DIVULGA DIVULGAESCRITOR ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Edielane Lacerda Edielane Lacerda da Cruz nasceu em Ponta Grossa (PR) em 26 de julho de 1964. Dedica-se ao magistério e às artes há mais de trinta anos e é contadora de histórias e autora de muitos projetos pedagógicos para o Ensino Fundamental. Psicopedagoga e professora atuante nos mais diversos níveis de educação, é formadora de professores, palestrante, animadora de oficinas pedagógicas, bibliotecária, arte-educadora, regente de coral, teóloga e escritora desde os 7 anos de idade. Ganhou muitos prêmios durante sua carreira, entre o quais se destacam: poesia “O conflidético” (conflito do aidético), pelo Sesc/Ponta Grossa, e “Os encantos de Itália”, no I Concurso Nacional de Poesias do Centro di Cultura Italiana (PR). Participou da Academia Pontagrossense de Letras e Artes (APLA), tendo sido responsável pelo Departamento de Teatro sob a presidência da poeta Sônia Ditzel Martello, em Ponta Grossa. Continua atuando como professora na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
Percepções da Sabedoria O que mais deprime neste vasto universo aparente, é a hipocrisia, irmã da falsidade hipotética e prima da mentira absoluta. O que mais causa ira é ler a verdade dos falsários e ter que calar-se para manter a ordem vigente ou está fora do sistema e não poderá fazer absolutamente nada. O que mais abomina a alma é saber a verdade e ter que viver ao lado da mentira. O que mais afeta a dignidade é submeter-se ao indigno e curvar-se diante de seu poder. O que mais apodrece a consciência são palavras falaciosas vestidas de lei. O que mais exauri o sentimento afeto é o sentimento desconexo que inebria ignorantes. Os que mais tolos são, aqueles que chamam o sábio de mestre e o louco de insensato. A pobreza de espírito se veste de púrpura e ouro enquanto a riqueza da sabedoria morre na boca de um douto. A morte se veste de luz enquanto a vida é sufocada pela escuridão de poucas mentes. Os ignóbeis projetistas do mundo estão tomando as rédeas da humanidade, das mãos dos próprios pais. Os filhos da corrupção estão sendo gerados à luz do sol, enquanto a lua ri ironicamente do rico, que crê estar dando ao filho na melhor formação e não percebe o que espreita o rebento. Riem dos miseráveis das escolas públicas e cegos por suas indulgências não observam que trilham os mesmos a caminhos. O que mais preocupa o mestre é saber que existe um projeto traçado de forma estratégica e pedagógica para tornar a plebe escrava da liberdade aparente. Oh! Céus... Oh! dor... porque me fazes saber?
www.divulgaescritor.com | abril 2018
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