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Espaços de convivência: Praças, Escadarias e Rampas

Os espaços de uso público do complexo são incorporados no projeto de diversas formas, desde as rampas que chegam em aconchegantes patamares, até as escadarias que tornam-se arquibancadas, as praças secas e molhadas, sempre com um paisagismo único que permeia todo complexo.

Falando especificamente das escadarias e rampas, apesar de serem uma necessidade projetual, visto os grandes desníveis e a garantia de acessibilidade, elas surgem com um desenho e configuração que propiciam ao visitante espaços de contemplação da natureza tão presente neste entorno, assim como espaços de descanso e convívio nos patamares.

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Fig. 79. Isométrica da escada-rampa. Fonte: Elaborado pela autora

As praças com seu paisagismo geométrico orientam os percursos e compõem o visual do conjunto, com diversas cores de forrações e alguns espelhos d’água.

No acesso pela M’ Boi Mirim, a escada-rampa e seus platôs trazem um pouco do contato com a natureza ao lado e proporcionam espaços para o convívio.

Na cota 800, a praça é envolta por escadarias que, pela sua formação, se tornam uma arquibancada, podendo assim ser apropriada como um teatro a céu aberto, permitindo atrações e performances ao ar livre. Inclusive, pensando nessas performances, em dança, movimento e nas crianças que também vão desfrutar deste espaço, essa praça conta com esguichos de água, que pode ser um elemento utilizado tanto para as crianças brincarem como para as apresentações.

Fig. 80. Croqui corte da conexão 805 - 808. Fonte: Elaborado pela autora

0 2 5 10 Para dar movimento e dinamismo para as arquibancadas, foram criados “rasgos verdes“ a cada dois degraus - que formam um assento -. Esses rasgos, além de acrescentarem pontos de vegetação e permeabilidade, acabam separando a arquibancada em pequenos grupos, onde famílias e amigos podem ocupar de diferentes formas.

Essa arquibancada faz conexão com a cota 805, onde se encontra o térreo da lâmina B, com alguns pontos de comércio e serviços. Subindo mais um pouco, até a cota 808, se encontra uma nova escadaria, com cheios e vazios que interrompem os degraus formando canteiros e espaços de estar, sombreados por algumas árvores.

Já na cota 808 se dá o acesso à área de exposições da lâmina C, que, dependendo do tipo de exposição, pode se apropriar dessa grande praça para espalhar esculturas e fazer uma exposição a céu aberto, por exemplo.

Para conectar o nível 808 com o térreo da lâmina A (817), surge uma nova escadaria, além de uma grande rampa, para vencer esse desnível.

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Fig. 81. Ampliação da praça cota 800. Fonte: Elaborado pela autora

Fig. 82. Isométrica da conexão das cotas 800 a 808. Fonte: Elaborado pela autora

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Fig. 83. Ampliação da escadaria que conecta os níveis 808 - 817. Fonte: Elaborado pela autora

Fig. 84. Vista da praça nível 808. Fonte: Elaborado pela autora

Essa escadaria se diferencia de todas as outras e tem um caráter de uma grande praça em níveis, seguindo as formas geométricas de todo o paisagismo do projeto. Nela, cada lance de escada sobe aproximadamente 2m e cria um grande patamar com canteiros sombreados, bancos e áreas de estar.

Ao final da subida, encontram-se alguns comércios e serviços e um patamar maior onde eles podem se apropriar, espalhando mesas no caso de uma lanchonete, por exemplo.

As praças frente a Rua Clamecy, nas cotas 805 e 817, têm a mesma proposta, ser um alargamento da calçada, que com a proximidade do comércio e seu paisagismo, fomentam no usuário a vontade de parar e desfrutar dos diferentes usos.

Fig. 85. Vista da praça de acesso pela Rua Clamecy no nível 817. Fonte: Elaborado pela autora

Fig. 86. Vista aérea do complexo. Fonte: Elaborado pela autora

Todo o complexo está contido em uma área verde, por isso, houve o cuidado de incorporar ao novo paisagismo e preservar a maior parte das árvores já existentes, além de reflorestar uma parte do terreno; deste modo, a vegetação ali existente segue presente, mantém parte das características locais, atuando também como uma barreira acústica e no controle climático.

Assim o morar ideal é instalado, em meio ao verde, as habitações de interesse social que se enquadram com o perfil dos moradores, os espaços de uso público, coletivo e cultural, sua proximidade com os comércios, serviços, escolas, transporte público, este é o morar ideal para a população do Jardim Ângela.

Fig. 87. Vistas das diversas praças do projeto. Fonte: Elaborado pela autora

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