DIVULGA ESCRITOR ESCRITOR DIVULGA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Nell Morato
Miscelânea Literária… Fiquei absolutamente confusa sobre o que deveria escrever ou, até mesmo, sobre o que queria escrever. São tantos assuntos congestionando minha mente, que está complicado organizar a bagunça… Assuntos prioritários? Sempre que falamos de livros, os assuntos são importantes, nem que seja para quem não vive sem eles ou depende dos livros para trabalhar, ou até mesmo para garantir a sobrevivência. Chamou a minha atenção um post no novo feed do Linkedin. Parei para ler atentamente o que dizia a moça freelancer em elaboração de textos e diagramação, entre outras atribuições. Confesso que não lembro seu nome e senti-me um tanto “envergonhada” com o seu “desabafo”. Contava que as pessoas achavam que ela tinha a vida perfeita, mas não era verdade. Estava sem trabalho no momento e sem dinheiro no bolso. O que dispunha 98
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daria para pagar as despesas fixas, como internet, aluguel, água e luz e comprar alimento para seus cães (acho que eram cães os bichinhos de estimação). Depois de tudo isso relatado, dizia que sobraria uns parcos reais. Não percebi lágrimas e nem desespero em seu relato, apenas a realidade de profissionais que se dedicam à literatura, às letras, aos livros e similares. Qual a sua pretensão escrevendo o texto? Será que pretendia chamar a atenção de empresários editoriais ou escritores independentes, que pudessem resolver o seu problema de subsistência? O tiro poderá sair pela culatra… Exposição demasiada não é recomendável para pessoas que trabalham em nosso ofício. Como uma pessoa envolvida em tantos problemas terá tranquilidade e discernimento para elaborar textos, revisar, organizar? Antigamente havia uma preocupação com a pessoa, o seu bem-es-
tar, o seu conforto no ambiente de trabalho. Pessoas com dificuldades encontravam colocação com certa facilidade, e a sua situação momentânea poderia ser rapidamente resolvida. Hoje não é assim! São muitos os profissionais disponíveis e o que conta, o que procuram os empregadores e contratantes, são pessoas focadas em resultados, profissionais competentes e “sem problemas”. Alguns poderão não entender o enfoque do meu ponto de vista, mas trata-se da realidade no mercado de trabalho e até mesmo, da informalidade nas redes sociais. Ninguém mais quer pagar por um serviço mal feito. Errou é preciso assumir a responsabilidade e refazer, seja lá o que for que saiu errado. Como dizem por aí: “errar é da natureza humana”… então temos que aprender com nossos erros ou com os erros do vizinho, dos amigos, dos colegas. Se queremos mudar o conceito da literatura brasileira, incluindo na história, os