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Jonas

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Miquéias

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LIVROS PROFÉTICOS

Jonas foi um profeta de Israel que viveu mais ou menos na época de Jeroboão II, época em que profetizou sobre suas conquistas (2 Reis 14.25) o que de fato aconteceu. O seu nome significa “pomba” e ele ocupa um lugar especial de primeiro missionário no estrangeiro.

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O caráter histórico da preservação de Jonas no ventre do grande peixe e a sua pregação aos habitantes de Nínive foi autenticado por Cristo, que compara a experiência do profeta com o Seu próprio sepultamento e ressurreição (Mateus12. 38-42). Também os ninivitas são citados por Jesus em referência ao Juízo Final (Mateus 12.41).

Este Livro apresenta uma série de peculiaridades que o distingue dos demais Livros dos profetas. Primeiro porque não contém oráculos e sim narrativa. É mais uma biografia do que um oráculo. A mensagem é a história de Jonas. Enquanto os outros mesclam pontos narrativos em oráculos proféticos, esse possui apenas uma curta profecia dentro de um texto em prosa.

A lição é dada através do próprio Jonas. O capítulo (4) na verdade é o ápice do Livro. Não é a conversão dos ninivitas o foco principal e sim o erro do sentimento do profeta que se recusava a proclamar a Palavra de Deus na capital Assíria temendo que seus habitantes se arrependessem e dessa forma Deus os poupasse. Ele desejava ver a destruição da cidade. A aboboreira foi a maneira que Deus encontrou para mostrar ao profeta que seus sentimentos não eram retos, uma vez que se apiedou de uma planta e não aceitava que Ele se apiedasse de uma grande cidade.

Uma obra prima de narrativa considerada, este Livro tem sofrido uma superenfatização do milagre do grande peixe (1.17). Contudo, nem a anulação, nem racionalização resolvem as dificuldades do milagre que permanece como um objeto de fé, e não de explicação. O Livro de Jonas está cheio do sobrenatural; além do grande peixe, temos a aboboreira, o verme, o vento oriental e, principalmente, o arrependimento de toda a cidade de Nínive.

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Qualquer dificuldade encontrada se dá apenas pela negação do sobrenatural. Os que aceitam milagres não vêem no Livro nenhum obstáculo intransponível.

O caráter de Jonas e o relacionamento de Deus com ele são figuras subseqüentes da história da nação de Israel; fora da terra, uma perturbação para os gentios, mas um testemunho diante deles; expulsos, mas milagrosamente preservados; no futuro e profundo desespero, clamam ao SENHOR como Salvador, para o livramento e, então, se tornam missionários aos gentios. Mas, principalmente, Jonas é um tipo de Cristo como o Enviado, ressuscitado dos mortos e levando a Salvação aos gentios.

ESBOÇO DE JONAS

I. A retirada ordenada (1.1–3)

a) O chamado (1.1–2) b) Jonas foge para Társis (1.3)

II. O retorno providencial (1.4–2.10)

a) O Senhor manda uma tempestade (1.4–9) b) Os marinheiros o jogam no mar (1.10–16) c) O Senhor prepara um grande peixe (1.17) d) Jonas ora (2.1–9) e) Ele é vomitado na terra (2.10)

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III. A renovação bem-sucedida (3.1–10)

a) Segunda chance de levantar e ir é oferecida a Jonas (3.1–3) b) Jonas prega (3.4) c) A população se converte (3.5–9) d) Deus demonstra piedade (3.10)

IV. Uma reação negativa (4.1–11)

a) Jonas desgostou-se (4.1–5) b) Deus ensina uma lição (4.6–11)

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