ANO III • NÚMERO 1 JAN/FEV/MAR 2014
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENDOMETRIOSE E GINECOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA
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Mais uma novidade da SBE!!! Aos colegas que tiverem interesse em divulgar sobre a Endometriose para suas pacientes, encaminhe um e-mail para secretaria@sbendometriose.com.br
“Para prevenção, é preciso comunicação” Cordialmente, A diretoria
Para solicitar os folders para seu consultório informe:
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Sumário | Expediente Editorial
Artigos
Frente Parlamentar
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Nova Gestão
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Planejamento da Diretoria
VIVIAN FERREIRA DO AMARAL
Planejamento Estratégico
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RUI ALBERTO FERRIANI
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Desafios na Saúde da Mulher no Século XXI: Novas ferramentas para construir resultados em saúde
Planejamento para 2014 - SBE
Guidelines
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“ESHRE guideline: management of women with endometriosis”
ROGÉRIO DE FRAGA
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Aspectos da assistência francesa à paciente com endometriose
ALEXANDER KOPELMAN
Artigo Científico
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Atuação da Cirurgia Robótica em Ginecologia
LUIZ GUSTAVO OLIVEIRA BRITO, ANTÔNIO ALBERTO NOGUEIRA
Gestão Editorial
Rua das Roseiras, 464 CEP 03144-090 - São Paulo-SP Tel/Fax: (11) 2341-8045 E-mail: alamtec@br.inter.net Site: www.alamtec.com.br Tiragem: 8.000 exemplares Distribuição: Território nacional Periodicidade: Trimestral Público Alvo: Médicos ginecologistas, bibliotecas de hospitais, escolas de medicina, centros de estudos de hospitais públicos e privados.
Abordagem da endometriose: alguns desafios, algumas soluções
Editora de Jornalismo Luciana Oncken MTB 46.219
© copyrights 2014 SBE
Projetos — Prêmio “O Médico Jovem e a Endometriose — SBE 2014
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Prêmio “O Médico Jovem e a Endometriose — SBE 2014
RUI ALBERTO FERRIANI, EDUARDO SCHOR, FERNANDO REIS
Programa do Congresso
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Programa do Congresso e dos cursos pré-congresso
Notícias e Eventos
CARLOS AUGUSTO BASTOS DE SOUZA, JOÃO SABINO CUNHA FILHO, VIVIAN FERREIRA DO AMARAL
CONSELHO EDITORIAL/CIENTÍFICO Eduardo Schor Fernando M. Reis Frederico Côrrea Mauricio S. Abrão Nicolau D’Amico Filho Rui Alberto Ferriani Vivian Ferreira do Amaral
MAURICIO SIMÕES ABRÃO
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Programação para os próximos 12 meses
DIRETORIA Presidente Rui Alberto Ferriani Vice Presidente Carlos Alberto Petta Diretor Financeiro Sergio Podgaec 1º Tesoureiro Claudio Crispi Secretário Geral Nicolau D´Amico Filho 1º Secretario Luciano Gibran Diretora de Comunicações Vivian Ferreira do Amaral Diretor Técnico Científico Eduardo Schor Diretor de Relações Internacionais Fernando Marcos dos Reis Diretor de Relações Institucionais Paulo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro Diretor de Sede Patrick Bellelis Diretora de Ensino Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro Presidente do Conselho de Ética Reginaldo Guedes Lopes
Vice-Presidente do Conselho de Ética Celso Luiz Borreli 1º Conselheiro do Conselho de Ética João Antônio Dias Junior 2º Conselheiro do Conselho de Ética Carlos Augusto Pires Costa Lino 3º Conselheiro do Conselho de Ética João Sabino C. Cunha Filho Conselho Fiscal Paula Andrea de Albuquerque Salles Navarro Conselho Fiscal Frederico José Silva Correa Conselho Fiscal Júlio Cesar Rosa e Silva 1º Membro do Conselho Vitalício Mauricio Simões Abrão Secretária Executiva Monica Sgobbi
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Editorial
Nova Gestão Caros colegas, Esse é o primeiro jornal da SBE de nossa gestão, e o primeiro de 2014. A SBE é já uma Sociedade bem estabelecida, madura, após duas gestões anteriores, comandadas pelo Mauricio Abrao. Nosso papel agora será o de dar continuidade aos projetos já implantados e propiciar a criação de novas perspectivas dentro do campo de estudo da endometriose e da cirurgia minimamente invasiva.
RUI ALBERTO FERRIANI
Presidente Eleito da SBE Gestão 2014-2016
distingue como uma sociedade realmente participativa e com engajamento de seus diretores e sócios. Estamos empenhados em manter uma home page bem atualizada, contendo notícias, casos clínicos e guidelines, e com uma boa interatividade com nosso sócios. Implementamos uma grande campanha de ampliação de nosso associados, e contamos hoje com um mailing robusto, que atinge os principais especialistas voltados para a prática da cirurgia minimamente invasiva e da endometriose, o que garante apoio da indústria para mantermos nossas atividades. Já iniciamos e certamente essa será uma grande meta e desafio a gestão junto aos órgãos públicos no sentido de defender uma priorização de recursos públicos tendo em vista ser a endometriose uma doença crônica,
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Em 2014 temos a grande responsabilidade de hospedar o Congresso Mundial de Endometriose, realizado pela World Endometriosis Society, WES, que acontecerá no WTC, em São Paulo, em maio. Sem dúvidas esse é o maio evento mundial relacionado ao estudo da endometrioque acomete mulheres jovens em sua fase reprodutiva, quando estão estabelecendo relacionamentos pessoais e se estabelecendo profissionalmente. Mais de 6 milhões de mulheres brasileiras padecem desse problema, e defendemos a priorização de métodos diagnósticos e de tratamento eficazes. O estabelecimento de treinamentos de métodos de imagem, a criação de mais centros especializados de abordagem cirúrgica e o reconhecimento dos procedimentos pelo SUS e agências de saúde complementar são necessidades urgentes. Estamos apoiando iniciativas da sociedade civil, como a Marcha da Endometriose e a Frente Parlamentar, que visam consolidar uma melhor abordagem das pacientes. Estivemos presentes no Fórum de Saúde Pública realizado em Brasília
se, e os brasileiros poderão ter contato com os maiores especialistas do mundo todo. Estamos ajudando essa organização com o maior carinho, a fim de recepcionar aos colegas brasileiros e de todo o mundo que aqui virão. A diretoria vem trabalhando arduamente desde esse início de ano, para já distribuir nosso jornal no mês de março, mantendo um cronograma rigoroso para todo o ano. O jornal já tem programação de quatro números para 2014. Várias atividades vem sendo discutidas, e vocês poderão observar já os resultados no nosso plano estratégico, também publicado nesse número. Nossos diretores estão todos empenhados em trabalhar coletivamente para essa nossa entidade, o que a em 2013, quando pudemos defender a visão de ser a endometriose uma doença crônica não transmissível, que precisa de apoio para seguimento em longo prazo. Dessa forma, vemos a SBE como uma entidade focada em um problema bastante prevalente, o que lhe dá a possibilidade de exercer ações coordenadas em prol de nossos objetivos. Nossa Diretoria é constituída por colegas especialistas atuantes, com visão prática e também acadêmica, o que torna essa tarefa um desafio real mas bastante possível de se concretizar. Contamos com a colaboração e participação de todos! Nossa secretária Monica está à disposição em nosso e-mail para atender eventuais necessidades de vocês. Um abraço cordial.
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Editorial
Planejamento da Diretoria Queridos colegas, É uma grande satisfação participar efetivamente desta diretoria tão dinâmica, que, desde o início do ano, tem se reunido para aprimorar e inovar a nossa SBE. Em 2014, teremos 4 edições da revista com temas científicos e temais atuais relacionados a Endometriose e a Ginecologia Minimamente Invasiva. No mês de março, haverá a marcha e a corrida da Endometriose. Em abril, o Congresso mundial de Endome-
triose que será no Brasil de 30/04 a 03/05/2014. Além de projetos satélites para aprimorar o conhecimento de colegas de todo Brasil, estamos nos empenhando também para aprimorar o estudo à distância com inovações no site e parcerias com entidades científicas favorecendo nossos associados com desconto na sua inscrição. Desejo a todos uma ótima leitura! Cordialmente.
VIVIAN FERREIRA DO AMARAL Diretora de comunicação da SBE
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Inscrições através do site: www.corridawrun.com.br
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Planejamento Estratégico
Planejamento para 2014 - SBE Prezados colegas, A diretoria da SBE vem trabalhando arduamente para fortalecer cada vez mais essa Sociedade. Várias reuniões de Diretoria aconteceram, um grande tempo de trabalho de grande parte dos membros da diretoria, partilhamos aqui com vocês as nossas estratégias já tomadas. Lembramos que a SBE é uma organização sem fins lucrativos, filiada a Sociedade Mundial de Endometriose (WES) e a AAGL (Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica). Temos como objetivos: • Incrementar as pesquisas sobre a doença; • Estabelecer o real perfil epidemiológico no Brasil, difundindo seus resultados; • Promover maior integração com associações e entidades internacionais e profissionais envolvi-
das no problema; • Realizar campanhas de esclarecimento à população; • Promover regularmente reuniões científicas ligadas ao tema Endometriose; • Conscientizar agentes públicos de saúde da epidemiologia e do impacto sobre qualidade de vida, ajudando a estabelecer políticas de saúde que promovam um melhor tratamento. O Congresso Mundial de Endometriose sera de 30/04 a 3/05/ 2014
em São Paulo. O evento está fechado, com presenças confirmadas dos maiores expoentes da área. Um grande número de trabalhos foi selecionado, as inscrições já passam de 700 nomes. Embora a organização seja da WES, a presidência é do Maurício Abrão e a SBE é a entidade sede, e contamos com a presença de todos! A diretoria
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Guidelines
“ESHRE guideline: management of women with endometriosis” ALEXANDER KOPELMAN
Pós Graduando-Doutorado, do Setor de Endometriose do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM
Destaques do guideline publicado pela ESHRE na Human Reproduction, Advance Access published January 15, 2014 Diagnóstico Devemos suspeitar de endometriose diante dos seguintes sintomas: • dismenorréia • dispareunia • dor pélvica acíclica • infertilidade (GPP) Outros sintomas, não-genitais, como disquezia, distensão abdominal ou disúria são, também, preditivos da doença (GPP). Ao exame físico o diagnóstico de endometriose profunda deve ser feito diante de infiltrações ou nódulos palpáveis no fórnice posterior da vagina ou septo retovaginal ,ou em alguns casos nódulos visíveis na mucosa vaginal (C). Presença de massa anexial dolorosa sugere endometrioma de ovário. Salienta-se que o exame físico normal não descarta o diagnóstico de endometriose (C).
Nas mulheres com sintomas intestinais relevantes, quando há suspeita de doença intestinal, a ultrassonografia endovaginal tem alta sensibilidade para confirmar ou descartar a presença de nódulos retais (A). Os métodos de imagem, seja ultrassonografia não são recomendados para se pautar o diagnóstico de endometriose (D). O uso de biomarcadores em tecido endometrial, fluido uterino ou fluido menstrual, assim como o uso de biomarcadores no plasma, soro ou urina, inclusive o CA125, não é recomendado para o diagnóstico de endometriose (A). Tratamento da dor asso-
ciada à endometriose
Recomenda-se que o tratamento da dor em mulheres com alta sus-
peita de terem endometriose inicie-se por analgésicos e medicações hormonais antes da realização de uma laparoscopia (GPP). Entre as opções eficazes temos contraceptivos hormonais combinados, progestágenos e análogos de GnRH, individualizando as pacientes para realizar a escolha entre essas opções(A-B). Nenhuma delas mostrou, até o momento, superior eficácia em relação às outras. Diante de mulheres com endometriose profunda infiltrativa refratária aos medicamentos acima citados, podemos optar por inibidores da aromatase associados a contraceptivos hormonais, progestágenos ou a análogos de GnRH (B). Quando utilizado o análogo de GnRH, deve-
se fazer a terapia de adição hormonal, evitando a diminuição de massa óssea e efeitos colaterais (A). O tratamento cirúrgico pode ser realizado por cauterização ou exérese das lesões nas formas leve e, preferencialmente, pela segunda forma nas lesões profundas (C). Os endometriomas devem ser tratados por cistectomia e não por drenagem e cauterização, pois a cistectomia produz melhora clínica mais significante e menor taxa de recidiva (A). Em relação aos nódulos endometrióticos intestinais, não se conseguiu chegar a um consenso sobre a melhor forma de abordagem. Algumas escolas alertam sobre as vantagens do shaving em relação à
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Guidelines — Parte 1 ressecção intestinal segmentar, por ser menos agressiva e com chance de complicações. Recomenda-se encaminhar as pacientes com endometriose infiltrativa para centros de referência neste tipo de cirurgia. Quando a paciente possui prole constituída e falha em tratamentos precedentes, podemos oferecer histerectomia junto à remoção das lesões endometrióticas. Cirurgia para interrupção de nervos pélvicos uterossacrais não deve ser realizada, pois não existe eficácia comprovada (A). A ablação de nervos pré-sacrais possui eficácia adicional em reduzir a dor pélvica, mas está relacionada a elevada morbidade cirúrgica (A). Não há vantagens em prescrever medicamentos hormonais antes de
procedimentos cirúrgicos com o intuito de melhorar os resultados (A).
para alivio dos sintomas relacionados ao hipoestrogenismo (B).
No pós operatório, devemos manter a paciente medicada visando a prevenção secundária da doença. Para isso podemos utilizar o sistema intra -uterino liberador de levonorgestrel ou contraceptivos hormonais combinados por 18-24 meses (A).
Prevenção
Menopausa e endometriose As mulheres com endometriose e sintomas severos decorrentes da pós-menopausa devem receber reposição hormonal. Devemos evitar os estrógenos sem a oposição de progestágenos. Sugere-se que as mulheres submetidas à menopausa cirúrgica devido à endometriose recebam a combinação estrógeno/progesterona ou tibolona
O uso de contraceptivo hormonal e exercícios físicos foram as únicas medidas úteis para a prevenção primária da endometriose. Entretanto a intensidade deste resultado ainda é incerta (C). Endometriose e câncer Recomenda-se que os médicos informem as pacientes que não há indícios de que a endometriose eleve o risco para o desenvolvimento de câncer. Existe apenas um leve aumento na incidência de câncer de ovário e linfoma não Hodgkin´s (GPP).
Acesse o novo portal da SBE e faça seu recadastramento. Garanta o recebimento de todas as informações que a SBE tem.
www.sbendometriose.com.br
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Artigo Científico
Atuação da Cirurgia Robótica em Ginecologia LUIZ GUSTAVO OLIVEIRA BRITO ANTÔNIO ALBERTO NOGUEIRA
Serviço de Cirurgia Ginecológica, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Sabe-se que a cirurgia robótica permite uma ótima visualização de campo, uma ergonomia para que o cirurgião tenha flexibilidade no manejo cirúrgico sem tremores ou uma precisão cirúrgica na dissecção, corte e sutura de estruturas. Esses atributos são encontrados, na prática, em laparoscopistas experientes e, nesse sentido, a cirurgia robótica facilitaria o aprendizado do cirurgião. Da mesma forma, laparoscopias consideradas difíceis, com grande probabilidade de conversão se tornariam mais fáceis de serem realizadas pela via robótica2. O Grupo Cochrane publicou uma revisão sistemática em 2012 sobre cirurgia robótica em Ginecologia, e um dos objetivos era comparar a via robótica com a laparoscópica. Não encontrou diferenças em relação a complicações intraoperatórias, qualidade de vida, duração da permanência hospitalar e taxas de conversão laparotômica. Porém, complicações pós-operatórias, tempo operatório maior e alto custo foram mais associados a via robótica3. Limitações dessa revisão: apenas dois estudos randomizados controlados com 158 mulheres no total. Portanto, tais resultados precisam
A
cirurgia robótica para Ginecologia foi aprovada nos Estados Unidos em 2005 pela Federal Drug Administration (FDA) através do sistema cirúrgico DaVinci1. As suas principais utilizações em Ginecologia Cirúrgica são: histerectomia, miomectomia, massas anexiais, reanastomose tubária, defeito do compartimento apical (prolapso de cúpula vaginal), assim como patologias ginecológicas malignas (câncer de endométrio e colo uterino). Porém, apesar de uma década de uso dessa modalidade minimamente invasiva de cirurgia, ainda não temos nível de evidência suficiente para referenciar a cirurgia robótica em detrimento às demais vias minimamente invasivas2.
ser revistos à luz de futuros estudos com essa qualidade de desenho. Uma revisão sistemática publicada há algumas semanas pela Sociedade de Cirurgiões Ginecológicos composta de estudos randomizados e observacionais comparando abordagens robóticas e não-robóticas (laparoscopia, abdominal e vaginal) para doenças ginecológicas benignas e malignas4. De 1213 citações, permaneceram 30 artigos que fecharam os critérios de eligibilidade da pesquisa (3 em uroginecologia, 5 em miomectomia, 3 em histerectomia não-oncológica, 6 sobre câncer cervical e 13 em câncer endometrial). No câncer endometrial, podemos dizer que existe uma vantagem da técnica robótica em relação a técnica laparotômica quando se analisa permanência hospitalar, tempo operatório, sem comprometimento do número de linfonodos removidos. Porém, não existem diferenças importantes comparando robótica com laparoscopia, com tendências não estatisticamente significantes de menor tempo operatório, menor gasto sanguíneo, menor escore de dor à escala analógica visual4.
No câncer cervical, não houveram diferenças significativas comparando robótica com laparoscopia, a não ser relacionado à perda sanguínea que foi menor na primeira. Ao comparar robótica com laparotomia, as variáveis se mostraram com melhores resultados nesta primeira via, exceto tempo cirúrgico4. Na área uroginecológica, a técnica robótica surgiu em auxílio da sacrocolpopexia em 2004 e mostrou-se satisfatória pelas pacientes em relação ao resultado. A maior casuística existente de 80 casos encontrou cinco (6%) mulheres com erosões da faixa, duas com lesão vascular, uma com lesão intestinal, e também as pacientes apresentaram recorrências 2,4. A indicação da cirurgia robótica nesses casos foi como adjuvante no tratamento cirúrgico do prolapso genital por via laparoscópica, principalmente dos defeitos apicais. Sabe-se que a dissecção dos espaços pré-sacrais e retovaginais, assim como o posicionamento da faixa, localização das suturas, e o tipo de nó pode ser difícil com a técnica laparoscópica. Em relação às doenças ginecológicas benignas, a miomectomia robótica
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Artigo Científico não se mostrou superior em relação à via laparoscópica. Quanto à histerectomia não-oncológica, a maioria dos dados foram obtidos de estudos retrospectivos, com dados sem diferença estatística em relação ao tempo cirúrgico, e com uma tendência a favorecer a menor perda sanguínea em relação à cirurgia robótica 4. A curva de aprendizado em cirurgia robótica na Ginecologia também já foi estudada, e para histerectomias oncológicas, acima de 20 cirurgias o operador adquire um platô de poucas diferenças em relação ao tempo e complicações4,5. Aparentemente, o tempo para se chegar a uma curva de estabilização de aprendizado na via robótica é menor do que na via laparoscópica, e isso tem sido um atrativo para estimular os cirurgiões a conhecerem melhor essa via5.
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Contudo, a cirurgia robótica apresenta complicações como qualquer outra via. O FDA, através do MAUDE (Manufacturer And User facility DevicE), reporta 73 eventos relacionados à injúria em cirurgias robóticas ginecológicas, sendo 24 associadas a óbito; e o mais preocupante, 21% dos casos são associados a inexperiência do operador6. O custo também é um fator limitante, sendo a compra de um robô ainda algo utópico para a maioria dos hospitais públicos de países em desenvolvimento. Assim, torna-se necessário maiores casuísticas e maior investimento no treinamento de cirurgiões voltados para essa via para se conhecer melhor o lugar da abordagem robótica em Ginecologia. Referências 1. Advincula AP, Falcone T. Laparoscopic robotic gynecologic surgery. Obstet Gynecol Clin North Am 2004; 31(3):599-609.
2. Swan K, Advincula AP Role of robotic surgery in urogynecologic surgery and radical hysterectomy: how far can we go ? Curr Opin Urol 2011;21:78-83. 3. Liu H, Lu D, Wang L, Shi G, Song H, Clarke J. Robotic surgery for benign gynecological disease. Cochrane Database Syst Rev 2012;(2): CD008978. 4. Gala RB, Margulies R, Steinberg A et al. Systematic review of robotic surgery in Gynecology: Robotic techniques compared with laparoscopy and laparotomy. J Minim Invasive Gynecol 2014 [Epub ahead of print]. Doi: 10.1016/j. jmig.2013.11.010. 5. Foell K, Finelli A, Yasufuku K et al. Robotic surgery basic skills training: evaluation of a pilot multidisciplinary simulation-based curriculum. CUAJ 2013;7(11-12):430-4. 6. Manoucheri E, Fuchs-Weizman N, Cohen SL, Wang KC, Einarsson JI. MAUDE – Analysis of Robotic-Assisted Gynecologic Surgery. J Minim Invasive Gynecol 2014 [ Epub ahead of print]. Doi:10.1016/j.jmig.2013.12.122
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Artigos
Abordagem da endometriose: alguns desafios, algumas soluções RUI ALBERTO FERRIANI
Presidente Eleito da SBE Gestão 2014-2016
A abordagem da endometriose depende essencialmente do tipo de sintomatologia apresentada, seja a infertilidade, seja a dor pélvica, nos seus diversos graus de intensidade. Na presença de endometrioma ovariano, a primeira linha para a obtenção de gravidez pode ser a cirurgia ou a Reprodução Assistida (RA), a depender de variáveis como a idade da mulher, a presença de outros fatores de infertilidade, se há cirurgias prévias e a presença de dor mais intensa. Embora não haja consenso mundial, a tendência atual tem sido de se evitar ao máximo a realização de cirurgias, tendo em vista a possibilidade real de se diminuir a reserva ovariana, e sempre que possível indicar a RA. Nos casos de endometriose profunda com desejo de gravidez, a proposta mais aceita é indicar FIV/ICSI, e, se não houver sucesso após duas ou três tentativas, indicar a cirurgia, já que não há estudos controlados que mostram que a realização de cirurgia para endome-
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padrão ouro de diagnóstico da endometriose ainda é a laparoscopia, mas em algumas formas da doença, como os endometriomas ovarianos e a doença profunda, os métodos de imagem podem fortemente sugerir o diagnóstico, e dessa forma nem sempre é necessária a realização de procedimentos cirúrgicos, pelos menos na fase de diagnóstico. Há necessidade de se identificar métodos diagnósticos não invasivos, principalmente para as formas mais leves, o que possibilitaria o diagnóstico mais precoce e a implementação de intervenções preventivas das complicações, tão frequentes nessa doença. A identificação de marcadores da endometriose, o que muito facilitaria o diagnóstico da doença, ainda é motivo de pesquisas e o mais antigo deles e com algum uso na prática é o CA-125, que infelizmente não preenche todos os quesitos necessários para ser um bom biomarcador. Há uma carência de estudos que respondem a essa questão.
triose profunda aumente as chances de sucesso da FIV. No Brasil, atualmente, há uma forte movimentação para se ampliar o acesso a diagnóstico e terapêutica, com várias ações científicas e políticas, e a SBE tem organizado e apoiado várias delas. Os procedimentos cirúrgicos utilizados para o tratamento da endometriose profunda, embora haja controvérsias sobre qual seja a melhor técnica, devem ser realizados por equipe multidisciplinar e experiente nesse tipo de cirurgia, pois os resultados clínicos são fortemente dependentes dessa experiência, e a formação especializada de colegas é um grande desafio nesse país tão grande, e por isso mesmo precisamos de cursos bons e acessíveis para formação, desde a residência em Ginecologia e Obstetrícia. Embora ainda de pouco alcance devido aos altos custos, cada vez mais precisamos aumentar a possibilidade de se fazer criopreservação de oócitos
de mulheres que apresentam endometriomas grandes, pois há cada vez mais estudos mostrando que a reserva ovariana diminui significativamente após uma cirurgia de ovário, comprometendo assim a fertilidade futura dessas mulheres. O congelamento de oócitos para mulheres já é uma realidade, e com o tempo irá baixar custos e permitir maior acesso.
O tratamento clínico e o papel das novas drogas A endometriose tem uma alta prevalência. Uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva apresenta a doença, o que faz extrapolar que cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo apresentam endometriose em seus anos mais produtivos. No Brasil, esse número estimado é de 6 milhões de mulheres na fase de vida de estabelecimento profissional e pessoal, e muitas vezes os fortes sintomas acabam prejudicando sua qualidade de vida e
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Artigos seus relacionamentos conjugais e sexuais. Sabe-se que há um atraso de diagnóstico de 6,7 anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico cirúrgico de endometriose. Esse atraso é maior nas pacientes atendidas em serviços públicos do que nas pacientes atendidas em centros privados, mostrando que o acesso a centros especializados encurta o tempo de diagnóstico. Cada mulher afetada perde em média 10,8 horas de trabalho semanalmente devido a diminuição de sua capacidade de trabalho, daí o grande impacto social. A falta de um tratamento efetivo é também uma questão relevante. Cerca de 20% das mulheres usam analgésicos para seus sintomas sem prescrição médica, e metade delas não fica satisfeita. Isso mostra que não devemos achar “normal” ter cólicas e deixar nossas pacientes apenas com analgésicos comuns pode prejudicar muito sua qualidade de vida. Como a endometriose é uma doença crônica e que afeta muito a qualidade de vida de mulheres jovens, os medicamentos a serem utilizados devem ser efetivos no controle da dor, mas também com o menor número possível de efeitos colaterais, já que demandam grande tempo de uso, permitindo assim o seu uso em longo prazo, o que vai propiciar uma melhor qualidade de vida. Apesar da multiplicidade de tratamentos disponíveis, ainda faltam opções seguras e eficazes. Os anticoncepcionais orais são muito
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utilizados ainda na prática clínica, mas há falta de evidência científica de sua eficácia real, e por isso constituem ainda uma indicação off label. Somado a isso, eles contém estrogênios, que por si só não trazem benefício algum em termos de endométrio ectópico, como apresentam riscos trombogênicos. Os objetivos do tratamento da dor associada a endometriose são a diminuição da inflamação e da dor, bloqueio da angiogênese, interrupção da produção ou ação do estradiol, com eliminação ou redução das menstruações, com melhora da qualidade de vida da paciente. É importante ressaltar que não se deve deixar as pacientes com cólicas muitas vezes incapacitantes, administrando analgésicos com pouca eficácia. As diretrizes médicas mundiais recomendam o tratamento clínico como a primeira linha de tratamento. Os progestogênios constituem a principal classe de tratamento, pois antagonizam os efeitos estrogênicos sobre as lesões endometrióticas. No uso de anticoncepcionais, estamos interessados nos efeitos dos progestogênios, já que os estrogênios de sua composição não atuam inibindo as lesões endometrióticas. Os progestogênios sob a forma de DIU com levonorgestrel são também eficazes, assim como os análogos de GnRH. Entretanto, esses últimos promovem um efeito supressor sobre a produção estrogênica, causando efeitos colaterais indesejáveis, além de não poderem
ser usados em longo prazo devido a perda óssea consequente. O dienogeste, um progestogênio recentemente lançado, já era utilizado sob a forma de contraceptivos combinados, com forte especificidade endometrial. O dienogeste foi testado especificamente para o controle da dor de pacientes com endometriose comprovada, e foi superior a placebo e similar ao GnRH no controle da dor. Constitui assim uma opção recomendada para o tratamento crônico de portadoras de endometriose, já que não apresenta os efeitos antiestrogênicos pronunciados dos análogos de GnRH e possuem uma boa tolerabilidade, sem riscos trombogênicos. Assim, a luta continua. Os desafios são grandes, mas ao olharmos a abordagem de alguns anos atrás e a atual, muito se evoluiu, e nossas pacientes hoje dispõem de um arsenal terapêutico mais eficaz, e conseguem assim melhorar sua qualidade de vida. A endometriose deve ser vista como uma doença crônica não transmissível, e sua abordagem é sempre em longo prazo, com atenção à qualidade de vida, incentivando terapias alternativas e relaxantes, exercício físico e boa alimentação, além de medicamentos que interferem pouco no seu dia a dia, como os progestogênios isolados. Embora crônica, a doença é controlável, e a mulher pode sim ter uma vida saudável, assumindo sua doença e a necessidade de ser seguida e bem controlada.
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Desafios na Saúde da Mulher no Século XXI: Novas ferramentas para construir resultados em saúde ROGÉRIO DE FRAGA
Médico Urologista Doutor pela Unicamp-SP Master Coach na empresa Cuidado e Saúde Presidente do Núcleo Brasileiro de Uroginecologia
Historicamente as politicas governamentais de saúde da mulher estiveram inicialmente ligadas a maternidade e infância, em atenção as principais causas de adoecimento e morte nesta população. Com o progresso, o modo como a mulher passou a se comportar se modificou e neste contexto, as manifestações em seu estado de saúde também. Principalmente após a segunda grande guerra, a mulher conquistou espaço na sociedade, no trabalho e sua relação com seus ciclos sociais foi se transformando.
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empre que discutimos sobre saúde partimos do clássico conceito da Organização Mundial de Saúde, que a define como sendo um estado de Bem-Estar Físico, mental e Social. Assim, falar sobre a Saúde da Mulher traz a tona a necessidade de reconhecimento dos fatores peculiares a sua realidade. A Saúde e a Doença não se reduzem a condições Orgânicas objetivas, ambas são um processo construído e muitas vezes “destruído” pela forma como as pessoas interagem com suas realidades sociais, perspectivas com o trabalho, expectativas financeiras e emocionais.
subdesenvolvidos como a mortalidade materna e desnutrição. As ações de assistência e divulgação transitam nestes dois universos. As mulheres em idade reprodutiva correspondem a 65% do total da população feminina em nosso país, e configuram um segmento social relevante em nossa realidade.
Atualmente trabalha e cuida da casa, tem menos filhos e mais tarde, vive mais tempo e exige mais. Por isso, deve-se prestar atenção no modo como constroem suas vidas, pois muitas condições de saúde estão relacionadas a este processo.
A partir da década de 80 a mortalidade por eventos cardiovasculares na mulher (Infarto do Miocárdio, AVC-Derrame e Hipertensão Arterial) passou a ser maior que a dos homens. Possivelmente porque vivem mais tempo do que os homens e passam a ter mais risco em desenvolver a doença, mas principalmente porque cada vez mais são responsáveis pela manutenção econômica da família, o que exigiu mudanças no seu estilo de vida. A taxa de famílias chefiadas por mulheres subiu de 20,2 para 28,5% no Brasil.
Alguns indicadores epidemiológicos no Brasil mostram uma realidade contrastante, onde coexistem doenças encontradas nos países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas) e algumas típicas dos países
Assim, muitas modificações no estilo de vida, trouxeram repercussões no “status”de saúde da mulher, como o tabagismo, o alcoolismo, mudanças nos hábitos alimentares, piora da qualidade do
O Mundo mudou e a mulher mudou.
sono, sedentarismo, estresse com a condição financeira, preocupações com a educação dos filhos e maior variabilidade de parceiros sexuais com predisposição a doenças sexualmente transmissíveis. Quando ponderamos outras causas de adoecimento e morte, encontramos o Câncer de Mama e de Colo Uterino, que também estão associados aos fatores acima. O Câncer de Mama tem grande relação com dieta rica em gordura, ingestão de álcool e historia familiar. O Cancer de colo uterino tem associação com infecções persistentes pelo vírus HPV (Virus do papiloma humano) e se deve ao inicio precoce da atividade sexual e relações sexuais desprotegidas, além da associação ao tabagismo. Além disso, muitas disfunções na sexualidade tem sido cada vez mais relatadas e devem ser abordadas com atenção no que tange o cuidado a saúde da mulher. Como melhorar estas condições? Prevenção parece ser uma das chaves para esta situação. A prevenção é definida por ações de intervenção ante-
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Artigos cipadas, com a finalidade de impedir a manifestação de doenças e diminuir os agravos da saúde. Algumas enfermidades não podem ser evitadas, mas sua detecção precoce aumenta a chance de cura. Assim, recomenda-se consultas médicas anuais no ginecologista e no cardiologista após os 40 anos de idade. Avaliação com Proctologista anualmente após os 50 anos, desde que não tenha fatores de risco para doenças intestinais, neste caso a procura deve ser antecipada. Considerar avaliação com Geriatra para acompanhar processos relacionados ao envelhecimento. Todas as rotinas de exames devem ser solicitadas por estes profissionais e devem ser avaliadas pelos mesmos, como exames de sangue (Colesterol, Hormonios, Glicemias, etc..), Mamografia, Densitometria óssea, Papanicolau e ultrassonografia estre outros.
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A Longevidade está 30% associada a condições genéticas, ao meio ambiente em 20% e ao estilo de Vida em 50%. Assim, além das avaliações clínicas, a manutenção e melhora do estado de saúde depende de ações que possam melhorar o estilo de vida das mulheres. Neste contexto surge o Coaching de Saúde e Bem Estar. O Coaching é uma metodologia assertiva com foco no resultado que vem sendo aplicada em empresas há algumas décadas e expandiu seus horizontes para o nível pessoal. Na metodologia do Coaching ele observa a vida de seus clientes, suas aspirações e necessidades e trabalha com o Coachee (cliente) em prol de seu estado desejado. Objetivos do Coaching em Saúde: Desenvolvimento do planejamento da saúde; adequa-
ção das necessidades de cada pessoa considerando os aspectos contextuais da vida de cada um. Delineamento do estado atual e programação das atividades inerentes ao cliente; Melhorar o desempenho em Saúde do cliente, trazendo-lhe implemento na qualidade de vida global e desempenho profissional. O Estado de Saúde é um Saldo construído pelo indivíduo. A mulher entende a atenção a saúde como um ato de zelo e amor a si mesma, o que é um grande facilitador pois a coloca em busca desta condição. O Grande desafio é como adequar tantas transformações e manter a saúde? Alguns aspectos foram apontados neste artigo e visam colaborar no processo de construção de uma vida mais Saudável.
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Aspectos da assistência francesa à paciente com endometriose CARLOS AUGUSTO BASTOS DE SOUZA JOÃO SABINO CUNHA FILHO VIVIAN FERREIRA DO AMARAL
Do ponto de vista assistencial, os objetivos centrais são a procura por um diagnóstico precoce, avaliação e tratamento completos da doença tanto relacionado à infertilidade como o tratamento da dor e busca da prevenção da recorrência da dor. Estes centros especializados como o do Prof. Chapron possuem capacidade diagnóstica para avaliar a evidência de doença profunda com uso de ultrassonografia e/ou ressonância magnética a fim de realizar uma avaliação pré-operatória capaz de identificar pacientes de maior extensão da doença com objetivo de realizar um bom planejamento cirúrgico e evitar a possibilidade de persistência da doença e múltiplas intervenções. Entretanto, antes disto, há uma extensa coleta de dados durante a anamnese da paciente associado ao exame físico criando um banco de dados que servirá tanto para assistência quanto para pesquisa. Em casos específicos outros exames como urografia excretora, colonoscopia ou ecoendoscopia retal podem ser realizados. As possibilidades de tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico são discutidas com as pacientes e parti-
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rabalho em equipe ou integração são bons termos para definir a organização e o foco central do sistema francês de atendimento de pacientes com endometriose dentro de um centro hospitalar universitário francês. Um grupo de trabalho procurando uma ampla interação entre a assistência, a pesquisa e o ensino. Um bom exemplo deste modelo pode ser encontrado no serviço chefiado pelo Prof. Charles Chapron organizado com um modelo multidisciplinar capaz de atender as pacientes com endometriose do seu diagnóstico aos tratamentos clínico e cirúrgico.
cularizadas à situação. Em caso de tratamento cirúrgico a equipe do Prof. Chapron realiza os procedimentos em sua extensa maioria por via laparoscópica com associação em casos selecionados de cirurgiões digestivos e/ou urologistas. O seguimento das pacientes é realizado pela mesma equipe. Em casos de infertilidade isolada ou associada a dor o tratamento de reprodução assistida é realizado no mesmo serviço com uma grande troca de informações entre equipe cirúrgica e equipe da reprodução. Em relação a assistência reprodutiva alguns aspectos são bastante diversos daqueles presentes na realidade brasileira. Na França, tanto a investigação quanto o tratamento da infertilidade são realizados de forma plena. O país possui legislação específica para a reprodução assistida. A paciente pode escolher o serviço onde irá realizar seu acompanhamento. A título de exemplo a paciente pode realizar até três ciclos de fertilização ”in vitro” de forma gratuita, tanto a indução da ovulação como a técnica de reprodução assistida são bancados pela assistência pública. Além disso, há centros pú-
blicos de preservação de gametas e embriões (CECOS - Centres d’étude et de conservation des œufs et du sperme humains), onde casais que necessitem de reprodução assistida heteróloga podem se candidatar. Aliado à assistência o Prof. Chapron capitaneia um grupo de pesquisa com pesquisa clínica e pesquisa em ciência básica. Algumas das áreas de enfoque de pesquisa são: epidemiologia da endometriose, aspectos clínicos e cirúrgicos da endometriose associada à dor, marcadores sorológicos para diagnóstico da endometriose, mediadores da reação inflamatória em endometriose, rotas fisiológicas na etiologia da endometriose, endometriose e câncer, genética da endometriose, novas rotas metabólicas no tratamento da endometriose, entre outras. Esse trabalho possui grande intersecção com a assistência prestada as pacientes trazendo um retorno praticamente diretos a população de pacientes atendidas pois os dados coletados, analisados e publicados acabam por resultar em benefício as pacientes com um diagnóstico mais apropriado, rápido e um tratamento mais seguro e efetivo.
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Artigos O terceiro ponto importante nesta integração está no fato da presença da universidade junto ao hospital. A presença da universidade com seus acadêmicos, doutorandos, residentes e pós-graduandos potencializa os efeitos de produção e multiplicação do conhecimento, tarefas essenciais de uma estrutura de ensino em saúde. Mas talvez o fator mais importante seja o próprio retorno que isto traz à sociedade. Um hospital incluído na sociedade trazendo benefícios diretos àquela população que acaba por financiar um sistema público de atenção aos cidadãos franceses.
Um aspecto interessante da organização francesa reside no fato que grande parte dos profissionais envolvidos no atendimento em um serviço possuem dedicação exclusiva àquela instituição. Os profissionais atendem em grande parte os pacientes oriundos da assistência pública, mas é permitido o atendimento de pacientes privados também em menor número. Além da equipe de assistência cirúrgica chefiada pelo prof. Chapron, há também o serviço de PMA (Assistência Médica à Procriação), com o centro de Reprodução Assis-
tida, coordenada pelo prof. Dominique de Ziegler. O serviço como um todo conta com a participação de profissionais capacitados no atendimento de mulheres com Endometriose profunda e dor ou infertilidade que necessitam de cirurgia e das técnicas de Reprodução para engravidar. A parceria entre médicos, hospital e governo, favorece os profissionais com boa estrutura para exercer suas atividades e, principalmente as pacientes com Endometriose que necessitem de cirugia ou que desejam engravidar.
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Frente Parlamentar
MAURICIO SIMÕES ABRÃO Diretor de projetos especiais
De acordo com o deputado, que realizou uma audiência pública, em junho passado, para discutir a doença, o trabalho da Frente é mais uma iniciativa para gerar a conscientização sobre o impacto da endometriose na sociedade como um todo. “Nosso objetivo será promover alianças estratégicas entre pacientes, médicos, cientistas e legisladores para que, juntos, possamos encontrar uma maneira justa de oferecer um diagnostico e um tratamento digno e adequado às brasileiras”, explica. Na luta contra a endometriose também estarão a deputada Sandra Rosado (PSB/RN), vice-presidente da Frente Parlamentar; o deputado Alexandre Roso (PSB/RS), 2º vice-presidente; o deputado Antonio Brito (PTB/BA), 3º vice-presidente; e a deputada Carmem Zanotto (PPS/ SC) que será a primeira secretária. Para a deputada Sandra Rosado, que tem a saúde da mulher como uma das principais bandeiras de sua atuação parlamentar na Câmara dos Deputados, outro objetivo da Frente Parlamentar será a busca de soluções para que as brasileiras tenham mais acesso ao diagnóstico e ao tratamento correto da en-
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oi realizada no dia (27) de agosto de 2013, às 9h30, no auditório Freitas Nobre da Câmara dos Deputados, a instalação da Frente Parlamentar da Luta Contra a Endometriose. Presidida pelo deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), a frente queria levar para o Congresso Nacional o debate sobre a falta de políticas publicas de saúde para o tratamento, no Brasil, da doença que causa a infertilidade na mulher.
dometriose. De acordo com vários estudos, a endometriose acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última e, infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde. “O que se torna um problema para as mulheres”, lamenta a deputada. Roberto de Lucena enfatiza que uma das principais metas da Frente Parlamentar será fazer com que o sistema único de Saúde ofereça tratamento digno às portadoras da doença. “Hoje, temos informações de que o SUS não está preparado para diagnosticar rapidamente e atender a portadora de endometriose”, lamenta. Seminário Além do lançamento da Frente Parlamentar da Luta Contra a Endometriose, houve também o seminário “O que é a Endometriose”, coordenado pela deputada Sandra Rosado. Na medicina, a endometriose é definida como a presença, fora do útero, de tecido semelhante ao endométrio, causando uma re-
ação crônica e inflamatória e está associada à dor, subfertilidade e qualidade de vida prejudicada. Essa condição é encontrada, principalmente, em mulheres em idade reprodutiva, de todos os grupos étnicos e sociais. A endometriose é responsável por 40% dos casos de infertilidade no Brasil, mas apenas um terço das brasileiras associa a doença à dificuldade de engravidar, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE). O levantamento, feito com cinco mil mulheres com mais de 18 anos, no país, revelou ainda que 88% não sabem como tratar o problema e que 55% não sabem sequer o que é a doença. Para debater, durante o seminário, as características clínicas, como sintomas, diagnósticos e o tratamento da doença; os aspectos sociais e econômicos da endometriose, bem como a formação do médico cirurgião, estão confirmadas as presenças do presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), Professor/Doutor Maurício S. Abrão
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Projetos — Prêmio “O Médico Jovem e a Endometriose — SBE 2014
Prêmio “O Médico Jovem e a Endometriose — SBE 2014 RUI ALBERTO FERRIANI EDUARDO SCHOR FERNANDO REIS
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olegas, a SBE, preocupada em promover o conhecimento da endometriose, e reconhecendo a importância dos médicos jovens para um bom atendimento, instituiu o PREMIO O MÉDICO JOVEM E A ENDOMETRIOSE, a ser concedido em 2014. A melhor apresentação será premiada com a participação no 43rd AAGL Global Congress on Minimally Invasive Gynecology- Novembro de 2014, em Vancouver (inscrição, passagem e hospedagem). Esse prêmio tem o apoio institucional da AstraZeneca. Convidamos a todos os serviços a identificarem jovens colegas para apresentarem um caso clínico bem detalhado, e assim podermos ter um excelente nível. O regulamento encontrase em nosso site, assim como as instruções para se inscreverem. Segue o link para ver o regulamento do premio. http://www.sbendometriose.com.br/premiojovem2014/ Aguardamos a participação!!! Um abraço.
Regulamento O Prêmio O Médico Jovem e a Endometriose 2014 é uma iniciativa da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva – SBE, com patrocínio da AstraZeneca, que tem o objetivo de estimular a pesquisa, revelar talentos e reconhecer profissionais com interesse em Endometriose, e que seguem o caminho da ciência e tem papel ativo divulgando a Endometriose. Introdução O Prêmio O Médico Jovem e a Endometriose 2014 objetiva estimular o ginecologista recém-formado para o mercado de trabalho, mas que con20
tinua contribuindo com a ciência por meio de uma abordagem científica e investigativa, focando pacientes portadoras dessa afecção crônica, colaborando para um melhor entendimento e abordagem da doença.
Art. 1 – Participação Os interessados deverão se inscrever pelo site da SBE (www.sbendometriose.com.br) até o dia 30 de junho de 2014. QUEM PODE PARTICIPAR Para concorrer a este prêmio, serão aceitos somente médicos egressos ou frequentando (R1, R2, R3 e R4) residência em ginecologia, formados a partir de 2004. O autor principal deverá obedecer a esses critérios. Caso
haja orientadores ou colaboradores, eles virão com seus nomes à parte, após a indicação do primeiro autor.
Art. 2 – Submissão O artigo, desenvolvido na forma de caso clínico deve ser submetido, de acordo com as seguintes normas: • • • • • • • • •
Autor principal Coautores (máximo de cinco) Instituição ou Clínica Endereço de correspondência do autor principal Introdução Apresentação do caso Discussão e revisão de literatura Bibliografia (máximo de 15) Vídeo e ilustrações ou figuras são opcionais
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Projetos — Prêmio “O Médico Jovem e a Endometriose — SBE 2014 • O manuscrito deve conter no máximo 10 páginas, incluindo as referências bibliográficas em formato Word, fonte times New Roman 12 e espaçamento duplo. • Figuras deverão ser submetidas como anexo no formato TIFF com resolução de 300dpi. • Vídeos devem ter duração máxima de 4 minutos e tamanho de arquivo máximo de 50MB no formato .mpeg .mov ou .avi • Cópia do diploma em PDF • Declaração de inscrição na residência R1, R2, R3 ou R4, em PDF
Art. 3 - Avaliação Será premiado somente um trabalho, selecionado pela Comissão Cientifica Julgadora. O trabalho deverá ser na forma de apresentação de um caso clínico, com elaboração de hipótese diagnóstica e evolução, podendo ou não ter sido publicado. A discussão deverá conter revisão atualizada da literatura sobre o caso em foco. A ilustração poderá ser acompanhada de exames de imagem ou endoscópica, sob a forma de vídeos ou outra mídia apresentável. A forma de avaliação dos trabalhos contemplará os seguintes quesitos: • Originalidade: até 5 pontos • Forma racional de abordagem: até 1 ponto • Relevância da conduta: até 2 pontos • Discussão e conclusão: até 2 pontos A pontuação será dada para cada quesito por cada membro da Comissão Cientifica Julgadora, sendo a média das notas de todos os membros da Comissão Cientifica Julgadora a nota final do trabalho. Em caso de empate, o prêmio ficará com o candidato mais novo.
Art. 4 – Prêmio • 1º PRÊMIO - PACOTE AAGL 2014, de 17 a 21 de novembro de 2014, em Vancouver, Canadá. O prêmio consiste em: inscrição, passagem em classe econômica e estadia durante o evento, para o autor principal; Despesas com passaporte e visto correrão por conta do ganhador • Todos os inscritos receberão um certificado de participação no Prêmio O Médico Jovem e a Endometriose • O vencedor e seu trabalho serão anunciados no site da SBE • O caso clínico será publicado na Revista da SBE
Art. 5 – Candidatos Os candidatos deverão: • Realizar a inscrição on-line no Prêmio O Médico Jovem e a Endometriose 2014 no site www.sbendometriose.com.br; • Enviar o trabalho em formato PDF para o e-mail premiojovem@sbendometriose.com. br - aos cuidados de Comissão Organizadora, com o título no assunto: Prêmio O Médico Jovem e a Endometriose 2014 – nome do autor principal • O candidato deverá ser associado da SBE • Cada candidato poderá submeter apenas 1 (um) trabalho • Não haverá taxa de inscrição
Art. 6 – Data para Inscrição A data limite para inscrição será dia 30 de junho de 2014, às 18:00 horas (hora de Brasília). • Trabalhos enviados após este prazo não serão aceitos
• Trabalhos que não estiverem completos e de acordo com as regras aqui estabelecidas não serão aceitos
Art. 7 – Comissao Julgadora A Comissão Cientifica Julgadora será composta por 5 (cinco) membros da SBE indicados pela Comissão Organizadora do Prêmio que não constem como colaboradores dos trabalhos concorrentes.
Art. 8 – Prazo A Comissão Cientifica Julgadora deverá apresentar a sua decisão até o dia 31 de julho de 2014. O resultado será divulgado na página www. sbendometriose.com.br e os candidatos serão informados por e-mail.
Art. 9 – Participação A participação na premiação implica no total conhecimento e aceitação deste Regulamento.
ART. 10 – Divulgação Todos os trabalhos poderão ser publicados na Revista da SBE e também na página da SBE sem prévia comunicação. O vencedor permitirá que a SBE anuncie e divulgue o resultado final da premiação em qualquer meio de comunicação que esta julgar necessária.
Art. 11 – Demais Deliberações Qualquer outra situação adversa será decidida pela Comissão Organizadora da premiação.
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Programa do Congresso
Programa do Congresso e dos cursos pré-congresso Programa dos cursos pré
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1. Update on Diagnostic Imaging of Endometriosis - http://endometriosis.ca/WCE2014-PCC1-imaging.pdf
3. Anatomy, energy, and new technologies for the surgical management of endometriosis http://endometriosis.ca/WCE2014-PCC3-anatomy.pdf
2. The role of nurses and allied health professionals in caring for women with endometriosis - http://endometriosis.ca/
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4. Non-ovarian Endometriosis http://endometriosis.ca/WCE2014-PCC4-EEL.pdf
5. Light into the myth of endometriosis - http://endometriosis.ca/ WCE2014-PCC5-SEF.pdf 6. Treatment considerations for infertility and endometriosis US - http://endometriosis.ca/ WCE2014-PCC6-infertility.pdf
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Seja Sócio da SBE Ser sócio da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) significa fazer parte de uma Sociedade Médica voltada para uma série de objetivos, que visam capacitação do profissional médico ligado à saúde da mulher, não só com projetos relacionados à educação continuada, mas também com benefícios que o amparem em seu dia-a-dia. Ao ser filiada a associações internacionais como a Sociedade Mundial de Endometriose (WES) e a Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica (AAGL), a SBE concederá diversos benefícios a seus associados como: descontos na filiação a estas importantes sociedades inter-
nacionais, participação em eventos com preços reduzidos e recebimento dos jornais de cada sociedade, entre outros. Além disso, estimulará a realização de estudos colaborativos, epidemiológicos e fará campanhas de divulgação e esclarecimento da doença em todo o País. Para associar-se, preencha esta ficha e encaminhe para a SBE. Em poucos dias, será enviada uma confirmação de sua afiliação. Ou, se preferir, acesse nosso site: www.sbendometriose.com.br e preencha nossa FICHA CADASTRAL ON-LINE. A SBE espera por você. Venha fazer parte da SBE.
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Notícias e Eventos
26 a 29 de março de 2014
29 de junho a 02 de julho de 2014
24 a 26 de setembro de 2014
61st Annual Scientific Meeting - SGI
30ª Annual Meeting ESHRE
23º Congresso Anual da Sociedade Européia de Endoscopia Ginecológica (ESGE)
Local: Florença, Itália Informações: www.sgionline.org
Local: Monique, Alemanha Informações: http://www.eshre.eu/annual_meeting/page.aspx/11
Março de 2014
19 a 23 de julho de 2014
2014 ISGE Annual Meeting
SSR 2014 – Society for the Study of Reproduction
Local: Dubai Informações: www.isge.org 23 a 27 de abril de 2014
Pacific Coast Reproductive Society Annual Meeting Local: Renaissance Esmeralda, Indian Wells, CA, USA Informações: www.pcrsonline.org 30 de abril a 03 de maio 2014
Local: Grand Rapids — Michigan, USA Informações: www.ssr.org 10 a 13 de setembro de 2014
Minimally Invasive Surgery Week 2014 - Annual Meeting & Endo Expo, a multidisciplinary minimally-invasive surgical conference slated
Local: Bruxelas, Bélgica Informações: http://www.esge.org/brussels-2014/welcome-address 18 a 22 de outubro de 2014
70ª Annual Meeting ASRM Local: Hawaii Convention Center — Honolulu, Havai, USA Informações: http://www.asrm.org/awards/ detail.aspx?id=3315 6 a 8 de novembro de 2014
XXV Congresso Brasileiro de Reprodução Humana
WES 2014
Local: Las Vegas, Nevada Informações: www.sls.org
Local: WTC — São Paulo, SP Informações: http://endometriosis.ca/worldcongress/wce2014/
Local: Porto Alegre, RS Informações: http://www.sbrh.org.br/
24 a 27 de setembro de 2014
17 a 21 de novembro de 2014
12º Congresso Brasileiro de Videocirurgia SOBRACIL
43º AAGL Global Congress on Minimally Invasive Gynecology
Local: Centrosul — Florianópolis, SC Informações: http://www.sobracil.org.br/ congresso/
Local: Vancouver Convention Centre — Vancouver, Canadá Informações: www.aagl.org/annual-meeting/
04 a 07 de junho de 2014
10th AAGL International Congress on Minimally Invasive Gynecology Local: Barcelona, Espanha Informações: http://www.aaglbarcelona2014.com/
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Se você gostaria de ter seu evento divulgado na agenda cientifica da Revista SBE, envie os detalhes para o e-mail: secretaria@sbendometriose.com.br
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Notícias e Eventos
Cursos com 10% de desconto aos associados SBE 30 e 31 de maio de 2014
2 a 4 de junho de 2014
7 a 9 de agosto de 2014
I Simpósio Internacional de Incontinência Urinária
Cirurgia Ginecológica para Residentes
Cirurgia Ginecológica Oncológica
Local: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69 São Paulo - SP - Brasil
Informações: contact@amits.com.br www.amits.com.br
Informações: contact@amits.com.br www.amits.com.br
Telefone: (17) 3321-7000
Telefone: (17) 3321-7000
Informações: iep@hsl.org.br iep.hsl.org.br/Paginas/curso.aspx?IdAtividade=587&pnv=0#info-tab
4 a 6 de agosto de 2014
Telefone: (11) 3155-8800 7 a 9 de abril de 2014
Cirurgia Ginecológica Endoscópica (Técnicas Avançadas)
Cirurgia Ginecológica – Endometriose Informações: contact@amits.com.br www.amits.com.br Telefone: (17) 3321-7000
Informações: contact@amits.com.br www.amits.com.br Telefone: (17) 3321-7000
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12TH WORLD CONGRESS ON ENDOMETRIOSIS 30 April to 3 May 2014 São Paulo, Brazil
Adding pieces to the puzzle of Endometriosis
Early bird registration deadline The early bird registration deadline is 20 December 2013. Registration is now open. Book early and take advantage of reduced rates!
www.endometriosis.ca/wce2014 For further information contact us at wce2014@endometriosis.ca 26
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An invitation to the world's largest congress on endometriosis
EARLY BIRD REGISTRATION DEADLINE The early bird registration deadline is 20 December 2013. Registration is now open. Book early and take advantage of reduced rates! Early Bird
Standard
Standard Delegate
USD 630.00
USD 700.00
WES / SBE Member
USD 525.00
USD 575.00
Trainee
USD 315.00
USD 400.00
Student/Nurse/Support Organisation
USD 265.00
USD 300.00
www.endometriosis.ca/wce2014
WCE2014 VENUE World Trade Centre São Paulo Av. das Nações Unidas, 12551 - Brooklin Novo São Paulo, 04578-903 - Brazil
Dear Friends and Colleagues, We are proud to invite you to the 12th World Congress on Endometriosis: Adding pieces to the puzzle of endometriosis, 30 April - 3 May 2014 in São Paulo, Brazil. WCE2014 will provide a unique opportunity of concentrating into a few days the updated knowledge, the biological findings, and the global research perspectives on a chronic, inflammatory condition afflicting millions of young women and adversely impacting on fertility and health-related quality of life.
The World Congress of Endometriosis has always been a scientific meeting heavily biased towards presentations by delegates, rather than invited speakers. This congress is for you and by you. Together we will be adding pieces to the puzzle of endometriosis through:
PARTNER ORGANISATIONS:
AAGL American Society for Reproductive Medicine (ASRM) Associazione Italiana Endometriosi Onlus (AIE) Center for Endometriosis Care Endometriosis.org Endometriosis New Zealand Endometriosis Research Centre (ERC) European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE) Japan Society of Endometriosis Journal of Endometriosis and Pelvic Pain Middle East Fertility Society Journal Nordic Federation of Societies of Obstetrics and Gynaecology Sociedad Española de Fertilidad Society of Laparoendoscopic Surgeons World Endometriosis Research Foundation (WERF)
3 – 5 post-graduate courses 10 main clinical and scientific seminars addressing current conundrums in endometriosis (all abstract driven, providing an opportunity to everyone in the community to be heard) 7 keynote lectures 3 industry-sponsored lunch symposia 100+ oral abstract presentations distributed over the 10 main seminars and 9 free communication sessions (addressing both clinical and scientific issues) 3 video sessions 350+ posters There will be awards for the best clinical and the best scientific presentations by researchers under the age of 40, as well as a prize for the best video presentation.
We look forward to welcoming you to a memorable experience in the multi-cultural city of São Paulo. You can contact us any time for more information at WCE2014@tfigroup.com. Sincerely,
Maurício Simões Abrão President 12th World Congress on Endometriosis (WCE2014)
Paolo Vercellini President World Endometriosis Society
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Na endometriose
Tratamento simples e eficaz2,4
Indicado especificamente para o tratamento da endometriose Reduz lesões da endometriose
1
Reduz de forma eficaz a dor Indicado para uso
2,4
a longo prazo
Adequada tolerabilidade
3
e segurança
2
ALLURENE®. DIENOGESTE. REG. MS – 1.7056.0088. INDICAÇÃO: TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE. CONTRAINDICAÇÕES: DISTÚRBIO TROMBOEMBÓLICO VENOSO EM ATIVIDADE, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR E ARTERIAL, DIABETES MELLITUS COM ENVOLVIMENTO VASCULAR, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE DOENÇA HEPÁTICA GRAVE ENQUANTO OS VALORES DA FUNÇÃO HEPÁTICA NÃO RETORNAREM AO NORMAL, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE TUMOR HEPÁTICO (BENIGNO OU MALIGNO), SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIAS DEPENDENTES DE HORMÔNIOS SEXUAIS, SANGRAMENTO VAGINAL NÃO DIAGNOSTICADO, HIPERSENSIBILIDADE À SUBSTÂNCIA ATIVA OU A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DA FORMULAÇÃO. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. DURANTE O TRATAMENTO COM ALLURENE® A OVULAÇÃO É INIBIDA NA MAIORIA DAS PACIENTES. ENTRETANTO, ALLURENE® NÃO É UM CONTRACEPTIVO E CASO SEJA NECESSÁRIO PREVENIR A GRAVIDEZ, AS PACIENTES DEVEM SER ORIENTADAS A UTILIZAR MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS, TUMORES, ALTERAÇÕES NO PADRÃO DE SANGRAMENTO, HISTÓRICO DE DEPRESSÃO, DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA, DIABETES MELLITUS, E OCORRÊNCIA DE FOLÍCULOS OVARIANOS PERSISTENTES. RECORRÊNCIA DE ICTERÍCIA COLESTÁTICA E/OU PRURIDO OCORRIDO ANTERIORMENTE DURANTE UMA GRAVIDEZ OU DURANTE O USO ANTERIOR DE ESTEROIDES SEXUAIS. MULHERES COM TENDÊNCIA A MELASMA/CLOASMA DEVEM EVITAR EXPOSIÇÃO AO SOL OU RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA DURANTE O TRATAMENTO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: INDUTORES OU INIBIDORES ENZIMÁTICOS INDIVIDUAIS (CITOCROMO P450), SUBSTÂNCIAS COM PROPRIEDADES DE INDUÇÃO ENZIMÁTICA (FENITOÍNA, BARBITÚRICOS, PRIMIDONA, CARBAMAZEPINA, RIFAMPICINA E POSSIVELMENTE TAMBÉM OXCARBAZEPINA, TOPIRAMATO, FELBAMATO, GRISEOFULVINA, NEVIRAPINA E ERVA-DE-SÃO-JOÃO), SUBSTÂNCIAS COM PROPRIEDADES DE INIBIÇÃO ENZIMÁTICA (ANTIFÚNGICOS AZÓLICOS, CIMETIDINA, VERAPAMIL, MACROLÍDEOS, DILTIAZEM, INIBIDORES DA PROTEASE, ANTIDEPRESSIVOS E SUCO DE TORONJA). COM BASE EM ESTUDOS DE INIBIÇÃO IN VITRO, É IMPROVÁVEL QUE HAJA INTERAÇÃO CLINICAMENTE RELEVANTE ENTRE ALLURENE® E O METABOLISMO DE OUTROS MEDICAMENTOS MEDIADO PELA ENZIMA DO CITOCROMO P450. POSOLOGIA: UM COMPRIMIDO POR DIA SEM INTERVALO DE PAUSA, TOMADO, PREFERENCIALMENTE, NO MESMO HORÁRIO TODOS OS DIAS, COM UM POUCO DE LÍQUIDO, SE NECESSÁRIO, INDEPENDENTEMENTE DE SANGRAMENTO VAGINAL. AO TÉRMINO DE UMA CARTELA, A PRÓXIMA DEVE SER INICIADA, SEM INTERRUPÇÃO. A INGESTÃO DOS COMPRIMIDOS PODE SER INICIADA EM QUALQUER DIA DO CICLO MENSTRUAL. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 0800 702 1241
CONTRAINDICAÇÕES: DIABETES MELLITUS COM ENVOLVIMENTO VASCULAR. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ANTICONVULSIVANTES
REFERÊNCIAS: 1. KÖHLER G, GORETZLEHNER G, BRACHMANN K. LIPID METABOLISM DURING TREATMENT OF ENDOMETRIOSIS WITH THE PROGESTIN DIENOGEST. ACTA OBSTET GYNECOL SCAND 1989; 68. 2. KÖHLER G, FAUSTMANN TA, GERLINGER C, SEITZ C, MUECK AO. A DOSE-RANGING STUDY TO DETERMINE THE EFFICACY AND SAFETY OF 1, 2, AND 4MG OF DIENOGEST DAILY FOR ENDOMETRIOSIS. INT J GYNAECOL OBSTET 2010; 108: 21 -25. 3. PETRAGLIA F, ET AL. REDUCED PELVIC PAIN IN WOMEN WITH ENDOMETRIOSIS: EFICACY OF LONG-TERM DIENOGEST TREATMENT. ARCH GYNECOL OBSTET (2011) 285:167 -173 . 4. STROWITZKI T, FAUSTMANN T,GERLINGER C, SEITZ C. DIENOGESTE IN THE TREATMENT OF ENDOMETRIOSISASSOCIATED PELVIC PAIN: A 12-WEEK, RANDOMIZED, DOUBLE-BLIND, PLACEBO-CONTROLLED STUDY. EUR J OBST GYNECOL REPROD BIOL 2010.
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