Revista Tecnologia Gráfica 102

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A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO

ANO XXI Nº 102 • VOL. I 2018 • ISSN 1678-0965

EXPOPRINT LATIN AMERICA 2018 Intensa programação de seminários e atividades práticas marca a feira

NORMALIZAÇÃO

O que esperar do PDF 2.0

GESTÃO

Ferramentas de gestão podem ajudá-lo no momento de investir

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CULTURA GRÁFICA

O cartaz da Copa do Mundo de 2018 e suas referências

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GESTÃO INOVADORA

O Senai tem a estrutura completa para alavancar sua carreira. Programas dirigidos a graduados em áreas tecnológicas afins com o segmento da comunicação impressa. Busca aperfeiçoar o profissional que já atua no mercado ou preparar estudantes graduados para carreiras em níveis de gestão.

GESTÃO AVANÇADA DA PRODUÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS DE EMBALAGEM

DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE MÍDIA IMPRESSA

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CONHEÇA O NÚCLEO GRÁFICO

Cursos de Formação Inicial e Continuada. As Escolas Senai Theobaldo De Nigris, Fundação Zerrenner, João Martins Coube e José Ephim Mindlin, integradas, concentram-se na formação profissional para a cadeia produtiva da mídia impressa. Esse grupo de escolas do Estado de São Paulo constitui-se hoje, no mais importante núcleo de ensino profissionalizante nas áreas de celulose, papel e tecnologia gráfica no hemisfério sul.


Volume I – 2018 Publicação da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162‑030 São Paulo SP  Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 http://grafica.sp.senai.br Presidente da ABTG: Francisco Veloso Filho Diretor da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica: Elcio de Sousa Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Enéias Nunes da Silva, Lucimara Andrade Ribeiro, Mara Cristine Aguiar, Manoel Manteigas de Oliveira, Simone Ferrarese e Tânia Galluzzi Elaboração: Escola Senai Theobaldo De Nigris Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação redacao@revistatecnologiagrafica.com.br Projeto Gráfico Cesar Mangiacavalli Produção: Escola Senai Theobaldo De Nigris Editoração Eletrônica: Escola Senai Theobaldo De Nigris Impressão e Pós-impressão: Escola Senai Theobaldo De Nigris Capa: Verniz brilho - Weilburger Hot Stamping - Fitas Crown do Brasil Assinaturas: 1 ano (4 edições), R$ 40,00; 2 anos (8 edições), R$ 72,00 Tel. (11) 3159.3010 E-mail: editoracg@gmail.com

Apoio

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700

Tempo de preparação

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omeçamos 2018 com previsão de crescimento e otimismo. Contudo, ainda temos pela frente um ano conturbado, marcado pelas eleições e por incertezas no campo econômico, o que torna mais difícil a tomada de decisões. Porém, por quanto tempo ficaremos nesse dilema? Essa resposta nunca será exata e por isso acredito que temos de aproveitar a oportunidade gerada pela crise para revisar a maneira como as nossas organizações trabalham. Analisando procedimentos podemos diminuir ineficiências internas, identificando tempos perdidos, profissionais com pouca qualificação, falhas na comunicação interna e externa que provocam desalinhamento com os objetivos da organização e o descontentamento dos clientes, entre outros problemas. Nesses momentos de crise temos de investir no desenvolvimento das equipes para que adquiram ou reciclem as habilidades necessárias para melhorar a produtividade e principalmente a capacidade de se adaptar às constantes mudanças políticas e econômicas. Para nos ajudar nessa jornada temos um grande evento que é ExpoPrint Latin America 2018. Na feira poderemos trocar informações, ver as novas tecnologias que nos ajudarão na melhoria dos nossos processos, bem como aproveitar as várias apresentações e seminários programados. Entre eles está o Simpósio Internacional de Comunicação Visual, organizado pela a ABTG. O encontro reunirá especialistas para apresentação e debate de temas relevantes como o impacto da nanotecnologia, inovações em mídias eletrônicas, tendências em tintas, substratos e impressoras, integração e automação. Temos de usar esse período para investir nas pessoas, na revisão dos sistemas e principalmente, para ampliar os nossos horizontes objetivando vencer a crise e crescer com solidez.

Elcio de Sousa

Diretor da Escolas Senai Theobaldo De Nigris e José Ephim Mindlin

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Sumário 10

Prepare-se para a Expoprint Latin America 2018

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Proteção de dados na indústria gráfica

ESPECIAL

SPINDRIF

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O que o PDF 2.0 traz de novo NORMALIZAÇÃO

O processo de sublimação em offset

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22

Erro zero no fluxo de lombada canoa

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Impressão rotográfica para a indústria moveleira

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Desvendando o apps Adobe Capture

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Edição de imagens Lightroom

32

Investir ou não investir, eis a questão

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Fotolivros, das imagens ao enobrecimento

Gestão

Produção Gráfica

Como Funciona

Pré-Impressão

Academia

Pós-Impressão

Tutorial

Produtos Notícias Cursos

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Capa: Mara Aguiar Imagem: Freepik

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PRODUTOS

A Esko apresenta mesa de corte digital para produção contínua

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Esko lançou no final de 2017 a Kongsberg C66, mesa de corte digital projetada para pequenas tiragens em aplicações de corrugado, a maior do mercado para essa aplicação, segundo a fabricante. A combinação de tamanho, velocidade e precisão para materiais rígidos como corrugado, torna o modelo uma alternativa flexível e eficiente para os equipamentos diecutting convencionais para pequenas tiragens de embalagens e displays de ponto

de venda. A Kongsberg C66 pode trabalhar com até 10 m/minuto, tanto com produção multi-zone manual de chapas de 2,2 m X 3,2 m ou single-zone de chapas corrugadas de 2,5 m X 4,8 m. Isto a torna especialmente indicada para a produção de embalagens de proteção, embalagens corrugadas de parede dupla ou tripla e displays para PDV. Também é capaz de processar outros materiais de embalagem de proteção, incluindo espumas de proteção.

Nova solução Henkel para embalagens de papelão

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Henkel, em parceria com a Tecnor, desenvolveu a solução Tap Out, um sistema completo para fechamento de caixas de papelão. A oferta integrada inclui a tecnologia Technomelt Supra 175, adesivo hot melt lançado no início de 2017; equipamento para fechamento de caixas de embarque; e sistema de aplicação do adesivo para fechamento nas abas interiores e superiores. Com a utilização desse sistema é possível, de acordo com a fabricante, reduzir em 90% as paradas da linha de produção, trazendo ganhos de produtividade, aliado ao rendimento superior de quantidade de adesivo por unidade. A tecnologia Technomelt Supra 175 também apresenta estabilidade térmica, proporcionando menores custos de manutenção relacionada a entupimentos de bicos aplicadores e limpezas do sistema aplicador. Além disso, o adesivo é mais resistente mecanicamente do que produtos padrão de mercado, tem alta resistência ao calor, excelente tack e baixo odor. Comparado à fita adesiva, oferece acabamento superior e economia no uso do papel corrugado. O produto ainda atende as normas de segurança alimentar para embalagens de acordo com as regulamentações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), normas do Mercosul, Europa e Estados Unidos.

eXact oferece suporte ao novo padrão ISO para Spot Color Tone Value

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X-Rite anunciou que sua consagrada família de espectrodensitômetros eXact passa agora a oferecer o recurso Spot Color Tone Value (SCTV), Valor Tonal para Cores Especiais, que suporta o padrão ISO 20654. Por meio da configuração eXact SCTV, gráficas comerciais e de embalagens poderão mensurar valor do tom para cores especiais e verificar qual delas se correlaciona bem com a aparência visual desejada. Isso permite maior precisão e assertividade no uso das cores, principalmente cores especiais de marcas.

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Com a atualização, usuários poderão configurar separadamente a fórmula do valor tonal para cores especiais, assim como CMYK. As configurações estão disponíveis para o valor tonal, para o aumento do valor tonal (TVI) ou ganho de ponto, tabela TVI e características de impressão. Além disso, uma nova função de pesquisa foi inserida no eXact, a qual fornece acesso mais rápido e fácil a padrões de cores, como o Pantone, e os aplica em um trabalho. Os usuários podem selecionar Pantone ou um padrão de outra biblioteca

de cores por meio de seu nome ou código, melhorando a experiência do usuário e resultando em ganho de tempo e produtividade.

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Gomaq traz para o Brasil a Riso ComColor GD9630 e o

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Gomaq apresentou em dezembro a linha de impressoras ComColor GD da Riso. Projetado para ambientes de produção, o modelo GD 9630 imprime mil páginas em aproximadamente seis minutos e conta com uma capacidade produtiva que atinge um milhão de impressões por mês. Como parte da busca por oferecer o menor custo de impressão, a série GD incorporou mais cinco níveis de gradação de carga de tinta, passando a ter um controle de até 12 gotas de tinta por ponto, sendo que nas gerações anteriores o máximo era de até sete gotas. Em janeiro foi a vez da ScanNCut, da Brother, a primeira máquina de corte do mundo com scanner embutido, segundo a representante brasileira. O principal diferencial está no seu scanner embutido de 300 DPI , tornando a única máquina de corte que pode usar imagens digitalizadas, fotos ou desenhos tirados à mão, e transformá-los em projetos de corte únicos, sem a necessidade de um computador, software ou cartuchos. A linha é atualmente composta por dois modelos, o CM 300 BR e CM 650W. Com a ScanNcut é possível trabalhar com variedade de materiais, incluindo feltro ou tecidos de algodão.

EFI inova com impressora de mesa e o Fiery Textile Bundle

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EFI anunciou em dezembro sua mais nova impressora, a EFI Pro 24f. Exibida pela primeira vez na feira SGIA Expo, em New Orleans, em outubro, essa é a única impressora de mesa dedicada para grandes formatos com as tecnologias da EFI de LED e cabeçote de impressão em escala de cinza variável. Ela oferece imagens precisas, detalhes finos e alta qualidade de imagem para uma vasta gama de aplicações. O equipamento está voltado para a produção de displays fotográficos retroiluminados, reproduções de arte, interruptores de membrana, sobreposições gráficas, impressões lenticulares e outras aplicações especializadas. Sua arquitetura de mesa de 1,2 x 2,4 metros oferece um sistema a vácuo com várias zonas para eliminar a máscara e ao mesmo tempo garantir registro preciso

Avery Dennison lança nova cartela de cores para adesivação de carros

para vários painéis e impressões sobrepostas. A tecnologia LED de “cura a frio” garante baixo consumo de energia, desperdício mínimo e compatibilidade com substratos mais finos e termossensíveis. Em janeiro, a EFI lançou o Fiery Textile Bundle, mirando as empresas que procuram crescer com a produção têxtil industrial digital para vestuário e decoração. Trata-se de um conjunto de inovações de fluxo de trabalho de design e produção usado com as impressoras jato de tinta digitais EFI Reggiani. O pacote inclui novos plug-ins do Fiery DesignPro para Adobe Illustrator e Photoshop, que proporcionam eficiência na criação de designs profissionais, e o mais novo front-end digital Fiery proServer, que garante uma produção têxtil de alta qualidade.

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ara os apaixonados por carros que estão sempre em busca de novidades no mercado automotivo, a Avery Dennison está trazendo novas cores à série Supreme Wrapping Film. São quatro cores em tons pastel: Smoky Blue, Sea Breeze Blue, Light Pistachio e Cloudy Blue. O Supreme Wrapping Film une desempenho, versatilidade e conveniência em um único produto. Isso porque o adesivo conta com a tecnologia Easy Apply RS , que permite reposicionar e deslizar o filme sobre a superfície do carro, assim como a fácil remoção de bolhas, economizando até 30% de tempo na hora da aplicação. Além disso, o produto oferece grande durabilidade, podendo ser colocado em superfícies com curvas complexas. É aplicado sem emendas e pode ser retirado a longo prazo, sem causar danos ao veículo. VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Notícias

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Presente e futuro

calendário de eventos da ABTG em 2017 foi encerrado com um olhar para o futuro. No dia 18 de dezembro a entidade recebeu Bruno Schrappe, vice-presidente de Pesquisa & Desenvolvimento Digital na sgsco, conglomerado multinacional focado em soluções de marketing e premídia. Com 15 anos de experiência na indústria gráfica (vice-presidente de tecnologia da Burti e diretor de estratégia e inovação da Arizona), Bruno foi convidado para falar sobre tendências exponenciais que podem impactar e gerar oportunidades para a indústria gráfica. O especialista deu vários exemplos de tecnologias que estão mudando radicalmente não só a forma de nos comunicarmos, quanto nosso comportamento, como big data, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e nanotecnologia. “Pesquisas apostam que até 2030, 50% da comunicação e movimentação

de dados se dará por meio dos mais deferentes objetos com a IoT”, afirmou Bruno. Uma mudança que já está em curso e que diz respeito diretamente ao setor gráfico vem acontecendo na Amazon. A empresa está desenvolvendo embalagens customizadas para os produtos que comercializa, otimizando o espaço perdido em embalagens-padrão. Etiquetas muito mais inteligentes, capazes de armazenar e transmitir para o consumidor uma gama ainda maior de informações também vem sendo usadas. “A decisão de compra não acontece mais no ponto de venda. Acontece em qualquer lugar. Porém a embalagem continua a existir e vem se transformando numa mídia cada vez mais poderosa.” Além do segmento de embalagem, Bruno Schrappe apontou oportunidades para a indústria gráfica na gestão, manipulação e distribuição de conteúdo das marcas, independente da saída ou da mídia no qual será veiculado.

Nova estrutura na ABTG

Road Show da Bobst e parceiros na Theobaldo

ABTG está inovando e crescendo, com novos serviços e nova

abordagem. Para isso, a estrutura da entidade foi alterada. Aparecida Soares Stucchi passa a se concentrar na organização do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini e no suporte aos prêmios realizados regionalmente em diversos Estados. Andrea Ponce é a gerente de relações com o mercado é dará atendimento personalizado às empresas que contratam os serviços da associação. Também é a profissional que dará atenção aos apoiadores e patrocinadores. Simone Ferrarese, recém-admitida, é a nova gerente operacional. O comando da entidade continua nas mãos de Francisco Veloso, presidente executivo, Bruno Cialone, presidente do conselho, e Manoel Manteigas de Oliveira, diretor técnico.

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Bruno Schrappe

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Escola Senai Theobaldo De Nigris recebeu no dia 5 de dezembro a Bobst & Partners Road Show Brasil, que levou à escola a conferência “As mais recentes tecnologias e soluções para etiquetas e curtas tiragens em embalagens flexíveis”. O evento foi realizado pela Bobst em parceria com os principais fabricantes do segmento de embalagens flexíveis. Além das soluções da Bobst, Apex, AVT, Dupont, Esko, Flint Group, Phoseon, Henkel, Mouvent, Rossini e UPM Raflatac, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestra da Aché sobre tendências em embalagens na perspectiva de um brand owner.

A Apex, AVT, Bobst, Dupont, Esko, FlintGroup, UPM fazem parte da Revo - Digital Flexo Revolution, projeto que visa atingir novos patamares de qualidade, com confiabilidade, rastreabilidade, reprodutibilidade e, o mais importante, sem custos extras. O grupo de colaboradores compartilham inovações e tecnologias com o intuito de otimizar e definir protocolos no processo flexográfico, garantindo benefícios como facilidade e novos e elevados parâmetros de qualidade, entre outros. Confira a galeria de fotos:

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35 gráficas conquistam o Fernando Pini Facform (PE) e Ipsis (SP) foram as mais premiadas da 27ª edição do Fernando Pini, com sete conta-fios. A gráfica pernambucana destacou-se com dois produtos da vinícola Rio Sol: Embalagem Champanhe Rio Sol, vencedora nas categorias Embalagens Sazonais e Complexidade Técnica do Processo, além do Grand Prix em Acabamento Cartotécnico, e Sacola Rio Sol, na categoria Sacolas. Venceu também com o livro Os Gigantes de Olinda, de Erik Vasconcelos e Flavinha Marques, na categoria Livros Infantis/ Juvenis; e com duas peças próprias, o Calendário e a Sacola Facform, vencedores nas categorias Calendários e Sacolas Próprias. Com o livro You Are Not Here, de Jairo Goldflus, produzido para a Finale Artes Gráficas, a Ipsis conquistou a categoria Livros Culturais e de Arte e o Grand Prix em Impressão Offset Plana. Foi a escolhida

também nas categorias Livros Institucionais, com Athié Wohnrath, produzido para a o Grupo Athié Wohnrath; Livros Ilustrados e Livros Técnicos, com a obra Oca – Arquitetura no Brasil, da Victoria Books; Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais, com a Darkside #00, da Darkside Entretenimento; Revistas Institucionais, com a Revista Nacional 9, da própria Ipsis; e a categoria Livros (Segmento Produtos de Baixas Tiragens), com Cenas Venezianas, produzido para o fotógrafo Francisco de Assis. Estrearam na lista de vencedores Miolo (SP), Catuaí (PR), FTD (SP), Grafimax (SC), Indemetal (SP), Lisegraff (PR), Provisual (PE) e Vitagraf (SP). Entre os fornecedores, Heidelberg, Suzano, Agfa e HP continuam soberanas. A marca alemã foi a mais premiada em 2017, ficando com quatro conta-fios

em Equipamentos para Pré-Impressão, Sistemas e CtPs, Software de Gerenciamento de Cores, Blanquetas e Equipamentos de Impressão Plana. Já Suzano, Agfa e HP foram destaques em duas categorias cada uma. A cerimônia de entrega da premiação aconteceu no Espaço das Américas, em São Paulo.

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ESPECIAL Tânia Galluzzi

Entre os dias 20 e 24 de março acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, a maior feira do setor gráfico da América Latina. O evento cobrirá todos os segmentos da indústria da impressão, apresentando novidades nas mais diversas tecnologias, o que torna o planejamento préfeira fundamental.

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e é impressão, é ExpoPrint! Não por acaso esse foi o tema escolhido para a quarta edição da ExpoPrint Latin America 2018. Trata-se da mais abrangente já realizada, atingindo todos mercados do universo da impressão, desde a tradicionalíssima produção de livros até a hype impressão 3D. Reforça esse conceito a realização paralela da ConverExpo Latin America, Exposição e Congresso Internacional da Indústria de Conversão de Flexíveis, Corrugados e Rótulos. Dos pesos pesados às inovadoras start ups, os principais fornecedores estarão presentes, levando ao Expo Center Norte mais de 750 marcas, começando por uma diversidade de softwares que visam agilizar o processo produtivo, capazes de preparar as empresas para os conceitos da Indústria 4.0. Os equipamentos são parte fundamental da feira, que terá expostas e em produção impressoras dos mais diversos tamanhos e formatos, rodando papel, filmes plásticos, corrugados, tecido, entre outros substratos. Os lançamentos em suportes e insumos estarão lá igualmente, do vinil ao não tecido, incluindo tintas para diferentes tecnologias de secagem. Não vai faltar também sistemas e acessórios para a pós-impressão, seja qual for o produto. “O ciclo de baixa na economia brasileira acabou, o que nos deixa muito animados. A feira chega forte, com mais marcas em exposição e com uma presença de visitantes internacionais que deve superar a edição anterior”, afirmou Eduardo

Foto: Divulgação

Vai à ExpoPrint? Defina seu objetivo Sousa, presidente da Afeigraf, entidade promotora da ExpoPrint, em evento realizado em janeiro. “Os números positivos alcançados atestam que o nosso mercado está consciente de que é preciso buscar novos processos e tecnologias para seguir atendendo às demandas dos clientes. E a ExpoPrint vai oferecer subsídios para essa mudança”, disse Ismael Guarnelli, diretor da APS Marketing de Eventos, organizadora e promotora da feira. Justamente pela multiplicação de tecnologias e possibilidades, é fundamental um mínimo de planejamento para quem deseja realizar uma visita produtiva, como argumentam o consultor Hamilton Terni Costa, Alexandre Keese, diretor comercial da APS , e Bruno Mortara, superintendente do ONS 27. “É preciso definir o foco”, diz Hamilton. Para isso, o gráfico deve olhar para dentro da empresa, identificando o que é realmente lucrativo e partindo em busca de soluções que possam incrementar tal área. Uma alternativa é reunir a equipe para analisar processos que podem ser melhorados ou otimizados. Além do negócio principal da empresa, vale analisar em quais novos mercados é oportuno investir e quais processos merecem ser incorporados. CONHECIMENTO

Antes de investir é necessário conhecer não só o equipamento ou a tecnologia, mas as peculiaridades do que será por ele produzido e, especialmente,

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Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

as características do mercado que atende. A troca de informações com usuários e desenvolvedores é uma boa saída e nesse ponto a ExpoPrint também contribuir. A edição 2018 terá uma série de congressos e atividades práticas discutindo tendências e mostrando como a tecnologia pode impactar a indústria. Dentre eles está o Congresso de Impressão Digital, que ao longo de toda a mostra abordará novas tecnologias, empreendedorismo e gestão. Previsto para o segundo dia de feira, 21, o Simpósio Internacional de Comunicação Visual, organizado pela ABTG , vai abordar o lado técnico do processo de produção. O seminário reunirá especialistas para apresentação e debate de temas relevantes como inovações em mídias eletrônicas, tendências em tintas, substratos e impressoras, integração e automação. A ideia é debater a inovação do ponto de vista mercadológico, enfatizando soluções que tornem a gráfica mais eficiente e rentável. A Digital Textile Conference será um dia inteiro (22) dedicado à impressão digital têxtil, apresentando um panorama do segmento. O Núcleo Gráfico do Senai está preparando para o sábado, 24, palestras sobre os mais recentes conceitos, não só da impressão quanto da tecnologia como um todo, caso da Indústria 4.0. Além desses conteúdos, quem for ao Expo Center Norte poderá visitar a Ilha de Sublimação, uma parceria ExpoPrint/Fespa/ComunidadeWeb. No espaço será demonstrado o quanto a impressão por sublimação dos mais diversos substratos e produtos vem ganhando espaço e ajudando os empreendedores a vislumbrarem novas oportunidades de negócio. A feira sediará ainda a oitava edição do Cambea, campeonato de envelopamento automotivo, cujo vencedor terá a oportunidade de disputar o World Wrap Masters Series, que em 2018 ocorre em Berlim, Alemanha; e o Projeto Impressões Literárias Antologia de Poesias, Contos e Crônicas. Por meio de parceria entre a APS , o Grupo Editorial Scortecci, a Canon do Brasil e a Bignardi Papéis, o objetivo é revelar novos talentos, promover a leitura e valorizar a mídia impressa por meio da tecnologia de impressão digital.

ExpoPrint Latin America 2018 Data: 20 a 24 de março, terça a sexta, das 13h às 20h, sábado, das 10 às 17h Local: Expo Center Norte, Pavilhões Azul e Branco, São Paulo, SP VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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ESPECIAL

Simpósio debate tendências em comunicação visual

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rganizado pela ABTG e pela APS , o Simpósio Internacional de Comunicação Visual reunirá no dia 21 especialistas para apresentação de temas relevantes nos mercados nacional e internacional de comunicação visual. Os conteúdos foram desenvolvidos pensando nas demandas de proprietários, gestores e líderes gráficos, profissionais de comunicação visual e design, bem como técnicos em pré-impressão, impressão e acabamento. Um dos nomes confirmados é o de Guy Gecht, CEO da EFI , que vem conduzindo a transformação da EFI dentro da indústria da impressão. Representando na América Latina o Grupo Landa, o colombiano Heberto Pachón falará sobre oportunidades abertas pelas novas tecnologias. Quem também vem trazendo novos conceitos é a companhia israelense Massivit, com Andre Kerstenetzky, que mostrará o quanto o 3D impulsiona a criatividade nos projetos. Para que os empresários vislumbrem com mais clareza os desafios a serem enfrentados, Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, abordará os cenários macroeconômicos para o biênio 2018/2019. Alexandre Keese, diretor da APS e representante da Fespa no Brasil, entidade voltada a estudar o mercado global de comunicação visual, discutirá marketing e vendas. Já Vlamir Maraffioti, gerente de produtos da Agfa, foi convidado para discutir conceitos de automação, integração e produtividade. Flávio Hirata, da Foccus Brasil, vai trocar com os congressistas suas experiências de 40 anos no segmento de impressão, especialmente com a tecnologia digital; e Thiago Fabbrini, da HP, usará seus 15 anos de experiência em grandes formatos para quebrar a resistência com relação ao uso de novos materiais. PROGRAMAÇÃO

Tendência de mercado de comunicação visual - Guy Gecht (EFI) Valor digital no mercado de comunicação visual - Heberto Pachón (Landa) ◆◆ Uso da impressão 3D na comunicação visual - Andre Kerstenetzky (Massivit 3D) ◆◆ Tintas, substratos e impressoras: opções e tendências tecnológicas - Flávio Hirata (Foccus Brasil) ◆◆ Marketing e vendas - Alexandre Keese (APS) ◆◆ Cenários e tendências macroeconômicos 2018/2019 - Carlos Kawall (Banco Safra) ◆◆ Inove: ganhe mais com impressão digital em grandes formatos – Thiago Fabbrini (HP) ◆◆ Automação, integração e produtividade no mercado de comunicação - Vlamir Marafiotti (Agfa) ◆◆ ◆◆

Data: 21 de março, das 9h às 16h Local: Expo Center Norte - Sala Vila Guilherme, Pavilhão Azul - Piso Superior Inscrições: www.simposioabtg.com.br

ConverExpo traz para o Brasil o melhor na conversão de embalagens e rótulos

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ConverExpo, Exposição e Congresso Internacional da Indústria de Conversão de Flexíveis, Corrugados e Rótulos, acontece em paralelo à ExpoPrint 2018. A feira é uma realização da Abflexo/ FTA-Brasil (Associação Brasileira Técnica de Flexografia) com organização e promoção da APS , apresentado soluções em flexografia banda larga, banda estreita e impressão digital. De impressoras de embalagens e rótulos a empresas que fornecem serviço de clicheria, tudo o que é ligado ao processo de impressão de embalagem estará na ConverExpo. A experiência de visitação se completará com o Flexo Talk & Show, que vai abordar conceitos relevantes para empresários e profissionais da indústria.

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GESTÃO

Sandra Almeida Silva

Investir ou não investir?

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Você pode assistir o vídeo completo com a Profª Mestre Sandra Almeida sobre Investir ou não investir?

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s primeiros sinais de recuperação da economia já surgiram, porém vivemos ainda um cenário de incertezas. Diante disso, vem a pergunta: é momento de investir? Investimento não envolve apenas ativos tangíveis, físicos. Há de se considerar o capital humano. A capacitação e o treinamento da mão de obra pode ser, em alguns casos, considerado bom exemplo de retorno do capital intangível. Não nos restam dúvidas de que equipe qualificada é valor agregado ao negócio, porém infelizmente só nos lembramos disso em momentos de crise, quando a mão de obra qualificada se torna mais cara. Investimento também é a correta e mensurável aplicação de recursos em tecnologia inteligente voltada aos processos e rotinas da empresa. A imagem, a marca, bens de alto valor para a empresa, são também investimentos. Aplicar recursos em controles internos, sistemas integrados de informações (SIGE), gestão da qualidade, departamentalização, mensuração e classificação dos custos diretos e indiretos, implantação de sistemas de custeio, apreçamento estratégico, formação de preço, significa igualmente investir na empresa. É preciso entender que investir é seguir adiante, exigindo planejamento tático mais do que que estratégico. O tempo na tomada de decisão faz toda a diferença. Obviamente, planejamento estratégico é necessário. Entretanto, nos dias atuais, mais do que estratégia para suprir as necessidades da empresa, é preciso unir timing e ação. Observase que a redução de custos, a transformação de despesas fixas em despesas variáveis para atender uma demanda instável é investimento, normalmente considerado investimento reverso. Investir também é mapear processos em área improdutivas da empresa, criar clusters produtivos otimizados, dedicar-se a organização societária e ao enxugamento da base produtiva inativa. Uma máquina parada improdutiva é tão ruim quanto deixar dinheiro parado em conta corrente. O Valor Presente Líquido (VPL) do capital investido associado à depreciação, à obsolescência do ativo, é a mistura mais tóxica e imbatível para reduzir e decrescer o

valor do bem, invalidar o capital investido e, consequentemente, minguar o lucro da empresa. Mas por onde começar? Para Casarotto Filho (2008), antes da tomada de decisão de um projeto de investimento é necessário fazer a lição de casa, porque investir é a renúncia a um consumo no presente em troca de uma promessa de um retorno maior e mais satisfatório no futuro, deixar de gastar ou rentabilizar os recursos agora na espera que tal investimento produza um retorno maior no futuro. A decisão de investir deverá obedecer a critérios econômicos, como a rentabilidade do investimento, financeiros, como a disponibilidade de recursos, e critérios imponderáveis, que são os fatores não conversíveis em dinheiro. ETAPAS PREPARATÓRIAS

1- Definição da viabilidade econômica do projeto de investimento 2- Análises do custo médio ponderado de capital e recursos 3- Fluxo de caixa 4- Técnicas de análises de investimentos. 1 - Etapa imprescindível é a definição da viabilidade econômica financeira de um projeto de investimento. É fundamental analisar se custo do capital de terceiros é inferior ao de outras formas de financiamento. Esse é o momento para aproveitar o custo financeiro (juros), que pode ser contabilizado como despesa financeira, e, portanto, reduzir o lucro tributável e consequentemente o pagamento do imposto sobre a renda. As despesas com os juros são dedutíveis para fins de apuração do lucro tributável para as empresas que são tributadas com base no lucro real. Uma gráfica de médio porte tomou um empréstimo à taxa de juros de 12% ao ano. A sua alíquota de imposto de renda é de 30%. O custo efetivo dos juros do empréstimo pode assim ser calculado: Custo do Capital de Terceiros Após o I.R (k i) ki = Kd x (1 - taxa I.R) Kd - taxa de juros antes do I.R ki = 12% x (1 - 0,30) = 12% x 0,70 = 8,4%

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2 - A decisão do uso ou não de capital de terceiros para investimento é analisar o Custo Médio Ponderado do Capital, o CMPC (ou WACC do inglês Weighted Average Capital Cost). Trata-se da média ponderada entre o custo de capital de terceiros e o custo de capital próprio, ou seja, a composição de recursos que estão à disposição da empresa. O resultado desse cálculo vai indicar o nível de atratividade mínima do investimento, a TMA (Taxa Mínima de Atratividade), que em muitos aspectos é o Custo de Oportunidade. O CMPC é a soma dos ativos com os passivos, que formam a estrutura patrimonial da empresa e que podem ser compostas de capitais próprios ou de terceiros e, portanto, definir quais são os pesos/valores percentuais de cada passivo. O custo do capital próprio da empresa Zita é 12% e o custo de capital de terceiros é de 18%. Na estrutura de capital os pesos são, respectivamente, 70 e 30%. Fazendo a média ponderada, temos o resultado do Custo Médio Ponderado de Capital:

CMPC = (12*0,70) + (18*0,30) = 13,8% 3 - A próxima etapa é a construção do Fluxo de Caixa. Para Olivo, 2012, a definição dos fluxos de caixa do investimento deverá ser um fluxo de caixa projetado, uma estimativa de ganhos ou perdas futuras, uma vez que o investimento ainda não foi realizado. A definição da metodologia de apuração do fluxo de caixa é um passo estratégico. O fluxo de caixa decorrente das operações, da geração interna de recursos, pode ser apurado como despesa depreciação (bens do imobilizado) e, assim, reduzir o lucro tributável. Mas atenção. Deve-se ter cuidado na apuração do fluxo de caixa operacional do projeto. As despesas e as receitas financeiras não são computadas nos cálculos e o cálculo da despesa de depreciação e do imposto de renda é relevante somente para as empresas que são tributadas com base no lucro real (grande porte). Do contrário pode-se enviesar os resultados.

4 - O próximo passo é aplicar as técnicas de Análises de Investimentos: Payback (Período de Retorno), VPL (Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno). Espera-se que tais técnicas diminuam nossas incertezas de quanto ao investimento, mensurando o risco e a capitalização oferecida pelo investimento. Entretanto, é necessário que o projeto seja validado pelas três técnicas para a tomada de decisão.

VPL 33%

Payback 33%

TIR 33%

Um dos principais indicadores de viabilidade do projeto de investimento é o o payback (tempo de retorno) e há basicamente dois tipos: simples, com valores nominais, ou descontados, cálculo com valor presente dos fluxos de caixa. O payback deverá ser menor que o período máximo aceitável de recuperação do investimento, ou seja, tempo necessário para recuperação do investimento inicial de um projeto, calculado com as entradas do fluxo de caixa. Essa técnica nos ajuda a responder à pergunta: Quanto tempo eu recupero o capital investido? O cálculo do período de payback descontado é o mais viável porque poderá refletir as variações dos fluxos de caixa acompanhando a produção e a demanda oriunda do investimento. Uma vantagem dessa técnica é a simplicidade. É utilizado por grandes empresas para avaliar projetos pequenos, e pelas empresas de pequeno porte como critério

Fluxo de caixa Receitas (ou vendas) estimadas - custos e despesas estimadas - despesa estimada de depreciação = Lucro estimado antes do imposto de renda - Imposto de renda estimado = Lucro líquido estimado +depreciação estimada = Fluxo de caixa operacional estimado. VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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REFERÊNCIAS Filho, Nelson. Análise de investimento: matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. ◆◆ GITMAN , L. J. Princípios de Administração Financeira. 2. ed.[s.l.]: Bookman, 2004. ◆◆ GROPPELLI , A. A. Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010 ◆◆ LAPPONI , Juan Carlos. Projetos de investimento na empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Entradas de caixa operacionais

◆◆ CASAROTTO

, Rodolfo Leando de faria. Análises de Investimentos. Campinas: Alínea, 2011.

◆◆ OLIVO

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Investimento inicial

de decisão. A desvantagem é que essa técnica não leva em conta o valor do dinheiro no tempo, o que é primordial em relação aos investimentos. Portanto, diante da impossibilidade de mensurar o valor do dinheiro no tempo, aplica se a técnica denominada Valor Presente Líquido (VPL). Essa etapa responde à pergunta: será que a empresa obterá retorno superior a taxa mínima de atratividade (TMA), aquela calculada no CMPC , a taxa de desconto. Se o valor presente dos fluxos de caixa futuros de um projeto for maior (>) do que o seu custo inicial, a resposta é sim, deve-se aceitar o projeto. Considera-se que o VPL do investimento é positivo em $ (reais) se a soma das entradas para o valor presente é maior que a saída, considerando a taxa de retorno. A próxima pergunta é: qual será o retorno financeiro (%) desse investimento? E então, aplica-se a terceira técnica, a taxa interna retorno (TIR).

OTIMISTA

Payback: T = < 1 ano VLP: > 0 + TIR: > TMA

PROVÁVEL

Payback: T < 3 anos VLP: > 0 + TIR: > TMA

PESSIMISTA

Payback: T > 3 anos VLP: < 0 TIR: < TMA

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Trata-se de uma técnica de orçamento de capital muito utilizada, na qual a taxa de desconto iguala o VPL dos fluxos de caixa de um projeto a zero. O somatório do valor presente das entradas de caixa é igual ao valor do investimento. Se a TIR for maior (>) que o custo de capital, deve-se aceitar o projeto. A TIR deverá ser superior ao custo médio ponderado do capital e considerar que investimentos com TIR superior ao custo das fontes (própria ou de terceiros) agregará valor ao capital, e isso é muito bom! E por último, efetua-se análise de sensibilidade do projeto de investimento com base na construção de três cenários projetados — provável, otimista e pessimista —, apura-se os indicadores (Payback, VPL e TIR) de cada cenário, avalia-se o risco e toma-se a decisão. Ao analisar os três cenários espera-se que o melhor cenário nos indique: a) Qual é o menor tempo (t) de retorno do capital investido b) Os recursos ($) investidos estão sendo capitalizados à taxa de mercado no prazo definido c) Se a taxa interna de retorno (%) é maior do que o custo do capital investido? Se a resposta for positiva para as três situações aceita-se o projeto de investimento. Obviamente, a maioria das metodologias de análise de investimento oferece certo grau de confiabilidade. Assim, utilizar ferramentas gerenciais para a tomada de decisão nos capacitará a mensurar nossos erros e acertos e nada melhor do que conhecer o risco de um projeto de investimento.

SANDRA ALMEIDA SILVA, mestre em Finanças Estratégicas pelo Mackenzie, pós-graduada em Mercados e Finanças, com especialização em Negócios Internacionais, é docente do Senai e atua na área de consultoria em finanças e comportamento.

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NORMALIZAÇÃO

O PDF 2.0

Bruno Mortara

O PDF 2.0 será a base única para os diversos formatos de PDF utilizados por inúmeras áreas da economia, como o PDF/A, PDF/E, PDF/VT, PDF/UA e PDF/X.

N

o início dos anos de 1990 a Adobe lançou o PDF (Portable Document Format) como um formato proprietário com capacidade de suportar qualquer tipo de conteúdo que pudesse ser impresso. Porém muitas indústrias de vários segmentos passaram a usá-lo, especialmente devido a sua flexibilidade. O formato PDF é suficientemente abrangente, sendo capaz de suportar muitos tipos de objetos, como imagens, cores, vetores, fontes, criptografia e assinaturas digitais. Como vivemos em uma era digital, governos, empresas e pessoas procuram armazenar suas informações e dados de forma digital. Para isso, o formato de arquivo preferido tem sido o PDF, permitindo que documentos físicos possam se tornar documentos online. Os PDFs são usados para substituir documentos impressos e levar as empresas em direção a fluxos de documentos totalmente eletrônicos, habilitando a capacidade de troca de documentos entre todos os envolvidos, num formato que todos podem confiar. A Adobe doou oficialmente o formato PDF para a ISO, Organização Internacional de Normalização,

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em 2008, e sua última especificação (1.7) foi publicada pela como ISO 32000-1, ou PDF 1.0, com mais de mil páginas especificando tudo o que pode entrar em um documento PDF, material desenvolvido pelo comitê técnico ISO 171 (Document Management Applications). A norma é muito densa, técnica, o que, de certa forma, representa um obstáculo, porque é muito difícil encontrar um conjunto de ferramentas que realmente entenda e se ajuste à totalidade do documento. A ISO está trabalhando agora no lançamento do PDF 2.0, reconhecendo que nem todos os processadores de PDF, kits de ferramentas e usuários vão conseguir estar em conformidade com o PDF 1.0, esclarecendo também algumas das informações erradas que perseguiram o formato em todas as versões anteriores. Não é uma mudança muito radical e os esforços dos especialistas foram destinados a esclarecer áreas da versão PDF 1.0 que estavam ambíguas ou confusas, criando diversas interpretações pelo mercado e gerando diferentes resultados, conforme a marca da fermenta utilizada.

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FORMATO DE DOCUMENTO DIGITAL O PDF tornou-se o formato de documento prefe-

rido por todos porque oferece as principais qualidades do papel, porém em formato digital. O PDF é fixo, autônomo, facilmente compartilhável e relativamente difícil de mudar. Não são apenas as características inatas do PDF que o tornam bem-sucedido, mas o fato de que as páginas em PDF podem interagir com os documentos em papel. Tipicamente, um fluxo de documento PDF seria enviar, imprimir, assinar e devolver. Os fluxos de trabalho criaram novas capacidades que foram se sedimentando a partir do final da década de 1990. Mesmo usando apenas os recursos básicos do PDF, esse início foi suficiente para impulsionar a transição de documentos físicos para digitais. Em poucos anos, arquivos PDF e e-mails acabaram com os serviços de correio para documentos. Os usuários digitalizavam a página de assinatura, adicionando-a (ou substituindo) à página original no PDF. O ciclo do documento digital estava completo. Esse novo fluxo de trabalho já indicava que o formato PDF era mais adequado e robusto do que os formatos tradicionais eletrônicos com bancos de dados e HTML . Porém o PDF continuou a evoluir bem além de um simples “papel eletrônico”. Com um arsenal de recursos, como marcação, metadados baseados em XML , anexos, suporte a imagens 3D, assinaturas digitais e outros, o PDF oferece suporte a processos avançados de gerenciamento de documentos e de consumo. PDF PARA ARQUIVAMENTO: PDF/A O PDF “comum” não é seguro o bastante para o ar-

quivamento de longo prazo pois, por ser um formato extremamente flexível, permite o uso de recursos que podem comprometer sua guarda e conservação. Assim, a ISO criou em 2005 a norma ISO 19005, ou PDF/A. Com restrições para dar maior segurança, seu uso está se disseminando entre governos, agências oficiais e empresas. Arquivos físicos e caixas de armazenamento estão desaparecendo à medida que os sistemas ECM armazenam os arquivos PDF/A, fazendo com que deixem de existir muitos milhões de documentos que costumavam existir apenas em papel. Quando novos documentos são criados e compartilhados, a opção é o PDF. Uma vez atingida sua vida útil, se tiver que ser armazenado para fins de retenção de registros, serão mais seguros se estiverem no formato PDF/A. PDF VERSUS HTML

Apesar de muitos defensores do HTML acreditarem que este irá ganhar a guerra contra o PDF por ser

mais flexível e menos estático, o fato é que são dois formatos com usos diferentes. Por um lado, os fabricantes de navegadores HTML estão aumentando seu suporte ao PDF e, por outro, dados do Google apontam claramente que o número de pesquisas de documentos em PDF cresce proporcionalmente aos outros formatos. O propósito do PDF é ter o papel de “documento” com tudo o que isso implica. Já a finalidade do HTML não é ser um documento, é ser uma experiência imediata, fugaz e flexível para qualquer tamanho de tela. No entanto, a versão 2.0 promete ser mais fácil de se usar em tablets e smartphones, com formatos de tela variáveis. DOCUMENTOS DO FUTURO O PDF também se mostra como o documento

do futuro por ser uma tecnologia aberta, padronizada e com inúmeros cursos, muitos ainda não totalmente explorados. Os metadados em XMP (outro padrão de armazenamento amplamente adotado pelas indústrias de imagem e arquivamento), o uso das autenticações mais seguras e consagradas, a etiquetagem semântica, a capacidade de agregar arquivos como anexos para enriquecer a contextualização do documento PDF, os anexos 3D em formatos industriais para documentação de engenharia e outros recursos garantem uma estrutura comprovada para o futuro dos documentos digitais. O PDF não tem concorrentes. Mesmo existindo plataformas e formatos como SharePoint, OpenText, Office 365 e Google Docs, o PDF e o PDF/A representam a única tecnologia suficientemente robusta e flexível capaz para transportar e arquivar uma ampla gama de conteúdos como documentos digitais. SEGURANÇA O PDF ficou mais moderno em recursos de segurança, suportando criptografia AES de 256 bits e certificados baseados em ECC , além de suportar o uso de Unicode e UTF-8 usados e​​ m metadados

etc. Todas essas siglas significam que empresas, juízes, advogados, governos e pessoas físicas podem contar com os recursos mais atuais, seguros e consagrados do mercado para garantir a autenticidade e, eventualmente, para impedir acessos indesejados aos seus documentos. O PDF 2.0 suporta o uso de dicionário DSS (Document Security Store), bem como DTS (Document Time-Stamp). FLUXOS DE TRABALHO GRÁFICO O PDF é sem dúvida o formato de arquivo preferido para a impressão e o PDF 2.0 contém várias VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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melhorias para muitos tipos de fluxos de trabalho de impressão. A nova versão incorporou uma tecnologia interna da Adobe denominada Black Point Compensation, que, na conversão entre espaços de cor, melhorava os resultados nas áreas de sobra. Isso graças ao TC130, que fez dessa tecnologia a norma ISO 18619, permitindo que fosse incorporada ao PDF 2.0. Com a publicação da ISO 18619, todos os fornecedores de sistemas RIP e aplicativos CM devem ser capazes de fazer isso de forma coerente e previsível. Além disso, o uso do campo OutputIntents, intenções de saída (que especifica o gamut de saída de impressão, resultado da tinta, substrato e tecnologia de impressão utilizados), antes privilégio da família PDF/X (ISO 15390), agora está na especificação PDF 2.0. Esse recurso foi melhorado, suportando dados espectrais e CxF/X-4 (outra norma, a ISO 17972-4 - originalmente um formato de arquivo proprietário da XRite). Ao usar o CxF/X-4 (ISO 17972-4) é possível definir as cores especiais do trabalho de forma espectral, evitando os problemas de metamerismo, recurso importante no mundo das embalagens. O PDF 2.0 permite o uso do campo OutputIntents para cada página, individualmente. O objetivo é suportar trabalhos que usem diferentes substratos, como num livreto com a capa em couché brilho 200 g/m² e o miolo em offset 100 g/m². A última versão do PDF/X, a 6, será baseada em PDF 2.0. Ainda está em desenvolvimento, mas será totalmente compatível com o PDF 2.0, permitindo que os fluxos de trabalho de impressão que utilizem arquivos PDF se comportem de forma estável e previsível. Isso não é tão fácil quanto parecer, uma vez que a impressão de fluxos de trabalho atualmente pode ser muito complexa, incluindo a produção de dados variáveis, uma grande variedade de dispositivos de impressão, tintas e substratos. O PDF 2.0 será também usado em aplicações específicas como o PDF/ VT, subconjunto do PDF/X para impressão digital variável e transacional, e no PDF/A, para aplicativos de arquivamento profissionais.

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altamente consistente entre as implementações compatíveis do mercado gráfico. 3D

As organizações de fabricação, engenharia, manutenção e instalações precisam compartilhar dados que não funcionam numa página de duas dimensões. Com a adoção de dados CAD, renderização 3D, arquivos de vídeo e outros mais, o PDF pode conter informações dinâmicas, incluindo filmes e conteúdos 3D com o JavaScript necessário para gerir interfaces de usuário. Os arquivos CAD originais podem vir anexos ao PDF, se necessário. A grande vantagem dos recursos 3D do PDF 2.0 é que para visualizar uma planta, uma peça ou um conjunto de estruturas não é necessário possuir o software de CAD, normalmente muito caro. Além disso, os dados dinâmicos podem ser incluídos numa página de um PDF, possibilitando que o autor forneça documentação contextual ao lado do modelo 3D. PDF LEGÍVEL POR MÁQUINA Notas fiscais em PDF são fáceis de ler por humanos, mas o arquivo XML gerado pelo ERP, progra-

mas de contabilidade ou de arquivamento, não é tão simples. Esses aplicativos se utilizam de interfaces como o XML para o Intercâmbio de Dados Eletrônicos (EDI) a fim de compartilhar informações de faturamento entre grandes empresas. Mas os formatos utilizados são incompreensíveis por humanos. O EDI também exige que duas empresas concordem com as estruturas de dados e com os dados a serem compartilhados. Ao padronizar o uso de PDF com um anexo XML para carrear os dados de fatura legíveis por máquina, o PDF 2.0 traz os benefícios do EDI — custos de processamento mais baixos, reduzido número de erros humanos e capacidade de automatizar processos — ao alcance de empresas que só precisam processar faturas. Isso permite que documentos legíveis transportem também as informações dos fluxos de trabalho inter-máquinas, juntando transparentemente os dois fluxos, hoje completamente separados.

TRANSPARÊNCIA E RENDERIZAÇÃO

“PASTA” PDF Arquivos PDF podem conter anexos de qualquer

Os capítulos de transparência e renderização na especificação PDF 2.0 foram refeitos para aumentar sua clareza e garantir a consistência entre as implementações, abordando todos os seus usos, não somente os gráficos. O ISO 15930-9, PDF/X-6, irá adotar os novos conceitos para assegurar que a saída de PDF/X seja

tipo, incluindo arquivos de Word, planilhas, fotos, bancos de dados, conteúdo de vídeo, arquivos XML , arquivos de e-mail etc. Qualquer tipo de arquivo pode ser anexado a um PDF, incluindo outros arquivos PDF. A vantagem do PDF sobre arquivos zip, como um “contêiner” para conteúdos digitais, é que o PDF funciona como um

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envelope, proporcionando ao autor um meio robusto e universalmente aceito de organizar, documentar e apresentar informações, independentemente dos anexos que o arquivo PDF contenha. Usando anexos, um único arquivo PDF pode conter todas as evidências para uma investigação criminal, todos os dados de uma autópsia, um conjunto de registros clínicos, um arquivo de e-mail ou qualquer tipo de conteúdo digital que serva como documento. O QUE VIRÁ APÓS O PDF 2.0? O PDF 2.0 suporta a tecnologia Open Web Platform (OWP), por isso torna mais fácil criar conteúdos em HTML derivados de um arquivo PDF. Isso significa que um arquivo PDF com layout fixo pode ser facilmente convertido em HTML com layout dinâmi-

co, facilmente visualizável em dispositivos móveis.

CAPACIDADES DO PDF 1.0, ALGUMAS COM QUASE 20 ANOS: ◆◆ Preservação da fidelidade de documentos independente do dispositivo, plataforma e software ◆◆ Mistura de conteúdos de diferentes fontes como sites, processadores de texto, planilhas, escâneres, fotos e gráficos em um único documento autônomo, mantendo a integridade de todas as informações originais ◆◆ Modelo de metadados extensível e colaborativo ◆◆ Assinaturas digitais para certificar a autenticidade ◆◆ Controle de segurança e permissões para direitos de acesso ◆◆ Acessibilidade de conteúdos para pessoas com deficiência ◆◆ Extração e reutilização de conteúdo para uso com outros formatos e aplicativos ◆◆ Formulários eletrônicos para coletar e alimentar sistemas de dados empresariais

O PDF 2.0 também suporta Unicode UTF -8, por isso está alinhado com XML e outras linguagens de descrição de página importantes. Ele também pode usar ou apontar para esquemas XML —outro alinhamento ao mundo dos fluxos de trabalho eletrônicos de publicação e crossmedia. Isso significa que será possível ampliar o uso do formato PDF para diferentes tipos de aplicações, o que coloca o PDF novamente na vanguarda da publicação, seja em papel ou eletrônica. Nós gráficos teremos que aguardar os fabricantes assimilarem os novos formatos e incorporá-los os fluxos de trabalho e aplicativos. O que nos aguarda são boas notícias como a capacidade de gerar arquivos similares em sistemas diferentes e de interagir com outros sistemas, permitindo a fácil integração de aplicações crossmedia e de dados variáveis. Que venha o PDF 2.0!

Novo suporte para anotações de conteúdo rico, recursos geoespaciais e PRC (formato 3D) ◆◆ Arquivos associados agora estendem a qualquer documento PDF 2.0 a capacidade de incluir metadados legíveis por máquina sobre arquivos anexados ao PDF, implementado o conceito de “pasta digital” ◆◆ A cláusula em 14.8 foi completamente revisada, com suporte para espaços de nome, suporte de Math ML e dicas de pronúncia. O resultado será a produção de documentos mais acessíveis que também são muito mais fáceis de usar para extração de texto e conversão em HTML para dispositivos menores ◆◆ Os recursos de assinatura digital foram atualizados para atender às últimas ◆◆

BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27, coordenador do ISO/ TC130/WG13 – Avaliação da Conformidade e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.

especificações, permitindo aos usuários novas opções para verificar documentos PDF assinados digitalmente, como criptografia AES de 256 bits ◆◆ Atributos de modo de transparência e blend mode para anotações e caminhos reais de polígono/poli linha ◆◆ Certificados baseados em ECC ◆◆ Senhas baseadas em Unicode ◆◆ OutputIntet em nível de página ◆◆ Extensão para bloqueios de campo de assinatura e valores de seeds de assinatura ◆◆ Medições em 3D e extensões para condições de visualização em 3D, inclusive transparência ◆◆ Acesso mais claro a codificação JBIG 2 ◆◆ Melhorias para cores especiais com suporte em OutputIntents (MixingHints e SpectralData)

NOVOS RECURSOS DO PDF 2.0: Documentos criptografados permitem que os arquivos PDF protegidos sejam entregues dentro de um documento legível de “capa”

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PRODUÇÃO GRÁFICA

Jairo Oliveira Alves

Mara Cristine Aguiar

Fotolivros, das imagens ao enobrecimento

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popularização das câmeras digitais trouxe várias facilidades para os profissionais da fotografia, mas a grande mudança foi sentida pelos fotógrafos amadores e leigos em geral. A flexibilidade e portabilidade de equipamentos como smartphones possibilitou registrar desde fatos cotidianos até momentos únicos como eventos, festas e viagens, permitindo a todos usufruir do fascinante mundo da fotografia. As fotografias digitais, aliadas à internet e aos dispositivos de armazenamento de dados, deram vazão a uma enorme produção, compartilhamento e publicação de imagens digitais. Todavia, essas lembranças tendem a ficar aprisionadas no universo digital. As revelações e os álbuns sofreram impacto inversamente proporcional ao avanço da fotografia digital, reduzindo, por exemplo, as oportunidades

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de as pessoas se emocionarem ao folhear um álbum de família. Uma boa notícia foi surgimento dos photobooks ou fotolivros/fotoregistros, uma forma atrativa e personalizada de trazer para o universo físico e real as lembranças e acontecimentos. O crescimento do mercado dos fotolivros é justificado pela simplicidade da utilização das plataformas web-to-print e pelas inovações da impressão digital e dos recursos dos enobrecimentos gráficos, garantindo a satisfação tanto do fotógrafo profissional quanto do usuário final. Aos fotógrafos profissionais, os fotolivros possibilitaram a otimização na produção de álbuns de casamento, formaturas e festas de debutantes, alavancando também o surgimento de novos segmentos como o “newborn” (recém-nascidos) e fotos

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familiares de estúdio. Os fornecedores de fotolivros oferecem aos fotógrafos profissionais condições especiais de produção e pagamento, além de formatos, substratos e enobrecimentos exclusivos. Ao usuário final, os fornecedores de fotolivros disponibilizam plataformas web-to-print de fácil operação, com templates que trazem pré-configurados formatos, quantidades de páginas e sugestões de substratos e capas. O usuário tem a flexibilidade de personalizar o álbum de acordo com o seu orçamento. O mecanismo de operação é bem simples: o usuário faz o cadastro on-line e depois o upload das fotos que serão inseridas no template escolhido. Alguns fornecedores também recebem arquivos diagramados no aplicativo de preferência do cliente (no formato PDF), desde que obedeçam às configurações de formato de página e quantidade de páginas pré-estabelecidas pela empresa. Por ser um produto personalizado, com baixa tiragem e grande apelo sentimental, a produção gráfica de um fotolivro tem como destaque o

sistema de impressão e a pós-impressão: os fotolivros são impressos digitalmente e o cliente tem a flexibilidade de escolher qual o substrato, tipo de acabamento e revestimento que serão utilizados na capa e estojo. O equipamento utilizado na impressão do fotolivro é determinado em função do formato e substrato escolhidos pelo cliente. Hoje vários fabricantes oferecem soluções dedicadas a esse mercado, tendo em vista a produtividade, alta qualidade de impressão e características técnicas do fotolivro. PREPARANDO O ARQUIVO DIGITAL

Num fotolivro, o quesito fundamental é a resolução final das imagens. O mercado de revelações fotográficas digitais ou fotolivros adotam uma tabela de pixel x formato, na qual é possível identificar, de acordo com a resolução da imagem, qual formato final ela pode atingir, quadro muito útil para a definição da resolução da câmera digital antes da captura das imagens.

TABELA PIXEL X QUALIDADE DA IMAGEM TAMANHO DA CÓPIA NA IMPRESSÃO/PRODUÇÃO (EM CENTÍMETROS) + AVALIAÇÃO (QUALIDADE DA IMAGEM)

TAMANHO DA IMAGEM (EM PIXELS) 6x9 cm

10x15 cm

13x18 cm

15x21 cm

20x25 cm

25x30 cm

28x35 cm

320x240

boa

razoável

ruim

ruim

ruim

ruim

ruim

640x480 (0,3 megapixel)

excelente

boa

ruim

ruim

ruim

ruim

ruim

800x600 (0,5 megapixel)

excelente

muito boa

razoável

ruim

ruim

ruim

ruim

1024x768 (0,8 megapixel)

excelente

excelente

boa

razoável

ruim

ruim

ruim

1280x960 (1 megapixel)

excelente

excelente

muito boa

boa

razoável

ruim

ruim

1600x1200 (2 megapixel)

excelente

excelente

excelente

muito boa

boa

razoável

ruim

2048x1536 (3 megapixel)

excelente

excelente

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ESCOLHENDO O ACABAMENTO

Já o diferencial da pós-impressão é a personalização do acabamento das capas e estojos, assim como a possibilidade de o cliente escolher se as páginas do miolo serão ou não laminadas (brilho ou fosco). Os principais substratos utilizados na impressão do miolo são: ◆◆ Papel texturizado ◆◆ Papel perolizado ◆◆ Papel fotográfico ◆◆ Papel couchê, com ou sem laminação brilhante ou fosca

Capa em acrílico e lombada quadrada com revestimento de papel texturizado

Para a finalização das capas são muito utilizados, além dos substratos celulósicos, materiais como: ◆◆ Plástico ◆◆ Acrílico ◆◆ Tecido ◆◆ Couro liso, texturizado ou ecológico Os fornecedores oferecem também a possibilidade de personalização de estojos para o armazenamento do fotolivro, que pode ser feita com papel, revestimento em couro ou tecido, trazendo requinte para o conjunto gráfico. No que tange ao acabamento gráfico, o fotolivro pode ter uma finalização mais simples: espiral, Wire-o ou grampo, ou ainda receber uma finalização mais nobre como hotmelt e costura. Com a finalidade de dar requinte e qualidade ao fotolivro, a maioria dos fornecedores oferecem também soluções de acabamento para fotos panorâmicas ou de página dupla. Já nos fotolivros profissionais imagina-se uma encadernação nobre com capa dura, abertura de 180°, ideal para apreciar as fotos, com uma página dobrada e vincada formando uma página dupla sem emendas, com a possibilidade de atingir até o formato A3, e vários acabamentos especiais. Enobrecimentos para a capa Hot stamping em relevo e baixo relevo (encavográfico) ◆◆ Laminação brilho ◆◆ Laminação fosca ◆◆ Laminação fosca com soft touch ◆◆ Verniz UV total ◆◆ Verniz UV com reserva (localizado) Tipos de encadernação Fotorevista e gibi ◆◆ Revista ◆◆ Espiral ◆◆ Lombada quadrada ◆◆ Sanfona ◆◆

Abertura de 180º - Panorâmica

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Fotorevista e gibi Esse processo é utilizado para poucas páginas, pois o processo de união ao miolo será feito através da aplicação de dois grampos posicionados no dorso da lombada. Nesse processo, após o colecionamento das folhas soltas, as páginas deverão ser múltiplas de quatro. O que limita a quantidade de páginas é a espessura do arame do grampo, podendo ser no formato retrato ou paisagem.

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Encadernação com espiral Consiste na união das folhas soltas, contendo orifícios redondos para a introdução de espirais metálicos revestidos, ou de plástico colorido. As páginas deverão ser múltiplas de dois. Trata-se de um processo de fácil abertura, de baixo custo, mas que não proporciona aspecto nobre ao produto final. Encadernação com Wire-o Trata-se da união de folhas soltas, contendo orifícios retangulares ou quadrados para a introdução de garras metálicas em duplo anel. As garras podem ser pintadas ou revestidas. Lombada quadrada com capa rígida É usado um tipo de encadernação direcionado a um público-alvo que busca maior resistência e durabilidade. Devido aos diferentes recursos técnicos utilizados, confere melhor aspecto visual. A capa rígida é formada por papelão sólido (Paraná), podendo ser revestido com a laminação de papel impresso, Percalux, papel artesanal, couro liso, couro

texturizado, couro ecológico, tecidos, papéis texturizados, acrílicos. Sanfona Esse estilo de encadernação pode ser utilizado de muitas maneiras. Tradicionalmente utiliza-se em livros pop-up e flaps (para que todos os mecanismos subjacentes e elementos colados sejam escondidos). A dobra em sanfona traz inúmeras possibilidades de criação, trazendo ao produto um efeito de movimentação diferenciado no momento de seu manuseio. Independente da finalidade e orçamento do cliente, o fotolivro resgata emoções ao permitir aos usuários relembrar momentos especiais no manuseio de um álbum de fotografia, agora agregando personalização, alta qualidade e enobrecimento. JAIRO OLIVEIRA ALVES é instrutor de pós-impressão e MARA CRISTINE AGUIAR é instrutora de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

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CULTURA GRÁFICA

Ao povo, a vanguarda!

Norberto Gaudêncio Júnior

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em amigos, entramos novamente em contagem regressiva para o maior evento futebolístico do mundo. Talvez ainda reticentes, digerindo a vergonhosa eliminação de 2014 frente aos alemães. Mas o fato é que mais uma Copa do Mundo se avizinha, sorrateiramente conquistando a nossa atenção. Um jogo amistoso aqui, uma nova convocação acolá, o infalível álbum de figurinhas e, quando nos dermos conta, as ruas já estarão enfeitadas para acompanharmos os comandados de Tite. Na esteira desses preparativos, em novembro último foi revelado ao mundo, em cerimônia no deslumbrante metrô de Moscou, o cartaz oficial da Copa (1). Como não poderia deixar de ser, rapidamente a imagem ganhou as redes sociais, angariando opiniões de especialistas e palpiteiros conectados. Desenhado pelo premiado designer Igor Gurovich, o cartaz destaca a figura de Lev Yashin, o lendário goleiro russo que na inventiva crônica esportiva brasileira ganhou o impagável apelido de “viúva negra”. Yashin jogou quatro Copas do Mundo (1958, 1962, 1966 e 1970) e continua a ser o único goleiro da história do futebol a vencer o prêmio Ballon d’Or.

1 O salto de Yashin: homenagem a um legado

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3 Revolucionários versus burgueses: a verve combativa do cartaz

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Foi apenas a terceira vez que a figura de um goleiro foi retratada em um cartaz oficial do evento, e a primeira em que um atleta foi mostrado com tamanha personificação. No cartaz, Yashin está vestido da cabeça aos pés com seu tradicional uniforme preto, acrescido pelo seu famoso boné, detalhe que só aumenta a iconicidade de sua persona. Ele é mostrado em pleno salto para espalmar uma bola recheada de gomos (uma bola “raiz”, como diria o jargão contemporâneo). Mas, para o olhar educado e atento às diferentes manifestações de cultura gráfica, esse cartaz também homenageia um importante capítulo da história da comunicação gráfica: o construtivismo russo pós-revolucionário. O desenvolvimento de um design gráfico moderno e inovador na Rússia pós-revolução de 1917 não foi mero capricho do acaso. O fato de uma maioria absoluta de sua população ser iletrada, somado ao ensejo pedagógico da revolução comunista, fez com que uma classe de intelectuais engajados, devidamente informados das conquistas recentes das vanguardas europeias, se imbuíssem da tarefa de explicar as mudanças políticas e sociais para a população, tornando o cartaz um dos principais interlocutores de tais mensagens. O advento da imagem fotográfica, agora passível de reprodução em massa, também contribuiu para o caráter experimental dessa geração de artistas gráficos que foram capazes de aliar a objetividade comunicacional com uma representação poética e arrojada de seus principais motivos. Richard Hollis, em sua obra introdutória sobre a história do design gráfico, aponta pelo menos três tendências para o cartaz soviético nesse período. A primeira, de forte cunho político, e marcada pelo uso quase alegórico da ilustração, foi praticada por artistas como Viktor Deni e D.S. Moor. Esses cartazes, quase sempre limitados às cores preta e vermelha, carregavam no traçado expressionista para retratar, de forma um tanto estereotipada, os heróis e os vilões dessa nova ordem social (2). Também de forte cunho político, os cartazes de grande formato produzidos em estêncil pela Rosta, a agência de comunicação estatal soviética, constituem a segunda vertente. Expostos nas vitrines de lojas e estações ferroviárias, tiveram o cartunista político Mikhail Cheremnykh e o poeta Vladimir Mayakovsky como seus principais realizadores (3). A terceira e última tendência, e a mais explicitamente citada no novo

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Alexander Rodchenko: nome fundamental na história do design gráfico

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Um homem com a câmera: cinema e gráfica unidos na renovação

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cartaz da Copa do Mundo, foi a do cartaz construtivista. O Construtivismo foi uma das diferentes correntes de pintura abstrata que floresceram na Europa nas primeiras décadas do século XX . Rejeitando a ideia de que a arte deveria ser uma atividade diletante e burguesa, os construtivistas acreditavam ser necessário abolir a divisão entre arte e trabalho, bem como o ideal do artista como um ser ungido por um talento superior. O artista deveria 7 6

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Cartazes dos irmãos Stenberg: gramática visual renovada

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integrar-se na atividade produtiva atuando como “construtor”, apto a combinar a experimentação vanguardista com a educação social e política da classe trabalhadora. A sintaxe visual da arte construtivista é marcada por um despojamento quase franciscano: uma abstração geometrizante que utilizava cores primárias dispostas em composições dinâmicas que, invariavelmente, valorizava o espaço em branco como elemento ativo da composição. Os avanços nos sistemas de impressão, sobretudo da imagem fotográfica, também estimularam o aspecto experimental e a aplicação dessa sintaxe em impressos do cotidiano. A fotomontagem, técnica que agrupa fragmentos de realidade em uma colagem, foi um elemento crucial na construção do espaço material no construtivismo. O pintor, designer e fotógrafo Alexander Rodchenko foi um dos principais expoentes dessa técnica. Seu trabalho caracterizava-se por composições simétricas e pelo tratamento dinâmico conferido à tipografia sem serifa (4). Rodchenko é um nome fundamental do design gráfico moderno, e seu talento mereceria mais linhas do que as deste parágrafo. Mas, como falamos de cartazes, dois nomes se impõem com autoridade na história dessa categoria de impresso. Dois nomes. Um sobrenome. Os irmãos Vladimir e Gyorgy Stenberg se notabilizaram pelos cartazes cinematográficos que produziram nesse período. O cinema, por sinal, foi outra linguagem artística que se renovou sob a égide do construtivismo. Cineastas como Dziga Vertov e Sergei Eisenstein revolucionaram a montagem cinematográfica ao justapor fragmentos contrastantes na narrativa fílmica em busca de significados novos e inesperados, técnica denominada de “montagem de atração”. Ao seu modo, os irmãos Stenberg transpuseram essa técnica para a linguagem cartazística. No cartaz do filme Um homem com a câmera (5), clássico de 1929 do diretor Dziga Vertov, não há uma figura dominante (como usualmente reza a cartilha cartazística), mas a combinação de diferentes detalhes/motivos retirados do filme. Nele, os olhos de uma figura feminina são substituídos pela lente de uma câmera que se justapõe ao fragmento de seu rosto sorridente. Numa espécie de balé geométrico, as pernas dessa figura se entrelaçam às pernas do tripé da câmera, forma também ecoada pelo tripé de uma arma (a

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“repetição” é outro recurso gráfico explorado na linguagem construtivista), num exemplo claro da montagem de atração, que estimulava o expectador a exercitar as diferentes associações decorrentes dessas justaposições. Mas a técnica que sobressai nesse, e em tantos outros cartazes desenhados pela dupla, é a combinação da ilustração com a imagem fotográfica. Se a fotografia era capaz de conferir um caráter documental, o desenho atuava como um atenuante elemento decorativo. Ainda que a reprodução fotográfica já fosse uma realidade tecnológica, muitos desses cartazes de grande formato eram impressos em policromia pelo tradicional processo litográfico, que ainda tinha restrições quanto à gravação direta da imagem fotográfica nas pedras que lhe serviam de matriz. Porém, no caso específico dos cartazes dos Stenberg, a fotomontagem per se nunca foi a técnica adotada, pois os meios-tons da imagem eram obtidos por um minucioso trabalho de ilustração. Os irmãos selecionavam fotografias still ou fotogramas provenientes dos filmes como material bruto que posteriormente eram ampliados para que pudessem ser retraçados, e seus meios-tons sombreados. A projeção também possibilitava efeitos de distorção da perspectiva ou mesmo a extração de um detalhe da fotografia, recursos facilmente perceptíveis no trabalho da dupla. Para a informação textual utilizava-se provas tipográficas (devido ao tamanho de corpo, muitas vezes obtidas da composição de tipos de madeira) ou mesmo desenhadas à mão (6 e 9). Preciosismos à parte, o que salta às vistas é a inovadora gramática visual legada pelos cartazes de Vladimir e Gyorgy: os elementos geométricos (minuciosamente desenhados com régua e compasso) atuando como uma espécie de estrutura na construção do leiaute, os contrastes de tamanho e cor, as angulações e as diagonais em arranjos dinâmicos, a repetição e a “fratura” da mesma imagem, os close-ups e as perspectivas invertidas. Para que se tenha uma ideia de seu frescor e impacto, basta comparamos os cartazes que os irmãos realizaram para estrelas do cinema hollywoodiano com seus congêneres originalmente produzidos nos Estados Unidos (10 e 11). É evidente, portanto, que Gurovich teve os irmãos Stenberg como principal inspiração para seu cartaz da Copa do Mundo. E que fez uso de parte dessa gramática

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O comediante Buster Keaton em cartaz: o “não tão velho” e o “completamente novo”

visual, como atestam os raios de luz alicerçando a composição, a quase obrigatória tipografia sem serifa e a orientação diagonal do leiaute. “Esta linguagem é inquestionavelmente identificada como russa em todo o mundo. Portanto, no meu trabalho, eu realmente quis tornar este idioma moderno e relevante mais uma vez”, declarou o designer em entrevista. Uma bonita homenagem, muitos dirão. Vintage, rotularão os mais antenados. Pastiche, proclamarão os mais exigentes. Em obra publicada em 1987, o filósofo francês Gilles Lipovestsky já debatia essa questão tão presente no debate sobre a pós-modernidade: o que hoje pode ser considerado como verdadeiramente novo? No seu entender, ao contrário da radicalidade das culturas vanguardistas, do qual o construtivismo é parte, o incessante processo de renovação da indústria cultural no decorrer do século XX tende a se moldar a fórmulas já experimentadas, à repetição de conteúdo e aos estilos já existentes. “Ao invés da subversão vanguardista, a novidade no clichê, um misto de forma canônica e de inédito”. E prossegue: “com certeza certas obras conseguem sair dos caminhos trilhados e inovar, mas a regra geral está na variação mínima da ordem conhecida”. Ao leitor, fica o convite para que tire suas próprias conclusões.

NORBERTO GAUDÊNCIO JUNIOR é designer gráfico, professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é autor dos livros A Herança Escultórica da Tipografia (2004) e Cultura Gráfica (2010), publicados pela Edições Rosari. VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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COMO FUNCIONA

Impressão rotográfica para a indústria moveleira

Fotos: Laserflex

Otávio Ronconi

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magine o seguinte cenário: Ter em casa um móvel fabricado a partir de uma madeira rara e sofisticada, numa cor peculiar. Imagine então que você pode reproduzir esse padrão em várias outras peças com plena fidelidade ao original e, ainda, com mínimo impacto ambiental. Sim, é possível. Utilizando-se chapas aglomeradas, feitas com madeira de reflorestamento, e um sistema de impressão para substratos rígidos que traz, à chapa crua, o desenho e a textura que o cliente desejar. Esse processo é uma realidade utilizada no Brasil pela grande maioria dos fabricantes de móveis, bem como de chapas decoradas. PASSO A PASSO Na linha de impressão é inserida uma chapa crua, sem desenho nem tratamento. Durante o processo, ela irá receber camadas de selante, lixamento e ajustes de espessura, camadas de primer e fundos na cor desejada, sendo a última etapa do processo a impressão e a texturização.

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Comumente, o tipo de chapa utilizado é o aglomerado de alta densidade, MDF ou MDP. As tintas e selantes são de cura ultravioleta e as impressoras utilizam um sistema rotográfico. No início, e na grande maioria dos fabricantes até hoje, utiliza-se o sistema de offset/rotogravura, coloquialmente chamado de impressão indireta. Consiste num sistema híbrido de duas matrizes, uma gravada e outra lisa, que combinadas com um sistema de raspagem de tinta irão transferir o desenho ao substrato rígido que circula por baixo dos cilindros. A primeira matriz é um cilindro metálico, gravado com pequenas incisões de tamanhos e formas diferentes, que formarão o desenho a ser impresso. A tinta é depositada sobre esse cilindro metálico, que, ao ser raspado, mantém apenas a tinta presente dentro das incisões. Essa tinta então é transferida à matriz lisa — geralmente um cilindro de borracha macia — por meio do encostamento de um cilindro no outro. Por fim, o cilindro de borracha

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está mais próximo da esteira inferior, onde passa o substrato, e quando essa passa, o cilindro de borracha toca com a pressão adequada, transferindo o desenho. Após essa etapa a chapa passa por um forno ultravioleta para cura da tinta e o processo pode ser finalizado. Para a finalização existem algumas opções. O substrato pode passar numa estação de aplicação de verniz ou numa impressora de texturização. Para a texturização utiliza-se uma impressão rotográfica direta, porém a matriz não é feita de um cilindro metálico, mas sim de um cilindro de borracha gravado a laser. Na superfície da borracha são gravadas incisões de profundidade e formas variadas. O verniz para texturização é aplicado por cima desse cilindro, sendo o excesso raspado com uma lâmina

e o desenho aplicado sobre o substrato mantendo uma altura pré-determinada. Por fim, o material passará pelo forno de secagem, gerando uma textura e sensação ao toque. O desenvolvimento desse processo e aplicação na indústria moveleira trouxe, em poucos anos, um ganho significativo ao fabricante, permitindo a personalização de padrões, adequação as demandas do mercado decorativo e, sobretudo, a diminuição dos custos produtivos, com maior eficiência na produção e possibilidade de alavancar as vendas.

OTÁVIO RONCONI é diretor comercial Laserflex, especialista em gravação à laser de cilindros e fôrmas para impressão

Fotos: Laserflex

Assista o vídeo do processo de produção das chapas decoradas para a indústria moveleira.

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PRÉ-IMPRESSÃO

Edição de imagem no Lightroom

Edigar Antunes

Na edição passada começamos a conhecer os inúmeros recursos do Adobe Lightroom. Agora falaremos sobre as diferenças entre o tratamento de imagem por meio dessa ferramenta e o método anterior.

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o Adobe Lightroom, o tratamento de imagem é realizado no módulo Revelação, permitindo ajustar a cor e a escala de tons de suas fotos, bem como recortar imagens, remover olhos vermelhos e outras correções, realizando uma edição não destrutivas. Isso significa que você pode explorar e criar versões diferentes da sua foto sem degradar os dados da imagem original. EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DE TRATAMENTO DE IMAGEM

Módulo Revelação - Fluxo de trabalho no Photoshop Até o desenvolvimento do Ligthroom, fotógrafos, gráficos e profissionais de agências de publicidade faziam toda a edição e tratamento de cor no Photoshop. Com o surgimento do Lightroom e o modo RAW, novas possibilidades e recursos tornaram-se 1

disponíveis para tratamento de imagem. O tratamento de imagem no Photoshop com um plugin Adobe Câmera Raw seguia uma ordem de ajustes (1). REVELAÇÃO - FLUXO DE TRABALHO NO LIGHTROOM

O Lightroom simplifica o gerenciamento de cores. Não é preciso escolher configurações de cor ou perfis de cor até que tudo esteja preparado para processar a saída das fotos. É necessário um monitor profissional e calibrado para visualizar as cores com precisão. O módulo Biblioteca armazena todas as visualizações no espaço de cor AdobeRGB e ProPhotoRGB , definido por um valor de gama 2.2. Trata-se de uma curva de resposta de tons que define como os valores de tons na imagem RAW são mapeados, fornecendo informações úteis no histograma e na exibição de valores RGB.

Fluxo de trabalho (Conceito feito ACR x RGB/CMYK) Adobe Câmera Raw 2003 2012

Tratamento de imagem processada

5Passos RGB/CMYK 1. Mínima e máxima (Níveis) 2. Contraste (Curvas) 3. Invasão de cor (Gris) 4. Ajuste local (Seleção) 5. Nítidez (Filtro)

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Fluxo de trabalho (conceito RGB feito no Lightroom) Adobe Lightroom

A EDIÇÃO DE IMAGEM NO LIGHTROOM NA GRÁFICA CONTEMPORÂNEA

Os painéis do lado esquerdo do módulo Revelação permitem selecionar as fotos, visualizá-las em várias etapas da edição e aplicar predefinições gerais. O centro do módulo Revelação fornece uma área de exibição e de trabalho. As ferramentas abaixo da área de trabalho correspondem a várias funções, como alternar entre as visualizações de antes e depois da prova virtual. Os painéis do lado direito oferecem ferramentas e controles para ajustar suas fotos (2 e 3). Atualmente no segmento de comunicação tem ocorrido a convergência das diversas mídias digitais disponíveis. Estamos em constante mudança e vemos que o diferencial será o capital humano. A fotografia e o tratamento de imagem, ao longo do tempo, têm sofrido constantes mudanças e evoluções em seus processos. Da antiga fotomecânica com o retoque de fotolito, passamos para o escaner, o Photoshop e agora o tratamento de imagem por meio de metadados. O uso do formato RAW com o Adobe Lightroom permite ainda o recurso de catalogação do banco de dados das imagens e premídia no momento da publicação.

Tratamento da imagem processada 5Passos RGB/CMYK 1. Mínima e máxima (Níveis) 2. Contraste (curvas) 3. Invasão de cor (Gris) ATUAL 4. Ajuste local (Seleção) Fluxo deito no Lightroom) 5. Nitidez (filtro)de trabalho ( Como é 2012

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EDIGAR ANTUNES é técnico em pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

Revelação (Ajustes e aplicação de predefinições)

Adobe Lightroom Técnica de tratamento da imagem passos no modo RAW/DNG 1. Mínima e máxima no Histograma (Acionar visualização de corte de branco e preto) 2. Temperatura de cor (Balanço de branco manual e automático) 3. Exposição (Abertura de luz) 4. Contraste (Gradação tonal na luz e sombra) 5. Realces (Recuperação de detalhes nas altas luzes) 6. Sombras (Recuperação de detalhes nas baixas luzes) 7. Branco (Ajuste manual da mínima) 8. Preto (Ajuste manual da máxima) 9. Claridade (Suavidade e tridimensionalidade) 10. Vibração (Ajusta saturação de forma não linear/suave) 11. Saturação (Ajusta saturação de forma linear/dura)

Tipos de Projetos ( # ) Moda

Banco de dados de milhares de imagens e vídeos

Eventos

Casamentos

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SPINDRIFT

Proteção de Dados na indústria gráfica

É

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raro ouvir algo sobre os cuidados da indústria gráfica para proteger seus dados digitais. No entanto, como o [vírus] WannaCry e outros fiascos de segurança tão recentes mostraram, as pessoas precisam cuidar das informações. Para a indústria gráfica é especialmente importante ir além da simples criptografia dos dados. Mesmo que não se auto denominem de segurança ou criptografia, as tecnologias como o ecossistema HP PrintOS e o Agfa Arziro são plataformas especialmente focadas em proteger os dados. Uma está relativamente no início de sua evolução e a outra está bem consolidada na trilha da segurança de dados, com muita experiência e inúmeras instalações em clientes. Juntas, as duas ilustram a profundidade e a complexidade do problema de segurança para os gráficos.

dados. A mais recente empresa a advogar o uso de dados na nuvem para a indústria gráfica é a HP com o PrintOS — um sistema baseado na nuvem para armazenar ativos de dados —, além de software e outros recursos disponíveis para a comunidade PrintOS . O PrintOS foi projetado para ajudar os clientes da HP a aproveitarem ao máximo suas impressoras pequenas e grandes, para que possam melhorar sua operação de forma contínua. Partindo de suas experiências com impressão segura em sistemas desktop, a HP possui um conhecimento considerável de como proteger dados em trânsito e fornecer segurança de rede para suas impressoras. Essa inteligência não necessariamente migrou para o negócio gráfico, no entanto, não há nenhuma razão pela qual isso não possa ocorrer.

DADOS COMO ATIVOS

DESKTOP SEGURO

Os dados são a base de toda a produção de mídia, seja ela impressa ou digital. No mundo digital, sem dados não há conteúdo, e cada vez mais as empresas de mídia estão entendendo que seus dados são um ativo. Isso é verdade não apenas no contexto dos conteúdos. Na produção da indústria gráfica, dados como as curvas de ganho de ponto, tecnicamente conhecidas como curvas de TVI - Tone Value Increase, também são ativos a serem preservados e protegidos. Elas representam investimento de tempo, experiência, desenvolvimento de processos e gestão que não podem ser facilmente replicados. Elas têm valor. Ferramentas de controle de produção, como perfis ICC para combinações únicas de tinta e substratos, ou curvas de TVI , são efetivamente propriedade intelectual e devem ser tratadas como tal.

A boa notícia para os gráficos é que a HP está trabalhando para proteger seus dispositivos desktop. De acordo com Michael Howard, o principal consultor de segurança e gerente de boas práticas da HP, as impressoras HP “são as impressoras mais seguras do mundo (...) com mais de 250 possíveis configurações de segurança”. A segurança é baseada em uma combinação de firmware e software para que nas instruções de inicialização no firmware, que controlam as operações de entrada e saída, sejam inspecionadas a fim de garantir que o software de inicialização não tenha sido comprometido. As impressoras só carregam atualizações de firmware de provedores conhecidos e executam softwares de detecção de intrusão, ferramentas antivírus, para identificar intrusos de software fraudulentos.

PROTEGENDO OS ATIVOS DE DADOS

LIDERANDO NO ESCURO Mas a HP é menos experiente quando se trata de

Atualmente a maioria dos dados reside na nuvem e os fornecedores da indústria gráfica oferecem várias soluções para ajudar no gerenciamento desses

aplicações de impressão de segurança, embora comercialize impressoras HP Indigo para aplicações de segurança com base na capacidade de imprimir

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linhas finas e outros detalhes de segurança. A HP tem ainda um caminho a percorrer em relação ao fornecedor mais antigo nesse campo. A Agfa tem mais de 20 anos de experiência em aplicações de produção de impressão de segurança e foi o primeiro desenvolvedor e fabricante da indústria gráfica a oferecer Software As A Service (SAAS). A intenção da Agfa na década de 1990 era tornar mais conveniente a distribuição de atualizações de software tanto para a Agfa como para seus clientes. No entanto, essa experiência combina bem com o conhecimento obtido no desenvolvimento de aplicativos da divisão Agfa Healthcare para aplicações de saúde e militares. Essa base forneceu à Agfa Graphics uma vantagem considerável quando se trata de serviços baseados em nuvem, ferramentas de autenticação e segurança para seus clientes.

A HP está no início de sua jornada de segurança para o setor gráfico. O PrintOS possui várias APIs que permitem que aplicativos de terceiros enviem tarefas diretamente para o PrintOS para consultar recursos disponíveis e controlar trabalhos existentes.

BUONA FORTUNA

A COISA REAL

Para aplicações de segurança de alta performance, a Agfa desenvolveu o software de design de segurança Fortuna e o ecossistema Arziro. O Fortuna é usado para projetar documentos seguros sofisticados, como carteiras de identidade, de motorista e passaportes, de modo que sejam idealmente impossíveis de falsificar. É modular e consiste em um núcleo orientado a desenhos em traço, além de mais de 30 módulos de segurança adicionais, como aqueles que criam imagens raster dentro do documento com padrões que produzem interferências quando fotocopiados ou digitalizados. O ecossistema Arziro foi projetado para aplicações mais gerais, como embalagens e rótulos, ingressos e cupons, certificações e selos, incluindo selos fiscais que devem ser colados em produtos como tabaco e bebidas alcoólicas para confirmar que os impostos aplicáveis foram pagos. A empresa de impressão do Serviço Público Federal belga, a Fedopress, é a primeira a imprimir selos de forma totalmente digital usando a tecnologia Agfa em impressoras Xeikon. O Arziro Production é a tecnologia de fluxo de trabalho de pré-impressão Apogee da Agfa otimizada e aprimorada para o mercado geral de impressão de segurança. Ele pode produzir documentos de segurança complexos e descriptografar ou desbloquear códigos de autenticação Arziro para fornecer saída de alta resolução, independente de uma conexão com a internet.

O Arziro Authenticate combina um código QR Code gerado dinamicamente com um gráfico seguro que é impresso em produtos para protegê-los de falsificações. Os usuários podem digitalizar o código com um smartphone para autenticar o item impresso. O aplicativo de smartphone gratuito e os códigos QR especiais funcionam em conjunto com um servidor de inteligência de negócios que fornece serviços de autenticação adicionais, como a validação de impressão e a análise de dados. O Arziro Authenticate também fornece funcionalidades de rastreamento online via smartphone e pode coletar dados de mercado adicionais para os proprietários de marcas, podendo também criar códigos híbridos. Os elementos de segurança são impressos em offset, flexo ou rotogravura e os dados variáveis numa impressora digital, como uma jato de tinta industrial que imprime os elementos de serialização. De acordo com Andy Grant, chefe global de software da Agfa Graphics, “o Arziro Authenticate é totalmente integrável com o Arziro Design 3.0 e é muito mais do que uma solução de autenticação segura. Ele vem com nova funcionalidade de alerta e incorpora ferramentas do Google Analytics, suportando códigos híbridos e ainda marcas de gerenciamento de cadeia de suprimentos (SCM), que podem ser personalizadas de acordo com mercados ou distribuidores pretendidos (...) As empresas podem se beneficiar dos dados disponíveis por meio do servidor Arziro SaaS”. VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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O Arziro Design Antifalsificação da Agfa pode ser usado para criar imagens que carregam códigos únicos que ajudam os consumidores a verificar se o produto é falsificado.

O Arziro Authenticate também cria códigos criptografados para o Arziro Design para que apenas o designer ou a gráfica possam criar versões de saída final offline. O software antifalsificação Arziro Design é um plug-in do Adobe Illustrator para Mac e Windows com uma variedade de ferramentas de design orientadas para a segurança, como a criação de rasters e relevos especiais, uma biblioteca de guilhoches e utilitários de seleção de tinta. Foi recentemente atualizado para se integrar completamente com a plataforma de distribuição criptografada Arziro Authenticate 2.0. Grant diz que “com o Arziro Design 3.0, os usuários têm a capacidade de desenvolver projetos extremamente complexos de forma rápida e fácil através de um plug-in dedicado”. Ele acrescenta que “no Mac ou PC , os usuários podem trabalhar sem problemas nas versões mais recentes do Adobe Illustrator, enriquecendo projetos com elementos de segurança personalizados e usando novas ferramentas e funções que ajudam na criação de gráficos de segurança ainda mais únicos e complexos. A atualização também inclui um módulo novo que o conecta perfeitamente com Arziro Authenticate e Arziro Plus”. 36 TECNOLOGIA GRÁFICA

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O Arziro Plus agora inclui o Arziro Blend para gerar novos projetos com base em elementos únicos ou múltiplos com distâncias específicas de linha e espessuras de linha. Esse software destina-se a departamentos governamentais, gráficas de segurança e designers de segurança, e está disponível apenas para organizações certificadas. Esperamos que a segurança dos dados e as ferramentas de design e verificação continuem a se desenvolver. Porém, espera-se que o ritmo aumente devido a uma maior conscientização das pessoas sobre os riscos e passivos associados a potenciais violações de dados. As empresas líderes nesse campo estão abordando o problema de perspectivas muito diferentes, mas precisamos de todas as abordagens possíveis. Necessitamos de ferramentas para projetar e produzir impressões seguras, incluindo rótulos verificáveis, como os da Agfa. Mas também precisamos de ferramentas que protejam o processamento de dados e os ambientes transacionais no alto, como os da HP. Tradução autorizada de texto publicado no site Spindrift em 17 de agosto de 2017, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica.

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MBA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO DE CELULOSE E PAPEL


ACADEMIA

Processo de sublimação em impressão offset

Fernando de Aguiar

Conheça os detalhes da sublimação na impressão offset, as principais variáveis do processo e como controla-las.

S

ublimação é a passagem do estado sólido diretamente ao gasoso, ou do estado gasoso para o estado sólido, sem passar pelo estado líquido. Alguns chamam esse segundo processo de ressublimação. Na impressão por sublimação ocorrem os dois fenômenos. Trata-se da transferência de tinta de um papel base para o substrato final – um tecido, por exemplo. A tinta impressa no papel evapora sob o efeito do calor. Na forma de vapor, a tinta alcança o tecido e volta ao estado sólido. O processo também é conhecido como transfer sublimático. Existe uma gama bastante ampla de materiais que podem ser impressos por sublimação. Dentre os principais podemos citar tecidos a base de poliéster para roupas e artigos de cama, mesa e banho e brindes em geral. As principais vantagens da impressão por sublimação são a alta resistência da imagem impressa e cores vibrantes que destacam o produto. Essa técnica de impressão teve sua origem em 1957, quando Noël de Plasse, funcionário do segmento químico têxtil da empresa francesa Lainière

Fernando Caparroz

Marcelo Sartori

de Roubaix observou que determinados tipos de corantes podiam sublimar a temperaturas acima de 190° C. Mais tarde passou a ser utilizada com os mais diferentes processos de impressão, como digital (para pequenas tiragens e formatos pequenos ou médios) e offset (para tiragens maiores ou formatos maiores). CONTROLANDO AS VARIÁVEIS DO PROCESSO

A sublimação para estampagem de tecidos a partir da impressão offset não é uma técnica fácil. As cores percebidas sobre o papel, antes da transferência, são muito diferentes do resultado final sobre o tecido. A seguir serão descritas as principais variáveis do processo e como devem ser controladas. Serão consideradas duas etapas: a impressão do papel e a transferência a quente da imagem do papel para o substrato final, nesse caso um tecido. A IMPRESSÃO DO PAPEL

A máquina impressora não tem um modelo específico como ocorre, por exemplo, com a metalgrafia. No entanto, alguns dispositivos opcionais, como

fusão

vaporização

SÓLIDO

LÍQUIDO

solidificação

GASOSO

condensação

sublimação 38 TECNOLOGIA GRÁFICA

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refrigeração de rolaria e molhagem contínua ajudam a reduzir as variáveis. Recomenda-se a utilização de papel offset com gramatura entre 63g/m² e 90g/m², podendo ser também papel jornal quando o quesito qualidade de reprodução de imagem não é tão elevado. Papéis com maior qualidade, maior gramatura e maior lisura dão melhores resultados tanto na maquinabilidade quanto na printabilidade. A tinta para sublimação é composta por corantes, diferente das tintas convencionais que são compostas por pigmentos. Além disso, o produto é isento de secantes e não é recomendado utilizar óleo vegetal em sua composição. Também não devem ser usados aditivos. Não existem corantes pretos para utilização comercial. Assim, a tinta preta normalmente é formulada com cerca de 70% de corante marrom, 15% de azul, 15% de amarelo/vermelho, variando conforme a receita de cada fabricante. Recomenda-se a utilização de solução de molha sem o uso de álcool isopropílico, que poderia prejudicar os corantes e, portanto, a qualidade da imagem. Isso sem contar o fato de o álcool isopropílico ser nocivo à saúde e, portanto, deva ser evitado. O sistema de molha precisa ter refrigeração e dosagem automática para reduzir as variáveis do processo. As chapas e blanquetas não têm características especiais. A lineatura de retícula deve estar entre 100 lpi e 150 lpi, isso em função do tecido que será sublimado. Outra diferença é que a imagem deverá ser gravada de maneira ilegível (espelho), para que no papel também fique invertida e, ao ser transferida para o tecido, torne-se legível. Não é recomendada a utilização de pó antidecalque. Se necessário, o tamanho das pilhas de papel deve ser reduzido na saída da impressora. CONTROLANDO AS VARIÁVEIS NA IMPRESSÃO OFFSET PARA SUBLIMAÇÃO

A imagem impressa sobre o papel é muita clara. A saturação final vai aparecer somente após a transferência. Com isso, eventuais manchas e defeitos são de difícil visualização e poderão ser percebidos apenas sobre o tecido na segunda etapa do processo. Por isso, o impressor deve ser ainda mais cuidadoso com regulagens como das pinças dos cilindros de contrapressão e de transferência, dos sistemas de entintagem (faixas de contato) e atento às especificações (diâmetro e dureza). Se for o caso de se utilizar novamente a impressora com tintas convencionais, a lavagem da rolaria

Imagem no papel antes da transferência (E) e já transferida para o tecido (D)

tem que ser muito benfeita, pois o corante impregna as porosidades dos rolos. Recomenda-se a utilização de pastas para limpeza profunda. A velocidade máxima da máquina deve ser de 8.000 iph (impressões por hora) e a blanqueta precisa ser limpa a cada 1.000 folhas impressas. Papéis de qualidade superior permitem que a limpeza seja feita com menos frequência. O corte do papel deve ser realizado com atenção e com faca bem afiada para evitar o acúmulo de pó na blanqueta. Já vimos que o processo de sublimação usa calor para a transferência da imagem e sabemos que o papel ganha e perde umidade com facilidade. Papéis com diferentes teores de umidades se comportarão de maneira diferente na impressora e na prensa térmica de sublimação, facilitando ou dificultando a evaporação dos corantes. Em consequência, a impressão e a transferência poderão sofrer variações importantes nas tonalidades além de formação de rugas ou arrancamento. Por isso, atenção especial deve ser dada a essa matéria-prima para reduzir a variação da umidade ao máximo. Idealmente, a sala de impressão poderia ser climatizada com temperatura de 23°C e umidade relativa de 60%. Se isso não for possível, o papel deve permanecer bem embalado até o momento de seu uso. As tintas para sublimação de modo geral têm prazos de validade menores do que as tintas convencionais, sendo um ponto de atenção a mais na hora da compra e do controle de estoque. VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Tintas sublimáticas também tendem a ter variações de cor de lote para lote, principalmente no preto e nas cores especiais, não sendo recomendada a impressão de um trabalho com lotes diferentes de tinta. Um cuidado importante é evitar a utilização de tintas com cascas, pois isso poderá gerar caroços no impresso que serão difíceis de serem detectados durante a impressão, aparecendo apenas na hora da sublimação. Assim como na impressão convencional, deve-se monitorar e fazer a troca da solução de molha sempre que necessário. Devem ser controlados a condutividade e o pH (normalmente entre 4,5 e 5,5) conforme especificação do fabricante do produto. Devido às dificuldades de visualização da imagem e das cores, recomenda-se utilizar um densitômetro para o acompanhamento da carga de tinta durante a impressão. Para isso é necessária a presença de uma tira de controle onde as medições possam ser feitas. Outra ferramenta de trabalho importante é o bom e velho conta-fios, usado na avaliação do registro entre as cores. Também pode ser muito eficaz a utilização de uma prensa térmica (já aquecida em temperatura normal de trabalho) na saída da impressora, fazendo uma estampagem para aprovação a cada 200 folhas. A prensa deve estar ajustada para as mesmas condições da estampagem final - temperatura, pressão, tempo de prensagem, sentido da trama e lado do tecido. Para o controle visual recomenda-se ainda o emprego de uma cabine de luz com iluminante padrão D50 (norma ABNT NBR ISO 3664 – que especifica as condições de visualização para impressos).

Cor

Densidades

Preto

0,95 - 1,05

Cyan

0,30 - 0,40

Magenta

0,35 - 0,45

O papel com a imagem impressa em offset tem que estar com umidade controlada e não apresentar rugas ou deformações, lembrando que quanto mais liso e espesso o papel melhores serão os resultados. Aconselha-se armazenar o tecido em locais secos para não absorverem umidade, o que atrapalhará no processo de transferência. Para a impressão sublimática são indicados tecidos sintéticos, como o poliéster (PET) (muito utilizado para uniformes esportivos) ou tecidos que tenham PET em sua composição. Tais tecidos aceitam melhor a penetração e fixação dos corantes em suas fibras e, consequentemente, a imagem impressa vai durar tanto quanto o próprio tecido. Quanto mais poliéster o tecido tiver melhor será a transferência e mais vivas ficarão as cores após a sublimação. Por outro, no algodão não ocorre a transferência por sublimação. Sendo assim, quanto mais algodão o tecido tiver menos vivas ficarão as cores impressas. Alguns tecidos que podem ser utilizados com bons resultados: ◆◆ Poliviscose, conhecido como PV, é um tecido com 67% poliéster e 33% de viscose muito utilizado em uniformes escolares. A viscose é uma fibra artificial de celulose e o resultado final é uma estampa estonada, ou seja, mais lavada se comparada a um tecido 100% poliéster. ◆◆ Encontramos também uma composição de 67% poliéster e 33% de algodão, com acabamento muito parecido com o da poliviscose, porém ao invés da viscose tem-se o algodão, contribuindo bastante para o toque e conforto. Esse tecido pode perder um pouquinho a tonalidade depois da primeira lavagem por conta da não fixação do corante no algodão. ◆◆ PET Ecológico: esse tipo de tecido, que possui 50% de poliéster (fios produzidos a partir da reciclagem de garrafas PET) e 50% de algodão, tem toque e conforto bem interessantes, porém gera peças ainda mais estonada que os exemplos anteriores.

Amarelo

0,20 - 0,30

DETALHES DA PRENSA

Referência de densidade para impressão de sublimação

Esses são valores de referência e poderão ser alterados conforme cada fabricante de tinta.

40 TECNOLOGIA GRÁFICA

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CONTROLANDO AS VARIÁVEIS NA TRANSFERÊNCIA

A prensa térmica trabalha basicamente com três variáveis: temperatura, pressão e tempo de prensagem. Algumas orientações:

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Ligar a prensa pelo menos 10 minutos antes de iniciar a produção, para garantir a temperatura normal de trabalho ◆◆ Antes de fazer a primeira impressão, fechar a prensa já aquecida, para que a base também alcance a temperatura ideal ◆◆ Evitar deixar a prensa em áreas com circulação de ar, como próxima das janelas, para reduzir variações de temperatura ◆◆ Evitar deixar a prensa próxima a áreas com muita umidade ◆◆ Comparar periodicamente a temperatura real da prensa com a indicada no painel do equipamento. ◆◆

Para isso deve-se utilizar pirômetro ou câmera termográfica As condições de prensagem serão diferentes para cada tipo de tecido e quando não utilizados os parâmetros corretos poderão ocorrer problemas como pouca transferência do corante, amarelamento do tecido ou variação de cores durante a produção. FERNANDO DE AGUIAR COSTA é ex-aluno do curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica da Escola Senai Theobaldo De Nigris. Orientadores: Fernando Caparroz e Marcelo Aparecido Sartori, professores da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

REFERÊNCIAS , Fernando. A origem da Impressão offset. 2008. Disponível em: <http://www.tecnologiagrafica.com.br/offset/offset.htm>. Acesso em: 13 out. 2016. ◆◆ FERNANDES, Antonio Paulo Rodrigues et al. Impressão offset: Máquina alimentada a folha. São Paulo: Senai-SP, 2014. 252 p.

◆◆ CAPARROZ

, Peter; LAMB, Jimmy. Sublimation 101: The Complete Guide To Successful Dye Sublimation Printing. 2011. Disponível em: <http://www.novasublimation.com.au/imagesDB/page/SublimationPrinting101-2011Edition.pdf>. Acesso em: 10 set. 2016.

◆◆ SWAIN

Condições para Impressão Transfer Sublimática Tipo de tecido

Temperatura da Prensa

Pressão

Tempo

Poliéster

200°C - 220°C

0,5 kg/cm

10-30s

Poliéster low flexibility

190°C - 210°C

0,5 kg/cm

20-30s

Triacetato

190°C - 210°C

0,5 kg/cm

10-30s

Nylon

195°C - 205°C

0,5 kg/cm

20-40s

Acrílico

200°C - 210°C

0,5 kg/cm

20-30s

Polipropileno nitrílico

190°C - 220°C

0,5 kg/cm

10-30s

Valores de referência podem sofrer alterações

Prensa térmica

Imagem transferida para o tecido VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

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PÓS-IMPRESSÃO

Erro zero no fluxo de lombada canoa

Rogério Jambeiro

O objetivo deste artigo é descrever o processo de produção automático de brochuras lombada canoa, em linha, e destacar os cuidados necessários para evitar erros desde a pré-impressão até a pós-impressão.

N

o acabamento do tipo lombada canoa, os cadernos que vão compor o produto final – uma revista, por exemplo - são sobrepostos a cavalo sobre uma esteira, também chamada de corrente de cunho. Todo o conjunto de cadernos é unido por grampos. O processo pode ser manual, automático ou semiautomático. INTERCALAÇÃO

Nos processos automáticos os cadernos são alimentados em estações. Fixam-se entre esquadros frontais e um esquadro no dorso dos cadernos. As máquinas geralmente possuem de três a 20 estações para alimentação dos cadernos e uma estação para alimentação e dobra das capas. A abertura central dos cadernos e a inserção dos mesmos sobre a esteira são realizados por três tambores, equipados com pinças e ventosas. O primeiro tambor aspira

8 17

25

Cadernos intercalados, interpostos após serem dobrados.

42 TECNOLOGIA GRÁFICA

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o caderno pela ventosa e o retira do final da pilha, o segundo e o terceiro seguram cada qual um dos lados do caderno abrindo-o e deixando-o cair sobre a esteira de transporte. Para a abertura dos cadernos no momento de sua sobreposição na esteira é necessário haver uma aba – diferença de medidas entre páginas dos cadernos. A esteira de transporte possui uma haste que funciona como esquadro para os cadernos na hora da alimentação. Um espessímetro faz a leitura de espessura para identificar se o caderno está com mais ou menos folhas. Se o caderno estiver defeituoso ele será descartado sem passar pela grampeadora. No final da linha acontece o corte trilateral, quando são refilados a parte frontal da revista em primeiro lugar e depois o pé e a cabeça simultaneamente. O fluxo de produção da encadernação automática pode ser dividido nas seguintes etapas: ◆◆ Alimentação nas estações, automática ou manual ◆◆ Intercalação dos cadernos (colecionados) na esteira ◆◆ Recebimento da capa ◆◆ Aferição de espessura ◆◆ Eliminação dos cadernos defeituosos ◆◆ Grampeação ◆◆ Refile final em guilhotina trilateral podendo ter corte duplo, ou no lugar do trilateral uma forma de corte irregular ◆◆ Saída, podendo ser esteira ou staker PRÉ-IMPRESSÃO

A diagramação das páginas na pré-impressão é determinante para o sucesso do processo de acabamento. Nessa etapa deve ser feito o cálculo correto da abertura entre as lâminas de paginação. Se essa abertura não estiver adequada aos

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Corrente de cunho

Alimentação de capa

Espessímetro

Grampeação

Eliminação de caderno (defeito)

IMPRESSÃO

Na impressão offset plana, os operadores devem manter as informações e definições da pré-impressão quanto ao esquadro e dividir as margens da folha impressa de modo a não haver um lado maior que o outro. As margens, depois da folha dobrada, formarão a aba pré-definida na pré-impressão.

Ponta com ponta: Essa situação acontece quando as páginas de numeração mais baixa e mais alta têm o mesmo tamanho. Com a ajuda de ventosas, os cadernos são abertos e colocados intercalados na corrente de cunho. Contra: Acontece quando a página de numeração mais baixa está maior que a página de numeração mais alta. Com a ajuda das pinças invertidas, os cadernos são abertos e colocados na corrente de cunho. A favor: A aba a favor acontece quando a página de numeração mais baixa está menor que a página de numeração mais alta. Com a ajuda das pinças, os cadernos são abertos e colocados intercalados na corrente de cunho.

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parâmetros definidos pelo fabricante da máquina de lombada canoa, a velocidade do processo pode cair em até 50%. O fólio ou aba tem que ter no mínimo 6 e no máximo 15 milímetros e estar na posição mais adequada à produção, que é aba a favor. Dependendo do equipamento, se a medida correta da aba não for observada será necessário usar a pinça, ou aba ponta com ponta, com uma queda significativa na produtividade. Por isso, o profissional de pré-impressão não deve posicionar imagens, tarjas, números de páginas ou textos muito próximos das laterais, para que tais elementos não sejam cortados no refile final do material. Os softwares gráficos profissionais utilizados em editoração já fazem o cálculo da compensação. As paginações das revistas devem ser feitas antes, gerando um boneco da brochura para que a paginação correta possa ser verificada.

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Alimentação nas gavetas

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Caderno 1 - com 4 páginas

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Caso a publicação exija, cortes especiais podem ser feitos com facas de corte e vinco que servem para dar à publicação formatos diferentes dos tradicionais. As máquinas apropriadas para esse tipo de finalização possuem, após a guilhotina trilateral, uma estação de forma com cortes irregulares.

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3

O FIO E A BITOLA DO ARAME PARA GRAMPEAR

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REVISTAS COM CORTES IRREGULARES

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7

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A matéria-prima neste caso é o arame de aço que é fornecido em bobinas com bitolas variadas. A bitola dos arames utilizados para grampear está condicionada à espessura da brochura e à resistência oferecida pela mesma. A bitola é indicada por uma numeração que vai de 20 a 26, variando de 2 em 2. O menor número representa a maior bitola e vice e versa.

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1

Caderno 2 - com 16 páginas

Arame

Bitola

Espessura do volume

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0,5 mm

0 a 3 mm

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0,6 mm

4 a 8 mm

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0,75 mm

9 a 14 mm

20

0,9 mm

15 a 25 mm

CABEÇOTE DE GRAMPEAÇÃO

As máquinas são constituídas essencialmente de um cabeçote de grampeação e uma sela. Realizada a grampeação, o processo está finalizado. O cabeçote é composto de quatro partes principais:

Imposição eletrônica de páginas

ROGÉRIO JAMBEIRO DE SOUZA é instrutor de pósimpressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris

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TUTORIAL

Mara Cristine Aguiar

Aplicativo disponível para iOS e Android gera acervos de cores, tipologias, padrões e texturas a partir de uma única imagem.

Crie paletas de cores, pincéis e texturas com o Adobe Capture

I

magine a seguinte situação: Você capturou uma determinada cena em uma viagem ou numa situação cotidiana com seu smartphone e ao revê-la fica encantado com as cores vibrantes ou com texturas registradas. Pois eu tenho uma boa notícia! Com o app para dispositivos móveis (smarphones ou tablets) Adobe Capture CC é possível, por meio de uma foto, capturar a paleta de cores da imagem. E mais. O aplicativo permite identificar tipologias ou mesmo criar pincéis, padrões, vetores e texturas 3D, elementos que são conhecidos como “ativos” pela Adobe. Tais ativos são salvos automaticamente em suas bibliotecas da Creative Cloud, desde que você tenha uma associação gratuita ou paga da Creative Cloud. Caso ainda não possua um ID Adobe é só se tornar um membro. A utilização do aplicativo é bem simples. Depois que você construiu vários ativos, eles poderão ser utilizados em produções e artes finais em aplicativos Adobe tanto no dispositivo móvel quanto no desktop. A partir do momento que você estiver logado na sua conta da Creative Cloud, a sincronização dos ativos é automática. O usuário pode também salvá-los diretamente na biblioteca do aplicativo compatível com seu ativo. Ao acessar o Illustrator ou Photoshop, os seus ativos já estarão disponíveis na biblioteca do aplicativo. Você poderá ainda gerenciar suas bibliotecas, inclusive compartilhando-as com outras pessoas.

Para começar a explorar os recursos do Adobe Capture, basta baixar gratuitamente o app (disponível em português) na Apple Store (iOS) ou Google Play (Android). EXPLORANDO OS RECURSOS DO ADOBE CAPTURE O Adobe Capture CC conta com seis recursos: For-

mas, Fonte, Cores, Materiais, Padrões e Pincéis. É possível construir ativos em tempo real com a câmera do dispositivo móvel ou posteriormente, acessando a biblioteca de fotos. FORMAS

Você pode transformar qualquer foto ou parte dela em um vetor. O resultado é melhor quando a foto apresenta detalhes contrastantes. ◆◆ Capturando a forma: toque no menu Formas e depois no ícone + . Aponte sua câmera para o objeto e use o controle deslizante para adicionar ou remover detalhes da imagem. Depois toque no ícone de Esboço/ Preenchimento para ver qual opção oferece os melhores resultados . Para finalizar clique no botão Capturar (1). ◆◆ Refine sua forma: após capturar a imagem é possível fazer edições para um melhor resultado. Você pode recortar a foto, acrescentar detalhes à forma com o pincel ou remover com a borracha. O ajuste fino e suavização são automáticos (2). ◆◆ Após as edições, salve sua forma na Biblioteca do Creative Cloud ou diretamente Biblioteca do Creative Cloud do Illustrator (3).

Fotos: Mara Cristine Aguiar

TIPO

Imagens originais utilizadas na criação de ativos neste tutorial

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O Capture usa a tecnologia Adobe Sensei para reconhecer formas de caracteres e sugerir fontes aparentemente similares. Assim você pode salvar tais fontes como estilos de caracteres para usar em um aplicativo Adobe. Obs: O Adobe Capture só reconhece caracteres em inglês. ◆◆ Capturando o tipo: toque no ícone da câmera para tirar uma foto ou escolha uma imagem existente no Rolo da câmera, no Adobe Stock ou no Creative Cloud. A recomendação do aplicativo é que você alinhe o texto acima de uma linha que

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é apresentada no display do dispositivo móvel. Após o alinhamento, siga as instruções para recortar o texto da imagem. (4) ◆◆ Selecionando o tipo: depois de capturar o texto o Capture faz um reconhecimento dos caracteres e apresenta uma lista de possíveis fontes Typekit similares. Basta você selecionar o que mais lhe agrada para prosseguir com a edição do tipo escolhido (5). ◆◆ Editando o tipo: é possível fazer pequenas edições como alterar o tamanho do corpo do texto, ou mesmo alterar o espaçamento dos caracteres e entrelinhas. Você também pode alterar o texto e digitar uma frase para ter uma amostra mais precisa do tipo escolhido. Após as edições é só salvar o ativo na bilioteca de tipos (6). CORES

Você pode criar e editar paletas de cores personalizadas por meio de uma foto capturada ou imagem 4

3 existente na galeria de fotos do seu dispositivo móvel. ◆◆ Capturando as cores: toque no ícone + na parte inferior da tela. O aplicativo determina e exibe automaticamente cinco cores da cena. Você também pode arrastar os ponteiros para selecionar as cores. Pressione o obturador para passar para a próxima etapa (7). ◆◆ Editando as cores: edite os temas de cores usando os Cursores (controles deslizantes na edição de valores RGB), a Roda de Cores (disco cromático - edição de luminosidade, tom e saturação) ou edite-os diretamente na imagem de origem deslizando o dedo (8). O Capture oferece recursos avançados na edição de cores, como harmonização de cores (9). Após a edição basta nomear e salvar seu tema de cores em uma biblioteca CC (10). 5

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MATERIAIS

Se você trabalha com objetos 3D, o Capture oferece o recurso de criação de materiais e texturas PBR1 a partir de qualquer imagem, que podem ser aplicados aos seus projetos diretamente no Adobe Dimension. ◆◆ Editando os materiais: logo após capturar ou selecionar uma foto, pressione o obturador para passar para a próxima etapa. Neste recurso contamos com duas opções. No ajuste fino você controla a aspereza, detalhes e o metalizado da imagem (11). Na opção recortar você delimita o detalhe a ser editado. (12) Após a edição basta salvar na biblioteca de materiais. (13) PADRÕES

11

Você pode criar padrões geométricos para serem utilizados no Photoshop como preenchimento, incrementando seus projetos gráficos. Os padrões são salvos no formato PNG ◆◆ Editando os padrões: após escolher a foto para a criação do padrão, o próximo passo é escolher entre os cinco padrões disponíveis. Note que a área selecionada ao centro é a imagem que se repete formando o padrão. (14) Esta área pode ser rotacionada e dimensionada de acordo com o que desejar. (15) Depois de editar o padrão você pode visualizar na tela cheia do seu dispositivo móvel. Estando satisfeito com o padrão é só salvá-lo. (16)

12

13

PINCÉIS

Personalize pincéis de alta qualidade em uma variedade de estilos para serem utilizados em seus projetos. 1 Textura PBR : Physically Based Rendering. Trata-se de um método de sombreamento e renderização que fornece uma representação mais precisa de como a luz interage com as superfícies. Wes McDermott, Allegorithmic PBR Guide, Vol. 2

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◆◆

Editando os pincéis: após a captura da imagem siga as instruções para recortar a imagem (17) e escolha um estilo para o pincel (18). Você pode modificar os detalhes do pincel ajustando as opções avançadas existentes nas Predefinições: repetição, velocidade, textura, padrão e cor (19). Para concluir, aprimore o traço do pincel selecionando (+) ou (-) (20). Criado o ativo , salve-o na bilblioteca Creative Cloud (21).

Cada tipo de ativo criado com o Adobe Capture determina o aplicativo para desktop ou dispositivo móvel no qual você poderá fazer edições ou concluir seus projetos. Confira na tabela em quais aplicativos cada ativo poderá ser utilizado. Agora que você já sabe como tirar o máximo proveito do Adobe Capture para personalizar e incrementar seus projetos de mídia impressa ou digital, mão à obra!

Ativo do Capture

Aplicativos da Adobe

Temas de Cores

Photoshop CC, Illustrator CC, InDesign CC, After Effects CC, Dreamweaver CC, Muse CC, Animate CC, Illustrator Draw, Photoshop Sketch e Comp CC

Formas

Photoshop CC, Illustrator CC, InDesign CC, After Effects CC, Animate CC, Illustrator Draw, Photoshop e Sketch Comp CC

Pincéis

Photoshop CC, Illustrator CC, Animate CC e Photoshop Sketch

Tipo

InDesign CC, Illustrator CC, Photoshop CC e Adobe XD

Materiais 3D

Dimension CC

Padrões

Photoshop CC

MARA CRISTINE AGUIAR é instrutora de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

VOL. I  2018  TECNOLOGIA GRÁFICA

TG102 - Tutorial_impar.indd 49

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CURSOS CURSOS ABTG 2018 Gestão eficiente na préimpressão e impressão digital Bruno Mortara Data: 7 de abril Gestão, liderança e formação equipe de alta performance na indústria gráfica Cristina Simões Data: De 17 a 19 de abril Green Belt: Lean Seis Sigmas* Especialista: Oziel Branchini

Data: De 3 de abril a 12 de junho Produtividade sem desperdício na indústria gráfica Flavio Botana Data: De 3 a 5 de maio Formação de auditor interno ISO9001-2015 - Marcia Biaggio Data: De 5 a 9 de maio PCP – Planejamento e Controle de Produção para Indústria Gráfica

Marcelo Ferreira Data: 19 de maio Administração eficiente de pequenas gráficas José Pires e Flavio Botana Data: De 22 a 24 de maio

Valores dos cursos:

A qualidade do produto gráfico controlada por quem faz Marcelo Ferreira Data: 9 de junho

*Curso com valor diferenciado

Associados = R$ 360,00 Não associados = R$ 460,00 Estudante = R$ 240,00 Inscrição: www.abtg.org.br/

Para mais informações entre em contato: abtg@abtg.org.br ou 11 2797-6700

CURSOS SENAI 2018 CH

Dias

Horário de início

Horário de término

Data de início

Data de término

Valor

Illustrator

40

sábados

08:00

17:00

26-maio

30-jun

R$ 550,00

Produção Gráfica

40

ter a qui

19:00

22:00

22-maio

26-jun

R$ 576,00

Fotografia

40

ter a qui

13:15

17:15

24-abril

16-maio

R$ 539,00

Edição de vídeos com Adobe Premiere

40

sábados

08:00

17:00

14-abril

19-maio

R$ 590,00

Impressor de Serigrafia

64

sábados

08:00

17:00

28-abril

23-jun

R$ 787,00

Colorimetria aplicada a processos gráficos

32

sábados

08:00

12:00

28-abril

23-jun

R$ 600,00

NR-11 - Operação de Empilhadeira

32

seg a qui

19:00

22:00

07-maio

23-maio

R$ 600,00

Impressão offset em máquina quatro cores

60

sábados

08:00

17:00

07-abril

09-jun

R$ 1280,00

Meio Oficial Impressor Flexográfico Banda Estreita

80

sábados

08:00

17:00

14-abril

30-jun

R$ 1215,00

Impressor de Corte e Vinco Automático

80

sábados

08:00

17:00

14-abril

30-jun

R$ 1200,00

Operador de Dobradeira

28

sábados

08:00

12:00

05-maio

26-jun

R$ 510,00

Orçamento de serviços gráficos

40

seg a qui

19:00

22:00

07-maio

29-maio

R$ 561,00

Controle Estatístico do Processo - CEP

20

sábados

08:00

17:00

07-abril

28-abril

R$ 576,00

Curso

CURSOS SENAI – Para inscrição é necessário apresentar, para simples conferência, cópias ou originais dos seguintes documentos: histórico ou certificado do ensino fundamental ou médio (conforme requisito de acesso), RG, CPF, comprovante de residência e comprovante do pré‑requisito.

O pagamento dos cursos livres pode ser dividido no cartão de crédito ou boleto bancário. O Senai reserva‑se o direito de não iniciar os cursos se não houver número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores, pode ser alterada a qualquer momento pela escola.

Escola Senai Theobaldo De Nigris

Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável.

A Escola atende de 2 ª– a 6 ª– -feira, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.

Para mais informações: senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica

50 TECNOLOGIA GRÁFICA

TG102_Cursos.indd 50

Inscrições também pelo site: grafica.sp.senai.br

Rua Bresser, 2315 (Moo­ca) 03162-030 São Paulo -SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307

VOL. I  2018

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