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Residencial Corruíras | Boldarini Arquitetos Associados
Fig. 23. Vista aérea do conjunto. Fonte: Archdaily, 2014
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Arquitetos: Boldarini Arquitetos Associados Ano: 2011 Localização: São Paulo, SP Área terreno: 21.404 m² Materialidade: Concreto / Aço
Fig. 24. Implantação. Fonte: Archdaily, 2014
O residencial Corruíras, localizado na região do Jabaquara em São Paulo, é fruto das ações da SEHAB-SMDU/PMSP para a área da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, planejado para viabilizar o reassentamento da ocupação irregular lindeira a obra, favela Minas Gerais.
Implantado em um terreno com declividade acentuada próximo ao córrego Água Espraiada, o projeto foi desenvolvido partindo desta condicionante, assim, a disposição dos blocos foi feita de forma escalonada, tendo acessos tanto pelas vias superiores como pelas inferiores.
Desta forma, explorando o desnível do terreno, o projeto ganhou um maior número de unidades habitacionais, 244, e atingiu um maior número de pavimentos, chegando a 7 e 9 andares.
Diante do terreno, uma solução técnica empregada em relação ao solo instável exigiu a construção de muros de arrimo para conter os mais de 20m de desnível entre as ruas que delimitam a área.
Outro aspecto importante do Residencial, que será incorporado no Morar ideal do Jardim Ângela, é a conexão por meio de passarelas, este elemento vem como estruturador e articulador do conjunto, reforçando a ideia do espaço dos vazios, do espaço coletivo como lugar do encontro, proporcionado também a troca e o estar dos moradores.
Fig. 25. Corte transversal. Fonte: Archdaily, 2014
Dentro do projeto há uma destinação para as áreas institucionais de convívio público, ponto muito importante que trouxe maior proximidade deste projeto com o que se propõe para o Jardim Ângela, a preocupação em implementar espaços complementares à moradia, destinados ao lazer, à recreação, à leitura e ao estudo.
No Corruíras, o nível 777,50 está destinado às salas para o uso comunitário, área de estudo e leitura, enquanto no nível 772,06 está o pátio, espaço destinado ao encontro e permanência dos moradores, que pode ser apropriado tanto para o banho de sol como a realização de festas coletivas.
Fig. 26. Pátio. Fonte: Archdaily, 2014
Fig. 27. Passarelas. Fonte: Archdaily, 2014
Ainda sobre a passarela, seu guarda-corpo de chapas metálicas perfuradas, além de se destacar no projeto, permite que a claridade e o vento passem, interligando os dois volumes. À noite, há sensores de presença que acendem as luzes das áreas comuns.
Na fachada, a solução utilizada foi a criação de brises horizontais que correm na parte de fora do ambiente, estes elementos móveis para cada unidade permitem o manuseio e autonomia dos moradores.
Fig. 28. Brises. Fonte: Archdaily, 2014
A unidade habitacional, com 50,2 m², tem dois quartos, sala e varanda, concentrando a cozinha, área de serviço e um banheiro, formando um núcleo hidráulico.
O projeto se insere na paisagem urbana sem se omitir, há uma transparência no emprego das materialidades. Os cobogós, elementos vazados de concreto, estruturam os corredores de circulação horizontal, criam outra vista, e quebram a monotonia deste espaço.
Fig. 29. Planta apartamento. Fonte: Archdaily, 2014
Fig. 30. Corredores com cobogós. Fonte: Archdaily, 2014