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Introdução

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Referências

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LIVROS PROFÉTICOS

Na concepção popular, “profeta” é alguém que consegue predizer o futuro, e “profecia” significa “predição daquilo que ocorrerá”. Embora haja um teor de verdade, essas definições populares não estão de acordo com as Escrituras Sagradas.

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O profeta, de acordo com a Bíblia, era alguém chamado por Deus e, como se pode verificar no Antigo Testamento, era chamado para falar em nome de Deus. Esses abnegados servos estavam certos não apenas por que Deus lhes havia falado, mas também por que eram chamados para falar a mensagem de Deus. Em alguns casos o chamado é descrito com muitos detalhes, e cada relato possui elementos distintos não encontrados em outros.

Na Bíblia Sagrada encontramos profetas “orais”, ou seja, “sem escritos”, como também profetas “literários” ou “escritores”. Mas não se deve pressupor que os profetas escritores puseram-se a escrever Livros de profecia. Os indícios no Livro que leva o nome de um profeta nem sempre quer dizer que foi este profeta quem o escreveu. Por exemplo, o Livro de Jeremias indica que ele era um profeta “oral” e que o registro escrito de sua profecia foi em grande parte trabalho de Baruque (Jeremias 36.4,32). Nem sempre conseguimos cotejar com precisão quem foi que escreveu o Livro que chegou aos nossos dias, pode ter sido escrito pelo profeta ou talvez por um de seus discípulos.

Estudaremos neste volume apenas os Livros proféticos que vai desde Isaías até Malaquias, sendo subdivididos em:

a) Profetas Maiores: de Isaías a Daniel – (5 Livros);

b) Profetas Menores: de Oséias a Malaquias – (12 Livros).

A nomenclatura “maiores” ou “menores” não se refere ao mérito ou notoriedade do profeta, mas ao tamanho do Livro e a extensão do respectivo ministério

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LIVROS PROFÉTICOS

profético. Foi Agostinho de Hipona (354-430), teólogo cristão, quem criou as expressões “profetas maiores” e “profetas menores”.

CRONOLOGIA DOS PROFETAS

A Bíblia Sagrada não segue uma ordem cronológica, para facilitar separamos os profetas de acordo com sua a região geográfica em que eles profetizaram para facilitar nosso estudo.

1. Amós e Oséias profetizaram para o povo do Reino do Norte (Israel); 2. Isaías, Miquéias e Joel advertiram o povo do Reino do Sul (Judá) a obedecerem a Deus, caso contrário a Assíria os derrotaria; 3. Jonas e Naum profetizaram para a grande cidade de Nínive, capital da Assíria; 4. Jeremias, Sofonias e Habacuque advertiram que os babilônios derrotariam Judá; 5. Obadias lamentou a queda do Reino do Sul e a destruição da cidade de

Jerusalém; 6. Ezequiel e Daniel profetizaram para o povo cativo na Babilônia, anunciando que Deus os traria de volta para a casa; 7. Ageu, Zacarias e Malaquias anunciaram mensagens de esperança ao povo que retornou do cativeiro.

Como o chamado de Deus faz o profeta, era de se esperar que cada Livro profético iniciasse com o relato da vocação. Mas este não é o caso! Alguns Livros das Escrituras têm este início (Jeremias e Ezequiel), os outros Livros proféticos não iniciam com um relato da vocação. Que isso significa? Significa que não se pode restringir a “vocação divina”, a um determinado relato. Não obstante, a cada página de seus Livros nos deparamos com a afirmação de que se entendem como enviados e vocacionados por Deus.

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