DIVULGA ESCRITOR ENTREVISTA
ESCRITOR JOSÉ A. AZEVEDO Analisa também o aspecto vivencial da família, desmoralizada pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais, mães e filhos.”
Há 22 anos quando aposentou como auditor fiscal da Receita Federal, e com pendores literários, Azevedo, como é costumeiramente tratado nos meios literários, motivado por amigos, começou a escrever aos 65 anos. Utilizando a tecnologia da informação para seu tino autodidata,até então valeu-se de seu diário vivencial desde 1970. Tem cinco livros publicados. Considerandose um escritor ainda em formação, intitula-se uma pedra bruta a ser lapidada conforme crítica literária. Transitando da terceira para a quarta idade (82 anos) continua lendo, estudando e escrevendo para satisfazer seu ego, embora dificultem-lhe as dores físicas, a surdez severa, a memória esvaindo e outros empecilhos mais.Sem perder o senso crítico e a lucidez, reflete especialmente sobre a razão que leva os ingratos a agirem assim. Conclui sobre a diferença entre o velho e o idoso: ser velho é quando perdemos as esperanças e passamos a reclamar de tudo e de todos como se nada mais valesse a pena. Ser idoso é quando ainda descortinamos um novo porvir, transpondo barreiras na estrada da vida e abrindo picadas para as trilhas nas matas.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor José Antônio de Azevedo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever o seu livro “O Homem no Mundo”? Azevedo - Trata-se de uma obra séria com algumas pitadas de ironia, discorrendo sobre vários temas, como episódios do dia a dia do país, a administração pública e o descaso das autoridades com os idosos, apesar do Estatuto do Idoso. Analisa também o aspecto vivencial da família, desmoralizada pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais, mães e filhos. Quais os principais desafios para a escrita de “Transição”? Azevedo - Demonstrar a existência das duas grandes e traumáticas transições: a do nosso nascer e a do morrer. O nascituro, que está tranquilo no ventre da mãe, suporta um grande choque ao vir à luz. Ao morrer sofre enorme impacto ao transitar para a quarta dimensão.
Boa leitura!
www.divulgaescritor.com | abril 2018
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