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Oséias

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Referências

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LIVROS PROFÉTICOS

Oséias, cujo nome significa “o SENHOR salva”, levou a efeito o seu ministério durante os dias de quatro diferentes reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e de Jeroboão II, rei de Israel. Oséias foi contemporâneo de Amós em Israel, e de Isaías e Miquéias em Judá, e o seu ministério continuou depois do primeiro cativeiro, ou o cativeiro assírio, do Reino do Norte. Provavelmente era cidadão do Reino do Norte, uma vez que se refere ao rei de Israel como “nosso rei” (7.5). Judá só é mencionada ocasionalmente e o interesse se centraliza nas dez tribos.

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O tema dos capítulos iniciais da profecia de Oséias é a infidelidade de Israel, apresenta em termos de um relacionamento conjugal, uma figura de linguagem familiar descrevendo o relacionamento de Deus com o Seu povo escolhido (Êxodo 34.15-16; Levítico 17.7; 20.5-6; Deuteronômio 32.16,21; Isaías 54.5). O alvo principal do casamento de Oséias, porém, não era recapitular o tratamento de Deus dispensado a Israel, mas colocar em destaque a degeneração presente de Israel.

A questão matrimonial de Oséias tem sido motivo de acalorados debates acerca desse Livro, contra o qual foram levantadas diversas objeções por conta disso. Deus ter ordenado a um homem consagrado a Ele que se casasse com uma mulher adúltera é algo mal visto e não parece ser uma ordem coerente e nem moralmente adequada dizem os críticos, pois não seria nada condizente com a natureza e a ética divina.

Tentando resolver esse problema alguns sugeriram que esta experiência não era real e sim uma espécie de parábola. Todavia, o tom narrativo simples da história não deixa nenhum espaço para este tipo de interpretação alegórica. Era sem dúvida uma narração direta daquilo que Deus ordenara a ele fazer e os fatos que se seguiram. O próprio texto não fornece qualquer indicação de um caráter não literal para o evento.

Aliás, aceitar como alegórica e não histórica uma narrativa como essa, abre precedente para se entender como não históricas inúmeras outras passagens das Escrituras que apresentam a mesma forma de narrativa simples e direta.

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Uma explicação mais coerente seria que Oséias tivesse casado com Gômer quando essa não apresentava esse comportamento infiel. Esse casamento teria sido realizado mediante a direção de Deus. Posteriormente, quando seu caráter adúltero se manifestou e ele começa a exercer seu ministério profético, ele entende que apesar de dirigida por Deus sua união apresentava um caráter profético.

O fato é que a nação mergulhara nas densas trevas, ficando destituída de verdade, de bondade e do conhecimento de Deus (4.6), e cheia de perjuro, de mentira, de morte, de furto, de adultério e de derramamento de sangue. Deus desejava que Israel abandonasse seus pecados e voltasse a adorar somente a Ele; porém o povo continuava em sua iniqüidade. Essa decadência espiritual, social e política foi se intensificando até que culminou com o cativeiro Assírio, em 722 a.C., por Salmanaser V (2 Reis 17.3), consumado por Sargão II (Isaías 20.1).

ESBOÇO DE OSÉIAS

I. Oséias e Gomer (1.1–3.5)

a) O casamento de Oséias e Gomer (1.1–9). b) O Casamento do SENHOR com Israel (1.10–2.23) c) A volta de Gomer para Oséias (3.1–5)

II. O SENHOR e Israel (4.1–14.9)

a) Amor e restauração (11.1–14.9)

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