ANO II - NÚMERO 3 - Jul/Ago/Set 2013

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ANO II • NÚMERO 3 JUL/AGO/SET 2013

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

ENDOMETRIOSE E GINECOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA

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Tratamento para endometriose para a mulher que acredita em seus sonhos.

Lorelin Depot Níveis hormonais sob controle.1 Lorelin Depot® - acetato de leuprorrelina. Apresentação: Frasco-ampola com 3,75 mg de pó liófilo (microesferas) injetável de acetato de leuprorrelina, ampola com 2 mL de diluente, seringa, 2 agulhas e material para assepsia. Indicações: tratamento paliativo da neoplasia avançada da próstata quando a orquiectomia ou a estrogenoterapia não estiverem indicadas; tratamento do leiomioma uterino por um período de 6 meses (no pré-operatório ou para melhorar os sintomas em mulheres na perimenopausa que não vão ser submetidas à cirurgia); tratamento da endometriose por um período de 6 meses (em monoterapia ou como adjuvante à cirurgia) e tratamento da puberdade precoce central (idiopática ou neurogênica). Contraindicações: mulheres grávidas ou que possam engravidar durante o tratamento, lactantes e em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao acetato de leuprorrelina ou aos seus excipientes. Advertências e Precauções: pode ocorrer piora do quadro clínico de neoplasia da próstata, leiomioma uterino e puberdade precoce nas primeiras semanas de tratamento. Portadores de neoplasia de próstata sob risco (com lesões vertebrais metastáticas ou obstrução do trato urinário) devem iniciar o tratamento com acetato de leuprorrelina de uso subcutâneo diário para facilitar a interrupção do tratamento, caso isso seja necessário. A resposta ao tratamento deve ser monitorada pela mensuração da testosterona (que pode se elevar na primeira semana), do PSA e da fosfatase ácida prostática. O acetato de leuprorrelina não deve ser administrado a pacientes com sangramento vaginal anormal não diagnosticado. O estado de hipoestrogenismo resultante do tratamento com Lorelin Depot® (acetato de leuprorrelina) pode causar perda de massa óssea. A não adesão ao tratamento da puberdade precoce ou posologia inadequada pode resultar em retorno dos sinais puberais, assim, a resposta ao medicamento deve ser avaliada 1 a 2 meses após o início da terapia com teste de estimulação com GnRH e dosagem dos esteróides sexuais. A idade óssea deve ser re-avaliada a cada 6-12 meses. Os pacientes devem ser desaconselhados a dirigir ou exercer outras funções que exijam atenção, até que se verifique a resposta do organismo ao medicamento. Interações: como o acetato de leuprorrelina não é metabolizado por enzimas do citocromo P450, não são esperadas interações medicamentosas. Pode haver aumento das concentrações séricas de cálcio, ácido úrico, ureia e creatinina e hipoproteinemia. Posologia mensal recomendada de Lorelin Depot® (acetato de leuprorrelina) para administração intramuscular: neoplasia prostática: 3,75 a 7,5 mg, por tempo determinado pelo médico assistente; leiomioma uterino e endometriose: 3,75 mg, por período máximo de 6 meses. Se os sintomas de endometriose reaparecerem após a terapia e o tratamento for prolongado, deve-se avaliar a densidade mineral óssea antes do início do retratamento. Puberdade precoce: a dose deve ser individualizada e titulada até não mais se observar progressão puberal. A dose inicial recomendada é de 0,3 mg/kg (mínimo de 7,5 mg). A dose inicial pode ser baseada no peso da criança: ≤ 25,0 kg =7,5 mg; >25 a 37,5 kg =11,25 mg e > 37,5 kg=15 mg. Se não houver resposta ao tratamento, a dose deve ser aumentada com incrementos de 3,75 mg a cada 4 semanas e a dose de manutenção é aquela com a qual se obtém o bloqueio puberal. Reações adversas (>5% dos pacientes): Neoplasia de próstata: edema, náuseas e vômitos, redução do tamanho testicular, fogachos, sudorese, impotência, astenia. Leiomioma: edema, náusea e vômito, distúrbios gastrintestinais, fogachos, sudorese, alterações mamárias, redução da libido, acne, seborreia, hirsutismo, alteração da voz, mialgia, dor articular, depressão, labilidade emocional, cefaleia, tontura, insônia, nervosismo, parestesias, vaginite, ganho ou perda de peso. Puberdade precoce (>2% pacientes): dor generalizada, acne, reação no local da injeção, vaginite, sangramento, corrimento. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. MS 1.0646.0166. Farm. Resp.: Geisa Acetto Cavalari - CRF-SP NO 33.509 Peça publicitária impressa em Março/2013. Material destinado a profissionais de saúde prescritores. Reprodução proibida. Referência: 1. Bula do produto.

Contraindicações: mulheres grávidas ou que possam engravidar durante o tratamento. Interações: pode haver aumento das concentrações séricas de cálcio, ácido úrico, ureia e creatinina e hipoproteinemia.

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Sumário | Expediente Editorial

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Caros amigos

MAURICIO SIMÕES ABRÃO

Apresentação

05

A SBE já é uma Sociedade Estabelecida

RUI ALBERTO FERRIANI

Projetos

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3° COBEN — Considerações baseadas em evidências científicas sobre a associação entre infertilidade e endometriose ADELINO AMARAL SILVA, ANDRÉ DEEKE SASSE, CARLOS ALBERTO PETTA, FERNANDO MARCOS DOS REIS, JOÃO ANTONIO DIAS JUNIOR, MANOEL ORLANDO DA COSTA GONÇALVES, MAURICIO SIMÕES ABRÃO, PATRICK BELLELIS, RUI ALBERTO FERRIANI, VIVIAN FERREIRA DO AMARAL

Congressos

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Congresso SBE/ISGE

NICOLAU D’AMICO FILHO

Highlights do Congresso

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Endometriose e infertilidade (incluindo congelamento de oócitos)

ADELINO AMARAL SILVA, ANDRÉ DEEKE SASSE, CARLOS ALBERTO PETTA, FERNANDO MARCOS DOS REIS, JOÃO ANTONIO DIAS JUNIOR, MANOEL ORLANDO DA COSTA GONÇALVES, MAURICIO SIMÕES ABRÃO, PATRICK

Gestão Editorial

Rua das Roseiras, 464 CEP 03144-090 - São Paulo-SP Tel/Fax: (11) 2341-8045 E-mail: alamtec@br.inter.net Site: www.alamtec.com.br Tiragem: 8.000 exemplares Distribuição: Território nacional Periodicidade: Trimestral Público Alvo: Médicos ginecologistas, bibliotecas de hospitais, escolas de medicina, centros de estudos de hospitais públicos e privados.

BELLELIS, RUI ALBERTO FERRIANI, VIVIAN FERREIRA DO AMARAL

MARINA MIYUKI MAEKAWA, ROBERTA GHIRINGHELLI SIMONAGGIO, FABIO OHARA, HELIZABET SALOMÃO ABDALLA-RIBEIRO, PAULO AUGUSTO AYROZA GALVÃO RIBEIRO

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PO004 - Desenvolvimento de um Sistema Web para Armazenamento, Recuperação e Comparação de Informações sobre Análise de Expressão Gênica em Larga Escala em Pacientes com Endometriose

LUIZ APARECIDO VIRGINIO JÚNIOR, JULIANA MEOLA, JÚLIO CESAR ROSA E SILVA, SILVANA GIULIATTI, RUI ALBERTO FERRIANI

Pré-Congresso

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Revista SBE

LUÍS FLÁVIO, PATRICK BELLELIS

Resumos - Revista SBE

Primeiro Lugar melhor Tema Livre Mesa Redonda: técnicas e limites da Histeroscopia Cirúrgica

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TL002 - The Influence of Hysteroscopist’s Experience on Pain in Office Hysteroscopy

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FELIPE VENTURA SESSA, JOSÉ ANACLETO DUTRA RESENDE JR., MARLON DE FREITAS FONSECA, CAMILLA GABRIELY SOUSA GUERRA, CLAUDIO MOURA DE ANDRADE JR., CLAUDIO PEIXOTO CRISPI

PO007 - Uso do Bevacizumab no Tratamento da Endometriose Retrocervical Experimental em Modelo Animal

VIVIAN FERREIRA DO AMARAL, KARIN SEIDEL, LUCAS ROSKAMP BUDEL, VINICIUS MILANI BUDEL, LUIS CEZAR GUARITA, LUCIA DE NORONHA

Primeiro Lugar - Pôster

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PO002 - Validar o Eco Sistema a partir da Rotina do Ambulatorio de Endometriose do Huap – UFF

Eleições SBE

19

Nova diretoria na SBE

MAURICIO SIMÕES ABRÃO, REGINALDO GUEDES COELHO LOPES, RUI ALBERTO FERRIANI

RICARDO BASSIL LASMAR, BERNARDO PORTUGAL LASMAR

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Resumos

Atualizações do WES

PO001 - Urocortina Plasmática como Potencial Marcador Diagnóstico de Endometriose Pélvica

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Update on 12th World Congress on Endometriosis

LAURA M. MAIA, ANA LUIZA L. ROCHA, HELEN L. DEL PUERTO, FELICE PETRAGLIA, FERNANDO M. REIS

CARLOS ALBERTO PETTA

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PO003 - Endometriose Torácica: Relato de Caso

CONSELHO EDITORIAL/CIENTÍFICO Eduardo Schor Fernando M. Reis Frederico Côrrea Mauricio S. Abrao Nicolau D’Amico Filho Rui Alberto Ferriani Vivian Ferreira do Amaral

Notícias e Eventos

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Outubro de 2013 a Julho de 2014

DIRETORIA Presidente Mauricio Simões Abrão Vice Presidente Carlos Alberto Petta Primeiro Tesoureiro Claudio Crispi Secretário Geral Eduardo Schor Diretor de Relações Internacionais Fernando Marcos dos Reis Diretor de Comunicações Nicolau D’Amico Filho Diretor de Sede Patrick Bellelis Diretor de Ensino Paulo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro

Diretor Técnico Científico Rui Alberto Ferriani Diretor Financeiro Sergio Podgaec Diretor de Relações Institucionais Tsutomu Aoki Conselho de Ética Celso Luiz Borrelli João Antonio Dias Jr Reginaldo Guedes Coelho Lopes Luiz Flavio cordeiro Fernandes Marco Antonio Bassi Plinio Tostes Berardo Carneiro da Cunha

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Editorial

Caros amigos N

os dias 15 a 17 de Agosto de 2013 tivemos mais um Congresso Internacional da SBE, na cidade maravilhosa. Contamos com mais de 700 participantes, representando um marco entre os congressos na nossa área. Tivemos a participação de dez convidados internacionais e vários especialistas brasileiros que mostraram sua experiência em várias áreas da ginecologia minimamente invasiva, além de um número representativo de trabalhos apresentados. Sem dúvida um momento ímpar para todos nós , a 10 meses do maior congresso mundial de endometriose, o XII World Congress on Endometriosis (WCE 2104), organizado pela SBE e pela Sociedade Mundial de Endometriose.

MAURICIO SIMÕES ABRÃO Presidente da SBE

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E foi com muita satisfação que tivemos neste evento a reeleição da nova diretoria da SBE para o próximo triênio, que será presidida pelo amigo Rui Ferriani. Junto com toda nova diretoria trabalharão intensamente conosco na organização do WCE 2014 pretendendo instituir ações na direção das principais idéias que nor-

tearam a criação e o crescimento da SBE: profissionalismo, seriedade, representatividade com um forte conteúdo científico. Para este futuro evento, entitulado “Adding pieces to the puzzle of endometriosis” esperamos mais de 1500 participantes, muitos deles de fora do Brasil em um evento que explorará as várias faces da doença e as diferentes formas de se diagnosticar e tratar a endometriose. Será realizado em São Paulo, no World Trade Center nos dias 30 de Abril a 3 de Maio de 2014. Confira no site http://endometriosis.ca/world-congress/wce2014/ Por fim, destaco o bom andamento das ações governamentais, impulsionadas pela Frente Parlamentar de Endometriose, uma ação desencadeada por deputados federais , presidida pelo Deputado Roberto de Lucena, que pretende estimular o Governo Federal a criar estratégias de Saúde Pública para o tratamento da Endometriose. Um grande abraço, Mauricio Simões Abrão

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Apresentação

A SBE já é uma Sociedade Estabelecida Caros colegas, durante o último Congresso Brasileiro da SBE realizado no Rio de Janeiro, em 15 a 17 de agosto, fomos eleitos para presidir essa nossa sociedade durante o próximo triênio. Embora seja motivo de muita honra, vejo essa tarefa com grande responsabilidade, já que agora a SBE apresenta-se como uma Sociedade estabelecida, madura e bem definida, após os dois mandatos iniciais comandados pelo Mauricio Abrao, quando aconteceu a consolidação de sua estrutura. Nosso papel agora será o de dar continuidade aos projetos já implantados e propiciar a criação de novas perspectivas dentro do campo de estudo da endometriose e da cirurgia minimamente invasiva. RUI ALBERTO FERRIANI

Presidente Eleito da SBE Gestão 2014-2016

tendo em vista ser a endometriose uma doença crônica, que acomete mulheres jovens em sua fase reprodutiva, quando estão estabelecendo relacionamentos pessoais e se estabelecendo profissionalmente. Mais de 6 milhões de mulheres brasileiras padecem desse problema, e defendemos a priorização de métodos diagnósticos e de tratamento eficazes. O estabelecimento de treinamentos de métodos de imagem, a criação de mais centros especializados de abordagem cirúrgica e o reconhecimento dos procedimentos pelo SUS e agências de saúde complementar são necessidades urgentes.

A SBE estará, em 2014, diretamente ligada à organização do Congresso Mundial de Endometriose, realizado pela World Endometriosis Society, WES, que acontecerá no WTC, em São Paulo, em Estivemos presentes no Fórum de Saúde Pública realizado em Brasília em agosto, e as iniciativas encampadas pelo Maurício criando a Frente Parlamentar de Apoio à Mulher com Endometriose, além da possível criação do Dia da Endometriose, são atitudes que visam sensibilizar a população em geral e quem faz política de saúde da importância desse tema. Além de nossa presença nesses fóruns políticos, pretendemos ajudar os colegas e as entidades na elaboração de consensos e guidelines que facilitem a abordagem e tragam como benefício final uma boa assistência às pacientes.

maio. Essa será oportunidade única aos nossos afiliados de tomarem contato direto com os maiores especialistas aqui em nosso país, que durante os três dias do evento discutirão todas as nuances práticas e também da ponta do conhecimento científico. Estamos ajudando essa organização com o maior carinho, a fim de recepcionar aos colegas brasileiros e de todo o mundo que aqui virão. A par disso, pretendemos manter os Simpósios Regionais e apoiar os Cursos de Extensão em Cirurgia Minimamente Invasiva, com a ajuda de nossa Diretoria e de nossos delegados. O Congresso Brasileiro acontecerá em 2015, e os regionais acontecerão ao longo dos anos de nossa gestão. Já iniciamos e certamente essa será uma grande meta e desafio a gestão junto aos órgãos públicos no sentido de defender uma priorização de recursos públicos Dessa forma, vemos a SBE como uma entidade focada em um problema bastante prevalente, o que lhe dá a possibilidade de exercer ações coordenadas em prol de nossos objetivos. Nossa Diretoria é constituída por colegas especialistas atuantes, com visão prática e também acadêmica, o que torna essa tarefa um desafio real mas bastante possível de se concretizar. Contamos com a colaboração e participação de todos! Rui Alberto Ferriani Presidente Eleito da SBE Gestão 2014-2016

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Projetos

3° COBEN (Comitê Brasileiro de Endometriose)

Considerações baseadas em evidências científicas sobre a associação entre infertilidade e endometriose Adelino Amaral Silva André Deeke Sasse Carlos Alberto Petta Fernando Marcos dos Reis João Antonio Dias Junior Manoel Orlando da Costa Gonçalves Mauricio Simões Abrão Patrick Bellelis Rui Alberto Ferriani Vivian Ferreira do Amaral

 Introdução e Métodos O objetivo deste documento é auxiliar médicos e outros profissionais da saúde, principalmente cirurgiões e radiologistas, a tomarem decisões clínicas quanto ao diagnóstico e tratamento da endometriose. Cada item destas recomendações está baseado em uma questão clinicamente relevante elaborada pelos organizadores. Com base nessas questões, e para identificar os estudos clínicos mais importantes e relevantes, as pesquisas foram conduzidas por bibliografia pertinente à área. As publicações identificadas foram estruturadas como os arquivos encontrados no CENTRAL (Registro Cochrane de Ensaios Controlados) e a base de dados utilizada foi a MEDLINE (Medlars Online – base de dados bibliográfi-

ca criada e mantida pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos). Estratégias foram desenvolvidas para selecionar estudos em que a qualidade da metodologia fosse a melhor possível, de acordo com os níveis predefinidos das evidências. Assim, os participantes receberam as questões e artigos selecionados inicialmente para uma análise crítica dos dados. Em seguida, realizou-se uma reunião multidisciplinar com os participantes das áreas envolvidas (radiologia e ginecologia) para uma avaliação final e, enfim, houve a incorporação das sugestões e aprovação do texto. Todas as recomendações listadas nos documentos a seguir estão acompanhadas pelos respectivos níveis de evidência e grau de recomendação. Para ajudar o leitor a avaliar

TABELA 1.

Nível de evidência

Nota de recomendação

1

A (forte)

2 B (moderado)

Tratamento Revisão sistemática com meta-análise. Estudo randomizado com amostra de tamanho grande. Estudo randomizado com amostras pequenas. Estudo prospectivo.

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4

C (fraco)

5

D (muito fraco)

Apoio científico:

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Estudo retrospectivo. Relatório de casos. Opinião de especialistas. Pré-clínica.

Diagnóstico Revisão sistemática com meta- análise. Grupo validado por um padrão adequado. Estudo do grupo explorado com padrões adequados. Seleção não consecutiva de casos. Estudo do grupo com padrões aplicados de forma não uniforme. Estudo de controle de caso. Grupo com padrão inadequado. Relatório de casos. Opinião de especialistas. Pré-clínica.

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os pontos fortes da evidência que comprovam os resultados publicados e que levaram à sua recomendação, foi utilizado um sistema de classificação formal. Várias escalas de classificação foram desenvolvidas e, com o objetivo de facilitar a leitura deste documento, foi usado um sistema simplificado de acordo com cada questão formulada (podendo ser referente ao tratamento ou ao diagnóstico), como descrito na Tabela 1. Essas recomendações não foram desenvolvidas com a intenção de se tornarem o padrão ouro para cuidados médicos; no entanto, os parâmetros disponíveis podem servir como orientação para a gestão de casos. O cumprimento das recomendações não garante um resultado clínico satisfatório em todos os casos. A decisão final sobre o procedimento clínico mais adequado sobre um plano de tratamento para um paciente específico deve sempre ser tomada pelo médico após discutir as opções com o paciente e com base no diagnóstico e nas opções terapêuticas disponíveis. No entanto, recomenda-se que quaisquer desvios significativos na gestão prática das recomendações feitas neste documento sejam justificados e os motivos, devidamente documentados.

Questão-chave nº 1 Em pacientes com endometriose profunda (intestinal, trato urinário e endometrioma), o tratamento clínico medicamentoso proporciona maior controle dos sintomas do que placebo, ou a simples observação clínica? A endometriose é definitivamente a causa mais frequente de dor pélvica crônica nas mulheres em idade reprodutiva,1 relacionada ao sofrimento prolongado e incapacidade, afetando negativamente a qualidade de vida.2-3 Em particular a endometriose profunda, infiltrante em parede vaginal posterior

ou anterior até reto, promove sintomas como dismenorreia incapacitante e dispareunia grave, com consequente limitação da atividade sexual.4 Várias técnicas cirúrgicas conservadoras têm sido propostas para lidar com essa condição tecnicamente exigente.5 Entretanto, a ressecção incompleta geralmente não promove alívio da dor, ao passo que intervenções radicais ca’rregam o risco de complicações graves como lesões ureterais e perfuração intestinal.6-7 [NE 4; GR C] Infelizmente, poucos estudos prospectivos e randomizados estão disponíveis na literatura atual, com desenho metodológico direcionado para resposta sobre a real eficácia dos tratamentos medicamentosos nesta condição. A maioria dos ensaios clínicos visa ao tratamento da endometriose sintomática como um todo, sem diferenciação da endometriose profunda. Uma recente revisão sistemática foi realizada com o objetivo de avaliar as evidências disponíveis sobre o tratamento medicamentoso na endometriose profunda.7 De sete estudos relacionados ao tema (descritos na Tabela 2), nenhum utilizou placebo e apenas um artigo tratava-se de ensaio randomizado, envolvendo porém duas estratégias distintas de tratamento hormonal. Apesar de todos os problemas e dificuldades na interpretação dos dados, os resultados desta revisão estimam, com a exceção de inibidores de aromatase utilizados em monoterapia10, que o efeito antálgico das terapias hormonais foi significativo para o período de tratamento, com 60%11, 14 a 90%9 dos pacientes relatando redução considerável ou alívio completo dos sintomas de dor. [NE 3; GR B] As diferenças observadas entre várias drogas parecem limitadas em termos clínicos e, na ausência de formais comparações randomiza-

das, não é possível constatar superioridade de um agente específico.

Questão-chave nº 2 Em pacientes com endometriose profunda (intestinal, trato urinário e endometrioma), há critérios prognósticos que possam predizer a evolução bem o suficiente para que pacientes de baixo risco possam ser tratadas sem cirurgia? O tratamento da endometriose profunda pode exigir cirurgia extensa,15 incluindo por vezes excisão do fundo-de-saco,16 colpectomia parcial17-18 ou mesmo histerectomia e ressecção de reto.19 Tais procedimentos cirúrgicos avançados exigem tempo, orientação e preparação adequadas, o que torna o diagnóstico e estratificação pré-operatórios de suma importância. Um estudo retrospectivo apontou que as diversas localizações anatômicas de endometriose estão relacionadas a sintomas específicos de dor.20 Estes achados podem sugerir que o questionamento clínico seja ferramenta útil para a previsão do estádio e localização de endometriose. Apenas um ensaio clínico prospectivo estudou a utilização de questionário clínico para o diagnóstico de endometriose em parede posterior, tendo avaliado 134 pacientes candidatas a laparoscopia.21 Foram preditores independentes de endometriose posterior: disquezia durante a menstruação, dispareunia grave (escala visual analógica > ou = 8) e cirurgia prévia para endometriose. O procedimento de validação cruzada levou a um modelo simplificado de diagnóstico que utilizou os dois preditores independentes de disquezia e dispareunia. A sensibilidade do modelo foi de 74,5%, sendo sua especificidade 68,7%. [NE 4; GR C] Com base nos dados de literatura atuais, não é possível definir quais fatores prognósticos poderiam ser utilizados para decisão terapêutica entre cirurgia ou tra-

TABELA 2.

Autor Fedele8 Fedele9 Hefler10

Ano 2000 2001 2005

Vercellini11

2005

2007 Razzi12 13 Remorgida 2007 Vercellini14

2009

Desenho Prospectivo Prospectivo Prospectivo Ensaio randomizado controlado

N 15 11 9 90

Intervenção Leuprolida 3,75 mg IM /28 dias Levonorgestrel intrauterino Anastrozol vaginal 0,25 mg/dia Etinilestradiol 0,01 mg + ciproterona VO 3 mg/dia versus noretindrona 2,5 mg/dia Prospectivo 21 Danazol vaginal 200 mg/dia Prospectivo 12 Letrozol VO 2,5 mg/dia e noretisterona 2,5 mg/dia Comparativo não randomizado 207 Etinilestradiol vaginal 0,015 mg + etonogestrel 0,12 mg/dia (atualizado) versus etinilestradiol 0,02 mg + norelgestromina 0,15 mg/ dia transdérmico

Duração 6 meses 12 meses 6 meses 12 meses 12 meses 6 meses 12 meses

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Projetos tamento clínico, em vista da escassez de estudos randomizados entre estas duas abordagens de tratamento e uma possível análise de subgrupos prognósticos.

Questão-chave nº 3 Em pacientes com endometriose profunda intestinal, diferentes técnicas cirúrgicas proporcionam diferentes chances de cura, ou menos complicações? A cirurgia minimamente invasiva tem sido amplamente utilizada para o tratamento da endometriose, não só pela melhor recuperação da paciente, como pela possibilidade de magnificação da imagem, melhor visualização dos focos da doença e prevenção de aderências, fatores que tornam esta via de acesso distinta da cirurgia aberta. [NE 5; GR D] Mais recentemente, com o avanço da cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia robótica se tornou um recurso adicional para este procedimento. Existem dois estudos randomizados de pequena amostra comparando mulheres submetidas a laparotomia ou laparoscopia para abordagem da endometriose infiltrativa com comprometimento do retossigmoide. No primeiro estudo, ambos os grupos foram semelhantes em relação à melhora dos sintomas e da qualidade de vida. Contudo, o grupo de mulheres submetidas à laparoscopia foi associado a melhores resultados em relação a perda sanguínea, taxa de complicações e taxa de gravidez.22 Ballester e colaboradores23, por sua vez, tampouco evidenciaram diferenças na ocorrência de disfunção urinaria pós-operatória entre as duas vias de acesso. [NE 2; GR A] O uso da cirurgia robótica para o tratamento da endometriose intestinal tem sido descrito apenas na forma de relatos de casos, não havendo até o momento estudos prospectivos e comparativos desta técnica com a laparoscopia ou laparotomia.24-25 As técnicas cirúrgicas para a abordagem da endometriose intestinal incluem o shaving, a nodulectomia e a ressecção segmentar. A escolha pela técnica pode ser baseada no tamanho da lesão, na circunferência de acometimento retal e na possibilidade de lesões multifocais. Não foram encontrados estudos randomizados comparando as diversas técnicas cirúrgicas na abordagem da endometriose de retossigmoide. [NE 3; GR B] Roman e colaboradores26, em estudo não randomizado, compararam a ocorrência de dor, 8

alterações da função intestinal e urinária em mulheres submetidas a ressecção segmentar (n=25) ou nodulectomia (n=16) para tratamento de endometriose retal. Pacientes submetidas à ressecção segmentar apresentaram uma menor taxa de sintomatologia intestinal em comparação àquelas submetidas à nodulectomia. Não houve diferenças em relação às taxas de melhora da dor comparando-se os dois procedimentos. Outro estudo prospectivo avaliou 500 mulheres com endometriose infiltrativa submetidas a shaving com seguimento médio de 3,1 anos. As complicações intraoperatórias incluíram perfuração de reto em 1,4% e lesão ureteral em 0,8% dos casos e a taxa de recorrência foi de 8% no período avaliado.27 Seracchioli e colaboradores28 avaliaram os resultados a longo prazo de 22 mulheres com endometriose infiltrativa submetidas a ressecção segmentar do retossigmoide por via videolaparoscópica. A dor pélvica não cíclica apresentou uma redução significativa nos 12 primeiros meses após o tratamento, a partir de então com alta taxa de recorrência. Dismenorreia e dispareunia apresentaram melhora em 18 de 21 e 14 de 18 mulheres, respectivamente. Sintomas intestinais como constipação, diarreia e sangramento apresentaram melhora em todo o período de seguimento. Uma revisão sistemática avaliou a ocorrência de fístulas e problemas funcionais após ressecções intestinais.29 Nesse estudo, a incidência de fístulas foi semelhante nas anastomoses manuais ou mecânicas. [NE 3; GR B] A distância da borda anal foi fator associado à ocorrência de complicações cirúrgicas, sendo que ressecções do reto baixo apresentaram maior risco.30 [NE 3; GR B] Os autores sugerem que esses dados devem ser considerados na tomada de decisão entre nodulectomia e ressecção segmentar em pacientes com endometriose severa. [NE 5; GR D] Agentes para a prevenção de aderências têm sido utilizados na abordagem cirúrgica da endometriose. No entanto, não foram encontrados estudos avaliando especificamente a utilização desses agentes no tratamento cirúrgico da endometriose profunda. Uma revisão sistemática sugere que a utilização desses agentes associa-se a uma menor formação de aderências após procedimentos cirúrgicos ginecológicos, porém sem evidências em relação às taxas de gravidez.31 [NE2;GRA] A preservação do futuro reprodutivo e as taxas de gravidez pós-operatórias são de extre-

ma importância após a abordagem cirúrgica da endometriose. Ferrero e colaboradores32, em um estudo prospectivo observaram uma maior taxa de gravidez em mulheres com endometriose infiltrativa submetidas à retossigmoidectomia laparoscópica em comparação àquelas submetidas ao procedimento por via laparotômica (57,6 versus 23,1%). Outra avaliação retrospectiva de 187 pacientes submetidas a tratamento laparoscópico de endometriose intestinal demonstrou que o shaving associou-se a uma maior taxa de gravidez em comparação à nodulectomia ou ressecção segmentar (17% versus 11% versus 6%; respectivamente).33 Mais recentemente, Donnez et al. (2010) avaliaram 388 mulheres que desejavam engravidar após shaving para endometriose intestinal, tendo relatado taxa de gravidez espontânea de 57% e 27,5% após fertilização in vitro.27 [NE 3; GR B]

Questão-chave nº 4 Em pacientes com endometriose profunda (intestinal e de trato urinário), o tratamento cirúrgico, em comparação à observação (ou tratamento clínico), aumenta o risco de quais eventos adversos? O tratamento cirúrgico da endometriose profunda é desafiador, principalmente quando há envolvimento de outros órgãos, tais como o intestino, bexiga ou ureteres. A prevalência da endometriose profunda envolvendo o intestino tem sido relatada entre 5,3 a 12% em mulheres afetadas pela endometriose.34 O tratamento desta condição consiste em excisão cirúrgica ou ressecção segmentar, procedimentos que se tornaram mais frequentes ao longo da década. A taxa de complicações cirúrgicas, consistindo em sintomas persistentes vesicais, intestinais ou disfunção sexual é relativamente alta, presente em 20 a 30% de ressecções em reto baixo e <1% para sigmoidectomias.29 Para avaliação das indicações e eventos adversos relacionados à ressecção cirúrgica da endometriose intestinal, De Cicco e colaboradores30 realizaram uma extensa revisão sistemática da literatura. Trinta e quatro artigos foram encontrados descrevendo 1.889 ressecções intestinais, de forma retrospectiva, o que impediu a avaliação em meta-análise. O nível de ressecção do intestino e o do tamanho das lesões foram imprecisos, assim como os critérios de ressecção cirúrgica para cada estudo. Apesar da ausência de dados prospectivos, o alívio da dor foi sistematicamente relatado como excelente para o primeiro ano

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após a cirurgia. A taxa geral de complicações após a cirurgia foi 22,2%. Complicações graves foram descritas em 11% das mulheres, sendo 6,4% de origem intestinal (corrimento anal, 1,9%; fístula, 1,8%; obstrução grave, 2,7%), 2,5% hemorrágicas e 1% infecciosas. Complicações pós-operatórias tardias e sintomas de disfunção sexual não foram relatados. [NE 3; GR B]

 Conclusões Embora a endometriose profunda seja caracterizada como condição relativamente comum, de alta recorrência e difícil controle, escassos estudos randomizados estão disponíveis na literatura atual direcionados para elucidar fatores prognósticos e decisão terapêutica deste estágio da doença. Como consequência, pouco pode se concluir frente ao papel do tratamento hormonal e das cirurgias conservadoras. Não obstante as evidências favoráveis em relação ao controle de sintomas álgicos, ainda não estão disponíveis dados suficientes para definir quais subgrupos de pacientes se beneficiariam de abordagem clínica, possivelmente evitando procedimentos invasivos. Tampouco os procedimentos cirúrgicos possuem evidências concretas a respeito de indicações precisas e técnicas ideais. Ao passo que a maioria dos estudos observou melhor tolerabilidade do tratamento laparoscópico, com semelhante controle de sintomas, o papel do tratamento hormonal em pacientes selecionadas como método para evitar cirurgia é incerto. Estudos prospectivos e randomizados, mesmo que de pequena amostragem, são essenciais para melhor definição desta condição clínica quanto aos fatores prognósticos, papel da cirurgia robótica e mesmo o papel da hormonioterapia versus cirurgia.

 Referências 1. Vercellini P. Endometriosis: what a pain it is. Semin Reprod Endocrinol 1997;15:251-61. 2. Bianconi L, Hummelshoj L, Coccia ME, et al. Recognizing endometriosis as a social disease: the European Union-encouraged Italian Senate approach. Fertil Steril 2007;88:1285-7. 3. Gao X, Yeh YC, Outley J, Simon J, Botteman M, Spalding J. Health-related quality of life burden of women with endometriosis: a literature review. Curr Med Res Opin 2006;22:1787-97. 4. Vercellini P, Trespidi L, De Giorgi O, Cortesi I, Parazzini F, Crosignani PG. Endometriosis and pelvic pain: relation to disease stage and localization. Fertil Steril 1996;65:299-304. 5. Vercellini P, Carmignani L, Rubino T, Barbara G, Abbiati A, Fedele L. Surgery for deep endo-

metriosis: a pathogenesis-oriented approach. Gynecol Obstet Invest 2009;68:88-103.

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11. Vercellini P, Pietropaolo G, De Giorgi O, Pasin R, Chiodini A, Crosignani PG. Treatment of symptomatic rectovaginal endometriosis with an estrogen-progestogen combination versus low-dose norethindrone acetate. Fertil Steril 2005;84:1375-87.

12. Razzi S, Luisi S, Calonaci F, Altomare A, Bocchi C, Petraglia F. Efficacy of vaginal danazol treatment in women with recurrent deeply infiltrating endometriosis. Fertil Steril 2007;88:789-94. 13. Remorgida V, Abbamonte HL, Ragni N, Fulcheri E, Ferrero S. Letrozole and norethisterone acetate in rectovaginal endometriosis. Fertil Steril 2007;88:724-6. 14. Vercellini P, Barbara G, Somigliana E, Bianchi S, Abbiati A, Fedele L. Comparison of contraceptive ring and patch for the treatment of symptomatic endometriosis. Fertil Steril 2010;93:2150-61.

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Congressos

Congresso SBE/ISGE

NICOLAU D´AMICO FILHO Diretor de Comunicação

O número alto de inscrições, além da grande diversidade estadual que esteve presente, pôde mostrar que tanto a cirurgia minimamente invasiva quanto a endometriose atrai e continuará atraindo o interesse dos colegas que aqui estiveram O curso pré-congresso que ocorreu dia

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Congresso internacional da SBE ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 15 a 17 de agosto.

Foram meses de preparação, desde a grade científica, com os convidados nacionais e internacionais, até os detalhes sociais que um evento deste porte requer da sua comissão organizadora. 15, superou as expectativas. Divididos em curso avançado de síntese em ginecologia, Histeroscopia e Diagnóstico por imagem em endometriose, pudemos entender que o futuro já está presente, principalmente ao avaliarmos as evidências científicas destas técni-

cas e da possibilidade de diagnósticos com valor preditivo positivo acima de 90%, para uma doença que ainda traz dificuldade e atraso no seu diagnóstico inicial. Esperamos sempre estimular e difundir estas técnicas, possibilitando o acesso irrestrito em futuro pró-

Da esquerda para a direita: Eduardo Schor, Carlos Alberto Petta, Claudio Crispi, Mauricio Simões Abrão, Charles E. Miller (EUA), Rui Alberto Ferriani e Sergio Podgaec

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Congressos ximo. As aulas teóricas, atendendo uma orientação da comissão científica, se pautaram pela objetividade e o compromisso de nos trazer as inovações em cada área, permitindo uma completa integração com a plateia. O curso prático complementou este dia e através da tecnologia empregada, permitiu que os princípios endoscópicos em histeroscopia e laparoscopia, pudessem ser experimentados, revelando alguns talentos natos, como sempre neste tipo de vivência. Pode-se perceber a grande abrangência científica, quando divididas em 2 salas abordaram-se temas como histeroscopia em abortamento quanto criopreservação antes da cirurgia videolaparoscópica. O prolapso genital permanece dentro das grandes discussões de qualquer congresso deste porte, porém a técnica de promontofixação requer muita atenção e nos parece o grande tema, principalmente quando a robótica tem seu papel fundamental na melhoria dos resultados. Ainda existem complicações na cirurgia laparoscópica e discuti-las é sempre um tema muito delicado, até porque muitas das vezes não são publicados. A preservação nervosa, as complicações intestinais, urológicas e vasculares, devem sempre ser consideradas, mesmo em procedimentos rotineiros, só desta forma conseguiremos prevenir as consequências fatais de muitos deles. A abertura do Congresso contou com a participação de mesa internacional e com

Inscrições no local do evento

Da esquerda para a direita: Dr. Claudio Crispi, Dr. Mauricio Abrão, Marcelo Freitas (APM) e Dr. Marcelo Costa (ganhador da TV)

a plateia ainda presente, mesmo ocorrendo pouco antes da festa programada para o Rio Scenarium, espaço privilegiado do samba, da MPB, do choro, do forró e da gafieira na noite carioca, localizado no Centro Histórico do Rio Antigo. Nossos convidados puderam conhecer melhor a noite carioca e os internacionais apreciaram a verdadeira caipirinha. O encerramento ocorreu no sábado e contou com um sorteio de uma TV de plasma oferecida pela parceria entre o Wall Mart e a Associação Paulista de Medicina, presente no evento, por acreditar desde o início nesta Associação, que de certa forma foi apresentada ao público científico naquela Casa, onde surgiram a maioria das sociedades de especialidade de São Paulo e do Brasil.

Dr. Arnold Advincula (terno azul) e Dra. Rosanne Kho (vestido preto) entre convidados

O ganhador foi o dr Marcelo Costa, que recebeu o prêmio das mãos do dr Mauricio Abrão e dr Claudio Crispi, além do representante da APM. O Congresso trouxe além do aprendizado, o convívio de colegas que não temos o privilégio do encontro diário, mas que ao visita-los em suas publicações, podemos perceber quanta dificuldade também passam nas escaladas científicas. E é por estas e outras razões que estaremos esperando por todos em abril do ano que vem, para o WES que acontecerá em São Paulo ,com a certeza de um novo sucesso em aprendizado, público e acima de tudo convívio amigável e da certeza de abertura de horizontes.

Jantar de confraternização

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Highlights do Congresso

Endometriose e infertilidade (incluindo congelamento de oócitos) Adelino Amaral Silva André Deeke Sasse Carlos Alberto Petta Fernando Marcos dos Reis João Antonio Dias Junior Manoel Orlando da Costa Gonçalves Mauricio Simões Abrão Patrick Bellelis Rui Alberto Ferriani Vivian Ferreira do Amaral

Conforme abordado pelo Dr Joao Sabino Cunha Filho, uma interessante alternativa que a Medicina Reprodutiva tem a oferecer é o congelamento de oócitos para mulheres que naquele momento não desejam engravidar. Isso é bem estabelecido em pacientes que submeterse-ão a quimioterapia, por exemplo. Os resultados do congelamento de oócitos (vitrificação de oócitos) são de 20-30% por ciclo, quase equiparáveis ao uso de oócitos frescos, mas com reduzida taxa de clivagem embrionária.

M

ulheres que possuem endometriose tem uma alteraçao das taxas de fertilização, qualidade oocitária , taxas de implantação e de gravidez quando comparadas a mulheres sem a doença.

A diminuição de sua reserva ovariana, que podem ser medidas pelos níveis séricos do Hormônio anti-mulleriano. Da mesma forma, essas mulheres quando submetidas a cirurgia para retirada da capsula de endometriomas podem apresentar, nos meses subsequentes a essa cirurgia, uma diminuição da densidade folicular e, consequentemente, uma queda também dos níveis deste hormônio. Portanto, existe uma inequívoca associação de endometriose com a diminuição da reserva ovariana, medida pela dosagem do hormônio anti-mulleriano, assim como efeito da cirurgia para endometrioma na reserva ovariana. Assim, como existe a possibilidade de mulheres com endometriose apresentarem uma redução de seu potencial reprodutivo e essas serem submetidas a um procedimento que também pode diminuir sua reserva ovariana; podemos ofertar para essas mulheres o congelamento de oócitos. Aquelas mulheres que nunca gestaram, com endometrioma superior à 4 cm, bilaterais e com menos de 35 anos são candidatas ideias ao processo de congelamento oocitário. Em relação e Endometriose profunda e infertilidade, diversos estudos observaram

o potencial de fertilidade após tratamento medicamentoso e os mesmos confirmam que não há melhora nas taxas de gravidez. Os procedimentos cirúrgicos, devem ser realizados por equipe multidisciplinar e experiente na Endometriose.Portanto, a conduta frente a pacientes com doença profunda, deve-se considerar a idade da paciente, a intensidade da dor, locais de comprometimento da endometriose e individualizar o tratamento pois há controvérsias em relação a técnica cirúrgica e os esquemas de indução da ovulação.

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www.sbendometriose.com.br

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Pré-Congresso

Revista SBE Luís Flávio Patrick Bellelis

E

ntre os dias 15 e 17 de agosto aconteceu, no Rio de Janeiro, aconteceu o 3º Congresso Brasileiro da SBE e o Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva Ginecológica ISGE/SBE. Um evento de sucesso, com mais de 600 participantes e diversos palestrantes nacionais e internacionais.

O congresso começou no dia 15 com 3 cursos pré-congresso que superaram todas as expectativas. Os cursos foram de sutura laparoscópica, de histeroscopia e de diagnóstico por imagem. Com 174 participantes, estes cursos proporcionaram uma amostra do sucesso que seria todo o evento. No curso de sutura laparoscópica, a procura foi tão grande, que oferecemos vagas extras para poder contemplar os interessados. Apesar das 30 vagas disponíveis, foram 39 os inscritos. Este número só não foi maior pela incapacidade logística para acomodarmos mais pessoas. Os alunos entraram em contato com toda a base teórica da sutura laparoscópica durante a manhã e, à tarde, puderam colocar em prática, todo o conhecimento adquirido no período matutino, em modelos de simulação. Baseado em uma técnica bem estabelecida e extremamente reprodutível, ao final do dia, todos os alunos estavam aptos à realização da sutura laparoscópica. Esta experiência serviu para ampliar os horizontes e os limites laparoscópicos de nossos alunos, fazendo com que a técnica se difunda com qualidade por todo o país. No curso de histeroscopia, todas as 20 vagas disponíveis foram preenchidas. Os alunos tiveram a oportunidade de terem contato com as bases teóricas da histeroscopia e, após o almoço, com modelos de simulação para vários procedimentos histeroscópicos como remoção de septo uterino, ablação endometrial, polipectomia e miomectomia. Nesta oportunidade, pela primeira vez no Brasil, foi utilizado o novo modelo do Versapoint, colocando nossos alunos na vanguarda da tecnologia disponível desta técnica. O curso de diagnóstico por imagem teve 135 participantes. Número bastante expressivo. Com diversos especialistas, foi

Treinamento em sutura laparocópica

possível mostrar com aulas e casos clínicos, exemplificando com filmes de exames reais, toda a propedêutica imagenológica para a endometriose. Tal conhecimento é fundamental para o correto diagnóstico da doença, assim como para um adequado planejamento terapêutico e cirúrgico. Realmente, foi um excelente começo para o que viria a ser mais um evento de sucesso organizado pela SBE.

Treinamento em histeroscopia diagnóstica

Treinamento em histeroscopia diagnóstica

Treinamento em histeroscopia diagnóstica

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Resumos - Revista SBE

Primeiro Lugar - melhor Tema Livre Mesa Redonda: técnicas e limites da Histeroscopia Cirúrgica TL002 - The Influence of Hysteroscopist’s Experience on Pain in Office Hysteroscopy Felipe Ventura Sessa1 José Anacleto Dutra Resende Jr.2 Marlon De Freitas Fonseca1 Camilla Gabriely Sousa Guerra3 Claudio Moura de Andrade Jr.4 Claudio Peixoto Crispi4 Instituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro, Rj, Brasil 2 Hospital Federal Da Lagoa, Rio de Janeiro, Rj, Brasil 3 Insituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro, Rj, Brasil 4 Cevesp-Barra, Rio de Janeiro, Rj, Brasil 1

• Financial Support: CNPq/Fiocruz Program • Conflict of Interest: Authors have no conflict of interest

 Objective To assess the influence of experience of the hysteroscopist on pain intensity during office hysteroscopy without anesthesia (OH) and at discharge (after 10-15 min).

 Methods This observational sectional study with 558 patients (ages17 to 73y) submitted to elective OH (March/2008 - January/2012) was accomplished in two gynecological endoscopy centers: CEVESP (experienced hysteroscopists; n=162) and FIOCRUZ (physicians 14

in training; n=396). The examinations were performed with a hysteroscope 2.9 mm in diameter, using saline solution (0.9% sodium chloride) at room temperature and without preemptive analgesia. We assessed pain scores through an analog scale (0-10) immediately after procedure (pain during OH) and 10-15min later (at discharge). We considered pain during OH as severe when score ≥ 7; pain after 10-15 min (usually referred as cramps) was considered moderate/ severe when score ≥ 4 (undesirable at discharge). Firstly, we tested associations between dichotomized pain (during OH and at discharge) and the followed dichotomized variables (yes/no) through Chi-square test: vaginal delivery, parity, cesarean-section, diabetes, hypertension, smoking, age ≤ 50 years, previous curettage, dyspareunia, severe dysmenorrhoea, oral contraceptive, chronic pelvic pain, fibroid, polyp, endometrial thickness, intrauterine biopsy and OH performed by an experienced hysteroscopist. Then, we tested the associations of time of procedure duration with pain and also with hysteroscopist`s experience through Mann -Whitney U test. Finally, to assess pain as a dependent variable in a multiple logistic regression model, we selected covariates based on their significances in univariate analysis (included when P<.150).

 Results Diabetes, age ≤ 50 years, previous curettage, dyspareunia, severe dysmenorrhea and hysteroscopist’s experience were selected to compose the binary multivariate models to predict severe pain during OH and moderate/severe pain at discharge. Hysteroscopist’s experience was protective against severe pain during OH (P=.030; adjusted OR=.629; 95% CI: .413 - .956) and also against moderate/severe pain at

Dr. Fernando Marcos dos Reis entregando prêmio ao Dr. Felipe Ventura Sessa

discharge (P=.002; adjusted OR=.478; 95% CI: .299 - .765). Concerning pain at discharge, severe dysmenorrhea was a significant risk factor (P<.001; adjusted OR=3.066; 95% CI: 1.969 – 4.775). Experienced hysteroscopists significantly performed shorter procedures than in training ones (P<.001); median values (5th and 95th percentiles) were 2.0 min (1.0 – 4.0) and 10.0 min (2.6 – 20.0), respectively. Furthermore, longer procedures were associated with severe pain during OH (P=.028) and moderate/severe pain at discharge (P=.005). Median time of duration (5th and 95th percentiles) was 8.0 min (1.0 – 20.0) and 6.0 min (1.0 – 20.0) for severe and not severe pain during OH, respectively. Meanwhile, median values (5th and 95th percentiles) were 10.0 min (1.3 – 20.0) and 6.0 min (1.0 – 20.0) for moderate/severe and mild/absent pain at discharge, respectively.

 Conclusion The experience of the hysteroscopist was a significant protective factor regarding pain during OH and at discharge. The time of procedure duration may be a counfounder because it was statistically associated to both pain and experience.

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Resumos - Revista SBE

Primeiro Lugar - Pôster PO002 - Validar o Eco Sistema a partir da Rotina do Ambulatorio de Endometriose do Huap – UFF Ricardo Bassil Lasmar Bernardo Portugal Lasmar UFF, Rio de Janeiro, Rj, Brasil

metriose não foram baseadas no sistema em estudo. Após as consultas, os prontuários foram levantados e avaliados quanto a queixa da paciente e extensão da doença mapeada pelos exames de imagem e pelo exame físico. O prontuário só foi incluído no estudo se o diagnóstico já estivesse fechado e com a extensão da doença definida. A partir deste ponto, os critérios do “ECO SYSTEM” foram preenchidos e um escore foi obtido para cada paciente. Este escore indicou uma conduta sugerida, que foi comparada com a adotada pelo serviço a fim de avaliar e validar o “ECO SYSTEM”.

 Resultados

Das 68 pacientes incluídas no estudo, 47 (69.2%) foram conduzidas clinicamente contra 21 (30.8%) pacientes submetidas a laparoscopia terapêutica.As pacientes  Objetivos com escore 2 e 3 (n= 36) foram todas Avaliar um novo instrumento criado submetidas ao tratamento clínico, enpara sugerir a abordagem nas pacientes quanto que os escores 5 e 6 (n= 10) com endometriose, no âmbito do am- foram todos conduzidos de forma cibulatório de endometriose do Hospital rúrgica.Neste estudo a variabilidade na Universitário Antonio Pedro da UFF , o conduta tomada foi observada com o escore 4 (n= 22), com 13 pacientes (59%) “ECO-SYSTEM”. acompanhadas de forma conservadora  Materiais e Métodos e 09 (41%) com abordagem cirúrgica. Estudo retrospectivo e prospectivo. Observamos então uma tendência a alAs condutas do ambulatório de endo- teração nos escores de conduta do ECO • Os autores declaram não haver conflito de interesses ou financiamento do trabalho

Dra. Vivian Ferreira do Amaral entregando prêmio para o Dr. Ricardo Bassil Lasmar

sistema, sendo o escore 4, não mais o 3, o limitador entre as condutas, permitindo tanto o acompanhamento clínico como a intervenção cirúrgica.

 Conclusão A partir deste estudo preliminar, reforçamos a utilidade do ECO sistema, que mostrou-se útil em predizer a conduta sugerida pelo ambulatório de endometriose do HUAP-UFF. Entendemos ainda que o escore 4 representa o ponto de definição que permite as duas condutas. Assim sendo, propomos uma nova tabela de escore e conduta para o ECO sistema. Este sistema tem sua principal indicação para o ginecologista geral, orientando o mesmo ao tratamento clínico ou ao encaminhamento para o especialista nos escores 5 e 6.

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Resumos - Revista SBE

PO001 - Urocortina Plasmática como Potencial Marcador Diagnóstico de Endometriose Pélvica

e dosagem de urocortina por ensaio imunoenzimático (EIA). Todas as pacientes foram submetidas a videolaparoscopia e todas as lesões suspeitas foram biopsiadas. A concentração de urocortina plasmática foi analisada em função do diagnóstico final de endometriose (cirúrgico e anatomopatológico) e de outras características clínicas, como dor pélvica e infertilidade.

 Resultados Laura M. Maia1 Ana Luiza L. Rocha1 Helen L. Del Puerto1 Felice Petraglia2 Fernando M. Reis1 1 2

UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil University of Siena, Siena, Itália

• Apoio Financeiro: CNPq / INCT Hormônios e Saúde da Mulher • Conflito de Interesses: nenhum

 Fundamentos e Objetivo O teste diagnóstico ideal para endometriose continua sendo investigado. Recentemente, um estudo do tipo caso-controle constatou que o neuropeptídeo urocortina é produzido no tecido endometriótico e sugeriu que suas concentrações plasmáticas estão aumentadas em mulheres com cisto endometriótico de ovário. No presente estudo, buscamos avaliar o valor preditivo da urocortina para o diagnóstico de endometriose em mulheres com suspeita da doença e indicação de laparoscopia.

 Métodos Realizou-se um estudo de coorte incluindo 77 pacientes com dor pélvica crônica, infertilidade e/ou massa anexial sugestiva de endometrioma. No pré-operatório, uma amostra de sangue foi coletada em tubo revestido com EDTA, centrifugada a 4ºC, e o plasma foi estocado a -80 ºC até a extração em coluna de cromatografia 16

A prevalência de endometriose na coorte foi de 26 casos (34%). Urocortina foi detectada em todas as amostras de plasma avaliadas e apresentou concentrações significativamente mais altas nas mulheres com diagnóstico final de endometriose (mediana 62 pg/ml [intervalo interquartil 51-108 pg/ml], n=26) em comparação com aquelas em que se excluiu esse diagnóstico (47 pg/ml [33-66 pg/ml], n=51); p = 0,029, teste de Mann-Whitney. Foram identificados níveis de urocortina significativamente mais altos em pacientes com dor pélvica acíclica (p=0,006) e dispareunia (p=0,003), quando comparadas a pacientes sem os sintomas. Entretanto, não houve correlação linear entre a dosagem de urocortina e o tempo ou intensidade dos sintomas álgicos. Análise da curva ROC definiu o ponto de corte que discriminaria pacientes com endometriose com alta especificidade (90%) em 101 pg/ ml. Esse limiar diagnóstico resultou em valor preditivo positivo de 62% e valor preditivo negativo de 72%.

 Conclusão O valor preditivo positivo de 62% comparado à prevalência (probabilidade pré-teste) de 34% sugere que níveis altos de urocortina plasmática reforçam a probabilidade de endometriose em mulheres com sinais e sintomas sugestivos da doença.

PO003 Endometriose Torácica: Relato de Caso Marina Miyuki Maekawa Roberta Ghiringhelli Simonaggio Fabio Ohara Helizabet Salomão AbdallaRibeiro Paulo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

 Introdução Endometriose é uma doença benigna, na qual há presença de glândulas e estroma endometrial fora da cavidade uterina, podendo afetar 10 -15% das mulheres em idade fértil. A localização mais freqüente deste tecido ectópico é dentro da cavidade pélvica. Entretanto, na endometriose extrapélvica, podem estar localizados em tórax, pericárdio, trato intestinal e cérebro. A endometriose torácica é uma entidade rara que pode ocorrer na forma pleural, que é mais freqüente, e na forma parenquimatosa.O diagnóstico depende do quadro clínico, que pode se manifestar com hemoptise, hemotórax e pneumotórax coincidentes com o período menstrual. A maioria dos casos descritos na literatura tem idade média de apresentação perto dos 35 anos. O tratamento de primeira linha consiste em agentes hormonais, sendo a cirurgia uma opção em muitos casos.

 Relato de Caso EAJ, 49 anos, nuligesta, natural e procedente de São Paulo. Procurou o Setor de Ginecologia com queixa de dismenorréia progressiva desde a menarca e dispnéia

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Resumos - Revista SBE progressiva há 18m, aos moderados esforços com piora na menstruação, tornando-se aos pequenos esforços. Nega dor torácica ou hemoptise. À ausculta pulmonar foi evidenciado murmúrio vesicular diminuído em todo hemitórax direito e abolido em base direita. Trouxe ultrassonografia transvaginal que evidenciava útero com volume de 1042cc, sem demais alterações. À radiografia de tórax foram evidenciadas consolidações pulmonares com hidropneumotórax em hemitórax direito. Foi solicitada tomografia computadorizada de tórax que evidenciou hidropneumotórax à direita com predomínio do componente líquido, além de aderências pleurais e áreas sugestivas de seqüela de pleuropneumopatia; redução volumétrica do pulmão direito, que apresenta atelectasias compressivas adjacentes ao derrame pleural, bem como estrias lineares na base e lobo médio. Ausência de derrame pleural à esquerda.Foi indicado videotoracoscopia que evidenciou múltiplas aderências frouxas e multiplos implantes de tecido marrom acastanhado por toda pleura parietal, realizado lise de aderências e biopsia de pleura parietal além de aspiração de derrame pleural. O resultado do anatomopatologico foi compatível com endometriose.Devido hidropneumotorax de repetição, em que a paciente foi submetida a diversas drenagens torácicas em pronto-socorro, foi indicada pleurodese e uso de anticoncepcional contínuo.Após 10 dias a paciente evoluiu com tromboflebite de membro inferior direito com acometimento de veia safena magna fazendo uso de anticoagulantes. Durante a internação foi indicada histerectomia subtotal por via abdominal devido volume uterino e, após, uso de agonista de Gnrh na dose de 10,8mg. No momento, paciente sem queixas em acompanhamento no ambulatório de Endoscopia Ginecológica e Endometriose.

 Conclusão A paciente apresentou quadro clínico clássico de endometriose torácica, cursando com hemotórax catamenial, porém sem hemoptise ou dor torácica; que

estão presentes, respectivamente, em 7% e 90% das doentes Assim como descrito na literatura, as lesões estavam presentes no lado direito do tórax. Apesar da literatura afirmar que apenas 30% das biópsias por videotoracoscopia confirmam o diagnóstico, obtivemos anátomo-patológico compatível com endometriose.

PO004 Desenvolvimento de um Sistema Web para Armazenamento, Recuperação e Comparação de Informações sobre Análise de Expressão Gênica em Larga Escala em Pacientes com Endometriose Luiz Aparecido Virginio Júnior Juliana Meola Júlio Cesar Rosa E Silva Silvana Giuliatti Rui Alberto Ferriani Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil

• Apoio Financeiro: Este projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) • Conflito de Interesses: Todos os envolvidos neste projeto possuem interesses estritamente científicos e acadêmicos com o desenvolvimento do mesmo. Não há nenhum interesse comercial em relação à ferramenta desenvolvida neste projeto

 Objetivos O presente projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema em ambiente web capaz de armazenar, recuperar, comparar e relacionar resultados de pesquisas científicas relacionadas à expressão gênica diferencial em endometriose, nas quais foram realizadas técnicas de screening para expressão gênica diferencial em pacientes com endometriose.A base de dados reúne os principais dados na literatura referentes a aplicações de metodologias com high throughput para buscar alterações na expressão gênica em endométrio de pacientes com e sem endometriose. O principal foco deste estudo é disponibilizar genes alvos que possam contribuir para uma melhor compreensão da etiologia da doença.

 Métodos Os dados presentes atualmente no banco de dados foram inseridos por profissionais/pesquisadores da área. Estes dados foram obtidos de artigos científicos selecionados disponíveis no banco de dados do Pubmed (www.ncbi.nlm.nih. gov). Foram selecionados artigos científicos que faziam uso de metodologias como Microarrays, SAGE e Bibliotecas de Hibridação Subtrativa, além de comparações que focassem diferenças de transcritos entre os endométrios de pacientes com e sem endometriose e as lesões endometrióticas propriamente ditas.Para o desenvolvimento da ferramenta foi utilizado o Sistema Gerenciador de Banco de Dados MySQL, a linguagem de programação Java, a linguagem de marcação eXtensible Hypertext Markup Language (XHTML), os frameworks JavaServer Faces (JSF) e PrimeFaces, o servidor GlassFish e a ferramenta Netbeans.

 Resultados O sistema desenvolvido foi denominado de “Endometriosis Research System” (ERS). Entre as principais funcionalida-

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Resumos - Revista SBE des dos ERS, destacam-se o cadastro de artigos e a busca de genes.Para cadastrar um artigo, o pesquisador deverá acessar a página de Cadastro de Artigos e preencher as informações constantes no formulário. Estas informações compreendem aos dados de identificação do artigo (título, autores, data de publicação, DOI), dados clínicos do estudo realizado (tecidos comparados, lesões, sintoma(s) do(s) paciente(s), estágio da doença e fase do clico menstrual em que o(s) paciente(s) se encontrava(m)) e aos dados de expressão gênica (genes mais expressos e genes menos expressos).Na Página de Busca de Genes, o usuário poderá especificar os dados clínicos dos artigos de interesse em que os genes deverão ser buscados, bem como a frequência mínima em que os genes devem aparecer nos artigos. Dessa forma, é possível, por exemplo, identificar quais são os genes diferencialmente expressos que aparecem em pelo menos 50% dos artigos que relatam a comparação de amostras pareadas de um tecido ectópico com um tecido eutópico de mulheres com endometriose, cujas amostras foram coletadas de lesões ovarianas.

 Conclusões Por ser uma ferramenta livre e desenvolvida em ambiente web, toda a comunidade científica interessada poderá ter acesso às informações armazenadas e também registrar os resultados de suas análises de expressão gênica em endometriose, relatados em seus artigos

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científicos. Poderá, também, utilizar os resultados retornados pelo sistema para a realização de validações em bancada.

PO007 - Uso do Bevacizumab no Tratamento da Endometriose Retrocervical Experimental em Modelo Animal Vivian Ferreira do Amaral Karin Seidel Lucas Roskamp Budel Vinicius Milani Budel Luis Cezar Guarita Lucia de Noronha Programa de Pós–Graduaçao em Ciências da Saúde, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Pontifi, Curitiba, PR, Brasil

 Objetivos Propomos nesta pesquisa avaliar a eficácia do tratamento da endometriose retrocervical induzida em ratas Wistar com o anticorpo monoclonal Bevacizumab.

 Materiais e Métodos Foram incluídas 60 ratas Wistar com, em média, 3 meses de idade, virgens e peso entre 200 e 250g. Em todos

os animais foi realizado procedimento para indução de endometriose retrocervical. Após 21 dias os animais foram divididos em 3 grupos para realização do tratamento: grupo 1 (Acetato de Leuprolide n=20), grupo 2 (Bevacizumab n=19), grupo controle (solução de cloreto de sódio a 0,9% n=19). As ratas foram sacrificadas após 21 dias para avaliar o tamanho dos implantes e realizar análise histológica dos mesmos.

 Resultados Houve redução da área dos implantes no grupo Bevacizumab, enquanto que ocorreu aumento da área dos implantes no grupo Acetato de Leuprolide e grupo controle. Houve efetividade no desenvolvimento histológico de endometriose retrocervical experimental comprovado por epitélio moderadamente preservado e com infiltrado leucocitário ou camada epitelial bem preservada na grande maioria das amostras.

 Conclusão A utilização do anticorpo monoclonal antiangiogênico Bevacizumab se mostrou efetiva para a diminuição do tamanho de implantes endometriais em modelo de endometriose retrocervical experimental.

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Eleições SBE

Nova diretoria na SBE Reginaldo Guedes Coelho Lopes

C

umprindo normas estatutárias, foram realizadas durante o III Congresso Brasileiro da SBE, as eleições para constituição da nova Diretoria da SBE para o triênio 2014-2017. Conforme é do conhecimento de todos é permitida apenas uma reeleição após os 3 anos de mandato. A atual Diretoria dirigiu a SBE durante 2 mandatos (6 anos). Durante a abertura das inscrições para concorrer às eleições, apenas uma chapa foi inscrita e composta da seguinte forma:

TABELA 1.

Presidente

Rui Alberto Ferriani

Vice Presidente

Carlos Alberto Petta

Secretário Geral

Nicolau D´Amico Filho

Diretor de Relações Internacionais

Fernando Marcos dos Reis

Diretora de Comunicações

Vivian Ferreira do Amaral

Diretor Técnico Científico

Eduardo Schor

Diretor Financeiro

Sergio Podgaec

Diretor de Relações Institucionais

Paulo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro

Convocados durante o III Congresso, 55 sócios quites com a anuidade da SBE votaram todos na única chapa inscrita. Na sessão de encerramento do Congresso após apuração dos votos foi anunciada pela Comissão de Ética a eleição da nova Diretoria com posse programada para janeiro de 2014. A Diretoria eleita terá como grande tarefa já em 2014 a organização do Congresso Mundial de Endometriose em São Paulo. O Conselho de ex-presidentes da SBE passa a contar a partir de janeiro próximo com a participação do colega Maurício Abrão, que presidiu a SBE por 2 mandatos consecutivos.

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Atualizações do WES

Update on 12th World Congress on Endometriosis

O

s preparativos para o Mundial estão a todo vapor. Existe uma grande expectativa da comunidade internacional com o evento. Nosso país é bastante atrativo para os estrangeiros. Apesar dos problemas pontuais de sempre nosso povo é hospitaleiro e nossos pesquisadores ganharam o respeito internacional nos últimos anos. Hoje não somos vistos apenas por termos bonitas paisagens em nossas terras, mas também pela excelência dos nossos trabalhos e publicações. Isto sem dúvida não diz respeito a poucos grupos, mas vários investigadores e médicos de ponta em vários centros de nosso país.

CARLOS ALBERTO PETTA

te mantermos nossa tradição científica. Este portanto é um estímulo para que todos enviem trabalhos para o Congresso Mundial, reforçando a qualidade dos serviços brasileiros de endometriose. A parte logística está bem avançada. Várias reuniões e meses de trabalho estão delineando um grande evento onde te-

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TABE

Presid

Vice P

Secre

Diret

O Brasil foi nos últimos congressos Mundiais um dos grandes apresentadores de trabalhos científicos perdendo apenas para os anfitriões e algumas vezes tendo mais apresentações que estes. Desta vez somos os anfitriões e é importan-

Diret

Diret

Diret

Diret

remos oportunidade de estar ao lado dos grandes nomes da endometriose de vários locais do planeta. Na escolha dos palestrantes foram usados critérios puramente científicos, de profissionais realmente atuantes e que vão agregar bastante o conhecimento da endometriose. Esperamos a todos nesse grandioso evento.

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Seja Sócio da SBE Ser sócio da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) significa fazer parte de uma Sociedade Médica voltada para uma série de objetivos, que visam capacitação do profissional médico ligado à saúde da mulher, não só com projetos relacionados à educação continuada, mas também com benefícios que o amparem em seu dia-a-dia. Ao ser filiada a associações internacionais como a Sociedade Mundial de Endometriose (WES) e a Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica (AAGL), a SBE concederá diversos benefícios a seus associados como: descontos na filiação a estas importantes sociedades inter-

nacionais, participação em eventos com preços reduzidos e recebimento dos jornais de cada sociedade, entre outros. Além disso, estimulará a realização de estudos colaborativos, epidemiológicos e fará campanhas de divulgação e esclarecimento da doença em todo o País. Para associar-se, preencha esta ficha e encaminhe para a SBE. Em poucos dias, será enviada uma confirmação de sua afiliação. Ou, se preferir, acesse nosso site: www.sbendometriose.com.br e preencha nossa FICHA CADASTRAL ON-LINE. A SBE espera por você. Venha fazer parte da SBE.

FICHA CADASTRAL SBE Nome: Data de Nasc.:

CPF:

End. Resid.: Cidade:

Estado:

CEP:

Estado:

CEP:

End. p/ Corresp.: Cidade: Telefone:

Celular:

E-mail: CRM:

Federação:

Endereço p/ Correspondência

#

SBE Av. Paulista, 1159 – conj. 1010 01311-200 – São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-3132 e-mail: secretaria@sbendometriose.com.br www.sbendometriose.com.br SBE | v. 15 | nº 2 | Abr • Mai • Jun • 2013

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Notícias e Eventos

03 a 06 de outubro de 2013

10 a 14 de novembro de 2013

29 de junho a 02 de julho de 2014

2013 ISGE Annual Meeting

42nd AAGL Global Congress on Minimally Invasive Gynecology

30ª Annual Meeting ESHRE

Local: Mumbai, India Informações: www.isge.org/news/2012/313/ isge-world-congresses-2013 12 a 16 de outubro de 2013

69ª Annual Meeting ASRM

Local: Gaylord National Resort and Convention Center, Washington - DC Informações: www. www.aagl.org/annual-meeting

Local: Monique, Alemanha Informações: www.eshre.eu/annual_meeting/page.aspx/11 24 a 27 de setembro de 2014

12º Congresso Brasileiro de Videocirurgia SOBRACIL

Local: Boston, Massachussets, USA Informações: www.asrm.org/IFFS -ASRM2013/

março de 2014

16 a 19 de outubro de 2013

Local: Dubai Informações: não disponíveis

Realização: Sociedade Brasileira de Videocirurgia - SOBRACIL Local: Centrosul - Florianópolis - SC Informações: congresso@sobracil.org.br / www.sobracil.org.br/congresso

30 de abril a 03 de maio de 2014

18 de junho a 02 de julho de 2014

WES 2014

70ª Annual Meeting ASRM

Local: WTC, São Paulo - SP Informações: endometriosis.ca/news/article/2014-world-congress-on-endometriosis-will-be-in-sao-paulo-brazil

Local: Hawaii Convention Center, Honolulu, Havai - USA Informações: www.asrm.org/awards/detail.aspx?id=3315

22nd Annual Congress ESGE Local: Berlim Informações: www.esge.org/berlin2013-esge/homepage 26 a 27 de outubro de 2013

III Congresso Mineiro de Videocirurgia

2014 ISGE Annual Meeting

Realização: SOBRACIL-MG Local: Hotel Mercure - Belo Horizonte - MG Informações: sobracilmg@gapcongressos.com.br / www.sobracilmg.org/ congresso

K w k

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Se você gostaria de ter seu evento divulgado na agenda cientifica da Revista SBE, envie os detalhes para o e-mail: secretaria@sbendometriose.com.br

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Adding pieces to the puzzle of Endometriosis Keeping you up to date with the latest science to improve knowledge and treatments

www.endometriosis.ca/wce2014 For further information contact us at wce2014@endometriosis.ca

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Na endometriose

Tratamento simples e eficaz

Indicado especificamente para o tratamento da endometriose Reduz lesões

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Reduz de forma eficaz a dor Indicado para uso

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a longo prazo

Adequada tolerabilidade

3

e segurança

2

ALLURENE® (DIENOGESTE) RG MS-1.7056.0088 INDICAÇÃO: TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE. CONTRA-INDICAÇÕES: DISTÚRBIO TROMBOEMBÓLICO VENOSO EM ATIVIDADE, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR E ARTERIAL, DIABETES MELITUS COM ENVOLVIMENTO VASCULAR, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE DOENÇA HEPÁTICA GRAVE ENQUANTO OS VALORES DA FUNÇÃO HEPÁTICA NÃO RETORNAREM AO NORMAL, PRESENÇA OU HISTÓRICO DE TUMOR HEPÁTICO (BENIGNO OU MALIGNO), SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIAS DEPENDENTES DE HORMÔNIOS SEXUAIS, SANGRAMENTO VAGINAL NÃO DIAGNOSTICADO, HIPERSENSIBILIDADE À SUBSTÂNCIA ATIVA OU A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DA FORMULAÇÃO. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO COM ALLURENE®, DEVE-SE EXCLUIR A POSSIBILIDADE DE GRAVIDEZ. DURANTE O TRATAMENTO COM ALLURENE® A OVULAÇÃO É INIBIDA NA MAIORIA DAS PACIENTES. ENTRETANTO, ALLURENE® NÃO É UM CONTRACEPTIVO E CASO SEJA NECESSÁRIO PREVENIR A GRAVIDEZ, AS PACIENTES DEVEM SER ORIENTADAS A UTILIZAR MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS (POR EXEMPLO, MÉTODO DE BARREIRA). COM BASE NOS DADOS DISPONÍVEIS, O CICLO MENSTRUAL RETORNA AO NORMAL DENTRO DE 2 MESES APÓS O TÉRMINO DO TRATAMENTO COM ALLURENE®. EM MULHERES COM HISTÓRICO DE GRAVIDEZ EXTRAUTERINA OU DE ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO DAS TROMPAS, O USO DE ALLURENE® DEVE SER DECIDIDO APENAS APÓS CUIDADOSA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO RISCO/BENEFÍCIO. COMO ALLURENE® É UM MEDICAMENTO QUE CONTÉM SOMENTE PROGESTÓGENO, DEVEM SER CONSIDERADAS AS PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS DE TODOS OS MEDICAMENTOS QUE CONTEM SOMENTE PROGESTÓGENO, EMBORA NEM TODAS ESTEJAM BASEADAS EM ACHADOS DOS ESTUDOS CLÍNICOS REALIZADOS COM ALLURENE®. CASO QUALQUER UMA DAS CONDIÇÕES/FATORES DE RISCO DESCRITAS A SEGUIR ESTEJA PRESENTE OU SE AGRAVE, DEVE-SE REALIZAR UMA ANÁLISE INDIVIDUAL DA RELAÇÃO RISCO/BENEFÍCIO ANTES DE INICIAR OU CONTINUAR O USO DE ALLURENE®: DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS; TUMORES; ALTERAÇÕES NO PADRÃO DE SANGRAMENTO; HISTÓRICO DE DEPRESSÃO; DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA DIABETES MELITUS (SOBRETUDO HISTÓRICO DE DIABETES MELITUS GESTACIONAL); E OCORRÊNCIA FOLÍCULOS OVARIANOS PERSISTENTES (CISTOS OVARIANOS FUNCIONAIS). RECORRÊNCIA DE ICTERÍCIA COLESTÁTICA E/OU PRURIDO OCORRIDO ANTERIORMENTE DURANTE UMA GRAVIDEZ OU DURANTE O USO ANTERIOR DE ESTEROIDES SEXUAIS REQUER A DESCONTINUAÇÃO DE ALLURENE®. MULHERES COM TENDÊNCIA A MELASMA/CLOASMA DEVEM EVITAR EXPOSIÇÃO AO SOL OU RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA DURANTE O TRATAMENTO COM ALLURENE®. RECOMENDA-SE ACOMPANHAMENTO REGULAR, COM ATENÇÃO ESPECIAL À PRESSÃO ARTERIAL, MAMAS, ABDOME E ÓRGÃOS PÉLVICOS, INCLUINDO CITOLOGIA CERVICAL. ALLURENE® NÃO DEVE SER ADMINISTRADO A MULHERES GRÁVIDAS UMA VEZ QUE NÃO HÁ NECESSIDADE DE TRATAR A ENDOMETRIOSE DURANTE A GRAVIDEZ - CATEGORIA B – “ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA”. A ADMINISTRAÇÃO DE ALLURENE® DURANTE A LACTAÇÃO NÃO É RECOMENDADA. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: INDUTORES OU INIBIDORES ENZIMÁTICOS INDIVIDUAIS (CITOCROMO P450); SUBSTÂNCIAS COM PROPRIEDADES DE INDUÇÃO ENZIMÁTICA (FENITOÍNA, BARBITÚRICOS, PRIMIDONA, CARBAMAZEPINA, RIFAMPICINA E POSSIVELMENTE TAMBÉM OXCARBAZEPINA, TOPIRAMATO, FELBAMATO, GRISEOFULVINA, NEVIRAPINA E ERVA-DE-SÃO JOÃO); SUBSTÂNCIAS COM PROPRIEDADES DE INIBIÇÃO ENZIMÁTICA (ANTIFÚNGICOS AZÓLICOS, CIMETIDINA, VERAPAMIL, MACROLÍDEOS, DILTIAZEM, INIBIDORES DA PROTEASE, ANTI-DEPRESSIVOS E SUCO DE TORONJA). COM BASE EM ESTUDOS DE INIBIÇÃO IN VITRO, É IMPROVÁVEL QUE HAJA INTERAÇÃO CLINICAMENTE RELEVANTE ENTRE ALLURENE® E O METABOLISMO DE OUTROS MEDICAMENTOS MEDIADO PELA ENZIMA DO CITOCROMO P450. O USO DE PROGESTÓGENOS PODE INFLUENCIAR OS RESULTADOS DE CERTOS EXAMES LABORATORIAIS, INCLUINDO PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DO FÍGADO, TIREÓIDE, FUNÇÃO RENAL E ADRENAL, NÍVEIS PLASMÁTICOS DE PROTEÍNAS (CARREADORAS), POR EXEMPLO, FRAÇÕES LIPOPROTEICAS/LIPÍDICAS, PARÂMETROS DO METABOLISMO DE CARBOIDRATADOS E PARÂMETROS DA COAGULAÇÃO E FIBRINÓLISE. DE MODO GERAL, AS ALTERAÇÕES PERMANECEM DENTRO DA FAIXA LABORATORIAL NORMAL. POSOLOGIA: UM COMPRIMIDO POR DIA SEM INTERVALO DE PAUSA, TOMADO, PREFERENCIALMENTE, NO MESMO HORÁRIO TODOS OS DIAS, COM UM POUCO DE LÍQUIDO, SE NECESSÁRIO, INDEPENDENTEMENTE DE SANGRAMENTO VAGINAL. AO TÉRMINO DE UMA CARTELA, A PRÓXIMA DEVE SER INICIADA, SEM INTERRUPÇÃO. A INGESTÃO DOS COMPRIMIDOS PODE SER INICIADA EM QUALQUER DIA DO CICLO MENSTRUAL. REAÇÕES ADVERSAS: FREQUENTES: CEFALEIA, DESCONFORTO NAS MAMAS, HUMOR DEPRIMIDO, ACNE, NÁUSEA, AUMENTO DE PESO, DOR ABDOMINAL, CISTO OVARIANO, CONDIÇÕES ASTÊNICAS, FLATULÊNCIA, FOGACHOS, DISTÚRBIOS DO SONO, IRRITABILIDADE, SANGRAMENTO UTERINO/VAGINAL INCLUINDO GOTEJAMENTO, NERVOSISMO, PERDA DE LIBIDO, ALOPECIA, DOR NAS COSTAS, DISTENSÃO ABDOMINAL, VÔMITO, ENXAQUECA, HUMOR ALTERADO. POUCO FREQÜENTES: RESSECAMENTO VULVOVAGINAL, DESEQUILÍBRIO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO, CANDIDÍASE VAGINAL, PELE SECA, ANSIEDADE, DEPRESSÃO, DISTÚRBIO DA ATENÇÃO, CONSTIPAÇÃO, DESCONFORTO ABDOMINAL, INFLAMAÇÃO GASTRINTESTINAL, HIPERIDROSE, PRURIDO, DIARRÉIA, INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO, CORRIMENTO GENITAL, DOR PÉLVICA, EDEMA, ANEMIA, DIMINUIÇÃO DE PESO, AUMENTO DE APETITE, OLHO SECO, ZUMBIDO, DISTÚRBIOS INESPECÍFICOS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO, PALPITAÇÕES, HIPOTENSÃO, DISPNÉIA, HUMOR ALTERADO, GENGIVITE, HIRSUTISMO, ONICÓLISE, CASPA, DERMATITE, CRESCIMENTO ANORMAL DE PÊLOS, REAÇÃO DE FOTOSSENSIBILIDADE, DISTÚRBIO DE PIGMENTAÇÃO, DOR NOS OSSOS, ESPASMOS MUSCULARES, DOR NA EXTREMIDADE, PESO NAS EXTREMIDADES, VULVOVAGINITE ATRÓFICA, MASSA MAMÁRIA, DOENÇA FIBROCÍSTICA DA MAMA, ENDURECIMENTO DA MAMA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 0800 7021241. VE0211-CCDS4. REFERÊNCIAS: 1. KÖHLER G, FAUSTMANN TA, GERLINGER C, SEITZ C, MUECK AO. A DOSE-RANGING STUDY TO DETERMINE THE EFFICACY AND SAFETY OF 1, 2, AND 4MG OF DIENOGEST DAILY FOR ENDOMETRIOSIS. INT J GYNAECOL OBSTET 2010; 108: 21 -25. 2. KÖHLER G, GORETZLEHNER G, BRACHMANN K. LIPID METABOLISM DURING TREATMENT OF ENDOMETRIOSIS WITH THE PROGESTIN DIENOGEST. ACTA OBSTET GYNECOL SCAND 1989; 68. 3. PETRAGLIA F, ET AL. REDUCED PELVIC PAIN IN WOMEN WITH ENDOMETRIOSIS: EFICACY OF LONG-TERM DIENOGEST TREATMENT. ARCH GYNECOL OBSTET (2012) 285:167 -173 . 4. STROWITZKI T, FAUSTMANN T,GERLINGER C, SEITZ C. DIENOGESTE IN THE TREATMENT OF ENDOMETRIOSIS- ASSOCIATED PELVIC PAIN: A 12-WEEK, RANDOMIZED, DOUBLE-BLIND, PLACEBO-CONTROLLED STUDY. EUR J OBST GYNECOL REPROD BIOL 2010.

CONTRAINDICAÇÕES: DISTURBIOS CARDIOVASCULARES, DIABETES MELLITUS COM ENVOLVIMENTO VASCULAR. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ANTICONVULSIVANTES, ANTIFÚNGICOS AZÓLICOS, ANTIDEPRESSIVOS. 24

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