DIVULGA ESCRITOR
Resenha: Bolerus, deVanderley Sampaio
(*) Marcos Fidêncio Não há como não estabelecer uma relação entre “Bolero” e “Bolerus”. O primeiro é um gênero musical nascido na Europa e depois trazido para a América, em especial para Cuba, onde se misturou com ritmos africanos. Já o segundo é um besouro. Isso mesmo. Um inseto da ordem dos coleópteros. Qual seria então a provocação do autor com tal título? Fazer o nosso pensamento dançar? Colocar um inseto zunindo na nossa cabeça para remexer os neurônios, rearranjando nossas viciadas sinapses, tão acostumadas ao óbvio? Façamos uma síntese: um besouro atrevido, às vezes irritante e desafiador como o grilo falante de Disney ou a mosca da sopa de Raul, que nos tira da nossa cômoda posição e nos faz encontrar novas formas de fazer o pensamento dançar. Talvez seja isso. E não adianta dedetizar!Também é inútil dormir, que a dor não passa. www.divulgaescritor.com | abril 2018
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