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Joel

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Referências

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LIVROS PROFÉTICOS

O título do Livro nada nos informa a respeito do profeta a não ser sobre o seu nome: Joel, filho de Petuel (Joel 1.1). Este Livro é de difícil datação porque nada consta a respeito de nenhum rei israelita ou de alguma nação estrangeira, nada é mencionado. As indicações de datas variam desde o século nono até o século quarto antes de Cristo. Muitos pensam que foi escrito no tempo de Joás, como uma data mais equilibrada, o que daria por volta do ano 830 a.C.

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Para atribuir uma data tão remota, os estudiosos percebem que a influência do rei e da monarquia não é tão forte no Livro, sendo atribuído um papel mais importante aos sacerdotes. O que pode significar o período da infância de Joás, quando o sumo-sacerdote Jeoiada é quem verdadeiramente dirigia o reino. Outro fator preponderante para aplicar uma data mais longínqua à redação da profecia de Joel é o fato de nem assírios, nem babilônios ou ainda persas serem citados em sua profecia. Há referências a egípcios, filisteus, fenícios e edomitas. Isso aponta para um período mais tardio quando os dois impérios não estavam ainda exercendo seu domínio.

Existe uma referência aos gregos em (3.6). Por causa disso alguns querem atribuir uma data pós-exílica ao Livro. Visto que os gregos só entram tardiamente na história de Israel. Todavia, se atentarmos para o versículo, na verdade é uma confirmação de que o Livro foi escrito em data remota. Fala da venda de israelitas para os gregos em uma terra distante. Isso demonstra que os gregos não estavam próximos de Israel. E na verdade a supremacia grega sobre os mares e seu intenso comércio e expansão na região do Mar Mediterrâneo não é desta data. Felizmente, a mensagem de Joel não depende da data. As palavras do profeta se destacam, apesar da nossa incapacidade de reconstruir seu contexto histórico com exatidão.

Do ponto de vista do conteúdo são três os temas que o Livro se ocupa: os capítulos (1 e 2) tratam da praga de gafanhotos e da seca, sendo ambas interpretadas como prenúncio da aproximação do “dia do Senhor”. Duas vezes Joel conclama a se publicar um dia de penitência geral, para colocar um paradeiro à catástrofe.

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LIVROS PROFÉTICOS

Certos oráculos de Deus contêm promessa de uma salvação futura para o povo. O capítulo (3) promete o derramamento do Espírito sobre toda a população de Judá, incluindo os escravos. O capítulo (4) anuncia o juízo final para todas as nações que são convocadas para o vale de Josafá.

No geral é uma mensagem de advertência e juízo e apesar de ser uma mensagem curta inclui muito dos temas recorrentes nos demais profetas hebreus. A profecia presente em (2.28-32) será marcante para a Igreja do Novo Testamento. Foi essa profecia referida por Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2.17-21) e está profundamente relacionada com o “tempo da graça”. Dessa profecia a passagem “Aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2.32) vai se tornar o grande elemento confessional da salvação neotestamentária (Romanos 10.13). A profecia de Joel ainda contém outros valiosos elementos escatológicos. A descrição da guerra no capítulo (3) apresenta fortes imagens ligadas ao Armagedom e a Parousia de Cristo.

ESBOÇO DE JOEL

I. A mão do Senhor no presente (1.1–2.27)

a) A destruição pelas locustas (1.2–2.11) b) O arrependimento de Judá (2.12–17) c) A restauração do Senhor (2.18–27)

II. O dia do Senhor no futuro (2.28–3.21)

a) A graça do Senhor (2.28–32) b) O Julgamento do Senhor (3.1–17) c) A Bênção do Senhor (3.18–21)

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