAR O COLESTEROL SÃO PERIGOSOS?

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Sim e não. Se é verdade que as gorduras de origem animal contêm colesterol, a maioria do colesterol que possuímos não provém da alimentação, mas é produzido no fígado. Isto explica que possa haver pessoas magras com colesterol elevado e pessoas obesas com colesterol relativamente baixo, e também porque é que mesmo uma dieta rigorosa tem habitualmente pouca influência no valor do nosso colesterol, ao contrário do impacto significativo que a dieta pode ter na nossa glicemia, peso e triglicéridos, pois todos estes parâmetros são maioritariamente influenciados pela nossa alimentação e atividade física.


[SAÚDE CARDIOLOGIA] A medicação tem de ser tomada para o resto da vida; se num determinado momento reduzirmos a dose da medicação ou a interrompermos, o colesterol sobe de imediato DURANTE QUANTO TEMPO TENHO DE FAZER A MEDICAÇÃO?

ATÉ QUE IDADE VALE A PENA MEDICAR?

Uma vez que o colesterol é maioritariamente produzido no fígado e que o fígado está continuamente a produzir colesterol, a medicação tem de ser tomada de forma crónica, ou seja, para o resto da vida. Se num determinado momento reduzirmos a dose da medicação ou a interrompermos, o colesterol sobe de imediato, revertendo todos os benefícios da medicação tomada no passado.

Tal como não existe uma idade mínima para começar, também não existe idade acima da qual não faça sentido medicar. A idade avançada aumenta o risco de doenças cardiovasculares, pelo que, se é importante ter o colesterol controlado em todas as idades, tal é particularmente importante nos idosos, onde o risco absoluto de eventos cardiovasculares é superior. Se não medicarmos adequadamente os nossos idosos, estamos a contribuir para que eles tenham mais enfartes e AVCs, com maior risco de sequelas, estadias em unidades de cuidados continuados e degradação da qualidade de vida, com gastos financeiros bem superiores ao que custaria prevenir esses eventos através de medicação para controlar o colesterol.

O QUE FAÇO QUANDO ATINGIR O MEU ALVO DE COLESTEROL? O valor ideal de colesterol total e LDL varia de pessoa para pessoa e nem sempre é aquele que é indicado pelos valores de normalidade das análises (que são habitualmente os valores normais para adultos jovens). Esse valor ideal depende do grau de risco de cada doente, o qual varia com a idade, do valor basal do colesterol de cada um e das doenças que tem ou já teve (diabetes, enfarte, AVC, etc.). Cada pessoa deve saber o seu valor ideal de colesterol total e LDL e esse valor deve ser atingido e mantido a todo o custo, mesmo que tal obrigue a fazer medicação crónica.

COM QUE IDADE POSSO INICIAR A TERAPÊUTICA?

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Não há uma idade mínima para começar. A terapêutica farmacológica deve ser iniciada sempre que não é possível atingir o valor ideal de colesterol só com dieta e alterações do estilo de vida. Os fármacos atualmente utilizados para baixar o colesterol foram testados em crianças e adolescentes e mostraram eficácia e segurança, pelo que podem ser iniciados logo nos primeiros anos de vida, se tal for necessário.

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COM QUE DOSE DEVO INICIAR A TERAPÊUTICA? Com a dose certa! Isto pode parecer óbvio, mas nem sempre é feito. Cada dose de cada medicamento tem um determinado poder de redução do colesterol; sabendo isso, torna-se fácil definir qual a dose e o medicamento certos para cada doente. Alguns doentes precisam de uma redução modesta do colesterol, requerendo apenas uma dose baixa de estatina; outros necessitam de uma redução moderada que só poderá ser obtida com uma dose alta de estatina; outros requerem uma redução intensa do seu colesterol (para menos de metade), o que só é possível com uma associação de medicamentos (estatina + ezetimiba, um bloqueador da absorção intestinal de colesterol); outros ainda precisam de uma redução drástica do seu colesterol, o que só se conseguem com terapêuticas mais avançadas (estatina + ezetimibe + inibidor da PCSK9).

QUANDO DEVO REPETIR AS ANÁLISES E O QUE FAÇO PERANTE OS RESULTADOS? Em Portugal, fazem-se muitas fichas lipídicas e análises ao colesterol, sem que muitas vezes essas análises tenham consequências. Dito de outra maneira, só são aceites dois tipos de resultados: ou o valor de colesterol total e LDL do doentes está dentro do objetivo (e, nesse caso, a terapêutica deve ser mantida) ou está fora desse objetivo (e, nesse caso, a terapêutica de ser iniciada, se ainda não existe, ou adequadamente reforçada). Em nenhuma circunstância um valor de colesterol total ou LDL no alvo terapêutico deverá levar à redução ou suspensão da terapêutica, pois tal vai invariavelmente fazer subir o colesterol, voltando a colocar o doente num nível desnecessariamente alto de risco cardiovascular.



[SAÚDE TRICOLOGIA]

ALOPECIA

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CAUSAS E SOLUÇÕES

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A PREVENÇÃO DA CALVÍCIE É DIFÍCIL, DADO QUE NÃO SE PODE SABER, COM TODA A CERTEZA, SE UMA PESSOA VAI SOFRER DE QUEDA DO CABELO; NO ENTANTO, PODE IMPEDIR-SE OU ATRASAR-SE O SEU DESENVOLVIMENTO, ATRAVÉS DE UM TRATAMENTO EFICAZ. ALÉM DISSO, OS PROGRESSOS NA CIRURGIA POSSIBILITARAM QUE A CALVÍCIE SEJA UM PROBLEMA CADA VEZ MAIS FÁCIL DE SOLUCIONAR.

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ALOPECIA – OU CALVÍCIE, como se designa popularmente – é uma denominação que deriva da palavra grega “alopex”, que significa “raposo”. O seu uso na linguagem médica tem origem na comparação com uma dermatose que provoca a perda do pelo daquele animal. A partir daqui, definiu-se a alopecia como a perda parcial ou total de pelo ou cabelo, nas zonas que habitualmente são pilosas. QUEDA DO CABELO A queda do cabelo pode ser resultado de distintos fatores e as diferentes formas em que se desenvolve classificam-se em função da possibilidade ou não de recuperar o cabelo: não-cicatricial e cicatricial, respetivamente.

No caso da alopecia cicatricial, não existe nenhuma possibilidade de recuperação do cabelo, porque houve uma destruição irreversível do folículo piloso. As causas mais frequentes são as queimaduras, as radiações e infeções agudas, entre outras. O tratamento cirúrgico, quando a elasticidade do couro cabeludo assim o permite, é a única solução para este tipo de alopecia. Contudo, a alopecia não-cicatricial é a que mais consultas origina. Esta perturbação é transitória, porque o folículo não foi destruído e, portanto, é possível o crescimento espontâneo ou por tratamento médico. Entre as diferentes causas da alopecia não-cicatricial estão a falta de ferro, frequente nas mulheres – associada à menstruação ou por uma má alimentação –, ingestão de determinados medica-

A idade média para o início da alopecia situa-se entre os 20 e os 30 anos; quanto mais precoce for, pior prognóstico tem, se não se modificar a tendência, com o tratamento adequado mentos ou regimes hipocalóricos. Nestes casos, o cabelo nasce de novo, quando se repõem as reservas de ferro, se substitui o medicamento ou se restabelece uma dieta equilibrada. A mais conhecida é a alopecia androgénica ou calvície comum, porque afeta 60% dos homens e cerca de 25% das mulheres, embora estudos recentes apontem mesmo para uma percentagem de mulheres afetadas próxima dos 50 por cento. QUESTÃO GENÉTICA Para que se produza uma alopecia androgénica, tem de existir uma predisposição genética e um fator hormonal. Mas é possível que não se manifeste, se não ocorrerem outros fatores desencadeantes, como a própria constituição e psiquismo da pessoa ou situações de stress ansiosodepressivas.

O caráter hormonal explica a maior percentagem de homens calvos, relativamente à percentagem de mulheres. Os androgénios – hormonas masculinas –, concretamente a testosterona, são os responsáveis por uma série de secreções no folículo piloso, as quais impedem o desenvolvimento normal do pelo. Mas este fenómeno biológico não é suficiente para que se inicie o processo alopécico, se não existir uma predisposição genética. No caso da mulher, a queda de cabelo é indício de um desequilíbrio hormonal, a favor dos determinantes masculinos. A evolução da calvície comum no homem começa, normalmente, com o desaparecimento da linha de implantação do cabelo na zona fronto-temporal – pequenas entradas –, que evolui, progressivamente, perdendo-se cabelo na parte superior da cabeça, até formar uma área totalmente desprovida, desde a testa até quase à nuca, já no estádio adiantado da alopecia.


[SAÚDE TRICOLOGIA] CURIOSIDADES sobre o cabelo 4 Ao todo, cada pessoa possui cerca de cinco milhões de folículos pilosos no couro cabeludo. 4 Os cabelos crescem, em média, 1 centímetro por mês. À medida que envelhecemos, no entanto, este crescimento tende a ser mais lento. 4 Durante toda a nossa vida, 80 a 90% dos cabelos do couro cabeludo estão em fase de crescimento – fase anágena –, que dura entre dois a seis anos, motivo pelo qual os fios capilares atingem comprimentos que os pelos do corpo nunca conseguem alcançar. Os restantes 10 a 20% encontram-se em repouso – fase catágena –, que dura aproximadamente entre dois e três meses. No final desta fase, os fios caem – fase telógena –, sendo esta a responsável pela perda, em média, de 50 a 100 fios diários. 4 Os fios que se perdem diariamente (perda capilar natural e que atinge todas as pessoas) são substituídos por outros fios, que nascem no mesmo folículo e que dão origem a um novo ciclo de crescimento capilar. 4 Se todos os cabelos estivessem na mesma fase, no final de cada ciclo de crescimento haveria uma perda de cabelo total, o que significa que todos nós ficaríamos calvos até à formação de um novo cabelo. 4 No outono, esta perda capilar acentuase, principalmente devido às mudanças metabólicas que o organismo atravessa nesta altura do ano.

Na mulher, pelo contrário, a calvície começa a desenvolver-se na parte superior do couro cabeludo, de forma difusa, conservando-se sempre a linha de implantação anterior. Por isso, uma boa ação de cabeleireiro consegue melhores resultados estéticos do que no homem, onde as entradas tornam evidente a perda de cabelo. A idade média para o início da alopecia situa-se entre os 20 e os 30 anos. Quanto mais precoce for, pior prognóstico tem, se não se modificar a tendência, com o tratamento adequado. ALOPECIA AREATA Embora só afete 1% da população, a alopecia areata, além de ser a mais evidente esteticamente, é a mais traumática do ponto de vista psicológico, uma vez que a queda do cabelo se desenvolve de um modo brusco e numa área mais ou menos extensa: pode afetar uma pequena zona do couro cabeludo, uma sobrancelha, a barba, etc. – alopecia em placas –, ou todo o couro cabeludo e todo o corpo – alopecia universal.

Inicialmente, pensava-se que esta queda tão exagerada de cabelo tinha a sua origem em perturbações de tipo infeccioso, localizadas na garganta, no nariz, nos ouvidos e na boca. Posteriormente, especulou-se que a respetiva causa era um problema de tipo psicológico, consequência de traumas psíquicos, stress, ansiedade ou depressão. Hoje, as investigações demonstraram que a sua causa é uma alteração do sistema imunológico, na qual o organismo não reconhece como seus os folículos pilosos e desenvolve anticorpos, expulsando-os e fazendo com que o cabelo caia. Mas uma vez regulado o sistema imunológico, de forma espontânea ou por tratamento médico, o folículo pode criar pelo novo. Atualmente, utilizam-se imunomoduladores – substâncias que regulam o sistema imunológico. Não obstante, deve frisar-se que o repovoamento na alopecia areata pode ser espontâneo, embora muitas pessoas atribuam o êxito da aparição do cabelo a cremes sem nenhuma base científica, quando a verdadeira razão foi a reversão do transtorno imunitário. Além disso, a

Graças à irrigação sanguínea promovida pela luz laser, os nutrientes chegam novamente ao folículo piloso, o que, por sua vez, irá estimular o crescimento de um novo fio, mais forte e com uma textura mais densa TRATAMENTOS A LASER As potencialidades únicas dos equipamentos LASER proporcionam uma solução eficaz e até mesmo revolucionária para a queda de cabelo, uma vez que soluciona o problema pela raiz. Ao incidir sobre a célula de cada folículo piloso capilar, a luz atérmica de baixa intensidade do LASER promove a sua oxigenação e um aumento de aporte sanguíneo, condições que acabam por estimular novamente a atividade celular da zona. Graças à irrigação sanguínea promovida pela luz laser, os nutrientes transportados pela corrente sanguínea chegam novamente ao folículo piloso, o que, por sua vez, irá estimular o crescimento de um novo fio, mais forte e com uma textura mais densa. Por outro lado, a luz laser ativa os folículos pilosos inativos, presentes em todo o corpo, sem exceção para o couro cabeludo. Estes não se desenvolvem imediatamente, mas podem vir a desenvolver-se no futuro. Para resultados eficazes, devem realizar-

se duas sessões por semana, num total de oito sessões (no mínimo). Ao final de seis sessões, é possível já observar o nascimento de novos fios, através de pontos escuros que emergem sobre a área tratada. Este tipo de tratamento estético constitui um benefício acessível a todas as pessoas, não necessariamente apenas às que sofrem de queda de cabelo. O laser proporciona, antes de mais, um tratamento global indiferenciado: ao atuar sobre a célula onde está situado o folículo capilar, a fotoestimulação do laser atua também sobre a glândula sebácea aí presente, regularizando a sua secreção. Deste modo, quem não sofre de calvície, mas deseja ver-se livre da oleosidade capilar excessiva e dos cabelos demasiado finos – dois problemas que andam frequentemente de mãos dadas – encontra no laser um aliado de peso. Mais importante: consegue prevenir, pelo menos a curto prazo, um possível cenário de perda capilar.



[SAÚDE TRICOLOGIA] Existe uma série de substâncias, como os oligoelementos e as vitaminas do grupo B, que são necessárias para o desenvolvimento biológico e, especialmente, para a formação e crescimento do cabelo

DERMOPIGMENTAÇÃO capilar Muitos homens não querem ter cabelo, mas sim que pareçam que o têm rapado. A dermopigmentação do couro cabeludo é um tratamento cosmético extremamente eficaz a criar uma aparência que simula os folículos capilares realistas. Indicado para homens que sofrem de perda irreversível de cabelo, este procedimento consiste na colocação de implantes dérmicos na camada epidérmica do couro cabeludo. É uma aplicação em que se consegue uma simulação completamente natural, criando um aspeto de cabelo rapado, que proporciona uma imagem jovem e atrativa.

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alopecia areata não se desenvolve devido a um problema psicológico, embora este possa ser um fator desencadeante.

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CUIDADOS ALIMENTARES Um fator muito especial é a alimentação. Existe uma série de substâncias, como os oligoelementos e as vitaminas do grupo B, que são necessárias para o desenvolvimento biológico e, especialmente, para a formação e crescimento do cabelo. O escasso consumo de alimentos imprescindíveis, não só para o desenvolvimento do cabelo, como para a saúde em geral, tais como a aveia, a cevada ou o trigo integral, favorecem a queda. Tal como o que ocorre com o stress, o tabaco e o álcool são desencadeantes de uma perda de oligoelementos que, se não são substituídos com a alimentação, produzem enfraquecimento do cabelo.

Muita gente desconhece que algo tão simples como uma higiene capilar correta é fundamental para retardar a calvície ou, pelo menos, para fazer com que a sua evolução seja mais lenta. É, pois, suficiente a lavagem diária com um champô adequado, suave e de uso frequente, combinado com tratamento, duas ou três vezes por semana, já que a calvície é, normalmente, acompanhada por um excesso de seborreia ou de caspa. É um erro pensar que a lavagem diária do cabelo acelera a sua queda. Afinal, o cabelo que cai em quantidade, durante a lavagem e a escovagem, já está desprovido de vida e a respetiva manipulação apenas faz com que ele se desprenda mais cedo. Por outro lado, a lavagem diária tem uma eficácia terapêutica, quando é seguida de tratamento local, ao ajudar a retirar totalmente os restos do produto, para que não dificulte a absorção da aplicação seguinte. MEDICAMENTOS ÚTEIS O tratamento medicamentoso é outra das alternativas que ajudam a deter o problema da alopecia. No caso da calvície comum feminina, existe a possibilidade de administrar, por via oral, fármacos antiandrogénicos, desde que não sejam contraindicados. Como tratamento complementar, podem utilizar-se complexos de aminoácidos, de oligoelementos indispensáveis para a formação da queratina do pelo – substância que lhe dá força. Frequentemente, o tratamento específico da calvície é acompanhado por um tratamento psicológico, pois produz ansiedade e, como já foi dito, esta pode provocar a queda do cabelo. TRATAMENTOS CIRÚRGICOS Se a calvície não responde ao tratamento médico ou está muito avançada, recorre-se a transplantes cirúrgicos, que se podem efetuar de diferentes formas. O autoenxerto cilíndrico – ou “punch” – realiza-se com um instrumento metálico cilíndrico, do mesmo nome, de três ou

quatro milímetros de diâmetro, que recolhe uma unidade de transplante de 10 a 16 pelos, os quais são transladados da zona da nuca para a zona calva. Esta técnica utiliza-se pouco, pois o efeito estético é desagradável, uma vez que os pelos abremse na superfície e unem-se na base, obtendo-se um efeito de “cabelo de boneca”. Uma variante é o denominado minienxerto, muito utilizado, mas que seleciona um diâmetro inferior – milímetro e meio; esteticamente, é tanto mais evidente quanto mais grosso e negro é o cabelo. Outra variante é o microenxerto, a qual, conservando a mesma técnica, apenas transplanta uma unidade de 0,35 milímetros – um ou dois pelos – e produz um crescimento que é totalmente natural. O inconveniente é que, tratando-se de unidades de transplante muito pequenas, o tratamento requer um maior número de sessões. Em qualquer dos três casos, o transplante é feito com anestesia local e permite um regresso imediato à atividade laboral.



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[SAÚDE FLASHS] Doenças de pele, neurológicas e do sistema musculosquelético beneficiam da crioterapia Doenças como a psoríase, dermatite atópica, eczemas, acne, artrite reumatoide, espondilite, osteoartrite, lombalgia, cervicalgia, enxaquecas e distúrbios do sono podem beneficiar do recurso à crioterapia, um sistema inovador que recorre à exposição a temperaturas extremamente baixas como forma de ativar os mecanismos de regeneração do nosso corpo. “É um sistema perfeitamente seguro e com resultados clínicos comprovados”, salienta Rachel Crivelli, responsável da Cryomed Portugal. “A crioterapia ativa as defesas naturais do nosso organismo através da exposição de curta duração a temperaturas entre os 100º e os 160º graus negativos”, explica Rachel Crivelli. A responsável adianta que “todo o organismo é estimulado pelo sistema nervoso, que reage ao choque térmico e leva à libertação de endorfinas, que fazem com

que a crioterapia tenha efeitos analgésicos”. A crioterapia estimula ainda a produção de cortisol, uma hormona responsável pela redução do stress e que proporciona uma ação anti-inflamatória e de combate ao reumatismo. Além da utilização na área médica, Rachel Crivelli revela ainda que a crioterapia tem sido também muito utilizada na vertente desportiva, para acelerar a recuperação de atletas. “Esta terapia tem a vantagem de acelerar a recuperação dos treinos intensivos ou das provas, melhorando assim a performance dos atletas e ajudando e resolver com maior celeridade lesões ou outros problemas originários da prática desportiva”, acrescenta. A realização de sessões de crioterapia depois do exercício físico alivia a fatiga, relaxa, alivia a dor tardia dos músculos e assegura um sono tranquilo.

Médis lança podcast de meditação

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Sistema de ultrassons portátil recebe prémio

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O Philips Lumify, o primeiro sistema de ultrassons portátil de mão do mundo baseado em aplicações, permite aos profissionais de saúde obter informação de diagnóstico no local de assistência, quer seja no local de um acidente ou numa clínica numa aldeia remota. Esta inovação pioneira e que permite salvar vidas foi reconhecida com o Prémio 2020 “IEEE Spectrum Technology” ao Serviço da Sociedade, como sendo a tecnologia com mais potencial para proporcionar um maior benefício geral à humanidade. Atribuído por um grupo de editores da publicação, o prémio distingue feitos extraordinários em várias áreas que tenham tido um impacto duradouro na tecnologia, sociedade e engenharia. As imagens de diagnóstico do Lumify são proporcionadas por um transdutor de ultrassons que está ligado a um smartphone ou tablet, e que pode ser transportado no bolso de uma bata médica. Lançado em 2015, o Lumify foi o primeiro sistema de ultrassons baseado em aplicações da Philips que criou uma nova categoria de dispositivos de diagnóstico por imagem.

No âmbito da parceria ao Wanderlust, a Médis criou um programa, em formato de podcast, com meditações diárias de áudio e mensagens motivacionais, aberto a todos os interessados em aproveitar os benefícios da meditação. O conceito, inspirado na ideia de que em 21 dias se cria um hábito, conta com a participação da apresentadora Fátima Lopes e da professora de meditação Rute Caldeira. Filipa Campos Alves, diretora de Marketing da Médis, afirma: “No momento atual, mais do que nunca, a saúde mental é uma prioridade. A Médis quer ajudar os portugueses a encontrarem novos hábitos e rotinas que melhorarem o seu equilíbrio, previnam e fomentem uma boa saúde física e mental”. O podcast “21 Dias de Positividade” está disponível desde 27 de setembro, para todos os sistemas operativos.

Holmes Place cria conceito de “ginásio boutique” Não é novidade que, hoje em dia, as pessoas procuram uma experiência de “ginásio boutique” personalizada, que lhes proporcione a possibilidade de obterem resultados com uma forte atmosfera de comunidade. No sentido de corresponder às expetativas e aumentar a oferta para os sócios, o Holmes Place inaugurou o conceito de “ginásio boutique” nos clubes de Alvalade, Defensores de Chaves, Miraflores e Palácio Sottomayor. Alvalade foi ainda o clube escolhido para inaugurar a nova Cross Training Box para os fãs deste tipo de treino. E que conceito é este de “ginásio boutique”? São pequenas unidades de exercício especializado que oferecem uma ampla variedade de treino funcional, proporcionando resultados mais eficazes. Os exercícios são adaptados à condição física de cada sócio, para que estes possam trabalhar de acordo com as suas capacidades individuais.


PUBLI-REPORTAGEM

A LACTOSE INCOMODA? LISOLAC® É A SOLUÇÃO SABIA QUE SE ESTIMA QUE 1 EM CADA 3 PORTUGUESES SEJA INTOLERANTE À LACTOSE? SE COSTUMA SENTIR INCHAÇO, INDIGESTÃO OU MAL-ESTAR APÓS A INGESTÃO DE PRODUTOS CONTENDO LACTOSE É PROVÁVEL QUE TAMBÉM O SEJA! FALE COM O SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.

UMA PESSOA É CONSIDERADA INTOLERANTE À LACTOSE quando não consegue digerir eficazmente este componente, o que origina sintomas intestinais como inchaço e dor abdominal, náuseas, diarreia, gases e cólicas, após o consumo de alimentos e derivados lácteos. Leite, queijo, gelados, iogurtes, manteiga ou natas são apenas alguns exemplos de produtos que contêm lactose e que, quando consumidos por pessoas intolerantes à lactose, podem originar estes sintomas desagradáveis! Isto significa que se for uma destas pessoas nunca mais vai poder comer aquele gelado de que tanto gosta? Não! Com Lisolac, há solução.

O que é Lisolac?

Lisolac é um suplemento alimentar composto pela enzima lactase (uma enzima que as pessoas intolerantes à lactose não conseguem produzir em quantidades suficientes), que promove a correta digestão da lactose, melhorando assim os sintomas.

Como deve ser tomado?

Para poder comer alimentos com lactose sem problema, basta tomar Lisolac imediatamente antes da ingestão destes alimentos. Assim, com Lisolac, as pessoas intolerantes à lactose podem manter uma alimentação normal, continuando a tirar partido dos benefícios do leite e seus derivados.

Onde posso encontrar Lisolac?

Se se identifica com estes sintomas e não quer abdicar do leite e derivados, poderá encontrar Lisolac na sua farmácia mais próxima. Pergunte ao seu farmacêutico! Suplemento alimentar FACILITA A DIGESTÃO DA LACTOSE

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Alimentação A

BUSCA PARA SERMOS MAIS MAGRAS é cada vez mais comum. O ato de comer, especialmente se forem comidas com o rótulo de “asneira”, é punido pela sentença de culpa. A comida passa a ser boa ou má, como se tivesse valor moral. Quase que nos sentimos na obrigação de dizer “vou começar uma dieta em breve”. Por todo o lado, todos nos dizem o que comer, quando e em que quantidades. A isto chama-se “viver em mentalidade de dieta”. Alimentação intuitiva é o contrário daquilo que se espera da palavra dieta: não lhe coloca regras, não diz o que e quando comer. Em vez disso, ensina-a a respeitar e honrar o seu apetite, dando noções do que é realmente a fome biológica, e a comer até se sentir saciada e fisicamente confortável. Ensina-a a ser a versão mais saudável de si mesma, à sua maneira. O QUE É COMER INTUITIVAMENTE? Comer intuitivamente (ou Intuitive Eating) é um método que a ensina a comer de forma natural e a torna especialista em ouvir a sua fome biológica. Ensina-a a desfrutar da comida que adora sem culpa e a aperceber-se quando já está satisfeita, sem precisar de comer demais ou comer a menos.

Por

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JOANNE AMARAL

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Coach de Saúde e Alimentação Intuitiva e Personal Trainer para mulheres. Fundadora do projecto FitJoanne

COMO A VAI AJUDAR ALIMENTAÇÃO INTUITIVA É O CONTRÁRIO DAQUILO QUE SE ESPERA DA PALAVRA DIETA: NÃO COLOCA REGRAS, NÃO DIZ O QUE E QUANDO COMER. EM VEZ DISSO, ENSINA-A A COMER DE FORMA NATURAL E A TORNARSE ESPECIALISTA EM OUVIR A SUA FOME BIOLÓGICA. Parece utopia, mas não é. Regras e restrições servem para serem quebradas e isso faz com que os resultados sejam perdidos. Histórias de pessoas que fazem dieta e depois recuperam o peso perdido são comuns. Ou então os resultados são mantidos, mas a pessoa sente-se privada e stressada quando não consegue controlar a sua alimentação, vivendo secretamente em dieta. Se já tentou de tudo ou está farta de tentar (e de passar fome), se procura liberdade e saúde, comer intuitivamente é para si. O BÁSICO Comer intuitivamente promove uma relação saudável com o seu corpo e com a sua comida, através do autoconhecimento e consciência. “Estou realmente com fome? Porque continuo a comer mesmo depois de já estar satisfeita? Porque não me controlo?”. Estas são algumas das muitas aprendizagens feitas com o processo de comer intuitivamente. Comer quando tem fome e parar de comer quando está satisfeita deveria ser um processo intuitivo. Contudo, o caso não se verifica com muitas pessoas. Seguir um plano alimentar impede-a de comer pela intuição e de se reconetares com o seu corpo e a sua fome. Cada dieta tentada e falhada afasta-a cada vez mais da sua fome biológica e da sensação de verdadeira saciedade. Para comer de forma intuitiva, tem de reaprender a conetar-se com o seu corpo e a confiar nele, em vez de olhar para o plano alimentar ou quantas calorias lhe sobram nesse dia para decidir o que comer. Há muitas aprendizagens que devem ser feitas para isto, mas uma das mais importantes são: rejeitar a mentalidade de dieta, dar-se permissão para comer e distinguir

a fome física (necessidade de energia e de nutrientes) da fome emocional (comer para não ter de lidar com o stress, tristeza, solidão, etc). DE ONDE VEIO ESTE CONCEITO? Embora só agora se comece a falar sobre isto em Portugal, este conceito já existe desde os anos 70 e, em 1995, Evelyn Tribole e Elyse Resch escreveram um livro – com o título “Intuitive Eating” –, dando as bases para esta metodologia, que nos ensina a lidar com a comida e o corpo, em que perder peso é uma consequência de uma vida mais equilibrada e não o foco de toda a nossa existência! O livro não está traduzido para Português. QUAIS SÃO OS 10 PRINCÍPIOS? Existem 10 princípios que devem ser seguidos durante a (re)aprendizagem para comer de forma intuitiva. São eles:

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Rejeitar a mentalidade de dieta – Ignore tudo o que lhe ofereça esperanças falsas de perder peso de forma rápida, fácil e de forma permanente. Honre o seu apetite – Mantenha o seu corpo nutrido com quantidades de energia adequadas de todas as fontes alimentares. Faça as pazes com a comida – Dê-se permissão para comer. Se disser “não posso” ou “não devo” pode estar a fomentar sentimentos de privação intensos que levam, na maioria das vezes, a compulsão. Desafia a sua “polícia da comida” – Todas as vozes negativas e destrutivas que vivem bem fundo no seu subconsciente têm de ser combatidas. Esta “polícia” tem de ser eliminada.

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intuitiva A

[NUTRIÇÃO SAÚDE]

VIVER SEM DIETAS

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Lide com as suas emoções sem recurso à comida – Descubra maneiras de se confortar, distrair e curar questões do foro emocional sem usar a comida. Respeite o seu corpo – Aprenda a respeitar o seu corpo, tal como ele é, para viver mais confortável. 9 Mova-se e sinta a diferença – Em vez de ver o exercício como uma maneira de queimar calorias, sinta o exercício e as vantagens que é ter um corpo mais capaz de viver. Honre a sua saúde com leves conhecimentos de nutrição – Aprenda que não tem de ter uma alimentação perfeita para ser verdadeiramente saudável.

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Ao seguir os 10 princípios de comer intuitivamente, vai regularizar a sua relação com a comida e passar a ter uma alimentação intuitiva. Cada caso é um caso e os princípios, embora enumerados, não têm de ser seguidos por ordem. Todos nascemos com esta intuição perante a nossa fome, é algo biológico e uma necessidade básica, mas desde cedo começamos a deturpar todos os sinais e recetores da fome e saciedade. Comer intuitivamente é o início de uma revolução pessoal que vai acabar com os dramas da alimentação e da imagem corporal!

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Sinta a tua saciedade – Aprenda a ouvir os seus sinais biológicos de saciedade, a compreender quando já não tem fome e quando a comida já nem lhe está a saber tão bem como deveria. Mais vale parar e voltar a comer quando a fome realmente voltar a aparecer! Descubra o fator da satisfação Redescubra o prazer e a satisfação que podem ser encontrados no ato de comer. Quando se permitir sentir-se assim de forma sistemática, vai compreender que, na realidade, precisa de menos comida do que pensava para se saciar. Descontrolos alimentares serão coisa do passado!

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Comer intuitivamente é o início de uma revolução pessoal que vai acabar com os dramas da alimentação e da imagem corporal!


[SAÚDE NUTRIÇÃO]

É dador de sangue? TENHA ESTES CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO DAR SANGUE É ESSENCIAL PARA QUE SEJA POSSÍVEL CONTINUAR A SALVAR VIDAS. CONTUDO, A SAÚDE DO DOADOR NÃO PODE SER DESCURADA. EXISTEM, POR ISSO, ALGUNS CUIDADOS ALIMENTARES A TER.

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ÃO É POR ACASO QUE O SANGUE está ligado ao simbolismo da vida e da morte. Este precioso tecido do nosso organismo desempenha funções essenciais à nossa sobrevivência. Para além disso, a sua constituição é de tal maneira complexa que a medicina ainda não conseguiu criar um substituto comparável. Daí que seja essencial a nossa contribuição, como seres humanos solidários, para que seja possível continuar a salvar vidas. Contudo, a saúde do doador não pode ser descurada. Por esse motivo, existem alguns cuidados alimentares a ter, de modo a evitar carências nutricionais.

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PERDA DE FERRO Cada dádiva de sangue total (450 ml) resulta na perda de cerca de 200 a 250 mg de ferro. O ferro é um componente essencial da hemoglobina que transporta o oxigénio dos pulmões para os tecidos, e da mioglobina que fornece oxigénio aos músculos. Além disso, é essencial para o crescimento, desenvolvimento, funcionamento celular normal e síntese de algumas hormonas. Com efeito, têm sido descritos efeitos clínicos adversos relacionados com a diminuição de ferro induzida pela dádiva de

sangue, tais como fadiga, diminuição da produtividade, síndrome das pernas inquietas, perdas sanguíneas a nível gastrointestinal e anemia precoce na gravidez. Alguns subgrupos de doadores correm maior risco de desenvolver deficiência de ferro e respetivos efeitos adversos: mulheres na pré-menopausa, doadores com valores de hemoglobina próximos do mínimo e doadores frequentes. A doação de sangue pode ser feita de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens, sendo que o tempo de reposição dos depósitos de ferro após a dádiva depende da quantidade de sangue colhida, frequência da dádiva, idade, género, dieta e ingestão de suplementos. MEDIDAS PARA MINIMIZAR O DÉFICE A maior parte do ferro do nosso organismo é reciclada. Uma pequena percentagem perde-se diariamente através de restos celulares e, no caso das mulheres em idade fértil, através da menstruação. As perdas fisiológicas diárias de ferro em nãodadores de sangue são de cerca de 1 mg em homens e 1,5 a 2 mg em mulheres em

idade menstrual, embora possam ser perdidos 4 mg por dia durante a menstruação. Assim, a manutenção do balanço de ferro requer uma absorção diária apropriada. As quantidades diárias recomendadas de ferro na idade adulta para os homens são de 8 mg e para as mulheres são de 18 mg até aos 50 anos e 8 mg a partir dos 51 anos. Deste modo, é importante tomar medidas para minimizar o défice de ferro induzido pela dádiva de sangue, mantendo a saúde da comunidade dadora. Para isso, uma alimentação adequada – variada, equilibrada e rica em ferro – é imprescindível. Porém, a correção de ferro no sangue através da alimentação é um processo lento, que requer persistência e disciplina, durante um longo período. De um modo geral, podemos distinguir duas formas de ferro nos alimentos: ferro heme e ferro não-heme. O ferro heme encontra-se na hemoglobina e na mioglobina, tem origem exclusivamente animal e caracteriza-se por ser três vezes melhor absorvido do que o ferro não-heme, de origem vegetal. Assim, em dietas vegetarianas, as necessidades aumentam em cerca de 80 por cento.


A taxa de absorção de ferro varia entre 1 e 40%, dependendo da presença de inibidores (como fitatos e polifenois) e potenciadores (como vitamina C, ácido cítrico e outros ácidos orgânicos) da sua absorção na refeição. Esta pode ser melhorada com a alteração dos hábitos alimentares. E PARA POTENCIAR A ABSORÇÃO DE FERRO Deste modo, para potenciar a absorção de ferro, devem ser ingeridos alimentos ricos em vitamina C (pimentos, brócolos,

couves, kiwi, limão, laranjas, morangos, abacaxi e toranja), pois a vitamina C é o maior potenciador da absorção, já que promove a conversão do ferro férrico em ferro ferroso. Por outro lado, deve ser evitada a ingestão de bebidas gaseificadas, chá, vinho tinto e café durante ou após as refeições, devido à presença de fitatos e polifenois, que inibem a absorção de ferro. Por último, deve evitar-se ingerir produtos ricos em cálcio, nomeadamente lácteos, durante e/ou perto das refeições principais,

dado que o cálcio, no organismo, compete com o ferro pela sua absorção. Quando as estratégias alimentares não são suficientes, poderá ser necessário suplementar com ferro oral e/ou aumentar o intervalo de tempo entre as dádivas. Em resumo, a dádiva de sangue requer da parte do doador uma atenção especial à ingestão diária de ferro, sendo que através destas estratégias alimentares e/ou da toma de suplementos poderá aumentar e potenciar a sua absorção e evitar carências nutricionais.

Para potenciar a absorção de ferro, devem

refeições, devido à presença de fitatos e polifenois, que inibem a absorção de ferro

Nutricionista, Clínica Tejo Saúde, Parceira Fitness Hut - Grupo Viva Gym

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chá, vinho tinto e café durante ou após as

DRA. CATARINA SOFIA CORREIA

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evitada a ingestão de bebidas gaseificadas,

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ser ingeridos alimentos ricos em vitamina C e


[SAÚDE FISIOLOGIA] DAR SANGUE É A ÚNICA FORMA DE DIMINUIR A CARÊNCIA DESSE COMBUSTÍVEL VITAL, GRATUITO E EXTREMAMENTE NECESSÁRIO NAS UNIDADES HOSPITALARES. É, TAMBÉM, UMA ENORME DEMONSTRAÇÃO DE ALTRUÍSMO E HUMANIDADE.

DAR SANGUE Dúvidas frequentes É

PROVÁVEL QUE JÁ TENHA SENTIDO vontade de dar sangue, mas é igualmente admissível que certas dúvidas e preconceitos o tenham assaltado, alguns com peso suficiente para o fazer recuar nas suas boas intenções. Por isso, neste artigo, procuraremos esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre a dádiva de sangue, bem como dar algumas sugestões acerca da forma mais simples de auxiliar o próximo.

“ NUNCA NINGUÉM ME PEDIU PARA DAR SANGUE” Considere-se convidado, desde já! Esse convite silencioso não é formal, é real: é-lhe dirigido por todas as crianças e adultos que carecem de sangue ou dos seus componentes, pelas vítimas de acidentes de trabalho ou rodoviários, por todos aqueles que aguardam a disponibilidade de sangue para serem operados e que, por isso, ocupam uma cama que muitos precisariam de utilizar em tempo útil.

“ O MEU SANGUE NÃO DEVE PRESTAR PORQUE JÁ TIVE VÁRIAS DOENÇAS”

A sua dúvida deverá ser esclarecida junto do seu médico assistente. Mas, mais simplesmente, pode oferecer-se para dar sangue, pois será submetido a um exame clínico, no decurso do qual o médico lhe aconselhará a atitude correta, sempre pensando na preservação da sua saúde e bem-estar. Confie nos serviços de sangue e nos seus médicos.

“O SANGUE FAZ-ME FALTA” Um adulto normal tem entre 5 e 6 litros de sangue. Uma pessoa saudável pode dar sangue regularmente, sem que esse facto prejudique a sua saúde.

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“ O MEU TIPO SANGUÍNEO NÃO É O QUE FAZ MAIS FALTA”

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Todos os tipos de sangue são necessários, mesmo aqueles que são mais comuns. Basta que se lembre que você mesmo pode precisar de sangue. Se todas as pessoas com um grupo sanguíneo igual ao seu pensassem como você...

“TENHO MEDO DE DAR SANGUE” Uma grande parte das pessoas sente isso, quando vão dar sangue pela primeira vez. Mas logo depois, perdem o receio e a dádiva de sangue torna-se natural e simples. Observe o à-vontade e descontração das pessoas que regularmente vão dar sangue e tire as suas conclusões.

“ AINDA NÃO TENHO IDADE PARA DAR SANGUE” Qualquer pessoa saudável, com idade compreendida entre os 18 e os 65 anos, pode dar sangue, sem qualquer problema.

“PESO POUCO” Qualquer pessoa com peso próximo dos 50 Kg pode dar sangue. Confie, nesse e noutros aspetos, no critério experimentado e seguro do especialista que lhe vai fazer o exame médico, no serviço de sangue a que se dirigir.

“JÁ DEI SANGUE ESTE ANO” Fez bem, mas pode repetir a dádiva, sem qualquer inconveniente para a sua saúde e bem-estar. Qualquer pessoa pode dar sangue várias vezes por ano (os homens de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses). Esta informação tem uma base científica segura e recolhe uma vasta experiência de muitos anos, abarcando milhões de dádivas, em todas as partes do mundo.


A dádiva de sangue é um ato livre e voluntário de pessoas de bem, habituadas a pensar nos outros

Apenas lhe são colhidos cerca de 4,5 decilitros de sangue. As proteínas e as células sanguíneas existentes neste volume são rapidamente repostas em circulação pelo organismo. Momentos após a dádiva de sangue, qualquer pessoa pode voltar à sua ocupação normal. Contudo, algumas atividades, como por exemplo pilotos de aviões, maquinistas de comboios ou mergulhadores, não devem ser exercidas nas horas seguintes à dádiva.

“JÁ HÁ MUITA GENTE QUE DÁ SANGUE” É verdade, mas a procura de sangue, componentes e derivados não para de aumentar, graças aos progressos da ciência médica e à crescente extensão dos benefícios de uma assistência que se pretende de melhor qualidade, a uma número cada vez maior de pessoas. As necessidades terapêuticas dos doentes exigem cada vez mais dadores, isto é, pessoas em boas condições de saúde e com hábitos de vida saudáveis.

“ FUI PRESSIONADO A DAR SANGUE, MAS NÃO ESTOU DISPOSTO A FAZÊ-LO OUTRA VEZ” Ninguém é obrigado a dar sangue. A dádiva de sangue é um ato livre e voluntário de pessoas de bem, habituadas a pensar nos outros. Não esqueça, no entanto, que muita gente precisa do sangue que só você pode dar, porque é saudável.

“ SE EU PRECISAR DE SANGUE, RECORRO A UM SERVIÇO PRIVADO E PAGO TODAS AS DESPESAS” Você pode dispor de dinheiro mais do que suficiente para pagar todo o sangue do mundo. Mas nunca deverá esquecer que o dinheiro não se pode transfundir... mesmo neste caso alguém terá cedido um pouco do seu sangue para você poder dele beneficiar. Sem sangue, de nada servirá o seu dinheiro. Para que tudo funcione bem e sem riscos, o sangue deve estar à espera do doente e não o contrário.

“NÃO SEI COMO OU ONDE DAR SANGUE” Muito facilmente: dirija-se ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação – Centros Regionais de Lisboa, Porto e Coimbra ou ao hospital mais próximo. A sua visita será sempre bem recebida e terá todas as informações que desejar.

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“ RECEIO SENTIR-ME ENFRAQUECIDO SE DER SANGUE”

Se, por um instante, pensar no bem que faz com a sua dádiva de sangue, rapidamente concluirá que essa não é uma boa razão: verá que não está tão ocupado como julga.

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A venda ou comercialização de sangue está proibida por lei. Apenas poderão ser cobradas as despesas relativas ao processamento do sangue, isto é, os custos de material e exames laboratoriais necessários à preparação do sangue, para que este possa ser transfundido com a maior segurança.

“NÃO TENHO TEMPO”

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“ DEI O MEU SANGUE GRATUITAMENTE, MAS RECEIO QUE O VENDAM AO DOENTE”


[SAÚDE FISIOLOGIA]

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TOSSE É UM ATO REFLEXO, uma resposta fisiológica à irritação das vias aéreas, que funciona como um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, permitindo a expulsão de elementos nocivos, como poeiras, vírus e bactérias, entre outras substâncias. A tosse é um sintoma frequentemente associado à constipação, podendo, no entanto, ter outras causas, nomeadamente: 4 doenças infecciosas; 4 doenças crónicas (DPOC, asma, refluxo gastroesofágico, insuficiência cardíaca congestiva, etc.); 4 inalação de fumo; 4 presença de corpos estranhos na garganta; 4 Alguns medicamentos podem provocar tosse seca e irritativa; Diagnosticar corretamente o que provoca a tosse é essencial para um tratamento adequado.

TOSSE DEFESA DO ORGANISMO

A TOSSE É UM MECANISMO QUE SERVE PARA MANTER LIVRES AS VIAS RESPIRATÓRIAS. EMBORA NÃO SEJA NADA DE GRAVE, É MUITO INCÓMODA. EIS COMO ALIVIÁ-LA.

TIPOS DE TOSSE A tosse é caracterizada de acordo com a sua duração (aguda ou crónica) e com a sua natureza (produtiva ou seca). A TOSSE AGUDA surge de forma repentina e apresenta uma duração limitada no tempo (dias ou semanas), estando normalmente associada a infeções respiratórias agudas, como gripes ou constipações. Por norma, é passível de tratamento com aconselhamento farmacêutico. A TOSSE CRÓNICA prolonga-se no tempo e pode ter origens múltiplas, sendo recomendada a consulta médica. SECA OU PRODUTIVA? A TOSSE SECA/IRRITATIVA/NÃO PRODUTIVA é caracterizada pela ausência de secreções. Esta tosse é desencadeada pela irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, devido a vírus, bactérias ou substâncias irritantes (pó, fumo, etc.). A TOSSE PRODUTIVA/COM EXPETORAÇÃO ocorre quando existe produção de muco. É consequência de doenças infeciosas das vias respiratórias inferiores (traqueia, brônquios e pulmões), ou surgir ainda, como uma evolução da tosse seca.

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TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO da tosse

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4Beber muitos líquidos; 4Evitar o álcool, a cafeína e o tabaco; 4 Humidificar o ambiente (temperatura entre 18 e 20ºC e humidade entre 60 e 80%); 4 Dormir com a cabeceira da cama ligeiramente elevada (para aliviar a tosse seca durante a noite); 4Evitar esforçar a voz; 4Descansar bastante.

EXPETORANTE OU ANTITÚSSICO? Na maioria dos casos, a tosse é protetora e facilita a remoção de partículas estranhas e do excesso de secreções – tosse produtiva. As substâncias expetorantes, como o cloridrato de ambroxol, podem facilitar este processo. A tosse produtiva não deve ser suprimida com antitússicos, por conduzir à acumulação de secreções que podem atrasar a recuperação de uma infeção pulmonar. A tosse seca não tem qualquer efeito protetor. Deve ser suprimida com antitússicos, nomeadamente o bromidrato de dextrometorfano, desde que não se suspeite de alguma situação mais grave.



[SAÚDE PREVENÇÃO]

IMPACTOS DAS

práticas de desinfeção NA SAÚDE PÚBLICA É INDISCUTÍVEL QUE A DESINFEÇÃO AMBIENTAL É NECESSÁRIA EM ÁREAS DE RISCO E EM SITUAÇÕES DE SURTO OU PANDEMIA E AMPLAMENTE RECONHECIDO QUE O USO ADEQUADO DE DESINFETANTES CONTRIBUI PARA O CONTROLO DE SITUAÇÕES GRAVES.

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JOÃO SOUTO

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Partner da Zoono Ibéria

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ODEMOS FAZER RECUAR A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE e desinfeção das mãos no controlo de infeções à época dos pioneiros dos procedimentos antisséticos, cujas investigações ganharam visibilidade e impacto a partir de 1820. As conclusões e práticas resultantes desses primeiros trabalhos científicos ainda hoje se aplicam e previnem a propagação de um conjunto amplo de agentes nocivos para a saúde. Em contraste com a higiene das mãos, a relevância da desinfeção de superfícies (ou desinfeção ambiental) tem permanecido, em certa medida, algo controversa. DESMISTIFICAR DÚVIDAS Embora incluída em várias políticas e recomendações nacionais e internacionais no controlo de infeções, a desinfeção de superfícies tem sido tomada como “conveniente” em locais que, pela natureza das atividades que neles decorrem, estão mais predispostos à proliferação de microrganismos – é o caso dos hospitais com as infeções nosocomiais. Mas as evidências de que o aumento global da propagação de microrganismos multirresistentes está diretamente relacionado com a transferência entre superfícies e pessoas, em todo o tipo de locais (transportes, restaurantes, espaços de lazer, habitações) já não podem ser ignoradas e, face à pandemia que o mundo atualmente combate, as dúvidas que ainda persistem sobre o tema devem ser desmistificadas. Preocupações como a toxicidade dos biocidas para os humanos e/ou o meio ambiente têm hoje respostas concretas em tecnologias com fórmulas à base de água,

que demonstram em testes laboratoriais níveis de toxicidade semelhantes aos da vitamina C. Os riscos associados à utilização de biocidas depende, principalmente, do ingrediente ativo usado, sendo que, a par das soluções, também os métodos de cultura e as avaliações de perigo toxicológico evoluíram bastante nas últimas décadas. Múltiplas espécies bacterianas (como o MRSA e o VRE) sobrevivem durante 4-5 meses, e até mais, em superfícies secas, sendo consistentes as provas de que pacientes admitidos em espaços anteriormente ocupados por outros casos de infeção demonstram riscos acrescidos de doença. Assumir que a transferência de microrganismos das superfícies para os humanos não está totalmente demonstrada é como duvidar da própria existência dos vírus simplesmente porque não são visíveis. ABORDAGEM MULTIBARREIRA Também a eficácia do desinfetante depende de uma série de fatores: os inerentes ao produto (concentração, formulação, solubilidade em água, pH), os inerentes à aplicação (o tipo de superfície, a temperatura e o tempo de contacto, o grau de humidade e o modo de aplicação - com ou sem ação mecânica) e os inerentes ao microrganismo. Tanto o grau de interação como as vias de transmissão representam variáveis adicionais no cenário complexo que é a mitigação de riscos de transmissão de agentes patogénicos. Mas a necessidade de enquadrar políticas e procedimentos adequados à descontaminação de superfícies está à


Além dos diretores de hospitais, dos profissionais de saúde e dos políticos, é importante consciencializar o público em geral para a necessidade de procedimentos de desinfeção ambiental adequados a cada contexto e para as consequências adversas das falhas de conformidade, quando verificadas

CONSCIENCIALIZAR O PÚBLICO EM GERAL Além dos diretores de hospitais, dos profissionais de saúde e dos políticos, é importante consciencializar o público em geral para a necessidade de procedimentos de desinfeção ambiental adequados a cada contexto – não se desinfeta uma parede de casa com a mesma regularidade que o volante da nossa viatura – e para as consequências adversas das falhas de conformidade, quando verificadas. Uma melhor compreensão do papel das práticas de desinfeção, nomeadamente a que incide sobre as superfícies, incentivará também o aumento dos apoios aos custos de implementação de programas com garantias de qualidade e segurança. Existem hoje boas evidências de que superfícies contaminadas contribuem para a disseminação de agentes nocivos. É indiscutível que a desinfeção ambiental é necessária em áreas de risco e em situações de surto ou pandemia e amplamente reconhecido que o uso adequado de desinfetantes contribui para o controlo de situações graves. Próximo passo: fazer da desinfeção uma rotina tão natural como lavar as mãos.

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testes e auditorias que validem os resultados obtidos com a estratégia em curso.

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OS AGENTES “CONTRA-ATACAM”? Uma vez integrada no dia a dia, à semelhança do que aconteceu com a lavagem das mãos, a desinfeção de superfícies pode sugerir novas questões ligadas à eventual relação entre a resistência antimicrobiana e o uso dos biocidas: os microrganismos podem tornar-se resistentes aos desinfetantes? Qual a relação entre o uso de biocidas e a resistência das pessoas a certos medicamentos, como os antibióticos? Que outros fatores poderão contribuir para a redução da suscetibilidade dos microrganismos aos desinfetantes?

A compreensão atual sugere a possibilidade de ligação entre o uso de certos biocidas e as resistências citadas. Não é, contudo, possível fazer-se uma declaração final sobre os riscos de resistência, uma vez que o número de variações em estudo epidemiológico é considerável. Seguro é dizer que o estabelecimento de protocolos-padrão, aceites para explicar o uso adequado do desinfetante e avaliar a exposição repetida ao mesmo, permitirão tirar mais conclusões. Nestes protocolos, a tendência é harmonizar os princípios básicos, padrões e técnicas para limpeza e desinfeção de superfícies, olhando à avaliação do risco de contaminação associado às superfícies. A eficácia do produto, a dosagem, a validade, a forma de aplicação, a toxicidade e o potencial de resistência fazem parte dos standards previstos por estes protocolos, que carecem depois de avaliação de conformidade, para que possam ser integrados nos protocolos gerais de limpeza e desinfeção. Quando os serviços de limpeza e desinfeção são terceirizados, os critérios de conformidade devem fazer parte de um acordo de nível de serviço, que prevê não só a formação dos colaboradores que vão implementar o processo, como medições,

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vista com a COVID-19 e a abordagem multibarreira tem-se destacado como um caminho de sucesso. Dentro de uma abordagem multibarreira, as políticas de desinfeção ambiental são sustentadas por avaliações de risco para diferentes superfícies e por diretrizes específicas para diferentes medidas de limpeza, não descurando as próprias propriedades dos materiais e superfícies. A educação e a formação em procedimentos rotineiros de higienização também têm provado o seu valor estratégico, nomeadamente junto das camadas da população mais propensas a “resistir” à incorporação de novos hábitos – os jovens e os idosos.


[SAÚDE MULHER]

Amamentação VIVÊNCIAS, VANTAGENS E REGRESSO AO TRABALHO AMAMENTAR É UMA TÉCNICA, APRENDE-SE A AMAMENTAR, ENSINA-SE A CRIANÇA A MAMAR. NOS PRIMEIROS MESES, ALGUMAS MÃES PODEM CONFRONTAR-SE COM MOMENTOS VERDADEIRAMENTE DESAFIANTES. ESTAREM INFORMADAS É MEIO CAMINHO PARA SE TORNAEM VERDADEIRAS PERITAS.

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PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO é carinhosamente apelidado de “4º trimestre da gravidez”, não só pela proximidade que se mantém entre mãe-filho/a, mas principalmente porque o recém-nascido permanece, tal como o feto, totalmente dependente da mãe em termos nutricionais. A natureza dotou a mulher da capacidade de nutrir os filhos, pelo que o seu corpo está preparado e é capaz de produzir leite para as necessidades da criança em todas as fases da amamentação. As primeiras semanas são vitais para estabelecer uma boa produção de leite materno a longo prazo, pelo que sugerimos que, por um lado, se amamente em regime livre, isto é, sempre que o bebé solicitar; por outro lado, que haja uma atenção e cuidado frequente com as mamas e mamilos, aplicando no final de cada mamada colostro/leite materno e lanolina nos mamilos, favorecendo a hidratação e regeneração da pele.

Pela

ENFª. BÁRBARA SOUSA Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia


extração que mais se adequa à sua situação ALIMENTO VIVO O leite materno é um alimento vivo que contém células estaminais, glóbulos brancos e bactérias benéficas, bem como outros componentes bioativos, como anticorpos, enzimas e hormonas. De entre muitas vantagens para a criança amamentada, destacamos, nesta fase, o papel importante na prevenção de doenças e combate a infeções, contribuindo não só para um início de vida saudável, como para um desenvolvimento adequado. O leite materno é um leite único e completamente adaptado a cada criança, havendo consenso mundial de que a sua ingestão exclusiva é a melhor forma de alimentar os bebés até aos 6 meses de vida, mantendo-se posteriormente com a alimentação diversificada pelo período de tempo que a mãe entender.

COMO EXTRAIR O LEITE Embora se refira a dependência da mãe em termos nutricionais, não significa presença física ad aeternum. A mulher que amamenta pode ter espaços seus, quer seja por motivos sociais, quer profissionais, podendo o bebé ficar ao cuidado de um familiar. Neste sentido, quando a mãe necessita de se ausentar durante algum período que coincida com as mamadas, pode extrair e conservar o leite para ser oferecido à criança. É, assim, premente conhecer técnicas de extração e conservação de leite, para que possa planear esses momentos. Por exemplo, no regresso ao trabalho, é importante pensar como vai manter a produção de leite, conhecer e escolher a técnica de extração que mais se adequa à sua situação (manual ou mecânica), se

VERDADEIRAS PERITAS Amamentar é uma técnica, aprende-se a amamentar, ensina-se a criança a mamar (trazem reflexos, mas muitas vezes têm de ser orientados). Nos primeiros meses, algumas mães podem confrontar-se com momentos verdadeiramente desafiantes. Estarem informadas é meio caminho para se protegerem de todas e mais algumas opiniões (carinhosas, mas muitas descontextualizadas), triarem o importante e se tornarem verdadeiras peritas nos seus filhos.

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como conhecer e escolher a técnica de

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como vai manter a produção de leite, bem

há possibilidade de efetuar extração no local de trabalho, como vai armazená-lo, conservá-lo e transportá-lo em segurança. Por outro lado, é necessário refletir como será o leite oferecido à criança e quem o fará, para que essa pessoa possa ser também elucidada sobre os cuidados a ter com o leite (como aquecer, que quantidades oferecer, entre outros). O leite materno extraído pode ser utilizado para alimentar o bebé durante um período de tempo variável, sendo possível criar uma espécie de banco de leite para recorrer nas situações que a mãe está ausente.

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No regresso ao trabalho, é importante pensar


[SAÚDE SEXOLOGIA] SEXO É ENTREGA, COMUNICAÇÃO, PARTILHA. NUNCA CASTIGO, PRÉMIO OU REFÚGIO. QUANDO UTILIZADO COMO MOEDA DE TROCA, TRANSFORMA-SE NUM PERIGOSO E CRUEL INSTRUMENTO AO SERVIÇO DAS FRUSTRAÇÕES. A CHANTAGEM SEXUAL É SEMPRE UM ERRO, POR MAIS TENTADORA QUE SEJA.

Chantagem

sexual

NÃO SIGA ESSE CAMINHO

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FRASE É FREQUENTEMENTE FEMININA e, na maioria das vezes, proferida em tom de brincadeira: “mais logo, em casa, conversamos...”. Aqui fala-se de tudo, menos de conversa. O verdadeiro significado é intuitivo: “mais logo, não há sexo para ninguém!”. O problema não é brincar, é concretizar a ameaça. Quando assim é, o sexo deixa de ser um fim, para se transformar num meio, que pouco tem a ver com amor ou prazer. No lugar dos afetos, instala-se o medo, a raiva, o orgulho e a vingança, sentimentos que desvirtuam a relação sexual e a instrumentalizam. Mas porquê? Que motivos nos levam a abdicar da satisfação sexual em nome dos desígnios do ego?

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DEMONSTRAÇÃO DE IMATURIDADE Desde os primórdios da humanidade que os seres humanos recorrem ao sexo como moeda de troca, como uma forma de obter o que se deseja à custa do que se tem para oferecer. O problema é que utilizar o sexo como um meio para se atingir um fim é mais do que maquiavélico, é imaturo. E transforma o possível lucro em sério prejuízo emocional. Recorrer ao sexo como um instrumento de manipulação denuncia falta de seguran-

ça, de autoestima e, frequentemente, medo do diálogo. Quando alguém subestima o seu valor, físico e intelectual, tende a compensar a falta de segurança com um maior investimento na performance sexual, de modo a sentir-se mais valorizado(a). Para serem saudáveis, porém, as relações sexuais devem respeitar o que verdadeiramente queremos, pautar-se pelo desejo e estar sempre de acordo com os nossos valores. Porque quem vive o sexo de uma forma madura não recorre à chantagem. Entende-o como o culminar da cumplicidade e da intimidade, como um ato de partilha e um caminho de crescimento pessoal. A única forma de não corromper o sexo passa, assim, por mantê-lo imune a sentimentos negativos que desvirtuem o seu verdadeiro significado. “OLHO POR OLHO...” Longe vão os tempos em que as mulheres tinham que se subjugar sexualmente para atingir ou justificar objetivos materiais. Este modelo de comportamento deixou de fazer sentido a partir do momento em que a emancipação financeira feminina se tornou uma realidade e, com o apetite sexual liberto, a mulher encontrou-se também livre para desfrutar do prazer sexual sem constrangimentos nem obrigações.

Ambos os géneros passaram, desta forma, a interagir sexualmente em função do desejo e dos sentimentos que os unem. Atualmente, sempre que homens e mulheres equacionam não respeitar estas duas “condições” sexuais, fazem-no em nome do bem-estar da relação ou, pelo contrário, com o objetivo de punir o companheiro por alguma atitude menos bem recebida. Porém, quando se toma a decisão de ignorar os próprios sentimentos com o objetivo de utilizar o sexo para um determinado fim – seja enganar a solidão, terminar uma discussão ou compensar a outra pessoa – reduz-se o papel das relações sexuais ao de atos desprovidos de sentido. Sempre que uma relação está despojada de uma boa interação emocional, os sentimentos mútuos manifestam-se dentro do sexo e em torno deste. Tanto os positivos, como os negativos. Deste modo, se, por exemplo, estiver com raiva do seu companheiro por algum motivo, o mais certo é que recorra ao sexo – ou à ausência dele – como forma de o castigar pelos seus atos. SEXUALIDADE AUTÊNTICA Quando fazemos do sexo uma arma, estamos a limitar qualquer forma de sexualidade autêntica. A entrega não existe, apenas intenções que bloqueiam qualquer


A forma que Teresa – 33 anos – encontrou para lidar com os “defeitos” do marido passa por privá-lo dos prazeres “carnais”. “A minha predisposição sexual depende bastante da participação dele nas lides domésticas. Para mim, tudo se resume a uma questão de respeito: a ajuda dele representa o respeito que ele tem por mim”, confessa. A situação agravou-se quando, depois de uma semana mais atarefada, Teresa decidiu deixar de falar ao marido. Depois de dias de costas viradas, decidiu quebrar a greve sexual. Foi a forma que encontrou para partilhar com o marido o que sentia e, simultaneamente, para o castigar. Tudo se resume à forma como as mulheres encaram o contacto físico. Enquanto os homens dissociam o sexo do amor, as mulheres, por seu turno, raramente conseguem envolver-se sexualmente se houver um problema por resolver.

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“Se ele não me ajuda em casa, faço greve de sexo”

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DIÁLOGO SINCERO Para saber se está, mesmo que inconscientemente, a servir-se do sexo, faça o seguinte exercício: pergunte-se se está satisfeita com as suas relações sexuais. Caso a resposta seja negativa, tente perceber a que se deve essa sensação: se a sexualidade está a defraudá-la ou se não corresponde aos seus sentimentos; se está a ter relações por si ou pela outra pessoa. Por último, para ultrapassar esta situação, importa estabelecer um diálogo sincero com o seu companheiro. Através dele conseguirá expressar sentimentos negativos, sem a intenção de magoar a outra pessoa, encontrar alívio para a tristeza, força para combater os medos e conforto para partilhar as alegrias.

Recorrer ao sexo como um instrumento de manipulação denuncia imaturidade, falta de segurança e de autoestima

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possibilidade de se obter prazer físico e mental. Assim, deixar de instrumentalizar o sexo implica, em primeiro lugar, atuar com coerência sexual, ou seja, agir de acordo com o que os impulsos e as vontades ditam, não à mercê de um qualquer sentimento mesquinho. Isto não acontece quando a autoestima está danificada e o amor-próprio arrasado. Se estivermos seguros de quem somos, conseguiremos impor a nossa vontade de forma natural e assertiva, sem a necessidade de recorrer a moedas de troca.


[SAÚDE PSICOLOGIA]

Cães e gatos REMÉDIO PARA A ALMA P

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ARA ALÉM DO PRAZER e alegria imediatos que se obtêm quando se recebe uma lambidela ou marradinha carinhosa, existem já estudos científicos que comprovam as vantagens da convivência e interação com animais de estimação, nomeadamente cães ou gatos. Quais são as vantagens comprovadas de ser tutor de um animal de companhia? 4 Menor risco de desenvolver depressão, hipertensão e ataque cardíaco; 4 Diminuição, em 35%, do número de visitas ao médico, quando comparados com as pessoas com mais de 65 anos que não tem animais de estimação; 4 Maior sentido de segurança, como é o caso dos idosos que vivem sozinhos ou das crianças com dificuldades de socialização.

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JÁ NÃO EXISTEM MUITAS DÚVIDAS SOBRE OS BENEFÍCIOS QUE TRAZ PARA A NOSSA SAÚDE O CONVÍVIO COM OS ANIMAIS EM GERAL E, EM PARTICULAR, COM OS CÃES E OS GATOS. NO MÊS EM QUE SE ASSINALA O DIA MUNDIAL DO ANIMAL, SAIBA MAIS SOBRE ESTA MARAVILHOSA SIMBIOSE.


BASE FISIOLÓGICA Os animais em geral e, de forma particular, os cães e os gatos satisfazem nos humanos a necessidade do toque. Este ato quase mágico do toque estimula a libertação de determinadas hormonas, como a dopamina e a serotonina, e diminui a secreção de cortisol, esta última considerada a hormona do stress. Mas não é só através do toque que os animais nos ajudam. O facto de convivermos diariamente com eles leva-nos a entrar em contacto com rotinas ou atitudes que podem ajudar a nossa saúde: 4 O passeio regular do cão estimula a andar e a realizar exercício físico diário, para além de ser um excelente fator catalisador de socialização entre pessoas; 4 Conviver com um animal é uma responsabilidade: eles exigem rotinas de higiene que nos obrigam a contrariar sentimentos de inércia e a sentirmosnos úteis; 4 Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a criança que contacta e cresce com animais tem um sistema imunitário

O facto de convivermos diariamente com animais leva-nos a entrar em contacto com rotinas ou atitudes que podem,

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OS ANIMAIS TÊM NECESSIDADES ESPECÍFICAS Por todas as razões acima expostas e porque todos os animais – de forma particular, aqui retratados os cães e os gatos – nos merecem o maior dos respeitos, é importantíssimo ser um companheiro responsável, consciente e fiel. Os cães e os gatos têm necessidades específicas. Se pensa adotar ou comprar um cão ou um gato, garanta que lhe vai oferecer uma qualidade de vida adequada. Quais são os pontos principais para ser um tutor responsável? 4 Garanta que reúne as condições físicas para acolher o seu animal e que estas se adequam ao seu tamanho e necessidades de exercício. Pense em quanto tempo por dia pode dispensar para passeios e

brincadeiras; se não tem tempo para passear o cão, pelo menos 15 minutos, três vezes ao dia, o melhor é pensar num gato!. 4 Garanta que proporciona alimento industrial rico em todos os nutrientes e adequado quer à raça, quer à idade e estado fisiológico do seu animal (por exemplo, um labrador em crescimento necessita de alimento diferente de um pinscher adulto e com problemas renais; do mesmo modo, um gato persa deverá ter um alimento adequado às suas necessidades específicas). Entenda o alimento específico da raça e estado fisiológico como a melhor ação preventiva para problemas de saúde. 4 Proporcione os cuidados médico-veterinários necessários ao seu animal, não só os preventivos, como vacinas e desparasitações, como as prescrições médicas, recomendada em caso de doença. Por fim, e para retribuir todo o bem que os nossos amigos de quatro patas no fazem, não poupe em carinho, amor e dedicação... Eles merecem!

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mais resistente e apresenta menor risco de desenvolver alergias ou asma. Para além destas vantagens diretas na saúde, a criança aprende, de forma natural, o sentido da responsabilidade e a desenvolver empatia para com os animais.

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em muito, ajudar a nossa saúde


[SAÚDE ESTANTE]

Super Digestão

Comer para Dois

Autora: Dra. Megan Rossi

Autora: Maria Inês Antunes

Editora: Lua de Papel

Editora: Nascente

Melhorar a saúde dos seus intestinos é o segredo para uma vida longa e saudável. É também o segredo para acabar com os inchaços e dores inexplicáveis. Quer procure uma barriga lisa, perder peso, mais energia ou menos ansiedade, tudo passa por ter os seus sistemas digestivo e intestinal a funcionar na perfeição. Com base nos estudos científicos mais recentes, a Dra. Megan Rossi mostra o que fazer e comer, passo a passo, e como é importante sabermos ouvir o nosso corpo para melhorar os níveis de humor e fortalecer o sistema imunitário.

É do conhecimento comum de qualquer grávida que tudo aquilo que ingere é passível de afetar o crescimento do bebé. Este facto, só por si intimidante, acresce à falta de tempo e de energia a que a mulher está sujeita nesta fase. Baseado em evidências científicas, esta obra dar-lhe-á informação útil e inequívoca sobre o que o seu corpo precisa para se sentir bem e para garantir um crescimento saudável do bebé, desmistificando ideias erradas sobre determinados hábitos e alimentos. Para colocar em prática esses ensinamentos, tem à disposição deliciosas e nutritivas receitas.

A Morte Explicada aos Mais Novos

Autora: Catarina Lucas

Autora: Dr. Manuel Mendes Silva e Carolina Antunes e Silva (ilustrações)

Editora: Influência

Editora: Booksmile

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Vida a Dois

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As dificuldades de uma relação começam, muitas vezes, nas nossas próprias incongruências. Queremos segurança, mas também novidade. Quase sempre exigimos que o outro seja a pessoa perfeita, quando nós estamos longe de o ser. Estas questões levam muitos casais ao consultório da Dra. Catarina Lucas. E a estas questões somam-se uma série de outros problemas comuns à maioria dos casais. Dos temas mais habituais, como a longa rotina, até aos mais complexos, como as traições, a autora fala de todos eles de uma forma simples e direta.

Falar com os mais novos sobre um tema tão sensível como a morte não é fácil. Quando acontece uma perda na família, somos confrontados, não só com o nosso próprio luto, mas também com o das crianças, que, dependendo da idade, podem ainda não compreender muito bem o que aconteceu. Através de uma história, este livro ajuda a criar condições para que num ambiente familiar e lúdico se possa falar sobre a morte. Apresenta explicações sob diferentes perspetivas religiosas e sob a perspetiva científica que permitem esclarecer dúvidas que a criança possa ter.



[SAÚDE FITNESS]

7 QUESTÕES SOBRE

atividade física e exercício

na diabetes ESTIMA-SE QUE MAIS DE TRÊS MILHÕES DE PORTUGUESES, ENTRE OS 20 E OS 79 ANOS DE IDADE, SOFRAM DE PRÉ-DIABETES OU DIABETES. TODOS OS DIAS, MORREM EM PORTUGAL 12 PESSOAS E SÃO DIAGNOSTICADAS MAIS 200 COM A DOENÇA. SENDO A DIABETES TIPO 2 A MAIS COMUM E RESULTANTE DE MAUS HÁBITOS ALIMENTARES, SEDENTARISMO E EXCESSO DE PESO, ESTE ARTIGO AJUDA A ESCLARECER OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO COMO ALIADO DO TRATAMENTO DA DOENÇA.

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Como posso cuidar da diabetes?

A diabetes é conhecida como uma doença metabólica crónica caracterizada pelo açúcar elevado no sangue (glicose). O organismo utiliza a glicose para obter energia, mas em excesso pode prejudicá-lo, provocando lesões nos vasos sanguíneos, que atingem todos os órgãos do corpo humano, aumentando o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença renal crónica e até mesmo perda de visão. A atividade física e exercício regular pode ajudar a reduzir o risco de uma pessoa com diabetes tipo 2, tanto direta como indiretamente. Diretamente, ajuda a prevenir o desenvolvimento de sensibilidade ou resistência à insulina. Indiretamente, ajuda a manter um peso corporal saudável e um nível de gordura visceral baixo, reduzindo o risco de diabetes tipo 2.

PARA CUIDAR DA DIABETES DEVE... 4Reduzir o sedentarismo; 4Seguir uma dieta saudável;

4Realizar exercício físico; 4Tomar medicação (prescrita pelo seu médico). Pela PROF.ª ANA ANDRADE

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Como é que um estilo de vida ativo irá ajudar na doença?

A atividade física, em conjunto com uma alimentação saudável e medicação, é fundamental para o tratamento da diabetes. Inúmeros estudos apresentam a atividade física e exercício como forma de prevenção e tratamento da diabetes, segundo as prescrições do American College of Sports Medicine.

Doutoranda em Atividade Física e Saúde, pela Universidade Lusófona de Lisboa (ULHT). Mestre em Exercício e Bem-Estar, ULHT Lisboa. Personal Trainer e Group Trainer no Holmes Place Parque das Nações.

ESTUDOS demonstraram que a atividade física pode... 4 Manter o coração e ossos fortes; 4 Manter as articulações flexíveis; 4 Reduzir o risco de quedas; 4 Ajudar a perder peso; 4 Reduzir a gordura corporal; 4 Ter mais energia; 4 Reduzir os níveis de stress. 61 >

4 Diminuir a glicose no sangue e a pressão arterial; 4 Diminuir o colesterol mau (LDL) e aumentar o colesterol bom (HDL); 4 Melhorar a capacidade do corpo para utilizar insulina; 4 Reduzir o risco de doenças cardiovasculares e AVC;


[SAÚDE FITNESS]

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Que tipo de atividade física e/ou exercício pode ajudar?

Primeiro que tudo, deverá diferenciar os conceitos de atividade física e exercício: é verdade, não são sinónimos! Atividade física refere-se a qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto de energia e inclui uma ampla gama de atividades ocupacionais, de lazer e quotidianas. Exercício refere-se à atividade física planeada ou estruturada. Envolve movimentos corporais repetitivos realizados para melhorar ou manter um ou mais dos componentes da aptidão física: capacidade aeróbia (ou capacidade de resistência), força muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal.

SEJA MAIS ATIVO Saia do sofá, fuja das cadeiras e lembre-se do ditado popular: “parar é morrer”! 4 Caminhe enquanto fala ao telemóvel; 4 Brinque com as crianças; 4 Leve o cão a passear; 4 Levante-se do sofá sempre que necessita de mudar de canal; 4 Faça jardinagem; 4 Lave o carro; 4 Use as escadas; 4 Estacione o carro longe ou saia uma paragem antes do seu destino; 4 No supermercado, caminhe por todos os corredores; 4 No trabalho, levante-se para falar com um colega, ao invés de ligar ou enviar um e-mail.

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Posso treinar sempre que me apetecer?

Questione o profissional de exercício sobre qual é o melhor horário do dia para treinar. Considere sempre a programação diária, o plano de alimentação e a medicação para decidir quando se exercitar. Se treinar quando a glicose está acima de 300 mg/dl, o valor pode subir ainda mais. É recomendado não fazer exercício até que a glicose no sangue normalize. Além do mais, o exercício não é recomendado se a glicémia em jejum estiver acima do 250 mg/dl e tiver cetonas na urina.

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Há algum tipo de exercício que não devo fazer?

Alguns exercícios podem piorar a a diabetes tipo 2. Por exemplo, atividades que aumentam a pressão nos vasos sanguíneos dos olhos, como levantar muitos pesos, podem trazer complicações ao nível da visão. Se a lesão nervosa causada pela diabetes deixou os pés dormentes, é aconselhado que inicie a prática através das atividades aquáticas, em vez de caminhar, para fazer exercícios aeróbicos. A dormência significa que pode não sentir a dor das feridas ou bolhas nos pés, as quais podem piorar e levar a problemas mais sérios. Certifique-se que faz exercícios com meias de algodão e sapatilhas confortáveis e​​ adaptadas para a atividade que está a realizar. Após o exercício, verifique se há cortes, feridas, inchaços ou vermelhidão nos pés.

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A atividade física e/ou exercício pode baixar a glicémia?

A prática de atividade física e exercício pode causar hipoglicemia em pessoas que tomam medicação (sulfonilureias e meglitinidas). É recomendado realizar a prática no período diurno, de forma a evitar a hipoglicemia noturna. A hipoglicemia pode acontecer enquanto se exercita, logo após ou até um dia depois.

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RECOMENDAÇÕES

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ANTES 4 Não se exercite em jejum; 4 Realize a monitorização da glicémia; se estiver abaixo de 100mg/dl, faça um pequeno lanche. DURANTE 4 Use sempre a identificação médica (diabético e medicação); 4 Ande sempre com alimentos ricos em açúcar (20 a 30g), para que esteja preparado para tratar a hipoglicemia; 4 Evite suster o ar (manobra de Valsalva). DEPOIS 4 Verifique como os exercícios afetaram o nível de glicémia no sangue.


A atividade física, em conjunto com uma alimentação saudável e medicação, é fundamental para o tratamento da diabetes

TIPOS DE TREINO TREINO AERÓBICO – O exercício aeróbico é uma atividade que requer o uso de inúmeros músculos e faz o coração bater mais depressa. Pode realizar três caminhadas rápidas de 10 minutos, uma após cada refeição. Se deseja iniciar a prática de exercício, fale com o seu médico, fisiologista de exercício e nutricionista, de forma a avaliar o seu nível de condição física. O fisiologista irá prescrever o treino de acordo com as suas necessidades, potenciando o exercício para o tratamento da diabetes tipo 2. SUGESTÕES: 4Marcha; 4Subir e descer escadas; 4Nadar; 4Dançar; 4Andar de bicicleta. TREINO DE FORÇA – Fazer exercícios com pesos, elásticos ou máquinas duas a três vezes por semana irá fortalecer os músculos. Quando aumenta a massa muscular e reduz a massa gorda, metaboliza mais calorias, uma vez que o músculo consome mais energia do que a gordura, mesmo entre as sessões de treino. O treino de força pode ajudar a tornar as tarefas diárias mais fáceis, melhorando o equilíbrio e coordenação, bem como a saúde óssea. Pode realizar o treino em casa, ao ar livre ou no ginásio. Fale com o profissional de exercício para lhe dar mais informações sobre o treino de força e qual a melhor opção para si. TREINO HOLISTICO – O treino holístico promove a correção postural, flexibilidade e ajuda a diminui o stress. Aulas como Pilates ou Yoga ajudam também a prevenir dores musculares e a promoverem recuperação após outros tipos de treino.

Agradecimento: António Andrade Fotografia: Miguel Moura

7 Por onde devo começar? Fale com o seu médico, fisiologista do exercício e nutricionista, antes de iniciar um programa de atividade física. Se tem doenças cardíacas ou renais, problemas nos olhos ou nos pés, questione quais os tipos de exercício que são seguros para si. Decida por onde começar e estabeleça metas, tendo em conta: 4a roupa e o calçado que necessita; 4o tipo de atividade que gosta mais; 4a duração de cada sessão; 4alternativas como: “onde vou caminhar se começar a chover”; 4medidas de progresso (pesagem, perímetros). Iniciar a prática é desafiante, por isso, encontre um parceiro de treino para facilitar o processo. Acompanhe a sua atividade física, realizando um registo de atividades, anote quando treina e por quanto tempo – por exemplo no seu livro de registo de glicose. Poderá visualizar o progresso e ver como a atividade física afeta positivamente a glicose no sangue.


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] O melhor aliado para manter energia e concentração

BioActivo Arroz Vermelho Nova embalagem mais económica

Para mostrar aos estudantes que existem opções de suplementação alimentar que podem auxiliar no combate à fadiga e melhorar as funções cognitivas, concentração e desempenho mental, tornando-se o melhor parceiro em períodos mais exigentes, MentalAction Estudantes acaba de apresentar a sua nova campanha. Lançado no mercado em 2018, este estimulante cerebral contribui para melhorar os níveis de energia, o normal funcionamento do sistema nervoso e reduzir a fadiga, ao combinar vitaminas e minerais, que funcionam como aditivos naturais para nosso cérebro.

Descubra a nova gama Aveeno Dermexa

BioActivo Arroz Vermelho é um suplemento natural que contribui para a manutenção de níveis normais de colesterol no sangue. Contém 10mg de monacolina K, proveniente de arroz vermelho fermentado, sendo uma alternativa natural aos medicamentos para redução do colesterol. Agora disponível em nova embalagem para cinco meses, à venda em farmácias. Mais informações: www.bioactivo.pt

Há mais de 40 anos a estudar o microbioma da pele e as propriedades da aveia para o tratamento e alívio da pele com tendência atópica, de forma a minimizar a sensação de comichão e irritação da pele, a AVEENO criou e desenvolveu a gama Dermexa para dar resposta a estas necessidades. A gama junta o melhor da natureza à ciência mais avançada, permitindo restaurar a barreira de proteção natural da pele, através da aveia coloidal, conferindo-lhe suavidade e equilibrando o microbioma.

Novo Óleo Facial com extrato de dióspiro

OUTUBRO 2012

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Fitatos e vitamina D para a saúde dos ossos

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A osteoporose é uma doença silenciosa que afeta cerca de 800.000 pessoas em Portugal, tendo maior incidência nas mulheres pósmenopausa. Win-Fit osteo é um suplemento que oferece uma abordagem inovadora e segura para a saúde dos ossos na prevenção da osteoporose e está disponível no mercado farmacêutico pela Ampliphar. Win-Fit osteo possui evidência científica e é patenteado, tem uma fórmula inovadora com fitatos (obtidos do arroz integral – extrato de Oryza sativa), envolvidos nos mecanismos de formação e reabsorção óssea, e vitamina D, que contribui para a manutenção de ossos normais, para a normal absorção e utilização do cálcio e do fósforo.

Uma nova linha de óleos faciais com extrato de dióspiro é a mais recente inovação da Folha D’Água (marca portuguesa que desenvolve produtos 100% naturais de elevada qualidade a pensar no seu bem-estar), que promete ajudar a proteger a pele normal a seca durante a estação fria que se aproxima. Repleta de ingredientes benéficos, este óleo facial para pele normal a seca deixará a pele nutrida (e visivelmente transformada), renovando a luminosidade, protegendo a barreira natural e minimizando os efeitos da poluição diária no rosto, graças aos carotenoides presentes no extrato de dióspiro.

Menos flacidez, mais densidade Exception Marine, da Thalgo, é uma gama cosmética de topo para combater a perda de densidade e a flacidez cutâneas características da menopausa e pré-menopausa. Combina princípios ativos como extratos de algas específicas e figueira-

do-Egito associados a células nativas de Edelweiss. A proposta é a de um ritual profissional redensificante e quatro produtos para utilização em casa: Sérum Redensifiant, Crème Redensifiant, Crème Riche Redensifiant , para peles secas a muito secas, e Soin Lift Paupières.


Uma pele limpa num gesto tão fácil! Para a pele com borbulhas, pontos negros, poros dilatados e tendência acneica, os laboratórios SVR lançaram Sebiaclear Micro-Peel, a primeira essência dermatológica de elevada concentração desincrustante e alisante. Tão líquida como a água, mas muito rica em princípios ativos, esta essência evanescente infunde na pele muito rapidamente para um efeito imediato de pele limpa, com um acabamento impercetível.

Recupere da fadiga muscular com cuidados naturais A Boiron, líder no fabrico e comercialização de medicamentos homeopáticos, acaba de lançar dois novos cuidados naturais formulados com tintura-mãe de plantas frescas de Arnica montana: Arnicrème, um creme suavizante e tonificante ideal para massagem que favorece a recuperação muscular após o esforço físico; e Arniroller, um gel para alívio rápido e eficaz das tensões do dia-a-dia.

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10 minutos de exposição, 8 horas de eficácia As novas Máscaras Faciais Shot Marin, da Thalgo, são de fácil aplicação e oferecem resultados excelentes, com composições de inspiração profissional, mas de utilização doméstica e muito rápida. Bastam 10 minutos de exposição, para 8 horas de eficácia visível. Um excelente contributo para a qualidade e a beleza da pele, tão oportuno desta época de mudança de estação, a nível da hidratação, revitalização ou efeito lifting.

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[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Teste de COVID-19 disponível nas farmácias

Abbott lança teste de COVID-19 para resultados em 15 minutos

O Abbott anunciou que recebeu marcação CE para o seu dispositivo de teste rápido Panbio COVID-19 Ag, para a deteção do vírus SARS-CoV-2 em indivíduos com suspeita de ter COVID-19. O teste rápido de antigénio, autorizado para uso por profissionais de saúde, não requer instrumentação e os resultados podem se obtidos em apenas 15 minutos, tornando-se uma ferramenta valiosa para a realização de testes em grande escala em diferentes populações. A recolha de amostras é realizada através do exsudado da nasofaringe. Não requer qualquer teste de confirmação.

Uma das maiores empresas da área do diagnóstico, a britânica SureScreen Diagnostics, acaba de lançar em Portugal um teste rápido de deteção de anticorpos anti-SARS-Cov-2 com elevado grau de precisão. O novo teste, atualmente o escolhido pelo hospital público londrino Guy’s and St. Thomas como o teste padrão no protocolo de rastreio de doentes COVID-19, apresenta resultados em 10 minutos e está disponível nas farmácias. O teste COVID-19 Coronavirus Rapid Test Cassette da SureScreen Diagnostics identifica a resposta imunológica ao coronavírus após o início da infeção. É capaz de detetar até os casos assintomáticos e necessita apenas de uma amostra de sangue através de uma picada no dedo para fornecer um resultado, tal como num teste de glicemia.

Assepsia e descontaminação

LG revoluciona

OUTUBRO 2020

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a limpeza do ar pessoal

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A LG é associada desde sempre a uma vida saudável e higiénica, sendo que esta reputação resultou na criação de uma categoria totalmente nova de tecnologia de wearables de purificação de ar para fornecer um novo nível de proteção portátil. O LG PuriCare Wearable Air Purifier agora apresentado estará disponível a partir do quarto trimestre do ano em mercados selecionados. Este novo equipamento vem resolver o dilema de escolher entre uma máscara caseira, de qualidade inconsistente, e uma máscara descartável. O PuriCare Wearable Air Purifier utiliza dois filtros Total Care semelhantes aos filtros H13 HEPA aplicados nos produtos de purificação do ar doméstico da empresa.

Portal Clean Covid-19 é um equipamento que permite a desinfeção e descontaminação rápida e profunda em espaços com grande fIuxo de pessoas, prevenindo assim o risco de contágio. Projetado para entradas de todos os tipos de indústrias, edifícios, espaços comerciais, estádios, metro, entre outros. A unidade de desinfeção é ativada em segundos ao detetar a passagem de uma pessoa e permite uma desinfeção completa de roupas, cabeIo, mãos, chaves, teIefones, boIsas, entre outros de acordo com as normas da Direção GeraI de Saúde.

DIRETOR:

Francisco Duarte

Drª Luísa Carvalho (Especialista de Medicina Geral e Familiar)

REVISÃO CIENTÍFICA:

COLABORADORES/CONSULTORES: Dr. A. Coimbra

de Carvalho (Dent.);Dr. Alexandre Fernandes (Nutrição); Drª Ana Maria Cordeiro (Radiodiag.); Prof. Antero da Palma Carlos (Alergo.); Dr. António Manuel Marques (Socio.); Dr. António Meyrelles do Souto (Ortop.); Dr.  Artur Aguilar (Oftalm.); Dr.  Artur P. Galvão (Psiq.); Dr. Baptista Fernandes (Cirur. Estét.); Dr. C. Canas Ferreira (Otorrino.); Dr. César Ramos (Imuno./Alergo.); Drª Cláudia Madeira Pereira (Psicologia Clínica); Dr. Duarte Vilar (Socio.); Dr. E. Melo Rocha (Alergo./Pediat.); Dr. Fernando Lacerda Nobre (Clín. Geral); Prof. Francisco J. Antunes (Venér./SIDA); Prof. Francisco Reich de Almeida (Oftal. Infant.); Drª Isabel do Carmo (Endocri.); Dr. J. Seixas Martins (Cirur. Plást.); Dr. João de Matos Silva (Homeop.); Dr. Joaquim Margalho Carrilho (Ass. Port. Medi. Adicção); Dr. José Pacheco (Sexo); Prof. L. Menezes Falcão (Cardio.); Dr. Libério Bonifácio Ribeiro (Pediat./ Alergo.); Prof. Lincoln Justo da Silva (Pediat.); Dr. Luís Mendes Graça (Obstet.); Dr. Manuel Costa Guerreiro (Psiq.-Assoc. Defesa Saúde Mental); Dr. Manuel Neves e Castro (Gineco.); Drª Margarida Cordo (Psico-Socio.); Drª Maria Antónia Frasquilho (Psiq. Med. Trabalho); Dr. Mário Andrea (Otorrino.); Nazaré Nunes (Estét.); Drª Paula Martinho da Silva (Adv.-Ética); Dr. Paulo Guimarães (Urolog.); Dr. Pedro Levy (Psiq.); Associação de Planeamento para a Família. E-MAIL:

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